Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

PSICOLOGIA E
COMPORTAMENTO
ORGANIZACIONAL
AULA 2
Profª Lucimara do Nascimento Numata
CONVERSA INICIAL
Depois de você ter conhecido a Psicologia como ciência e compreendido a importância do
comportamento humano nas organizações para as relações de trabalho, nesta aula, tratamos com
maior aprofundamento de alguns processos individuais que constituem o ser humano.
Iniciamos demonstrando como a psicologia explica o indivíduo, diferenciado dos demais em
função da sua identidade. Destacamos a personalidade nos traços e características individuais que
formam o sujeito e como se dá o uso de tais traços por meio de tipologias, em instrumentos que são
utilizados no meio corporativo. Ademais, possibilitamos uma reflexão sobre a percepção humana e
da importância da vida afetiva para o comportamento humano.
CONTEXTUALIZANDO
Em sua convivência diária, você já deve ter se perguntado por que existem pessoas com visões
de mundo diferentes das suas. Além disso, pense em uma situação na qual houve um
desentendimento com outro semelhante em razão de uma diferença de opinião. Qual foi a sua
reação e o comportamento do seu semelhante?
TEMA 1 – O INDIVÍDUO PARA A PSICOLOGIA
Como estudamos anteriormente, a psicologia é a ciência que estuda os processos mentais ou o
comportamento humano. Apesar de ainda não haver um consenso sobre qual é o foco de pesquisa
da ciência psicológica, vejamos o que alguns autores, que são referência no tema, têm a nos dizer
sobre o objeto de estudo da psicologia acerca do indivíduo: “a psicologia é o estudo científico do
comportamento e dos processos mentais” (Feldmann, 2015, p. 5) “A psicologia colabora com o
estudo da subjetividade” (Bock; Furtado; Teixeira, 2002, p. 23).
Feldmann (2015) entende que os psicólogos devem buscar descrever, prever e explicar o
comportamento e os processos mentais humanos para a mudança e melhoria das pessoas e do
mundo em que elas vivem (Feldmann, 2015, p. 5).
Por sua vez, Bock, Furtado e Teixeira (2002) afirmam que, enquanto objeto de estudo, a
subjetividade contempla diversas manifestações do homem:
A síntese singular e individual que cada um de nós vai constituindo conforme vamos nos
desenvolvendo e vivenciando as experiências da vida nos iguala, de outro lado, na medida em que
os elementos que a constituem são experienciados no campo comum da objetividade social. (…)
Esta síntese — a subjetividade — é o mundo de ideias, significados e emoções construído
internamente pelo sujeito a partir de suas relações sociais, de suas vivências e de sua constituição
biológica; é, também, fonte de suas manifestações afetivas e comportamentais. (Bock; Furtado;
Teixeira, 2002, p. 23)
A compreensão da subjetividade do indivíduo também se dá pelo entendimento de como a
história, a sociedade e a cultura influenciam o processo de constituição do sujeito e na formação de
sua identidade, como veremos no tema seguinte.
TEMA 2 – A IDENTIDADE
Você se recorda do questionamento acerca da diferença de personalidade de irmãos gêmeos
em nosso diálogo inicial da Aula 1? 
Neste momento, essa condição faz todo o sentido para estudarmos a identidade do indivíduo,
ou seja, apesar de possuírem o mesmo código genético, denominado de DNA (sigla de substâncias
químicas envolvidas na transmissão de caracteres hereditários), os irmãos gêmeos possuem
identidades próprias.
Figura 1– Irmãos gêmeos e suas identidades próprias
Crédito: Crazy nook/Shutterstock.
Essa singularidade, que pode ser denominada o eu de cada um, é a representação da sua
identidade. Assim, segundo Bock, Furtado e Teixeira (2002):
A identidade é a denominação dada às representações e sentimentos que o indivíduo desenvolve a
respeito de si próprio, a partir do conjunto de suas vivências. A identidade é a síntese pessoal
sobre o si-mesmo, incluindo dados pessoais (cor, sexo, idade), biografia (trajetória pessoal),
atributos que os outros lhe conferem, permitindo uma representação a respeito de si. (Bock;
Furtado; Teixeira 2002, p. 190)
A representação dessa identidade se dá pelo reconhecimento de tudo o que o indivíduo tem
sobre si mesmo e que o diferencia dos demais:
Eu passo a ser alguém quando descubro o outro e a falta de tal reconhecimento não me permitiria
saber quem sou eu, pois não teria elementos de comparação que permitissem ao meu eu destacar-
se dos outros eus. Dessa forma, podemos dizer que a identidade, o igual a si mesmo, depende da
sua diferenciação em relação ao outro. (Bock; Furtado; Teixeira 2002, p. 204)
Para os autores, a figura materna representa o primeiro modelo de identificação significativo na
vida da pessoa, no qual aprendemos que somos duas pessoas diferentes e não uma extensão da
outra. Ao longo da nossa trajetória, outras pessoas farão parte do nosso processo de identificação,
nos permitindo configurar um modelo próprio enquanto ser social.
