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Resumos Direito (1)

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Resumos Direito
A envolvente que o direito teve até aos dias de hoje
· Ate aos tempos de hoje tudo requer organização. O direito é uma criação humana para regular a convivência do ser humano.
· A esta ordem opõem-se o caos
· A família é a 1º forma de organização, de uma tribo até ao Estado moderno, tudo requer organização
· Se a organização necessita de ordem, surge a maneira mais eficaz de impor a ordem- O Direito
“Ubi societos ibi jus”- Onde houver uma sociedade, há também o direito, e assim este vai regular toda a vida em sociedade através de mecanismos essenciais:
Normas- são normas de condutas social para que o ser humano regule a vida em sociedade, ou seja, autorregular
· As normas são de 2 tipos: Normas de conduta social e normas jurídicas, impõem condutas e/ou ações e também abstenções
· É necessário que estas normas tenham consequências, sendo estas as sanções, que se necessário for, serão impostas a força
· Quem violou é punido por uma sanção, correspondente á sua ação antijurídica
· Nesta sociedade, pela violação de uma norma pede Justiça, no âmbito desta, o legislado cria uma norma jurídico-penal
Direito- Conjunto de normas de conduta social estabelecidas em vista da justiça, da paz, e do bem comum, dotados de generalidade e impostos pela força quando necessário
“O Direito é uma ordem social, normativa e coerciva”
 Podem ser aplicadas
 Sociedade Tem normas coercivamente, isto é, 
 pela força
DIREITO COMO ORDEM SOCIAL
1ª característica- NECESSIDADE
· Se esta não existir, invés da ordem existe caos. Havendo está é possível haver uma convivência social pacífica e harmonizara. Diz a cada individuo o que pode ou não fazer
· A ordem do direito diz a cada um o que pode ou não fazer e determina a responsabilização correspondente ao exercício da liberdade
· As ideias Homem, Sociedade e Direito complementam se é tem de estar presentes
2ª característica-SOCIABILODADE
· A ordem do direito é uma ordem social e o Homem é um ser social (funciona em sociedade). Ordem e Direito regulam a relação dos seres humanos.
· Formas de organização social:
· Família: do ponto de vista histórico e sociológico é uma forma de organização social interna
· Tribo: interagem entre si necessitando de disciplina (ordem jurídica)
· Estado: Fruto da evolução da sociedade familiar e tribal
· Território: área geográfica onde o Estado exerce seu poder soberano, dentro das fronteiras
· Povo: todos os indivíduos ligados por um vinco de cidadania
· Poder político soberano: mais alto poder, partilhado e aceite, na ordem interna e internacional, por todos os sujeitos
3ª característica-NORMATIVIDADE
· Ordem social composta por atos normativos:
 (Sujeitos)
· Gerais: aplicam-se a uma generalidade de sujeitos, desconhecidos à data da sua elaboração e visa o tratamento igualitário dos sujeitos, para que não haja discriminação 
(Situações)
· Abstratos: aplicam se a situações +/- amplas categorizadas, mas sem que as mesmas se reportem a casos concretos, pois estes não são prejudiciais para a elaboração das normas
4ª característica-AUTORIDADE 
· O direito é uma ordem social normativa autorizada porque tem origem numa autoridade unilateral 
Ex: Estado (é aceite totalmente), autarquias locais
O Direito é resultado de uma óbvia manifestação de autoridade
5ª característica-IMPERATIVIDADE
Não é facultativo, é um dever que pode não ser cumprido, tudo depende da vontade do sujeito. Se não o obedecermos- SANSOES
Ex: Código da estrada – sabemos o limite, mas as vezes não o cumprimos
CONCLUINDO: É obrigatória, não é facultativa, mas depende da nossa vontade 
6ª característica-JUSTIÇA
· A ordem social do Direito tem a justiça como seu valor base e é seu princípio e também fim. 
