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Resumo Saúde Mental

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Prévia do material em texto

Medicina	–	Thayna	Borba	
	 1	
SAÚDE	MENTAL			
	
• Nise	da	Silveira	
o Pioneiras	da	terapia	ocupacional	
o Psiquiatra	Junguiana	
o Desprestígio	na	psiquiatria		
o Interface	com	cultura	
o Atividades	terapêuticas		
o Animais	no	tratamento	
o Histórias	de	vida	
o Anos	1940	
• Franco	Basaglia	
o REDE	DE	SERVIÇOS	EM	SAÚDE	MENTAL	
o Fechamento	de	hospital	psiquiátrico		
o Implantação	da	 rede	de	 cuidados	em	SM	
(lei	180)	
§ Brasil	:	política	nacional	de	SM	Lei	
10216/01	
• Roberto	Tykanori	
o Psiquiatra	na	casa	de	Anchieta	de	santos	
o Constituição	de	1988,	violação	dos	direitos	
o CONTRATUALIDADE	 –	 poder	 de	 atestar	
quem	esta	dentro	e	quem	esta	fora;	
§ Colocar	 a	 contratualidade	a	 favor	
do	doente	sem	violar	os	direitos.	
• Frantz	Fanon	
o Antimanicomial	
o Humanista	
o Psicologia	comunitária	
§ Família		
§ Comunidade	
o Antirracismo		
o Clínica	pública	
o Pensamento	descolonizar	e	antirracista	:	
§ Negro	 desumanizado,	 trabalho	
escravo	nas	colônias		
o Integração	mente/	corpo/	comunidade			
o EFEITOS	PSÍQUICOS	DO	RACISMO	
Transtornos	de	humor	–	aula	
prática	p3	
• O	humor	é	o	estado	emocional	basal	do	indivíduo	
e	é	expresso	de	forma	difusa		
• Transtornos	de	humor	são	doenças	que	tem	como	
principal	alteração	o	estado	de	humor.		
• 	São	caracterizados	principalmente	por	alterações	
patológicas	do	humor,	cognitivas	e	psicomotoras.	
Tratam-se	 de	 doenças	 fásicas	 que	 evoluem	 em	
episódios	únicos	ou	repetidos	e	podem	ter		Início	
súbito	 e	 remitir	 espontaneamente	 ou	 apresentar	
curso	 crônico	 ao	 longo	 da	 vida	 com	 sintomas	 de	
intensidade	leve	a	grave	ou	incapacitantes.	
• 	quando	 os	 transtornos	 do	 humor	 são	
corretamente	 diagnosticados	 e	 tratados,	 o	
prognóstico	 é	 bom	 e	 as	 chances	 de	 recuperação	
são	 máximas,	 desde	 que	 o	 tratamento	 seja	
mantido	por	tempo	suficiente,	de	meses	a	vitalício.	
• Eutimia	=	normal	
• Hipertimia	=	humor	exaltado	
• Hipotimia	=	humor	rebaixado	
Etiologia		
• São	multifatoriais,	 resultantes	 da	 combinação	 de	
fatores	 ambientais	 (dieta,	 álcool,	 ritmos	
biológicos),	 individuais	 relacionados	 à		
personalidade	e	dos	relacionamentos	pessoais	
• 	observam-se	 alterações	 de	 provas	 funcionais,	
modelos	 de	 integração	 neuroquímicos	 e	 de	
comportamento	 nos	 processos	 de	 prazer,		
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 2	
Recompensa	 e	 perturbações	 dos	 ritmos	
circadianos.	
• 	a	 convergência	 desses	 fatores	 provocam	
desequilíbrio	 das	 aminas	 biogênicas,		
especialmente	a	noradrenalina,		a	serotonina	e,	em		
segundo	 plano,	 	 a	 dopamina,	 	 E	 dos	 sistemas	 de	
mensageiros	secundários	e	peptídeos	neuroativos.	
• 	geralmente	 os	 fatores	 psicossociais	 representam	
desencadeantes	dos	transtornos	de	humor	(perda	
do	emprego,		do	ente	querido,			separações).	
• 	não	 existem	 traços	 de	 personalidade	
predisponentes	para	os	transtornos	do	humor	
• 	fatores	 genéticos	 têm	 importante	 papel	 para	 o	
surgimento	de	alguns	 transtornos	principalmente	
no	transtorno	bipolar	(	Cerca	de	50%	dos	TAB	I	têm		
Pelo	menos	 um	 dos	 pais	 com	 transtorno	 afetivo,		
especialmente	 depressão;	 	 se	 um	 dos	 pais	 é	
portador	 de	 TAB	 I,	 	 Chance	 de	 um	 dos	 filhos	
apresentar	 transtorno	 do	 humor	 é	 de	 25%,	 	 que	
sobe	para	50	a	75%	no	caso	de	ambos	os	pais	serem	
afetados).	
METODOLOGIA	SNAPPS		
• QUAIS	 CARACTERÍSTICAS	 RELACIONADAS	 AO	 HUMOR	 DO	
PACIENTE	PODEM	SER	DESTACADAS	?	
SENSAÇÃO	 DE	 VAZIO	 NO	 PEITO;	 PENSAMENTO	 DE	 MORTE;	
QUEIXA	 DE	 NÃO	 CONSEGUIR	 FAZER	MAIS	 NADA/	 SEM	 ÂNIMO	
PARA	AS	ATIVIDADES	DIÁRIAS	
• NA	 HISTÓRIA	 CLÍNICA,	 QUE	 FATORES	 PODEM	 SER	
ENTENDIDOS	COMO	DESENCADEANTES	OU	PREDISPONENTES	
DA	ALTERAÇÃO	DE	HUMOR	OBSERVADA	?	
O	DESEMPREGO;	AVC	DA	MÃE	DO	PACIENTE	
• OS	 SINAIS	 E	 SINTOMAS	 DO	 CASO	 CLÍNICO	 PERMITEM	 A	
CONSIDERAÇÃO	DE	QUAIS	HIPÓTESES	DIAGNÓSTICAS	?	
PENSAMENTO	DE	MORTE;	INDISPOSIÇÃO;	CANSAÇO;	VAZIO	
NO	PEITO;		
• Autopsiquicamente	–	se	reconhece		
• Alopsiquicamente	–	orientação	em	tempo	e	espaço		
Principais	transtornos	de	humor		
• Depressão		
• Transtorno	bipolar		
TRANSTORNO	DEPRESSIVO	MAIOR		
• Transtorno	de	humor	no	qual	o	paciente	apresenta	
episódios	 onde	 são	 percebidas	 alterações	 no	
afeto,	 na	 cognição	 e	 em	 funções	
neurovegetativas.	
• Embora	 o	 diagnóstico	 seja	 dado	 com	 apenas	 um	
episódio	 depressivo,	 a	 doença	 se	 não	 tratada	
apresenta	recorrência	geralmente.	
• 	Os	sintomas	devem	causar	sofrimento	significativo	
e	prejuízo	 funcional.	 	 além	de	estarem	presentes	
quase	todos	os	dias	na	maior	parte	do	dia.		
• Episódio	depressivo	:		
o alteração	do	estado	basal	do	paciente	por	
um	 período	 mínimo	 de	 2	 semanas,	 nas	
quais	 ele	 deve	 apresentar	 pelo	 menos	 5	
dos	 critérios	 citados	 abaixo,	 sendo	
necessariamente	 obrigatória	 a	 presença	
dos	critérios	1	ou	2		
	
