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EQUILIBRIO ACIDO-BASE

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FISIOLOGIA CAMILA SANTIAGO 
 
 
FISIOLOGIA | MEDICINA 
FISIOLOGIA 04: REGULAÇÃO DO EQUILÍBRIO ÁCIDO BASE 
- Bronsted-Lowry 
Ácido é todo composto capaz de doar prótons quando 
em solução 
Base é todo composto capaz de aceitar prótons S 
- No organismo são gerados dois tipos principais de 
ácidos: fixos – permanecem indefinidamente em 
solução, como ácido sulfúrico ou voláteis – existem na 
forma de gás, embora sejam dissolvidos em solução, 
podem ser eliminados pelos pulmões, como o CO2 
- Soluções tampão: soluções formadas por um ácido 
fraco e o sal do mesmo ácido com uma base forte, que 
tem capacidade de ligar-se a H+ e doar H+ ao meio, de 
maneira a manter o pH fisiológico dentro das faixas de 
normalidade 
Os principais tampões fisiológicos são: bicarbonato 
(LEC – 64%), proteínas (7%), hemoglobina (28%) e 
fosfato (LIC – 1%) 
Sistema bicarbonato / ácido carbônico: o mais 
importante para evitar variações de pH produzidas por 
ácidos não voláteis. Composto por ácido carbônico e 
bicarbonato de sódio e está presente no nosso plasma 
Sistema proteína: mais abundante no organismo, 
tampona tanto no meio intra quanto extracelular. As 
proteínas são formadas por aminoácidos, os quais 
possuem caráter anfótero (ácido ou base) 
Sistema hemoglobina: sistema tampão extremamente 
importante para os ácidos voláteis. Pode tamponar 
através de 2 mecanismos: proteína ou grupo imidazol; 
1ª etapa: plasma, 2ª etapa: pulmão 
Sistema fosfato: é o tampão que atua principalmente a 
nível celular e que apresenta grande importância no 
sistema renal 
Regulação do equilibro ácido básico: 
- Pulmões: tampão bicarbonato e hemoglobina, 
controle da ventilação (pressão de O2 e CO2) 
- Sangue: tampão bicarbonato, hemoglobina e 
proteínas. Arterial e venoso 
- Rins: tampão bicarbonato e fosfato. Eliminação de 
amônia 
Mecanismos de controle do pH dos fluidos 
corporais: 
1. Sistemas tampão-químicos: atuam 
imediatamente, combinando-se com os ácidos ou 
com as bases para prevenirem alterações 
excessivas na concentração de íons hidrogênio 
2. Sistema respiratório: regula a remoção de CO2 e 
HCO3 do sangue, esse mecanismo atua em 
segundos ou minutos e é utilizado como segunda 
linha de defesa 
3. Sistema renal: excretam urina alcalina ou ácida 
ajustando a concentração de H+ em direção ao 
normal, durante a alcalose ou acidose. Este 
mecanismo atua lentamente (horas a dias), mas é 
muito potente 
Excesso de H+: (1) tamponamento extracelular 
(tampão instantâneo – ocorre o tempo todo) → (2) 
eliminação respiratória (pulmão – minutos, ocorre 
em algumas variações) → (3) tamponamento 
intracelular (pacientes mais urgentes, difusão para as 
células, 2 a 4 horas) → (4) eliminação renal (excreção 
de ácidos pelos rins, leva de horas a dias) 
- O metabolismo diário tem produção de excessos 
de ácidos em relação a bases. O ácido gerado de forma 
mais abundando é o carbônico, proveniente da 
oxidação completa de ácido orgânicos. No entanto, o 
CO2 não se acumula no organismo, sendo eliminado 
pelos pulmões 
- Durante a oxidação de substratos orgânicos, há 
geração de intermediários a metabolitos que são ácidos 
orgânicos relativamente fortes (ácido lático, ácido 
tricarboxilícos e ceto-ácidos). Esses ácidos, igualmente 
não se acumulam, a não ser temporariamente, se 
produzidos em excesso. São metabolizados a CO2 e 
H2O ou seus ânions são eliminados na urina 
- Tamponamento de H+: quando a concentração de 
H+ aumenta, a reação é forçada para a direita e mais 
H+ liga-se ao tampão, desde que haja tampão 
disponível. Por outro lado, quando a concentração de 
H+ diminui, a reação tende para a esquerda e H+ é 
dissociado do tampão. Dessa forma, as alterações da 
concentração de H+ são minimizadas 
- Excreção do íon pelo rim: os íons H+ tamponados 
devem ser excretados via renal, regenerando o HCO3- 
usado no processo de tamponamento e mantendo a 
concentração plasmática dentro dos limites normais. 
Logo, os rins mantem estáveis os níveis de H+ e 
HCO3- 
- Se H+ secretado para a luz tubular é tamponado por 
HCO3, isso corresponde a reabsorção de HCO3 
- Se H+ secretado para a luz é tamponado por outros 
tampões, isso corresponde a geração de HCO3 novo 
O TCP reabsorve 80-90% do bicarbonato filtrado 
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Túbulos distais: células alfa estimulam a bomba de 
