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Segunda atividade primeiro marco avaliativo Entrega 14 nov em 23:59 Pontos 25 Perguntas 10 Disponível 8 nov em 0:00 - 14 nov em 23:59 7 dias Limite de tempo 120 Minutos Tentativas permitidas 2 Histórico de tentativas Tentativa Tempo Pontuação MANTIDO Tentativa 2 93 minutos 25 de 25 MAIS RECENTE Tentativa 2 93 minutos 25 de 25 Tentativa 1 60 minutos 20 de 25 As respostas corretas estarão disponíveis de 14 nov em 0:00 a 15 nov em 0:00. Pontuação desta tentativa: 25 de 25 Enviado 13 nov em 12:41 Esta tentativa levou 93 minutos. 2,5 / 2,5 ptsPergunta 1 Analise a informação a seguir. Os romances naturalistas surgem numa época em que há um forte clima de agitação política, social e cultural no país, cujos autores do período incluem em suas obras uma objetividade que nega o subjetivismo romântico. Com base na informação, marque a alternativa que apresenta uma afirmação INCORRETA sobre o romance naturalista: O que determina o teor da narrativa é o próprio comportamento e as escolhas das personagens. As personagens são bastante delimitadas, quase semelhantes a caricaturas. Há uma descrição exacerbada que se reflete numa visualização dos ambientes. Essa estética tem como finalidade adentrar no nível psicológico das personagens. As personagens expressam a dependência humana diante das leis naturais. Feedback: A estética naturalista não retrata o mundo interior das personagens, mas as condiciona ao meio em que habitam e às condições que lhes são impostas. 2,5 / 2,5 ptsPergunta 2 Analise o fragmento de “O cortiço”, de Aluísio Azevedo: “E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, a multiplicar-se como larvas no esterco.”. (AZEVEDO, A. O cortiço. In: TERRA, E.; NICOLA, J. de. Língua, Literatura e Redação. São Paulo: Scipione, 1994. p. 159). O fragmento em questão apresenta uma característica essencial do Naturalismo, qual é? Uma compreensão biológica do mundo. Uma visão psicológica do homem. Uma visão religiosa da vida. Uma visão sentimental da natureza. Uma concepção idealista do universo. Feedback: Devido a se basear em aspectos científicos que analisam o homem e a sociedade segundo um rigor e uma objetividade, o autor insere elementos próprios que caracterizem o ser humano, como o fator biológico. 2,5 / 2,5 ptsPergunta 3 Sobre o romance “O mulato”, de Aluísio Azevedo, analise: I. Essa obra inaugurou a tendência naturalista no Brasil. II. Ela conta a história de Raimundo, que desconhece sua origem, sendo filho de um homem branco e uma escrava. Ao retornar para a sua cidade natal, apaixona-se pela prima, Ana Rosa, mas recebe a recusa da mão da moça pelo pai dela. III. O autor se distancia do debate que envolve o preconceito racial e social. IV. No final do romance, Raimundo não consegue ficar com sua prima porque a família os impede e, mesmo ao tentarem fugir juntos, ele é morto a mando de seu rival, o padre Diogo, o qual acaba se casando com Ana Rosa, representando a hipocrisia da igreja. Estão corretas apenas as afirmativas: I, II, III e IV. I, II e IV. I e II. I. III e IV. Feedback: O autor, embora implicitamente, insere em sua obra o caráter de denúncia contra o preconceito racial e social como males da sociedade. Em “O mulato”, o espaço é a província de São Luís (MA), na qual o autor insere práticas sociais consideradas comuns de lugares atrasados, onde predominavam a hipocrisia, o preconceito e a falsa moral. Exemplo disso era a personagem Quitéria, mulher rica, casada e religiosa, mas que adota de certa crueldade para com os escravos. A questão está representada na unidade 5, no tópico “5.3 Obras literárias naturalistas de crítica social no Brasil”. 