	
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 3	
	
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 4	
• O	 tratamento	 da	 depressão	 possibilita	 diferente	
escolha	 de	 antidepressivos.	 O	 objetivo	 do	
tratamento	possui	três	fases	:		
o 1.	Deprimir	o	episódio	depressivo		
o 2.	Prevenção	de	novos	episódios		
o 3.	Acompanhamento	do	indivíduo		
TRANSTORNO	AFETIVO	BIPOLAR	(TAB)	
• Doença	 crônica	 cíclica	 com	 grande	
morbimortalidade,	 	 na	 qual	 os	 pacientes	
apresentam	 episódios	 de	 mania,	 hipomania	 e	
depressão	ao	longo	da	vida.	
• 	Geralmente	 suas	 manifestações	 iniciam	 final	 da	
adolescência	início	da	vida	adulta	
• 	A	presença	de	um	desses	episódios	caracteriza	a	
fase	aguda	da	doença.	Porém,		o	paciente	também	
experimenta	 momentos	 de	 eutimia	 entre	 um	
episódio	 e	 outro.	 	 Durante	 a	 eutimia,	 	 eles	 têm	
funcionalidade	normal.		
• Episódio	maníaco	:	
o Período	 de	 Exaltação	 ou	 irritação	
persistente	do	humor	com	duração	de	pelo	
menos	 uma	 semana,	 	 	 presente	 quase	
todos	os	dias,		na	maior	parte	do	dia.		
o 	Sintomas	principais	de	mania:		
§ 	humor	expansivo	e/ou		irritável	
§ 	aumento	de	energia	e	atividade	
§ 	aceleração	psicomotora	
§ 	aumento	da	impulsividade	
§ 	Idéias	 grandiosas,	 otimismo	
exagerado		
§ Físicos:	redução	da	necessidade	do	
sono,	aumento	da	libido.		
o 	Necessariamente	precisa	ser	diferente	do	
comportamento	 normal	 do	 paciente	 e	
causar	prejuízo	funcional.	
• Episódio	hipomaníaco	:	
o 	Período	de	exaltação	do	humor	ou	humor	
irritável	persistente	com	duração	de	pelo	
menos	 4	 dias	 consecutivos	 presentes	
quase	 todos	 os	 dias,	 	 Na	maior	 parte	 do	
dia,		de	forma	diferente	do	funcionamento	
basal	do	paciente	em	um	grau	significativo.	
o Menos	grave	e	com	menor	duração	do	que	
a	mania.		
• No	 tratamento	 de	 escolha	 do	 TAB,	 	 utiliza	 se	 os	
estabilizadores	de	humor,		sendo	lítio	o	principal.	
• 	a	 terapia	 medicamentosa	 Visa	 restaurar	 o	
comportamento,		Controlar	os	sintomas	agudos	e	
prevenir	a	ocorrência	de	novos	episódios.	
• 	os	pacientes	com	risco	de	suicídio,		de	violência	ou	
de	 comportamentos	 de	 risco	 devem	 ser	
monitorados	de	perto,	 	 e	 a	 internação	hospitalar	
está	indicada	em	casos	de	ameaça	a	si	ou	a	outras	
pessoas,	 	 complicações	 psiquiátricas	 ou	médicas,		
resposta	 inadequada	 ou	 ausência	 de	 resposta	
anterior	ao	tratamento.		
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 5	
• 	a	 intervenção	 farmacológica	 é	 necessária	
imprescindível,	 	 mas	 não	 o	 suficiente	 para	
recuperação	e	sua	manutenção.		a	psico	educação	
do	 paciente,	 	 	 da	 família	 ou	 do	 cuidador	 é	
fundamental	 e	 tem	 por	 objetivo	 oferecer	
informações	sobre	a	doença,	seu	prognóstico	e	as	
opções	 de	 tratamento,	 	 propiciando	 maior	
entendimento	do	processo	terapêutico	e	aumento	
da	adesão.	
• 	Tópicos	 principais	 do	 tratamento	 do	 transtorno	
bipolar	
• 	qualquer	 que	 seja	 a	 fase,	 	 usar	 sempre	 agentes	
antimaníacos/		estabilizadores	do	humor	
• 	na	 depressão	 bipolar,	 	 nunca	 usar	 monoterapia	
com	antidepressivos,		sempre	acrescentaragentes	
antimaníacos/	estabilizadores	do	humor	
• 		não	 há	 dados	 consistentes	 em	 relação	 ao	
tratamento	da	depressão	bipolar	
• 		não	 há	 dados	 consistentes	 em	 relação	 ao	
tratamento	de	episódios	mistos	e	ciclagem	rápida	
• 	a	 hipomania	 deve	 ser	 tratada	 do	 mesmo	 modo	
que	a	mania	
• 	Lítio,		valproato,			carbamazepina		e	antipsicóticos	
atípicos	 são	 mais	 efetivos	 no	 tratamento	 e	 na	
prevenção	 de	 mania	 e	 em	 menor	 grau	 na	
intervenção	da	depressão.		
• 	a	 lamotrigina	 é	 efetiva	 no	 tratamento	 e	 na	
prevenção	 da	 depressão	 e,	 em	 menor	 grau,	 na	
intervenção	da	mania.		
Exame	Psíquico	
• Principal	ferramenta	do	psiquiatra	:	a	entrevista	do	
paciente		
• A	anamnese,	histórico	dos	sinais	e	sintomas	que	o	
indivíduo	 apresenta	 ao	 longo	 de	 sua	 vida,	 seus	
antecedentes	pessoais	e	familiares,	assim	como	de	
sua	família	e	meio	social		
• O	exame	psíquico	também	chamado	de	exame	do	
estado	mental	atual.		
• Doenças	físicas	mais	frequentes	:		
o Diabetes	 tipo	 II	 e	 resistência	 insulínica,	
dislipidemia,	 doenças	 cardiovasculares,	
obesidade		
o Neoplasias	malignas	
• Exames	complementares:		
o Hemograma	completo	
o Glicemia	de	jejum		
o Perfil	lipídico	(triglicérides	+	colesterol)		
o Eletrólitos		
o Ureia	e	creatinina		
o Bilirrubinas		
o Enzimas	hepáticas		
o TSH	+	T4L	
o Teste	de	gravidez		
o Prolactina		
o Coagulograma		
o Vitaminas	B12	e	D		
o Exame	de	 imagem	do	encéfalo	 (	RNM	ou	
TC	sem	contraste)	
o Eletrocardiograma	 de	 repouso	 com	 DII	
longo		
o Sorologias	 :	 HIV	 ,	 Sífilis,	 hepatite	 B	 e	 C,	
sempre	avisar	e	solicitar	o	consentimento	
do	paciente.		
• A	entrevista	:		
o Variáveis	do	paciente		
o Contexto	institucional		
o Objetivos	 da	 entrevista	 (criar	 vínculo,	
Ajuste	medicamentoso)	
o Personalidade	do	entrevistador		
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 6	
o Evitar	 :	 posturas	 rígidas,	 atitudes	 frias	ou	
neutra,	 reações	 exageradamente	
emotivas,	 Julgamentos,	 reações	
emocionais	 de	 pena	 ou	 compaixão;	
responder	com	hostilidade	ou	agressão;		
Exame	psíquico 		
1. Apresentação	e	atitude		
• Cuidado	pessoal,	higiene,	trajes,	postura,	mímica		
• Atitude	 global	 do	 paciente	 :	 colaborativo,	 pouco	
colaborativo,	dissimulado	 (está	com	sintoma	mas	
nega	 a	 presença	 deste),	 simulado	 (inventar	
sintoma).	
2. Nível	de	consciência		
• Estado	total	de	alerta:	consciente	
• Níveis	de	redução	da	consciência:		
o 1°Obnubilação:	turvação	da	consciência	ou	
sonolência	patológica	leve		
o 2°Torpor	 :	 é	 um	grau	mais	 acentuado	de	
rebaixamento	 da	 consciência.	 Paciente	
evidentemente	sonolento.	
o Sorpor:	marcante	e	profunda	turvação	da	
consciência,	de	sonolência	intensa,	da	qual	
o	 indivíduo	 pode	 ser	 despertado	 apenas	
por	um	tempo	muito	curto,	por	estímulos	
muito	enérgicos	
• Alterações	qualitativas	da	consciência:		
o Estado	crepusculares:	relativa	conservação	
da	 atividade	 motora	 coordenada,	
estreitamento	 transitório	 do	 campo	 da	
consciência,	 surge	 de	 forma	 abrupta,	
amnésia	lacunar		
o Estado	 segundo	 :	 atividade	 psicomotora	
coordenada,	 porém	 possui	 uma	 certa	
estranheza	quanto	à	sua	personalidade.		
o Dissociação	de	consciência:	fragmentação	
da	 consciência;	 afeta	 a	 memória,	 a	
percepção,	 a	 identidade	 e	 o	 controle	
motor.		
o Transe:	 assemelha	 com	 sonhar	 acordado	
(ex.	Uso	de	substâncias;		
o Perplexidade	 patológica:	 estranheza	
inquietante,	 perda	 de	 uma	 sensação	 de	
naturalidade	das	coisas.		
3. Atenção		
• Voluntária	:	concentração	ativa	é	intencional		
• Espontânea:	incidental,	interesse	momentâneo	
• Atenções	 voltadas	 para	 processos	 internos	 ou	
externos		
• Focal	ou	dispersa		
• Tenacidade	 :	 capacidade	 do	 indivíduo	 de	 fixar	 e	
manter	sua	atenção	sobre	determinado	estímulo	
• Vigilância	 :	 aspecto	 da	 atenção	 relacionado	 a	
capacidade	 de	 mudança	 de	 foco	 (hipervigil,	
hipovigil).	
4. Orientação		
• Autopsíquica	:	é	aquela	do	indivíduo	em	relação	a	
si	mesmo.	 Revela	 se	 o	 sujeito	 sabe	 quem	 é:	 seu	
nome,	 idade,	 profissão,	 estado	 civil,	 com	 quem	
mora		
• Alopsíquica:	diz	respeito	à	capacidade	do	indivíduo	
relacionar-se	em	relação	ao	espaço	
5. A	senso	percepção	e	suas	alterações		
• Sensação	:	fenômeno	passivo			
• Percepção	:	fenômeno	ativo	
• A	imagem	real	sensoperceptiva	se	caracteriza:		
o Nitidez	
o Corporeidade	
o Estabilidade	
o Extrojeção	
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 7	
• Representação	 :	 reapresentação	de	uma	 imagem	
na	 consciência,	 sem	 a	 presença	 real,	 externa,	 do	
objeto	que,	em	um	primeiro	momento,	gerou	uma	
imagem	sensorial.	
• Imaginação	 :	 atividade	 psíquica,	 geralmente	
voluntária,	que	 consiste	na	evocação	de	 imagens	
percebidas	no	passado	 (imagem	mnêmica)	ou	na	
criação	de	novas	imagens	(imagem	criada).	
• Ilusão:	 percepção	 deformada,	 alterada,	 de	 um	
objeto	real	e	presente.	
• 	Alucinação:	 percepção	 clara	 d	 definida	 de	 um	
objeto	 (voz,	 ruído,	 imagem)	 sem	 a	 presença	 de	
objeto	estimulante	real.		
6. Memória		
• Fases	da	memória	:		
o Codificação	 :	 captar,	 adquirir	 e	 codificar	
informações		
o Armazenamento	 :	 reter	 informações	 de	
modo	fidedigno		
o Recuperação	ou	evocação	
• Memória	de	trabalho	:	situar-se	entre	os	processos	
e	a	habilidade	de	atendi	e	os	da	memória	imediata.	
• Memória	 semântica	 :	 representação	 de	 longo	
prazo	 dos	 conhecimentos	 que	 temos	 sobre	 o	
mundo.	
• Alterações	de	memória	:		
o Hipermnésia		
o Amnésia		
§ Anterógrada	 –	 indivíduo	 não	
consegue	 fixar	 elementos	
mnêmicos	a	partir	do	evento	que	
lhe	causou	dano	cerebral		
§ Retrógrada	 –	 indivíduo	 perde	
memória	 para	 fatos	 ocorridos	
antes	do	início	do	transtorno		
o Confabulação	 –	 lacuna	 de	 memória	 ->	
preenchimento		
7. Vida	afetiva		
• Sentimentos	e	emoções		
• Afeto:	tônus	(hipertônico;	hipotônico),	modulância	
(hipermodulante,	 normomodulante	 ou	
hipomodulante)		e	ressonância		
• Humor	 :	Eutímico	 (	normal	 ),	deprimido	(lentidão	
pra	 falar),	 hipotímico	 (triste	 mas	 não	 está	
deprimido)	
• Maníaco,	hipertímico	(acelerado).		
• Disfólico	(irritação)	
8. Volição		
• Tem	a	ver	com	a	vontade	da	pessoa		
• Processo	volitivo:		
o Fase	de	intensão	e	propósito		
o Fase	 de	 deliberação	 (avaliar	 pontos	
positivos	ou	negativos)		
o Fase	de	decisão	propriamente	dita	
o Fase	de	execução		
9. Psicomotricidade		
• Como	está	a	motricidade	associado	ao	psiquismo		
o Aceleração	
o Lentificação	
o 	Parkinsonismo		
o Inibição		
o Catatonia	(igual	cera;	negativismo	“senta,	
ele	fica	em	pé”)	
o Estereotipias	motoras	
o Maneirismo	 (movimentos	 muito	
exagerados)		
o Conversão		
o Praxia		
10. Pensamento		
• Curso	do	pensamento	(ritmo)	–	lentos	rápido		
• Forma	do	pensamento	(constituição)	
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 8	
• Conteúdo		
• Pensamentos	 inibidos,	 vago,	prolixo,	 concreto	ou	
concretismo,	 deficitário,	 demencial,	 confusional,	
desagregado,	 obsessivo,	 ruminações	 ou	
pensamento	 ruminativo	 perseverativo	 (	
pensamento	volta	o	tempo	inteiro)		
• Pensamento	 pode	 estar	 acelerado,	 lentificado,	
bloqueio	ou	interceptação	do	pensamento;	roubo	
do	pensamento;	fuga	de	ideias	(arborizado).		
• Alterações	formais	de	pensamento	:		
o Afrouxamento	das	associações		
o Descarrilhamento	do	pensamento		
o Dissociação	e	incoerência	do	pensamento		
o Desagregação	do	pensamento		
11. Juízo	de	realidade		
• Associado	com	a	memória	do	paciente		
• Preservado	ou	prejudicado		
Sofrimento	mental	na	prática	
médica	–	aula	prática	
• Diferentes	dimensões	do	sofrimento	humano		
• O	 que	 é	 sofrimento	 ?	 Sofrimento	 é	 quando	
aspectos	 sociais,	 físicos	 e	 mentais	 da	 vida	 do	
indivíduo	 estão	 em	 desequilíbrio	 causando	
desconfortos,	 pensamentos	 negativos,	 dor,	
angústia,	sendo	portanto	de	maneira	subjetiva.		
• Sofrimento	por	Cassel:	
o Sofrimento	é	experimentado	por	pessoaso Sofrimento	 surge	 quando	 tememos	 que	
algo	nosso	seja	destruído.	
o O	 sofrimento	 pode	 acometer	 qualquer	
aspecto	de	“personhood”.	
• Três	exemplos	que	nos	constitui	enquanto	pessoas	
:	Ser	racional;	linguagem;	habilidade	social.	
o Sentimentos	
o Racionalidade		
o Individualidade		
§ Personalidade	
o Convívio	em	sociedade		
o Linguagem	
o Caráter		
• Definição	de	pessoa	segundo	Cassel	:	
1. Personalidade	 e	 caráter	 –	 como	 reagir	 a	
doença	e	sofrimentos	de	formas	diferentes		
2. Passado	 –	 memória/	 bagagem/	 fator	 que	
contribui	na	formação	de	nossa	personalidade.		
§ Disease-	doença	em	si		
§ Ellness	–	experiência	da	doença		
3. Cultura		
4. Desempenham	papéis		
5. Pessoas	não	existem	sem	outras	pessoas		
§ Convívio	social		
6. Pessoas	são	seres	políticos		
§ Temos	 interesses	 e	 iremos	 agir	
conforme	eles.	
7. Pessoas	fazem	coisas	->	realizações		
§ Trabalhar		
§ Cozinhar		
§ Construir		
8. Pessoas	 não	 tem	 consciência	 da	maior	 parte	
das	coisas	que	acontecem	com	elas	e	do	 seu	
por	quê	
§ Doença	por	exemplo		
§ Somos	 agentes	 passivos	 de	 uma	
série	de	coisas	que	acontecem	
9. Pessoas	têm	hábitos	regulares		
§ Comer		
10. Pessoas	têm	um	corpo		
§ Habilidades	 do	 corpo	 –	 doenças	
podem	 limitar;	 sentimento	 de	
traição	pelo	corpo	
11. Pessoas	têm	uma	vida	secreta	
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 9	
§ Pensamentos		
§ Sonhos		
§ Imaginações		
§ As	 doenças	 podem	 invadir	
esse	área;		
12. Pessoas	têm	uma	percepção	de	futuro		
§ Planos		
§ Doenças	podem	alterar	 isso	e	
gerar	sofrimento		
13. Pessoas	têm	uma	dimensão	transcendental		
§ Qualquer	coisa	que	nos	faz	nos	
sentir	 maior	 do	 que	 nós	
mesmos		
§ 	Luz		
	
Correlacione	três	formas	de	sofrimento	segundo	Cassel	
com	o	sofrimento	da	escultora	:	
b. Retirada	 dos	 ovários	 ->	 questão	 de	
sofrimento	relacionado	com	a	cultura	
segundo	Cassel.		
c. Perda	 de	 capacidade	 profissional	 –	
sofrimento	quando	a	capacidade	social		
d. 	
e. Sofrimento	 quanto	 a	 sua	 aparência;	
habilidades	acometidas		
f. Sofrimento	 pela	 sua	 percepção	 de	
futuro		
Reforma	psiquiátrica	e	rede	
de	atenção	psicossocial		
PRINCIPAIS	MOMENTOS	HISTÓRICOS	PARA	A	
“CONSTRUÇÃO”	DA	PSIQUIATRIA		
• Psiquiatria	 antiga	 e	 grego	 latina	 :	 primeiros	
registros	 de	 patologias	 psiquiátricas.	 Acredita-se	
que	o	 termo	histeria	vem	da	convicção	de	que	o	
útero	 seria	 independente,	 capaz	 de	 se	 deslocar	
pelo	 interior	 do	 corpo.	 O	 termo	 foi	 descrito	 por	
Hipócrates	 como	 uma	 falta	 de	 funcionamento	
sexual.		
• Formas	terapêuticas	recomendavam	para	moças	e	
viúvas	 o	 uso	 de	 fumegações	 (administração	 de	
medicamentos	 em	 partes	 do	 corpo	 através	 de	
vapores	e	fumaças)	vaginal	com	plantas	aromáticas	
para	atrair	o	útero	para	o	seu	local	de	origem.	
PSIQUIATRIA	MEDIEVAL		
• “Idade	das	trevas”	
• Concepções	mágico-religiosas	exercida	por	magos	
e	feiticeiros	ate	o	início	da	idade	moderna.		
• Manual	 de	 caça	 as	 bruxas	 –	 relatos	 de	 orgias	
sexuais	como	método	de	identificação	de	hereges	
e	demônios.	
• Período	marcado	por	exorcismo		
PRIMEIRA	REVOLUÇÃO	PSIQUIÁTRICA	–	A	ESCOLA	
FRANCESA:	
• Fundação	 de	 locais	 objetivando	 o	 cuidado	 de	
doentes	 mentais	 foi	 um	 marco	 de	 mudança	 de	
paradigma	que	ocorreu	no	séc.	XVII.	
• Pessoas	com	enfermidades	mentais	passaram	a	ser	
“reconhecidas”	como	dignas	de	cuidados	médicos,	
reduzindo	 o	 estigma	 de	 serem	 temidos,	
hostilizados,	rejeitados	ou	ainda,	possuídos.		
• Assim	ocorreu	o	que	se	chamou	habitualmente	de	
revolução	 psiquiátrica,	 onde	 houve	 o	
reconhecimento	do	doente	mental	como	objeto	da	
psiquiatria	através	do	movimento	de	fundação	dos	
hospitais	psiquiátricos	e	casas	de	saúde.		
• Por	conseguinte	surgiu	o	método	psicopatológico	e	
a	classificação	das	doenças	mentais.		
	
