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6 - Apostila BIOQUIMICA

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CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS ANÁLISES CLÍNICAS
bioquímica
Prof.ª Luciane Sales
Biomédica
2018
Avaliação da Função Renal, água, Eletrólitos, Equilíbrio ácido-base e Gasometria 
 
Fisiologia Renal 
Os rins regulam as condições do fluído eletrolítico e o equilíbrio ácido-base por meio de filtração do sangue, seguida de reabsorção seletiva ou da secreção para o fluído tubular. 
Os rins são críticos para a eliminação dos produtos da degradação, excreção de medicamentos, função endócrina e adrenal. 
Fisiologia Pulmonar 
Uma função importante do sistema respiratório é fornecer oxigênio para o sangue circulante nos pulmões, visando à liberação adequada de oxigênio para os tecidos. 
Equilíbrio Hídrico e Eletrolítico 
A eliminação de água é controlada diariamente pelo hormônio antidiurético (ADH). A produção de ADH é estimulada pela pressão arterial reduzida ou pela osmolalidade plasmática aumentada. 
O sódio é o principal cátion extracelular e o potássio é o principal cátion intracelular, o cloreto é o principal ânion extracelular. 
Compensação nos distúrbios Ácido-Base 
Os distúrbios ácido-base frequentemente são classificados em: metabólicos e respiratórios. Nos distúrbios metabólicos, o problema primário reside no metabolismo anormal que leva a alterações no bicarbonato plasmático. Os distúrbios respiratórios resultam de alterações na excreção pulmonar de dióxido de carbono. 
Acidose e Alcalose x Acidemia e Alcalemia 
A acidose ocorre sempre que houver um aumento líquido na quantidade de ácido em relação à base. Sendo, a alcalose, o processo inverso. 
Acidemia e alcalemia referem-se a alterações no pH sanguíneo. 
Exames laboratoriais e seus perfis nos distúrbios renais 
As determinações da Taxa de filtração glomerular (TFG) podem ser obtidas por meio da avaliação da taxa de depuração de substâncias filtradas pelos glomérulos e que não são reabsorvidas nem excretadas pelos túbulos. 
O método mais amplamente utilizado para estimar a TFG é a depuração da creatinina. A depuração de um composto filtrado pelos glomérulos é inversamente proporcional à concentração plasmática. 
Taxa de filtração glomerular (TFG): 125 a 150 ml/min. 
Creatinina 
A creatinina é um produto da degradação da creatina muscular. Pequenas alterações nos limiares de creatinina em uma pessoa servem como marcadores sensíveis de alterações na função renal. 
Uréia 
A uréia é um produto da degradação do metabolismo dos aminoácidos, produzida a partir da amônia no ciclo da uréia hepática. 
Síndromes Renais e suas alterações laboratoriais 
Azotemia pré-renal, síndrome glomerulares (síndrome nefrótica e nefrítica), síndrome tubulares (necrose tubular aguda, nefrite intersticial aguda), uropatia obstrutiva, insuficiência renal aguda, insuficiência renal crônica. 
Exames laboratoriais e seus perfis nos distúrbios hídricos e eletrolíticos 
Hiponatremia: ocorre quando a água e o sal são perdidos do espaço vascular para o espaço extravascular. A causa mais comum de hiponatremia é a síndrome da secreção inadequada de hormônio antidiurético (ADH). 
Hipernatremia: é resultante da perda de água em excesso de sódio. 
Hipocalemia: a maioria dos casos resulta da perda de potássio renal e/ou da ingestão deficitária de potássio. As perdas de potássio no trato gastrointestinal podem ocorrer por vômito, diarreia, etc. 
Hipercalemia: o principal fator que contribui para a hipercalemia é a excreção reduzida de potássio na urina. Em uma pequena porcentagem dos casos, a ingestão aumentada de potássio também contribui para hipercalemia. 
Exames laboratoriais e seus perfis nos distúrbios ácido-base 
Alguns testes são necessários para reconhecer os distúrbios ácido-base: dosagem do bicarbonato e determinação dos gases sanguíneos. 
Mecanismos dos distúrbios Ácido-base do tipo Metabólicos 
Acidose decorrente da produção aumentada de ácidos, por ingestão de ácidos, por excreção reduzida de ácidos, por excreção aumentada de bicarbonato. 
Alcalose como resultado da excreção aumentada de ácido, ingestão aumentada de base, excreção reduzida de bicarbonato. 
 
