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A dermatite atópica é uma doença inflamatória crônica da pele, que ocorre predominantemente no lactente e na infância. associa-se com anormalidades na barreira cutânea e com sensibilização alérgica. Não há nenhuma característica que seja exclusiva da doença nem teste laboratorial confirmatório. O diagnóstico é baseado na história clínica e nos achados do exame físico. A doença associa-se com outras manifestações alérgicas no indivíduo ou em seus familiares. Obj 1: Atinar a etiologia e a fisiopatologia da dermatite atopica também é chamada de eczema atópico caracterizada por uma inflamação crônica da pele resultante de defeitos na barreira fisiológica associada a uma resposta exacerbada dos linfócitos T aos alérgenos presentes no ambiente e aos microrganismos possui multifatores e, comumente, as pessoas afetadas sendo esse um dado importante na história clínica, englobando uma complexa interdependência entre fatores genéticos, alterações na barreira cutânea (hipótese externa-interna), fatores ambientais (hipótese interna-externa) e desregulação imunológica caracterizada por uma pele seca nas áreas lesionadas e nos locais de pele sã, levando a uma perda transepidérmica de água. Esse defeito na barreira leva a uma maior absorção de alérgenos pela pele O defeito na barreira é decorrente de uma alteração na composição dos lípides, com uma diminuição das ceramidas, que são moléculas presentes nos espaços extracelulares. As alterações genéticas isoladas não são capazes de causar dermatite atópica, mas quando associadas ao uso de agentes que causam dano à barreira, como sabonetes e uso crônico de corticosteroides tópicos Ocorrem duas alterações significativas na dermatite atópica, que são a s disfunções da barreira epidérmica e a imunológica. A disfunção da barreira é inata (particularmente em queratinócitos e células de Langerhans) com ativação linfocitária para desvio T h2. Na fase aguda, antígenos ativam as células de Langerhans (apresentadoras de antígeno), com consequente estimulação de linfócitos Th2, com produção de IL-4, IL-5 (promove a migração de eosinófilos) e IL-13 (indutora do crescimento celular)Essas interleucinas induzem os linfócitos B a produzirem IgE e também à expressão de moléculas de adesão vascular, como VCAM -1, responsáveis pela infiltração de eosinófilos e diminuição da produção de citocinas por células Th1. Na fase crônica ocorre interação entre as células de Langerhans e macrófagos com liberação de IL-1, que estimula linfócitos Th2 a produzirem mais IL-4, Il-13, Il-5 e fator liberador de histamina. pacientes com dermatite a tópica têm propensão para infecções cutâneas fúngicas, bacterianas e virais. ex: Staphylococcus aureus Isabella Afonso Obj 1: Atinar a etiologia e a fisiopatologia da dermatite atopica o eczema atópico está incluído na “marcha atópica”, dessa forma, crianças que apresentam essa condição clínica são potencialmente mais propensas ao desenvolvimento, ainda na infância, de quadros clássicos de asma e de rinite alérgica, por um processo conhecido como “marcha atópica” Alguns fatores podem contribuir para a exacerbação do eczema atópico como: variações climáticas, contato com antígenos alimentares, contato com aeroalérgenos e a influência de fatores psicológicos e emocionais em períodos de crise. Histopatologicamente:caracterizada por alterações epidérmicas, incluindo espongiose (edema epidérmico), com graus variados de acantose e hiperqueratose, acompanhadas de um infiltrado linfohistocítico na derme. Na fase aguda, a espongiose leva a um alongamento e eventual ruptura dos anexos intercelulares, com a formação de vesículas. Ciclo vicioso de prurido >escarificação > erupção>prurido > escarificação FATORES DE RISCO: - Estresse materno -Exposição passiva ao tabaco - Sabões e detergentes que agridem a pele -Temperatura Precipitação -Radiação UV - Exposição a poluentes Isabella Afonso Dermatite atópica: Dermatite de contato: - mais comuns, sendo caracterizado por uma irritação crônica da pele, que fica mais seca, com a formação de erupções e crostas que coçam bastante. - surgem com mais frequência atrás dos joelhos e nas dobras dos braços. Também pode ser acompanhada por crises de asma ou rinite. - As causas são diversas, como fatores genéticos ou resposta a reações alérgicas por conta de estímulos ambientais (poeira, fumaça etc.) ou imunológicos. é uma irritação de origem alérgica, que gera erupções cutâneas, vermelhidão, coceira e descamação. Na fase aguda, podem aparecer bolhas. -Não é contagiosa e , muito menos, oferece risco para o paciente. No entanto, incomoda bastante e pode espalhar-se rapidamente. - Os lugares mais comuns de ocorrência da dermatite de contato são as mãos e a face, porque são mai s sujeitos à exposição de agentes irritantes. Eles podem ser tanto cosméticos como bijuterias, até alguns produtos químicos e de limpeza Dermatite de estase: -tipos de dermatite mais raros. Ele resulta da falta de circulação do sangue e de outros líquidos na parte inferior das pernas. A dermatite estase acontece mais em pessoas com varizes, podendo desenvolver insuficiência venosa