hidrogênio na parte apical (acidose) para a eliminação 
na urina e células beta estimulam a bomba de 
hidrogênio na parte basal, trazendo ácido de volta ao 
organismo para compensar a alcalose 
- Tampão bicarbonato: um ácido fraco (H2CO3) e 
um sal bicarbonato (NaHCO3). O H2CO3 (ácido 
carbônico) é formado se a enzima anidrase carbônica 
estiver presente, ela é abundante nas paredes dos 
alvéolos e nas células epiteliais dos túbulos renais 
- É o tampão extracelular mais potente no corpo. Isso 
se deve principalmente ao fato de que os dois 
elementos do sistema tampão, HCO3 e CO2, são 
regulados, respectivamente, pelos rins e pelos 
pulmões. Como resultado dessa regulação, o pH do 
líquido extracelular pode ser controlado precisamente 
pela intensidade relativa da remoção e da adição de 
HCO3 pelos rins, e pela intensidade de remoção de 
CO2 pelos pulmões 
- Tampão fosfato: fisiológico, tampão extracelular, 
possui importância no tamponamento do liquido 
tubular renal e dos líquidos intracelulares. O poder 
total do sistema tampão fosfato, no liquido 
extracelular, é bem menor que o do sistema tampão 
bicarbonato, pois sua concentração no liquido 
extracelular é baixa. Tampona o H+ e gera novo 
bicarbonato 
- O tampão fosfato é importante nos líquidos tubulares 
dos rins por duas razoes: (1) o fosfato geralmente fica 
muito concentrado nos túbulos, aumentando, assim, 
o poder de tamponamento do sistema fosfato; e (2) o 
líquido tubular geralmente tem pH menor do que o 
liquido extracelular, fazendo com que a faixa 
operacional do tampão fiquei próxima do pH (6,8) do 
sistema 
O fosfato que sobra na absorção pelos túbulos é 
utilizado, em caso de acidose o hidrogênio excretado é 
ligado ao NaHPO4 para ser eliminado na urina 
acidificada, após ser eliminado pela bomba com sódio 
NaHPO4+ + H+ → NaH2PO4 é eliminado na urina 
- Tampão amônia: dentro da célula existe a 
glutamina, a glutaminase renal converte a glutamina 
em NH3 (amônia) e alfa-cetoglutarato, o alfa por sua 
vez é convertido em NH3 e 2 CO2 (gás carbônico) e 
H2O (2 bicarbonatos – 2H+ + 2HCO3-) 
O hidrogênio gerado pode ser eliminado na urina se 
ligado a amônia (NH3 + H+ → NH4+) decorrente 
dessa quebra. Enquanto o HCO3- (bicarbonato) é 
reabsorvido 
- Fatores que interferem no processo de excreção 
renal de H+: 
Concentração de potássio: diminuição da 
concentração de potássio leva a saída de potássio do 
intracelular para o extracelular → troca de H+ para o 
LIC com diminuição do pH no LIC 
O resultado é o aumento da excreção de H+, da 
reabsorção de HCO3- e da excreção de NH4+ 
Obs: a hipercalemia é a elevada concentração de 
potássio (K) no sangue. Ela está associada a acidose, 
pois inibe a secreção de H+ e a reabsorção de HCO3- 
no túbulo proximal 
- Fatores que alteram a secreção de H+: 
Carga filtrada de HCO3-: aumentam a secreção de H+ 
Estado ácido-básico: na acidose aumenta a secreção de 
H+ e síntese de NH4+. Na alcalose ela diminui 
Aldosterona: aumenta a secreção de H+ 
PTH: diminui a secreção de H+ 
Concentração plasmática de K+: na hipertônica 
diminui a síntese de NH4 e hipo aumenta a síntese de 
NH4 
Acidificação da urina: pH urinário máximo é de 5,0 
- Distúrbios ácidos-básicos: a avaliação do estado é 
realizada pela gasometria arterial, que mede a 
concentração de H+, pCO2 e calcula e concentração de 
bicarbonato 
- A adição de H+, a remoção de HCO3- ou o aumento 
de pCO2 produzirão aumento da concentração de 
hidrogênio e consequentemente diminuição do pH = 
acidose- A remoção de H+, adição de HCO3- ou diminuição 
da pCO2 produzirão diminuição da concentração de 
H+ e consequente aumento do Ph = alcalose 
Esses distúrbios podem possuir origem respiratória 
ou metabólica 
- Acidose metabólica: tem inicio com a elevação de 
H+ → leva a acidose do sangue, o que reduz a 
concentração de bicarbonato 
- Alcalose metabólica: tem inicio com a diminuição 
de H+ → leva a alcalose do sangue, o que aumenta a 
concentração de bicarbonato 
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- Acidose respiratória: tem inicio no H+ elevado → 
levando a acidose que aumenta a pressão de gás 
carbônico 
- Alcalose respiratória: tem inicio no H+ diminuído 
→ levando a alcalose no sangue, o que reduz a pressão 
de gás carbônico 
Causas dos distúrbios respiratórios: 
- Acidose: asfixia, broncopneumonia, DPOC 
- Alcalose: respiração excessiva, super ventilação 
mecânica, pressão intracraniana elevada

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