Valor fundamental é o valor da justiça, é o valor entre todos os valores
7ª característica-COERCIBILIDADE 
· Possibilidade de, em caso de desobediência das normas judiciais, fazer valer o direito pela força legitima/obedecer pela força
· Consolida a imperatividade pois assegura a obediência imperativa da ordem jurídica e se assim não for, o ser humano pode ter tendência a desobedecer
8ª característica-TUTELA
· A ordem do direito tem meios e órgãos para garantir a sua obediência
Garante a legalidade pelos meios e órgãos próprios
 Art. 20 nº1 Const.- todos têm acesso ao Direito e tribunais para defesa dos seus direitos legalmente protegidos
Ex: Sanções
· Tipos de Tutela (3):
· Heterotutela: Forma de tutela mais comum. A aplicação e defesa das normas pelos tribunais
· Autotutela Privada: direitos são legalmente garantidos pelos próprios sujeitos, que por um qualquer motivo, está a ser colocada em crise. É permitida, embora em situações excecionais 
· 1ª Forma: Ação Direta- é lícito este comportamento, quando esta seja a única forma de assegurar o próprio direito, ou seja, não é possível recorrer aos meios coercivos normais (tribunais)
Art. 336 CC
Pode ser caracterizada como: Apropriação, Destruição, deterioração de uma coisa, Eliminação de uma resistência
Art. 336 nº2 CC
Para que esta seja licita, quem a pratica não pode exercer em excesso, apenas o necessário para assegurar o direito.
Se as condições não forem cumpridas a ação passa a ser ilícita.
Art. 336 nº3 CC
· 2ª Forma: Legitima Defesa- Verifica-se quando haja uma reação destinada a afastar uma agressão ATUAL e contraria á lei (está em curso) contra uma pessoa ou um património.
Art. 337 CC
CONTUDO: Para que esta seja justificada existem 2 condições:
1ª Não seja possível recorrer aos meios coercivos normais
2ª O prejuízo causado por esta não seja superior ao que possa resultar do ato de legitima defesa. 
Se houver um excesso desta é punido exceto se o excesso for determinado por perturbação ou medo do agente 
Art. 337 nº2 CC
· 3ª Forma: Estado de Necessidade- é licita a ação que para remover um perigo atual (prestes a acontecer) de um dano do agente ou de um terceiro.
Art. 339 CC Que venha a destruir ou
 danificar coisa alheia
 Danos ao património não é minha propriedade física
 (de caracter patrimonial)
NOTA: Se o perigo do dano for provocado por culpa exclusiva do agente que atua ao abrigo do estado de necessidade (ex: má interpretação) este é obrigado a indemnizar pelo dano e prejuízo sofrido Art. 339 nº2 CC
· Tutela Mista: Mistura das outras tutelas 
· Pode integrar e recorrer a características e elementos da Heterotutela e Autotutela
· Verifica-se sempre que a questão controvertida
E livremente submetida pelas partes Provoca o litigio
á apreciação de terceiros, que não
os tribunais tema que esta em discussão
Ex: Tribunais Arbitrais- Julgados de paz e Árbitros (designados pelas partes, é de comum acordo)
Portugal: Tutela mista normalmente designada por Resolução alternativa de litígios
Características Acessórias
Validade: Direito e suas normas para existirem legalmente, parecem de perfeição formal/ validade formal. Tem de ser escrito e registado, senão não é valido
As normas jurídicas devem ser criadas segundo trâmites legais (processo que um ato ou documento passa ate chegar á autoridade) previstos ou exigências previas á própria lei. Ex: contrato de compra e venda de imóvel
1. Legitimidade: Sua construção e normas devem ser produzidas pelos órgãos e pelos agentes com legitimidade democrática para tal 
2. Eficácia: Direito deverá ser uma ordem apta e capaz para fazer produzir seus efeitos. Qualquer ato jurídico/norma deve ser conhecido dos seus destinatários, senão não pode ser seguido e torna se ineficaz.
Ex: falta de citação de uma das partes em processo judicial (não saberá)3. Efetividade: quando todos a que a norma se destina (coletivos, singulares, públicos ou privados) cumprem-na. E para que esta se cumpra o Direito deve ser ajustado á sociedade, aos indivíduos e as situações que pretende regular.
