ARTIGO CIENTIFICO PECS

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Aquacultura relacionada aos processos erosivos e 
conservação dos solos 
 
 
Daniela Leroy Salgueiro* 
Danielle Passos Santiago* 
Larissa Ferreira Reis* 
Maria Clara Santiago Gualberto* 
Matuzail Martins da Cruz* 
 
Resumo: O presente texto dialoga com os estudos na ciência da aquacultura e a 
visita à uma propriedade rural para demonstração de práticas de manejo e 
conservação do solo e água; discussão sobre os benefícios das práticas; formas de 
implementação e manutenção. Associação entre as práticas e tipos de solos; 
observação de processos erosivos e sua relação com os elementos da 
paisagem. Na busca do aperfeiçoamento na administração dos recursos naturais 
necessários para estruturação das unidades de produção da área para um mercado 
em ascensão no Brasil e no mundo: a produção de organismos aquáticos (peixes, 
crustáceos, moluscos e vegetais aquáticos). 
 
Palavras-chave: Aquacultura. Desenvolvimento sustentável. Desenvolvimento 
regional. Conservação do solo. Práticas de manejo. 
 
Introdução 
A Aquacultura é a ciência que desenvolve estudos sobre a cadeia produtiva 
de peixes e outros organismos aquáticos, abrangendo áreas como biologia e 
fisiologia das espécies de valor econômico, métodos de produção, controle sanitário 
e processamento de alimentos para consumo humano. A aquaciência se ocupa com 
o estudo de peixes marinhos, crustáceos, moluscos e algas de águas salgadas, 
além do cultivo em ambiente aquático controlado ou semicontrolado, como, em 
fazendas para a criação de peixes em lagos e/ou tanques, em rios. O manejo dos 
peixes, por exemplo, é feito desde sua fase embrionária, passando pela fase larval 
(larvicultura) até o crescimento e engorda. A aquacultura desempenha um papel 
econômico social de grande importância no aumento da oferta de alimentos e 
insumos, sendo uma alternativa eficaz para enfrentar os impactos das mudanças 
climáticas na agropecuária e promover o desenvolvimento sustentável mundial, além 
de contribuir na geração de emprego e renda. A segurança alimentar do planeta, no 
futuro, depende do cultivo de alimentos nos ecossistemas aquáticos, pois segundo a 
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a 
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a carne 
de peixe é a mais consumida no mundo. 
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Diante disso, o desenvolvimento de novas técnicas de produção no setor 
proporcionou o maior controle do ambiente aquático, que se traduziu em ganhos de 
produtividade e qualidade no cultivo de vários tipos de animais e plantas aquáticas. 
Tendo em meta 14 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: 
conservar e utilizar de forma sustentável os oceanos e os recursos marinhos. 
Existem os riscos ambientais relacionados aos sistemas intensivos, mas com 
os estudos essa área vem possibilitando a ampliação da resolução desses 
problemas, que estão sendo mitigados com tendência de alta da produção nas 
próximas décadas, por meio de novas unidades intensivas e ampliação das áreas de 
produção em terra e no mar. Os alertas dados por acidentes ambientais em grandes 
centros de criação de peixes e camarão evidenciaram a necessidade de 
reformulação dos projetos, tornando a certificação de sustentabilidade ambiental um 
pré-requisito para atuar no setor. Segundo o Ministério da Pesca e Aquicultura 
(MPA), o Brasil possui um enorme potencial para seu desenvolvimento neste campo, 
visto que o país conta com 12% da água doce disponível no planeta e um litoral de 
7,4 mil quilômetros. Ademais apresenta o clima favorável, disponibilidade de mão de 
obra e crescente demanda do mercado interno. Todos esses fatores podem fazer do 
Brasil um dos maiores produtores mundiais de pescado. Para o MPA, se a atividade 
for realizada de forma ordenada e planejada, muitos impactos ambientais 
provenientes da pesca podem ser evitados. Um cultivo organizado representa 
avanço rumo à meta do Ministério, que visa aumentar a produção das 470 mil 
toneladas atuais para dois milhões de toneladas. 
Uma das limitações recorrente no manejo da aquacultura no brasil, se relaciona na 
parte da burocracia, que dificulta o acesso pelos aquacultores. O Brasil fornece um 
programa de créditos, mas com uma taxa pequena para a produção de peixes. Para 
conseguir o licenciamento, passa por vários empecilhos, além da demora no 
processo. 
Outra limitação é a morfologia do solo. Para um bom cuidado com os tanques, 
os solos deveram ter uma boa relação de argila, silte e areia, que permite uma boa 
compactação e diminui os riscos de erosões. Entendendo isso, as limitações são 
áreas que não possuem um solo firme para aguentar os tanques, ou que não possui 
um solo rico em minerais essenciais. 
As características físicas dos ambientes naturais afetam a sobrevivência dos animais 
principalmente pela disponibilidade de água e terra para o sustento. Temperaturas 
extremas, áreas contaminadas e necessidades não satisfeitas prejudicam a saúde 
da vida selvagem e a eficiência da produção. Para melhorar a produção de animais 
aquáticos, os produtores precisam estar cientes de como podem modificar seus 
ambientes para fornecer condições satisfatórias para seus animais. 
 
