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AÇÃO DE ALIMENTOS

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE RIO BRANCO/AC
JÚLIA, menor impúbere, neste ato representado por sua genitora, PRISCILLA, brasileira, profissão..., estado civil ..., CPF inscrita sob o nº..., RG nº..., residente e domiciliada na rua..., número..., CEP..., bairro..., Rio Branco/Acre, endereço eletrônico..., vem respeitosamente à presença de vossa excelência, por sua advogada devidamente constituída pelo instrumento de mandato anexo, com fundamento na lei 5.478/68, artigo 1.694 e ss. do Código Civil, bem como o artigo 229 da Constituição Federal, propor:
AÇÃO DE ALIMENTOS
em face de FABRÍCIO, brasileiro, estado civil ..., advogado, portador da Carteira de Identidade nº:...,   residente e domiciliado na rua ..., na Cidade de Rio de Janeiro/RJ, CEP:..., telefone:... e-mail:..., pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
I - PRELIMINARMENTE - DA JUSTIÇA GRATUITA
A autora não possui condições de pagar as custas e despesas do processo sem prejuízo do próprio ou de sua família, conforme declaração de hipossuficiência anexa, sob égide no Novo Código de Processo Civil, art. 98 c/c caput e parágrafo 3º do artigo 99, ambos do CPC c/c o artigo 5°, LXXIV, da Constituição Federal, em virtude de não possuir recursos suficientes para arcar com as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios. 
II – DOS FATOS
A representante da requerente conviveu com o requerido por um longo período, mais precisamente 10 (dez) anos, nascendo desta união a filha JÚLIA, nascida em 11/04/2019, conforme certidão de nascimento em anexo. Apaixonado e feliz com a chegada de sua filha, o requerido não hesitou em registrá-la e compartilhar diversos momentos de alegria nas suas redes sociais. Passados alguns anos, o relacionamento não prosperou e por motivos de incompatibilidade de gênios entre o casal, o relacionamento chegou ao fim.
Após a separação, a genitora da autora, ficou em uma difícil situação, pois encontra-se desempregada, na busca de ingressar no mercado de trabalho. Atualmente devido sua complicada situação, a genitora e sua filha estão morando com seus pais que lhe ajudam nas despesas da autora, que possui todos os comprovantes de pagamentos das despesas (em anexo), pois não tem a mínima condição de prover o seu sustento e de sua filha. 
Importante ressaltar que a genitora, procurou o requerido para propor um acordo, para que arcasse com 50% (cinquenta por cento) das despesas em comum, no entanto, o réu se recusou a pagar a pensão alimentícia da autora, falando para a genitora se virar sozinha e sustentar a filha com a renda extraída de seu próprio trabalho.
Sabe-se que o pai da menor é empregado em um escritório de advocacia bastante renomado na cidade do Rio de Janeiro, com uma renda em torno de R$ 10.000,00 (dez mil reais), tendo sua carreira como advogado estabilizada, rendimento este que dá para manter um excelente padrão de vida.
Diante de todos os fatos mencionados, não restou outra alternativa a genitora, senão a propositura da presente ação com vistas a ver satisfeito o seu direito e como medida de justiça.
III – DO DIREITO
a) Do Dever de Prestar Alimentos
É dever dos pais prestar assistência necessária ao desenvolvimento e sobrevivência dos filhos, tal obrigação está prevista na Constituição Federal, art. 229, in verbis:
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
Conforme Certidão de Nascimento juntada, não resta qualquer dúvida da filiação entre as partes, sendo a requerente filha legítima do requerido. Havendo, portanto, o dever legal de se prestarem alimentos.
Nos termos do art. 1.695 do CC, diz que: "São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque no necessário ao seu sustento".
Destarte, ao analisar as atitudes de desídia do Requerido, que tem se omitido em seus deveres, deixando a rogo exclusivo da genitora os gastos com a criança, sabedor de que a genitora está arcando com dificuldade com o sustento da mesma.
 Não cabe somente à genitora arcar com a criação e educação da menor, sendo este um dever de ambos os pais.
b) DA FIXAÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS
A ação de alimentos é regulada pela lei 5.478/68 e prevista no artigo 1.696 do CC, que assim nos diz: “Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada”.
Para fixação dos alimentos, o art. 1694, §1º, Código Civil menciona que:
“Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
§ 1 o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.”
Assim, os alimentos são proporcionais à possibilidade do alimentante em prover e à necessidade do alimentante, o que é denominado pela doutrina de trinômio necessidade-possibilidade-proporcionalidade, também adotado pela jurisprudência. 
O requerido trabalha e aufere renda mensal de aproximadamente R$ 10.000,00 (dez mil) reais, razão pela qual pode arcar com a pensão alimentícia de R$ 2.000,00 (dois mil) reais, em favor da requerente sem que prejudique seu próprio sustento. 
Assim, faz-se de rigor a fixação dos alimentos provisórios no valor correspondente a 50% sobre os rendimentos líquidos totais do Requerido, a serem pagos imediatamente com vistas a que as despesas do próximo mês possam ser regularmente pagas.
IV- DOS PEDIDOS 
1. O deferimento dos benefícios da Assistência Judiciária Gratuita, nos termos do art. 98 e seguintes do CPC/15;
2. Que seja desde logo, fixados os alimentos provisórios, no importe de R$ 1.000,00 (um mil reais).
3. Procedência total da ação, tornando definitivo os alimentos provisórios.
4. Pretende provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos.
5. Citação do Requerido, no endereço supracitado, por carta precatória, querendo, manifestar-se no processo, no prazo legal;
6. Que seja designada audiência de conciliação ou mediação, conforme previsto no art. 334 do CPC.
7. Seja condenado o requerido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos moldes do art. 546 do CPC/2015;
Dá-se o valor de R$ 12.000,00 (doze mil reais), à causa.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Rio Branco – Ac, 01 de outubro de 2022.
Advogada
OAB/ nº XXX

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