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 10	
• Questões	que	 tais	momentos	históricos	 trazem	e	
são	 dignos	 de	 atenção:	 sexualidade,	 religião	 e	
segregação		
Philippe	Pinel		
• Se	 interessou	 pela	 loucura	 e	 doenças	 mentais;	
influenciado	 pelas	 ideias	 iluministas	 e	 pela	
revolução	francesa.	
• Publicação	do	Tratado	sobre	Alienação	Mental	:		
o Ele	 integrou	 a	 corrente	 que	 constitui	 o	
saber	psiquiátrico	por	meio	da	observação	
e	 análise	 sistemática	 dos	 fenômenos	
perceptíveis	da	doença.		
• Com	isso	ele	baniu	tratamentos	antigos,	como	as	
sangrias,	vômitos	induzidos,	purgações	e	ventosas,	
substituindo	por	tratamentos	dignos	e	respeitosos,	
que	inclui	terapias	ocupacionais.		
• Dentro	dessa	linha	foi	um	dos	primeiros	a	libertar	
os	 pacientes	 dos	 manicômios	 e	 correntes,	
propiciando	 liberdade	 de	 momentos	 por	 si	 só	
terapêutica.	
• Para	explicar	a	 loucura	o	alienista	 identificou	três	
causas,	tais	como:		
o Causas	físicas	que	se	ligavam	as	fisiológicas	
o Causas	ligadas	a	hereditariedade	
o E	 as	 causas	 morais	 (paixões	 intensas,	
excessos	de	todos	os	tipos,	irregularidades	
dos	costumes	e	hábitos	de	vida).	
• Ele	 defendia	 a	 cura	 da	 loucura	 por	 meio	 do	
chamado	 “tratamento	 moral”,	 que	 consistia	 em	
uma	ampla	pedagogia	normalizadora	com	horários	
e	rotina	rigidamente	estabelecidos,	medicamentos	
recitados	 somente	 pelo	 médico	 e	 atividades	 de	
trabalho	e	lazer.	
• A	 reforma	 psiquiátrica	 no	 Brasil	 teve	 como	
primeira	 fonte	 inspiradora	as	 ideias	e	práticas	do	
psiquiatra	 franco	 Basaglia,	 que	 revolucionou,	 a	
partir	da	década	de	1960,	as	abordagens	e	terapias	
dano	 tratamento	 de	 pessoas	 com	 transtornos	
mentais	nas	cidades	italianas.		
• Ele	rompeu	com	muros	culturais	e	físicos	nas	forma	
como	uma	sociedade	deve	lidar	com	seus	“loucos”	
para	reintegra-los	à	sociedade.	
• Ele	revolucionou	o	tratamento	psiquiátrico		
• Devido	aos	alcançou	positivos	a	recomendação	por	
ele	 feita	 passou	 a	 ser	 recomendada	 pela	
organização	mundial	 de	 saúde	 (OMS)	 a	 partir	 de	
1973.	 Isso	 tornou	o	 debate	mundial,	 chegando	 a	
discussão	ao	brasil.	
• Em	 1979	 foi	 criado	 o	 movimento	 dos	
Trabalhadores	 em	 Saúde	 Mental	 (MTSM)	 e	 em	
1987,	 o	 movimento	 antimanicomial,	 dando	
continuidade	à	luta	pela	nova	psiquiatria.	
• 1989	surge	a	lei	da	reforma	psiquiátrica	(projeto	de	
reforma	psiquiátrica)	
• O	texto	foi	aprovado	e	sancionado	em	2001	
• Aprovação	da	lei	Orgânica	da	Saude	Lei	nº	8.080	e	
8.142	(SUS	e	controle	social);	
• Lei	 federal	 10.216/2001	 (proteção	 e	 os	 direitos	
das	 pessoas	 com	 transtornos	mentais)	 –	 LEI	 DA	
REFORMA	PSIQUIÁTRICA	
o 	substituir	 os	 leitos	 em	 hospitais	
psiquiátricos	por	uma	Rede	comunitária	de	
atenção	psicossocial.	
• “Cuidar	sim,	excluir	não”	–	lema	da	campanha	da	
OMS	em	2001	
• 	Decreto	7.508/2011	–	dispor	sobre	a	organização	
do	sistema	único	de	saude.	
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 11	
	
APS	como	ordenadora	da	rede	de	atenção	
psicossocial		
• Portaria	 GM/MS	 3.088	 de	 23/12/2011,	
republicada	em	21/05/2013	
o Institui	 a	 rede	 de	 atenção	 psicossocial	
para	 pessoas	 com	 sofrimento	 ou	
transtorno	 mental	 e	 com	 necessidades	
decorrentes	 do	 uso	 de	 crack,	 álcool	 e	
outras	 drogas,	 no	 âmbito	 do	 sistema	
único	de	saude.	
• A	RAPS	tem	como	objetivo	geral	:	
o Ampliar	acesso	à	atenção	psicossocial	da	
população	em	geral		
o Promover	a	vinculação	das	pessoas	com	
transtorno	 mental	 e	 com	 necessidades	
decorrentes	 do	 uso	 de	 crack,	 álcool	 e	
outras	 drogas	 e	 de	 suas	 famílias	 aos	
pontos	de	atenção		
o Garantir	a	articulação	e	a	integração	dos	
pontos	de	atenção	das	redes	de	saude	do	
território,	 qualificando	 o	 cuidado	 por	
meio	 do	 acolhimento,	 do	
acompanhamento	contínuo	e	da	atenção	
as	urgências.	
• Objetivos	específicos	que	se	destacam	:		
o Promover	 cuidado	 em	 saude	
especialmente	a	grupos	mais	vulneráveis	
(crianças,	 adolescentes,	 jovens,	 pessoas	
em	situação	de	rua)	
Componentes	da	RAPS:	
• Precisa	garantir	atendimento	em	todos	os	níveisde	 atenção	 à	 saude	 :	 primário,	 secundário	 e	
terciário		
• Primário	–	atenção	básica	em	saúde	
• Outros	4	pontos	->	garantir	a	reinserção	social		
• UBS	tradicional	->	demanda	espontânea		
• ESF	->	UBS	mapeia	e	vai	até	o	território		
o Consultório	 de	 rua	 ->	 ESF	 que	 realiza	
atendimento	itinerantes.	
o Atendimento	 a	 pessoas	 que	 não	 tem	
documentos	e	moram	na	rua		
o Cria	 vínculo	entre	 a	unidade	e	 traz	 eles	
para	 a	 UBS	 para	 mais	
acompanhamentos.	Muitos	trabalhos	de	
promoção	e	prevenção	de	saude.	
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 12	
o CECOS	 ->	 centro	 de	 convivência	 que	
ofertam	 atividades	 de	 cultura	 e	 lazer	
(abertos	ao	público	em	geral)	
o Residência	 transitória	 ->	 pessoas	 que	
estão	sem	família,	 sem	renda,	mas	com	
bom	 prognóstico.	 Acompanhados	 por	
equipe	 para	 reinserção	 –	 máximo	 de	 6	
meses.		
• Atenção	especializada	–	CAPS	
o Pessoas	 com	 alteração	 de	 pensamento	
(forma:	 conteúdo-delírio-processo	
psicótico	 e	 curso)	 e	 somatossensorial	
(alucinações)		
o Processo	 psicótico	 com	 prejuízo	
funcional	->	situação	de	crise	->	CAPS	da	
suporte.	
o CAPS	I	–	equipe	mínima.	Funciona	das	8-
17h	
o CAPS	 II	 –	 equipe	 ampliada	 –	
funcionamento	das	8-19h	
o CAPS	III	–	24h		
§ 7-19h	demanda	espontânea		
§ O	 restante	 do	 horário	 cabe	 à	
hospitalização	 noturna	 para	
casos	 em	 específico	 que	
necessitam	desse	suporte.	
§ Como	 ex:	 paciente	 em	 mania,	
não	 sente	 necessidade	 de	
dormir.	 Pode	 colocar	 outras	
pessoas	 em	 risco.	 Fica	 no	 CAPS	
até	 o	medicamento	 fazer	 efeito	
(4	semanas	no	máximo.	15	dias	é	
o	ideal)	
o CAPS	i	(ij)	–	criança	e	adolescente,	0–18	
anos.	Pode	ser	I,	II	ou	III.		
o CAPS	AD	–	adultos	com	comorbidades	do	
uso	 de	 substâncias.	 Dependência	
química	 como	 carro	 chefe	 do	
adoecimento.		
• Equipe	mínima	:	psiquiatra,	enfermeiro,	auxiliar	
de	enfermagem,	TO	e	assistente	social.	
• O	PACIENTE	É	 SEMPRE	DA	ATENÇÃO	PRIMÁRIA	
MESMO	 QUE	 ELE	 FAÇA	 USO	 DE	 OUTROS	
SERVIÇOS	–	ORDENADORA	DO	CUIDADO.		
	