Desenvolvimento 
A propriedade visitada, possui área de planalto para pastagens e lavouras, o 
solo presente é o latossolos vermelhos, alaranjados e podzólicos, ótimo para 
construções e são considerados com grande aptidão para a agricultura, sendo 
possível cultivar culturas anuais de elevada importância econômica para o Brasil. 
A economia de Carmo do Cajuru, em Minas Gerais, possui como principais setores 
econômicos o Serviço e a Indústria. Possui grande destaque na pecuária, padarias, 
açougues e hortifruti. A economia local começou com fábricas de manteiga, mas o 
dinamismo se deu com a agricultura, como a produção de milho, mandioca, feijão e 
arroz. Mas foi a indústria de móveis que impulsionou Carmo do Cajuru. Hoje, a 
cidade possui 117 fábricas de móveis, tornando-se o segundo maior polo moveleiro 
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do Brasil, e empregam cerca de oitenta por cento da mão de obra economicamente 
ativa da cidade. Carmo do Cajuru também faz a captação, tratamento, distribuição e 
fornecimento de água, como coleta de esgotos. A estação de tratamento de esgoto- 
ETE, evita que cerca de 5 mil metros cúbicos (m³) de esgoto sem tratamento sejam 
lançados no rio Pará. O projeto cidade inteligente, a PPP (parceria público privada) 
de Carmo do Cajuru contempla cinco dos trinta objetivos da ONU para o 
desenvolvimento social. São eles: energia limpa e acessível, trabalho decente e 
crescimento econômico, indústria, inovação e infraestrutura cidades e comunidades 
sustentáveis. Além dos ganhos econômicos, a iniciativa também vem trazendo 
benefícios ambientais, como a redução anual de 191 toneladas na emissão de 
gases poluentes em razão da instalação da usina solar fotovoltaica. 
Características do meio físico: 
As características da propriedade de Carmo do Cajuru são as seguintes: 
O clima da região do Carmo do Cajuru é tropical de altitude que é caracterizado por 
médias de até 22 °C e chuvas que acumulam 1.500 mm anuais. O clima tropical de 
altitude é característico das regiões serranas e planaltos do sudeste brasileiro, onde 
se localiza a cidade de Carmo do Cajuru. Os solos da região de Divinópolis, onde 
Carmo do Cajuru faz parte sua maior parte dos solos são formados de latossolos 
vermelhos e alaranjados e podzólicos vermelho amarelo, de textura argilosa. São 
solos profundos, porosos, meteorizados, pouco resistentes e de reação ácida. 
Caracterizam-se pela baixa fertilidade e pela secura durante o inverno 
Geologia do local: 
 
O relevo do município de Carmo do Cajuru é quase todo um planalto. Cortam 
em várzeas de córregos e ribeirões, propícios para lavouras e pastagens. Tendo 
vale do Maribondo, vales do Barreiro, do Empanturrado e da Mangonga, que 
também são férteis. Tem grandes extensões de cerrados improdutivos, como o da 
Estiva Grande. 
A hidrografiade Carmo do Cajuru as suas águas fazem parte da grande bacia 
do rio São Francisco. Tendo seus cursos como Rio Pará, Ribeirão do Empanturrado, 
Córrego do Barreiro, Córrego do Sapé, Córrego do Bessa, Córrego de Angicos, 
Córrego de Amoras, Córrego da Mangonga e muitos outros córregos pequenos. 
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Carmo do Cajuru fica na região de Divinópolis, e nessa região a vegetação 
predominante é a do cerrado, caracterizada pela existência de um estrato arbustivo 
com árvores espaçadas, retorcidas, em geral dotadas de cascas grossas e 
suberosas (consistência semelhante a cortiça) e de raízes profundas, e pela 
existência de um estrato erbáceo-graminoso. O solo da propriedade visitada é 
argiloso (argissolo), possuem em destaque o horizonte B textural que é mais 
arenoso em cima e argiloso em baixo reduzindo a infiltração no horizonte, fazendo 
com que seja um ótimo solo para a produção de água. Seu relevo é de planalto 
cortando córregos e ribeirões. Possui uma vegetação de transição entre o cerrado e 
a mata atlântica. As atividades desenvolvidas nessa área para a conservação do 
solo e da água são feitas as práticas a seguir: curvas de nível que impedem a 
devastação, voçorocas no terreno durante as fortes chuvas, a implementação das 
caixas secas ou barraginhas evitando assim assoreamentos e erosões no solo, além 
também do cercamento da nascente. Dessa forma visa a proteção do solo e da 
água. 
 