Caso não o seja, torna se ineficaz, e:
· Formas de ineficácia do Direito
Costume contra legem: Quando na sociedade surge uma prática usual contraria ao direito escrito que gera uma convicção plena que o direito não deve ser obedecido
Desuso: não é aplicado o direito, não é observado. Todavia, ao contrário do anterior, este direito cai em desuso e não é substituído por qualquer outra forma de direito.
Ordem Moral Ex: convicção própria
· Fundada numa consciência interior da existência de um dever moral ou certa de conduta. É dotada de imperatividade (deve ser obedecida) e normatividade
· Tal como (=) Direito, a ordem moral funda-se numa cadeia de valores morais
· Ao contrário (≠) do Direito, esta não apresenta coercibilidade (não se impõe pela força) nem o vincula toda a sociedade de igual modo
Ordem Religiosa
· =Direito, esta obedece a valores diversos, como a Justiça. Também é Imperativa porque estas normas são de obediência obrigatória e é normativa
· ≠Direito, desprovida de coercibilidade, não é necessária (indispensável ao Homem), não é tutelada e é uma ordem individual
Ordem trato social ou cortesia Ex: ceder o lugar nos transportes públicos 
· Visa regular aspetos de mera urbanidade social, do que se chama “educação” e regras de etiqueta que se destina a tornar a convivência mais agradável
· =Direito, é uma ordem social que se destina a toda a sociedade e é voluntaria pois foi criada pela vontade Humana
· ≠ Direito, não é dotada de coercividade nem é imperativa nem tutela jurídica e não é necessária
· Consequência: censura social
Fins do Direito
Direito: Conjunto de normas de conduta social dotadas de coercitividade de forma geral e abstrata, visam regular a vida em sociedade, mediante a imposição de ações e/ou de omissões
1. Justiça: conceito filosófico e difícil de preencher em profundo. Todavia, é o valor dos valores. Traduz uma ideia de igualdade, não discriminação e de ética. Característica inicial e fim do Direito
Art. 202 Const.
2. Segurança: surge interligado com a justiça. Não pode ser aplicada unicamente. Emerge de um pensamento histórico-filosófico, mas não tanto como o anterior. Proteção do indivíduo contra atos ilícitos.
· Abarca os valores: a paz social, a proteção do indivíduo contra atos ilícitos cometidos por outros indivíduos ou Estado
· Visa garantir a todos que possam viver de acordo com as normas da dignidade da pessoa humana
Art. 1 Const.
Leis físicas (ou naturais) e leis normativas
· Todos os seres obedecem leis, mas difere-se a forma como são governados os seres físicos e como são governados os homens
· Leis físicas: exprimem fenómenos naturais- verifica-se de forma constante e previsível, portanto o Homem e capaz de as explicar, são leis explicativas.
A vontade humana não influencia a verificação ou decurso dos fenómenos naturais.
Ex: Lei de Newton
· Leis normativas: por oposição ás LF, tentam moldar uma realidade e não explicar 
São leis imperativas- dependem da vontade humana para impor condutas
Prevê certos factos que podem ou não a verificar-se e aos quais correspondem consequências. ≠LF, apesar de serem imperativas podem ser desobedecidas 
Direito Natural e Direito Positivo
· Direto positivo: conjunto de normas escritas e que existem nos diferentes ornamentos jurídicos. E visível, palpável, tangível e é fruto de uma vontade que o cria e codifica, sendo esta a Vontade Humana. Se é desta que depende, a vontade humana é o fundamento suficiente do DP, resulta de escolhas que são feitas à data da elaboração das normas. Encontra se expressa em códigos e leis avulsas. A vontade cria normas gerais e abstratas para organizar a sociedade.
