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RESUMO A1 - SUCESSOES

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
DIREITO DAS SUCESSÕES 
RESUMO A1 
 
 
 
AMÓS VIEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
CABO FRIO 
2022.2 
 
DIREITO DAS SUCESSÕES 
 
A sucessão envolve um fenômeno denominado morte, que põe fim à pessoa 
natural e gera uma série de situações, sendo uma delas o surgimento do fenômeno 
da herança. 
Herança é o conjunto patrimonial deixado pelo falecimento de alguém. Esse 
alguém que morreu pode ser chamado de: morto; de cujus; ou autor da herança. 
Após a morte, a herança é transmitida para os herdeiros. 
 
Modalidades de Sucessão 
1) Sucessão legítima: é a situação em que a própria lei define a forma de 
partilhar os bens e quem são os herdeiros. Tal regra consta do art. 1.828 do CC e 
designa a herança aos chamados herdeiros legítimos (aqueles previstos na lei), que 
são: 
• Os descendentes; 
• Os ascendentes; 
• Cônjuge/companheiro (STF declarou a inconstitucionalidade do art. 1.790 do CC); e 
• Colaterais até o 4º grau (irmãos, sobrinhos, tios e primos). 
A sucessão legítima é seguida quando: 
• O morto não deixar testamento; ou 
• Quando não houver herdeiro necessário. 
➩ Herdeiros necessários: são os descendentes, ascendentes e o cônjuge/ 
companheiro, ou seja, aqueles que, necessariamente, devem receber a herança. 
➥ OBS! Comoriência (art. 8°, CC): morte simultânea, num mesmo momento. Os 
comorientes não serão herdeiros entre si. 
2) Sucessão testamentária: ocorre quando o morto deixa um testamento. 
Nesse testamento, a pessoa pode fazer a sua disposição de última vontade de três 
formas: 
1. Testamento; 2. Legado; 3. Codicilo (quando envolver bens de pequeno valor). 
 
➤ Importante: art. 1.784 do CC. “Aberta a sucessão, a herança transmite-se, 
desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários” (se houver). 
A abertura da sucessão se dá com a morte. 
Princípio da saisine (droit de saisine): transmissão imediata e automática da 
herança. 
Os herdeiros legítimos são previstos no art. 1.829 do CC. Já os herdeiros 
testamentários são aqueles designados em testamento. 
➥ OBS! Quando ocorre a transmissão, isso no processo de inventário, é preciso 
recolher o imposto, que segue a alíquota existente na data da morte, pois foi nela que 
se transmitiu a herança (vide Súmula 112 do STF). 
➩ Lugar da abertura da sucessão: último domicílio do finado (art. 1.785, CC) 
Exceção: foro da situação dos bens ou da ocorrência do óbito (art. 48, p.u., CPC) 
 
HERANÇA E SUA ADMINISTRAÇÃO 
Indivisibilidade da herança: a herança é tratada como um bem imóvel, 
unitário e indivisível, isso até que seja feita a partilha. Além disso, forma-se um 
condomínio até que ocorra essa divisão. (arts. 80, II, e 1.1791 do CC) 
A herança pode envolver tanto bens positivos (ex.: casas, carros, dinheiro etc.) 
quanto bens negativos (ex.: dívidas). Assim, no momento da partilha, serão somados 
os valores desses bens positivos e deduzidas as dívidas do morto. O que sobrar de 
positivo será dividido entre os herdeiros. 
Alcance da herança: as dívidas do morto só atingem o limite da herança. Por 
conta disso, se toda a herança for utilizada para pagar essas dívidas, os herdeiros não 
respondem pela parte que faltar. 
Art. 1.792. O herdeiro não responde por encargos superiores às forças da herança; incumbe-lhe, 
porém, a prova do excesso, salvo se houver inventário que a escuse, demostrando o valor dos bens 
herdados. 
➥ OBS! Se o morto for fiador em um contrato de locação, os herdeiros não se tornam 
fiadores. 
Herança jacente: é a hipótese de quando não há herdeiro certo e determinado, 
quando não se sabe da existência dele, ou que renunciou. 
Ocorre a publicação de edital para a habilitação dos herdeiros. 
Herança vacante: é quando a herança é devolvida à fazenda pública por se ter 
verificado não haver herdeiros que se habilitassem no período da jacência (1 ano da 
publicação do 1ª edital para habilitação dos herdeiros). 
Após 5 anos da abertura da sucessão a transferência é definitiva. 
 