 
O uso atual da terra da propriedade de Bom Jesus de Angico, também 
conhecida como Santa Filomena é para o Programa Produtor de água, de Carmo do 
Cajuru uma Iniciativa da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) 
que visa melhorar a qualidade dos recursos hídricos via incentivo financeiro a 
produtores que adotassem técnicas de manejo de solo e mitigassem a erosão. Os 
conflitos de uso para a terra é as seguintes: A terra é usada para produção de água, 
mas a economia local não é voltada para isso, sendo uma região voltada para o polo 
moveleiro e agropecuária, ou seja, a fazenda é voltada para algo que não é comum 
na região, também não sendo tão lucrativo, já que se investe muito dinheiro para as 
construções de curvas de níveis e não necessariamente volta o dinheiro para o 
produtor. 
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Proposta de implementação de duas atividades da aquacultura na 
propriedade: 
 
Houve visita de campo à cidade de Carmo do Cajuru, em 01 de novembro de 
2022, realizada numa fazenda denominada Santa Filomena ou Tuviva, endereçada 
pelas coordenadas 20º 09’ 13.9” S, 44º 42’ 03.1” W, cep 35.510-000, cuja 
propriedade se encontra na região nordeste do município, na área rural próximo ao 
distrito de Bom Jesus de Angicos. 
 
 
 
Na região a maior parte dos solos são formados de latossolos vermelhos e 
alaranjados e podzólicos, vermelho amarelo, de textura argilosa. São solos 
profundos, porosos, meteorizados, pouco resistentes e de reação ácida. 
Caracterizam-se pela baixa fertilidade e pela secura durante o inverno. 
 
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Os Argissolos, são solos com acúmulo de argila em subsuperfície, e é do tipo 
do solo encontrado na propriedade, são identificados pelo maior teor de argila nos 
horizontes subsuperficiais, que caracteriza um gradiente textural ao longo do perfil, 
sendo caulínitos, oxídicos ou com caráter alítico. A cor pode variar de bruno 
acinzentada, para até avermelhada, e com os matizes amarelos e vermelhos os 
mais comuns. 
 
 
Nessa parte da fazenda, localizada na área um pouco mais baixa, próxima a 
cota de nível 700 e da sede administrativa (inserida na área demarcada em azul), 
situada à montante e flanco esquerdo (sentido sul norte na visada do ambiente), é 
que se localizariam os tanques ou recintos de reprodução de alevinos de tilápias e 
de produção de peixes ornamentais. 
 
