Buscar

QUESTOES COMENTADAS - Leis Penais 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Facebook: CP IURIS Instagram: @cpiuris 
Email: contato@cpiuris.com.br 
www.cpiuris.com.br 
QUESTÕES – LEIS PENAIS 1 
 
1- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – Caso um indivíduo seja condenado definitivamente por furto e depois cometa o delito do 
artigo 28 da lei de drogas (porte de drogas para consumo pessoal), a pena será aplicada pelo 
prazo máximo de 10 meses, tendo em vista a previsão do §4º do mesmo artigo (em caso de 
reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo 
prazo máximo de dez meses.). 
II – A habitualidade no crime de tráfico de drogas e o pertencimento a organizações criminosas 
deverão ser comprovados pela acusação, não sendo possível que o benefício do tráfico 
privilegiado (art. 33, § 4º) seja afastado por simples presunção. 
III – Não é possível a fixação de regime de cumprimento de pena fechado ou semiaberto para 
crime de tráfico privilegiado de drogas (art. 33, § 4º) sem a devida fundamentação, não sendo 
suficiente o fato de ser crime de tráfico. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: D 
I – INCORRETA - de acordo com a jurisprudência o §4º somente se aplica em caso de reincidência 
específica, vejamos: 
RECURSO ESPECIAL. POSSE DE DROGAS. ART. 28, § 4º, DA LEI 11.343/2006. APLICABILIDADE 
ÀQUELE QUE REINCIDIR NA PRÁTICA DO DELITO PREVISTO NO CAPUT DO ART. 28 DA LEI DE 
DROGAS. MELHOR EXEGESE. REVISÃO DO ENTENDIMENTO DA SEXTA TURMA. RECURSO 
IMPROVIDO. 1. A melhor exegese, segundo a interpretação topográfica, essencial à hermenêutica, 
é de que os parágrafos não são unidades autônomas, estando direcionados pelo caput do artigo a 
que se referem. 2. Embora não conste da letra da lei, é forçoso concluir que a reincidência de 
que trata o § 4º do art. 28 da Lei 11.343/2006 é a específica. Revisão do entendimento. 3. Aquele 
que reincide no contato típico com drogas para consumo pessoal fica sujeito a resposta penal mais 
severa: prazo máximo de 10 meses. 4. Condenação anterior por crime de roubo não impede a 
aplicação das penas do art. 28, II e III, da Lei 11.343/06, com a limitação de 5 meses de que dispõe 
 
o § 3º do referido dispositivo legal. 5. Recurso improvido. (REsp 1771304/ES, Rel. Ministro NEFI 
CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 10/12/2019, DJe 12/12/2019) 
II – CORRETA - segundo a jurisprudência: 
Penal e Processual Penal. 2. Tráfico de drogas e aplicação do redutor previsto no art. 33, §4º da Lei 
11.343/2006. 3. A habitualidade e o pertencimento a organizações criminosas deverão ser 
comprovados, não valendo a simples presunção, de modo que o acusado tem direito à redução se 
ausente prova nesse sentido. 4. A quantidade e natureza da droga são circunstâncias que, apesar 
de configurarem elementos determinantes na modulação da causa de diminuição de pena, por si 
sós, não são aptas a comprovar o envolvimento com o crime organizado ou a dedicação à 
atividade criminosa. Precedente: RHC 138.715, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, 
DJe 9.6.2017. 5. Ordem de habeas corpus concedida para restabelecer a sentença de primeiro 
grau. (HC 152001 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Relator(a) p/ Acórdão: Min. 
GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 29/10/2019, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-260 
DIVULG 27-11-2019 PUBLIC 28-11-2019) 
III – CORRETA - de acordo com a jurisprudência: 
Ementa: HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. REGIME DE CUMPRIMENTO DE PENA MAIS 
SEVERO. MOTIVAÇÃO INIDÔNEA. NECESSIDADE DE ADEQUAÇÃO PARA O REGIME ABERTO. 
PRECEDENTES. 1. A fixação do regime inicial de cumprimento da pena não está atrelada, de modo 
absoluto, ao quantum da sanção corporal aplicada, devendo-se considerar as especiais 
circunstâncias do caso concreto. Assim, a imposição ao condenado de regime mais gravoso do que 
o recomendado nas alíneas do § 2º do art. 33 do Código Penal deve ser adequadamente 
fundamentada. Esse entendimento se amolda à jurisprudência cristalizada na Súmula 719. 
Precedentes. 2. A motivação apresentada pela instância antecedente não se mostra apta a 
justificar o agravamento do regime prisional, sobretudo se consideradas as circunstâncias e 
condições em que se desenvolveu a ação, assim como o fato de que houve o reconhecimento do 
denominado tráfico privilegiado, com aplicação da fração máxima de 2/3. 3. Ordem parcialmente 
concedida para fixar o regime inicial aberto. (HC 163231, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, 
Relator(a) p/ Acórdão: Min. ALEXANDRE DE MORAES, Primeira Turma, julgado em 25/06/2019, 
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-185 DIVULG 23-08-2019 PUBLIC 26-08-2019) 
 
2- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de 
entorpecentes exige o reconhecimento da traficância pelo acusado, não bastando a mera 
admissão da posse ou propriedade para uso próprio. 
II – A ausência de apreensão da droga não torna a conduta atípica se existirem outros elementos 
de prova aptos a comprovarem o crime de tráfico. 
III – Para que incida a majorante prevista no art. 40, III, da lei de drogas (a infração tiver sido 
cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, ...) é necessário que 
a droga passe por dentro ou ao menos das intermediações do presídio. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: B 
I – CORRETA - trata-se da redação da Súmula 630, STJ: A incidência da atenuante da confissão 
espontânea no crime de tráfico ilícito de entorpecentes exige o reconhecimento da traficância 
pelo acusado, não bastando a mera admissão da posse ou propriedade para uso próprio. 
II – CORRETA – de acordo com a jurisprudência: 
PROCESSUAL PENAL. TRÁFICO. DENÚNCIA. DESCRIÇÃO FÁTICA SUFICIENTE E CLARA. INÉPCIA. NÃO 
OCORRÊNCIA. AÇÃO PENAL. FALTA DE JUSTA CAUSA. ATIPICIDADE. NÃO OCORRÊNCIA. 
TRANCAMENTO. REVOLVIMENTO FÁTICO. IMPOSSIBILIDADE NA VIA ELEITA. 1. Devidamente 
descritos os fatos delituosos, não há como trancar a ação penal, em sede de habeas corpus, por 
inépcia da denúncia. 2. Plausibilidade da acusação, em face do liame entre a pretensa atuação dos 
pacientes e os fatos. 3. Em tal caso, está plenamente assegurado o amplo exercício do direito de 
defesa, em face do cumprimento dos requisitos do art. 41 do Código de Processo Penal. 4. O 
habeas corpus não se apresenta como via adequada ao trancamento da ação penal, quando o 
pleito se baseia em falta justa causa (atipicidade), não relevada, primo oculi. Intento, em tal caso, 
que demanda revolvimento fático-probatório, não condizente com a via angusta do writ. 5. Ordem 
denegada. (HC 131.455/MT, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, 
julgado em 02/08/2012, DJe 15/08/2012) 
III – INCORRETA – segundo a jurisprudência: 
HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO PRÓPRIO. IMPOSSIBILIDADE. DOSIMETRIA. PENA 
BASE FIXADA MUITO ACIMA DO MÍNIMO LEGAL. MAUS ANTECEDENTES. UMA CONDENAÇÃO 
ANTERIOR NÃO UTILIZADA PARA FINS DE REINCIDÊNCIA. REDUÇÃO DEVIDA. MAJORANTE. 
TRÁFICO PRATICADO EM PRESÍDIO. AUTORES SUBMETIDOS A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE. 
ORGANIZAÇÃO DOS CRIMES POR MEIO DE TELEFONES. INCIDÊNCIA DA MAJORANTE NO ART. 40, 
INCISO III, DA LEI DE DROGAS. WRIT NÃO CONHECIDO. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO. 1. O 
aumento em 1/8 da pena base por cada circunstância judicial desfavorável, que não possua uma 
maior reprovabilidade, é acolhida amplamente pela jurisprudência desta Corte Superior, se 
mostrando mais proporcional que o aumento de 40% da pena mínima pelo tráfico e 33% da pena 
mínima em relação à associação para o tráfico, conforme fixado na sentença e mantida no 
acórdão impugnado. 2. A denúncia narra que parte dos acusados de integrar associação criminosa 
que movimentava grandes volumes de entorpecentesentre estados diversos da federação 
estavam presos e organizavam a dinâmica da quadrilha por meio de telefones celulares possuídos 
clandestinamente. Estando os autores dos crimes incluídos no sistema penitenciário, não se pode 
afastar a conclusão de que seus atos foram praticados no interior do presídio, ainda que seus 
efeitos tenham se manifestado a quilômetros de distância. 3. O inciso III do art. 40 da Lei n. 
11.343/06 não faz a exigência de que as drogas, objeto do crime, efetivamente passem por 
dentro dos locais que se busca dar maior proteção, mas apenas que cometimento dos crimes 
tenha ocorrido em seu interior. 4. Habeas corpus não conhecido. Ordem concedida, de ofício, 
para reformular a pena aplicada a um dos pacientes. (HC 440.888/MS, Rel. Ministro JOEL ILAN 
PACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em 15/10/2019, DJe 18/10/2019) 
 