Avaliação da função pulmonar 
Análise dos gases sanguíneos arteriais, determinação da saturação de hemoglobina pela co-oximetria e saturação de oxigênio. 
 
Carboidratos 
Os carboidratos juntamente com os lipídeos e proteínas, fornecem energia e contribuem com a estrutura dos organismos. A glicose é utilizada como fonte de energia ou é armazenada como glicogênio. 
Doenças resultantes do metabolismo anormal dos carboidratos: diabetes melito e hipoglicemia. Os carboidratos são quantificados no sangue total, no soro, no plasma, na urina e no LCE. 
A concentração da glicose no sangue normalmente é controlada dentro de limites muitos estreitos por vários hormônios, dos quais o mais importante é a insulina. 
 
Função normal do pâncreas endócrino 
O pâncreas atua como órgão endócrino e exócrino. 
Como glândula exócrina, o pâncreas secreta amilase (degrada os carboidratos a monossacarídeos – Glicose). Como glândula endócrina, o pâncreas, secreta hormônios que regulam a homeostasia da energia. 
No pâncreas endócrino, são secretados 4 hormônios: 
· Insulina: produzida pelas células β (Beta). 
· Glucagon: produzido pelas células α (Alfa). 
· Somatostatina: pelas células ẟ (Delta). 
· Polipeptídeo pancreático: pelas células PP ou F. 
A insulina estimula a incorporação da glicose e formação de glicogênio e inibe a produção de glicose. 
O glucagon estimula a produção de glicose e cetogênese. 
A somatostatina inibe a secreção de insulina e glucagon. 
O polipepitídeo pancreático pode estimular a motilidade gastro-intestinal. 
 
Insulina 
É um hormônio peptídico secretado pelas células β das ilhotas de Langerhans no pâncreas. A insulina é inicialmente sintetizada, como um precursor denominado de pró- insulina. A pró-insulina é processada em insulina nas células β pela remoção enzimática do peptídeo C. 
Aproximadamente 50% da insulina são rapidamente removidos pelo fígado. Na cirrose, a hiperinsulinemia é observada como consequência da depuração reduzida da insulina pelo fígado. Os estados patológicos ocorrem quando as concentrações de insulina são inadequadas para as concentrações sanguíneas de glicose. A deficiência de insulina, leva ao Diabetes melito. 
 
Glucagon 
O glucagon é sintetizado nas células α-pâncreas e nas células L do intestino delgado. O glucagon pancreático estimula a produção de glicose, e é um importante regulador da glicogenólise, da gliconeogênese e da cetogênese. 
Somatostatina 
A somatostatina inibe os hormônios hipofisários (hormônio do crescimento e tiratrofina), gastrointestinais (gastrina, secretina, peptídeo vaso intestinal) e pancreáticos 
(Insulina e glucagon). Nas ilhotas pancreáticas, a somatostatina é produzida nas células ẟ. 
 
Determinação da Glicose 
A glicose é quantificada no sangue total, plasma, soro, LCE, líquido pleural e urina. A amostra clínica padrão é a glicose plasmática venosa. Deve ser adicionado um conservante como fluoreto de sódio, que inibe a glicólise. 
Quando refrigerada, a glicose é estável no soro ou plasma por 48 horas. 
Três sistemas enzimáticos são atualmente empregados para quantificar a glicose: glicose desidrogenase, glicose oxidase e hexoquinase. Essas reações produzem uma corrente elétrica que é proporcional à concentração de glicose, ou produzem um produto que é quantificado por espectrofotometria. 
 