· Direito Natural: pré-existe ao DP e é fruto da razão Humana e não da vontade
(ou racional, RAZÃO). Se é criada pela VH, deriva da própria essência do Homem e é inerente (não é criado pela VH, mas sim pela Razão, este direito existe no Homem) 
Conjunto de regras não escritas, superiores na sua origem, que inspirariam, validariam ou invalidariam as normas de Direito Positivo, consoante estas lhes obedecessem, ou não. É tido como um direito divino, portanto é ideal e modelado de todos os outros, é um direito dos princípios, é tido como superior. Como é tão superior não precisa de estar escrito e codificado
Exercício:
Antonio foi despejar o lixo na madrugada e ao chegar ao pé do contentor viu Beatriz que estava a ser empurrada contra uma parede por Carlos, que lhe torcia o braço e obrigava a dar-lhe a carteira ou a matava. Ao ver isto, Antonio, que era inimigo de Carlos, aproveitou para socar e pontapear Carlos. Na rua passavam 2 polícias que só não se aperceberam da situação porque está de passava por detrás dos contentores.
Enquadra juridicamente a ação de António
R: Tutela (definição) -Heterotutela (definição), Tutela mista (definição) e Autotutela (definição) Neste caso estamos perante uma Autotutela Privada- Legítima defesa, em defesa de terceiro/ Agressão Atual. Art 337. Todavia, podendo António recorrer aos 2 agentes da PSP, meios coercivos normais, recorre ao excesso de LD face ao artigo 337 nº2 
Concluindo, a ação do António não é justificada devido ao excesso de LD.
Juspositivas VS Jusnaturalistas
· Juspositivistas: Defende o DP e a Vontade do Homem é seu único fundamento
Negam a corrente jusnaturalista através de 4 autenticações:
1. DN não é verdadeiro direito porque a violação das normas não implica sanções, não serve de fundamento á norma jurídica 
2. “” porque se alguém o invocar para justificar a violação das normas do DP, o DP prevalece sempre.
3. DN e apenas um conjunto de valores e ideais e não de normas dotadas de coercibilidade, portanto são um conjunto de valores. Sem previsão de sábado em caso de desobediência dos mesmos
4. DN não é direito porque seu conteúdo não é sequer conhecido
· Jusnaturalista: Defende o DN e são os valores próprios que dão origem ao DP
NOTA: não há uma resposta definida que avalie definitivamente o lado jusnaturalista ou juspositivistas. Ambos convivem, cruzam se é respeitam se
Direito objetivo e Direito Subjetivo
· Objetivo: conjunto de normas jurídicas que dirigem a vida em sociedade (também conhecido e designado por Direito da norma)
· Subjectivo: exprime um poder, que um dado sujeito tem, e que se destina à satisfação do direito ou interesse pessoal juridicamente relevante. Direito Poder
Art. 504 CC- refere-se a um devedor que satisfaz um direito de um credor, apesar de ser para além do que lhe compete pois há condevedores (+ do que 1 devedor)
Estado e Direito
· Estado é uma pessoa coletiva pública, fixada num dado território, dentro do qual exerce o poder político soberano, ou seja, o poder de domínio sobre esse território e de definição de normas jurídicas e da sua aplicação através de órgãos adequados, com recurso à força de quando necessário e possível Art. 5 Const
· 3 conceitos de Estado:
· Território: base territorial do Estado, determinado pelas fronteiras terrestres, marítimas e aéreas. (encontram se consolidadas historicamente)
· Poder político soberano: poder de domínio sob um território. Concretiza se através de normas jurídicas coercivas, criadas e aplicadas por órgãos de soberania próprios que vinculam o Estado e o povo. Art. 1,2 e 3 nº1 Const
· Povo: Elemento Humano do Estado Art. 4 Const
Órgãos soberanos do Estado
· Assembleia da República: Representa todos os cidadãos nacionais e é eleita pelo povo. Apresenta projetos de lei, que dará origem ao DP Art. 147 e 156 Const
· Governo: Dirige a política geral do nosso país. 