2,5 / 2,5 ptsPergunta 4 Analise o trecho de “O cortiço” a seguir: Cena em que Rita Baiana se põe a dançar. “[...] Depois, como se voltasse à vida, soltava um gemido prolongado, estalando os dedos no ar e vergando as pernas, descendo, subindo, sem nunca parar com os quadris, e em seguida, sapateava, miúdo e cerrado freneticamente, erguendo e baixando os braços, que dobrava, ora um, ora outro, sobre a nuca, enquanto a carne lhe fervia toda, fibra por fibra titilando.” (AZEVEDO, A. O cortiço. 2. ed. São Paulo: Ática, 1975. p. 56). Com base no trecho, que frase sintetiza a excitação de Rita Baiana? “estalando os dedos no ar”. ”a carne fervia-lhe toda, fibra por fibra titilando”. “erguendo e baixando os braços, que dobrava”. “como se voltasse à vida”. “sem nunca parar com os quadris”. Feedback: Como a excitação se associa ao corpo, já que é uma reação química, a frase que faz referência a esse estado de prazer é “a carne fervia-lhe toda, fibra por fibra titilando” esta última palavra significa palpitando (coração). 2,5 / 2,5 ptsPergunta 5 Leia os poemas e analise o que se pede. Texto I A um poeta 1 Longe do estéril turbilhão da rua, Beneditino, escreve! No aconchego Do claustro, na paciência e no sossego, Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua! 5 Mas que na forma se disfarce o emprego Do esforço; e a trama viva se construa De tal modo, que a imagem fique nua, Rica mas sóbria, como um templo grego. 10 Não se mostre na fábrica o suplício Do mestre. E, natural, o efeito agrade, Sem lembrar os andaimes do edifício: Porque a Beleza, gêmea da Verdade, Arte pura, inimiga do artifício, É a força e a graça na simplicidade. BILAC, O. Antologia de poesia brasileira: Realismo e Parnasianismo. São Paulo: Ática, 1998. p. 48. Texto II Evocação do Recife (fragmento) 1 5 10 15 20 25 Recife Não a Veneza americana Não a Mauritsstad dos armadores das índias Ocidentais Não o Recife dos Mascates Nem mesmo o Recife que aprendi a amar depois - Recife das revoluções libertárias Mas o Recife sem história nem literatura Recife sem mais nada Recife da minha infância ---------------------------------------------------------------------------------- Rua da União onde todas as tardes passava a preta das bananas Com o xale vistoso de pano da Costa E o vendedor de roletes de cana O de amendoim que se chamava midubim e não era torrado era cozido Me lembro de todos os pregões: Ovos frescos e baratos Dez ovos por uma pataca Foi há muito tempo... A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros Vinha da boca do povo na língua errada do povo Língua certa do povo Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil Ao passo que nós O que fazemos É macaquear A sintaxe lusíada BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973. p. 114-116. Com o conhecimento da Unidade , você pode pensar sobre as poesias e com a análise da poesia de Manuel poderemos perceber algumas situações divergentes em relação ao que vinha a ser um poeta parnasiano. Texto I - Para os parnasianos, apesar de serem contemporâneos ao Realismo e idolatrarem o Romantismo, eram objetivos como os românticos, pois tematizavam os amores eternos, a vida familiar. Texto II – Assim como os parnasianos, tematizam os desejos mais subjetivos do ser humano, preferem o ideal ao real. Os modernistas obtiveram seu ápice de reconhecimento na Semana da Arte Moderna. Texto I – A preocupação com as formas não é algo que preocupa os parnasianos, eles sentem-se livres para compor seus versos e tematizar sobre o que mais lhe incomoda: a sociedade capitalista, escravocrata, entre outros temas sociais. Texto II – São perceptíveis as formalidades, a preocupação em escrever um soneto, bem como a preocupação com rimas ricas pelo autor modernista. Texto I – pelo fato de estar extremamente ligado ao formal (métrica e rimas) o autor não expõe a vida cotidianado período. O autor prefere descrever, neste texto em específico, objetos. Texto