crônica Dermatite seborreica: Dermatite esfoliativa: Dermatite herpetiforme: Dermatite numular: - uma doença crônica, que afeta a pessoa com frequência com descamação e form ação de placas avermelhadas e amareladas. - Acontece mais em regiões do corpo com muitas glândulas sebáceas, como o c ouro cabeludo e o rosto. É mais comum em bebês e jovens adultos, principalmente homens. -não é contagiosa, mas não se sabe ao certo suas causas. Acredita -se que esteja ligada a fatores genéticos, que provocam alteração na atividade das glândulas sebáceas e do sistema imunológico. - alguns fatores, como a falta de higiene ade quada e a presença de bactérias, poderiam agravar o quadro. - é uma inflamação mais grave, que atinge toda a superfície da pele, provocando rachaduras, escamas e vermelhidão. - A camada cutânea superior chega a se soltar, ou seja, esfoliar, pode ser efeito colateral de alguns medicamentos, como barbitúricos e antibióticos, ou como complicação de outro tipo de dermatite. -manifesta devido à intolerância a o glúten (doença celíaca), com o surgimento de coceira, pequenas bolhas e uma sensação de queimação intensa, não tem cura, sendo associada à ingestão de alimentos -uma irritação em que se formam crostas, escamas, manchas e m formato de moeda e algumas bolhas. -tem causas desconhecidas, principalmente, em idosas. É m ais frequente no inverno, com a pele ficando ressecada pelo frio Obj 2: Listar os tipos de dermatites e suas diferenças Isabella Afonso Obj 3: Discernir manifestações clínicas e diagnostico diferencial da dermatite atopica lesão pruriginosa, eritematosa, escamosa e com crostas na superfície extensora dos membros, no tronco, face e couro cabeludo. Inicia-se em regiões malares e dissemina-se para regiões como couro cabeludo, pescoço, fronte, punhos, face de extensão de membros e área das fraldas. Dentição, infecções, distúrbios emocionais, alterações ambientais (temperatura e umidade), imunizações e outros fatores podem agravá-la ou desencadeá-la. Acredita-se que antígenos alimentares como ovo, castanha, leite, soja, peixe, galinha e aditivos alimentares têm papel importante até o final dessa fase Bebês e crianças < 2 anos: as lesões tornam-se papulodescamativas e liquenificadas em uma distribuição flexural, principalmente na fossa anticubital e poplítea, com aspecto volar dos pulsos, tornozelos e pescoço. Tais lesões são sujeitas a agudização. Em crianças> 2 anos e adolescentes: Prurido ( piora a noite e sudorese), xerose, eritema, exsudação, formação de crostas e linquenifação. Em crianças acomete a face, poupando a região central, em adultos afeta a face flexora dia membros ( fossa poplitea e cubital Isabella Afonso lesão geralmente mais localizada, com liquenificação predominante, mas também pode ser vista em formas exsudativas, eczema crônico nas mãos, dermatite facial e eczema palpebral também são frequentemente observados. Em adultos: Obj 3: Discernir manifestações clínicas e diagnostico diferencial da dermatite atopica O diagnóstico é clínico, com base na história, morfologia e distribuição de lesões de pele e sinais clínicos associados. Para fechar o diagnóstico, é essencial que haja prurido ou referência a ele nos últimos 12 meses associado a pelo menos 3 dos seguintes sinais clínicos: xerose cutânea nos últimos 12 meses; antecedente pessoal de rinite ou asma, ou histórico familiar de parentes de primeiro grau em crianças menores de quatro anos; início dos sintomas antes de dois anos de idade; história de lesões em regiões de flexura dos membros; dermatite na região flexural Nos exames laboratoriais, é comum o aparecimento de eosinofilia e níveis elevados de imunoglobulina E (IgE), mas estes testes não indicam sensibilização aos alérgenos O diagnóstico baseado em Hanifin& Rajka necessita da presença de três critérios maiores e três menores. Isabella Afonso Obj 3: Discernir manifestações clínicas e diagnostico diferencial da dermatite atopica Inibidores de calcineurina (pimecrolimus e tacrolimus) Evitar banhos quentes e demorados além do suor excessivo Evitar contato com grama, roupas sintéticas, lã Corticosteroides tópicos Anti-histamínicos são indicados para controle do prurido Hidratação da pele com hidratantes, especialmente óleo de amêndoas doces, vaselina ou alfa-hidroxiácidos, associados ou não a cremes de corticosteroide TRATAMENTO: Há algumas ferramentas úteis para acompanhamento e classificação da gravidade da doença, a principal é o Scoring Atopic Dermatitis (SCORAD) que avalia a extensão e a gravidade da doença. é feito com 3 subitens (A, B e C), sendo que no A, pontua-se a presença de lesões nas regiões indicadas, no B, avalia-se a intensidade das lesões, atribuindo uma pontuação de 0 a 3 pontos, sendo que 0 representa ausente, 1 é leve, 2 é moderado e 3 é intenso; no subitem C, avalia-se a intensidade dos sintomas subjetivos, atribuindo pontos de 0 a 10, de acordo com a escala visual. O valor total do SCORAD é calculado da seguinte forma: A/5 + 7B/2 + C. O resultado varia de 0 a 103, sendo que: < 25: dermatite atopica leve 25-50: moderada. > 50: grave. Isabella Afonso
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