Unidade	básica	de	saude	–	UBS	(atenção	
primária)	
ESF	-	Estratégia	de	saude	da	família		
• Os	usuários	com	questões	relacionadas	à	saude	
mental	 receberão	 seus	 cuidados	 na	 atenção	
primária	 quando,	 mesmo	 com	 a	 doença,	
apresentarem	 pouco	 ou	 nenhum	 prejuízo	 em	
suas	atividades	de	vida	diária.	
• Paciente	mais	funcional	dentro	da	singularidade	
de	cada	um.	
• Em	caso	de	crise	e/ou	mudança	significativa	do	
quadro,	avaliar	se	o	paciente	apresenta	demanda	
para	 os	 CAPS	 ou	 para	 a	 rede	 de	 urgência	 e	
emergência.		
CENTRO	DE	ATENÇÃO	PSICOSSOCIAL	–	
ATENÇÃO	SECUNDÁRIA	
• Equipe	preparada	para	tratar	questões	de	saude	
mental		
• Os	pacientes	que	fazem	uso	do	serviço	CAPS	são	
aqueles	 que	 já	 apresentam	 prejuízo	 de	
funcionalidade		
• MATRICIAMENTO	–	é	o	diálogo	entre	as	equipes		
Rede	de	urgência	e	emergência	—	
atenção	terciária	(alta	complexidade)	
• Samu,	leitos	em	hospitais	gerais		
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 13	
• Irão	 minimizar	 e	 estabilizar	 clinicamente	 o	
paciente.		
o Intoxicação	e	abstinência	grave		
o Intoxicação	exógena		
o Atentado	 a	 integridade	 física	 por	 auto	
e/ou	heteroagressividade		
o Intensa	agitação	psicomotora		
o Tentativa	de	suicídio		
o Pacientes	 com	 vozes	 de	 comando,	
alterações	 de	 conteúdo	 e	
comportamento	
Projeto	terapêutico	singular	–	
PTS	;	
MATRICIAMENTO	
• Revogaço	–	tentativa	de	transferir	verbas	que	eram	
dos	 serviços	 da	 rede	 e	 voltar	 a	 maior	 parte	 das	
verbas	 para	 hospital.	 Seria	 um	 movimento	 de	
retrocesso	em	saúde	mental	
O	ACOLHIMENTO	é	uma	das	diretrizes	de	
maior	relevância	da	política	nacional	de	
humanização	do	SUS.	
o Compromisso	em	reconhecer	e	acolher	o	
outro	em	suas	diferenças	
o Fortalecimento	do	vínculo		
o Escuta	qualificada		
o Momento	 onde	 a	 demanda	 do	 usuário	 é	
atendida	de	forma	singular		
o É	mais	do	que	ouvir	a	queixa/demanda	e	
repassar	para	outro	profissional		
o Não	 existe	 local,	 hora	 ou	 profissional	
específico.	
o Encontro	 com	 troca	 de	 saberes,	
compartilhamento	 de	 angústias	 e	 ofertar	
possibilidades	de	mudanças	
o Construção	 de	 forma	 coletiva	 –	
trabalhador/	equipe	e	usuário	
o Praticar	empatia	
MATRICIAMENTO	em	saude	mental		
• Encontro	das	equipes	para	pensar	na	 formulação	
de	 estratégias	 de	 cuidado	 integral.	 Podem	 ser	
pensadas	 em	 termos	 de	 território;	 como	 em	
termos	individuais	para	um	paciente,	para	um	caso	
ou	para	uma	família.	
• Definição	:	é	um	novo	modo	de	produzir	saúde	em	
que	 duas	 ou	 mais	 equipes,	 num	 processo	 de	
construção	compartilhada,	criam	uma	proposta	de	
intervenção	pedagógico-terapêutica	
• Objetivo:	
o Estruturar	 o	 cuidado	 colaborativo	 entre	
Saúde	mental	e	atenção	primária		
o Superar	 a	 lógica	 de	 encaminhamentos	
indiscriminados		
o Corresponsabilização	entre	as	equipes	de	
saude	da	família	(SF)	e	saude	mental	(SM)	
• Construção	compartilhada	entre	a	atenção	básica	
e	a	equipe	de	apoio	matricial		
• Verticalidade	x	horizontalidade		
• Rompimento	de	paradigmas		
• Horizontalidade	:	matriciamento		
o Proporcionar	 à	 retaguarda	 especializada	
da	assistência		
o Suporte	técnico-pedagógico		
o Vínculo	interpessoal	e	o	apoio	institucional	
no	processo	de	construção		
o Integrar	saude	mental	e	atenção	primária	
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 14	
• O	matriciamento	pode	 ser	 feito	entre	as	equipes	
internas	 ou	 entre	 as	 equipes	 de	 outros	 níveis	 de	
atenção		
• O	 matriciamento	 dentro	 da	 própria	 atenção	
primária	 :	 NASF-AB	 (prestam	 suporte	 para	
questões	de	saude	mental)	
o Núcleo	 Ampliado	 de	 saude	 da	 família	 e	
atenção	básica		
§ Equipe	 multiprofissional	 e	
interdisciplinar	 composta	 por	
categorias	 de	 profissionais	 de	
saude,	 complementar	 às	 equipes	
que	atuam	na	atenção	básica		
§ Formada	 por	 diferentes	
ocupações	 (profissões	 e	
especialidades)	da	área	da	saude	
§ Atua	 de	 maneira	 integrada	 para	
dar	 suporte	 (clínico,	 sanitário	 e	
pedagógico)	 aos	 profissionais	 das	
equipes	de	saude	de	família		
o Mudança	 de	 portaria	 –	 gestores	
municipais	 podem	 modificar	 as	 equipes	
multidisciplinares		
§ Nota	 técnica	 nº	 3/2020-
DESF/SAPS/MS	
§ PROGRAMA	 PREVINE	 BRASIL	 –	
reorganização	de	repasse	de	verba		
o Não	são	de	livre	acesso	para	atendimento	
individual	ou	coletivo	 (os	acessos	quando	
necessários,	 devem	 ser	 regulados	 pelas	
equipes	que	atuam	na	atenção	básica).	
Quando	 a	 equipe	 de	 referencia	 deve	 solicitar	 o 	
matriciamento	? 	
o Equipe	 de	 saude	 da	 família	 –	 médico,	
enfermeiro,	 técnico	 e	 auxiliar	 de	
enfermagem	 e	 o	 ACS.	 (NASF	 –	 equipe	
multidisciplinar;	seria	a	retaguarda)	
o Auxílio	 para	 esclarecimento	 diagnóstico,	
estruturação	de	um	projeto	terapêutico	e	
abordagem	de	família		
o Suporte	 para	 realizar	 intervenções	
psicossociais	 específicas	 da	 atenção	
primária,	 como	 grupos	 de	 pacientes	 com	
transtornos	mentais		
o Integração	 do	 nível	 especializado	 com	 a	
atenção	primária		
o Apoio	 em	 dificuldades	 nas	 relações	
pessoais	 ou	 especialmente	 difíceis	
encontrada	na	realidade	do	trabalho	diário	
Pontos	importantes	na	discussão	conjunta	: 	
• 1.motivo	do	matriciamento		
• 2.	 Informações	 sobre	 o	 indivíduo,	 a	 família	 e	 o	
ambiente			
• 3.	Dificuldades	no	manejo	e	na	comunicação		
• 4.	 História	 do	 problema	 atual,	 cronologia,	
intervenções	já	realizadas,	resultados.		
• 5.Configuração	familiar:	genograma	
• 6.Social:	 convívio	 em	 grupos,	 instituições,	 apoio	
social,	situação	econômica		
• 7.	Reflexos	do	caso	na	equipe	referência		
• 8.	Formulação	de	diagnóstico	multiaxial	
Clínica	ampliada		
• Não	 é	 apenas	 prescrever	 medição	 e	 solicitar	
exames		
• Olhar	para	além	da	doença	e	da	queixa		
• Perceber	o	indivíduo	como	um	ser	singular	–	“cada	
caso	é	um	caso”	
• Cuidado	integral		
• Não	fragmentar	a	pessoapor	especialidades	
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 15	
• Interação	 entre	 diversas	
abordagens/especialidades.	
PROJETO	TERAPÊUTICO	SINGULAR		
• É	 o	 fruto	 do	 encontro	 das	 equipes	
multidisciplinares		
• É	 um	 conjunto	 de	 propostas	 de	 condutas	
terapêuticas	 articuladas	 para	 um	 indivíduo,	 uma	
família	 ou	 um	 grupo	 que	 resulta	 da	 discussão	
coletiva	de	uma	equipe	interdisciplinar	com	apoio	
matricial,	se	esse	for	necessário		
Abordagem	do	paciente	com	
depressão	–	06/08	
• 	A	importância	da	depressão	na	APS:	
o 	19,9%	 de	 prevalência	 na	 vida	 da	
população	geral	de	São	Paulo	
o 	10%	de	todas	as	novas	consultas	na	APS	
• 	Carga	global	da	doença:		
o DALY	:		é	resultante	da	soma	de	2	parcelas	
de	tempo.	
§ 	1.	 	 os	 anos	 de	 vida	 perdidos	 por	
morte	prematura	
§ 2.	 os	 anos	 de	 vida	 vividos	 com	
incapacidade	
• Anedonia	–	perda	de	prazer		
• Insônia	 terminal	 –	 pessoa	 dorme	 e	 acaba	
acordando	mais	cedo	do	que	ela	deveria;	despertar	
precoce;	 possível	 que	 se	 tenha	 um	 nível	 de	
sonolência	diurno.		
o Mais	característica	de	depressão		
• Insônia	inicial	–	mais	característica	de	ansiedade		
• Sintomas	depressão	:	
o Diminuição	 da	 libido	 –	 diminuição	 do	
desejo	sexual;	pode	ter	o	desejo	mas	acaba	
não	entrando	no	clima;		
o Anedonia	–	perda	do	prazer		
o Aumento	ou	diminuição	do	apetite		
o Insônia	terminal		
o Alteração	de	memória		
§ Esquecimento		
§ Concentração	 ->	 acaba	
prejudicando	 a	 apreensão	 dos	
estímulos		
o Baixa	auto	estima		
o Sintomas	psicóticos		
§ Ruptura	 com	 a	 realidade	 ;	 ideias	
delirantes	e	alucinações		
• Deve-se	classificar	a	depressão	em	leve,	moderada	
e	grave	e	assim	tem-se	a	tomada	de	decisão	quanto	
a	medida	terapêutica	a	ser	adotada.		
• A	gravidade	está	baseada	no	número	de	sintomas	
dos	 critérios,	 em	 sua	 gravidade	 e	 no	 grau	 de	
incapacitação	funcional		
o Terapia	–	depressões	leves		
o Moderada	 –	 já	 tem	 indicações	 para	
entrada	 com	 psicofármacos	
(antidepressivos)	
o LEVES	–	são	poucos	os	sintomas	presentes	
além	 daqueles	 necessários	 para	 fazer	 o	
diagnóstico;	 a	 intensidade	 do	 sintoma	
causa	 sofrimento,	mas	 é	manejável,	 e	 os	
sintomas	 resultam	 em	pouco	 prejuízo	 no	
funcionamento	social	ou	profissional.	
o MODERADA	–	o	número	de	sintomas,	sua	
intensidade	e/ou	prejuízo	funcional	estão	
entre	 aqueles	 especificados	 para	 “leve”e	
“grave”.	
o GRAVE	 –	 o	 número	 de	 sintomas	 está	
substancialmente	além	do	requerido	para	
fazer	o	diagnóstico;	sua	intensidade	causa	
grave	sofrimento	e	não	é	manejável,	e	os	
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 16	
sintomas	 interferem	 acentuadamente	 no	
funcionamento	social	e	profissional.	
Hipótese	monoaminérgica		
• Ideia	 de	 que	 os	 transtornos	 são	 causados	 por	
desequilíbrio	químico		
o Na	 depressão	 –	menos	 neurotransmissor	
disponível	na	fenda	sináptica		
o Neurônio	pós-sináptico	otimiza	a	situação	
expressando	novos	receptores	
o Inibidor	 seletivos	 de	 recaptação	 de	
serotonina	 por	 exemplo	 	 –	 bloqueiam	
receptores	 de	 recaptação	 dos	 neurônios	
pré	 sinópticos	 e	 a	 concentração	 de	
neurotransmissores	na	fenda	aumenta.		
• 	Norepinefrina:		energia	e	estresse	
• 	Serotonina:	impulsividade	
• 	Dopamina:		energia	
• 	Correlação	dos	3	neurotransmissores	resulta	em:		
humor,	emoção,	cognição	
• 	norepinefrina	 +	 serotonina	 =	 	 Ansiedade	 e	
irritabilidade	
• 	Norepinefrina	+	dopamina	=		motivação	
• 	Serotonina	 +	 	 dopamina	 =	 	 sexo	 /	 apetite	 /	
agressão	
Fisiopatologia	–	neurobiologia	da	depressão		
1. Desregulação	da	neurotransmissão	cerebral		
2.	 Alterações	 neuroendócrinas	 anatômicas	 e	
autoimunes	
3.	 Alterações	 de	 cascatas	 intracelulares,	
expressão	gênica	e	fatores	neurotróficos	
Fator	neurotrófico	derivado	do	cérebro	(BDNF)	
• É	 uma	 proteína	 	 secretada,	 que	 em	 humanos	 é	
codificada	pelo	gene	BDNF.	
• BDNF		É	um	membro	da	família	das	neurotrofinas	
dos	 fatores	 de	 crescimento.	 É	 encontrado	 no	
cérebro	e	na	periferia	ajudando	na	sobrevivência	
neuronal	(manutenção)	e	na	neurogênese.	
• Você	controla	seus	níveis	de	BDNF	
o Exercício	 –	 aumenta	 BDNF	 em	 qualquer	
idade	
o Estresse	–	cortisol	atua	contra	BDNF		
o Nutrição	–	gordura	+	açúcar	=	menos	BDNF	
o Sono	–	perdeu	sono	=	menos	BDNF	
Abordagem	clínica	da	depressão	na	APS		
Rastreamento;	 apresentação	 clínica;	 diagnóstico;	
diagnóstico	diferencial;	orientações	e	tratamentos.	
• RASTREIO		
o Nas	últimas	semanas,	você	tem	se	sentido	
incomodada,	 triste	 e	 sem	 esperança	 ?	 –	
HUMOR	DEPRIMIDO		
o Nas	 ultimas	 semanas,	 você	 perdeu	 o	
interesse	ou	o	prazer	de	fazer	as	coisas	?	
–	PERDA	DO	INTERESSE	
**alta	 sensibilidade	 (90%)	 e	 menor	 especificidade	
(57%)	
• 5	TIPOS	BÁSICOS	DE	VIVÊNCIAS	AFETIVAS.	
o Humor	ou	estado	de	ânimo	–	tônus	afetivo	
do	indivíduo,	o	estado	basal	e	difuso,	que	
se	 encontra	 a	 pessoa	 em	 determinado	
momento.	
o Emoções	 –	 são	 as	 reações	 afetivas		
momentâneas,	 	 agudas,	 	 desencadeadas	
por	estímulos	significativos	
o Sentimentos	-		são	configurações	afetivas	
estáveis,	 	 comumente	 associados	 a	
conteúdos	 intelectuais,	 	 valores	 e	
representações.	
o Afetos	 -	 	 a	 qualidade	 o	 tônus	 emocional	
que	 acompanham	 uma	 	 idéia	 da	
representação	mental	
	
