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P R 1 S A Ú D E M E N T A L Ramo da medicina que estuda, diagnostica e trata doenças mentais HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA A psiquiatria ainda está em evolução Criticas e preconceitos no ramo da psiquiatria (resistência) Período neolítico (10.000 a.C até cerca de 3.000 a.C) * Trepanação (tratava meios comportamentais) Egito (1550 a.C) Já tinham noção dos males psiquiátricos (Males mencionados no tratado: depressão e a demência) *útero e coração O papiro Ebers, um dos tratados médicos mais antigos de que se tem conhecimento, foi escrito no antigo egito. O documento, de 20 metros de comprimento, listava formulas má- gicas e remédios destinados a afastar os demônios causadores de doenças. Entre os ma- les mencionados, estão a depressão e a demência. Antiguidade (período da historia, entre os séculos VIII a.C e V d.C) Na antiguidade pré-clássica, as doenças eram explicadas como resultantes da ação sobre- natural; a partir de 600 a.C, os filósofos gregos trouxeram a ideia organicista da loucura, até o começo da Idade Média Mania (Mavia) ou Manias (Maviai) é a personificação da loucura, da demência, da insani- dade e do frenesi sagrado, na mitologia grega, geralmente enviada aqueles que não ob- servam os ritos, para pertubar-lhe o espírito. Compnhaiera de Coalemos, a estupidez, de Lissa, a fúria e de Anoia a demência. Deuses (culá/presente) Hipócrates (460-377 a,C) Pai da medicina *Teoria dos Humores (bile amarela, bile negra, sangue, fleuma/flegma) Sangria (bile exagerada) Banho de luz Melancolia = depressão Causas naturais para as doenças mentais*** V A N E S S A L U D W I G SANGUE: instável, sentimental BILE NEGRA: baço—melancólico (perfeccionista, rancoroso) BILE AMARELA: fígado—colérico (enérgico, ‘’guarda raiva’’) FLEUMA/flegma: sereno, sensato P R 1 S A Ú D E M E N T A L Platão (428-347 a.C) Teoria das 3 mentes: racional, emotiva, intuitiva (impulso) Asclepiades (120-40 a.C) Teoria dos átomos Tratamento humanizado para os doentes mentais Contra teoria de Hipócrates Mudanças compartamentais**** Galeno (129—199) Reforçou a ideia da ligação da mente e do corpo e a teoria da dos humores Idade média (sec V— sec XV) Força do estado Força da religião (muita punição, castigo) *retrocesso da ciência em prol da espiritualidade • Doença mental era vista como responsabilidade do individuo (desagradou/afastou-se a Deus) • Para igreja (pecado capital) = preguiça O que acontecia com pessoas doentes mentais (qualquer coisa diferente do normal)? Exílio Leprosários Castigos físicos Navios à deriva Desaparecimento Inquisição Paracelso e São Tomas de Aquino foram algns dos pocuos teólogos que atribuíam causas naturais a doenças mentais Para Santo Agostinho o que separava o homem do animal era a razão. Aquele que per- desse a razão seria igual a um animal. Santas: • Bibiana • Dimpna Os primeiros hospitais mentais (918) foram estabelecidos no mundo árabe, inicial- mente em Bagdá, atual Iraque, em seguida no Cairo, no Egito, e em Damasco, na Síria. No entanto, a proliferação de hospícios e a institucionalização em massa só ocorreriam al- guns séculos mais tarde. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L A primeira instituição mental da Inglaterra, o Bethlem Hospital, é fundado em Lon- dres (1247). Ficaria conhecida pelo abuso e negligência com que os pacientes eram trata- dos. Sua reputação era tão ruim que o apelido da instituição, ‘’Bedlam’’ tornou-se sinôni- mo em inglês de Confusão e Tumulto. Por um tempo, chegou até a funcionar como zoológico: as pessoas pagavam para visitar o asilo e zombar dos internos. * Bethlem Royal Hospital of London (permanece em funcionamento) *hospital psiquiátri- co mais antigo do mundo Martelo das Bruxas (1486) Heinrich Kraemer; James Sprenger Idade moderna Iluminismo Renascimento • organização humana começa a mudar : mercantilismo A grande internação (1656) Hospital Geral de Paris (Luis XIV) PRIMEIRA REVOLUÇÃO PSIQUIÁTRICA (1793) Alienísta : psiquiatra da época • grande influencia da Revolução Francesa Philipe Pinel (1745—1826) Causas de doenças mentais: tensões sociais e psicoló- gicas hereditárias; acidentes físicos ‘’Tratamento moral’’ Pinel aboliu tratamentos como sangria, purgações e vesicatórios, em favor de uma terapia que incluía contato próximo e amigável com o paciente, discussão de dificuldades pessoais e um programa de atividades dirigidas. Preocupava-se também em que o pessoal auxiliar recebesse treinamento adequado e que a administração das instituições fosse competen- te. Jean-Étienne Dominique Esquirol foi um psiquiatra francês. Entre vários outros notá- veis trabalhos cunhou o termo ‘’Alucinação’’. Foi Discípulo de Philippe Pinel, sucedendo seu mestre em 1811 como Chefe do Hospital da Salpetriere em Paris. ‘’no hospício o que cura é o próprio hospício. Por sua estrutura e funcionamento, ele deve ser um operador de transformações dos indivíduos’’. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L Como Pinel e Esquirol (1772-1840), Guillaume Ferrus foi uma grande força na reforma dos manicômios no inicio e meados do século XIX na França. Ele fundou La Ferme Sainte- Anne, que foi um projeto agrícola inovador concebido como terapia de trabalho para paci- entes mentais. Johann Christian Reil foi um médico fisiologista, anatomista e psiquiatra alemão. Ele cunhou o termo PSIQUIATRIA (1808) É o principal representante da corrente de pensamento filosófica-especulativa. Além des- ta, havia outras três correntes: Ético-religiosa (doença mental como resultado do pecado e da culpa) Moralizante (enfermidade mental ligada à vida emocional) Romântica (intuição superior a experiencia) SEGUNDA REVOLUÇÃO PSIQUIATRICA Emil Kraeplin (1856-1926) É o grande homem da psiquiatria pesada (psicose e silos) Grande lição: Há que se aproximar do leito do paciente e observa-lo com um olhar cintifi- co-natural Sigmund Freud (1856-1939) É o grande homem da psiquiatria leve, porem não menos sofrida (neurose e consultórios) Grande lição: Há que se escutar o paciente e compreende-lo. ——— MÉTODOS QUE UTILIZAVAM PARA ‘’TRATAR’’ doentes mentais: Trepanação Sangria Laxantes Vômitos Hidroterapia Contenção Ervas, alcool, cocaína, opio Cadeira giratório de Darwin Fumegações (histeria) Ventosas Mesmerismo 1770 (magnestimo animal) * hipnose para o tratamento de cura Frenologia 1900 (Franz Gall) Vesicatórios Extrações (Teoria da inflamação) SÉC XX Terapia da malária (1917) Wagner Jauregg Coma insulínico (1927) Austriaco Manfred Sakel Eletroconvulsoterapia (1930) V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L Anestesia e relaxantes musculares (1950) Lobotomia—leucotomia pré frontal (1933) Egas Moniz Lobotomia transorbital—Walter Freeman TERCEIRA REVOLUÇAÕ PSIQUIATRICA 1950—Clorpromazina 1959—Clomipramina 1960—Benzodiazepínicos 1986—Fluoxetina Antipsiquiatria—1960 David Cooper é considerado junto com Ronald Laing, Thomas Szasz e Michel Foucault um dos fundadores do movimento conhecido como Antipsiquiatria. 1960—’’Mito da Doença Mental’’ *Thomas Szasz O centro das teorias psicossociais posto por Thomas como a ideia de que a concepção de ‘’doença mental’’ originaria da psiquiatria, seria uma concepção falsa e inexistente; algo que desconsideraria a subjetividade e as experiencias do ser humano. ———- Doença psiquiátrica hoje: • Medicação • Classificação—DSM CID • Estudo de genoma • Epigenética • Mapeamento de circuitos cerebrais • Identificação de neurotransmissores • Estimulação transcraniana (ECT) • Cuidados humanitários • Psicoterapias Resumindo: Encontramos indícios de tratamento de transtornos mentais desde a pré-história Antiguidade clássica foi de grande contribuição para saúde mental, buscando causas naturaispara doenças psiquiátricas Na Idade Média prevaleceu o pensamento místico religioso. Com a Idade Moderna veio o renascimento da razão e das ciências, retomando a in- vestigação das causas naturais para as doenças mentais. A primeira revolução psiquiátrica veio na época da Revolução Francesa(1789) tendo como figura principal o francês Philippe Pinel: Libertação das correntes. "Tratamento moral" . Observação de sintomas. Segunda revolução psiquiatrica ( inicio séc XX) com a corrente romântica alemã. Kea- prelin e Freud. Observação de sinais e sintomas e investigação da história do paciente ,não se restringindo a história da doença. Terceira revolução psiquiátrica, neurociências e medicação em meados de 1950. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L Através de todo o PERÍODO COLONIAL, os alienados, os idiotas, os imbecis foram tratados de acordo com suas posses. Os abastados e relativamente tranquilos, eram tratados em domicílio e às vezes enviados à Europa (...). Se agitados punham-nos em algum cômodo separado, soltos ou amarrados, de acor- do com a intensidade da agitação. Os mentecaptos pobres, tranquilos vagueavam pelas cidades, aldeias ou pelo campo (...). Os agitados eram recolhidos às cadeias, onde barba- ramente amarrados e piormente alimentados ,muitos faleceram mais ou menos rapida- mente (Moreira, 1905, p. 54) 1808—CHEGADA DA FAMILIA REAL AO BRASIL Primeiro reinado e regências -> Santas Casas de Misericórdia (porto seguro) 1830—Sociedade de Medicina do RJ Criticas aos maus-tratos a doentes mentais 1852—Hospício de Dom Pedro II ‘’Palácio dos Loucos’’ Hoje: Palácio Universitário (UFRJ) Juliano Moreira foi um médico psiquiatra brasileiro, frequentemente considerado como o fundador da disciplina psiquiátrica e da psicanalise no brasil pelos avanços por ele promo- vidos. Moreira foi o Primeiro Professor Universitário Brasileiro a citar e incorporar a teoria psicanalítica no Ensino da Medicina. Também atuou em outras áreas da medicina, como na dermatologia. Como diretor NO Hospício Nacional dos Alienados (1903—1930), no RJ mudou a estrutura física do hospital e estabeleceu novos modelos assistenciais no interior dos hospícios. Criou laboratórios dentro dos hospitais e introduziu a técnica de punção lombar e do exame cefalorraquidia- no como diagnostico neurológico (1906). Criou o Manicômio Judiciário em 1911. Defendeu a ideia de que a origem das doenças mentais se devia a fatores físicos e situaci- onais, como a falta de higiene e falta de acesso a educação, contrariando um pensamento racista em voga no meio acadêmico, que atribuía os problemas psicológicos da população brasileira a miscigenação (eugenia) *Quando assumiu a direção do Hospício Nacional dos Alienados, no RJ, aboliu o uso de ca- misas de força, retirou as grades das janelas e separou pacientes adultos de crianças. REFORMA PSIQUIÁTRICA Lei n° 10216 * hospital colônia de Barbacena (MG) ‘’Cidade dos Loucos’’ V A N E S S A L U D W I G J.M da Cruz Jobim J.F Sigaud L.V.De Simoni Antônio Luiz da Silva Peixoto (1937,primeiro tratado de psiquiatria do Brasil) P R 1 S A Ú D E M E N T A L Logo eu se tornou um centro de tratamento de ‘’loucos’’, foi considerado referencial nacio- nal no tratamento a transtornos psiquiátrico, ainda na República Velha. Isso fez com que a instituição fosse amplamente procurada por aqueles que queriam abandonar seus rene- gados e o local, que tinha capacidade de 200 leitos, ficou superlotado, com amis de 5 mil pacientes. ‘’ TREM DE DOIDO’’ - um trem que faia viagens sem volta. LUTA ANTIMANICOMIAL O médico e psiquiatra Franco Basaglia foi o precursor do movimento de reforma psiquiá- trica italiano conhecido como Psiquiatra Democrática. No ano de 1961, quando assumiu a direção do hospital, iniciou diversas mudanças com objetivo de transforma-lo em uma co- munidade terapêutica. Sua primeira atitude foi melhorar o cuidado técnico aos internos em Gorizia, além de melhorar também suas condições de hospedaria. Michel Foucault (1926-1984) Nise Magalhães da Silveira Ajudou a escrever e revolucionar a historia da psiquiatria no brasil e no mundo. Ficou co- nhecida por humanizar o tratamento psiquiátrico e era contrárias as formas agressivas usadas em sua época como o eletrochoque. Também foi pioneira na pesquisa das relações emocionais entre pacientes e animais. No brasil, tal movimento inicia-se no final da década de 70 com a mobilização dos profissionais de saúde mental e dos familiares de pacientes com transtornos mentais Esse movimento se inscreve no contexto de redemocratização do pais e na mobilização políti- co-social que ocorre na época. Data instaurada em 1987 na cidade de Bauru, durante o congresso de trabalhadores de serviços de saúde mental O movimento da reforma psiquiátrica se iniciou no final da década de 70, em pleno pro- cesso de redemocratização do pais, e em 1987 teve dois amrcos importantes para a esco- lha do dia que simboliza essa luta, com o Encontro dos trabalhadores da Saúde Mental em bauru e a I Conferência Nacional de Saúde Mental, em Brasília. A reforma psiquiátrica brasileira é movimento histórico de caráter político, social e econômico influenciado pela ideologia de grupos dominantes e tem como proposta central a desinstitucionalização com consequente descontrução do manicômio e dos paradigmas que o sustentam. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L Em 1990, o Brasil torna-se signatário da Declaração de Caracas a qual propõe a rees- truturação da assistência psiquiátrica, e em 2001, é aprovada a Lei Federal 10.216 que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e re- direciona o modelo assistencial em saúde mental A lei 10.216 foi um projeto do então deputado federal pelo estado de MG em 2001, Pau- lo Delgado, a respeito dos direitos das pessoas com transtornos mentais, que acabaria ficando conhecida popularmente como lei da reforma psiquiátrica ou lei antimanico- mial. A lei foi sancionada pelo Presidente na época, FHC. A lei antimanicomial marcou o fechamento gradual de manicômios e hospícios no pais, tornando-se o símbolo maior da reforma psiquiátrica brasileira. Em substitui- ção aos hospitais psiquiátricos foi criada a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), centrali- zando a assistência de transtornor mentais graves nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) DESOSPITALIZAÇÃO*** REINSERÇÃO A SOCIEDADE*** INSTRUMENTOS DE ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL SUBSTITIVOS À HOSPITALIZAÇÃO PSIQUIÁTRICA Programa de volta para casa Reintegração social de pessoas acometidas por transtornos mentais e com historia de longa internação psiquiátrica. Seus objetivos princi- pais são assegurar o bem-estar global e estimular o exercício pleno da cidadania. Residências terapêuticas São casas, locais de moradia, destinadas a pessoas com transtornos mentais que perma- neceram em longas internações psiquiátricas e impossibilitadas de retornas as suas famí- lias de origem 8 moradores (ideial); 1 cuidador; auxilio financeiro; Quem pode se beneficiar? Portadores de transtornos mentais, egressos de internação psiquiátrica em hospitais ca- dastrar no SUS, que permanecem no hospital por falta de alternativas que viabilizem sua reinserção no espaço comunitário. Egressos de internação em Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, em conformi- dade com decisão judicial (Juízo de Execução Penal. Pessoas em acompanhamento no CAPS, para as quais o problema da moradia é identifica- do, por sua equipe de referencia, como especialmente estratégico no seu projeto terapêu- tico. Aqui se encontram aquelas localidades que, a despeito de não possuírem hospitais psiquiátricos, frequentemente se defrontam com questões ligadas a falta de espaços resi- denciais para alguns usuários de serviços de saúde mental. Moradores de ruacom transtornos mentais severos, quando inseridos em projetos tera- pêuticos especiais acompanhados nos CAPS V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L Caps (Centros de Atenção Psicossocial) É um espaço de referencia e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos men- tais, psicoses, neuroses graves e demais quadros, cuja severidade e/ou persistência justi- fiquem sua permanência num dispositivo de cuidado intensivo, comunitário e promotor da vida. Qual o papel dos CAPS na rede de atenção psicossocial? Eles agem como organizadores e reguladores da assistência como um todo, possibilitando a atuação conjunta e articulada entre os serviços. Quando foi formalizado o funcionamento dos CAPS? Teve inicio entre as décadas de 1980 e 1990, mas foi somente em 2002, através da portaria n° 336 do MS, que ele foi formali- zado, tendo sido seu funcionamento direcionado para áreas físicas especificas de maneira independente de qualquer estrutura hospitalar. *Acolhimento universal e diário *Atendimento individual, em grupos, à família e em oficinas terapêuticas *Elaboração de um diagnóstico situacional e clínico de cada usuário que acessa o serviço *Formulação de estratégias de cuidado e/ou do projeto terapêutico, adequados à necessi- dade de cada usuário *Agenciamento e encaminhamento dos casos que não sejam compatíveis com o trabalho de CAPS, mas que requeiram outra modalidade de cuidado *Visitas domiciliares e atividades comunitárias *Supervisionar e capacitar as equipes de atenção básica, serviços e programas de saúde mental no âmbito do seu território e/ou do módulo assistencial, entre outras funções. *CAPS I; CAPS II (CAPS i II—crianças e adolescentes) (CAPS ad II— pacientes com trans- tornos decorrentes do uso e dependência de substancias psicoativas); CAPS III Centros de convivência São espaços que promovem atividades em grupos com crianças, adolescentes, adultos e idosos. São administrados pelo poder público municipal e estão vinculados aos CRAS. En- tidades sociais também podem administrar estes espaços. Oficinas de artesanato, música, pintura, reciclagem, letras e comunicação; Palestras; Gru- pos de teatro; Centro de socialização Cersam (Centro de Referencia da Saúde Mental) Equipes de Saúde Mental em centros de saúde (um em cada regional) Urgência, crise, acompanhamento multiprofissional *um por regional* Assim como os CAPS, foram concebido para o atendimento de urgências e crises, privile- giando os casos mais graves, antes atendidos apenas pelo hospital psiquiátrico Consultório de Rua Modalidade de serviço da atenção primária à saúde, no âmbito da EF, oferecida pelo SUS para as populações em situação de rua. Hospital-dia É um serviço de internação parcial para pessoas acometidas por transtornos mentais, on- de passam o dia no Hospital e voltam para casa no final da tarde. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L Assim, podem contar com uma equipe técnica, desenvolvendo diversas atividades tera- pêuticas, contando com o tratamento medicamentoso e auxilio na sua ressocialização Hospital Psiquiátrico: Uma instituição necessária *Ficou fora da rede de saúde mental* Pacientes clínicos e pacientes psiquiátricos tem comportamento diferente perante agrava- mento da situação clinica Leito em hospital geral X Leito em hospital psiquiátrico ***falta de leitos psiquiátricos no pais A consequência direta da politica de redução de leitos foi a desassistência e o abandono de pacientes e a falta de resolutividade no atendimento psiquiátrico A FEHOESP acredita na proposta de humanizar e tornar o atendimento à saúde mental in- tegral, havendo necessidade de internação em casos que o histórico medico assim o exigir como dependentes químicos, casos de tentativas de suicídio e algumas modalidades de doenças mentais **despesas do leito psiquiátrico O conselho afirma que o valor da diária de manutenção dos leitos é insuficiente para pa- gar todas as despesas relacionadas ao tratamento. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L Cenário atual: Interrupção da redução de leitos psiquiátricos do SUS Reinserção do hospital psiquiátrico na rede de atenção a saúde mental Aumento do valor da diária inclusive para internações longas (maiores que 90 dias) Incentivo a comunidades terapêuticas (dependências químicas) V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L Hipócrates (460 a.c) Considerado pai da medicina por ter considerado as doenças como naturais. Em Corpus Hippocraticum, reuniu suas observações, como o poder curativo da natureza, os conceitos de homeostase e de síndrome, a importância de os médicos publicarem seu insucessos e o principio geral de nunca agravar o estado de saúde do paciente. Elaborou a primeira classificação das doenças mentais: EPILEPSIA, MANIA, MELANCOLIA (depressão) E PARANÓIA; Dividiu as personalidades em: COLÉRICAS, FLEUMÁTICAS, SANGUÍNEAS E MELANCÓLICAS; Além de verificar as condições materiais de sobrevivência do enfermo, buscava uma histo- ria detalhada da vida dos pacientes e estudava a relação entre o médico e o paciente. NEUROSE Termo proposto em 1769 (alguns afirmam que foi em 1777), pelo médico escocês William Cullen para definir as doenças nervosas que acarretavam distúrbios da personalidade. Foi popularizado na França por Philippe Pinel em 1785. Retomado como conceito por Sigmund Freud a partir de 1893, o termo é empregado para designar uma doença nervosa cujos sintomas simbolizam um conflito psíquico recalcado, de origem infantil. Bénédict Augustin Morel foi um psiquiatra franco-austríaco. Morel foi o primeiro a utili- zar o termo DÉMENCE PRECOCE que se referia ao que hoje é conhecido como esquizofre- nia. (perda da cognição) Amigo do fisiologista Claude Bernard e admirador do trabalho de Charles Darwin sobre a evolução, Morel buscou explicações para a doença mental na hereditariedade, embora mais tarde passasse a acreditar que agentes externos como álcool e drogas também po- deriam afetar o curso da deterioração mental. (Doença genética ou adquirida) A degeneração (doença) daria lugar a distintas enfermidades mentais: epilepsia, debilida- de, loucura e, inclusive, comportamento delitivo. Loucura, crime e degeneração estariam significativamente associados. Pinel -> observação e registro de sinais e sintomas Esquirol -> alucinação Kraepelin -> ‘’psiquiatria classificatória’’ Demência precoce (morel) -> psicose maníaco- depressiva / demência senial -> paralisia geral * melhorar o prognóstico do paciente V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L Paul Eugen Bleuler foi um psiquiatra suíço notável pelas suas contribuições para o en- tendimento da esquizofrenia, psicoses e autismo Bleuler, criou o termo ‘’esquizofrenia’’ -> divisão, mente. Substituindo o termo demência precoce na literatura. Bleuler conceitualizou o termo para indicar a presença de um cisma entre pensamento, emoção e comportamento nos pacien- tes afetados. Karl Theodor Jaspers foi um filósofo e psiquiatra alemão. Estudou medicina e, depois de trabalhar no hospital psiquiátrico da Universidade de Heidelberg, tornou-se professor de psicologia da Faculdade de letras. ‘’Qualquer objetificação, seja a formação de escolas, seja a de seitas, é a ruina da filosofi- a’’. A forte defesa da filosofia e da liberdade foi uma das marcas do pensamento de Karl jaspers—um dos fundadores do existencialismo. Uma das principais contribuições de Karl Jaspers para a psiquiatria foi o MÉTODO BIO- GRÁFICO. Ele consiste basicamente em pedir ao paciente que relate por escrito a sua for- ma pessoal de perceber seus sintomas. Em outras palavras, o que estava acontecendo para ele. Isso era novidade e trazia elementos valiosos para compreender o que estava acontecendo na mente do paciente. Também postulou a existênciade dois tipos de delírio: o primário e o secundário Kurt Schneider, é juntamente com karl Jaspers, o principal representante da Escola Hei- delberg, um antecedente importante da fenomenologia e da psicopatologia de natureza biológica 1. Sintomas de primeiro grau de esquizofrenia Schneider delimitou a conceitualização da esquizofrenia a partir de uma serie de manifes- tações denominadas ‘’sintomas de primeira ordem’ e que ajudariam a distinguir esse dis- túrbio de outros tipos de psicose. É importante ter em mente que, na época, o termo ‘’psicose’’ também se referia a fenômenos como mania. 2. Depressão endógena e reativa Outra das contribuições mais relevantes de Schneider é a distinção entre dois tipos de de- pressão: a endógena (que tem origem biológica) e a reativa (associada em maior medida às alterações psicológicas, principalmente devido a eventos negativos da vida) Atualmente, a utilidade dessa distinção é altamente questionada, em grande parte por que se sabe que nas supostas ‘’depressões reativas’’ o funcionamento dos neurotransmis- sores é alterado, além da ideia de Schneider subjacente a uma concepção dualista de psi- cologia. No entanto, o termo ‘’depressão endógena’’ permanece popular. 3. Os 10 tipos de psicopatia Hoje entendemos a psicopatia de maneira semelhante ao transtorno de personalidade an- ti-social descrito pelos principais manuais de diagnostico. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L Essas ideias devem muito a outra das contribuições de Schneider: sua descrição da psico- patia com um desvio ambíguo em relação ao comportamento normativo e dos 10 tipos de psicopatia. Assim, esse autor criou uma tipologia não sistemática, baseada puramente em suas pró- prias ideias, diferenciando assim a psicopatia caracterizada por anormalidades no humor e na atividade, aquelas do tipo inseguro-sensível e inseguro-ananástico, fanático, auto- assertivo, emocionalmente instável, explosivo, insensível, fraco e astênico. O registro de admissões no Westo State Hospital, nos EUA no período de 1864-1889, se- gundo Moul apresentava os seguintes diagnósticos: Insanidade moral—preguiça—asma—masturbação crônica—crises epilépticas Vícios corruptos—descontrole uterino—varíola—irritação na espinha—luto Insolação—vida imoral—loucura—fraqueza intelectual—sedução e desapontamento Classificações: CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados a Saú- de) Classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde (OMS) É uma das principais ferramentas epidemiológicas do cotidiano médico. Desenvolvida pela OMS, tem como principal função: monitorar a incidência e prevalência de doenças, atra- vés de uma padronização universal das doenças, problemas de saúde publica, sinais e sin- tomas, queixas, causas externas para ferimentos e circunstâncias sociais, apresentando um panorama amplo da situação em saúde dos países e suas populações. É utilizado por médicos e outros profissionais de saúde, pesquisadores e gestores em saú- de, empresas, seguros de saúde e organizações de pacientes, para classificar doenças e problemas em saúde nos registros em saúde em todo o mundo. Através dessa padroniza- ção universal, é possível monitorar a incidência e prevalência de doenças e ter um pano- rama da situação em saúde global. CID-10 * em 2023 será lançado o CID-11 no BR. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L Classificações: CID Classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde (OMS) É uma das principais ferramentas epidemiológicas do cotidiano médico. Desenvolvida pela OMS, tem como principal função: monitorar a incidência e prevalência de doenças, atra- vés de uma padronização universal das doenças, problemas de saúde publica, sinais e sin- tomas, queixas, causas externas para ferimentos e circunstâncias sociais, apresentando um panorama amplo da situação em saúde dos países e suas populações. É utilizado por médicos e outros profissionais de saúde, pesquisadores e gestores em saú- de, empresas, seguros de saúde e organizações de pacientes, para classificar doenças e problemas em saúde nos registros em saúde em todo o mundo. Através dessa padroniza- ção universal, é possível monitorar a incidência e prevalência de doenças e ter um pano- rama da situação em saúde global. A versão atual é CID-10, lançado em maior de 1990; (14,4 mil códigos) em 2023 será lançado o CID-11 no BR. (55 mil códigos) Necessidade de criar uma nova versão: compreender as afecções comuns na população, junto a todas as suas especificações, sinais e sintomas, refletindo a realidade da área de saúde. Comparada com as versões anteriores, a CID-11 é totalmente digital, tem um novo for- mato e recursos multilíngues que reduzem a chance de erro. Compilada com informações de mais de 90 países e envolvimento sem precedentes de prestadores de serviços de saúde, permitindo a evolução de um sistema imposto aos mé- dicos para um banco de dados de classificação clinica e terminologia verdadeiramente ca- pacitador, que atende a uma ampla gama de usos para registrar e relatar estatísticas na saúde. Dentre as principais novidades, está a inclusão dos distúrbios associados a games e capí- tulos inéditos sobre saúde sexual. Outro ponto positivo é a maior quantidade de detalhes nos códigos relacionados a resistência antimicrobiana. Gaming disorder: no inicio dos anos 90, quando foi elaborada a primeira CID, o universo dos jogos virtuais ainda era muito incipiente, sobretudo se compararmos com o momento atual, quando boa parte dos adolescentes conta com computadores pessoais, tablets, smartphones e outros gadgets modernos. Síndrome de burnout: outra doença que está enquadrada na CID 11 e tem forte relação com o estilo de vida moderno. Ela faz parte de um capitulo muito especifico na classifica- ção internacional, que é aquele que diz respeito aos problemas gerados e associados ao emprego ou desemprego. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L Essa enfermidade está propositalmente fora do capítulo que trata dos transtornos menti- as, comportamentais ou do neurodesenvolviemnto, uma vez que, para a OS, trata-se de uma síndrome conceituada como resultado do estresse crônico no local de trabalho, que não foi gerenciado de forma adequada. Caracteriza essa patologia o sentimento de falta de energia, o aumento da distancia men- tal do serviço, o negativismo relacionado com o trabalho de alguém e a redução da efici- ência profissional. Vale lembrar que o burnout refere-se apenas aos fenômenos no contex- to ocupacional e não deve ser aplicado em outras áreas da vida. Problemas relacionados com a organização de seu modo de vida 7 sinais de burnout Transexualidade: outra mudança muito significativa em relação a CID 10 diz respeito a transexualidade, que deixou de figurar na lista de doenças mentais e foi reclassificada co- mo uma ‘’incongruência de gênero’’, em vez de ‘’distúrbios de identidade de gênero’’. Com isso, ela foi transferida para a categoria de saúde sexual. De acordo com a OMS, isso aconteceu por que, atualmente, os cientistas e médicos pos- suem provas suficientes que sugerem que a transexualidade não é um distúrbio mental, e que essa classificação poderia gerar estigmatização para os indivíduos que se identificam como transgêneros. Estresse pós-traumático: outra mudança importante é na quantidade de termos diagnósti- cos para transtorno do estresse pós-traumático; eles foram reduzidos e simplificados para permitir um diagnóstico mais fácil. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L Alienação parental: a psicóloga forense Tamara, membro da PASG, criada com objetivo de incluir o termo Alienação Parental no CID-11 e no DS-5—Manual de Diagnóstico e Estatís- tico de Transtornos Mentais, explicaque é o reconhecimento oficial, internacional da exis- tência da alienação parental. *****A CID 6 foi a primeira versão a incluir um capítulo sobre saúde mental (1948) DSM Manual diagnostico e estatístico de transtornos mentais (APA—associação psiquiátrica americana) *exclusivo para a psiquiatria Criado para definir como é feito o diagnostico de transtornos mentais. Usado por psicoló- gicos, fonoaudiólogos, médicos e terapeutas ocupacionais -> Usado por todos os profissi- onais de saúde., A edição mais recente foi formulado em 2013, substituindo o DSM 4, que estava em vigor desde 1994 e havia passado f=por uma pequena adaptação no ano 2000. Março 2022, o DSM passa por revisão, com poucas alterações, especialmente terminológi- cas e foi acrescentado o luto prolongado (DSM-5-TR) As primeiras classificações norte-americanas de transtornos mentais aplicadas em larga escala tinham objetivo primordialmente estatístico Em 1840, os EUA fizeram um censo que contava com a categoria ‘’idiotia/loucura’’, procu- rando registrar a frequência de doenças mentais. Já no censode 1880, elas eram dividas em sete categorias: mania, melancolia, monomania, paresia, demência, dipsomania (alcoolismo) e epilepsia. No inicio do século 20, o exército norte-americano e a Associação de veteranos desenvol- veram uma das mais completas categorizações para aplicação nos ambulatórios que pres- tava atendimento aos ex-combatentes. Em 1948, sob influencia desse instrumento, a OMS inclui pela primeira vez uma sessão destinada aos transtornos mentais na 6° edição de sua CID Versões DSM 1 - foi publicada pela APA em 1953, sendo o primeiro manual de transtornos men- tais focado na aplicação clinica. Consistia basicamente, em uma lista de diagnostico categorizados com um glossário que trazia a descrição clinica e cada categoria diagnostica. Apesar de rudimentar, serviu para motivas uma serie de revisões sobre questões relacionadas as doenças mentais, DSM 2— desenvolvido paralelamente à 8° edição da CID, foi publicado em 1968, apre- sentando discretas alterações na terminologia em relação à versão anterior. O experimento Rosenham David Rosenham *VAZIO, BAQUE, OCO* V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L DSM—3 foi publicada em 1980, trazendo importantes modificação metodológicas e estru- turais que em parte se mantiveram ate a recente edição. Foi um importante avanço em termos do diagnostico de transtornos mentais, além de facilitar pesquisas empíricas Isso porque apresentou um enfoque mais descritivo, com critérios explícitos de diagnosti- co organizados em um sistema multiaxial, com o objetivo de oferecer ferramentas para clínicos e pesquisadores, além de facilitar a coleta de dados estatísticos. Na sequencia, revisões e correções foram promovidas levando a publicação do DSM-3-R, em 1987. A proliferação de pesquisas, revisões bibliográficas e testes de campo possibilitaram que, em 1994, a APA lançasse o DSM-4. Tal evolução do manual representava um aumento significativo de dados, com a inclusão de diversos novos diagnósticos descritos como cri- térios mais claros e precisos. Uma revisão dessa edição foi publicada em 2000 como DSM-4-TR e foi formalmente utili- zada ate o inicio de 2013. O DSM-5, oficialmente publicado em 18 de maio de 2013, é a mais recente edição do ma- nual da APA. Seu objetivo e garantir que a nova classificação com a inclusão reformula- ção e exclusão de diagnósticos, forneça uma fonte segura e cientificamente embasada pa- ra aplicação em pesquisa e na pratica clinica. Foi produzido ao longo de 12 anos por 1.500 experts, entre médicos, psicólogos, assisten- tes sociais, enfermeiros, consultores, epidemiologistas, estatísticos e neurocientistas. A versão considerada novos modos de organização dos transtornos e os avanços na neu- rociência, na genética e nos estudos de imagem do cérebro, O resultado dessas discus- sões reflete-se na reorganização das 19 principais classes diagnosticas Essa classificação fornece uma tentativa de separar as doenças mentais em categorias di- agnosticas com base na descrição dos sintomas—o que dizem e fazem as pessoas como reflexo do que pensam e sentem—e no curso da doença. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L Por sua vez, a 10° revisão da CID, que foi publicada em 1992, utiliza categorias diagnosti- cas semelhantes as dos DSM-5. Tal semelhança indica que o diagnostico das doenças mentais específicas está sendo feito de forma mais consistente e padronizada em todo o mundo. Diagnóstico multiaxial V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L ENTREVISTA: IDENTIFICAÇÃO, ANAMNESE, EXAME PSÍQUICO, SÚMULA PSICOPATOLÓ- GICA E HIPÓTESE DIAGNÓSTICA. IDENTIFICAÇÃO Nome, idade, estado civil, nome do cônjuge, religião, profissão, telefone/contato, endere- ço, numero de documento.. ANAMNESE O termo vem do grego ANA (remontar/construir) e mnesis (memória). Na psiquiatria anamnese é a evocação voluntária do passado feita pelo paciente, soba orientação do medico ou do terapeuta. O roteiro para execução da anamnese psiquiátrica pode sofrer variações, porem na estru- tura básica constam: a identificação do paciente, o motivo da consulta ou queixa que o traz ao médico ou terapeuta, a historia da doença atual, a historia pessoal, a historia fa- miliar, a historia patológica pregressa. *Perguntas abertas/fechadas. *Empatia ESCALA DE AVALIAÇÃO DE HAMILTON Instrumento avaliativo composto de perguntas direcionadas e em escala para avaliação diagnostica e evolutiva. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L ENTREVISTA TERAPÊUTICA De modo geral, o tempo utilizado para entrevista costuma variar muito. Local da entrevis- ta, dificuldades em estabelecer as hipótese diagnosticas e o plano terapêutico, particulari- dades do entrevistador, do paciente e da situação. Setting da entrevista: Ambiente físico e emocional onde é realizada a avaliação. A privacidade do local permite ao paciente maior tranquilidade para revelar sentimentos mais íntimos. Sempre que pos- sível, é importante entrevistar o paciente a sós, mesmo quando acompanhado por familia- res íntimos, solicitando que estes retornem à sala para acrescentar informações que se façam necessárias. É importante ressaltar que muitas vezes não se consegue ter todo o material em uma úni- ca entrevista. EXAME DO ESTADO MENTAL / EXAME PSÍQUICO Ferramenta médica usada para examinar o estado mental do paciente É feito através da observação no momento da entrevista. (informações realatadas pelo paciente fazem parte da anamnese) FUNÇÕES MENTAIS (dalgalarrondo—2000) Divide as funções psíquicas em consciência, atenção, orientação, vivencias do tempo e do espaço, sensopercepção, memória, afetividade, vontade e psicomotricidade, pensamento, juízo de realidade, linguagem. V A N E S S A L U D W I G APRESENTAÇÃO Descrição física: vestimenta e acessórios, higiene, aspecto físico, par- ticularidades.. Atividade psicomotora e comportamento: atitudes e movimentos ex- pressivos da fisionomia, gesticulação, postura, capacidade motora e modo de caminhar.. Atitude para com o entrevistador: cooperativo, submisso, arrogante, desconfiado, apático, superior, irritado, indiferente, hostil ou bem hu- morado... CONSCIÊNCIA Algumas correntes psiquiátricas dividem a avaliação da consciência em dois eixos principais: EIXO VERTICAL: diretamente ligado ao status neurológico. O paciente pode estar vígil, sonolento, em estupor ou em coma. EIXO HORIZONTAL: relacionado ao campo vivencial. O paciente pode estar alargado, estreitado ou normal. INSIGHT (juízo/crítica) Capacidade de autopercepção da doença. *Preservado *Parcial *Perda de insight JULGAMENTO Capacidade de compreensão e julgamento dos seusatos. *Certo/errado *Ético/Não ético *Moral/Imoral *Adequado/Inadequado PENSAMENTO