3- Assinale a alternativa INCORRETA a respeito da Lei de drogas. 
a) Não configura crime a importação de pequena quantidade de sementes de maconha. 
 
b) A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 40, I, da Lei nº 11.343/2006) configura-se 
com a prova da destinação internacional das drogas, ainda que não consumada a transposição de 
fronteiras. 
c) A condenação pelo art. 28 da Lei 11.343/2006 (porte de droga para uso próprio) configura 
reincidência. 
d) A grande quantidade de droga, isoladamente, não constitui fundamento idôneo para afastar a 
causa de diminuição de pena do art. 33, § 4º da Lei de Drogas. 
 
Gabarito: C 
a) Correta, segundo a jurisprudência: 
Habeas corpus. 2. Importação de sementes de maconha. 3. Sementes não possuem a substância 
psicoativa (THC). 4. 26 (vinte e seis) sementes: reduzida quantidade de substâncias apreendidas. 5. 
Ausência de justa causa para autorizar a persecução penal . 6. Denúncia rejeitada. 7. Ordem 
concedida para determinar a manutenção da decisão do Juízo de primeiro grau. (HC 144161, 
Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 11/09/2018, PROCESSO 
ELETRÔNICO DJe-268 DIVULG 13-12-2018 PUBLIC 14-12-2018) 
b) Correta, trata-se da redação da Súmula 607, STJ: A majorante do tráfico transnacional de drogas 
(art. 40, I, da Lei nº 11.343/2006) configura-se com a prova da destinação internacional das drogas, 
ainda que não consumada a transposição de fronteiras. 
c) Incorreta, segundo o entendimento do STJ: 
HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO PRÓPRIO. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. TRÁFICO 
ILÍCITO DE ENTORPECENTES. ABSOLVIÇÃO OU DESCLASSIFICAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. EXAME DO 
CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO INCABÍVEL NA VIA ELEITA. CONDENAÇÃO ANTERIOR PELO CRIME 
DO ARTIGO 28 DA LEI DE DROGAS. REINCIDÊNCIA. DESPROPORCIONALIDADE. PEDIDO DE 
APLICAÇÃO DA MINORANTE PREVISTA NO § 4º DO ART. 33 DA LEI 11.343/2006. POSSIBILIDADE. 
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS. REGIME ABERTO E SUBSTITUIÇÃO DA PENA. VIABILIDADE. 
PENA INFERIOR A 4 ANOS E CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS FAVORÁVEIS. HABEAS CORPUS NÃO 
CONHECIDO. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO. (...) Consoante o posicionamento firmado pela 
Suprema Corte, na questão de ordem no RE n. 430.105/RJ, a conduta de porte de substância 
entorpecente para consumo próprio, prevista no art. 28 da Lei n. 11.343/2006, foi apenas 
despenalizada pela nova Lei de Drogas, mas não descriminalizada, em outras palavras, não 
houve abolitio criminis. Desse modo, tratando-se de conduta que caracteriza ilícito penal, a 
condenação anterior pelo crime de porte de entorpecente para uso próprio pode configurar, em 
tese, reincidência. 4. Contudo, as condenações anteriores por contravenções penais não são 
aptas a gerar reincidência, tendo em vista o que dispõe o art. 63 do Código Penal, que apenas se 
refere a crimes anteriores. E, se as contravenções penais, puníveis com pena de prisão simples, 
não geram reincidência, mostra-se desproporcional o delito do art. 28 da Lei n. 11.343/2006 
configurar reincidência, tendo em vista que nem é punível com pena privativa de liberdade. 5. 
Nesse sentido, a Sexta Turma deste Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp n. 
1.672.654/SP, da relatoria da Ministra MARIA THEREZA, julgado em 21/8/2018, proferiu julgado 
considerando desproporcional o reconhecimento da reincidência por condenação pelo delito 
anterior do art. 28 da Lei n. 11.343/2006. (...) (HC 453.437/SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES 
DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 04/10/2018, DJe 15/10/2018) 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RECURSO ESPECIAL. TRÁFICO DE 
ENTORPECENTES. CONDENAÇÃO ANTERIOR PELO DELITO DO ARTIGO 28 DA LEI DE DROGAS. 
 
CARACTERIZAÇÃO DA REINCIDÊNCIA. DESPROPORCIONALIDADE. MANTIDA A APLICAÇÃO DA 
CAUSA DE DIMINUIÇÃO DO ART. 33, § 4º, DA LEI N. 11.343/2006. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. "Em 
face dos questionamentos acerca da proporcionalidade do direito penal para o controle do 
consumo de drogas em prejuízo de outras medidas de natureza extrapenal relacionadas às 
políticas de redução de danos, eventualmente até mais severas para a contenção do consumo 
do que aquelas previstas atualmente, o prévio apenamento por porte de droga para consumo 
próprio, nos termos do artigo 28 da Lei de Drogas, não deve constituir causa geradora de 
reincidência" (RESP 1.672.654/SP, Rel. Ministra Maria THEREZA DE Assis MOURA, SEXTA TURMA, 
julgado em 21/08/2018, DJe 30/08/2018). 2. Agravo regimental não provido. (STJ; AgRg-AREsp 
1.366.654; Proc. 2018/0246451-3; SP; Quinta Turma; Rel. Min. Ribeiro Dantas; Julg. 13/12/2018; 
DJE 19/12/2018; Pág. 4767) 
d) Correta, segundo a jurisprudência: 
PENA – CAUSA DE DIMINUIÇÃO – DROGA – QUANTIDADE. Possível é considerar-se, para efeito de 
diminuição da pena – artigo 33, § 4º da Lei nº 11.343/2006 –, a quantidade de droga apreendida, 
assentando-se a integração a grupo criminoso. (HC 130981, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, 
Primeira Turma, julgado em 18/10/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-088 DIVULG 27-04-2017 
PUBLIC 28-04-2017) 
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. CONDENAÇÃO 
POR TRÁFICO INTERESTADUAL DE DROGAS. INCIDÊNCIA DA CAUSA ESPECIAL DE REDUÇÃO DE 
PENA PREVISTA NO § 4º DO ART. 33 DA LEI 11.343/2006. POSSIBILIDADE. DEDICAÇÃO À 
ATIVIDADE CRIMINOSA NÃO DEMONSTRADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA 
PROVIMENTO. I – A quantidade de entorpecente isoladamente utilizada pelo Tribunal de Justiça 
local não é suficiente para presumir a dedicação do recorrente à atividades ligadas à traficância e, 
assim, negar-lhe o direito à minorante prevista no § 4º do art. 33 da Lei de Drogas, mormente 
porque o magistrado sentenciante reconheceu sua primariedade, enfatizando que ele “não 
registra antecedentes, tampouco existem provas nos autos de dedicação a atividades criminosas”. 
II – Agravo regimental a que se nega provimento. (RHC 148579 AgR, Relator(a): Min. RICARDO 
LEWANDOWSKI, Segunda Turma, julgado em 09/03/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-053 
DIVULG 19-03-2018 PUBLIC 20-03-2018) 
(...)Nos termos da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a quantidade e a natureza da 
droga apreendida, isoladamente consideradas, não possuem o condão de vedar a concessão da 
minorante prevista na Lei de Drogas. 7. O entendimento esposado do Tribunal paranaense está 
em consonância com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, haja vista a impossibilidade 
da quantidade e natureza da droga apreendida, isoladamente consideradas, ter o condão de vedar 
a concessão da minorante prevista na Lei de Drogas (AGRG no RESP n. 1.716.202/PR, de minha 
relatoria, Sexta Turma, DJe 12/6/2018). 8. Agravo regimental improvido. (STJ; AgRg-REsp 
1.763.113; Proc. 2018/0223157-5; GO; Sexta Turma; Rel. Min. Sebastião Reis Júnior; Julg. 
27/11/2018; DJE 13/12/2018; Pág. 2160) 
(...)A quantidade de entorpecente isoladamente não é suficiente para presumir a dedicação a 
atividades ligadas à traficância e, assim, negar o direito à minorante prevista no § 4º do art. 33 da 
Lei de Drogas. (RHC 148579/MS AGR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 
19.03.2018).V - Agravo regimental a que se nega provimento.(STJ; AgRg-AREsp 1.292.877; Proc. 
2018/0114151-0; MS; Quinta Turma; Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca; Julg. 16/08/2018; DJE 
24/08/2018; Pág. 2279) 
 