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 17	
o Paixões	 -	 	 é	 um	 estado	 afetivo	
extremamente	 intenso	 que	 domina	 a	
atividade	psíquica	como	um	todo	captando	
e	dirigindo	a	atenção	
HUMOR		
• ESTADO	EMOCIONAL	BASAL	E	DIFUSO	
• A	 disposição	 afetiva	 que	 penetra	 toda	 a	
experiencia	psíquica.	
• 	a	 lente	afetiva	que	da	as		vivências	do	sujeito,	 	a	
cada	momento,		uma	cor	particular,		ampliando	ou	
reduzindo	 o	 impacto	 das	 experiências	 reais	 e,			
muitas	vezes	modificando	a	natureza	e	o	sentido	
das	experiências	vivenciadas.	
• Tristeza	X	Depressão	
• Tristeza	 –	 sentimento	 humano	 normal	 que	
corresponde	 à	 frustração,	 decepção,	 perda	 ou	
fracasso.	
o Não	 compromete	 a	 capacidade	 de	
raciocinar,	 de	 desempenhar	 atividades	
rotineiras,	ou	reagir	favoravelmente	a	uma	
boa	 notícia.	 Diminui	 com	 o	 passar	 do	
tempo	e	a	aceitação	da	perda.	
• Depressão	 –	 	 Doença	 com	 sintomas	 físicos	 e	
psíquicos	bastante	claros	e	intensos	
o 	pode	 ocorrer	 na	 ausência	 de	 um	 fator	
ambiental	desencadeante	
o 	quando	 relacionada	 a	 um	 evento	
estressante	 ou	 entristecedor	 é	
desproporcional	 e	 anormalmente	
duradouro.	
	Caso	clínico	1		
	Márcia,	 46	 anos,	 	 ensino	 fundamental	 incompleto,	
dona	de	casa,	moradora	da	periferia	de	Fortaleza.		Há	
5	meses	vem	sentindo	cansaço,		fraqueza,		sem	ânimo	
para	as	atividades	diárias	e	perdeu	6	kg	em	3	meses	não	
consegue	dormir	direito.		Procurou	o	posto	e	conseguiu	
ser	consultado	no	mesmo	dia.		
	Chorou	 durante	 a	 Entrevista,	 	 Relatando	 problemas	
com	marido	que	perdeu	o	emprego	há	6	meses	e	que	
voltou	a	beber	demais.	 relatou	também	saudades	do	
filho	 que	 não	 vê	 há	 10	 meses,	 Porque	 ele	 mora	 na	
rocinha,	 no	 Rio	 de	 Janeiro,	 	 e	 tem	 uma	 vida	 muito	
difícil.	
Discussão	 :	 	Márcia	apresenta	 	síndrome	depressiva,		
também	sendo	indicado	tratamento	medicamentoso,		
pois	 manifesta	 número	 de	 sintomas	 indicativo	 de	
moderada	 gravidade	 e	 já	 está	 com	 sua	 saúde	 física	
comprometida.	
TRANSTORNOS	MENTAIS	COMUNS	NA	APS		
• 	São	 as	 formas	mais	 comuns	de	 apresentação	do	
sofrimento	psíquico	nas	unidades	
• 	são	 menos	 estruturados	 e	 de	 menor	 gravidade	
que	 aqueles	 atendidos	 nas	 unidades	
especializadas,	 	 com	muitas	 queixas	 sintomáticas	
com	 sintomas	 mistos	 de	 ansiedade	 e	 depressão	
associados	a	problemas	psicossociais.	
• 	uma	 parcela	 significativa	 de	 pacientes	 tem	
remissão	espontânea	dos	sintomas	e	apresentam		
melhoras	 quando	 apoiados	 pelas	 equipes,		
individualmente	 ou	 nos	 grupos	 das	 unidades	 da	
atenção	primária.		
1.	TRANSTORNO	DEPRESSIVOMAIOR 		
A. Cinco	(ou	mais)		Dos	seguintes	sintomas	estiverem	
presentes	durante	o	mesmo	período	de	2	semanas	
e	 representa	 uma	 mudança	 em	 relação	 ao	
funcionamento	 anterior;	 pelo	 menos	 um	 dos	
sintomas	é	(1)	 	humor	deprimido	ou	(2)	perda	de	
interesse	ou	prazer.	
• 1.		humor	deprimido	na	maior	parte	do	dia,	quase	
todos	 os	 dias,	 	 conforme	 indicado	 por	 relato	
subjetivo	 (p	 ex.	 	 sente-se	 triste,	 	 vazio,	 sem	
esperança)	 	 ou	 por	 observação	 feita	 por	 outras	
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 18	
pessoas	(p	ex.	Parece	choroso)	(nota:		Em	crianças	
e	adolescentes	pode	ser	humor	irritável)	
• 2.		Acentuada	diminuição	do	interesse	o	prazer	em	
todas	 o	 ou	 quase	 todas	 as	 atividades	 na	 maior	
parte	do	dia	quase	todos	os	dias	(indicada	ir	relato	
subjetivo	ou	observação	feita	por	outras	pessoas).	
• 3.		Perda	ou	ganho	significativo	de	peso	sem	estar	
fazendo	dieta	(P	ex.		uma	alteração	de	mais	de	5%	
do	 peso	 corporal	 em	 1	 mês),	 ou	 redução	 ou	
aumento	do	apetite	quase	todos	os	dias.	(Nota:	em	
crianças,	considerar	o	insucesso	em	obter	o	ganho	
de	peso	esperado).	
• 4.	Insônia	ou	hipersonia	quase	todos	os	dias		
• 5.	Agitação	ou	retardo	psicomotor	quase	todos	os	
dias	 (observáveis	 por	 outras	 pessoas,	 não	
meramente	 sensações	 subjetivas	 de	 inquietação	
ou	de	estar	mais	lento).	
• 6.	Fadiga	ou	perda	de	energia	quase	todos	os	dias		
• 7.	Sentimentos	de	inutilidade	ou	culpa	excessiva	ou	
inapropriada	 (que	 podem	 ser	 delirantes)	 quase	
todos	 os	 dias	 (não	 meramente	 autorrecriminção	
ou	culpa	por	estar	doente).	
• 8.	 Capacidade	 diminuída	 para	 pensar	 ou	 se	
concentrar,	 ou	 indecisão	 (por	 relato	 subjetivo	ou	
observação	feita	por	outras	pessoas)	
• 9.	 Pensamentos	 recorrentes	 de	 morte	 (não	
somente	 medo	 de	 morrer),	 ideação	 suicida	
recorrente	com	um	plano	específico,	uma	tentativa	
de	 suicídio	 ou	 plano	 específico	 para	 cometer	
suicídio.		
B. 	Os	 sinais	 causam	 sofrimento	 clinicamente	
significativo	ou	prejuízo	no	funcionamento		social,	
profissional	 ou	 em	 outras	 áreas	 importantes	 da	
vida	do	indivíduo.	
C. 	O	episódio	não	é	atribuível	aos	efeitos	fisiológicos	
de	uma	substância	ou	a	outra	condição	médica.	
Nota:	 	 Os	 critérios	 A-C	 representam	 um	 episódio	
depressivo	maior	
Especificadores 		
Com	sintomas	ansiosos	:	
	Definido	 como	 a	 presença	 de	 pelo	 menos	 2	 dos	
seguintes	sintomas	durante	a	maioria	dos	dias	de	um	
episódio	 depressivo	 maior	 ou	 transtorno	 depressivo	
persistente	(distimia):	
1. sentir-se	nervoso	
2. 		sentir-se	anormalmente	inquieto	
3. 	dificuldade	 de	 se	 concentrar	 devido	 a	
preocupações	
4. 	temor	de	que	algo	terrível	aconteça		
5. sentimento	de	que	o	indivíduo	possa	perder	o	
controle	de	si	mesmo	
Com	características	melancólicas	:		
A. 	Uma	 das	 seguintes	 está	 presente	 durante	 o	
período	mais	grave	do	episódio	atual:	
1. 	perda	de	prazer	em	todas	ou	quase	todas	as	
atividades	
2. 	falta	 de	 reatividade	 à	 estímulos	 	 em	 geral	
prazerosos	(	não	se	sente	muito	bem,		mesmo	
temporariamente,	 	 quando	 acontece	 alguma	
coisa	boa).	
B. 	3	ou	mais	das	seguintes:		
1. 	uma	qualidade	distinta	de	humor	depressivo	
caracterizada	 por	 prostração	 profunda	
desespero		e/ou	morosidade	ou	pelo	chamado	
humor	vazio	
2. 	depressão	regularmente	pior	pela	manhã	
3. 	despertar	 muito	 cedo	 pela	 manhã	 (pelo	
menos	2	horas	antes	do	despertar	habitual)	
4. 	acentuada	agitação	ou	retardo	psicomotor	
5. 	anorexia	ou	perda	de	peso	significativa	
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 19	
6. 	Culpa	excessiva	ou	inadequada.	
Com	características	atípicas	:			
Este	 especificador	 pode	 ser	 aplicado	 quando	 essas	
características	predominam	durante	a	maioria	dos	dias	
do	episódio	depressivo	maior	atual	ou	mais	recente	ou	
do	transtorno		depressivo	persistente	
A. 	reatividade	 do	 humor	 (Ex.	 	 o	 humor	melhor	 em	
resposta	a	eventos	positivos	reais	ou	potenciais)	
B. 	Duas	(ou	mais)		das	seguintes	características:	
1. ganho	 de	 peso	 ou	 aumento	 do	 apetite	
significativos	
2. Hipersonia	
3. paralisia	 de	 chumbo	 (sensação	 de	 peso	 nos	
braços	ou	nas	pernas).	
4. Um	 padrão	 persistente	 de	 sensibilidade	 à	
rejeição	 interpessoal	 (não	 limitado	 aos	
episódios	 de	 perturbação	 do	 humor)	 que	
resulta	 em	 prejuízo	 social	 ou	 profissional	
significativo.	
C. 	não	 são	 satisfeitos	 os	 critérios	 para	 “com	
características	melancólicas”	ou	“	com	catatonia”	
durante	o	mesmo	episódio.		
	Com	características	psicóticas:		delírios	e/ou	
alucinações	estão	presentes	
• com	características	psicóticas	congruentes	com	o	
humor:	 	 delírios	 e	 alucinações	 cujo	 conteúdo	 é	
coerente	 com	 os	 temas	 depressivos	 típicos	 de	
inadequação	 pessoal,	 	 	 culpa,	 	 doença,	 	 morte,	
niilismo		Ou	punição	merecida.	
• com	características	psicóticas	incongruentes	com	
o	humor:	 	delírios	ou	alucinações	cujo	conteúdo	
NÃO	 envolve	 temas	 depressivos	 típicos	 ou		
inadequação	 pessoal,	 culpa,	 	 doença,	 	 morte,	
niilismo		ou	punição	merecida	ou	cujo	conteúdo		é	
uma	 mistura	 de	 temas	 incongruentes	 e	
congruentes	com	o	humor	
	Com	catatonia:	
	O	especificador	de	catatonia	pode	ser	aplicado	a	um	
episódio	 de	 depressão	 se	 características	 catatônicas	
estão	presentes	durante	a	maior	parte	do	episódio.	
	Com	início	no	Periparto	:	
	esse	especificador	pode	ser	aplicado	ao	episódio	atual	
ou	se	atualmente	não	são	satisfeitos	todos	os	critérios	
para	um	episódio	depressivo	maior,		ao	episódio	mais	
recente	de	depressão	maior	se	o	início	dos	sintomas	de	
humor	 ocorre	 durante	 a	 gravidez	 ou	 nas	 4	 semanas	
seguintes	ao	parto.	
	Com	padrão	sazonal:		
O	 especificador	 se	 aplica	 ao	 transtorno	 depressivo	
maior	recorrente.	
A. Há	 	 relação	 temporal	 regular	 entre	 o	 início	 dos	
episódios	 	 depressivos	 maiores	 no	 transtorno	
Depressivo	maior	 a	 determinada	 estação	 do	 ano	
(outono,	inverno).	
B. 	Remissões	completas	(ou	uma		de	depressão	para	
a	mania	ou	hipomania)		também	ocorrem	em	uma	
época	 característica	 do	 ano	 (p	 ex.	 	 A	 depressão	
desaparece	na	primavera).		
C. 		nos	 últimos	 2	 anos,	 	 ocorreram	 2	 episódios	
depressivos	 maiores,	 demonstrando	 as	 relações	
temporais	 sazonais	 definidas	 acima,	 e	 nenhum	
episódio	 depressivo	 maior	 não	 sazonal	 ocorreu	
durante	o	mesmo	período.	
D. 	os	episódios	depressivos	maiores	sazonais	(como	
já	 descritos)	 	 superam	 substancialmente	 em	
número	 os	 episódios	 depressivos	 maiores	 não	
sazonais	que	podem	ter	ocorrido	durante	a	vida	do	
indivíduo.	
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 20	
2.TRANSTORNO	DEPRESSIVO 	
PERSISTENTE	(distimia) 	
A.	Humor	deprimido	na	maior	parte	do	dia,		na	maioria	
dos	 dias,	 indicado	 pelo	 relato	 subjetivo	 ou	 por	
observação	 feita	 por	 outras	 pessoas,	 	 pelo	 período	
mínimo	de	2	anos.	
Nota:	em	crianças	e	adolescentes,	o	humor	pode	ser	
irritável,	com	duração	mínima	de	um	ano.	
B.Presença,	 enquanto	 deprimido,	 de	 duas	 (ou	 mais)	
das	seguintes	características:		
1.	 	 Apetite	 diminuído	 ou	 alimentação	 em	
excesso	
2.		insônia	ou	hipersonia	
3.		baixa	energia	ou	fadiga	
4.		baixa	autoestima	
5.	 concentração	 pobre	 ou	 dificuldade	 em	
tomar	decisões	
6.		sentimento	de	desesperança	
C.	Durante	o	período	de		2	anos	(um	ano		para	crianças	
ou	adolescentes)	 	de	perturbação,	o	 indivíduo	 jamais	
esteve	sem	os	sintomas	dos	critérios	A	e	B	por	mais	de	
2	meses	.	
D.	 	Os	critérios	para	um	transtorno	depressivo	maior	
podem	estar	continuamente	presente	por	2	anos.	
E.	 	 Jamais	 houve	 um	 episódio	 maníaco	 ou	 episódio	
hipomaníaco	 e	 jamais	 foram	 satisfeitos	 os	 critérios	
para	transtorno	ciclotímico.	
F.	 A	 	 Perturbação	não	 é	mais	 bem	explicada	 por	 um	
transtorno	esquizoafetivo	persistente,	 	 esquizofrenia,		
transtorno	 delirante,	 	 1420	 outros	 transtornos	 do	
espectro	da	esquizofreniae	outro	transtorno	psicótico	
especificado	 ou	 transtorno	 do	 espectro	 da	
esquizofrenia	 e	 outro	 transtorno	 psicótico	 não	
especificado.		
G.		os	sintomas	não	se	devem	aos	efeitos	fisiológicos	de	
uma	substância	(P	ex.		droga	de	abuso,		medicamento)		
ou	a	outra	condição	médica	(p	ex.		hipotiroidismo).		
H.	 	 os	 sintomas	 causam	 sofrimento	 clinicamente	
significativo	 ou	 prejuízo	 no	 funcionamento	 social,		
profissional	ou	em	outra	área	 importante	da	vida	do	
indivíduo.	
Caso	clínico	2		
	Miguel,		comerciante,			sempre	foi	uma	pessoa	alegre	
comunicativa.	 Há	 	 poucas	 semanas	 começou	 a	 notar	
que	 estava	 falando	 menos.	 Sentia-se	 triste,	
desanimado,	desmotivado	para	tudo.	 	começou	a	 ter	
prejuízo	em	seu	negócio	porque	não	tinha	vontade	de	
se	dedicar	como	anteriormente.		ficava	triste,	choroso	
pensando	 sempre	 em	 coisas	 ruins	 e	 desagradáveis.		
nenhuma	 notícia	 situação	 o	 fazia	 melhorar.	 	 Tudo	
parece	 em	 “preto	 e	 branco”.	
HIPÓTESE	DIAGNÓSTICA	:	transtorno	depressivo	maior	
com	especificador	de	caráter	melancólico	???	
Caso	clínico	3		
	Heloísa,		75	anos,	está	apresentando	mais	um	episódio	
depressivo.	 essas	 fases	 depressivas	 são	 recorrentes	
desde	os	40	anos	de	idade.	já	houve	grandes	períodos	
de	 bem-estar	 sem	 sintomas	 de	 depressão	 o	 maior	
deles	 durou	 10	 anos.	 Entretanto,	 ela	 e	 a	 família	 já	
reconhecem	 logo	 quando	 “...	 a	 depressão	 está	
chegando...”.	 disse	 que	 começa	 a	 ficar	 mais	 quieta,	
perde	 o	 prazer	 e	 o	 interesse.	 a	 vaidade	 logo	
desaparece.	o	que	mais	preocupa	a	todos	é	o	retardo	
motor.	 	 Heloísa	 fica	 parada	 por	 horas,	 não	 fala	 com	
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 21	
quase	ninguém	nem	participa	das	conversas	da	casa.		
quando	insistem,	demora	muito	para	responder	e,		ao	
fazê-lo,	 	 utiliza	 monossílabos.	 	 nessas	 fases	 começa	
logo	a	perder	peso	por	não	se	alimentar	
Diagnósticos	diferenciais		
• 	Transtorno	do	humor	devido	a	uma	condição	
médica	geral	
• 	transtorno	do	humor	induzido	por	uma	
substância	
• 	Demência	
• 	transtorno	de	déficit	de	atenção/	hiperatividade	
• 	transtorno	da	adaptação	com	humor	deprimido	
• 	Luto	
O	que	o	médico	não	deve	fazer		
• 	Dizer	que	“não	é	nada	só	nervosismo”	-		
minimizar	as	queixas	e	o	sofrimento	do	paciente		
• 	Confundir	tristeza	com	depressão	-		Tristeza	pode	
ser	uma	mudança	adaptativa;		
• 	Encaminhar	para	a	psicoterapia	-		evitar	se	
envolver	com	as	queixas	do	paciente	
• 	procurar	razões	para	depressão	
O	que	o	médico	deve	fazer		
• 	Mostrar	empatia	e	interesse	-		orientar	que	a	
depressão	é	uma	doença,	não	é	defeito	de	
caráter,	fraqueza	ou	falta	de	ocupação	
• 	Manter	um	monitoramento	próximo	-			Esclarecer	
que	o	risco	de	recorrência	é	significativo	:		50%	
após	um	episódio,	70%	após	2	episódios,		90%	
após	3	episódios.	
• 	recuperação	é	a	regra	não	A	Exceção	-		explicar	
que	os	tratamentos	são	efetivos	e	que	há	muitas	
opções	
• 	medicamento	não	causa	dependência	-		explicar	
sobre	o	tratamento	medicamentoso	aumenta	
adesão.	
	