Apresenta propostas De leis e decretos de lei, que serão aprovados
Art. 182, 197, 198 e 199 Const
Órgãos soberanos (sem função legislativa) 
· Tribunais: administrar a justiça em nome do povo e defende direitos e interesses. Garantem a aplicação do Direito
Art. 202 Const
· Presidente da República: Representa a república portuguesa.Zela pelo normal funcionamento das instituições monetárias e garante a independência
Art. 120 Const
 Fontes de Direito 
· Processos de criação das normas jurídicas e o modo como elas se revelam
· Classificações:
· Fontes imediatas: por si só assumem relevância direta no processo de criação e conhecimento das normas Ex: A Lei
· Fontes mediatas: assumem relevância Indireta no processo de criação e conhecimento das normas. Ex: Costume/ Doutrina/JP/Equidade
1º Fonte de Direito- A LEI
Tem origem nos órgãos de soberania e destinam-se a orientar a vida em sociedade Art. 1 nº 1 e 2 CC
· Leis da Assembleia da República 
· Decretos de lei do governo e legislativos regionais
Art. 161, 198 e 227/228 Const (respetivamente)
2º fonte- O COSTUME
· Princípios de 19 foi a principal fonte de Direito, a partir de determinada altura deixou de o ser
· Prática começou por ser individual e acabou por se coletivizar, tornando se socialmente aceite
· Prática social reiterada consciência de obrigatoriedade e de coercibilidade em caso de desobediência 
· É fonte mediata porque por si só não assume mudança direta no processo de criação e conhecimento da norma. Nem resulta de um processo legislativo voluntario e formal. Art. 3, 348 e 1401 CC
Direito Consuetudinário: Direito não escrito, formado por um conjunto de regras socialmente aceites e observadas, habituais, e juridicamente relevantes
· Costumes e usos fazem parte deste. A diferença base é que os usos não são dotados de obrigatoriedade total.
Usos: Pratica social repetido sem convicção de obrigatoriedade legal nem coercibilidade em caso de desobediência
Exercício 
Em dia de eleições legislativas e em cima da hora do fecho das urnas, António saiu de casa no seu carro para ir votar no seu carro, porque a pé não ia chegar a tempo. Ao sair da garagem reparou que a porta, Bonifácio tinha parado seu próprio impedindo a passagem a quem saía da garagem. António gritou a Bonifácio que tirasse o carro dali o carro pois estava com pressa e em cima da hora. Bonifácio respondeu que não tirava, pois, o seu objetivo era impedir António de votar, dizendo isto, saiu tranquilamente do carro para tomar café. Assim, enquanto Bonifácio ia tomar café, António chamou os 4 filhos e conseguiram arrastar o carro de Bonifácio, no entanto, partiram-lhe o retrovisor lateral. Com tudo isto, António passou com o carro e chegou a urna 1 minuto antes do fecho. Classifique a atitude de António a luz da matéria dada:
Estamos presentes á oitava característica do Direito, a Tutela, que tem meios e órgãos para garantir a sua obediência, ou seja, garante a legalidade através de sanções e esta divide-se em três tipos, a Heterotutela, a forma de tutela mais comum feita através do recurso aos tribunais. Outro tipo de tutela é a Autotutela, que é permitido o uso quando os direitos próprios são colocados em causa, que são averiguados por pessoas externas aos tribunais. Por fim existe a Tutela mista que é a mistura de ambas as anteriores. A Autotutela esta dividida em 3 formas, a Ação Direta que permite ao individuo agir em defesa do seu direito que esteja a ser ameaçado, a Legitima Defesa verifica-se quando há uma reação destinada a afastar uma agressão atual e contraria á lei contra uma pessoa ou património. Por fim o Estado de Necessidade que é considerada licita a ação que para remover um perigo atual de verificação de um dano do agente ou terceiro. O ato de António é lícito com base na autotutela privada ao abrigo do artigo 336 do código civil, ação direta. Estando em causa um direito próprio de cidadania estar a ser impedido, é lícito o recurso é força para assegurar o direito de cidadania. Quanto ao retrovisor, foi um acidente, pois um direito de cidadania e mais elevado que o prejuízo do retrovisor. Enquadrando-se o comportamento de António, este é lícito.
3º fonte-Doutrina: Atividade descrita ou escrita desenvolvida por júris consultos académicos, no caso do direito, e advogados. Surgem sob temas jurídicos. Compreende a elaboração escrita de pareces, artigos, dissertações ou teses. Não cria leis. É uma fonte mediata do Direito pois tem capacidade de orientar a formação das leis. Art. 362 CC- Meio de prova para uma decisão. É aceite como prova documental.