CURSO: velocidade de pensamento, que pode estar lentificado, normal ou acelerado. FORMA: é a maneira como o conteúdo do pensamento é expresso, ou se- ja, como as frases e ideais se conectam no discurso. Descarrilhamento de ideias, fuga de ideais, tangencial, circunstancial. CONTEÚDO: avalia a ideia, isto é, o tema do discurso. As perturbações no conteúdo do pensamento estão associadas a determinadas alterações, como as obsessões, hipocondrias, fobias e especialmente os delírios. Capacidade de abstração/pensamento concreto. LINGUAGEM Falada, escrita, não verbal. Sua normalidade e alterações estão intimamente relacionadas ao pensa- mento, pois é pela linguagem que ele passa ao exterior *Acelerada, pressão de fala, circunstancial, tangencial, prolixa, verborra- gia, empobrecida, mutismo, mutismo seletivo, ecolalia, dislalia, disastria ORIENTAÇÃO AUTOPSÍQUICA: o paciente consegue se identificar (nome, idade, profis- são, familiares..) ALOPSÍQUICA: o paciente sabe identificar dados fora do eu (temporal— hora, dia, mês, ano, estação do ano/ espacial—lugar em que se encontra, cidade onde está, como chegou ao consultório) MEMÓRIA É o elo temporal da vida psíquica (passado, presente, futuro) PERCEPÇÃO: forma como o sujeito percebe os fatos e atitudes em seu cotidiano e os reconhece psiquicamente FIXAÇÃO: capacidade de gravar imagens/dados na memória CONSERVAÇÃO: refere-se ao que é guardado para o resto da vida EVOCAÇÃO: evocar dados fixados RECONHECIEMNTO: onde e quando determinado fato aconteceu no tem- po e no espaço *Muito curto prazo/imediata (ex: pediar a senha do wifi) *Curto prazo/recente (ex: pedir um suco ao garçom) *Longo prazo/remota (ex: um jantar com amigos) *Amnésia retrógrada/ anterógrada/seletiva ATENÇÃO E CONCENTRAÇÃO Processo psíquico que concentra a atividade mental sobre determinado ponto. Esforço mental. VIGILANCIA: consciencia sem foco, difusa e com atenção em tudo ao re- dor. TENACIDADE: capacidade de se concentrar num foco Essas duas funções não pode estar concomitantemente exaltadas AFETO E HUMOR AFETO: é avaliado a partir da analise das emoções do individuo em rela- ção a sua fala e aos estímulos externos CONGRUENCIA: avalia se a emoção expressão está congruente com o conteúdo da fala do paciente MODULAÇÃO: corresponde a capacidade que o individuo tem de osci- lar/modular suas emoções RESSONÂNCIA: é a capacidade que o individuo tem de reagir de acordo com o estímulo externo HUMOR: é o mais superficial e variável do que a afetividade. Mais facil- mente observável. Alegre, irritável, entristecido, angustiado, neutro... *Normal (eutímico) *Exaltado *Rebaixado *Lábil (alteração súbita conforme estímulo) P R 1 S A Ú D E M E N T A L SÚMULA PSICOPATOLÓGICA Resumo do exame do estado mental Mesmos conteúdos em termos técnicos, organizado por itens, paragrafo único. *Vigil, orientado alo e autopsiquicamente,atento, abordável, cooperativo, apresentação adequada, comunicativo, discurso fluido e coerente, sem alterações de psicomotricidade, eutimico, afeto coerente, cognição adequada, julgamento preservado sem alterações de senso percepção. *Ou... Exame do estado mental sem alterações dignas de nota... *Ou... Exame psíquico sem anormalidades... HIPÓTESE DIAGNÓSTICA Sindrômico nosológico (CID, DSM) V A N E S S A L U D W I G SENSOPERCEPÇÃO Percepção do mundo através dos sentidos Alucinações visuais, auditivas, olfativas, gustativas e/ou táteis *Pseudoalucinação *Ilusão *Desrealização *Despersonalização PSICOMOTRICIDADE Hipocinesia, lentificação psicomotora, catatonia, hipercinesia, agitação psicomotora, frangofilia (impulso violento contra obje- tos), tiques, estereotipias, maneirismos. INTELIGÊNCIA É o conjunto de habilidades cognitivas, resultante dos diferen- tes processos intelectivos, como: raciocínio, planejamento, re- solução de problemas, pensamento abstrato, compreensão de ideias complexas, aprendizagem rápida e aprendizagem a partir da experiencia. Na entrevista psiquiátrica busca-se o padrão de normalida- de/suficiência. Interessa por exemplo, a autonomia do paciente, capacidade laborativa, capacidade de compreender e seguir um tratamento, VOLIÇÃO, IMPULSO E PRAGMATISMO (capacidade de planejar e realizar atos que le- vem a seus objetivos) Vontade de viver, realizar suas ambições e concluir seus proje- tos. Também diz respeito a realizar atos simples cotidianos por iniciativa própria. *Hiperbulia *Hipobulia *Abulia P R 1 S A Ú D E M E N T A L DEPRESSÃO MAIOR Diagnóstico: DSM-5 • Critérios A - sintomas principais (Cinco ou mais dos seguintes sintomas presentes du- rante o mesmo período, por pelo menos duas semanas e representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior): 1. Humor deprimido na maior parte do dia , quase todos os dias (tristeza) 2. Acentuada diminuição do interesse ou prazer em quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias 3. Perda ou ganho de peso significativo sem estar fazendo dieta 4. Insônia (+ comum) ou hipersonia quase todos os dias 5. Agitação (+ comum) ou retardo psicomotor 6. Fadiga ou perda de energia 7. Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (muito comum) 8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar , ou indecisão 9. Pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida, tentativa ou planejamento suicida Características: Irritabilidade, especialmente em crianças e jovens. Raiva, Choro, Prejuízo da libido (+ comum perda do libido), Angústia, Isolamento dores ou acentuação de sinto- mas físicos, sensação de vazio, Insegurança, Indecisão, Pessimismo, prejuízo cognitivo. Especificadores Episódio único ou recorrente Leve/ moderada/ grave (incapacidade) com características psicóticas em remissão parcial/ remissão completa Outros especificadores; com sintomas ansiosos com características: Melancólicas Atípicas Psicóticas congruentes com o humor (delírio vem de algo negativo e ruim—tristeza) psicóticas incongruentes com o humor Com catatonia Peri parto Sazonal • Critérios B - sofrimento significativo ou prejuízo na vida do paciente • Critérios C- não atribuível à efeitos fisiológicos de uma substância ou outra condição médica • Critérios D - a ocorrência do episódio depressivo não é melhor explicada por outra condição psiquiátrica • Critérios E - nunca houve episódio maníaco ou hipomaníaco V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L DEPRESSÃO PÓS-PARTO E uma doença que aparece após a gestação e pode surgir até o primeiro ano de vida do bebe. E caracterizada como um quadro depressivo que envolve o sentimento de tristeza, pessimismo, diminuição da disposição, tendencia a olhar para as coisas de uma forma ne- gativa, sem saída, além da falta de vontade de cuidar do bebe ou excesso de proteção, entre outros. Raramente, a situação pode se complicar e evoluir para uma forma mais grave, conhecida como psicose pós-parto. Qual diferença entre uma depressão comum? Os sintomas são semelhantes, mas a diferença é que a depressão pós-parto, como o no- me diz, ocorre logo após a gestação, e envolve também o vinculo da mãe com o bebe. Por vezes, a mulher pode ter dificuldade em cuidar do recém-nascido ou apresentar uma pro- teção excessiva com ele. Qual a diferença entre depressão pós-parto e baby blues? Durante o puerpério, fase pós-parto que dura 40 dias, a mulher experimenta algumas mo- dificações no corpo, principalmente pela variação hormonal, que apresenta uma queda de- pois do parto. Neste período, pode surgir o baby blues, que é um momento temporário de maior sensibilidade, fragilidade, cansaço e que desaparece em algumas semanas. A grande diferença da depressão pós-parto para o baby blues é o tempo ea intensidade, tende a desaparecer após umas duas semanas depois do parto. Se passar uns 15 dias e a mulher ainda apresentar um choro frequente, desanimo, fadiga, tristeza, ausência de pra- zer e ainda um aumento de intensidade desses sintomas, já é um sinal de alerta. Quais os níveis de depressão pós-parto? Pode ser leve, moderada e grave. Nos mais leves e moderados a mulher fica mais sensível e não há grande comprometimento das atividades dela. Com a medicação e terapia, ela já apresenta melhora. Nos casos graves, mais raros, podem vir com sintomas psicóticos e em algumas situações é necessária a internação da mulher. Os principais sintomas de quadros graves são: Delírios Alteração do pensamento e julgamento Alucinações que podem ser visuais, olfativas ou auditivas (ouvir vozes, por exemplo) Vontade extrema de fazer mal ao bebe, a si mesma ou a qualquer pessoa Sono perturbado, mesmo quando o bebe está dormindo Desconexão com o bebe e pessoas ao redor DEPRESSÃO SAZONAL Acontece principalmente durante o período de inverso é conhecida cientificamente como transtorno afetivo sazonal e causa sintomas como tristeza, sono em excesso, aumento do apetite e dificuldade de concentração. Esse transtorno acontece mais em pessoas que vivem em lugar em que o inverno dura muito tempo, sendo que os sintomas melhorar à medida que a estação muda e a quanti- dade de luz solar aumenta. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L Possíveis causas -> Diminuição de substancia do corpo ligadas ao humor e ao sono, como a serotonina e a melatonina. Essas substancias tendem a reduzir nos períodos em que os dias são mais curtos e consequentemente há menos exposição à luz solar. -> Níveis de vitamina D no corpo diminuem, provocando mais sono e sensação de cansa- ço excessivo. -> Fatores de risco: pessoas que vivem em locais mais escuros e frios, que trabalham em lugares mais fechados e escuros e que tem historia pessoal ou familiar de depressão ‘’Transtorno disfórico pré-menstrual’’ TPM O que causa os distúrbios pré-menstruais? Os níveis dos hormônios femininos (estrogênio e progesterona) oscilam durante o ciclo menstrual. Essas variações podem afetar os neurotransmissores—regulam o humor— serotonina. Mulheres que sofrem de Síndrome Pré-Menstrual (afeta de 75-80% das mulheres) ou TPM (afeta de 3-8% das mulheres) são mais sensíveis aos efeitos desses hormônios. Ainda não está claro o que causa essa sensibilidade. Alguns estudos sugerem que a predisposição genética contribui. Sintomas da SPM/TPM: + de 150 sintomas, o que significa que variam muito para cada mulher. Entre os mais comuns: Sintomas emocionais ou comportamentais: irritabilidade, depressão, ansiedade, re- traimento social, dificuldade de concentração, distúrbios do sono, aumento do apetite e desejo voraz por determinados alimentos. Sintomas físicos: seios doloridos, inchaço abdominal, dor de cabeça, fadiga, ganho de peso, dor nos músculos ou articulações V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L Instabilidade emocional: alteração de humor extremas ou crises de choro repentinas Mau-humor extremo: sentir-se muito irritada ou ter mais conflitos com as pessoas ao redor Humor deprimido: inclui tristeza, falta de esperança ou pensamentos autodepreciativos Ansiedade acentuada: também pode vir na forma de tensão ou sensação de estar ‘’à flor da pele’’. Inimigos da TPM: Cerca de 45% das mulheres apresentam maior compulsão por do- ces—principalmente chocolate—na TPM. O chocolate contem substancias de efeito estimu- lante e antidepressivo, como triptofano, magnésio, cálcio e ferro. Porém, o açúcar e a gor- dura em excesso pode acabar agravando alguns sintomas da TPM—além de engordarem e fazerem mal pra saúde como um todo. *sal/café Aliados da TPM: Dieta equilibrada, exercícios físicos regulares, controle do stress, chás, massagem relaxante, Yoga, meditação, drenagem linfática, medicações sintomáticas quando necessário etc, para TPM. Tudo isso, mais antidepressivos, especialmente ISRS, e possibilidade de tratamento hormonal para TDPM. INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Fobia escolar Apego aos pais Queda de desempenho escolar Isolamento Abuso de drogas Promiscuidade sexual Fuga de casa Conforme a OMS a depressão é a segunda causa de morte entre jovens na faixa etária entre 15 e 29 anos, com casos recorrentes de suicídio e automutilação. IDOSOS Condição social, perda de cônjuges e pessoas queridas, doença física, abandono,desvalia. Queixas somáticas variadas e agravamento de questões clínicas. "Pseudodemência" LUTO X DEPRESSÃO: Tristeza dirigida Ondas de tristeza Capacidade de sentir prazer preservada Autoestima preservada Culpa dirigida Apesar de associada aos jovens, são os idosos que lideram o ranking dos mais afetados pela depressão. A última pesquisa pelo IBGE (2019), a doença atinge cerca de 13% da população entre os 60-64 anos de idade V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L DISTIMIA—TRANSTORNO DEPRESSIVO PERSISTENTE Humor deprimido a maior parte do dia, não preenche critérios para episódio depressivo maior. Mínimo de dois anos de duração Início geralmente precoce e insidioso. Subtipo com início tardio. Afeta de 5 a 6% de todas as pessoas. Pode coexistir com o transtorno depressivo maior Comorbidades como ansiedade e dependência química são comuns TRANSTORNO BIPOLAR Diagnóstico: DSM-5 • Episódio maníaco A. Humor elevado ,expansível ou irritado. Aumento anormal da atividade e energia com duração de no mínimo uma semana (ou qualquer duração se necessidade de hospitali- zação) B. Sintomas ( 3 ou mais ) • Auto-estima inflada ou grandiosidade • Redução da necessidade do sono • Mias loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando • Fuga de ideias ou experiencia subjetiva de que os pensamentos estão acelerados • Distraibilidade • Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação psicomotora • Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolo- rosas Hipersexualidade, hiperreligiosidade, impulso para compras, perda de insight, prejuízo de julgamento, irritabilidade, arrogância, risco de suicídio, fala acelerada, delírios de grandio- sidade C. Prejuízo de funcionamento, necessidade de hospitalização para prevenção de danos ou características psicóticas D. Não atribuível à efeitos fisiológicos de uma substância ou outra condição médica Episódio Hipomaníaco Mínimo 4 dias de duração, mudança clara no funcionamento que não é característica do indivíduo assintomático. A mudança do funcionamento é observada por outras pessoas. O episódio não é suficientemente grave para causar prejuízo acentuado. Não atribuível à efeitos fisiológicos de uma substância. Transtorno bipolar tipo I (mania-depressão) Transtorno bipolar tipo II (hipomania-depressão) Episódio Misto Ciclagem rápida—quatro ou mais episódios maníacos no período de um ano. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L Ciclotimia Vários períodos de sintomas hipomaníacos e sintomas depressivos que não atendem aos critérios para episódio maníaco ou episódio depressivo maior, por pelo menos dois anos ( ou um ano em crianças e adolescentes) Incidência e prevalência: O transtorno depressivo é a doença mental de maior prevalência, correspondendo a cerca de 20% dos casos, e uma das principais causas de incapacidade laboral e de comprometi- mento mental, sendo portanto, de grande impacto para a saúde pública devido as suas implicações sociais, ocupacionais e cognitivas. *janeiro branco: brasil está entre os países com maior número de casos de depressão e ansiedade. Dados da OMS relatam que o Brasil é o segundo páis da saméricas com amior numero de pessoas depressivas, equivalentes a 5,8% da população, atrás dos EUA, com 5,9%. A pandemiade Covid-19 provocou o aumento global em distúrbios como a depressão e a ansiedade. É o que revela um estudo publicado no periódico científico The Lancet . Segun- do a pesquisa, foram 53 milhões de novos casos de depressão e 76 milhões de ansiedade em 2020. Os números representam altas de 28% e de 26%, respectivamente, no período analisado. Entre os grupos mais afetados estão as mulheres e os jovens. Países mais atin- gidos pela pandemia também tiveram os maiores aumentos nos registros desses distúr- bios. Cerca de 4% da população adulta mundial sofre de transtorno bipolar e segundo a associ- ação brasileira de transtorno bipolar (ABTB) essa prevalência vale também para o brasil, o que representa 6 milhões de pessoas no pais. Sexo: Transtorno depressivo duas vezes maior em mulheres do que homens . Transtorno bipolar I tem prevalência igual entre homens e mulheres. Episódios maníacos são mais comuns em homens e episódios depressivos, em mulheres. Mulheres tem taxa mais alta de ciclagem rápida. Transtornos de humor não diferem entre as raças Idade: Início do transtorno bipolar I é mais precoce do que do depressivo maior. Bipolar, média de 30 anos Depressão , média de 40 anos Dados recentes mostram que a depres- são está aumentando na faixa etária de 20 anos Estado civil: Depressão é mais comum em indivíduos sem relacionamentos interpessoais íntimos, separados ou divorciados. Transtorno bipolar em separados e solteiros (talvez re- flexo da idade de início e conflitos conjugais) Fatores socioeconômicos e culturais: Não há relação entre condição sócio econômica e depressão. Incidência maior de bipolaridade em grupos socioeconômicos mais altos, po- rém é mais comum nas pessoas que não têm curso superior (idade de início?) Depressão: áreas rurais (+ depressão) x urbana (+ ansiedade) V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L Etiologia Fatores biológicos, genéticos, psicossociais TEORIAS BIOLÓGICAS A teoria que marcou a era moderna da psicofarmacologia na psiquiatria foi a teoria conhe- cida como ‘’monoaminas da depressão’’, que caracteriza a depressão como uma diminui- ção dos níveis de monoaminas disponíveis no SNC, como: dopamina, noradrenalina e a serotonina (principal) . *DEPRESSÃO: serotonina e adrenalina. -> a aceltilcolina melhora a memoria e está envolvida no aprendizado e no recall -> a serotonina ajuda a regular o sono, o apetite e o humor e inibe a dor. A pesquisa apoia a ideia de que algumas pessoas deprimidas reduziram a transmissão de serotonina. -> a norepinefrina contrai os vasos sanguíneos, aumentando a pressão arterial. Pode de- sencadear ansiedade e estar envolvido em alguns tipos de depressão. Também parece ajudar a determinar a motivação e a recompensa. -> A dopamina é essencial ao movimento, Também influencia a motivação e desempenha um papel na maneira como uma pessoa percebe a realidade. GLUTAMATO é o aminoácido mais abundante no sistema nervoso central (SNC) agindo como neurotransmissor excitatório. Além disso, atua no desenvolvimento neural, na plas- ticidade sináptica, no aprendizado, na memória e possui papel fundamental no mecanismo de algumas doenças neurodegenerativas. Envolvido no Transtorno Bipolar e esquizofrenia. O carbonato de lítio, um conhecido estabilizar de humor usado no tratamento do transtor- no bipolar, ajuda a prevenir danos aos neurônios no cérebro de ratos expostos a altos ní- veis de glutamato. O GABA é o principal neurotransmissor inibitório do sistema nervoso central, o que signi- fica que ele reduz a atividade dos neurônios de várias regiões do cérebro, produzindo sen- sação de calma e relaxamento, modulando contrações musculares e induzindo o sono. Serotonina, noradrenalina, GABA e dopamina são os principais neurotransmissor envolvi- dos no Transtorno Bipolar. Os especialistas se perguntam há muito tempo por que, se a depressão era principalmen- te o resultado de baixos níveis de neurotransmissores, as pessoas não se sentiam melhor assim que os níveis aumentassem. A resposta pode ser que o humor só melhore a medida que os nervos