Cessão de Direitos Hereditários 
É possível ceder a cota de uma herança para alguém por meio de uma cessão. 
No entanto, vale lembrar que essa cessão não pode acontecer antes da morte e que 
a cessão é considerada no momento em que ela foi feita. 
Art. 1.792, § 1º Os direitos, conferidos ao herdeiro em consequência de substituição ou de direito de 
acrescer, presumem-se não abrangidos pela cessão feita anteriormente. 
A herança é composta por inúmeros bens. Nesse sentido, um dos herdeiros 
não pode fazer a cessão de um desses bens individualmente (ex.: uma casa, um carro 
etc.). Há, portanto, um estado de indivisão dessa herança. 
Art. 1.792, § 2º É ineficaz a cessão, pelo co-herdeiro, de seu direito hereditário sobre qualquer bem 
da herança considerado singularmente. 
Art. 1.792, § 3º Ineficaz é a disposição, sem prévia autorização do juiz da sucessão, por qualquer 
herdeiro, de bem componente do acervo hereditário, pendente a indivisibilidade. 
Direito de preferência: a situação de condomínio enseja o direito de 
preferência na herança. Ou seja, se três pessoas herdaram um bem, se um deles 
quiser vender a sua parte para um terceiro, precisará, antes, oferecê-la aos demais 
condôminos. 
O art. 1.794, do CC, dispõe justamente sobre esse direito de preferência, que 
se aplica nos casos de cessão onerosa. 
Art. 1.794. O co-herdeiro não poderá ceder a sua quota hereditária a pessoa estranha à sucessão, se 
outro co-herdeiro a quiser, tanto por tanto. 
Adjudicação compulsória: é uma demanda que deve ser proposta no prazo 
decadencial de 180 dias. No entanto, para que o herdeiro que se sentiu prejudicado 
possa tomar para si a cota que foi cedida a um terceiro, deve depositar o seu preço 
em juízo. 
Art. 1.795. O co-herdeiro, a quem não se der conhecimento da cessão, poderá, depositado o preço, 
haver para si a quota cedida a estranho, se o requerer até cento e oitenta dias após a transmissão. 
Parágrafo único. Sendo vários os co-herdeiros a exercer a preferência, entre eles se distribuirá o 
quinhão cedido, na proporção das respectivas quotas hereditárias. 
 
Do Inventário 
O art. 1.796 estabelece uma regra que será aplicada ao processo de inventário, 
que é uma ação judicial para partilha dos bens aos herdeiros. 
Art. 1.796. No prazo de trinta dias, a contar da abertura da sucessão, instaurar-se-á inventário do 
patrimônio hereditário, perante o juízo competente no lugar da sucessão, para fins de liquidação e, 
quando for o caso, de partilha da herança. 
Conforme o CC, o inventário deve ser proposto em até 30 dias após a morte. 
Já o CPC dispõe que o prazo para o ajuizamento da ação de inventário é de até dois 
meses após a morte e deve se encerrar em até 12 meses (art. 611, CPC), sendo essa 
a regra específica aplicada atualmente. 
Se for ultrapassado esse prazo de dois meses para o início da ação de 
inventário, conforme a Súmula 542 do STF, haverá a incidência de multa fiscal. 
Até que seja aberta a ação de inventário, os bens ficam sob a responsabilidade 
de um administrador provisório, conforme estabelece o dispositivo a seguir: 
Art. 1.797. Até o compromisso do inventariante, a administração da herança caberá, sucessivamente: 
I – ao cônjuge ou companheiro, se com o outro convivia ao tempo da abertura da sucessão; 
II – ao herdeiro que estiver na posse e administração dos bens, e, se houver mais de um nessas 
condições, ao mais velho; 
III – ao testamenteiro; 
IV – a pessoa de confiança do juiz, na falta ou escusa das indicadas nos incisos antecedentes, ou 
quando tiverem de ser afastadas por motivo grave levado ao conhecimento do juiz. 
A regra de designação do inventariante é prevista no art. 617, do CPC. 
 