De acordo com Lorena (2014), o indivíduo é produto do sistema no qual pertence e de sua
interação nesse sistema, permeado pelo relacionamento que estabelece com outros indivíduos.
Nessa condição, passa a assimilar hábitos e costumes que acabam por contribuir para o
desenvolvimento da sua personalidade individual, sendo reconhecido mais tarde como sua
personalidade social.
Isso posto, avançaremos para o tema seguinte sobre a personalidade, outro aspecto crucial para
o seu conhecimento acerca do ser humano.
TEMA 3 – A PERSONALIDADE
Em sua convivência diária, você já deve ter se perguntado por que existem pessoas com visões
de mundo diferentes das suas. Imagine ainda uma situação em que houve um desentendimento com
outro semelhante em razão de uma diferença de opinião. São questões da convivência diária que
reportam à Psicologia no seu foco de estudo sobre a personalidade para a compreensão do
comportamento das pessoas.
Enquanto seres humanos, a semelhança se dá pelo fato de que somos, na grande maioria,
dotados de funções mentais superiores que nos possibilitam o exercício do raciocínio. Entretanto,
carregamos uma forma diferente e especial de sentir e agir sobre os fatos e as coisas que
vivenciamos. Essa diferença é denominada de personalidade.
A palavra personalidade é originária do latim persona, reconhecida por meio de uma máscara
usada pelos atores romanos em suas encenações teatrais. Esses atores antigos usavam essa
máscara para representar um papel no qual se projetava um “falso eu”. A persona passou a se referir
à aparência externa, o que mostramos aos que nos rodeiam. Entretanto, quando os psicólogos usam
o termo “personalidade”, eles estão se referindo a algo que vai além do papel que as pessoas
desempenham (Schultz; Schultz, 2014).
Figura 2 – A personalidade do indivíduo
Crédito: pathdoc/Shutterstock.
Vários teóricos demonstram sua própria visão sobre a personalidade, entretanto, poucos deles a
definiram formalmente. Apresentaremos algumas das diferentes abordagens e entendimentos
acerca da personalidade
A seguir, você encontra um quadro explicativo mostrando o que é a personalidade, de maneira
geral:
Quadro 1 – A personalidade em diferentes conceitos em suas abordagens
Autor Conceito
Feldmann
(2015)
Personalidade é o padrão de características constantes que produzem consistência e individualidade em
determinada pessoa. Abrange os comportamentos que nos tornam únicos e que nos diferenciam dos outros.
Também nos leva a agir consistentemente em diferentes situações e por longos períodos de tempo
(Feldmann, 2015, p. 384).
VandenBos
(2010)
Personalidade [é] a configuração de características e comportamento que inclui o ajustamento único de um
indivíduo à vida, incluindo traços, interesses, impulsos, valores, autoconceito, capacidades e padrões
emocionais importantes.
A personalidade é vista, geralmente, como uma integração ou totalidade complexa e dinâmica, moldada por
muitas forças, incluindo: hereditariedade e tendências constitucionais; maturidade física; treinamento
precoce; identificação com indivíduos e grupos significativos; valores epapéis culturalmente condicionados;
e experiências e relacionamentos críticos. Várias teorias explicam a estrutura e desenvolvimento da
personalidade de diferentes formas, mas todas concordam que a personalidade ajuda a determinar o
comportamento (VandenBos, 2010, p. 701).
Robbins
(2005)
Personalidade é a soma total das maneiras como uma pessoa reage e interage com as demais (Robbins,
2005, p. 96).
Fonte: elaborado com base em Feldmann, 2015, p. 384; VandenBos, 2010, p. 701; Robbins 2005, p.
96.
Os autores consultados demonstram em suas definições que o padrão de traços de
personalidade é diferente para cada um, sendo eles duradouros ao longo da existência da pessoa.
Não se trata de ser uma condição imutável, mas sim de uma condição cujo ritmo de mudança é
gradual.