II - liberdade de pesquisa e criação estética; uso de versos livres e brancos; aproximação entre língua falada e escrita pelo uso do registro coloquial; valorização da cultura popular (v. 19 - 22); crítica à dependência cultural. Texto I – É um texto parnasiano, mas não o representa, pois tematiza o trabalho. Texto II – É um texto modernista, porém, não o representa pelo fato de não tematizar as indústrias, os computadores, as máquinas. Texto I - preocupação formal; métrica regular, esquema simétrico de rimas; valorização da "arte pela arte" (v.1); objetivismo e impassibilidade; defesa de uma arte de tradição exclusivamente erudita (v. 1 e 2); aproximação da cultura clássica (v. 7 e 8). Texto II - liberdade de pesquisa e criação estética; uso de versos livres e brancos; aproximação entre língua falada e escrita pelo uso do registro coloquial; valorização da cultura popular (v. 19 - 22); crítica à dependência cultural. Feedback: É possível perceber as diferenças nas poesias de acordo com o que foi abordado no estudo, no caso, o parnasianismo, período literário que defende a métrica perfeita, de rimas ricas e raras, sua aproximação à cultura clássica, entre outras técnicas poéticas; já o modernismo declara-se livre para a criação literária, desde que priorizasse a cultura nacional. 2,5 / 2,5 ptsPergunta 6 Leia atentamente o texto a seguir. Profissão de fé Quero que a estrofe cristalina, Dobrada ao jeito Do ourives, saia da oficina Sem um defeito: Assim procedo: minha pena Segue esta norma, Por te servir, Deusa serena, Serena Forma! Celebrarei o teu ofício no altar No altar: porém, Se inda é pequeno o sacrifício, Morra eu também! Caia eu também, sem esperança, Porém tranquilo, Inda, ao cair, vibrando a lança, Em prol do Estilo! Olavo Bilac BILAC, O. Antologia de poesia brasileira: Realismo e Parnasianismo. São Paulo: Ática, 1998. p. 52. A "profissão de fé" é uma declaração pública de um posicionamento (fé religiosa, opinião política etc.). Qual é a "profissão de fé" à qual se refere o título do poema? A profissão é de um escritor de prosa, como houve diversos escritores de prosa no período estudado. Refere-se aos romancistas, aqueles que não possuíam as formalidades dos poetas. “A profissão de fé” relaciona-se à profissão do poeta, uma vez que o autor expõe toda sua honra e glória na realização dos mesmos. A glória na realização de versos puros, versos formais, bem com ele saúda a “Deusa Serena da Forma” A profissão de fé relaciona-se à profissão de poeta, a qual é contraditória em relação à estética da época. O eu lírico na poesia expõe seu descontentamento com a escola literária do então período e a contradiz. A profissão seria a de um comerciário, muito preocupado com seus ganhos formais em relação ao Estado e à Deusa: Serena e Formal. Refere-se à profissão de fé dos padres, estes tão dedicados tanto à poesia como à fé cristã. Feedback: A “profissão de fé” relaciona-se à profissão do poeta, uma vez que o autor expõe toda sua honra e glória na realização dos mesmos. A glória na realização de versos puros, versos formais, bem com ele saúda a “Deusa Serena da Forma”. De acordo com o estudo do capítulo podemos perceber que os poetas endeusam as formalidades da língua e a exploram em suas poesias. 