 
 
4- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – A prática do delito de tráfico de drogas nas proximidades de estabelecimentos de ensino (art. 
40, III, da Lei 11.343/06) enseja a aplicação da majorante, sendo desnecessária a prova de que o 
ilícito visava atingir os frequentadores desse local, contudo não incide a causa de aumento de, 
se a prática de narcotraficância ocorrer em dia e horário em que não facilite a prática criminosa 
e a disseminação de drogas em área de maior aglomeração de pessoas. 
II – O exercício da função de mula, embora indispensável para o tráfico internacional, não traduz, 
por si só, adesão, em caráter estável e permanente, à estrutura de organização criminosa, até 
porque esse recrutamento pode ter por finalidade um único transporte de droga, não afastando, 
por si só a incidência da atenuante da tráfico privilegiado (art. 33, §4º, CP). 
III – É possível o confisco de todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em 
decorrência do tráfico de drogas, sem a necessidade de se perquirir a habitualidade, reiteração 
do uso do bem para tal finalidade, a sua modificação para dificultar a descoberta do local do 
acondicionamento da droga ou qualquer outro requisito além daqueles previstos 
expressamente na Constituição Federal. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: A 
I – CORRETA - em consonância com a jurisprudência: 
RECURSO ESPECIAL. PENAL. TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS. CAUSA DE AUMENTO DA PENA. ART. 40, 
INCISO III, DA LEI Nº 11.343/2006. INFRAÇÃO COMETIDA NAS IMEDIAÇÕES DE ESTABELECIMENTO 
DE ENSINO EM UMA MADRUGADA DE DOMINGO. AUSÊNCIA DE EXPOSIÇÃO DE UMA 
AGLOMERAÇÃO DE PESSOAS À ATIVIDADE CRIMINOSA. INTERPRETAÇÃO TELEOLÓGICA. 
AFASTAMENTO DA MAJORANTE. 1. A causa de aumento de pena prevista no art. 40, inciso III, da 
Lei n.º 11.343/2006 tem natureza objetiva, não sendo necessária a efetiva comprovação de 
mercancia na respectiva entidade de ensino, ou mesmo de que o comércio visava a atingir os 
estudantes, sendo suficiente que a prática ilícita tenha ocorrido em locais próximos, ou seja, nas 
imediações do estabelecimento. 2. A razão de ser da norma é punir de forma mais severa quem, 
por traficar nas dependências ou na proximidade de estabelecimento de ensino, tem maior 
proveito na difusão e no comércio de drogas em região de grande circulação de pessoas, expondo 
os frequentadores do local a um risco inerente à atividade criminosa da narcotraficância. 3. Na 
espécie, diante da prática do delito em dia e horário (domingo de madrugada) em que o 
estabelecimento de ensino não estava em funcionamento, de modo a facilitar a prática criminosa 
e a disseminação de drogas em área de maior aglomeração de pessoas, não há falar em incidência 
da majorante, pois ausente a ratio legis da norma em tela. 4. Recurso especial improvido. (REsp 
1719792/MG, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 
13/03/2018, DJe 26/03/2018) 
II – CORRETA - segundo a jurisprudência: 
 
EMENTA Habeas corpus. Penal. Tráfico internacional de drogas. Condenação. Dosimetria da pena. 
Pretendida aplicação da causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06. 
Incidência da causa de aumento da pena prevista no art. 40, inciso I, da Lei nº 11.343/06. Alegação 
de bis in idem. Fixação do regime mais gravoso desprovida de fundamentação idônea. Questões 
não analisadas pelo Superior Tribunal de Justiça. Inadmissível supressão de instância. 
Impropriedade do habeas corpus para o revolvimento do conjunto fático-probatório, no intento 
de se redimensionar a pena imposta. Precedentes. Denegação da ordem. Incidência da causa de 
diminuição de pena do art. 33, § 4º, da Lei de Drogas afastada pelas instâncias de mérito com 
amparo em mera conjectura ou ilação de que os pacientes integrariam organização criminosa, já 
que recrutados para transportar drogas ao exterior (mulas do tráfico). Inexistência de base 
empírica idônea. Constrangimento ilegal configurado. Habeas corpus concedido de ofício. (...) 4. 
Descabe afastar a incidência da causa de diminuição de pena do art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06 
com base em mera conjectura ou ilação de que os réus integrariam organização criminosa. 5. O 
exercício da função de mula, embora indispensável para o tráfico internacional, não traduz, por si 
só, adesão, em caráter estável e permanente, à estrutura de organização criminosa, até porque 
esse recrutamento pode ter por finalidade um único transporte de droga. 6. Ordem denegada. 
Habeas corpus concedido de ofício para o fim de, reconhecida a incidência da causa de diminuição 
de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06, determinar ao juízo processante que fixe o 
quantum de redução pertinente na espécie. (HC 124107, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira 
Turma, julgado em 04/11/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-230 DIVULG 21-11-2014 PUBLIC 24-
11-2014) 
 
PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. TRÁFICO DE 
ENTORPECENTES. MULA. ATUAL ENTENDIMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. CAUSA DE 
DIMINUIÇÃO ART. 33, § 4º, LEI N. 11.434/2006 CONCEDIDA EM 1/6 (UM SEXTO). CONTRIBUIÇÃO 
COM ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA. BIS IN IDEM. INEXISTÊNCIA. PENA-BASE FIXADA NO MÍNIMO 
LEGAL. INOVAÇÃO RECURSAL. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. Quanto ao tema, este Superior Tribunal 
de Justiça, alinhando-se à decisão do Supremo Tribunal Federal, no HC 101.265/SP, Rel. Ministro 
CARLOS AYRES BRITTO, Segunda Turma, DJe 6/8/2012, firmou o entendimento no sentido de que 
o simples fato de o agente atuar como mula do tráfico de drogas é indicativo de que compõe 
organização criminosa, de forma que tal premissa, por si só, seria suficiente para afastar, em sua 
totalidade, o benefício de redução pleiteado. Razão pela qual não haveria ilegalidade na escolha 
do quantum aplicado, visto que sequer deveria ter sido concedida a benesse. 2. O atual 
entendimento do Supremo Tribunal Federal acerca da matéria é no sentido de que a simples 
atuação como "mula", por si só, não induz que o paciente integre organização criminosa, de forma 
estável e permanente, não constituindo, portanto, fundamento idôneo para afastar a aplicação do 
redutor em sua totalidade, tratando-se de meras ilações, presunções ou conjecturas, até porque 
pode se tratar de recrutamento único e eventual. (Precedentes.) 3. Firmou-se também no Pretório 
Excelso que a atuação da recorrente na condição de "mula", embora não seja suficiente para 
denotar que integre, de forma estável e permanente, organização criminosa, é considerada 
circunstância concreta e elemento idôneo para valorar negativamente a conduta do agente, na 
terceira fase da dosimetria, modulando-se a aplicação da causa especial de diminuição de pena 
pelo tráfico privilegiado, por ter conhecimento de que auxilia o crime organizado no tráfico 
internacional. 4. No caso, considerando que o recorrente conscientemente atuou em favor da 
organização criminosa, aplico o referido redutor na fração de 1/6 (um sexto). 5. Não há falar em 
dupla valoração de circunstancia judicial, pois a pena-base foi fixada no mínimo legal. Ademais, 
tem-se que: "é inviável a discussão, em sede de agravo regimental, de matérias que sequer foram 
objeto do recurso especial, por se tratar de inovação recursal." (AgRg no AREsp 889.252/MG, Rel. 
 
Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, DJe 24/08/2016.) 6. Agravo regimental não provido. 
(AgRg no AREsp 606.431/SP, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 
01/06/2017, DJe 09/06/2017) 
III – CORRETA - segundo o entendimento fixado pelo STF em repercussão geral: 
EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PENAL. PROCESSUAL PENAL. REPERCUSSÃO GERAL 
RECONHECIDA. TEMA 647 DO PLENÁRIO VIRTUAL. TRÁFICODE DROGAS. VEÍCULO APREENDIDO 
COM O SUJEITO ATIVO DO CRIME. DECRETAÇÃO DE PERDIMENTO DO BEM. CONTROVÉRSIA 
SOBRE A EXIGÊNCIA DE HABITUALIDADE DO USO DO BEM NA PRÁTICA CRIMINOSA OU 
ADULTERAÇÃO PARA DIFICULTAR A DESCOBERTA DO LOCAL DE ACONDICIONAMENTO. 
DESNECESSIDADE. INTERPRETAÇÃO DO ART. 243, PARÁGRAFO ÚNICO, DA CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO. 1. O confisco de bens pelo Estado encerra uma 
restrição ao direito fundamental de propriedade, insculpido na própria Constituição Federal que o 
garante (art. 5º, caput, e XXII). 2. O confisco de bens utilizados para fins de tráfico de drogas, à 
semelhança das demais restrições aos direitos fundamentais expressamente previstas na 
Constituição Federal, deve conformar-se com a literalidade do texto constitucional, vedada a 
adstrição de seu alcance por requisitos outros que não os estabelecidos no artigo 243, parágrafo 
único, da Constituição. 3. O confisco no direito comparado é instituto de grande aplicabilidade nos 
delitos de repercussão econômica, sob o viés de que “o crime não deve compensar”, perspectiva 
adotada não só pelo constituinte brasileiro, mas também pela República Federativa do Brasil que 
internalizou diversos diplomas internacionais que visam reprimir severamente o tráfico de drogas. 
4. O tráfico de drogas é reprimido pelo Estado brasileiro, através de modelo jurídico-político, em 
consonância com os diplomas internacionais firmados. 5. Os preceitos constitucionais sobre o 
tráfico de drogas e o respectivo confisco de bens constituem parte dos mandados de 
criminalização previstos pelo Poder Constituinte originário a exigir uma atuação enérgica do 
Estado sobre o tema, sob pena de o ordenamento jurídico brasileiro incorrer em proteção 
deficiente dos direitos fundamentais. Precedente: HC 104410, Relator(a): Min. Gilmar Mendes, 
Segunda Turma, julgado em 06/03/2012, DJ 26-03-2012. 6. O confisco previsto no artigo 243, 
parágrafo único, da Constituição Federal deve ser interpretado à luz dos princípios da unidade e 
da supremacia da Constituição, atentando à linguagem natural prevista no seu texto. Precedente: 
RE 543974, Relator(a): Min. Eros Grau, Tribunal Pleno, julgado em 26/03/2009, DJ 28-05-2009. 7. 
O Supremo Tribunal Federal sedimentou que: AGRAVO DE INSTRUMENTO - EFICÁCIA SUSPENSIVA 
ATIVA - TRÁFICO DE DROGAS - APREENSÃO E CONFISCO DE BEM UTILIZADO - ARTIGO 243, 
PARÁGRAFO ÚNICO, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Impõe-se o empréstimo de eficácia suspensiva 
ativa a agravo, suspendendo-se acórdão impugnado mediante extraordinário a que visa imprimir 
trânsito, quando o pronunciamento judicial revele distinção, não contemplada na Constituição 
Federal, consubstanciada na exigência de utilização constante e habitual de bem em tráfico de 
droga, para chegar-se à apreensão e confisco - artigo 243, parágrafo único, da Constituição 
Federal. (AC 82-MC, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 3-2-2004, Primeira Turma, DJ de 28-
5-2004). 8. A habitualidade do uso do bem na prática criminosa ou sua adulteração para dificultar 
a descoberta do local de acondicionamento, in casu, da droga, não é pressuposto para o confisco 
de bens, nos termos do art. 243, parágrafo único, da Constituição Federal. 9. Tese: É possível o 
confisco de todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico de 
drogas, sem a necessidade de se perquirir a habitualidade, reiteração do uso do bem para tal 
finalidade, a sua modificação para dificultar a descoberta do local do acondicionamento da droga 
ou qualquer outro requisito além daqueles previstos expressamente no artigo 243, parágrafo 
único, da Constituição Federal. 10. Recurso Extraordinário a que se dá provimento. (RE 638491, 
Relator(a): Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 17/05/2017, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-
186 DIVULG 22-08-2017 PUBLIC 23-08-2017) 
 
 
5- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – O condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 anos e não exceda a 8 anos, tem o 
direito de cumprir a pena corporal em regime semiaberto caso as circunstâncias judiciais do 
código penal lhe forem favoráveis. 
II – Se o agente vende a droga nas imediações de um presídio, mas o comprador não era um dos 
detentos nem qualquer pessoa que estava frequentando o presídio, não deverá incidir a causa 
de aumento do art. 40, III, da Lei nº 11.343/2006. 
III – É possível a utilização de inquéritos policiais e/ou ações penais em curso para formação da 
convicção de que o réu se dedica a atividades criminosas, de modo a afastar o benefício legal 
previsto no art. 33, § 4º, da Lei n.º 11.343/2006. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: C 
I – CORRETA – segundo a jurisprudência: 
HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSO PENAL. TRÁFICO DE DROGAS. CONDENAÇÃO À 4 ANOS E 10 
MESES DE RECLUSÃO. IMPOSIÇÃO DO REGIME INICIAL FECHADO. SANÇÃO MAIS GRAVOSA. 
AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. INADMISSIBILIDADE. SÚMULAS 718 E 719 DO STF. 
CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS FAVORÁVEIS AO PACIENTE. ANÁLISE DA NATUREZA E QUANTIDADE 
DE DROGA. REEXAME DE PROVAS PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. VEDAÇÃO DE REEXAME 
DE PROVAS EM RECURSO ESPECIAL. SÚMULA 7 DO STJ. RÉU PRIMÁRIO. CONDIÇÕES FAVORÁVEIS. 
APLICAÇÃO DO REGIME SEMIABERTO. ORDEM CONCEDIDA. I – O condenado não reincidente, cuja 
pena seja superior a 4 anos e não exceda a 8 anos tem o direito de cumprir a pena corporal em 
regime semiaberto (art. 33, § 2°, b, do CP), caso as circunstâncias judiciais do art. 59 lhe forem 
favoráveis. II – A imposição de regime de cumprimento de pena mais gravoso deve ser 
fundamentada, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade 
do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao 
comportamento da vítima (art. 33, § 3°, do CP) . III – Não é dado ao STJ revolver fatos e provas 
para, analisando a quantidade e a qualidade de droga, impor ao réu regime prisional mais gravoso. 
IV – Ordem concedida para fixar o regime semiaberto para o desconto da pena de reclusão. 
(HC 140441, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, julgado em 28/03/2017, 
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-096 DIVULG 08-05-2017 PUBLIC 09-05-2017) 
II – INCORRETA - de acordo com a jurisprudência deverá incidir a causa de aumento, vejamos: 
MENTA Habeas corpus. Penal. Tráfico de drogas praticado nas imediações de estabelecimento 
prisional (art. 33 c/c o art. 40, inciso III, da Lei nº 11.343/06). Insurgência contra os pressupostos 
de admissibilidade do recurso interposto perante o Superior Tribunal de Justiça. Inadmissibilidade 
de discussão na via do habeas corpus. Precedentes. Afastamento da causa de aumento de pena do 
art. 40, inciso III, da Lei de drogas. Impossibilidade. Constatação de comercialização de drogas nas 
 