Para Schultz e Schultz (2014), a personalidade se refere às características externas e visíveis da
pessoa percebidas pelos outros, ou seja, a impressão que o comportamento de uma pessoa provoca
nos outros, o que aparentamos ser.
A personalidade é um agrupamento permanente e peculiar de características que podem mudar
em resposta a situações diferentes. [...] [São] os aspectos internos e externos relativamente
permanentes do caráter de uma pessoa que influenciam o comportamento em situações
diferentes. (Schultz; Schultz, 2014, p. 6)
Na constituição da personalidade, há a influência dos fatores “biopsicológicos herdados, isto é,
as condições ambientais, sociais e culturais nas quais o indivíduo se desenvolve” (D’Andrea, 2001, p.
9). É importante observar que esses aspectos são desenvolvidos por meio da interação entre a
hereditariedade e contexto social. Tais atributos da personalidade são manifestados por meio do
comportamento, em função das características que são peculiares a cada indivíduo.
O conceito sobre a personalidade humana é consolidado por meio de outras teorias da
personalidade, sendo que as mais conhecidas são as de Sigmund Freud (1856 – 1939) e Carl Gustav
Jung (1875-1961), que serão apresentadas a seguir.
3.1 A PSICANÁLISE DE SIGMUND FREUD
Figura 3 – Freud
Crédito: Olga Popova/Shutterstock.
Sigmund Freud (1856-1939) nasceu na Áustria e faleceu na Inglaterra, onde morou seus últimos
anos, fugindo das perseguições nazistas em seu país de origem. Formado em Medicina, atuou como
neurologista e psiquiatra, sendo pioneiro na abordagem psicológica das doenças mentais como a
histeria, diferente da concepção fisiológica tratada pelos médicos da época. Freud desenvolveu a
primeira teoria sistemática da personalidade (Hall; Lindzey; Campbell, 2007, p. 44).  Muitos outros
autores que vieram depois adaptaram os preceitos de Freud para as suas próprias ideias, formando
novas teorias e propostas para o entendimento da Psicologia.
O desenvolvimento da Psicanálise foi o legado deixado por Freud para a humanidade, cuja
abordagem pode ser considerada como a investigação dos processos psicológicos da nossa vida
interior, em seus aspectos inconscientes, como as fantasias, sonhos e as memórias.
A concepção inicial sobre a estrutura e o funcionamento da personalidade, baseada em seu livro
A interpretação dos sonhos, é caracterizada por três sistemas ou instâncias psíquicas, denominadas
de inconsciente, pré-consciente e consciente, como demonstramos no quadro a seguir.
Quadro 2 – Primeira teoria das instâncias psíquicas do funcionamento da personalidade
Inconsciente O inconsciente exprime o “conjunto dos conteúdos não presentes no campo atual da consciência”. É
constituído por conteúdos reprimidos, que não têm acesso aos sistemas pré-consciente/consciente, pela
ação de censuras internas. Esses conteúdos podem ter sido conscientes, em algum momento, e ter sido
reprimidos, isso é, “foram” para o inconsciente, ou podem ser genuinamente inconscientes. O inconsciente é
um sistema do aparelho psíquico regido por leis próprias.
Pré-
consciente
O pré-consciente refere-se ao sistema no qual permanecem aqueles conteúdos acessíveis à consciência. É
aquilo que não está na consciência, neste momento, e no momento seguinte pode estar.
Consciente O consciente é o sistema do aparelho psíquico que recebe ao mesmo tempo as informações do mundo
exterior e as do mundo interior. Na consciência, destaca-se o fenômeno da percepção, principalmente a
percepção do mundo exterior, a atenção e o raciocínio.
Fonte: Bock, Furtado, Teixeira, 2002, p. 95-96.
Para VandenBos (2010, p. 753), o que distingue a Psicanálise é justamente essa suposição de
que a maior parte da atividade mental é inconsciente, concepção confirmada por Benson (2016, p.
95), que afirma que o estado ativo da consciência é apenas uma parte do total das forças que atuam
em nossa realidade psicológica. Uma outra parte, intermediária, é pré-consciente e encontra-se
abaixo da consciência, podendo resgatar essa condição com facilidade.
Entre 1920 e 1923, Freud remodela a teoria do aparelho psíquico e introduz os conceitos de id,
ego e superego para referir-se aos três sistemas da personalidade, cuja interação dinâmica resulta o
comportamento do indivíduo.