crescem e formam novas conexões, um processo que leva semanas. Sobre os medicamentos: Um fato interessante sobre antidepressivos apoia essa teoria. Esses medicamentos au- mentam a concentração de mensageiros químicos no cérebro (neurotransmissores) No entanto, as pessoas normalmente não começam a se sentir melhor por várias semanas ou mais. Novos estudos acreditam que as conexões das células nervosas e o funcionamento dos circuitos nervosos tem um grande impacto na depressão (mais importando que os níveis de substancias químicas cerebrais especificas) V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L SISTEMA LÍMBICO grupo de estruturas profundas no cérebro que está associado a emoções—raiva, prazer, tristeza, medo e excitação sexual. A amigdala faz parte do sistema e é ativada quando uma pessoa recorda memórias carregadas de emoção, como uma situação as- sustadora. A atividade na amígdala é maior quando uma pessoa está triste ou clinicamente deprimida. Esse aumento de atividade continua mesmo após a recuperação da depressão. O tálamo recebe a maioria das informações sensoriais e as transmite à parte apropriada do córtex cerebral, que dirige funções de alto nível, como fala, reações comportamentais, movimento, pensamento e aprendizado. Algumas pesquisas sugerem que o transtorno bipolar pode resultar de problemas no tálamo, o que ajuda a vincular a entrada sensorial a sentimentos agradáveis e desagradáveis. O hipocampo é uma estrutura do cérebro encaixada profundamente no lóbulo temporal de cada córtice cerebral. Tem um papel central no pro- cessamento de memória e lembrança de longo prazo. Regula motiva- ção, emoção, aprendizado e memória. Em média, o hipocampo era 9-13% menor em mulheres deprimidas em comparação com aquelas que não estavam deprimidas. Quanto mais crises de depressão uma mulher teve, menor o hipocampo. Em humanos, níveis elevados de cortisol durante a vida predi- zem atrofia hipocampal e tem sido relacionados à diminuição hipocampal e aos déficits cognitivos observados em pacientes deprimidos. Drogas antidepressivas poderiam prevenir a atro- fia hipocampal nesses indivíduos. O tratamento crônico com essas drogas aumenta a neurogêne- se e a expressão do fator neutrófico derivado do cérebro (BDNF) no hipocampo de ratos. Esta fator neuroprotetor é di- minuído por exposição ao estresse e sua administração, tanto periférica como intra-hipocampal, promove efeitos antidepres- sivos em modelos animais de depressão. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L O estresse e a tristeza profunda desempenham seu papel na causa da depressão, pode ser um fator-chave aqui, já que os especialistas acreditam que o estresse pode suprimir a produção de novos neurônios no hipocampo. Os pesquisadores estão explorando possíveis ligações entre a produção lenta de novos neurônios no hipocampo e o baixo humor. Um estudo global investigou o cérebro de 28,3 mil voluntários e descobriu alterações na espessura da região do córtex cerebral comuns a seis tipos de transtorno psiquiátrico: au- tismo, depressão, esquizofrenia, transtorno bipolar, TOC e TDAH. Em geral, o estudo de tecidos biológicos é feito a partir de amostrar do cérebro de doado- res mortos. Dessa vez, os cientistas conseguiram analisar imagens ao vivo por meio de exames de ressonância magnética. Teoria inflamatória V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L EFEITOS DOS GENES NO HUMOR E NA DEPRESSÃO Cada parte do corpo é controlada por genes Os genes produzem proteínas envolvidas em processos biológicos. Ao longo da vida, dife- rentes genes são ligados e desligados, de modo que—no melhor dos casos– eles produ- zem as proteínas certas no momento certo. Metade das pessoascom transtorno bipolar tem um parente com um padrão semelhante de flutuações de humor. Estudos de gemes idênticos, compartilham um plano genético, mostram que, se um gê- meo tem transtorno bipolar o outro tem 60-80% de chance de desenvolver também; Gêmeos idênticos de pessoas com depressão tem uma chance de 50 a 70% de terem de- pressão também, em algum momento da vida. Entre gêmeos fraternos—irmãos biológicos—compartilham apenas metade de seus genes (20% de chance de desenvolver) A epigenética é a ciência que busca compreender as mudanças reversíveis na expressão genica, ou seja, os componentes que podem modificar como os genes são lidos sem alte- rar a sequencia de nucleotídeos do DNA Estressores psicossociais** Como o estresse afeta o corpo O estresse pode ser definido como uma resposta física automática a qualquer estimulo que exija que você ajuste a mudança. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L Toda ameaça real ou percebida ao seu corpo desencadeia uma casacata de hormônios do estresse que produz alterações fisiológicas. A resposta ao estresse começa com um sinal da parte do cérebro conhecida como hipotá- lamo. O hipotálamo une a glândula pituitária e as glândulas suprarrenais para formar um trio conhecido como eixo-hipotálamo-hipófise-adrenal, que governa uma infinidade de ativida- des hormonais no corpo e também pode desempenhar um papel na depressão EXAMES COMPLEMENTARES Há diversas pesquisas no mundo para a criação de testes sanguíneos e de urina que detectam transtornos mentais Como funcionam? Identificam no sangue ou urina substancias associadas as doenças. Transtorno bipolar e esquizofrenia: O teste criado pela Unicamp/Unifesp usa a ressonância magnética nuclear para identificar marcadores presentes no sangue e associados às duas doenças Depressão: uma cadeia de aminoácidos (BCAAs) foi relacionada ao surgimento da doença em estudo recém-publicado por pesquisadores austríacos. Os cientistas acreditam que po- derá ser um indicador da enfermidade. Outro trabalho levantou marcadores em amostras de urina. A medição das substancias ajudou na diferenciação entre depressão e transtorno bipolar. TRATAMENTO • Medicação • Psicoterapias • ECT • Estimulação transcraniana • Estímulo a bons hábitos de vida • Acupuntura—homeopatia CVV: centro de valorização da vida (número 188) -> deve-se ligar quanto estiver com in- tenção suicida. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L MEDO E ANSIEDADE ADAPTATIVOS; principais transtornos de ansiedade: TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG) TRANSTORNO DE PÂNICO AGORAFOBIA FOBIA SIMPLES FOBIA SOCIAL TOC (transtorno obsessivo compulsivo), TEPT (transtorno de estresse pós-traumático) e transtornos ligados a impulsos, embora gerem muita ansiedade, são classificados em ca- pítulos específicos. Transtornos de ansiedade são os transtornos mentais mais comumente diagnosticados no mundo. O tipo mais comum de transtornos de ansiedade são as Fobias Específicas. Isto é, até 20% da população pode ser diagnosticada com este transtorno ao longo da vida. Também são comuns os Transtornos de Ansiedade Social (cerca de 7%) e o Transtorno de Ansieda- de Generalizada (cerca de 10%). De acordo com a OMS, cera de 18,6 milhões de brasileiros possuem algum transtorno de ansiedade, o que significa que 9,3% da população encontra-se nessa condição. Cabe salientar que, atualmente, o brasil lidera o ranking de acometidos pela doença. *PANDEMIA DE COVID (desencadeou aumento de 25% na prevalência de ansiedade e de- pressão em todo o mundo); Incertezas, medo, a doença, isolamento social, solidão, insta- bilidade profissional, problemas financeiros, dificuldade de acesso a serviços de saúde, inequalidade social, síndrome pós UTI. Hipóteses: inflamatório, hipóxia, alterações vasculares, hipótese de lesão direta (descartada pelo comportamento e outros coronavírus e autópsias) Hipótese mais plausível: desregulação imunológica sistêmica refletindo em inflamação do SNC (lesão indireta) ETIOLOGIA: Processos inflamatórios; Neurotransmissores; Fatores genéticos; Fatores psicossociais; Teorias psicológicas (psicanalítica, comportamental existencial). V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L PROCESSOS INFLAMATÓRIOS Envolvendo várias citocinas. Estudos não mostram dados tão consistentes quanto na depressão. Citocinas são substâncias necessárias para a resposta inflamatória. É um termo genérico empregado para designar um extenso grupo de moléculas envolvi- das na emissão de sinais entre as células durante o desencadeamento das respostas imu- nes. Constituem um grupo de fatores extra-celulares que podem ser produzidos por diver- sas células, como: monócitos, macrófagos, linfócitos e outras que não sejam linfoides. No entanto, a produção exagerada de citocinas pró-inflamatórias a partir da lesão pode manifestar-se sistemicamente com instabilidade hemodinâmica ou distúrbios metabólicos. As principais citocinas pró-inflamatórias são IL-1, IL-2, IL-12, IL-18, IFN-y e TNF-α NOREPINEFRINA Desregulação com aumento da atividade Agonistas adrenérgicos podem provocar crise de pânico em humanos. Metabólitos da noradrenalina são encontrados em níveis elevados no liquido cérebro-espinhal e urina de portadores de pânico GLUTAMATO O aumento da atividade glutamatérgica, é um potente mecanismo de toxicidade neuronal, e também pode interferir na função de outros neu- rotransmissores envolvidos com os transtornos de ansiedade e TOC. ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO—GABA Evidencias através dos benzodiazepínicos, que aumentam atividade no receptor GABA A (funcionamento dos receptores GABA na ansiedade não foi ainda diretamente demonstrado) SEROTONINA Agonistas de serotonina podem controlar a ansiedade. Estimulantes e alucinógenos com efeito serotonérgico podem gerar crises de ansiedade aguda e crônica. Níveis mais baixos de 5HT em transtornos de pânico. DOPAMINA Um grupo de pesquisadores do centro RIKEN de ciências do cérebro, no japão, descobriu que a dopamina é responsável por garantir que os ratos parem de ter medo quando não há mais nada a temer. A desco- berta poderá ajudar no tratamento de alguns distúrbios psiquiátricos, como o transtorno de ansiedade. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L APLYSIA—Eric Kandel (modelo de estudo de neurotransmissores com o caramujo mari- nho aplysia californica) NEUROPEPTÍDEO Y—efeito regulatório sobre sistemas de CRH e norepinefrina. Estudos com soldados de operações especiais. GALANINA—neuropeptídeo, funções fisiológicas e comportamentais, coo aprendiza- gem/memória, controle da dor, ingestão de alimento, controle neuroendócrino, regulação cardiovascular e ansiedade. ESTUDO DE IMAGENS CEREBRAIS TC, RM, PET, ,SPECT, EEG Aumento de ventrículos cerebrais, alteração em lobo temporal direito no transtorno de pâ- nico, achados anormais no hemisfério direito cerebral (assimetria), anormalidades no cór- tex frontal occipital e temporal. Atividade aumentada da amígdala. ESTUDOS GENÉTICOS O transtorno de ansiedade está relacionado a pelo menos seis variantes genéticas do DNA, segunda uma pesquisa publicada no periódico científico American Journal of Psychia- try. O estudo realizado nos EUA analisou dados de 200.000 norte-americanos e apontou genes que interferem no desenvolvimento da doença. **ansiedade pode passar de pai para filho e não só por causa dos genes** • atitudes dos pais ansioso e superprotetores afetam de forma significativa o comporta- mento dos filhos. FATORES PSICOSSOCIAIS HORMÔNIO LIBERADOR DE CORTICOTROFINA (CRH) Importante mediador da resposta de estresse. Aumento do CRH no stress, ativando eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal com liberação de CORTISOL e desidroepiandrosterona. Inibição de funções neurovegetativas, como ali- mentação,atividade sexual, programas endócrinos para crescimento e reprodução. EIXO HIPOTÁLAMO—HIPÓFISE-SUPRA-RENAL (cortisol) ESTRESSE: aumento de síntese e liberação de cortisol. Energia, aumento de alerta, vigilância atenção focada e formação de memória. Inibe crescimento, sistema reprodutivo e resposta imune. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L CORTISOL Secreção excessiva e contínua: hipertensão, osteoporose, imunossupressão, resistência à insulina, dislipidemia, distúrbios de coagulação, aterosclerose, doença cardiovascular. (Alterações demonstrada em TEPT) TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG) Critérios diagnósticos—DSM 5 A. Ansiedade e preocupação excessiva, na maior parte do dias por pelo menos seis me- ses, com diversos eventos ou atividades. B. O individuo considera difícil controlar a preocupação C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três ou mais dos seguintes sinto- mas, na maioria dos dias nos últimos 6 meses (ou um, para crianças) 1. Inquietação ou sensação de nervos à flor da pele 2. Faticabilidade 3. Dificuldade em concentração ou sensação de brancos 4. Irritabilidade 5. Tensão muscular 6. Perturbação do sono D. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos, causam prejuízo significativo no funcionamento social, profissional ou outras áreas importantes da vida do indivíduo. E. Perturbação não se deve a efeito fisiológico no funcionamento social, profissional ou ou- tras áreas importantes da vida do indivíduo. Perturbação não se deve a efeito fisiológico de uma substância ou outra condição médica. F. A perturbação não é mais bem explicado por outro transtorno mental. Manifestações periféricas de ansiedade: Diarreia, vertigem, hiperidrose, rubor facial, reflexos aumentados, palpitação, dilatação da pupila, blefarospasmo, inquietação física, síncope, taquicardia, formigamento das extremi- dades, tremores, perturbação estomacal, hesitação ou urgência urinária.... PREVALÊNCIA Mais comum em mulheres do que em homens. Aproximadamente 9% da população. Mias comum em indivíduos de descendência europeia do que não europeus e mais comum em países desenvolvidos. Quando se analisa os fatores de risco, observa=se aior prevalência do TAG em determina- dos grupos, como mulheres, pessoas com mais idade, indivíduos com menor quantidade de anos de estudo, pessoas de baixa renda, fumantes, etilistas e aqueles que apresentam comorbidades crônicas. 3,6% dos homens apresentam o problema, no caso das mulheres o número dobra, che- gando a 7,7%. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L A maior incidência no sexo feminino se deve a vários motivos. Para a mulher existe a rea- lidade da dupla jornada de trabalho, a maternidade, a vulnerabilidade social, as mudanças hormonais e também as particularidades do sistema neurológico. (Homens: subdiagnosti- cados?) TRANSTORNO DE PÂNICO Critérios diagnósticos—DSM 5 A. Ataques de pânico recorrentes e inesperados. Surto abrupto de medo intenso ou des- conforto intenso que alcança um pico em minutos e inclui quatro ou mais dos seguin- tes sintomas: 1. Palpitações, coração acelerado, taquicardia 2. Sudorese 3. Tremores ou abalos 4. Sensação de falta de ar ou sufocamento 5. Sensação de asfixia 6. Dor ou desconforto torácico 7. Náusea ou desconforto abdominal 8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio 9. Calafrios ou ondas de calor 10. Parestesia(anestesia ou formigamento) 11. Desrealização ou despersonalização 12. Medo de perder o controle ou enlouquecer 13. Medo de morrer B. Pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês ou mais de uma ou ambas as ca- racterísticas: 1. Apreensão ou preocupação persistente sobre novos ataques de pânico ou suas consequências 2. Mudança desadaptativa no comportamento relacionada aos ataques C. A condição não é consequência dos efeitos psicológicos de uma substância ou outra condição médica D. A perturbação não é mais bem explicado por outro transtorno mental As crises podem ocorrer em qualquer lugar, contexto ou momento, inclusive durante o so- no. Duração variável, em média de 15 a 30 minutos. Perfeccionismo é uma característica pessoal relacionada a maior risco de síndrome de pânico. Epidemiologia 1 a 4% da população Mulheres três vezes mais do que homens, mas em homens pode ser subdiagnosticado. Sem diferença significativa entre raças. Um fator social identificado é o histórico recente de separação conjugal. Idade média de início 25 anos, mas pode se de- senvolver em qualquer idade, inclusive crianças e adolescentes AGORAFOBIA Medo ou ansiedade em relação a lugares dos quais a fuga ou ajuda possa ser difícil. Ter- mo criado em 1871, derivado das palavras gregas agora e fobhos. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L Critérios diagnósticos—DSM 5 A. Medo ou ansiedade marcantes acerca de duas oumais das cinco situações: 1. Transporte público 2. Espaço aberto 3. Espaço fechado 4. Filas ou multidão 5. Sair de casa sozinho B. O medo se deve à pensamentos de que pode ser difícil escapar ou não haverá auxílio no caso de sintomas do tipo pânico ou outros sintomas incapacitantes ou constrangedo- res. C. As situações agorafóbicas quase sempre provocam medo ou ansiedade. D. São ativamente evitadas, requerem companhia ou são suportadas com intenso medo ou ansiedade. E .O sentimento é desproporcional ao perigo real e ao contexto sóciocultural F. Persistente, geralmente durando mais de 6 meses G. Causa sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento H. Se há outra condição médica, o medo, ansiedade ou esquiva é claramente excessivo I. Não é mais bem explicado por sintomas de outro transtorno mental Epidemiologia Prevalência controversa, variando entre 2 e 6% entre os estudos. Controvérsia principal- mente devido à conceituação de agorafobia e transtorno do pânico. Estudos mostram que três quartos dos pacientes com agorafobia cursam também com transtorno de pânico, mas esse dado é questionado. Em muitos casos, o início da agorafobia seguese a um acontecimento traumático. FOBIA ESPECÍFICA • Cinofobia • Deimos • Phobos FOBIAS: Tipo animal: Sapo: batracofobia / Barata: catsaridafobia / Aranha: aracnofobia Tipo ambiente natural (mar): talassofobia Tipo sangue/injeção/ferimento: aiquimofobia Tipo situacional: aerofobia Dinheiro: crematofobia Hexakosioihexekontahexafobia Medo de palavras grandes: hipopotomonstrosequipedaliofobia Critérios diagnósticos—DSM 5 A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de um objeto ou situação. Em crianças pode ser expresso por choro, raiva, imobilidade ou comportamento de agarrar-se. B. O objeto ou situação fóbica quase invariavelmente provoca uma resposta imediata de medo ou ansiedade C. É ativamente evitado ou suportado com intensa ansiedade ou sofrimento V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E M E N T A L D . Medo ou ansiedade desproporcional em relação ao perigo real e ao contexto sociocul- tural. E. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente com duração mínima de 6 meses F. Causa sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento G. Não é mas bem explicado por sintomas de outro transtorno mental Epidemiologia 20% da população. Mais prevalente em mulheres, a não ser para o tipo san- gue/injeção/ferimento. Este subtipo juntamente com o ambiental iniciam mais cedo , en- tre 5 a 9 anos de idade. Idade de início bimodal, pico na infância para fobias de animais, ambiente natural e san- gue injeção ferimento. Pico no início da idade adulta para outras fobias, como a situacio- nal. Pesquisas de curso prejudicadas pela baixa procura a tratamento. Acreditase que as fobias da infância permaneçam na vida adulta e o curso seja estável e não flutuante FOBIA SOCIAL Critérios diagnósticos—DSM—5 A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais situações sociais em que
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