Considerando que há grandes lagos na região e detentores de fazendas ou 
concentrações produtivas de pisciculturas, o fornecimento dos alevinos com 
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demanda para o comércio se apresenta como um bom empreendimento. A opção 
pela tilápia do tipo Tailandesa, que já se encontra bem adaptada ao Brasil e 
características locais, bem como sendo de boa escala de produção. E também pela 
tilápia Saint Peter ou Rosa, bem adaptada e de sucesso em todo o Brasil no que diz 
respeito ao paladar. Ocorre também que a Saint Peter tem um processo produtivo 
mais controlado, podendo ser abatida e colocada à mesa em um tempo curto, o que 
favorece a qualidade e frescor – dois atributos muito valorizados. 
O crescimento no interesse de peixes ornamentais é uma realidade nesse 
mundo contemporâneo, onde o dia a dia das pessoas, em seu vai e vem, a correria, 
o estresse, encontrou nas instalações de aquários uma terapia ou tranquilidade ao 
lidar com os peixes, quer seja em suas residências, quer seja nos consultórios, 
escritórios e mesmo espaços de lazer. Também se apresenta como um 
empreendimento de boa análise comercial, o fato de haver na região em distâncias 
de 50 Km aproximadamente, 5 (cinco) cidades médias, inclusive com uma delas 
superior a 200 mil habitantes. 
Por ser a propriedade detentora de uma área rural de aproximadamente 11 
hectares e onde a água não é abundante, haverá o empreendimento na aquacultura, 
porém de menor exigência dos espaços de reprodução e quantitativos de água. 
Carmo do Cajuru não apresenta uma grande variedade no comércio. Seu centro 
comercial tem um foco na produção de móveis feitos de madeira, e outros processos 
de artesanatos. Na parte alimentícia, possuem uma forte produção de aves e 
derivados, como ovos. Destacam-se positivamente a pecuária, as padarias, 
açougues e fruteiras. Possivelmente a implantação de produção de peixes não seria 
lucrativa em Carmo do Cajuru. Mas as regiões em volta possuem um nível 
habitacional mais alto, possibilitando a exportação para as outras cidades. Por 
exemplo Divinópolis que é a maior cidade da Mesorregião do Oeste de Minas e 
tem uma população estimada em 240.408 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística (IBGE). Ficando aproximadamente 17km de Carmo do 
Cajuru, sendo assim um importante polo comercial e de serviços para cidades 
próximas. 
Escoamento da produção é um dos grandes problemas do agronegócio, a 
dependência das rodovias e a falta de investimentos nas ferrovias e hidrovias 
resultam em custos mais elevados. Carmo do Cajuru é considerado de fácil acesso 
por rodovias e caminhões tem acesso a zona rural, especificamente ao campo 
visitado (Santa Filomena). 
 
 
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 estrada de acesso à propriedade 
 
Considerações Finais 
O terreno visitado tem aptidão para um possível projeto no campo da 
Aquacultura, na visão da caracterização da propriedade rural. O planejamento da 
produção vai depender da espécie escolhida, proposta como, viveiros escavados ou 
tanques de alvenaria e de cada propriedade. No caso desta terra já há 
implementações de técnicas para evitar enxurradas, voçorocas, assoreamento dos 
rios e depredação das estradas. O que é importante na conservação do solo, que é 
uma etapa indispensável de avaliação do planejamento para a efetivação da 
atividade. Além disso, contribui para o abastecimento do lençol freático e a vazão 
dos rios. A chuva tem um grande potencial de erosão, que ao bater no solo ou na 
rocha a chuva pode mobilizar fragmentos erodidos, desgastando o material. A água 
da chuva acaba arrastando o solo morro abaixo e destrói estradas, impedindo o 
escoamento da produção, assoreando córregos e rios. Deste modo foram 
construídas caixas secas nas estradas próximas à propriedade, pois a água da 
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chuva tende a correr com mais velocidade e arrastar sedimentos das estradas para 
os rios principalmente se elas tiverem desníveis. Assim como também abaularam a 
estrada para que a chuva escorra para dentro das caixas secas e há curvas de nível 
no local. Vale destacar o estudo que deve ser feito do formato e topografia da área 
disponível, permissão para o cultivo da espécie na bacia hidrográfica onde seria 
realizadoo projeto e disponibilidade de água constante. 
Nos locais de maior declive, o contato das rochas com a água das chuvas é 
menor, o que prejudica as reações químicas responsáveis pela fragmentação do 
solo. E na terra visitada o relevo é acentuado, ou seja, com declividade mais intensa, 
sendo assim os tanques deveriam ser construídos em um local com área mais plana, 
próximo a nascente que há na sede da fazenda. 
Por fim a análise da viabilidade topográfica econômica da atividade é o 
elemento-chave para dar subsídios para cada ramo da aquicultura, com diferentes 
níveis tecnológicos e características necessárias. 
 
 
 curva de nível barraginha 
 
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caixa seca barraginha 
 
Agradecimentos 
Agradecemos a professora Adriana, ao proprietário da fazenda Santa Filomena, 
Bom Jesus de Angicos e ao secretário do meio ambiente de Carmo do Cajuru - MG. 
Ampliando os conhecimentos, visando na prática os conteúdos estudados 
anteriormente em sala de aula. 
 
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xa92fb373d06039ab!8m2!3d-20.1517134!4d-44.6912267 
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https://www.youtube.com/watch?v=Ch7LByPK-PQ Aquicultura Sustentável -Estreou 
em 7 de jun. de 2020 por Rede Regional de Cultura do Oeste do Paraná 
https://carmodocajuru.atende.net/cidadao/pagina/cidade
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FOTOGRAFIAS: Daniela Leroy, Maria Clara Santiago e Matuzail Martins, 01/11/2022 
Carmo do Cajuru – Bom Jesus de Angicos 
 
 
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