Quadro 3 – Segunda teoria das instâncias psíquicas do funcionamento da personalidade
ID O id constitui o reservatório da energia psíquica, é onde se “localizam” as pulsões: a de vida e a de morte. As
características atribuídas ao sistema inconsciente, na primeira teoria, são, nessa teoria, atribuídas ao id. É
regido pelo princípio do prazer.
EGO O ego é o sistema que estabelece o equilíbrio entre as exigências do id, as exigências da realidade e as
“ordens” do superego. Procura “dar conta” dos interesses da pessoa.
É regido pelo princípio da realidade, que, com o princípio do prazer, rege o funcionamento psíquico. É um
regulador, na medida em que altera o princípio do prazer para buscar a satisfação considerando as condições
objetivas da realidade. Nesse sentido, a busca do prazer pode ser substituída pelo evitamento do desprazer.
As funções básicas do ego são: percepção, memória, sentimentos, pensamento.
SUPEREGO O superego é regido pelo princípio da moral. O conteúdo do superego refere-se às exigências sociais e
culturais.
Fonte: Bock, Furtado, Teixeira, 2002, p. 99-100.
Para Bock, Furtado e Teixeira (2002, p. 101),
Estes sistemas não existem enquanto uma estrutura vazia, mas são sempre habitados pelo
conjunto de experiências pessoais e particulares de cada um, que se constitui como sujeito em sua
relação com o outro e em determinadas circunstâncias sociais. Isto significa que, para
compreender alguém, é necessário resgatar sua história pessoal, que está ligada à história de seus
grupos e da sociedade em que vive.
Conforme Benson (2016, p. 96), “Freud usa a comparação da mente à um iceberg com a área de
pulsões primitivas, o ID, oculta no inconsciente. O EGO lida com o pensamento consciente e regula
tanto o ID quanto o SUPEREGO, a voz crítica, julgadora”
Figura 4 – Representação do aparelho por meio da figura do iceberg
 Crédito: Crystal Eye Studio/Shutterstock.
3.2 A PSICOLOGIA ANALÍTICA DE JUNG
Figura 5 – Jung
Crédito: rook76/Shutterstock.
Carl Gustav Jung (1875-1961), psiquiatra suíço, foi o criador da Psicologia Analítica, teoria sobre
o papel do inconsciente para o desenvolvimento do indivíduo. O método de trabalho terapêutico
proposto por Jung é a análise dos sonhos. Para Schultz e Schultz (2014), a Psicologia Analítica é a
teoria junguiana da personalidade. Segundo VandenBos (2010, p. 755), trata-se do:
Sistema de psicanálise em que a psique é interpretada principalmente em termos de valores
filosóficos, imagens e símbolos primordiais e um impulso de autorrealização. Os conceitos básicos
de Jung são (a) o Ego, que mantém um equilíbrio entre as atividades conscientes e inconscientes;
(b) o inconsciente pessoal formado por memórias, pensamentos e sentimentos baseados na
experiência pessoal; (c) o inconsciente coletivo formado por imagens ancestrais, ou arquétipos,
que constituem os fundamentos herdados da personalidade e da vida intelectualdo indivíduo.
Jung defende que a parte mais importante do inconsciente vem do passado coletivo da
humanidade, chamado de inconsciente coletivo, e não das nossas experiências individuais. Este tem
suas raízes no passado coletivo do sujeito, ou seja, são os conteúdos psíquicos passados para as
futuras gerações, e são os mesmos em todas as culturas. Temos como exemplo os conceitos
universais relacionados com deuses, maternidade, água, terra entre outros.
Segundo Schultz e Schultz (2014), para Jung, há outras características estruturantes da psique,
sendo elas as atitudes e funções. As atitudes são denominadas de introversão e extroversão. Já as
funções são quatro e denominadas de pensamento, sentimento, sensação e intuição.
A atitude extrovertida é a ação da energia psíquica em direção ao mundo externo e para as
outras pessoas. São pessoas abertas, sociáveis e socialmente assertivas (Schultz; Schultz 2014).
Por sua vez, a atitude introvertida se dá quando voltamos nossa energia psíquica para nossas
fantasias, desejos e tendências, nossa forma individual de perceber a realidade. Os introvertidos são
relativamente mais retraídos, acanhados, reservados, discretos e ponderados; eles podem tender a
silenciar ou evitar a expressão de afeto positivo, adotar visões ou posições mais céticas e preferir
trabalhar de maneira independente e isolada (VandenBos, 2010, p. 531).