Diabetes Melito 
Constitui um grupo de doenças no qual as concentrações sanguíneas de glicose se encontram elevadas como resultado de deficiência na secreção de insulina e/ou ação anormal de insulina. 
Uma concentração de glicose sanguínea, em jejum, igual ou maior que 126mg/dL em pelo menos duas ocasiões, é considerado diagnóstico de diabetes. O exame deve ser realizado após jejum de 8 horas. Os sintomas de hiperglicemia (poliúria, polidipsia, polifagia, perda de peso inexplicada) associados a uma concentração de glicose sanguínea casual maior ou igual a 200mg/dL também é considerado diagnóstico de diabetes. 
Os testes de tolerânciaa glicose oral não são mais recomendados na rotina laboratorial. Se for realizado, deve ser ingerida uma carga de glicose de 75g, concentrações de glicose de 200mg/dL ou superiores, duas horas após a carga, confirmam diagnóstico de diabetes. 
As amostras de glicose por punção venosa são preferencialmente coletadas em tubos de tampa cinza contendo fluoreto e um anticoagulante. As formas mais comuns de diabetes são diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2. 
 
Diabetes tipo 1 
O diabetes melito tipo 1 representa, aproximadamente, 10% de todos os casos de diabetes. Existe uma destruição auto-imune das células β produtoras de insulina nas ilhotas pancreáticas, produzindo uma deficiência absoluta na produção de insulina. 
A hiperglicemia se desenvolve somente depois que a maioria das células β foi destruída. Os marcadores da destruição das células β são auto-anticorpos. 
As pessoas com diabetes tipo 1, não tratado, desenvolvem cetoacidose diabética. A terapia com insulina é necessária para todos os pacientes com diabetes tipo 1. 
 
Diabetes tipo 2 
É o tipo mais comum de diabetes, representando aproximadamente 90% dos casos de diabetes. Os fatores de risco incluem: obesidade, sedentarismo, histórico familiar, idade avançada, etnia e história de diabetes gestacional, comprometimento do metabolismo da glicose, hipertensão ou dislipidemia. 
Não é uma doença auto-imune, de modo que os exames para anticorpos não tem finalidade. A maioria das pessoas com diabete tipo 2 é resistente à insulina, e possuem deficiência na secreção de insulina. A maioria das pessoas com diabetes tipo 2, também é obesa. 
Medidas de Controle Glicêmico 
O teste de hemoglobina glicada fornece um índice das concentrações médias de glicose sanguínea no período de dois ou três meses precedentes. 
Os métodos foram padronizados para o ensaio de hemoglobina A1c. A hemoglobina glicada é formada de maneira não enzimática pela hemoglobina A sendo glicada, dependendo da concentração de glicose. 
A meia-vida dos eritrócitos é de, aproximadamente, 120 dias, portanto os ensaios de HgbA1c apresentam correlação com o controle glicêmico por um período de dois a três meses. 
Os ensaios de frutosamina são utilizados para avaliar o controle glicêmico de curto prazo (três a seis semanas), uma vez que a meia-vida média das proteínas é de 2 a 3 semanas. 
 
Hipoglicemia
 
Caracteriza-se por concentrações plasmáticas baixas de glicose e um grupo de sintomas que pode ser aliviados pela ingestão de alimento ou carboidratos. 
Os sintomas clássicos são: confusão, tonturas, perda da consciência, convulsões, diaforese, palpitações, tremores, fome, fraqueza, ansiedade, fadiga, visão turva, diplopia, formigamento, cefaleias, pesadelos, etc. 
Pode ocorrer quando existem concentrações elevadas inadequadamente de insulina e/ou produção inadequada de glicose. Concentrações de glicose plasmática, após jejum, inferiores a 45mg/dL são anormais. 
 