4º Fonte-Júris Prudência 
· Toda a atividade decisória, irrecorrível, estável e imutável, dada por um tribunal, e expressa por sentença ou acórdão, sobre uma questão jurídica controvertida que lhe foi submetida Art. 8 CC As decisões podem ser:
· Sentenças: tribunal singular, com 1 juiz, são casos de “menor importância”
· Acórdãos: Tribunais coletivos de júri (3 juízes), casos de “maior importância”. Tribunais superiores
· Quando são irrecorríveis é júris prudência, ate haver instâncias de recurso não é
· Principal fonte de direito- porque é uma regra de decisão para casos, na prática, cria uma regra. É uma fonte mediata pois ajuda apenas a interpretar o direito
5º Fonte-EQUIDADE
 Equidade Ponderação Igualdade = JUSTIÇA
· Visa temperar a rigidez da lei, que pode ser injusta e tornar-se ineficaz e não obedecida. Sem esta a aplicação das leis tornava-se excessivamente rígida
· Fonte mediata do direito. Não cria direito. Aplica e explica
· Equidade tem previsão geral - Art. 4 CC- equidade pode ser um importante critério de resolver alguns litígios legais. 
· Pode ser um critério, uma forma, de resolver certos litígios legais, mas apenas o será em situação determinadas, como por exemplo nas seguintes situações:
EX.: 1-Apenas quando a lei o permita Art. 496 nº3 CC 2- Quando as partes em litígio acordam, recorrendo á justiça voluntaria. Acordo específico entre as partes 3- Quando todas as partes acordam por clausula, resolver o conflito existente por recurso á equidade. São os contratos (derivam deles)
Direito Internacional e Direito Interno
· Regula a sociedade internacional, nas relações entre os diferentes Estados soberanos e entre as diversas organizações internacionais e ainda entre os sujeitos particulares vários Estados diferentes.
 Conjunto de normas dotadas de coercividade,
 generalidade e abstração que visam regular a
 sociedade de determinado país. Conclui-se: este
 Direito é aplicável em dado momento e em
 determinado país soberano
Art. 8 Const
 - Visa regular mais variedades de relações jurídicas que os
 Estados mante entre si ou entidades não governamentais de
 cariz político (ONG). EX.: Tratados, Acordos e Convenções
 - Visa definir princípios, critérios e normas destinados a
 resolver os problemas das relações Internacionais do Direito 
 
Direito Interno Público
· Intervém o Estado, central ou local, dotado dos seus poderes de autoridade que exerce para disciplinar as suas relações jurídicas como os cidadãos e particulares, que são seus subordinados. E para disciplinar as suas relações jurídicas com mais entes públicos, tendo em vista a satisfação dos interesses coletivos e bens comuns 
· 1º Critério: INTERESSE
Conjunto de normas jurídicas que visam tutelar os interesses coletivos e disciplinar situaçõesjurídicas em que intervém o Estado e entes públicos
· 2º Critério: QUALIDADE DOS SUJEITOS TUTELADOS
Se os sujeitos são públicos ou privados. Este Direito faz situações jurídicas em que intervêm o Estado e entes estatais, portanto, é a qualidade dos sujeitos
· 3º Critério: POSIÇÃO JURIDICA DOS SUJEITOS TUTELADOS
Disciplina as relações jurídicas em que um sujeito se situa numa posição hierárquica em relação a outro, ou seja, é superior, portanto tem poderes de autoridade.
1. Direito Constitucional
· Normas que determinam a organização fundamental do Estado e que visam disciplinar as funções e competências dos seus órgãos de soberania.
· Visa regular constitucionalmente os direitos, liberdade e garantias dos cidadãos. Todas as que estão abaixo lhe devem soberania EX.: Constituição da República
2. Direito Administrativo
· Complexo de normas que regulam as organizações e funcionamento da Administração Publica pelas quais os agentes e órgãos de Estado Administrativos conseguiram satisfazer necessidades coletivas. 