Petição de Herança 
A petição de herança é a ação judicial que o verdadeiro herdeiro pode mover 
contra o aparente ou o possuidor, para ver respeitados seus direitos sucessórios, 
sendo cabível sempre que o bem de pessoa falecida tiver sido transmitido(ou estiver 
em vias de o ser) para pessoa que não titularizava o direito de o receber ou estiver 
indevidamente na posse de quem não ostenta a condição de sucessor. 
O art. 1.824 do CC afirma que o herdeiro pode, em ação de petição de herança, 
demandar o reconhecimento de seu direito sucessório, para obter a restituição da 
herança, ou de parte dela, contra quem, na qualidade de herdeiro, ou mesmo sem 
título, a possua. 
 
VOCAÇÃO HEREDITÁRIA 
Trata-se de uma legitimidade para herdar. 
Podem ser herdeiros as pessoas nascidas e os já concebidos no momento da 
morte (tanto os nascituros quanto os embriões congelados). 
A legitimidade especial para ser herdeiro (art. 1.789, CC) se aplica tanto à 
sucessão legítima quanto à sucessão testamentária. 
Na sucessão testamentária (art. 1.799, CC), ainda é possível deixar a herança 
para: 
• filhos não concebidos (concepturo); 
• pessoas jurídicas; ou 
• criação de uma pessoa jurídica. 
Não podem ser considerados herdeiros em um testamento os indivíduos 
previstos no art. 1.801, do CC. 
 
HERANÇA – ACEITAÇÃO E RENÚNCIA 
A aceitação ou a renúncia da herança ocorre após o herdeiro receber a posse 
da herança para, em seguida, dizer se a aceita ou não. 
A aceitação é um ato necessário e torna definitiva a transmissão, que foi 
automática no momento da morte. 
Modalidades de aceitação: 
• Tácita: por meio da prática de atos próprios de herdeiro; 
• Expressa: por declaração escrita. 
➥ OBS! Vale lembrar que não significa aceitação da herança a prática de atos 
oficiosos, tais como: Cuidar do funeral; atos de conservação e administração dos 
bens. 
A renúncia, por sua vez, deve ser expressa. Ela será feita por instrumento 
público ou por termo judicial. 
Conforme o art. 1.807 do Código Civil (CC), o interessado pode fazer um 
requerimento ao juiz para que este diga ao herdeiro para se pronunciar quanto à 
aceitação ou à renúncia da herança, isso quando houver demora por parte de um ou 
mais herdeiros. 
Nesses casos, após o requerimento do juiz, o interessado pode dizer se aceita 
ou se renuncia, contudo, também pode permanecer em silêncio (presume-se a 
aceitação). 
Art. 1.807. O interessado em que o herdeiro declare se aceita, ou não, a herança, poderá, vinte dias 
após aberta a sucessão, requerer ao juiz prazo razoável, não maior de trinta dias, para, nele, se 
pronunciar o herdeiro, sob pena de se haver a herança por aceita. 
Cabe destacar que essa aceitação não pode ser de apenas uma parte da 
herança. Ou seja, o herdeiro deve aceitar tudo ou renunciar tudo. 
Além disso, não é possível inserir condição ou termo para a renúncia de uma 
herança, pois trata-se de um ato puro e que, portanto, não pode estar sujeito à 
condição ou a termo. 
A aceitação ou a renúncia são irrevogáveis (Art. 1.812 do CC) 
A renúncia é um ato abdicativo, ou seja, não é possível renunciar de algo em 
favor de alguém. Essa renúncia, quando ocorre em favor de alguém, não é 
considerada uma renúncia, mas sim uma cessão. 
Modalidades de renúncia: 
• Renúncia abdicativa: ocorre em favor do montante; 
• Renúncia translativa: é a chamada “falsa renúncia” (é, na realidade, uma cessão). 
Existem situações em que o herdeiro é devedor e acaba renunciando a sua 
parte na herança para não ter que pagar essa dívida. Em situações como essas, o 
credor pode aceitar a herança no lugar do devedor (vide art. 1.813, CC). Assim, se o 
valor da herança recebida pelo credor for maior do que o montante devido, o que 
sobrar volta para o montante para que seja dividido entre os demais herdeiros. 
Nesses casos, o credor deve promover a ação em 30 dias a partir da ciência 
de que o herdeiro renunciou. 
 