CONSIDERAÇÕES	PARA	O	USO	DE	
PSICOFÁRMACOS	NA	CLÍNICA	DA	APS	
• 	Benefícios	de	intervenções	de	apoio	psicossociais	
-		o	apoio,	o	acolhimento	e	a	escuta	estrutura	um	
espaço	de	organização	e	solução	de	problemas	
que	contribuem	para	uma	melhora	efetiva.	
• 	Resolutividade	-		medicação	correta,	na	dose	
correta,		pelo	tempo	correto		
o 		manejar	as	situações	de	crise		até	que	o	
paciente	possa	ser	atendido	por	
especialistas	-		encaminhamento	ou	
matriciamento	
• 	Recurso	extremamente	importante	no	manejo	
desses	casos	
o 	continuidade	do	tratamento	-		início,	
meio	e	fim	
		Antidepressivos	tricíclicos	-		amitriptilina,		
clomipramina,	nortriptilina,		imipramina	
• 	3	semanas	para	se	verificar	o	efeito	obtido	com	a	
dose	utilizada	
• 	introduzidos	progressivamente	
• 	devem	proporcionar	melhora	de	cerca	de	pelo	
menos	80%	
• 	doses	terapêuticas	ao	serem	utilizadas	na	APS	
situam-se	entre	75-150	mg/dia	
• 	em	caso	de	primeiro	episódio	depressivo:		
manutenção	por	6	meses	a	um	ano	após	o	
paciente	estar	compensado	
• 	se	houver	episódio	anterior,		deve	ser	solicitada	
avaliação	de	psiquiatra,		seja	por	meio	de	
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 22	
matriciamento	ou	de	referência	a	serviço	
especializado.	
• 	Efeitos	colaterais	nessa	faixa	terapêutica:		boca	
seca,		hipotensão	postural,		visão	turva	e	
sonolência.	
• 	contra-indicações:		hiperprostatismo,	distúrbios	
de	condução	(monitorar	ECG)	e	glaucoma.	
	Antidepressivos	-		inibidores	seletivos	da	
recaptação	de	serotonina	-		Fluoxetina	
• 	Meia	vida	longa	da	fluoxetina	e	da	norfluoxetina	
(metabólito	ativo)		
• 	3	semanas	para	se	verificar	o	efeito	obtido	com	a	
dose	utilizada	
• 		se	houver	episódio	anterior,		considerar	a	
avaliação	de	um	psiquiatra,		seja	por	meio	de	
matriciamento	ou	de	referência	a	serviços	
especializado.	
• 		Na	APS	utiliza	se	até	40mg/dia	
• 	manutenção	por	6	meses	a	um	ano	após	o	
paciente	estar	compensado,		em	caso	de	primeiro	
episódio	depressivo	
• 	a	possibilidade	do	uso	em	doses	maiores	indica	
necessidade	de	avaliação	por	um	especialista	
• 	efeitos	colaterais:		boca	seca,		náuseas,		enjôos	e	
disfunção	sexual	geralmente	um	retardo	no	
orgasmo.	
	
Transtornos	de	ansiedade	–	
prática	4	(10/08)	
• Conceito	:	grupo	de	condições	caracterizadas	pela	
ansiedade	 idiopática	 acompanhada	 de	 sintomas	
psicológicos	(p.	Ex.	Alterações	de	pensamentos)		e	
somáticos	(ex.	Taquicardia	e	sudorese)	
• A	 diferença	 entre	 a	 ansiedade	 “normal”	 e	 a	
patológica	pode	ser	vista	no	grau	de	interferência	
na	funcionalidade	do	indivíduo		
• Transtornos	 de	 ansiedade	 apresentam	 alta	
prevalência	 na	 sociedade	 sendo	 os	mais	 comuns	
entre	os	transtornos	psiquiátricos.		
• O	estado	de	ansiedade	patológica	corresponde	ao	
acionamento	 inadequado	do	sistema	de	 resposta	
ao	 estresse	 (luta	 e	 fuga)	 associado	 com	 um	
variedade	 de	 respostas	 do	 sistema	 cognitivo,	
motor,	neuroendócrino	e	autonômico,	envolvendo	
assim	não	apenas	o	sistema	simpático.		
• A	 pessoa	 que	 sofre	 com	 os	 transtornos	 de	
ansiedade	se	sente	como	um	indivíduo	normal	(no	
ansioso)	 se	 sente	 em	 situações	 de	 risco.	 A	
diferença	é	que	a	pessoa	com	ansiedade	em	crise	
não	esta	em	situação	de	risco.		
	
• Quando	 se	 tem	um	 transtorno	de	ansiedade	não	
elimina	a	possibilidade	de	se	ter	outro.		
Transtornos	relacionados	à	ansiedade	incluem	:	
o Fobia	especifica		
o Transtorno	de	ansiedade	social		
o Transtorno	do	pânico		
o Agorafobia	
o Transtorno	 de	 ansiedade	 generalizada	
(TAG)	
ETIOLOGIA		
• Embora	 suas	 causas	 não	 sejam	 completamente	
conhecidas,	 múltiplos	 fatores	 podem	 estar	
relacionados	ao	seu	surgimento,		entre	eles	fatores	
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 23	
genéticos,	 ambientais,	 eventos	 traumáticos,		
fatores	psiquiátricos	ou	condições	médicas	gerais.	
Múltiplos	 fatores	 que	 se	 somam	e	 aumentam	 as	
chances	 do	 indivíduo	 apresentar	 transtornos	 de	
ansiedade.	
• A	 maioria	 das	 pessoas	 com	 transtornos	 de	
ansiedade	 apresentam	 um	 ou	 mais	 sintomas	
somáticos	como:		
o Palpitações,	sudorese,	dor	torácica	
o Dispneia	ou	sensação	de	estar	sufocado	
o Dispepsia,	inchaço	abdominal,	náusea		
o Diarreia	
o Frequência	ou	urgência	urinaria		
o Cefaleia,	tonturas	e	pré-síncope		
o Parestesia,	termos	entre	outros.		
• Os	transtornos	de	ansiedade	podem	ser	ordenado	
em	dois	grandes	grupos	:	
1. Ansiedade	 constante	 e	 permanente,	
onde	se	enquadra	a	TAG	
2. Crises	de	ansiedade,	que	cursam	com	
períodos	discretos	de	sintomas	agudos	
no	 qual	 há	 elevação	 abrupta	 da	
ansiedade,	 associada	 a	 pensamentos	
de	medo	e	sintomas	somáticos	(“ïnício	
crescente”),	 que	 normalmente	 se	
resolvem	o	período	de	uma	hora,	onde	
se	enquadra	a	síndrome	do	pânico.		
	
	
Caso	clínico	1	
• Paciente,	 sexo	masculino,	 23	 anos,	 estudante	 de	
direito,	refere	que	há	três	semanasficou	preso	no	
elevador	 da	 faculdade	 durante	 cerca	 de	 10	
minutos.	Enquanto	estava	no	elevador,	começou	a	
sentir	falta	de	ar,	aperto	no	peito,	coração	batendo	
forte	e	acelerado	e	dormência	no	braço	esquerdo.	
O	paciente	relata	que	os	sintomas	foram	tão	fortes	
que	 achou	 que	 fosse	 morrer,	 sendo	 preciso	 ser	
levado	ao	serviço	de	pronto	atendimento	próximo	
à	faculdade	por	um	colega.	
Os	 exames	 realizados	 no	 serviço	 não	mostraram	
alterações	e	os	sinais	vitais	dentro	da	normalidade.		
Refere	que	sempre	teve	medo	de	lugares	fechados	
e	 que	 dificilmente	 andava	 de	 elevador	 sozinho.	
Questionado	 sobre	 as	 semanas	 seguintes,	 o	
paciente	relata	ter	mantido	suas	atividades	diárias,	
mas	que	não	anda	mais	de	elevador	porque	 tem	
medo	de	ter	outra	crise.		
• Quais	características	presentes	no	caso	podem	ser	
relacionadas	 aos	 transtornos	 de	 ansiedade	 ?	
(Grifado)	
• Hipótese	 diagnóstica	 –	 Fobia	 especifica	 ou	
transtorno	do	pânico;	mais	característico	de	fobia	
específica.	
Fobia	especifica		
• Pessoa	 fica	 apreensiva;	 ansiosa,	 se	 esquiva	 de	
objetos	 ou	 a	 situação	 que	 desencadeia	 tal	
ansiedade.	
• Medo,	ansiedade,	comportamento	de	esquiva,	até	
um	 ponto	 que	 se	 torna	 persistente	 e	 fora	 de	
proporção	 em	 relação	 ao	 risco	 real	 que	 se	
apresenta.		
Transtorno	de	ansiedade	social		
• Sintomas	 de	 ansiedade,	 comportamento	 de	
esquiva	 relacionado	 a	 interações	 e	 situações	
sociais	 que	 envolvem	 a	 possibilidade	 de	 ser	
avaliado.	A	ideação	cognitiva	associada	é	a	de	ser	
avaliado	negativamente		
Transtorno	do	pânico		
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 24	
• Ataques	 inesperados	 e	 recorrentes;	 situação	 de	
constante	apreensão	de	novos	ataques	de	pânico;	
medo	 intenso,	 desconforto	 intenso,	 associado	 a	
sintomas	físicos	e/ou	cognitivos.		
• Apresenta	 ansiedade	 antecipatória	 –	 sofrimento	
psíquico	 contínuo	 provocado	 pela	 preocupação	
com	 o	 próximo	 ataque	 de	 pânico	 ou	 com	 seus	
efeitos.			
	Agorafobia	
• A	 pessoa	 se	 sente	 apreensiva,	 ansiosa	 acerca	 de	
situações	como	o	uso	de	transporte	público,	estar	
em	 lugares	 fechados	 ou	 abertos,	 pegar	 filas,	
multidões,	 sair	 de	 casa	 sozinho,	 entre	 outras	
situações.		
• Ela	teme	essas	situações	devido	aos	pensamentos	
de	que	pode	ser	difícil	escapar	ou	de	que	pode	não	
haver	 auxilio	 disponível	 caso	 tenha	 sintomas	 do	
tipo	pânico,	incapacitantes	ou	constrangedores.		
• Estar	 em	 ambiente	 público	 e	 se	 ocorrer	 algum	
evento	ela	pensa	que	não	vai	ter	suporte;		
• Identificada	 independente	 da	 presença	 de	
transtorno	de	pânico.		
Transtorno	de	ansiedade	generalizada	(TAG)	
• Ansiedade	 patológica,	 não	 é	 especifica	 a	 um	
objeto,	situação.	
• Condição	 mais	 heterogênea,	 caracterizada	 pela	
presença	de	ansiedade	clinicamente	significativa	e	
sintomas	 somáticos	 associados	 a	 pelo	 menos	 6	
meses	ou	mais.		
• A	pessoa	 experimenta	 sintomas	 físicos,	 incluindo	
inquietação	ou	sensação	de	“nervos	à	flor	da	pele”,	
fatigabilidade;	dificuldade	de	concentração	ou	“ter	
brancos”;	 irritabilidade;	 tensão	 muscular;	 e	
perturbação	do	sono.		
• Ela	é	 constante;	 constantemente	a	pessoa	 sente,	
somatiza;	sempre	preocupada,	temerosa	
Transtorno	obsessivo-compulsivo		
• Caracterizado	 pela	 presença	 de	 obsessões	 e/ou	
compulsões		
o Obsessões	 –	 campo	 dos	 pensamentos	 –	
pensamentos	 impulsivos	 ou	 imagens	
recorrentes	 e	 persistentes	 que	 são	
vivenciados	como	intrusivos,	indesejados		
o Compulsão	 –	 comportamento	 que	 a	
pessoa	 desenvolve	 :	 comportamentos	
repetitivos	 ou	 atos	 mentais	 que	 um	
indivíduo	 se	 sente	 compelido	 a	 executar	
em	resposta	a	uma	obsessão	ou	de	acordo	
com	 regras	 que	 devem	 ser	 aplicadas	
rigidamente.		
• Impactam	funcionalidade;	não	são	decorrentes	do	
uso	de	álcool	ou	drogas;		
Tratamento		
• O	tratamento	baseia-se	no	tripé	:	
o Tratamento	medicamentoso		
o Tratamentos	psicossociais		
o Psicoeducação		
• Tratamento	 medicamentoso	 :	 (sempre	 vai	 estar	
apoiado	 no	 uso	 de	 antidepressivos;	 ansiolíticos	
tem	necessidade	de	avaliação	se	há	necessidade	ou	
não	do	seu	uso	–	severidade	do	quanto	atrapalha);	
ansiolíticos	 possuem	 efeitos	 rápidos	 de	 ação	
porém	seu	uso	contínuo	não	é	recomendado	por	
gerar	tolerância.	
• Os	 benzodiazepínicos.	 São	 a	 segunda	 classe	 de	
fármacos	 mas	 importantes	 no	 tratamento	 dos	
transtornos	de	ansiedade.	Entretanto,	elas	causam	
importantes	 efeitos	 colaterais,	 como	 sedação,	
amnésia	 anterógrada	 e,	 principalmente,	
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 25	
dependência	 e	 tolerância.	 Por	 serem	 ansiolíticos	
de	 início	 rápido,	 são	 ótimas	 drogas	 para	 alívio	
imediato	de	quadros	de	ansiedade,	porem	não	tão	
adequado	para	tratamentos	prolongados	exigidos	
nesses	transtornos.	O	uso	pontual	e	temporário	de	
benzodiazepínicos	 pode	 ser	 feito	 quando	 há	
exacerbação	 aguda	 	 dos	 sintomas	 e,	
eventualmente,	 no	 inicio	 do	 tratamento	 com	
antidepressivos,	 fase	 em	 que	 eles	 ainda	 não	
fizeram	efeito	ou	até	à	piora	inicial	da	ansiedade.		
o Transtorno	de	pânico		
§ Antidepressivo	 (ação	 dupla;	
inibidores	 da	 recaptação	 de	
serotonina)	e	ansiolítico	da	classe	
dos	benzodiazepínicos		
• Caso	clínico		
Transtorno	de	ansiedade	e	
associados	+	
Benzodiazepínicos	
Epidemiologia		
• Fobia	especifica	6	a	12%	da	pop.	
• Transtorno	ansiedade	social	10%	
• Agorafobia	pura	2%	
• Ansiedade	de	separação	na	infância	2	a	3%	
• Pânico	2	a	5%	
• TAG	3	a	5%	
• Região	 metropolitana	 de	 São	 Paulo	 12,4%	 fobia	
especifica;	5,6%	ansiedade	social,	3,7%	para	TAG;	
2,5%	para	agorafobia	e	1,7%	para	pânico.	
Importância	para	a	saude	pública		
• 10%	 das	 causas	 de	 incapacidade,	 ajustada	 para	
todos	 os	 transtornos	 mentais.	 Atrás	 apenas	 de	
transtorno	depressivo	maior.	
• Combinação	de	 fatores	alta	 incidência,	 instalação	
precoce,	 elevado	 tempo	 de	 sintomas	 sem	
tratamento,	uso	abusivo	de	substâncias	psicoativas	
associado,	 outras	 comorbidades	 psiquiátricas	
associadas	e	elevada	comorbidades	clínica.	
• A	diferença	entre	as	condições	funciona	e	clínica	é	
apenas	 dimensional	 (intensidade,	 duração	 e	
frequência).		
• MEDO	X	ANSIEDADE	
o Medo	 ->	 emoção	 normal;	 caráter	 mais	
externo	
o Ansiedade	 ->	 temporalidade	 do	 ansioso	
(presentificação	de	um	sofrimento	futuro;	
antecipação	de	um	tempo	futuro)	
ANSIEDADE	EM	GERAL		
• Amígdala:	área	límbica;		
o Envolvida	 em	 uma	 série	 de	 reações	
relacionadas	ao	medo	e	também	a	ataques	
de	pânico,	funciona	como	um	alarme.	
• Hipocampo:	
o Centro	de	armazenamento	de	memórias	e	
experiências		
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 26	
o Fornece	essas	informações	a	amígdala	que	
confere	se	é	desconhecido	fornecendo	um	
alarme	 ou	 então	 se	 conhecido	 qual	 a	
qualidade	daquela	experiência.		
	
