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DIREITO 
ADMINISTRATIVO 
Terceiro Setor e Paraestatais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apresentação ................................................................................................................ 
1. Terceiro Setor/Paraestatais ........................................................................................ 
1.1. Introdução .............................................................................................................. 
1.2. Serviços Sociais Autônomos – Entidades do Sistema “S” ........................................... 
1.3. Organizações Sociais (OSs) .......................................................................................... 
1.4. Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) ...................................... 
1.5. Fundações ou Entidades de Apoio ........................................................................... 
Resumo ......................................................................................................................... 
Mapa Mental .................................................................................................................. 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Olá, queridos alunos! 
Neste capítulo, estudaremos os órgãos e entidades encarregadas de desempenhar as funções 
administrativas, bem como o modo como pode ser exercida a atividade administrativa (centralizada ou 
descentralizada), ou seja: como é composta a organização administrativa para o desempenho das 
atividades estatais. Estudaremos o aspecto subjetivo e objetivo da administração pública. 
 
“O sofrimento é passageiro, desistir é para sempre...” 
 
 
 
Venha comigo! 
 
 
 
TERCEIRO SETOR/PARAESTATAIS 
Veremos, as entidades do terceiro setor do Estado. 
 
1.1. INTRODUÇÃO 
 
No terceiro setor ou nas paraestatais, estão todas as pessoas que realizam atividade de interesse público, 
sem finalidade lucrativa. 
O primeiro setor é o Estado, composto pela administração direta e indireta. 
O segundo setor é o mercado: são pessoas de direito privado que atuam no mercado, visando ao 
lucro. 
E o terceiro setor são pessoas privadas incentivadas pelo Estado para exercerem atividade privada 
de interesse público, sendo estimuladas por meio do fomento. 
Atualmente, fala-se em um quarto setor: o mercado informal e aqueles que desempenham 
atividades ilícitas. 
A expressão paraestatal é, atualmente, utilizada para se referir ao terceiro setor do Estado. No entanto, 
a expressão já foi utilizada pela doutrina para se referir a toda a administração indireta ou, também, às 
empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
Assim foi a previsão no Código Penal, art. 327, bem como na Lei n. 8.666/1993. 
Atualmente, as entidades incluídas no terceiro setor (paraestatais) são: 
• Serviços Sociais Autônomos (Sistema “S”); 
• Organizações Sociais (OSs); 
• Organizações Sociais Civis de Interesse Público (Oscips); 
• Fundações ou entidades de apoio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Organizações 
Sociais (OSs) 
 
Fundações ou 
entidades de apoio 
3o Setor 
(Paraestatais) 
Organizações sociais 
civis de interesse 
público (Oscip) 
Serviços sociais 
autônomos 
(“Sistemas“) 
 
 
Em todas essas entidades estão presentes as mesmas características: são entidades pri- vadas, no 
sentido de que são instituídas por particulares (salvo o caso do Sistema “S”); desem- penham serviços não 
exclusivos do Estado, porém em colaboração com ele, recebem algum tipo de incentivo do poder 
público, por essa razão, sujeitam-se a controle pela administração pública e pelo Tribunal de Contas. 
Vamos ver cada uma dessas entidades. Venha comigo! Força, guerreiro(a)! A persistência leva à 
perfeição! 
1.2. SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS – ENTIDADES DO SISTEMA “S” 
 
São pessoas jurídicas de direito privado, criadas por lei, sem fins lucrativos, para prestar as- sistência 
profissional. São chamados de Sistema “S” porque geralmente começam com a letra “S”: Sesc, Senai, 
Senat, Sebrae, Apex Brasil. Cada uma presta apoio a um determinado setor: comerciários, indústria, 
transporte, micro e pequenas empresas, exportação. 
As entidades paraestatais são, via de regra, criadas pelos particulares, com exceção dos serviços 
sociais autônomos, que são criados pelo poder público. Os recursos financeiros para a manutenção dessas 
entidades provêm de contribuições sociais (tributos) que são cobra- dos das empresas do setor. 
Essas entidades estão vinculadas à supervisão do ministério em cuja área de competência estejam 
enquadradas. Também devem prestar contas aos Tribunais de Contas. 
A questão sobre as licitações é o que mais cai em prova. 
 