Articuladas às atitudes, Jung formulou a ideia das funções psicológicas, que são formas
diferentes e opostas de perceber ou entender o mundo externo real e o nosso mundo interno
subjetivo. Vejamos na figura a seguir:
Figura 6 – As funções psíquicas de Jung
Fonte: Schultz; Schultz, 2014, p. 91.
De acordo com Schultz e Schultz (2014, p. 91), a função pensamento e a função sentimento são
tidas como funções racionais, uma vez que implicam julgar e avaliar, organizar e classificar nossas
experiências: “pensar envolve julgar conscientemente se uma experiência é verdadeira ou falsa. A
avaliação feita pela função de sentimento é expressa em termos de gostar ou não, agrado ou
desagrado, estímulo ou enfado.”
Ainda para Schultz e Schultz, “a sensação reproduz uma experiência por meio dos sentidos da
mesma forma que uma fotografia copia um objeto. A intuição não surge diretamente de um estímulo
externo” (Schultz; Schultz, 2014, p. 91).
Como todo indivíduo possui as quatro funções, elas se desenvolvem ao longo de sua vida,
podendo haver a predominância de uma delas. É o equilíbrio entre elas que possibilita as mudanças
e a individuação.
Essas são algumas das teorias da personalidade que buscam explicar as razões do
comportamento e funcionamento da (psique) mente humana.
Saiba mais
Quer saber mais? Veja, abaixo, as demais teorias que tratam da personalidade:
Behaviorismo ou teoria comportamental
Psicologia da Gestalt
Psicologia humanista
Psicologia corporal
Psicologia sistêmica
Psicodrama
3.6 AS TIPOLOGIAS DE PERSONALIDADE
A partir de diferentes teorias sobre a personalidade, foram criados modelos de tipologias que
são reconhecidos e utilizados nas organizações como instrumento para a análise do
comportamento humano. Robbins et al. (2010) explicita o quanto é importante conhecer as
capacidades e personalidades das pessoas para garantir a adequação da pessoa ao trabalho.
Destacaremos, no quadro a seguir, dois modelos dos mais reconhecidos no mundo: modelo dos
cinco fatores (Big Five) e o Indicador de tipos de personalidade de Myers – Briggs.
Quadro 4 – Primeira teoria das instâncias psíquicas do funcionamento da personalidade
Modelo Objetivo Descrição
Modelo dos cinco fatores:
“Big Five”
Mensurar os traços de personalidade da pessoa a partir
do modo como ela interage com o meio.
Enfoque em cinco dimensões
básicas da personalidade:
Extroversão
Amabilidade
Conscienciosidade
Estabilidade Emocional
(neurose)
Abertura para Experiências
As cinco dimensões podem ser descritas conforme Robbins et al. (2010, p.130):
Extroversão: nível de conforto de uma pessoa com seus relacionamentos.
Amabilidade: propensão de um indivíduo acatar a ideia dos outros.
Conscienciosidade: é uma medida de confiabilidade que a pessoa demonstra em seu comportamento.
Estabilidade Emocional: capacidade de uma pessoa lidar com o estresse.
Abertura para Experiências: interesse de uma pessoa por novidade.
Esse instrumento é utilizado em processos de recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento nas organizações.
Modelo Objetivo Descrição
Indicador tipológico de
Myers Briggs -  MBTI
Avaliar o que as pessoas sentem ou como agem em
diversas situações
As pessoas são classificadas
como:
E ou I: Extrovertidas ou
Introvertidas
S ou N: Sensoriais ou
Intuitivas
T ou F: Racionais ou
Emocionais
J ou P: Julgadoras ou
Perceptivas
A utilização do MBTI é indicada para a ampliação do autoconhecimento e para o desenvolvimento da carreira profissional.
Fonte: Robbins et al., 2010, p. 129-132.
TEMA 4 – OS SENTIDOS E A PERCEPÇÃO DO MUNDO QUE NOS CERCA
Vimos nos temas anteriores o quão variada e complexa pode ser a personalidade, o que nos
indica que não há a possibilidade de haver uma pessoa igual à outra. Lembram dos gêmeos? Nem
mesmo entre os idênticos se encontra uma personalidade igual à outra.
É nessa perspectiva que é importante você saber que o modo de ver o mundo que nos cerca
varia de pessoa para pessoa, em consonância com a sua personalidade, visão de mundo e conforme
os seus sentidos captam os fenômenos à sua volta.
O nosso contato com o mundo externo se dá por meio dos nossos sentidos: a visão, a audição;
o olfato; o tato e o paladar, os quais coletam os estímulos vindos do ambiente.