EXCLUÍDOS DA SUCESSÃO 
Há duas possibilidades de excluir a pessoa da herança: pela indignidade e pela 
deserdação. 
Tanto a indignidade quanto a deserdação fazem com que a pessoa seja tratada 
como morta na sucessão. 
Indignidade 
Na indignidade, há os casos previstos em lei (art. 1.814 do CC) mais uma 
decisão judicial (art. 1.815 do CC). Não basta apenas acontecerem os casos previstos 
no art. 1814, é necessária uma declaração judicial declarando a indignidade. Essa 
decisão judicial será obtida em uma ação judicial, que deve ser promovida pelos 
herdeiros em 4 anos após a morte. 
art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários: 
I – que houverem sido autores, coautores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra 
a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente; 
II – que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra 
a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro; 
III – que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor 
livremente de seus bens por ato de última vontade. 
Deserdação 
Na deserdação, ocorre a incidência da Lei (artigos 1962 e 1963) mais o 
testamento do autor da herança, deserdando por conta das causas elencadas mais 
decisão judicial. A declaração judicial decorre de uma ação que deve ser proposta no 
prazo de 4 anos a partir da data da abertura do testamento. 
A deserdação é apenas em relação aos herdeiros necessários. 
Art. 1.962. Além das causas mencionadas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos descendentes por 
seus ascendentes: 
I – ofensa física; 
II – injúria grave; 
III – relações ilícitas com a madrasta ou com o padrasto; 
IV – desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade. 
Art. 1.963. Além das causas enumeradas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos ascendentes pelos 
descendentes: 
I – ofensa física; 
II – injúria grave; 
III – relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou a do neto, ou com o marido ou 
companheiro da filha ou o da neta; 
V – desamparo do filho ou neto com deficiência mental ou grave enfermidade. 
Perdão: O art. 1818 do CC versa sobre o perdão, que é o fenômeno da 
reabilitação. Essa reabilitação deve ser expressa, escrita em testamento ou em 
documento autêntico, uma vez feita é irrevogável e irretratável. 
 