Assim, a posição atual do TCU é no sentido de que esses entes não precisam realizar licitação, mas 
devem estabelecer atos normativos próprios, a fim de estabelecer um mínimo de competição antes de 
suas contratações, obedecendo aos princípios que orientam a Lei de Licitações. 
Portanto, se a questão de concurso afirmar: as entidades do Sistema “S” devem fazer li- citação, 
marque errado. Mas se afirmar que as entidades do sistema “S” devem observar os princípios da 
licitação, marque certo. 
Essas entidades não precisam fazer licitação, mas devem observar seus princípios, como, por 
exemplo, legalidade, julgamento objetivo, vinculação ao edital etc. Possuem a imunidade tributária do 
art. 150, VI, da CF/1988 (“atendidos os requisitos da lei”), pois se dedicam às ati- vidades de assistência 
social e de educação para o trabalho. Suas ações são processadas e julgadas na Justiça Estadual, uma 
vez que são pessoas jurídicas de direito privado. 
Súmula n. 516 do STF 
 
O Serviço Social da Indústria (Sesi) está sujeito à jurisdição da Justiça Estadual. 
 
 
O STF entendeu que, por possuírem natureza jurídica de direito privado e não integrarem a 
administração pública, não estão sujeitos à observância da regra de concurso público (art. 37, II, CF) para 
contratação de seu pessoal. 
 
 
 
 
Resumo 
Serviços 
Sociais 
Autônomos 
“Sistemas“ 
Natureza: pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos. 
Criação: pelo poder público por meio de lei autorizada. Deve fazer registro dos atos cons- titutivos no 
registro público de pessoas jurídicas. 
Atividades: assistência profissional (apoio a determinado setor). 
Recursos financeiros: provêm de contribuições sociais (tributos) das empresas do setor. 
Concurso: não precisa, porém, exige processo seletivo de caráter objetivo. 
Licitação: não precisa porém deve observar os princípios da licitação. 
Possuem imunidade tributária. 
Vinculação: à supervisão do ministério em cuja área de competência estejam enquadradas. 
 
 
1.3. ORGANIZAÇÕes sOCIAIs (Oss) 
 
São entidades privadas que recebem a qualificação de Organização Social. Existem di- versas 
entidades criadas por particulares, na forma de associação ou fundação, que executam atividades de 
interesse público sem fins lucrativos. Algumas existem e se mantêm sem nenhuma ligação com o 
Estado. Outras desejam se aproximar um pouco mais do Estado, a fim de receber verbas públicas ou 
bens públicos com o intuito de continuarem a realizar sua atividade social. 
Conforme a Lei n. 9.637/1998, o Poder Executivo Federal poderá qualificar como Organiza- ções 
Sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao 
ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e pre- servação do meio 
ambiente, à cultura e à saúde, atendidos os requisitos da lei. As entidades privadas que atuem nessas 
áreas poderão receber a qualificação de OSs. 
A Lei n. 9.637/1998 teve por objetivo transferir os serviços não exclusivos do Estado para o setor 
privado, por meio da “absorção” de órgãos públicos, com a sua consequente substi- tuição por 
entidades privadas. Esse fenômeno é conhecido como publicização.Com a publi- cização, um órgão 
público é extinto e outra entidade de direito privado o substitui no serviço antes prestado. 
O vínculo com o poder público para qualificação da entidade como organização social é estabelecido 
mediante a celebração de contrato de gestão. As Organizações Sociais podem receber recursos 
orçamentários, utilização de bens públicos e servidores públicos. Nas OSs, deve haver um conselho de 
administração com representantes do poder público. 
1.3.1. Procedimento Licitatório 
 
Esse tema foi um dos mais polêmicos sobre as OSs. Toda a confusão decorreu de uma sucessão de 
leis e decisões jurisprudenciais, mas agora o assunto parece estar pacificado. É importante conhecer as 
seguintes conclusões do julgamento proferido no STF pela ADI n. 1923. 
I – o procedimento de qualificação das entidades como Organizações Sociais deveria ser conduzido de forma 
pública, objetiva e impessoal, com observância dos princípios do caput do art. 37 da CF, e de acordo com 
parâmetros fixados segundo o disposto no art. 20 da Lei n. 9.637/1998; 
a entidade qualificada como OS não precisa fazer licitação quando for contratar com terceiros. Porém, o 
processo de contratação deve ser conduzido de forma pública, objetiva e impessoal, com observância dos 
princípios do caput do art. 37 da CF; 
II – são válidas as outorgas de permissão de uso de bem público para as entidades qualificadas como OS. 
Porém, o procedimento deve ser conduzido de forma pública, objetiva e impessoal, com observância dos 
princípios do caput do art. 37 da CF; 
III – as entidades qualificadas como OS não precisam fazer concurso. Porém, a seleção de pessoal pelas 
Organizações Sociais deve ser conduzida de forma pública, objetiva e impessoal, com obser- vância dos 
 
 
princípios do caput do art. 37 da CF, e nos termos do regulamento próprio a ser editado por cada entidade; 
IV – as entidades qualificadas como OS estão sujeitas à fiscalização do MP e do TCU. Para o STF qualquer 
interpretação que restringisse o controle, pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas da União, da 
aplicação de verbas públicas deveria ser afastada. 
 