imediações de estabelecimento prisional. Motivo hábil que autoriza a incidência da causa de 
aumento da pena. Irrelevância de o agente infrator visar os frequentadores daquele local. 
Precedentes. Ordem denegada. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está 
sedimentada na impossibilidade do uso do habeas corpus para se reexaminarem os pressupostos 
de admissibilidade de recurso interposto no Superior Tribunal de Justiça. Precedentes. 2. A 
aplicação da causa de aumento prevista no art. 40, inciso III, da Lei nº 11.343/06 se justifica 
quando constatada a comercialização de drogas nas imediações de estabelecimentos prisionais, 
sendo irrelevante se o agente infrator visa ou não os frequentadores daquele local. Precedentes. 
3. Ordem denegada. (HC 138944, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, julgado em 
21/03/2017, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-170 DIVULG 02-08-2017 PUBLIC 03-08-2017) 
III – CORRETA - segundo a jurisprudência: 
PROCESSUAL PENAL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO 
ESPECIAL. CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA. ARTIGO 33, §4º, DA LEI 11.343/06.REQUISITOS 
CUMULATIVOS. DEDICAÇÃO ATIVIDADE CRIMINOSA. UTILIZAÇÃO INQUÉRITOS E/OU AÇÕES 
PENAIS. POSSIBILIDADE. PROVIMENTO DO RECURSO. I - O benefício legal previsto no §4º do artigo 
33 da Lei 11.343/06 pressupõe o preenchimento pelo Réu de todos os requisitos cumulativamente, 
sendo eles: i) primariedade; ii) bons antecedentes; iii) não dedicação em atividade criminosa; iv) 
não integrar organização criminosa. II - O crime de tráfico de drogas deve ser analisado sempre 
com observância ao mandamento constitucional de criminalização previsto no artigo 5º, XLIII, da 
Constituição Federal, uma vez que se trata de determinação do constituinte originário para maior 
reprimenda ao delito, atendendo, assim, ao princípio da vedação de proteção deficiente. III - 
Assim, é possível a utilização de inquéritos policiais e/ou ações penais em curso para formação da 
convicção de que o Réu se dedica à atividades criminosas, de modo a afastar o benefício legal 
previsto no artigo 33, §4º, da Lei 11.343/06 IV - In casu, o Tribunal de Justiça afastou a causa de 
diminuição de pena mencionada em virtude de o Réu ostentar condenação por tráfico de drogas 
não transitada em julgado, considerando que ele se dedica à atividade criminosa por não 
desempenhar atividade lícita, bem como porque "assim que saiu da cadeia, voltou a praticar o 
mesmo delito". Embargos de divergência providos para prevalecer o entendimento firmado no 
acórdão paradigma, restabelecendo o acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça. (EREsp 
1431091/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 14/12/2016, DJe 
01/02/2017) 
 
6- Assinale a alternativa INCORRETA considerando o entendimento válido sumulado pelos 
tribunais superiores. 
a) Para a incidência da majorante prevista no artigo 40, V, da Lei 11.343/06, é desnecessária a 
efetiva transposição de fronteiras entre estados da federação, sendo suficiente a demonstração 
inequívoca da intenção de realizar o tráfico interestadual. 
b) A aplicação da causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006 
(tráfico privilegiado) não afasta a hediondez do crime de tráfico de drogas. 
c) É cabível a aplicação retroativa da Lei 11.343/06, desde que o resultado da incidência das suas 
disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei 6.368/76, 
sendo vedada a combinação de leis. 
d) A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 40, I, da Lei nº 11.343/2006) configura-se 
com a prova da destinação internacional das drogas, ainda que não consumada a transposição de 
fronteiras. 
 
 
Gabarito: B 
a) Correta, de acordo com a Súmula 587-STJ: Para a incidência da majorante prevista no artigo 40, 
V, da Lei 11.343/06, é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras entre estados da 
federação, sendo suficiente a demonstração inequívoca da intenção de realizar o tráfico 
interestadual. 
b) Incorreta, trata-se da redação da Súmula 512,STJ, a qual encontra-se cancelada. Atualmente 
entende-se que O chamado "tráfico privilegiado", previsto no § 4º do art. 33 da Lei nº 
11.343/2006 (Lei de Drogas), não deve ser considerado crime equiparado a hediondo. STF. 
Plenário. HC 118533/MS, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 23/6/2016 (Info 831). 
c) Correta, de acordo com a Súmula 501-STJ: É cabível a aplicação retroativa da Lei 11.343/06, 
desde que o resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do 
que o advindo da aplicação da Lei 6.368/76, sendo vedada a combinação de leis. • 
d) Correta, de acordo com a Súmula 607-STJ: A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 
40, I, da Lei nº 11.343/2006) configura-se com a prova da destinação internacional das drogas, 
ainda que não consumada a transposição de fronteiras. 
 
7- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – O grau de pureza da droga é irrelevante para fins de dosimetria da pena, uma vez que 
preponderam a natureza e a quantidade da droga apreendida para o cálculo da dosimetria da 
pena. 
II – A participação do menor não pode ser considerada para configurar o crime de associação 
para o tráfico (art. 35) e, ao mesmo tempo, para agravar a pena como causa de aumento do art. 
40, VI, da Lei nº 11.343/2006. 
III – A conduta consistente em negociar por telefone a aquisição de droga e também 
disponibilizar o veículo que seria utilizado para o transporte do entorpecente configura o crime 
de tráfico de drogas em sua forma consumada, ainda que a polícia, com base em indícios 
obtidos por interceptações telefônicas, tenha efetivado a apreensão do material entorpecente 
antes que o investigado efetivamente o recebesse. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: C 
I – CORRETA – de acordo com a jurisprudência: 
EMENTA: HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL. TRÁFICO INTERNACIONAL DE 
ENTORPECENTE. ALEGAÇÃO DE IMPRESCINDIBILIDADE DE PERÍCIA COMPLEMENTAR NA 
SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE APREENDIDA. DESNECESSIDADE. INEXIGÊNCIA NA LEI N. 
11.343/2006 DE DETERMINAÇÃO DO GRAU DE PUREZA DA DROGA E DO SEU POTENCIAL LESIVO. 
 
IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE PROVA. ORDEM DENEGADA. 1. Desnecessária a aferição do 
grau de pureza da droga para realização da dosimetria da pena. A Lei n. 11.343/2006 dispõe como 
preponderantes, na fixação da pena, a natureza e a quantidade de entorpecentes, independente 
da pureza e do potencial lesivo da substância. Precedente. 2. Para acolher a alegação da 
Impetrante de imprescindibilidade da perícia complementar na substância entorpecente 
apreendida, seria necessário o reexame dos fatos e das provas dos autos, ao que não se presta o 
habeas corpus. 3. Ordem denegada. (HC 132909, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, 
julgado em 15/03/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-063 DIVULG 06-04-2016 PUBLIC 07-04-2016) 
II – INCORRETA - A participação do menor pode ser considerada para configurar o crime de 
associação para o tráfico e, ao mesmo tempo, para agravar a pena como causa de aumento do art. 
40, VI, senão vejamos: 
PROCESSUAL PENAL E PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ESPECIAL, ORDINÁRIO 
OU DE REVISÃO CRIMINAL. NÃO CABIMENTO. CAUSA DE AUMENTO. APLICAÇÃO EM PATAMAR 
ACIMA DO MÍNIMO. FUNDAMENTO CONCRETO. POSSIBILIDADE. BIS IN IDEM. INOCORRÊNCIA. 
CORREÇÃO, DE OFÍCIO, PELO TRIBUNAL EM APELAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE INSURGÊNCIA QUANTO 
AO QUANTUM DAS PENAS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO. REFORMATIO IN PEJUS CONFIGURADA. 
PENA AUMENTADA SEM RECURSO MINISTERIAL. ILEGALIDADE FLAGRANTE. RESTABELECIMENTO 
DA SENTENÇA. 1. Ressalvada pessoal compreensão diversa, uniformizou o Superior Tribunal de 
Justiça ser inadequado o writ em substituição a recursos especial e ordinário, ou de revisão 
criminal, admitindo-se, de ofício, a concessão da ordem ante a constatação de ilegalidade 
flagrante, abuso de poder ou teratologia. 2. A jurisprudência desta Corte posiciona-se no sentido 
de que a aplicação de causa de aumento em patamar acima do mínimo é plenamente válida desde 
que fundamentada na gravidade concreta do delito. 3. Não se observa violação ao princípio do 
non bis in idem a aplicação da causa de aumento do art. 40, inciso VI, da Lei 11.343/2006, 
cumulativamente, para os crimes de associação para o tráfico (art. 35 da Lei de drogas) e de 
tráfico de drogas (art. 33 da mesma legislação), haja vista tratarem-se de delitos autônomos. 4. 
É cabível a aplicação da majorante de o crime envolver ou visar a atingir criança ou adolescente 
(art. 40, VI, da Lei 11.343/2006) em delito de associação para o tráfico de drogas com menor de 
idade. 5. Configura inegável reformatio in pejus a correção de erro material no julgamento da 
apelação ainda que para sanar evidente equívoco ocorrido na sentença condenatória que importa 
em aumento das penas, sem que tenha havido recurso do Ministério Público nesse sentido. 6. 
Habeas corpus não conhecido, todavia,concedo a ordem, de ofício, para restabelecer a pena 
fixada na sentença condenatória quanto ao ora paciente, tendo em vista que a correção do erro 
material, da forma como operada pelo Tribunal estadual, configurou reformatio in pejus. (HC 
250.455/RJ, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 17/12/2015, DJe 
05/02/2016) 
III – CORRETA – de acordo com a jurisprudência: 
PENAL. PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ESPECIAL, ORDINÁRIO 
OU DE REVISÃO CRIMINAL. NÃO CABIMENTO. ARTS. 12 E 14 DA LEI 6.368/76. MATERIALIDADE 
CONSTATADA. TRÁFICO SEM AQUISIÇÃO DE DROGAS. MODALIDADE ADQUIRIR E TRANSPORTAR. 
DESCLASSIFICAÇÃO PARA CRIME TENTADO. REVOLVIMENTO DE PROVA. INÉPCIA DA DENÚNCIA. 
ARGUIÇÃO APÓS SENTENÇA. IMPOSSIBILIDADE. 1. Ressalvada pessoal compreensão diversa, 
uniformizou o Superior Tribunal de Justiça ser inadequado o writ em substituição a recursos 
especial e ordinário, ou de revisão criminal, admitindo-se, de ofício, a concessão da ordem ante a 
constatação de ilegalidade flagrante, abuso de poder ou teratologia. 2. A imputação de negociação 
com adquisição de droga e contribuição material para seu transporte, configura conduta típica, de 
crime de tráfico consumado, com materialidade constatada pela apreensão do material 
 