Na concepção de VandenBos (2010, p. 832-833), a sensação é o processo ou experiência de
perceber o mundo que nos cerca por meio dos sentidos, ou então:
Uma unidade irredutível de experiência produzida por estimulação de um receptor sensorial e a
resultante ativação de um centro cerebral específico, produzindo consciência básica de um som,
odor, cor, forma ou gosto ou de temperatura, pressão, dor, tensão muscular, posição do corpo ou
mudança nos órgãos internos associada com processos como fome, sede.
A percepção seria, então, o processo ou resultado de, por meio dos sentidos, ou seja, da
sensação, tornar-se consciente de objetos, relacionamentos e eventos, incluindo atividades como
reconhecer, observar e discriminar. Essas atividades permitem que os organismos se organizem e
interpretem os estímulos recebidos do ambiente em conhecimento (VandenBos, 2010). E o que
seria, então, um estímulo?
Segundo Feldman (2015), trata-se de qualquer fonte passageira de energia física que produz
uma resposta em um órgão dos sentidos, sendo que os estímulos variam em tipo e intensidade e
que diferentes tipos de estímulos ativam diferentes tipos de órgãos dos sentidos.
É consenso entre os vários autores que se dedicam ao tema da percepção que, com esse
conhecimento, poderemos compreender nós mesmos, bem como muitas das situações de nosso
cotidiano, sendo que cada pessoa percebe e interpreta o mundo à sua volta de maneira particular e
exclusiva, a partir da sua realidade de vida.
Saiba mais
Como você percebe a sua realidade? Veja no link: < https://www.youtube.com/watch?v=IoL
7wRgBugM> a animação sobre percepção ZOOM de Istvan Banyai. Quer saber ainda mais?
Pesquise sobre a Psicologia da Gestalt, teoria que realizou estudos modernos sobre a
percepção humana.
https://www.youtube.com/watch?v=IoL7wRgBugM
TEMA 5 – SENTIMENTO E COMPORTAMENTO HUMANO
Você já enfrentou uma situação no âmbito psicológico em que uma determinada experiência
acarretou um turbilhão de sensações difíceis de compreender? Para entender melhor o que acontece
nessa condição, é importante darmos a devida importância para a nossa vida afetiva, como nos
mostra Bock, Furtado e Teixeira (2002, p. 248): “são nossos afetos que dão o colorido especial à
conduta de cada um e às nossas vidas. Eles se expressam nos desejos, sonhos, fantasias,expectativas, nas palavras, nos gestos, no que fazemos e pensamos. É o que nos faz viver”.
A vida afetiva é parte integrante de nossa subjetividade. Nossas expressões não podem ser
compreendidas se não considerarmos os afetos que as acompanham. E mesmo os pensamentos, as
fantasias — aquilo que fica contido em nós — só têm sentido se sabemos o afeto que os
acompanham (Bock; Furtado; Teixeira, 2002, p. 249).
Segundo os estudiosos do comportamento humano, Robbins, Judge e Sobral (2010), o afeto, a
emoção e os sentimentos são comumente confundidos. Para tanto, se soubermos diferenciar esses
três fatores, podemos ampliar nosso repertório de conhecimento sobre o ser humano.
No quadro a seguir, demonstramos para você a definição de afeto, emoção e sentimento.
Quadro 5 – Afeto, emoção e sentimento
Afeto Os afetos podem ser produzidos fora do indivíduo, isto é, a partir de um estímulo externo — do meio físico ou
social — ao qual se atribui um significado com tonalidade afetiva: agradável ou desagradável, por exemplo. A
origem dos afetos pode também nascer, surgir do interior do indivíduo.
O prazer e a dor são as matrizes psíquicas dos afetos, ou se constituem em afetos originários. Entre estes
dois extremos encontram-se inúmeras tonalidades, intensidades de afetos, que podem ser vagos, difíceis de
nomear ou discriminados.
Emoção As emoções são expressões afetivas acompanhadas de reações intensas e breves do organismo, em
resposta a um acontecimento inesperado ou, às vezes, a um acontecimento muito aguardado (fantasiado)
que acontece.
Durante muito tempo, acreditou-se no coração como o lugar da emoção, talvez pelo fato de, ao manifestar-se,
vir frequentemente acompanhada de fortes batimentos cardíacos. Outras reações orgânicas acompanham as
emoções e revelam vivências ou estados emocionais do indivíduo: tremor, riso, choro, lágrimas, expressões
faciais, etc.