Lipídeos e Lipoproteínas 
Lipoproteínas plasmáticas 
As lipoproteínas plasmáticas transportam essencialmente todo o colesterol e os lipídeos esterificados no sangue. 
· Quilomícrons. 
· VLDL - lipoproteína de densidade muito. 
· LDL - lipoproteína de baixa densidade. 
· HDL - lipoproteína de alta densidade. 
· IDL – lipoproteína de densidade intermediária. 
· [Lp(a)] – lipoproteína. 
 
A parte proteica das lipoproteínas é composta de várias proteínas específicas denominadas apolipoproteínas. 
Quilomícrons 
Os quilomícrons são partículas grandes, produzidos pelo intestino, muito ricas (85 a 95%) em triacilgliceróis de origem exógena (dieta). 
Lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL) 
As partículas de VLDL também são ricas em triacilgliceróis, porém estes são de origem endógena, principalmente de origem hepática. As partículas menores com menor quantidade de triacilgliceróis que resultam da hidrólise do VLDL, são denominadas IDL. 
Lipoproteínas de baixa densidade (LDL) 
As LDLs são ricas em colesterol, em grande parte esterificado, que contribui com cerca da metade da massa da LDL. Aproximadamente, 25% da massa da LDL é proteína, principalmente a apoB-100. 
Lipoproteínas de alta densidade (HDL) 
A HDL é uma proteína pequena, consistindo em aproximadamente 50% de proteína (ApoAI e ApoAII), 20% de colesterol e 30% de fosfolipídios. 
Lipoproteínas Lp(a) 
É composta de 27% de proteína, 65% de lipídio e 8% de carboidratos, tendo uma composição semelhante à LDL. Os componentes apolipoproteína de Lp(a) são a ApoB e a Apo(a). 
Apolipoproteínas (APO) 
ApoA 
As apolipoproteínas A são as principais proteínas componentes de HDL. 
A apoA-I constitui aproximadamente 75% da ApoA nos HDL. É sintetizada no fígado e no intestino, e é um ativador da enzima lecitina: colesterol aciltransferase 
(LCAT), que esterifica o colesterol no plasma. 
A apo-A-II constitui aproximadmente 20% de apoA nos HDLs. 
ApoB 
ApoB é o principal constituinte proteico (95%) das LDL e também constitui aproximadamente 40% da parte proteica das VLDLs e dos Quilomícrons. 
O principal componente é a apoB-100, sintetizada no fígado e encontrada nas lipoproteínas de natureza endógena (VLDL e LDL). A apoB-48 é de origem intestinal e encontrada nos quilomícrons. 
ApoC 
A apoC é a principal proteína componente das VLDL, e constituintes minoritário das HDL e LDL. 
A apoC-I é um constituinte minoritário dos quilomícrons e das VLDLs e HDLs. A apoC-II constitui 5 a 10% das VLDLs e menos de 2% da HDL. É um potente ativador da proteína lípase. 
A apoC-III é uma proteína componente importante de VLDL (25 a 30%) e também a principal forma de apoC em HDL. 
Apolipoproteínas minoritárias (apoD) 
A apoD é um constituinte minoritário das HDLs (5%). A apoD ativa a reação LCTA. A apoA-IV é constituinte da HDL e dos quilomícrons. 
ApoE 
Essa apolipoproteína rica em arginina é encontrada em VLDL, IDL, lipoproteínas remanescentes, quilomícrons e HDL. 
 