2,5 / 2,5 ptsPergunta 7 A seguir, foram transcritos fragmentos de dois poemas: “Profissão de fé” e os Sapos de Manoel Bandeira, poeta Modernista. Texto 1 Invejo o ourives quando escrevo: Imito o amor Com que ele, em ouro, o alto-relevo Faz de uma flor. Torce, aprimora, alteia, lima A frase; e, enfim, No verso de ouro engasta a rima, Como um rubim. Quero que a estrofe cristalina, Dobrada ao jeito Do ourives, saia da oficina Sem um defeito: E que o lavor do verso, acaso, Por tão sutil, Possa o lavor lembrar de um vaso De Becerril. Roteiro da poesia brasileira: Parnasianismo (seleção e prefácio de Sânzio de Azevedo). São Paulo: Global, 2006, p. 45. Texto 2 Sapo-tanoeiro, Parnasiano aguado, Diz: - "Meu cancioneiro É bem martelado. Vede como primo Em comer os hiatos! Que arte! E nunca rimo Os termos cognatos. .... Brada em um assomo O sapo-tanoeiro: - A grande arte é como Lavor de joalheiro. BANDEIRA, M. 50 poemas escolhidos. São Paulo: Cosac Naify, 2006. p. 5. Levando em consideração as afirmações do “sapo-tanoeiro” e o movimento parnasiano, marque a correta: Os dois textos pertencem ao movimento parnasiano, visto que os dois poemas possuem rimas ricas e raras, buscam a perfeição na métrica e na técnica geral dos parnasianos. Ambos os textos são modernistas, visto que os mesmos não priorizam a técnica de rimas ricas ou pobres, os mesmos priorizam as questões sociais e econômicas do país. Os dois textos priorizam a técnica: “arte pela arte”, bem como a maioria dos poemas e poesias que privilegiam a sonoridade a temas importantes. O movimento literário a que pertence o texto 1 é o parnasiano. No texto 2, as afirmações do “sapo-tanoeiro” ironizam o princípio parnasiano da “arte pela arte”, baseado na busca artesanal da perfeição formal do poema. O texto 1 é parnasiano e descreve como a arte parnasiana ocorre. No texto 2, modernista, há elogios em relação às técnicas utilizadas no Parnasianismo. Feedback: Visto que os sapos a quem se refere coaxam sem pensar, apenas coaxam sem pensar, estes sapos seriam os poetas parnasianos, que fazem de suas poesias, segundo alguns poetas modernistas, sem pensar, expõe as palavras dentro de uma técnica poética e então a poesia estaria feita. 2,5 / 2,5 ptsPergunta 8 Relembrando sobre o Parnasianismo, vemos que: A reprodução de objetos decorativos. A arte pela arte, o objetivo dos parnasianos era o justamente se desfazer de qualquer compromisso em relação à existência. Concentração na reprodução de objetos, por exemplo, por objetos decorativos como vaso, flautas gregas, taças de coral, ídolos de gesso em túmulos de mármore. Podemos afirmar que o Parnasianismo foi um movimento: Predominantemente poético do final do séc. XIX e início do XX. Lítero-musical do início do séc. XX. Predominavam-se os romances, principalmente os romances realistas. Predominava-se a escrita em prosa – no final do séc. XIX. Predominava a escrita teatral – no final do séc. XIX e início do XX. Feedback: Há a predominância nesse período literário das poesias, tendo em vista que os autores iniciaram técnicas específicas para tal gênero literário. 2,5 / 2,5 ptsPergunta 9 Analise o trecho de Memórias póstumas de Brás Cubas, em que o narrador se refere à sua amante Virgília: “Aí tem o leitor, em poucas linhas, o retrato físico e moral da pessoa que devia influir mais tarde na minha vida; era aquilo com dezesseis anos”. ASSIS, M. de. Memórias póstumas de Brás Cubas. 18. ed. São Paulo: Ática, 1992. p. 59. Com base no trecho, qual consciência sua o narrador nos revela? Oblíqua das coisas. Visão de mundo negativa. Certeza das coisas. Mundana. Objetividade. A objetividade como característica predominante na literatura realista é apontada no fragmento analisado pelo fato de o autor sintetizar a importância de Virgília em sua vida. 2,5 / 2,5 ptsPergunta 10 Leia os seguintes versos do poema Ismália, de Alphonsus de Guimararens: “As asas que Deus lhe deu Ruflaram de par em par... Sua alma subiu ao céu, Seu corpo desceu ao mar...”. (GUIMARAENS, Alphonsus de. Nome do poema?. In: ______. Poesia. 2. ed. Rio de Janeiro: AGIR, 1963, p. 71). Qual figura de linguagem compõe o trecho? Escolha a alternativa correta: Metáfora. Eufemismo. Aliteração. Antítese. Metonímia. A antítese expressa através das oposições: “asas”/ “ruflar” e “subir”/ “descer” estabelece ideias opostas. Pontuação do teste: 25 de 25