Uma vez classificada como OS, a entidade pode ser contratada por qualquer órgão ou entidade 
pública sem que precise ser feita licitação, já que o inciso XXIV do art. 24 da Lei n. 8.666/1993 assim 
permite. 
[…] celebração de contratos de prestação de serviços com as Organizações Sociais, qualificadas, no 
âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão. 
 
Como exemplo de OS, podemos citar a Cebraspe, entidade privada que recebeu a quali- ficação de 
OS. 
Em alguns Estados, muito se fala em prestar o serviço de educação e saúde por meio de OS. 
Esse tema gera muita polêmica. Nesse caso, uma entidade privada, sem fins lucrativos, criada para atuar 
nessa área, recebe a qualificação e substitui o órgão público que antes reali- zava a atividade. O Estado, por 
sua vez, fará o repasse de verbas públicas, bens públicos e até de servidores públicos. 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo 
OS 
Ato de qualificação: ato discricionário do Estado. 
Vínculo: contrato de gestão. 
Qualificação: por meio do Poder Executivo Federal. 
Natureza: pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos. 
Atividades: dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à 
proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde. 
Licitação: não precisa fazer licitação, porém, a contratação deve observar os princípios do caput 
do art. 37 da CF/88. 
Concurso: não precisam fazer concurso, porém, a seleção de pessoal deve observar os princípios 
do caput do art. 37 da CF/88. 
Podem receber servidores cedidos pela administração. 
Recebem repasses orçamentários. 
Lei n. 9.637/1998: substituir órgãos públicos por entidades privadas (*”publicização”). 
 
 
1.4. ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO (OSCIPS) 
 
São pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, em que os respectivos ob- jetivos 
sociais e normas estatutárias devem atender aos requisitos instituídos pela Lei n. 9.790/1999. A 
qualificação é de competência do Ministério da Justiça. Seu campo de atuação é semelhante ao da OS, 
 
 
entretanto, é mais amplo: 
Art. 3º A qualificação instituída por esta Lei, observado em qualquer caso, o princípio da universali- zação dos 
serviços, no respectivo âmbito de atuação das Organizações, somente será conferida às pessoas jurídicas de 
direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais tenham pelo menos uma das seguintes finalidades: 
I – promoção da assistência social; 
II – promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; 
III – promoção gratuita da educação, observando-se a forma complementar de participação das organizações 
de que trata esta Lei; 
IV – promoção gratuita da saúde, observando-se a forma complementar de participação das orga- nizações de 
que trata esta Lei; 
V – promoção da segurança alimentar e nutricional; 
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; 
VII – promoção do voluntariado; 
VIII – promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza; 
IX – experimentação, não lucrativa, de novos modelos socioprodutivos e de sistemas alternativos de produção, 
comércio, emprego e crédito; 
X – promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de interesse 
suplementar; 
XI – promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores 
universais; 
XII – estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informações 
e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às atividades mencionadas neste artigo. 
 
A lei das Oscips apresenta uma lista de entidades que não podem receber a qualificação: 
 
Art. 2º Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Públi- co, ainda 
que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3º desta Lei: 
I – as sociedades comerciais; 
II – os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional; 
III – as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões devocionais e 
confessionais; 
IV – as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações; 
V – as entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a um círculo res- trito de 
associados ou sócios; 
VI – as entidades e empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados; VII – as 
instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras; 
VIII – as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedoras; IX – as 
Organizações Sociais; 
X – as cooperativas; 
XI – as fundações públicas; 
XII – as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público ou 
por fundações públicas; 
XIII – as organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação com o sistema financei- ro 
nacional a que se refere o art. 192 da Constituição Federal. 
 
O vínculo que une a entidade ao Estado é o chamado termo de parceria. 
Para a qualificação de entidade como Oscip, exige-se que tenha sido constituída e se en- contre em 
funcionamento regular há, no mínimo, três anos (art. 1º, com redação dada pela Lei n. 13.019/2014). 
 