Enzimas que participam do Metabolismo das lipoproteínas 
Os principais sistemas enzimáticos que participam do metabolismo das lipoproteínas são: enzimas lipolíticas e LCTA. 
Enzimas lipolíticas: atividades lipolíticas são encontradas no plasma humano, após a injeção intravenosa de heparina. Lipoproteína lípase: hidrolisa os triacilgliceróis em quilomícrons e VLDL. 
Lipase hepática de triacilgliceróis: hidrolisa os triacilgliceróis em quilomícrons intactos e VLDL e pode participar da conversão dos remanescentes de VLDL e IDL em LDL. 
Lecitina Colesterol aciltransferase (LCTA): catalisa a esterificação do colesterol. 
Metabolismo das Lipoproteínas 
A principal função das lipoproteínas plasmáticas parece ser de transportar os triacilgliceróis e o colesterol de seus locais de origem no intestino e no fígado para os locais de reserva energética e utilização. 
Amostragem e armazenamento do sangue 
Jejum de 12 horas antes da venopunção 
Plasma ou soro podem ser utilizados quando somente colesterol, triacilglicerróis e HDL-colesterol são determinados e o LDL-colesterol é calculado. 
Valores de Referência
Colesterol Total 
· Colesterol sanguíneo desejável ˂200mg/dL 
· Colesterol sanguíneo elevado limítrofe 200-239mg/dL 
· Colesterol sanguíneo elevado ˃ 240mg/dL 
HDL Colesterol 
HDL – Colesterol reduzido ˂35mg/dL 
LDL Colesterol 
· Colesterol sanguíneo desejável ˂100mg/dL 
· Colesterol sanguíneo elevado limítrofe 130-159mg/dL 
· Colesterol sanguíneo elevado ˃160mg/dL 
Risco elevado de desenvolvimento de cardiopatia coronária está relacionada com LDL colesterol elevado e HDL colesterol diminuído. 
 