Sentimento Os afetos básicos (amor e ódio), além de manifestarem-se como emoções, podem expressar-se como
sentimentos. Os sentimentos diferem das emoções por serem mais duradouros, menos “explosivos” e por
não virem acompanhados de reações orgânicas intensas.
Assim, consideramos a paixão uma emoção, e o enamoramento, a ternura, a amizade, consideramos
sentimentos, isto é, manifestações do mesmo afeto básico — o amor.
Fonte original: Bock; Furtado; Teixeira, 2002, p.251- 259. Crédito: DisobeyArt/shutterstock;
Chepko Danil Vitalevich/shutterstock; SewCream/shutterstock.
Para Bock, Furtado e Teixeira (2002, p. 259):
A vida afetiva — emoções e sentimentos — compõe o homem e constitui um aspecto de
fundamental importância na vida psíquica. As emoções e os sentimentos são como alimentos de
nosso psiquismo e estão presentes em todas as manifestações de nossa vida. Necessitamos
deles porque dão cor e sabor à nossa vida, orientam-nos e nos ajudam nas decisões. Enfim, são
elementos importantes para nós, que não podemos nos compreender sem os sentimentos e as
emoções.
São os afetos que determinam nosso comportamento em muitas das situações de vida que
enfrentamos.  Então se compreendermos o mundo que nos rodeia, poderemos ser e estar nele de
maneira mais positiva em nossos comportamentos e interações com nossos semelhantes.
O entendimento contemporâneo acerca do comportamento humano nos revela a relação direta
entre o sujeito e o ambiente, ou seja, há uma ação dependente entre o que nós fazemos e o
ambiente no qual essa ação acontece.
Para Feldmann (2015), tanto o comportamento normal quanto o anormal são aprendidos, já que
o comportamento humano é moldado pelo meio ambiente de maneira contínua. Nossa capacidade
de mudar com as transformações das circunstâncias vividas nesse meio permite que nos
adaptemos a uma série de condições.
Os princípios da abordagem comportamental na psicologia foram produzidos inicialmente por
John B. Watson, no início do século XX, mas foi com os estudos de B.F.Skinner (1904 – 1990), com a
teoria do Behaviorismo Radical, também conhecida por Análise do Comportamento, que o
comportamento humano foi entendido como resultado da interação do indivíduo, entre as suas
ações e respostas e os estímulos do ambiente.
Para Skinner, tudo era comportamento, inclusive os nossos pensamentos, sentimentos e
emoções. Para ele, há um tipo de comportamento que é inato, ou seja, vem do nascimento do ser
humano, que seria o respondente, e há o comportamento aprendido na relação com o ambiente e
com os semelhantes, denominado de operante.
Para Schultz e Schultz (2014), a ideia fundamental de Skinner é que o comportamento pode ser
controlado pelas consequências que acarreta. Segundo ele, um animal ou um ser humano poderia
ser treinado para desempenhar uma série de ações e que o tipo de reforço que se seguisse e esse
comportamento seria o responsável por determiná-lo. Assim, “quem quer que controle o reforço, tem
o poder de controlar o comportamento humano” (Schultz; Schultz, 2014, p. 327).
Comportamentos desejáveis podem ser reforçados positivamente, como por exemplo por meio
de um elogio, e os indesejáveis podem ser neutralizados quando ignorados.
Essa abordagem colabora com o processo de aprendizagem do ser humano, pois esta depende
da estimulação recebida do ambiente no qual o indivíduo vive e também do reforço que é a ele, seja
para aumentar ou diminuir a probabilidade de repetição desse comportamento que foi aprendido.
Saiba mais
Pesquise no site da Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental
(ABPMC) (< http://abpmc.org.br/>) artigos e referências relacionadas ao comportamento
humano.
TROCANDO IDEIAS
Neste fórum, propomos que você reflita e apresente um posicionamento em face da questão
proposta: como o comportamento humano é determinante nas relações interpessoais no trabalho?
Para embasar a sua resposta, consulte o artigo Comportamento Humano e Organizacional na
Revista Pós-graduação: Desafios Contemporâneos, v. 2, n. 3, jul./2015. Disponível no link: < http://ojs.
cesuca.edu.br/index.php/revposgraduacao>.