 
 
O TCU tem entendido que o vínculo firmado pelo termo de parceria por órgãos ou entidades da 
Administração Pública com Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público não de- manda 
licitação. Conforme o art. 23 do Decreto n. 3.100/1999, haverá a realização de concurso de projetos pelo 
órgão estatal interessado em construir parceria com Oscips para obtenção de bens e serviços e para a 
realização de atividades, eventos, consultorias, cooperaçãotécnica e assessoria. 
 
 
 
 
Resumo 
OSCIP 
Ato de qualificação: ato vinculado (ao preencher as condições). 
Vínculo: termo de parceria. 
Qualificação: pelo Ministério da Justiça. 
Natureza: pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos. 
Licitação: não precisa. 
Concurso: não precisa. 
Lei n. 9.790/1999: prestar apoio a entidade estatal social. 
 
As organizações da sociedade civil de interesse público são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins 
lucrativos, em que os respectivos objetivos sociais e normas estatutárias devem atender aos requisitos 
instituídos pela Lei n. 9.790/1999. A qualificação é de competência do Ministério da Justiça. O vínculo 
que une a entidade ao Estado é o chamado termo de parceria. 
 
Lei n. 9.790/1999, Art. 9º Fica instituído o Termo de Parceria, assim considerado o instrumento passível de 
ser firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de 
Interesse Público destinado à formação de vínculo de cooperação entre as par- tes, para o fomento e a execução 
das atividades de interesse público previstas no art. 3º desta Lei. 
 
 
Mas, professor, se a OS exerce atividade de interesse público e não tem fim lucrativo e a 
Oscip tem essas mesmas características, qual a diferença entre as duas entidades? 
 
 
 
Realmente, a função das duas é bem similar. As OSs vieram para substituir órgãos e enti- dades 
públicas, visando a diminuição do tamanho do Estado. Como dissemos, o órgão público é extinto e uma 
entidade privada recebe a qualificação e executa a atividade em seu lugar. Já as Oscips visam auxiliar o 
Estado no exercício de atividades de interesse público. 
 
 
OS OSCIP 
Regida pela Lei n. 9.637/1998. Regida pela Lei n. 9.790/1999. 
Qualificação pelo Poder Executivo Federal. Qualificação pelo Ministério da Justiça. 
A qualificação é ato discricionário. A qualificação é ato vinculado. 
Celebra contrato de gestão. Celebra termo de parceria. 
 
 
A lei não dispõe sobre quem pode se qualificar (art. 1º). A lei dispõe sobre quem não pode se qualificar (art. 2º). 
A área de atuação é mais restrita (art. 1º). A área de atuação é mais ampla (art. 3º). 
Podem receber bens públicos e servidores. Na lei não há essa previsão. 
Visa a substituição de órgãos e entidades públicas. Visa auxiliar o Estado em atividade de interesse público. 
 
1.5. FUNDAÇÕes OU eNTIDADes De APOIO 
 
Essas entidades quase não aparecem em provas de concurso. 
As fundações de apoio são criadas por fundações governamentais, que fazem parte da 
Administração indireta, diferentemente da sua fundação de apoio. Como exemplo, podemos citar a 
Finatec, entidade de apoio vinculada à Fundação Universidade de Brasília (FUB). 
 
Para concursos, basta saber que as fundações de apoio fazem parte do terceiro setor do Estado. 
 
 
 
Fundações ou Entidades de Apoio 
Conceito: fundações que prestam apoio a outras fundações públicas. 
Criação: criadas por fundações governamentais. 
 
 
RESUMO 
 
PARAESTATAIS: para fins de provas, as paraestatais são pessoas de direito privado, sem fins 
lucrativos, que realizam atividades de interesse público, estando no terceiro setor do Estado. 
Atualmente, as entidades incluídas no terceiro setor, paraestatais, são os Serviços Sociais Autônomos 
(Sistema “S”), as Organizações Sociais (OSs), Organizações Sociais Civis de Inte- resse Público 
(Oscips), fundações ou entidades de apoio. 
Sistema “S”: a posição atual do TCU é no sentido de que esses entes não precisam realizar licitação, 
mas devem estabelecer atos normativos próprios a fim de estabelecer um mínimo de competição antes 
de suas contratações, obedecendo aos princípios que orientam a Lei de Licitações. A justiça competente 
é a Justiça comum estadual, pois são pessoas jurídicas de direito privado.

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