entorpecente. 3. A revaloração da prova de vinculação do agente com a droga apreendida, 
notadamente por interceptações telefônicas, alinhadas com provas testemunhais, é descabida na 
via do habeas corpus. 4. A alegação de inépcia da denúncia resta preclusa após a sentença 
condenatória. Precedentes desta Corte. 5. Habeas corpus não conhecido. (HC 212.528/SC, Rel. 
Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 01/09/2015, DJe 23/09/2015) 
 
8- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – Não é possível a utilização de inquéritos policiais e/ou ações penais em curso para formação 
da convicção de que o réu se dedica a atividades criminosas, de modo a afastar o benefício legal 
previsto no art. 33, § 4º, da Lei n.º 11.343/2006. 
II – Em situações excepcionais, admite-se que a comprovação da materialidade do crime de 
tráfico de drogas possa ser efetuada por meio do laudo de constatação provisório, quando ele 
permita grau de certeza idêntico ao do laudo definitivo, pois elaborado por perito oficial, em 
procedimento e com conclusões equivalentes. 
III – A circunstância de o crime ter sido cometido nas dependências de estabelecimento prisional 
não pode ser utilizada como fator negativo para fundamentar uma pequena redução da pena na 
aplicação da minorante prevista no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343/2006 e, ao mesmo tempo, 
ser empregada para aumentar a pena como majorante do inciso III do art. 40. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: D 
I – INCORRETA – de acordo com a jurisprudência é possível a utilização, vejamos: 
 PROCESSUAL PENAL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO 
ESPECIAL. CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA. ARTIGO 33, §4º, DA LEI 11.343/06. REQUISITOS 
CUMULATIVOS. DEDICAÇÃO ATIVIDADE CRIMINOSA. UTILIZAÇÃO INQUÉRITOS E/OU AÇÕES 
PENAIS. POSSIBILIDADE. PROVIMENTO DO RECURSO. I - O benefício legal previsto no §4º do artigo 
33 da Lei 11.343/06 pressupõe o preenchimento pelo Réu de todos os requisitos cumulativamente, 
sendo eles: i) primariedade; ii) bons antecedentes; iii) não dedicação em atividade criminosa; iv) 
não integrar organização criminosa. II - O crime de tráfico de drogas deve ser analisado sempre 
com observância ao mandamento constitucional de criminalização previsto no artigo 5º, XLIII, da 
Constituição Federal, uma vez que se trata de determinação do constituinte originário para maior 
reprimenda ao delito, atendendo, assim, ao princípio da vedação de proteção deficiente. III - 
Assim, é possível a utilização de inquéritos policiais e/ou ações penais em curso para formação da 
convicção de que o Réu se dedica à atividades criminosas, de modo a afastar o benefício legal 
previsto no artigo 33, §4º, da Lei 11.343/06 IV - In casu, o Tribunal de Justiça afastou a causa de 
diminuição de pena mencionada em virtude de o Réu ostentar condenação por tráfico de drogas 
não transitada em julgado, considerando que ele se dedica à atividade criminosa por não 
desempenhar atividade lícita, bem como porque "assim que saiu da cadeia, voltou a praticar o 
mesmo delito". Embargos de divergência providos para prevalecer o entendimento firmado no 
 
acórdão paradigma, restabelecendo o acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça. (EREsp 
1431091/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 14/12/2016, DJe 
01/02/2017) 
II – CORRETA - conforme o entendimento jurisprudencial: 
PENAL E PROCESSUAL PENAL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO ESPECIAL. TRÁFICO DE 
DROGAS. PROVA DA MATERIALIDADE DO DELITO. AUSÊNCIA DE LAUDO TOXICOLÓGICO 
DEFINITIVO: FALTA DE PROVA, E NÃO NULIDADE. POSSIBILIDADE EXCEPCIONAL DE 
COMPROVAÇÃO DA MATERIALIDADE DO DELITO POR LAUDO DE CONSTATAÇÃO PROVISÓRIO 
ASSINADO POR PERITO QUANDO POSSUI O MESMO GRAU DE CERTEZA DO DEFINITIVO. CASO DOS 
AUTOS. EMBARGOS PROVIDOS. 1. Nos casos em que ocorre a apreensão do entorpecente, o laudo 
toxicológico definitivo é imprescindível à demonstração da materialidade delitiva do delito e, 
nesse sentido, tem a natureza jurídica de prova, não podendo ser confundido com mera nulidade, 
que corresponde a sanção cominada pelo ordenamento jurídico ao ato praticado em desrespeito a 
formalidades legais. Precedente: HC 350.996/RJ, Rel. Min. Nefi Cordeiro, 3ª Seção, julgado em 
24/08/2016, publicado no DJe de 29/08/2016. 2. Isso, no entanto, não elide a possibilidade de que, 
em situação excepcional, a comprovação da materialidade do crime de drogas possa ser efetuada 
pelo próprio laudo de constatação provisório, quando ele permita grau de certeza idêntico ao do 
laudo definitivo, pois elaborado por perito oficial, em procedimento e com conclusões 
equivalentes. Isso porque, a depender do grau de complexidade e de novidade da droga 
apreendida, sua identificação precisa como entorpecente pode exigir, ou não, a realização de 
exame mais complexo que somente é efetuado no laudo definitivo. 3. Os testes toxicológicos 
preliminares, além de efetuarem constatações com base em observações sensoriais (visuais, 
olfativas e táteis) que comparam o material apreendido com drogas mais conhecidas, também 
fazem uso de testes químicos pré-fabricados também chamados "narcotestes" e são capazes de 
identificar princípios ativos existentes em uma gama de narcóticos já conhecidos e mais 
comercializados. 4. Nesse sentido, o laudo preliminar de constatação, assinado por perito criminal, 
identificando o material apreendido como cocaína em pó, entorpecente identificável com 
facilidade mesmo por narcotestes pré-fabricados, constitui uma das exceções em que a 
materialidade do delito pode ser provada apenas com base no laudo preliminar de constatação. 5. 
De outro lado, muito embora a prova testemunhal e a confissão isoladas ou em conjunto não se 
prestem a comprovar, por si sós, a materialidade do delito, quando aliadas ao laudo toxicológico 
preliminar realizado nos moldes aqui previstos, são capazes não só de demonstrar a autoria como 
também de reforçar a evidência da materialidade do delito. 6. Embargos de divergência providos, 
para reformar o acórdão embargado e dar provimento ao agravo regimental do Ministério Público 
Federal e, tendo em conta que a materialidade do delito de que o réu é acusado ficou provada, 
negar provimento a seu recurso especial. (EREsp 1544057/RJ, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA 
FONSECA, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 26/10/2016, DJe 09/11/2016) 
III – CORRETA - segundo a jurisprudência: 
HABEAS CORPUS SUBSTITUTO DE RECURSO. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. TRÁFICO ILÍCITO DE 
ENTORPECENTES. ART. 33, CAPUT, DA LEI 11.343/2006. ATENUANTE DA CONFISSÃO ESPONTÂNEA. 
SÚMULA 231/STJ.INCIDÊNCIA. CAUSA DE DIMINUIÇÃO PREVISTA NO § 4º DO ART. 33 DA LEI 
11.343/2006. UTILIZAÇÃO DE CIRCUNSTÂNCIA SOPESADA COMO MAJORANTE PARA 
FUNDAMENTAR A FRAÇÃO DE REDUÇÃO DO PRIVILÉGIO. BIS IN IDEM. ILEGALIDADE 
CONFIGURADA. QUANTIDADE E NATUREZA DO ENTORPECENTE. CRITÉRIO IDÔNEO. NECESSIDADE 
DE ADEQUAÇÃO DO PATAMAR DE REDUÇÃO. REDIMENSIONAMENTO DA PENA DA PACIENTE. 
REGIME PRISIONAL FECHADO. NATUREZA HEDIONDA DO DELITO. FUNDAMENTO INIDÔNEO. 
PACIENTE PRIMÁRIA, CONDENADA A PENA NÃO SUPERIOR A 4 ANOS DE RECLUSÃO, COM 
 