· Estas nec. são levadas a cabo pelos órgãos da Administração Publica, que tem a função de administrar
EX.: Código De Procedimento Administrativo Regulados através de
 legislação jus Administrativa
3. Direito Penal
Conjunto de normas jurídicas que regulam a defesa contra atos ofensivos das condições essenciais da vida social. Art. 18 nº2 e 3, 29, 30, … Const
· Direito aplicado em última análise, quando nenhum outro ramo é capaz de vincular aquele bem jurídico e de sancionar a ação.
· Sanção do direito penal- A Pena- privação da liberdade.
4. Direito Fiscal
Regula a atividade da administração fiscal e contribuintes dos seus administrados Art. 103 e 104 Const
· Regula os direitos e deveres no que toca ao lançamento, pagamento e cobrança dos impostos estipulados
 Prestação unilateral apurada pelo Estado e Adm. 
EX.: Codigo do IRC/ IRS fiscal. Principal fonte de financiamento 
5. Direito Financeiro
· Aplica-se ás finanças publicas, onde abrange as fontes de receita publicas e previsões de despesa, com o objetivo de satisfazer um bem comum.
· Seu principal foco é o controlo financeiro publico através de receitas e despesas publicas ponderadas conjuntamente, são regulamentadas pelo orçamento de Estado. Tribunal de contas Art. 101, 105, 106 e 107 Const
Direito Interno Privado (oposto ao DIPublico)
· 1º Critério: INTERESSE
Interesses individuais ou particulares ou privados
· 2º Critério: QUALIDADE DOS SUJEITOS TUTELADOS
Tutelam relações jurídicas, mas do tipo particular, não ente Estados 
· 3º Critério: POSIÇÃO JURIDICA DOS SUJEITOS TUTELADOS
Suas normas visam regular relações jurídicas estabelecidas em caso de igualdade (não há hierarquia, mas sim igualdade)
1. Direito Civil (vertente pessoal)
· Ramo principal do DPPriv. E bastante antigo, por isso tem mais estudo. 
· Aplica-se de forma subordinaria aos outros ramos
· Vai disciplinar e regular as relações entre as pessoas singulares ou coletivas
· Normas encontram se no Codigo civil, que esta dividido em 5 partes:
1.RELAÇÕES JURIDICAS ÁS PESSOAS
Fala-se da pessoa humana, singularmente considerada. Direito da Personalidade. Trata-se da pessoa singular ou coletiva. 
EX.: Direito ao nome Art. 66 CC
2.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
Concretização de negócios jurídicos, entre um credor(fornece) e um devedor. Fala sobre fontes de obrigação e responsabilidade civil. Art. 874 CC
· Direito das Obrigações≠Direito das Coisas: as obrigações são relativas (apenas produzem efeitos entre as partes da relação jurídica que lhes dá origem –um credor e um devedor -) e os direitos reais são absolutos (qualquer pessoa pode ser demandada, desde que tenha a coisa)
3.DIREITO DAS COISAS/REAIS (coisa- bem patrimonial)
No decurso da vida adquirimos bens moveis ou imoveis que passam a fazer parte do nosso património. Confere ao titular dos bens poderes e direitos subjetivos sobre eles. A coisa é recorrente a um Direito Absoluto- Direito que tenho sendo proprietário, impõe a todos e patrimonial-avaliada monetariam Art. 1251 e 1302 e seguintes CC Coisa- Art. 202 a 212 CC
4.DIREITO DA FAMILIA
O individuo sendo por natureza social, tende a construir família com cujos membros estabelece relações. Conjunto de normas que regulam as relações jurídicas familiares EX.: Casamento Art. 1276 a 2020 CC
5.DIREITO DAS SUCESSÕES
Conjunto de normas que regulam o regime de transição de bens do falecido para os herdeiros, ou seja, definir quem é o sucessor que terá direito aos bens. Art. 2024 a 2334 CC EX.: Partilha a herança Art. 2101CC
2. Direito comercial (vertente patrimonial)
· Conjunto de normas com capacidade para ser autónomas (em relação ao Direito civil). É um conjunto de normas em si que se aplicam de forma restrita ás relações jurídicas originadas em atos comerciais
· Aplicam-se ao comercio e abrange atos de comercio e quem é comerciante e quem pode exercer o comercio
· Sistema de normas jurídicas que regulam o estatuto do comerciante e o regime dos atos e atividades
· DIREITO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS Art. 980 CC
Regula as sociedades comerciais- formas de organização empresarial dotadas de capital humano e social e de personalidade jurídica para que possam cumprir as obrigações, sendo o seu fim o lucro. 
