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Alcalóides tropânicos - origem família solanaceae -Solanaceae: batata, tomate, tabaco; -Usada na idade media para causar alucinações; Suas principais substancias precursoras se tratam de aminoácidos: ornitina, lisina(aa´s alifáticos- ciclo de krebs), tirosina, fenilalanina e triptofano( aa´s aromáticos- via do chiquimato) Exemplos · Beladona (Atropa belladona L.): -parte usada: partes aéreas (0,2 – 0,6% de teor alcalóide) e raízes (0,3 – 0,7%); -pa´s: hiosciamina 20, escopolamina 1; -ações farmacológicas: +anticolinérgico (antiespasmódico, midriatico, diminui ativ glandular); +estimulante do SNC; · Meimendro (Hyoscyamus niger L.): -parte usada: folhas e ramos floridos (0,2 – 0,8% de teor alcalóide); -pa´s: hiosciamina 1, escopolamina 1,2; -ações farmacológicas: +anticolinérgico (antiespasmódico, midriático, diminui ativ glandular); +depressor do SNC; · Estramônio (Datura stramonium L.): -parte usada: folhas e ramos floridos (0,1 – 0,6% de teor alcalóide); -pa´s:, hiosciamina 5, escopolamina 1; -ações farmacológicas: +anticolinérgico (antiespasmodico, midriatico, diminui ativ glandular); +estimulante do SNC; · Trombeteira (Brugmasia suaveolens): -parte usada: folhas (0,33 – 0,56% de teor alcalóide); -pa´s:, hiosciamina, escopolamina; -ações farmacológicas: +anticolinérgico (antiespasmódico, midriático, diminui ativ glandular); Drogas e pa´s que atuam no SNA parassimpático: · Colinérgico: pilocarpina; · Anticolinérgico: alcalóides tropanicos(atropina/ hiosciamina: broncodilatação deprime movimentos peristálticos e secreção acida, midriase; escopolamina). Os alcalóides de maior importância farmacológica tem esterificação de OH em ac aromáticos; •atropina= mistura racêmica de R,S-hiosciamina (não existe na planta fresca), durante colheita, secagem e extração, R,S-hiosciamina transforma-se facilmente em atropina • escopolamina= estereoisômero levorrotatório (S-(-)-escopolamina = hioscina) → em meio alcalino, ocorre racemização → mistura atroscina ex.: buscopan Extração: Caracterização: • Além de reações de precipitação, podem ser analisados preliminarmente por CCD, usando reveladores gerais (Dragendorff, iodo-iodeto ou iodoplatinato) • Reação de Vitali e Morin: alcaloides tropânicos → HNO3 conc. → KOH/EtOH → coloração púrpura → vermelho escuro → incolor usar KOH/acetona → aumenta sensibilidade Reação é pouco específica Alcalóides pirrolizidínicos •Encontradas principalmente em Asteraceae (gênero Senecio), Boraginaceae e Fabaceae; • Defesa contra infecção de fungos; • Lepidópteros sequestram alcaloides de plantas → proteção contra predadores e precursores de ferormônios essenciais; •Existem vários casos de envenenamento de humanos e gado pelo consumo de plantas ricas em alcaloides pirrolizidínicos; • Também casos de intoxicação humana por consumo de mel e leite contaminados com alcaloides pirrolizidínicos; Exemplos: • Ayapana (Eupatorium ayapana) • Borrago (Borago officinalis) • Cinoglosa (Cynoglossum officinale) • Maria-mole (Senecio brasiliensis) • Tusilago (Tussilago farfara) • Confrei (Symphytum officinale): lasiocarpina (Uso interno não recomendado, apenas uso tópico) Isolamento e identificação: • Sensíveis ao calor e luminosidade: decomposição • Enzimas vegetais podem oxidar as bases livres em N-óxidos durante o processo de secagem • Extração com solventes orgânicos → Suspender com sol. aquosa ácida diluída → N-óxidos se reduzem às bases livres agitando-se pó de zinco → Filtrar e basificar sol. aquosa com NH4OH conc. → Extrair alcaloides com solvente orgânico CCD → revelar com cloranila, vapores de iodo e reativo de Ehrlich (reagente específico para alcaloides pirrolizidínicos insaturados) Farmacologia: • Classe de toxinas vegetais amplamente conhecida; • Estudo químico e farmacológico dos alcaloides pirrolizidínicos iniciou-se com a “enfermidade do senécio”, plantas pertencentes ao gênero Senecium (Asteraceae); • Toxicidade: efeitos hepatotóxicos, citotóxicos, mutagênicos, carcinogênicos e teratogênicos; +A toxicidade não é diretamente causada pelos alcaloides pirrolizidínicos, mas sim pelos seus metabólitos • Pirrois têm elevada reatividade com agentes alquilantes dos constituintes químicos dos tecidos, como proteínas e ácidos nucléicos. Os grupos nucleofílicos destas macromoléculas, como sulfidrila, hidroxila ou amina (nas purinas e pirimidinas) reagem com os pirrois (originados na metabolização dos alcaloides pirrolizidínicos) – estes metabólitos formam íons carbônio suscetíveis de sofrer ataques nucleofílicos nas posições C-7 e C-9, preferencialmente. • Devido à alta toxicidade, os