NA PRÁTICA  
Neste momento, apresentamos uma proposta de aplicação prática dos conteúdos desta aula:
http://abpmc.org.br/
http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/revposgraduacao
Assista ao longa-metragem de animação Divertida mente (Inside out) da Pixar (2015). Divertida
mente definitivamente não é apenas uma animação para crianças. Retrata o momento da
adolescente Riley no enfretamento das emoções que caracterizam o seu amadurecimento
pessoal. No filme, são apresentados “basicamente” cinco personagens bem caracterizados e
distintos: alegria, tristeza, nojinho, medo e raiva, nos revelando a forma como percebemos o
mundo externo a partir dos nossos sentidos. É por meio da sensação dos nossos sentidos que
o processo de percepção se forma.  Essa animação é um exemplo da ação das emoções na
vida cotidiana das pessoas.
Justifique, com base nos conhecimentos sobre os sentimentos e comportamento, a razão de
os autores terem colocado como solução dos problemas da personagem principal a alegria e a
tristeza juntas.
Resposta: a combinação de atuação das personagens Alegria e Tristeza como a solução para o
momento de conflito na vida da adolescente Riley foi perfeita, pois fundamenta a condição de que as
emoções não são categóricas, ou seja, a tristeza não é o oposto da alegria.
A alegria pode representar bem-estar, disposição, positividade, extroversão, capacidade para o
relacionamento e autoestima. Mas também euforia, negação e onipotência.
A Tristeza, quando acolhida e compreendida, auxilia na introspeção, na elaboração simbólica e
integração das experiências, através da introversão. Porém, quando não elaborada, é caracterizada
pelo negativismo, culpa, passividade e impotência.
Inicialmente, o papel da tristeza não é compreendido, mas ela também não pode ser rejeitada ou
colocada de lado (está no manual de controle da Riley). Isso quer dizer que ela tem um papel
fundamental, mesmo que este ainda não possa ser compreendido e assimilado peloindivíduo em
um dado momento. Então Alegria e Tristeza juntas, através da síntese da integração dos opostos,
introduzem a capacidade de interagir com as polaridades, na qual a consciência pode ter um
funcionamento dialético e os polos têm igual direito de expressão.
Quando a Alegria permite que a tristeza toque em todas as emoções, há uma ressignificação
das memórias bases e reajustamento emocional de Riley, agora, para a fase de descobertas da
puberdade – e o surgimento de novas memórias – agora coloridas com emoções misturadas,
mostrando complexidade e riqueza emocional, pois todas as emoções têm sua função e seu papel
reconhecido.
FINALIZANDO
O fundamental desta aula foi o aprofundamento do seu conhecimento sobre alguns dos
processos individuais que constituem o ser humano para o entendimento de que o indivíduo é
diferenciado dos demais em função da sua identidade. As teorias da psicanálise e da psicologia
analítica abordaram a questão da personalidade e de que existem funções psicológicas
inconscientes que exercem influência na vida dos indivíduos. O entrelaçamento entre as atitudes de
extroversão e introversão com funções psicológicas de sensação, intuição, pensamento e
sentimento influenciaram o desenvolvimento de instrumentos que são utilizados na análise e
avaliação da personalidade.
Nosso comportamento é determinado em muitas situações pelo afeto, pela emoção e pelos
sentimentos, sendo ele a relação direta entre o sujeito e o ambiente, ou seja, há uma ação
dependente entre o que nós fazemos e o ambiente no qual essa ação acontece.   Então se
compreendermos melhor essa constituição do indivíduo, poderemos ser e estar de maneira mais
positiva em nossos comportamentos e interações com nossos semelhantes.
REFERÊNCIAS
BENSON, N. et al. O livro da psicologia. 2. ed. São Paulo: Globo, 2016.
BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. de L. T. Psicologias: uma introdução ao estudo de
psicologia. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
D’ANDREA, F. F. Desenvolvimento da personalidade: enfoque psicodinâmico. 15. ed. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
FELDMANN, R. S. Introdução à Psicologia. 10. ed. Porto Alegre: Mac Graw Hill Education, 2015.
HALL, C. S.; LINDZEY, G.; CAMPBELL, J. B. Teorias da personalidade 4. ed. Porto Alegre: Artmed,
2007.
ROBBINS, S. P. Comportamento organizacional. 9. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
ROBBINS, S. T.; JUDGE, T. A.; SOBRAL, F. Comportamento organizacional: teoria e prática no
contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. Teorias da Personalidade. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning,
2014.
VANDENBOS, G. R. (org.). Dicionário de Psicologia da APA. Porto Alegre: Artmed, 2010.

Mais conteúdos dessa disciplina