TAG	–	transtorno	de	ansiedade	generalizada	
• Preocupação	crônica	e	persistente	que	é	altamente	
aversivo	 e	 incontrolável,	 multifocal,	 saúde,	
finanças.	 (Preocupações	 futuras	 no	 tempo	
presente)	
• TAG	 em	 crianças	 se	 manifesta	 como	 dores	
abdominais		
• Crianças	 costumam	 ter	 mais	 sintomas	 físicos	 e	
muitas	faltas	na	escola	
• Tratamento	obrigatório	:	psicoterapia;		
• Um	dos	transtornos	mais	comuns	na	APS	
• 7	a	8%	dos	pacientes	raramente	os	sintomas	vem	
como	 preocupação	 mas	 surgem	 como	 sintomas	
somáticos	
• Proporção	de	mulheres	para	homem	2:1	
• Parentes	 de	 primeiro	 grau	 com	 TAG	 dobram	 a	
prevalência	 de	 ansiedade	 e	 aumenta	 em	 5	 a	 6	
vezes	a	prevalência	de	TAG	
• Idade	de	início	variável,	picos	início	da	vida	adulta	
e	final	da	vida	adulta		
• Sintomas	devem	durar	mais	de	6	meses.	
CRITÉRIOS	DIAGNÓSTICOS	–	DSM	5	
• Para	 ser	 TAG	 o	 indivíduo	 tem	 de	 apresentar	 o	
critério	A	e	B;	além	de	três	dos	sintomas	relatados	
em	C.	
A.	 Ansiedade	 e	 preocupação	 excessiva	 (	 Expectativa	
apreensiva),ocorrendo	na	maioria	dos	dias	por	pelo	
menos	6	meses,		com	diversos	eventos	ou	atividades	
B.	O	indivíduo	considera	difícil	controlar	a	preocupação		
C.	Ansiedade	e		E	preocupação	estão	associados	com	3	
ou	mais	dos	seguintes	6	sintomas:	(	nota:		apenas	um	
item	é	exigido	para	crianças).	
1.		inquietação	ou	sensação	de	estar	com	os	nervos	à	
flor	da	pele	
	2.	Fatigabilidade	
3.	 Dificuldade	 em	 concentrar-se	 ou	 sensações	 de	
“branco”na	mente.		
4.	Irritabilidade		
5.	Tensão	muscular		
6.	Perturbação	de	sono		
D.	 	 Ansiedade,	 	 a	 preocupação	 ou	 sintomas	 físicos	
causam	 sofrimento	 clinicamente	 significativo	 ou	
prejuízo	no	 funcionamento	social,	profissional	ou	em	
outras	áreas	importantes	da	vida	do	indivíduo.	
E.	 	A	perturbação	não	se	deve	aos	efeitos	fisiológicos	
de	uma	substância	ou	a	outra	condição	médica	
	
• Tratamento	 –	 psicoterapia	 e	 uso	 de	 inibidores	
seletivo	 da	 recaptação	 de	 serotonina	 (fluoxetina,	
sertralina;	 exitalopran	 (lexapro	 referência);	
paroxetina	(da	sono),	aumenta	muito	o	apetite		
• Desafios	–	 tolerância	do	antidepressivos	pois	de	
inicio	há	aumento	dos	sintomas	ansiosos;		
o Alternativa	:	Fracionar	doses	ou	associar	a	
benzodiazepínicos.	 Ou	 também	 variar	
classe	de	antidepressivo	(duais	–	inibem	a	
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 27	
recaptação	de	serotonina	e	noradrenalina	
(desvenlafaxenia	 como	 exemplo);	
Pregabalina	 –	 ação	 Gabaérgica	
importante).	
Transtorno	do	pânico	
A. Precisa	 ser	 recorrente;	 inesperado,	 começa	
acontecer	 sem	estimulo	algum	ou	com	estímulos	
que	não	eram	para	acontecer	o	ataque	do	pânico.		
Um	ataque	de	pânico	é	um	surto	abrupto	de	medo	
intenso	ou	desconforto	 intenso	que	alcançou	um	
pico	em	minutos	 e	durante	o	qual	 ocorrem	4	ou	
mais	dos	seguintes	sintomas:		
• 	Palpitações,	coração	acelerado,	taquicardia		
• Sudorese		
• Tremores	e	abalos		
• Sensações	de	falta	de	ar	ou	sufocamentos		
• Sensações	de	asfixia	
• Dor	ou	desconforto	torácico	
• 	Náusea	ou	desconforto	abdominal	
• 	sensação	de	 tontura,	 instabilidade,	 	 vertigem	ou	
desmaio	
• 	calafrios	ondas	de	calor	
• 	Parestesia		
• 	Desrealização	 (Sensação	 de	 irrealidade)	 ou	
despersonalização	 (sensação	de	estar	distanciado	
de	si	mesmo)	
• Medo	de	perder	o	controle	ou	enlouquecer		
• Medo	de	morrer	
B. Pelo	menos	um	dos	ataques	foi	seguido	de	um	mês	
(ou	 mais)	 de	 uma	 ou	 de	 ambas	 as	 seguintes	
características	:		
1. Apreensão	ou	preocupação	persistente	acerca	
de	ataques	do	pânico	adicionais	ou	sobre	suas	
consequências		
2. Uma	 mudança	 desadaptativa	 significativa	 no	
comportamento	relacionada	aos	ataques		
Tratamento	
• Pode	 ser	 farmacológico	 e	 Terapia	 Cognitivo-
Comportamental;		
• Bases	da	TCC	
o Psicoeducação;	
o Reestruturação	cognitiva;	
o Intervenções	 comportamentais	
(experimentos	 comportamentais	 e	
exposição	introceptiva).	
Tratamento	 Farmacológico	 →	 ISRS	 são	 a	 primeira	
escolha,	 de	 acordo	 com	 a	 aceitação	 do	 paciente	
(efeitos	colaterais).	
Transtorno	de	ansiedade	social	
• 	Tratamento	:	psicoterapia	de	exposição;	treino	de	
habilidades	 sociais,	 terapia	 de	 disposição	
(mentalizando	 as	 situações	 com	 o	 nível	 de	
ansiedade	 que	 você	 vai	 ter);	 betabloqueador	 –	
propanolol;	 inibidor	 seletivo	 pode	 ser	 dado	 mas	
não	tem	muita	evidência.	
Fobia	específica		
CRITÉRIOS	DIAGNÓSTICOS		
A. Medo	 ou	 ansiedade	 acentuados	 a	 cerca	 de	 um	
objeto	ou	situações(p.	Ex.	Voar,	altura,	animais,	
tomar	injeção,	ver	sangue).	
Tratamento	
• O	 tratamento	 farmacológico	 baseia-se	 na	
utilização	de	ISRS	juntamente	com	Inibidor	seletivo	
da	 recaptação	 de	 serotonina	 e	 noradrenalina	
(venlafaxina)	→	São	os	fármacos	de	primeira	linha.	
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 28	
• Terapia	 cognitivo-comportamental→Exposição,	
reestruturação	cognitiva,	técnicas	de	relaxamento,	
treino	 de	 habilidade	 social	 e	 terapia	
comportamental	em	grupo.,m	
AGORAFOBIA		
CRITÉRIOS	DIAGNÓSTICOS		
A. Medo	ou	ansiedade	marcantes	acerca	de	duas(ou	
mais)	das	cinco	seguintes	situações	:	
a. Uso	de	transporte	publico		
b. Permanecer	em	espaços	abertos	
c. Permanecerem	locais	fechados	
d. Permanecer	em	uma	fila	ou	ficar	em	meia	
a	uma	multidão	
e. Sair	de	casa	sozinho		
	
	
Tratamento 		
• Primeira	 linha	 :	 ISRS	 ou	 terapia	 cognitivo	
comportamental		
• Podem	ser	associados	
• Exemplos	 de	 ISRS:	 escitalopram,	 fluvoxamina,	
paroxetina,	sertralina.		
• Segunda	 linha:	 outros	 antidepressivos,	
benzodiazepínicos	e	pregabalina		
• Reavaliação	do	paciente	nas	primeiras	semanas	e	
posteriormente	 mensalmente	 por	 3	 meses,	 caso	
tenha	resposta	manter	o	tratamento	por	6	meses.	
Transtorno	de	adaptação		
• 	
Transtorno	de	Estresse	agudo		
• Evento	vital;	
• Exposição	 a	 episódio	 concreto	 ou	 ameaça	 de	
morte,	lesão	grave	ou	violação	sexual	em	uma	(ou	
mais)	das	seguintes	formas:	
• Não	pode	administrar	benzodiazepínicos	–	risco	de	
desenvolver	estresse	pós	traumático		
Estresse	pós-traumático	
• Medicação	 muitas	 vezes	 utilizadas	 para	
tratamento	de	comorbidades	causadas	por	conta	
do	evento		
• Para	todos	os	casos	fazer	a	solicitação	de	exames	
complementares		
BENZODIAZEPÍNICOS 		
• Ansiolíticos;	calmantes	tarja	preta	
• Causam	 dependência	 química,	 por	 causarem	
tolerância;	 sedação,	 abstinência,	 sensação	 de	
prazer.	
• Ação	sedativa,	fásica,	ansiolíticos,	inibição	tônica.		
• 	
• 	Principais	representantes:		
o Clonazepam	
o Diazepam	
o Bromazepam	
o Midazolam	
o Lorazepam	
	