PONDERAÇÃO NEGATIVA DA QUANTIDADE E NATUREZA DA DROGA NA TERCEIRA FASE DA 
DOSIMETRIA. REGIME SEMIABERTO. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO. ORDEM CONCEDIDA DE 
OFÍCIO. 1. O Supremo Tribunal Federal, por sua Primeira Turma, e a Terceira Seção deste Superior 
Tribunal de Justiça, diante da utilização crescente e sucessiva do habeas corpus, passaram a 
restringir a sua admissibilidade quando o ato ilegal for passível de impugnação pela via recursal 
própria, sem olvidar a possibilidade de concessão da ordem, de ofício, nos casos de flagrante 
ilegalidade. 2. "A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena 
abaixo do mínimo legal" (Súmula 231/STJ), razão pela qual a pena aplicada à paciente foi mantida 
no piso na segunda fase da dosimetria. 3. A quantidade, natureza e diversidade de entorpecentes 
constituem fatores que, de acordo com o art. 42 da Lei 11.343/2006, são preponderantes para a 
fixação das penas no tráfico ilícito de entorpecentes. 4. Configura indevido bis in idem a utilização 
da circunstância de o crime ter sido cometido nas dependências de estabelecimento prisional para 
fundamentar tanto o quantum de redução na aplicação da minorante prevista no art. 33, § 4º, da 
Lei 11.343/2006, quanto a incidência da majorante prevista no art. 40, inciso III, da Lei 
11.343/2006, razão pela qual tal fundamento deve ser decotado para efeito de escolha da fração 
de redução. 5. No caso, a quantidade e a natureza da droga apreendida configura fundamento 
idôneo para justificar a aplicação do redutor previsto no § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 em 
patamar diverso da fração máxima, revelando-se adequada e proporcional, na espécie, a 
diminuição em 1/3. 6. O STF, ao julgar o HC n. 111.840/ES, por maioria, declarou incidentalmente 
a inconstitucionalidade do § 1º do art. 2º da Lei 8.072/1990, com a redação dada pela Lei n. 
11.464/2007, afastando, dessa forma, a obrigatoriedade do regime inicial fechado para os 
condenados por crimes hediondos e equiparados. 7. A valoração negativa da quantidade e 
natureza dos entorpecentes constitui fator suficiente para a determinação do regime inicial de 
cumprimento da pena privativa de liberdade mais gravoso, bem como para obstar a respectiva 
substituição por pena restritiva de direitos. Precedentes. 8. No caso, a quantidade e a natureza 
dos entorpecentes foram ponderadas de forma negativa na terceira fase da dosimetria da pena, 
razão pela qual a paciente não faz jus ao regime aberto nem à substituição da pena privativa de 
liberdade por restritiva de direitos, revelando-se suficiente e proporcional a fixação do regime 
intermediário, na esteira do disposto no art. 33, §§ 2º, alínea b, e 3º, do Código Penal. 9. Habeas 
corpus não conhecido. Ordem concedida, de ofício, para redimensionar a pena privativa de 
liberdade da paciente para 3 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão e alterar o regime prisional para 
inicial semiaberto. (HC 313.677/RS, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA 
TURMA, julgado em 21/06/2016, DJe 29/06/2016) 
 
9- Com relação à prática delitos da Lei de Drogas envolvendo criança ou adolescente, assinale a 
alternativa INCORRETA. 
a) Caso o delito praticado pelo agente e pelo menor de 18 anos não esteja previsto nos arts. 33 a 
37 da Lei de Drogas, o réu responderá pelo crime praticado e também pelo delito do art. 244-B do 
ECA (corrupção de menores). 
b) Na hipótese de o delito praticado pelo agente e pelo menor de 18 anos não estar previsto nos 
arts. 33 a 37 da Lei de Drogas, o réu poderá ser condenado pelo crime de corrupção de menores, 
porém, se a conduta estiver tipificada em um desses artigos, não será possível a condenação por 
aquele delito, mas apenas a majoração da sua pena com base no art. 40, VI, da Lei nº 11.343/2006. 
c) Caso o delito praticado pelo agente e pelo menor de 18 anos esteja previsto nos arts. 33 a 37 da 
Lei de Drogas, o réu responderá pelo crime praticado com majoração da sua pena com base no art. 
40, VI, da Lei nº 11.343/2006 e também pelo delito do art. 244-B do ECA (corrupção de menores). 
 
d) Caso o delito praticado pelo agente e pelo menor de 18 anos seja o art. 33, 34, 35, 36 ou 37 da 
Lei nº 11.343/2006, ele responderá apenas pelo crime da Lei de Drogas com a causa de aumento 
de pena do art. 40, VI. 
e) A participação do menor pode ser considerada para configurar o crime de associação para o 
tráfico (art. 35) e, ao mesmo tempo, para agravar a pena como causa de aumento do art. 40, VI, 
da Lei nº 11.343/2006. 
 
Gabarito: C 
RECURSO ESPECIAL. PENAL. TRÁFICO DE DROGAS E CORRUPÇÃO DE MENORES. CAUSA DE 
AUMENTO DO ART. 40, VI, DA LEI DE DROGAS E CORRUPÇÃO DE MENORES. BIS IN IDEM. 
OCORRÊNCIA. DUPLA PUNIÇÃO EM RAZÃO DA MESMA CIRCUNSTÂNCIA. PRINCÍPIO DA 
ESPECIALIDADE. 1. A controvérsia cinge-se em saber se constitui ou não bis in idem a condenação 
simultânea pelo crime de corrupção de menores e pelo crime de tráfico de drogas com a aplicação 
da majorante prevista no art. 40, VI, da Lei de Drogas. 2. Não é cabível a condenação por tráfico 
com aumento de pena e a condenação por corrupção de menores, uma vez que o agente estaria 
sendo punido duplamente por conta de uma mesma circunstância, qual seja, a corrupção de 
menores (bis in idem). 3. Caso o delito praticado pelo agente e pelo menor de 18 anos não esteja 
previsto nos arts. 33 a 37 da Lei de Drogas, o réu poderá ser condenado pelo crime de corrupção 
de menores, porém, se a conduta estiver tipificada em um desses artigos (33 a 37), pelo 
princípio da especialidade, não será possível a condenação por aquele delito, mas apenas a 
majoração da sua pena com base no art. 40, VI, da Lei n. 11.343/2006. 4. In casu, verifica-se que 
o réu se associou com um adolescente para a prática do crime de tráfico de drogas. Sendo assim, 
uma vez que o delito em questão está tipificado entre os delitos dos arts. 33 a 37, da Lei de Drogas, 
correta a aplicação da causa de aumento prevista no inciso VI do art. 40 da mesma Lei. 5. Recurso 
especial improvido. (REsp 1622781/MT, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, 
julgado em 22/11/2016, DJe 12/12/2016) 
 