3. Direito do Trabalho
· Relações laborais
· Conjunto de normas que regulam as relações individuais do trabalho entre o trabalhador e o empregador, o trabalhador presta à entidade patronal a sua atividade laboral, sob a autoridade, orientação e direção da entidade patronal, mediante o pagamento de certa retribuição monetária/salário.
Art. 53 a 59 CC
Exercício 
Aníbal, de 60 anos que trabalhava de noite numa unidade de medicamentos, ao terminar seu turno por volta das 2h da manha dirigiu-se para casa para descansar. Ao chegar a rua, escura e deserta, repara que Bonifácio, toxicodependente e praticante de artes marciais, encontrava a gozar licença precária, pois com testemunho de Aníbal tinha sido condenado a 7 anos por trafico e ofensa á integridade física, estava a partir o seu carro (de Aníbal), que tanto lhe tinha custado para comprar, á pedrada e pontapé. Ao ver seu carro a ser partido, Aníbal pegou num pau da rua e bateu-lhe fortemente na anca. Ao sentir-se atacado Bonifácio fugiu e Aníbal levou seu carro para uma oficina que conhecia o dono.
A) Tendo em conta a hipótese, enquadre-a á luz da matéria dada.
Estamos perante uma Tutela, característica do direito, que se divide em 3 formas, Heterotutela (def), Autotutela (def) e tutela mista (def). Neste caso estamos perante uma autotutela que o caso nos reporta para o artigo 337- legitima defesa
B) Qualifique e enquadre juridicamente a ação de Aníbal.
Como Aníbal não era capaz de recorrer aos meios coercivos normais, devido á zona onde se encontrava (escura e deserta), o ato do individuo considera-se justificado por isso não leva sanção.
Norma jurídica
· O comando geral e abstrato, dotado de coercibilidade, que visa regular a vida em sociedade e todas as condutas sociais às quais se aplica e que resulta da interpretação e aplicação das fontes do Direito. Com o objetivo da igualdade e não discriminação
· Estrutura da norma:
· Previsão: A norma prevê determinado facto e antecipa a ocorrência desse
· Estatuição: Consequência jurídica (sanção). É a consequência legal da ocorrência de facto previsto
· Características da norma:
· Imperatividade: É obrigatoriamente observada sobre pena àquele que desobedece ser sancionado. A norma não depende da vontade
· Generalidade e Abstração: Todas as normas são gerais (aplicação a destinatá. desconhecidos) e abstratas (Aplicação a situações desconhecidas)
· Coercividade: Aplicar pela força caso naos seja aplicado
· Tipos de norma:
· Percetivas: Impõem a prática de um certo ato e dever de conduta positiva.
 Manda agir de certa forma EX.: Pai deve fornecer alimentos aos 
 efilhos 
· Proibitivas: Impõe proibições e omissões de certo ato. Não autorizam
 determinados comportamentos. São normas de conduta
 negativas.
· Injuntivas: Regular interesses gerais ou individuais Impõe-se de forma
 absoluta da vontade dos sujeitos e própria iniciativa dos mesmos.
 e Impõe condutas positivas ou negativas
· Dispositivas: Função de coordenação de vontade apenas. É a vontade privada
 dos sujeitos interessados que regulamenta os próprios atos e
 negócios jurídicos. Só em caso de necessidade é intervenção
 deste tipo de normas para esclarecer e coordenar a vontade dos
 sujeitos.
Direito Interno
Público 
1. Direito Constitucional
2. Direito Administrativo
Privado
1. Direito Civil
3. Direito Penal
4. Direito Fiscal
5. Direito Financeiro
2. Direito Comercial
3. Direito do trabalho
Direito Internacional
D.I. Público
D.I. Privado

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