alcaloides pirrolizidínicos são candidatos pouco prováveis a agentes antitumorais. Alcalóides pirrolizidínicos, os quais são comprovadamente hepatotóxicos e carcinogênicos. Após diversos casos de morte ocasionados por cirrose resultante de doença hepática veno-oclusiva, desencadeadas por estes alcalóides, o uso do confrei foi condenado pela OMS. Alcalóides quinolizidínicos São encontrados principalmente na família Fabaceae, Berberidaceae, Solanaceae, Ranunculaceae, Quenopodaceae e Rubiaceae. Dentro desse grupo é encontrada a esparteina/lupinina com atividade terapêutica e outros que causam hepatotoxicidade. Utilizada as sementes que apresentam 8% de teor do alcalóide Alcalóides piperidínicos São derivados da lisina, caráter básico. Exemplos: · Lobelia (Lobelia inflata L.): -parte usada: partes aéreas (0,2 – 0,5% de teor alcalóide); -ações farmacológicas: +broncodilatador (efeito b adrenérgico); · Romã (Punica granatum): -parte usada: raiz e fruto (0,5 – 0,7% de teor alcalóide); -ações farmacológicas: +antihelmínticas( uso veterinário) · Pimenta (Piper nigrum): Composição química: óleos essenciais( 1 – 2,5%) , seu sabor se dá pelo conteúdo de amidas( 0,5 – 0,7%) onde a majoritária é a piperina. -ações farmacológicas: +piperina é depressora do SNC; +anticonvulsivante; +derivados da piperina são usados como antiepiléptico na China A pimenta preta é utilizada tradicionalmente como um medicamento para constipação e diarréia devido o conteúdo de piperina, alem disso aumento a biodisponibilidade de alguns medicamentos e apresenta propriedades analgésicas, antiinflamatórias, antimutagênicas e antitumorais. Alem disso, aumenta a quantidade de HDL e vitamina C, auxiliando na saúde cardiovascular e uma defesa antioxidante. Alcalóides imidazólicos Jaborandi (Pilocarpus pennatifolius Lem.) Família: Rutaceae. •As aplicações da pilocarpina e outras substâncias encontradas no gênero Pilocarpus não se limitam à oftalmologia, usada em investigações de neurotransmissores, evidenciaram que a pilocarpina atua de forma relevante na regeneração hepática em ratos. A presença de cumarina e de outros componentes nos extratos do gênero Pilocarpus foi comprovada, apresentando atividade antifúngica e no controle de micro-organismos. •é considerada um potente vasodilatador. •Utilizados na supressão (minimização) dos efeitos colaterais provocados pelo tratamento da “radiação induzida”, xerostomia (dry mouth),ou na síndrome de Sjögren. •É parassimpatomimetico- efeitos muscarinicos, em doses elevadas apresenta efeitos nicotínicos; •Hipersecreção salivar, gástrica, sudorípara; •Bradicardia, bronconstrição; Extração: Mecanismo de toxicidade Alcalóides benzoquinolínicos Boldo (Peumus boldus): -Família Monimiaceae; -As folhas de boldo contêm entre 0,4 e 0,5% de alcalóides pertencentes à classe dos benzoquinolínicos, sendo boldina o principal alcalóide, representando cerca de 12 a 19% do conteúdo total de alcalóides; Plectranthus barbatus -Familia Lamiaceae Vernonia condensata – boldo da bahia – família Asteraceae IPECA, POAIA OU IPECACUANHA -Raízes de Cephaelis ipecacuanha -família Rubiaceae -PA´S: emetina e cefalina As partes usadas são as raízes, colhidas parcialmente no início da primavera, quando as plantas estão em flor, e são secadas para uso pela indústria farmacêutica. É um irritante violento que estimula os sistemas gástricos e bronquiais, abaixa febres e previne formaçãode cisto em disenteria motivada por amebas. Usado em xarope para induzir vômito em crianças que ingeriram venenos e quando é preferível ao uso de lavagem estomacal em pessoa muito jovem. A droga deve conter no mínimo 2% de alcalóides totais solúveis em éter etílico, dos quais em algumas variedades podemos encontrar: 60% emetina. QUINA Chinchona spp – família Rubiaceae -PA´S: quinina, cinchonina, quinidina, cinchonidina As espécies com maior teor de quinino são C. ledgeriana e C. officinalis; O desenvolvimento de outros fármacos antimaláricos, tanto de origem sintética quanto naturais, como a cloroquina e a primaquina, resultou na diminuição do uso farmacológico de quinina. Entretanto, é ainda o fármaco mais eficiente contra a malária produzida pelo Plasmodium falciparum; A mefloquina, por exemplo, não atua nem nos esporozoítas e nem nas formas hepáticas (hipnozoítas) do P. vivax, não protegendo, portanto, das recaídas causadas por esta espécie de plasmódio. Os curares eram drogas obtidas de diversas espécies de Strychnos e Chondodendron americanas e africanas, utilizadas pelos índios para produzir flechas envenenadas para caça e pesca.
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