PROCESSUAL PENAL E PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ESPECIAL, ORDINÁRIO 
OU DE REVISÃO CRIMINAL. NÃO CABIMENTO. CAUSA DE AUMENTO. APLICAÇÃO EM PATAMAR 
ACIMA DO MÍNIMO. FUNDAMENTO CONCRETO. POSSIBILIDADE. BIS IN IDEM. INOCORRÊNCIA. 
CORREÇÃO, DE OFÍCIO, PELO TRIBUNAL EM APELAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE INSURGÊNCIA QUANTO 
AO QUANTUM DAS PENAS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO. REFORMATIO IN PEJUS CONFIGURADA. 
PENA AUMENTADA SEM RECURSO MINISTERIAL. ILEGALIDADE FLAGRANTE. RESTABELECIMENTO 
DA SENTENÇA. 1. Ressalvada pessoal compreensão diversa, uniformizou o Superior Tribunal de 
Justiça ser inadequado o writ em substituição a recursos especial e ordinário, ou de revisão 
criminal, admitindo-se, de ofício, a concessão da ordem ante a constatação de ilegalidade 
flagrante, abuso de poder ou teratologia. 2. A jurisprudência desta Corte posiciona-se no sentido 
de que a aplicação de causa de aumento em patamar acima do mínimo é plenamente válida desde 
que fundamentada na gravidade concreta do delito. 3. Não se observa violação ao princípio do 
non bis in idem a aplicação da causa de aumento do art. 40, inciso VI, da Lei 11.343/2006, 
cumulativamente, para os crimes de associação para o tráfico (art. 35 da Lei de drogas) e de 
tráfico de drogas (art. 33 da mesma legislação), haja vista tratarem-se de delitos autônomos. 4. É 
cabível a aplicaçãoda majorante de o crime envolver ou visar a atingir criança ou adolescente (art. 
40, VI, da Lei 11.343/2006) em delito de associação para o tráfico de drogas com menor de idade. 
5. Configura inegável reformatio in pejus a correção de erro material no julgamento da apelação 
ainda que para sanar evidente equívoco ocorrido na sentença condenatória que importa em 
 
aumento das penas, sem que tenha havido recurso do Ministério Público nesse sentido. 6. Habeas 
corpus não conhecido, todavia, concedo a ordem, de ofício, para restabelecer a pena fixada na 
sentença condenatória quanto ao ora paciente, tendo em vista que a correção do erro material, 
da forma como operada pelo Tribunal estadual, configurou reformatio in pejus. (HC 250.455/RJ, 
Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 17/12/2015, DJe 05/02/2016) 
 
10- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – Se o agente importa a droga com objetivo de vendê-la em determinado Estado da Federação, 
mas, para chegar até o seu destino, ele tem que passar por outros Estados, incidirá, neste caso, 
apenas a causa de aumento da transnacionalidade (art. 40, I), não devendo ser aplicada a 
majorante da interestadualidade (art. 40, V) se a intenção do agente não era a de comercializar 
o entorpecente em mais de um Estado da Federação. 
II – Classifica-se como "droga", para fins da Lei nº 11.343/2006 (Lei de Drogas), a substância 
apreendida que possua "canabinoides" (característica da espécie vegetal Cannabis sativa), ainda 
que naquela não haja tetrahidrocanabinol (THC). 
III – Ainda que o réu comprove o exercício de atividade profissional lícita, se, de forma 
concomitante, ele se dedicava a atividades criminosas, não terá direito à causa especial de 
diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006 (Lei de Drogas). 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: A 
I – CORRETA – segundo a jurisprudência: 
HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. PENA-BASE. ARGUMENTOS ABSTRATOS E INERENTES AO 
TIPO PENAL. IMPOSSIBILIDADE. MAJORANTES RELATIVAS À TRANSNACIONALIDADE E À 
INTERESTADUALIDADE DO DELITO. APLICAÇÃO SIMULTÂNEA. INEXISTÊNCIA DA INTENÇÃO DE 
PULVERIZAR A DROGA EM MAIS DE UM ESTADO. BIS IN IDEM CONFIGURADO. MODIFICAÇÃO DO 
REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DA PENA. IMPOSSIBILIDADE. SANÇÃO REDIMENSIONADA. 
ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO. (...) 4. As causas especiais de aumento da pena relativas à 
transnacionalidade e à interestadualidade do delito, previstas, respectivamente, nos incisos I e V 
do art. 40 da Lei de Drogas, podem ser aplicadas simultaneamente, desde que demonstrada a 
intenção do acusado que importou a substância em pulverizar a droga em mais de um estado do 
território nacional, o que não ocorreu na espécie. 5. Ainda que reduzida em parte a pena-base 
aplicada ao paciente e não obstante afastada a majorante relativa à interestadualidade do delito, 
deve ser mantida a imposição do regime inicial fechado, tendo em vista as particularidades do 
caso concreto, notadamente o fato de haver três circunstâncias judiciais desfavoráveis - entre as 
quais a natureza (cocaína) e a elevada quantidade de drogas (57,967 kg), apreendidas em contexto 
de tráfico transnacional. 6. Ordem não conhecida. Habeas corpus concedido, de ofício, para 
redimensionar a pena do paciente, nos termos do voto do Relator. (HC 214.942/MT, Rel. Ministro 
ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 16/06/2016, DJe 28/06/2016) 
 
II – CORRETA – de acordo com a jurisprudência: 
RECURSO ESPECIAL. TRÁFICO DE DROGAS. MATERIALIDADE. SUBSTÂNCIAS CONSTANTES DAS 
LISTAS E E F1 DA PORTARIA N. 344/1998 DA ANVISA. RECURSO PROVIDO. 1. O art. 33, caput, da Lei 
n. 11.343/2006 apresenta-se como norma penal em branco, porque define o crime de tráfico a 
partir da prática de dezoito condutas relacionadas a drogas, sem, no entanto, trazer a definição 
desse elemento do tipo. 2. A definição do que sejam "drogas", capazes de caracterizar os delitos 
previstos na Lei n. 11.343/2006, advém da Portaria n. 344/1998, da Secretaria de Vigilância 
Sanitária do Ministério da Saúde. 3. Os exames realizados por peritos do Instituto Geral de Perícias 
concluíram que, no material apreendido e analisado, "foi constatada a presença de canabinoides, 
característica da espécie vegetal Cannabis sativa", havendo os peritos salientado, ainda, que "a 
Cannabis sativa contém canabinoides que causam dependência". 4. Irrelevante, para a 
comprovação da materialidade do delito (art. 33 da Lei n. 11.343/2006), o fato de o laudo pericial 
não haver revelado a presença de tetrahidrocanabiol (THC) - um dos componentes ativos da 
Cannabis sativa - na substância, porquanto constatou-se que a substância apreendida contém 
canabinoides, característicos da espécie vegetal Cannabis sativa, que, nos termos da conclusão do 
laudo pericial, causam dependência e integram a Lista E da Portaria n. 344, de 12/5/1998, da 
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. 5. A materialidade do crime de tráfico de 
drogas também está demonstrada pelo fato de haver sido apreendido em poder do recorrido 
material contendo cocaína, substância constante da Lista F1 da Portaria n. 344, de 12/5/1998, da 
Anvisa. 6. Recurso especial provido para, reconhecida a materialidade do crime de tráfico de 
drogas, determinar o retorno dos autos ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, 
para que prossiga no julgamento da Apelação Criminal n. 70052225380. (REsp 1444537/RS, Rel. 
Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 12/04/2016, DJe 25/04/2016) 
III – CORRETA - em consonância com a jurisprudência: 
RECURSO ESPECIAL. CORRUPÇÃO DE MENORES E TRÁFICO DE DROGAS. DIVERGÊNCIA 
JURISPRUDENCIAL. ACÓRDÃO PARADIGMA ORIUNDO DE HABEAS CORPUS. IMPOSSIBILIDADE. 
MINORANTE PREVISTA NO ART. 33, § 4º, DA LEI N. 11.343/2006. DEDICAÇÃO A ATIVIDADES 
CRIMINOSAS. RECURSO CONHECIDO EM PARTE E, NESSA EXTENSÃO, PROVIDO. (...) 2. O art. 33, § 
4º, da Lei n. 11.343/2006, ao prever que o acusado não se dedique a atividades criminosas, não 
exige, em nenhum momento, que essa dedicação seja exercida com exclusividade, de modo que a 
aplicação da minorante é obstada ainda que o agente exerça, concomitantemente, atividade 
profissional lícita. 3. O tráfico de drogas praticado por intermédio de adolescente que, em troca da 
mercancia, recebia comissão, evidencia a dedicação do acusado, ainda que não de forma exclusiva, 
a atividades criminosas (notadamente ao narcotráfico, com a utilização de menores), circunstância 
apta a afastar a incidência da causa especial de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei 
n. 11.343/2006. 4. O caso em análise demanda apenas a revaloração de fatos incontroversos que 
já estão delineados nos autos, em decorrência das provas colhidas ao longo de toda a instrução 
probatória e apreciadas pelo Tribunal de origem, bem como a discussão, meramente jurídica, 
acerca da interpretação a ser dada ao artigo de lei apontado como violado (art. 33, § 4º, da Lei n. 
11.343/2006), de modo que a conclusão pela não incidência da referida minorante não esbarra no 
óbice contido na Súmula n. 7 deste Superior Tribunal. (...) (REsp 1380741/MG, Rel. Ministro 
ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 12/04/2016, DJe 25/04/2016)

Continue navegando