	
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 29	
Transtorno	do	humor	bipolar		
Resumo	depressão	:	
o Humor	deprimido		
o Perda	de	interesse		
**Muita	sensibilidade	e	pouca	especificidade		
o Alterações	biológicas	:	
§ Fadiga		
• Alteração	do	sono	(insônia	
terminal)	
• Alteração	do	apetite	
• Alteração	da	libido	
• Diminuição	 da	 atenção/	
concentração		
• Alteração	de	memória		
• Diminuição	da	auto	estima		
• Sentimento	de	inutilidade		
• Sem	perspectiva	de	futuro		
• Pensamento	de	morte		
§ Duração	 de	 mais	 de	 15	 dias	 e	
sintomas	 –	 prejuízo	 do	
funcionamento	 (ocupacional,	
laboral,	 sociofamiliar,	 acadêmico)	
=	depressão		
o Tratamento	 de	 acordo	 com	 o	 grau	 de	
depressão.		
§ Inibidor	seletivo	de	recaptação	de	
serotonina	 (sertralina,	 fluoxetina,	
citalopran,	 exitalopran,	
paroxicetina	 ...)	 –	 inicia	 em	 dose	
terapêutica	acompanha	por	4	a	6	
semanas.	
§ Antidepressivos	 tricíclicos	
(Amitriptilina,	nortriptilina...)	
• Eufórica	 +	 interesse	 por	 atividades	 prazeirosas	 =	
quadro	de	mania		
o Alteração	 do	 sono	 –	 diminuição	 da	
necessidade	de	sono		
o Alteração	de	libido	–	aumentada		
o Atenção	e	concentração	–	distraibilidade		
o Auto	estima	–	aumentada		
o Sentimento	de	inutilidade	deixa	de	existir		
o Otimismo		
o Risco	de	suicídio		
	
	
	
	
	
	
Depressão	unipolar		
A. Episódios	de	mania	podem	se	desenvolver	antes	de	
episódios	de	depressão	
B. Mania	 –	 aumento	 do	 interesse	 por	 coisas	
prazerosas,	por	coisas	arriscadas	->	suicídio		
C. Episódio	misto	–	mania	+	depressão		
Exame	psíquico 	
D. 	Pessoa	depressiva	X	Mania	
1. Apresentação		
§ Descuidado	(não	toma	banho	com	
a	 mesma	 frequência,	 não	 tem	 a	
preocupação	estética)		
§ Extravagante	/	exagerado	(roupas	
provocantes,	mais	 curtas;	místico	
religioso		
2. Nível	de	consciência	(clareza	do	sensório;	
ponto	de	vista	neuropsicológico)	
§ Vigil		
§ Vigil		
3. Atitude		
§ Indiferente		
§ Beligerante;	 arrogante	 (agressiva	
no	contato)	
4. Contato		
§ Difícil		
§ Difícil	em	situações	de	beligerância		
5. Atenção		
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 30	
§ Voluntária			
• Diminuída	
• Aumentada		
§ Espontânea		
• Diminuída		
• Aumentada		
6. Orientação		
§ Alopsíquica	
• 	Desinteresse		
• Desinteresse	
§ Autopsíquica		
7. Memória		
§ Fixação		
§ Evocação		
*Não	tem	alterações	significativas		
8. Inteligência		
§ Não	 caracteriza	 alteração	 de	
inteligência9. Linguagem	
§ Bradilaria		
§ Taquilaria	
10. Humor		
§ Depressivo/	hipotímico	
§ Eufórico/	 hipertímico/	 maníaco/	
elação/	exaltação	do	humor	
11. Afeto		
§ Sintônico	 (vivência	 afetiva	
observada		
§ Sintônico		
12. Pensamento	
§ Curso	(velocidade	do	pensamento	
• Lentificado		
• Acelerado		
§ Forma	 (estrutura	 como	
organizamos	 a	 ideias	 para	 ser	
compreendido)	
• Agregada		
• Fuga	 de	 ideias	 (foge	 do	
objetivo	 proposto	
inicialmente	 :	 Pergunta—
—————Resposta)	
§ Conteúdo	 (temática	 do	
pensamento)	
• Ideias	 pessimistas,	 de	
menos	 valia;	 culpa	
excessiva		
• Otimista	 /	 ideia	 de	
grandeza		
13. Juízo	de	realidade		
§ Delírios	secundários	ao	humor		
§ Delírios	de	grandeza;		
**Lembrar	 que	 existem	 delírios	 não	
congruentes	 com	 o	 humor;	 como	
delírios	perceptórios	
14. Sensoperceppção	
§ Alucinações		
15. Volição		
§ Hipobúlico		
§ Hiperbúlico		
16. Psicomotricidade	 (expressão	 final	 do	 ato	
volitivo)	
§ Lentificação	psicomotora		
§ Aumento	/	agitação	
17. Crítica		
§ Psicótica	 :	 tanto	 na	 depressão	
quanto	 na	 mania	 a	 crítica	 estará	
diminuída		
18. Noção	de	doença	
19. Pragmatismo		
§ Prejudicado		
§ Prejudicado		
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 31	
E. Episódios	misto	(características	se	misturam)	
1. Humor	deprimido	ou	lábil		
2. Pensamento	 discretamente	 acelerado	
junto	com	conteúdo	mais	pessimista		
3. Hiperbulica		
4. Inquietação	psicomotora		
Transtorno	Bipolar		
• É	 uma	doença	 crônica	marcada	 por	 episódios	 de	
mania,	hipomania	e	depressão	ao	longo	da	vida.	
• O	 transtorno	 bipolar,	 em	 seus	 vários	 tipos,	 é	
marcado	por	seu	caráter	fásico,	episódico.	
• Os	 episódios	 de	 mania	 e	 depressão	 ocorrem	 de	
modo	relativamente	delimitado	no	tempo,	e,	com	
frequência,	 há	 períodos	 de	 remissão,	 em	 que	 o	
humor	do	paciente	encontra-se	normal,	eutímico,	
e	 as	 alterações	 psicopatológicas	 mais	 intensas	
regridem.	
Epidemiologia		
• Idade	média	de	início	21	anos		
• Chance	de	recorrência		
o Após	 um	 primeiro	 episódio	 de	mania	 ou	
depressão	 bipolar,	 é	 de	 37%	no	 primeiro	
no	 ano,	 chegando	 a	 87%	 nos	 próximos	
cinco	anos.	
• Apesar	 da	possibilidade	de	períodos	 de	 remissão	
mais	 ou	menos	 completa,	 o	TB	 é	 um	 transtorno	
mental	 grave,	 com	 importantes	 implicações	 em	
termos	 de	 prejuízo	 na	 qualidade	 de	 vida,	 na	
produtividade	 e	 sociabilidade	 das	 pessoas	
acometidas,	bem	como	prejuízo	neuropsicológico	
e	risco	aumentado	de	doenças	físicas	e	suicídio.			
• Prevalência	na	vida	foi	de	1,02%	de	TB	em	adultos.	
• O	risco	de	SUICÍDIO	aumenta	para	indivíduos	que	
apresentam	 episódios	 mistos,	 ciclagem	 rápida	 e	
mais	 sintomas	 ansiosos,	 que	 estão	 no	 período	
inicial	do	TB,	têm	quadros	refratários	ou	recebem	
tratamentos	inadequados	para	o	transtorno.	
• O	risco	de	suicídio	aumenta	de	forma	marcante	se	
há	 comorbidades	 com	 transtornos	 da	
personalidade	 (TPs)	 do	 grupo	 B	 (TPs	 borderline,	
histriônica	ou	narcisista)	e	uso	e	substâncias	como	
álcool,	cocaína	ou	maconha.	
• 	Bases	 genéticas	 e	 neurobiológicas	 do	 transtorno	
bipolar	
• 	o	transtorno	bipolar	tem	uma	base	genética	que,	
embora	muito	é	heterogênea,		É	indubitavelmente	
relevante.		a	concordância	entre	gêmeos	idênticos	
é	de	40	a	70%,		e	a	herdabilidade	estimada	chega	a	
0,9,	 	 ou	 seja,	 	 os	 fatores	 genéticos,	 	 em	 uma	
população	 homogênea	 para	 fatores	 ambientais,		
explicam	 cerca	 de	 90%	 da	 variabilidade	 para	
ocorrência	do	transtorno.		
• 	em	 relação	 	 ao	 componente	 cerebral	 do	
transtorno	 bipolar,	 	 há	 certo	 consenso	 de	 que	
haveria	uma	combinação	de	comprometimento	do	
controle	 cognitivo-emocional,	 	 implicando	
estruturas	 com	 ação	 deficitária	 como	 córtex	 do	
cíngulo	anterior	dorsal,		e	os	córtices		pré-frontais	
dorsolaterais	 e	 dorsomediais,	 assim	 como,	 	 	 em	
contraste,	 	 haveria	 desregulação	 por	 hiper-
responsividade	 de	 áreas	 límbicas	 e	 paralímbicas,	
como	a	amígdala,	o	córtex	frontal	ventrolateral	e	o	
córtex	do	cíngulo	anterior	ventral.		
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 32	
	
	Sintomas	da	síndrome	maníaca	
• 	Euforia	-		é	alegria	marcante	desproporcional	aos	
eventos	da	vida	
• 	Elação	 -	 	 é	 o	 sentimento	 de	 expansão	 e	
engrandecimento	do	EU	
• Irritabilidade	 –	 em	 graus	 variados,	 desde	 leves,	
passando	 pela	 beligerância,	 até	 a	 franca	
agressividade.		
• 	Euforia,	 	 alegria	 exacerbada,	 	 elação,		
Grandiosidade	 ou	 irritabilidade	 marcante,		
Desproporcionais	aos	 fatos	da	vida	e	distintos	do	
estado	 comum	 de	 Leiria	 ou	 entusiasmo	 que	 o	
indivíduo	sadio	apresenta	em	sua	vida.		
• 	Aceleração	 das	 funções	 	 Psíquicas	
(taquipsiquismo)	 :	 	 Agitação	 psicomotora,		
exaltação,	loquacidade	e	pressão	para	falar,	assim	
como	pensamento	acelerado	até	fuga	das	ideias.	
• Deve	durar	pelo	menos	um	semanas,	mas	a	média	
de	duração	do	episódio	maníaco	é	por	volta	de	três	
meses.		
• 	Na	 esfera	 ideativa	 verifica	 se,	 	 em	 geral,		
pensamento	 com	 conteúdo	 alegre,	 	 grandioso	 e	
impreciso,	 	 que	 tende	 a	 ser	 superficial	 e	
inconsequente.	
• 	também	 ocorrem	 ideias	 de	 grandeza,	 	 poder,		
riqueza	 e/ou	 importância	 social.	 	 Para	 configurar	
verdadeiros	 delírios	 humor-congruente,	 	 como	
delírios	 de	 grandeza,	 	 missão	 ou	 poder,	 	 ou	 o	
humor-incongruente,		como	delírio	de	perseguição	
ou	de	passividade.	
• Também	podem	estar	presentes	alucinações	
CRITÉRIOS	DIAGNÓSTICOS		
• 	Na	maior	parte	do	dia	por	pelo	menos	uma	
semana	
• 	humor	elevado	(+	três)	ou	humor	irritável	(+	
quatro)	:	
o 	Aumento	da	auto-estima	
o 	diminuição	da	necessidade	de	sono	
o 	Loquacidade	
o 	Logorreia	
o 	pressão	para	falar	
o 	alterações	formais	do	pensamento	
o 	Distraibilidade	
o 	aumento	de	atividade	ou	agitação	
psicomotora	
o 		Envolvimento	excessivo	em	atividades	
potencialmente	perigosas	ou	danosas	
o 	labilidade	afetiva	
o 	agitação	psicomotora	
o 	Arrogância	
o 	Heteroagressividade	
o 	desinibição	social	e	sexual	
TRATAMENTO		
• 	Objetivos	:		
o Curto	 prazo:	 tratamento	 dos	 episódios	
depressivos	 maníacos	 ou	 mistos	 e	 das	
condições	 associadas,	 	 como	 a	 ciclagem	
rápida.		
o Longo	prazo	 :	 	Profilaxia	das	 recorrências	
de	episódios	depressivos	ou	maníacos	uma	
vez	 estando	 em	 remissão	 do	 último	
episódio	de	humor.		
• 		cenários	de	tratamento:		
o 	Ambulatório/	UBS	
o CAPS	
o 	pronto	socorro	
o 	Internação	
• LÍTIO		
• 	O	 primeiro	 fármaco	 aprovado	 pela	 FDA,	 dos	
Estados	Unidos,	para	o	tratamento	do	TB	
• 	Indicada	mais	de	50	anos	tanto	para	a	fase	aguda	
da	doença	quanto	para	a	de	manutenção.		
• Exemplares:	
o Carbolium	(300mg)	
Medicina	–	Thayna	Borba	
	 33	
o Carbolitium	(300mg)	
o Carbolitium	CR	(450mg)	
• 	Indicação	 em	 todas	 as	 fases	 do	 tratamento	 do	
transtorno	bipolar	
o 	episódios	 de	mania	 aguda	 e	 depressivos	
agudos	
o 	profilaxia	na	fase	de	manutenção	
• 	antes	de	iniciar	o	tratamento:	
o 		exame	 clínico,	 	 com	 especial	 atenção	 a	
doenças	de	tireóide,		coração,		rins	e	o	uso	
de	outros	medicamentos	
o 	avaliação	 laboratorial:	 	hemograma,	TSH,	
creatinina,	 eletrólitos	 (Cálcio,	 fósforo,		
sódio,	 potássio),	 ECG	 (	 Em	 pessoas	 com	
mais	de	40	anos	ou	com	possibilidade	de	
apresentar	 cardiopatias)	 	 e	 testes	 de	
gravidez	em	 todas	as	mulheres	em	 idade	
fértil.		
o 	Indispensáveis	 antes	 do	 início	 do	
tratamento	 com	 lítio	 são	 os	 de	 função	
renal	e	de	tireóide	
• 	estreita	janela	terapêutica		
o 	fase	 aguda	 de	 mania:	 entre	 0,8	 e	 1,2	
mEq/L	
o Fase	de	manutenção:	entre	0,6	e	1,0	mEq/L	
• 	Durante	o	período	de	uso:	
o 	Litemia	 	 a	 cada	 6	 meses	 em	 pacientes	
estáveis	
o 	Creatinina	a	cada	6	meses	
o 	demais	exames	ou	menos	uma	vez	ao	ano	
• 	retirada	gradual:	
o 	não	mais	que	25%	da	dose	em	uso	por	mês	
o 	descontinuação	abrupta	(	de	1	a	14	dias	)		
aumenta	o	risco	de	recaídas.

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