SUCESSÃO LEGÍTIMA 
Vale lembrar que a sucessão legítima é aplicada quando a pessoa falecer sem 
deixar testamento ou quando tiver deixado testamento, mas possuir herdeiro 
necessário. 
➥ OBS! As regras de sucessão testamentária são aplicadas quando a pessoa deixar 
um testamento, sendo que pode deixar 100% de seus bens para quem desejar se não 
existirem herdeiros necessários ou até 50% de seus bens quando houver herdeiro 
necessário. 
Legítima: é a quota-parte da herança que será submetida às regras de 
sucessão legal. 
Assim, a sucessão legítima será aplicada quando houver o falecimento da 
pessoa ab intestato (sem testamento) ou quando existirem herdeiros necessários. 
As doações para herdeiros necessários sempre se computam como 
adiantamento de legítima. 
O valor do patrimônio existente na abertura da sucessão, abatidas as dívidas e 
as despesas do funeral, somado com os adiantamentos realizados aos herdeiros e 
dividindo-se o resultado em duas porções, uma equivalerá a parte disponível e a outra 
a legítima (art. 1.847, CC.) 
Liberalidade inoficiosa: É a atribuição de patrimônio por ato inter vivos ou 
causa mortis em quantidade superior à meação permitida, a ponto de ofender a 
legítima dos herdeiros. 
➥ OBS! Caso o herdeiro receba parte inoficiosa terá que devolvê-la no momento da 
partilha. 
Na sucessão legítima, a herança é dividida entre os herdeiros legítimos, que 
são: 
• Descendentes; 
• Ascendentes; 
• Cônjuge/companheiro; 
• Parentes colaterais até o 4º grau (irmãos, sobrinhos, tios e primos, respectivamente). 
Herdeiros necessários: são somente os descendentes, os ascendentes e o 
cônjuge/companheiro. 
Regras 
• Todo herdeiro necessário é herdeiro legítimo, mas nem todo herdeiro legítimo é 
necessário (colaterais, até o 4º grau); 
• Não havendo herdeiro necessário, pode-se testar 100% do patrimônio;• Havendo herdeiro necessário, pode-se testar até 50% do patrimônio. 
➥ OBS! As regras legais de partilha aplicam-se a sucessão legítima. 
É importante destacar que existe uma ordem de vocação hereditária. Ou seja, 
a herança só passa para o herdeiro necessário seguinte se o anterior não existir. 
 
ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA 
É a ordem de entrega da herança. 
Conforme o art. 1.829 do Código Civil (CC), a sucessão defere-se na seguinte 
ordem: 
1º) Descendentes, em concorrência com o cônjuge/companheiro: 
Não será feita a divisão se o regime de bens for o da comunhão universal, da 
separação obrigatória de bens ou da comunhão parcial sem bens particulares. Por 
outro lado, haverá a divisão quando o regime de bem for outro. 
2º) Ascendentes, em concorrência com o cônjuge/companheiro: 
A divisão será feita independentemente do regime de bens. 
3º) Cônjuge/companheiro: 
Recebe, sozinho, a herança deixada pelo morto, independentemente do regime 
de bens. 
4º) Colaterais até o 4º grau. 
 
REGIME DE BENS 
A comunhão parcial de bens envolve três patrimônios propriamente ditos, pois 
define que são bens comuns aqueles adquiridos onerosamente por um ou por ambos 
os cônjuges na constância do casamento ou da união estável. 
Por esse motivo, a comunhão parcial de bens pode envolver os bens 
particulares de cada um dos cônjuges e os bens comuns. No entanto, pode ser que 
os cônjuges não possuíam bens particulares antes do casamento, hipótese em que só 
existirão bens comuns. 
Na comunhão universal de bens, por sua vez, tanto os bens adquiridos antes 
quanto os adquiridos após o casamento ou união estável são considerados bens 
comuns. 
Vale lembrar que sobre os bens comuns recai o fenômeno da meação. 
 
DIREITO DE REPRESENTAÇÃO 
Ocorre em razão de não mais existir o herdeiro que pertence a uma 
determinada classe. No entanto, só há representação se houver herdeiro vivo na 
classe de quem está sendo representado. 
➥ OBS! Sucessão por direito próprio: herda por direito próprio aquele que substitui 
herdeiro em que não mais há outros da mesma classe. 
A representação é restrita à sucessão legítima, não se aplicando à 
testamentária. 
Somente se verifica o direito de representação na linha reta descendente, 
nunca na ascendente (art. 1.852). Na linha colateral, ocorrerá em favor dos filhos de 
irmãos do falecido (dos sobrinhos) quando com irmão deste concorrerem (art. 1.853).

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