Proteínas Específicas 
Estrutura das proteínas 
As moléculas de proteínas consistem em uma cadeia contínua de átomos de carbono e nitrogênio unidos por ligações peptídicas entre aminoácidos adjacentes. 
A estrutura primária de uma proteína é a sequência linear de seus aminoácidos. A estrutura secundária refere-se a configurações tridimensionais regulares específicas (α-hélice e β-pregueadas). 
A estrutura terciária é a estrutura tridimensional real ou padrão de dobramentoda proteína. A estrutura quaternária constitui proteínas individuais ou subunidades que formam complexos mais estáveis como dímeros, trímeros e tetrâmeros. 
Proteínas Plasmáticas Específicas (Eletroforese) 
Pré-albumina 
É definida, eletroforeticamente, como a fração que migra mais rapidamente do que albumina, caracterizando-se com uma das menores proteínas séricas. 
A pré-albumina possui uma meia-vida curta (2 dias), e a taxa de síntese é sensível à ingestão da dieta e alterações da função hepática, local onde a proteína é produzida. 
A quantificação da pré-albumina sérica tem significado clínico importante como marcador do estado nutricional. 
Albumina 
A proteína mais abundante no plasma normal é a albumina. Por esta razão, reduções nas concentrações de albumina resultam em desequilíbrio grave de pressão oncótica intravascular. A meia-vida da albumina circulante é de aproximadamente 17 dias. 
A determinação da albumina glicada (frutosamina) pode ser útil na avaliação do controle diabética durante algumas semanas, e quando é impossível determinar a hemoglobina glicada, como nos casos de anemia hemolítica. 
Aumentos nas concentrações séricas da albumina são pouco frequentes, ocorrem em casos de desidratação, e de maneira artificial, como resultado da aplicação prolongada de um garrote para venopunção. 
Diminuições nas concentrações de albumina são frequentes em pessoas doentes, ocasionadas provavelmente por problemas de diluição, por perda de albumina na urina, no fluído ascítico ou no trato gastrointestinal, ou por redução da síntese hepática, etc. 
Reduções nas concentrações de albumina são diretamente responsáveis pela redução de concentração de cálcio e magnésio. 
As reduções nas concentrações de albumina são compensadas pelo aumento de outras proteínas séricas, em alguns quadros patológicos. 
α1 – Antitripsina 
O principal componente das α1-globulinas é o inibidor de protease α1-antitripsina que possui a capacidade de se combinar com, e inativar, a tripsina. 
A α1-antitripsina é capaz de neutralizar a atividade das proteases, e por isto é um fator intrínseco no mecanismo homeostático que modula a proteólise endógena no organismo. 
α2 – Macroglobulina 
É a principal proteína não-imunoglobulina no plasma. A concentração de α2– macroglobulina aumenta na síndrome nefrótica, pelo seu tamanho muito grande, ela não é eliminada na urina. 
A α2– macroglobulina inativa as proteases por se complexar e formar ligações covalentes com elas. 
Haptoglobina 
Outra proteína importante que migra na região α2 é a haptoglobina. Tem a função de se combinar com a hemoglobina liberada pela lise dos eritrócitos a fim de preservar as reservas de ferro corporal e de proteínas. 
Quando a capacidade da haptoglobina de ligar hemoglobina é excedida, a hemoglobina livre é filtrada pelo glomérulo, onde depois é reabsorvida pelos túbulos renais e convertida em hemossiderina. 
As concentrações séricas de haptoglobina aumentam em resposta ao estresse, infecção, inflamação aguda, globulina Gc, sendo que parte dela pode estar complexada com vitamina D. 
Hemopexina 
A globulina com migração β, hemopexina, liga-se ao heme liberado pela degradação da hemoglobina. Desta forma, a hemopexina pode ser um auxiliar no diagnóstico da hemólise numa fase precoce. 
Glicoproteína α1-ácida 
Esta proteína, também conhecida como orosomucóide, é muito rica em carboidratos. 
Esta proteína é um reativo de fase aguda e é um ligante de progesterona, sendo importante no transporte e metabolismo do hormônio. 
Proteína C-Reativa (PCR)
Estudos demonstraram que a proteína C reativa está presente no soro de pacientes, onde há necrose tecidual. 
Apesar das baixas concentrações no soro, a proteína C reativa tem um significado importante como um reativo de fase aguda. 
Na eletroforese, a proteína C reativa migra na faixa γ. As concentrações de proteína C reativa, algumas vezes são utilizadas como um teste rápido para o diagnóstico de infecção bacteriana e viral. 
Reagentes de fase Aguda 
As proteínas reativas de fase aguda compartilham a propriedade de apresentar aumentos em suas concentrações em resposta a condições estressantes ou inflamatórias que ocorrem durante infecção, lesão, cirurgia, traumatismo ou necrose de outros tecidos. 
Os reativos são: α1-antitripsina, glicoproteína α1-ácida, haptoglobina, ceruloplasmina, fibrinogênio, proteína amiloide sérica A, proteína C reativa, fator VIII, ferritina, lipoproteína, complemento e imunoglobulinas. 
Sendo a proteína C reativa, o reativo de fase aguda mais amplamente utilizada. 
Padrões de anormalidades protéicos 
Os perfis de hipoproteinemia resultantes da desnutrição ou perda proteica importante apresentam reduções em todas as frações. 
A redução na intensidade para a β-lipoproteína ocorre paralelamente com uma redução marcante na concentração de colesterol sérico. 
A enteropatia com perda de proteína apresenta a maioria das frações diminuídas, porém a fração α2 apresenta-se elevada (α2-macroglobulina). 
Na síndrome nefrótica, existem perfis complementares de proteínas no soro 
(Diminuições de albumina e α1, β e γ -globulinas, aumentos de α2-macroglobulina e β-lipoproteína), contra aqueles na urina (proteinúria glomerular com albumina, frações α1, β, γ presentes porém sem α2-macroglobulina na amostra de urina). 
O perfil de resposta imediata apresenta aumentos da concentração de haptoglobina com ligeira diminuição da concentração de albumina. 
O padrão de resposta tardia apresenta haptoglobina elevada, ligeira redução na albumina e aumento policlonal das imunoglobulinas ampliando a região γ. 
A cirrose hepática resulta em diminuição da capacidade de sintetizar albumina, regulada por um aumento policlonal marcante das imunoglobulinas, o aumento de IgA na região β apresenta uma continuidade com a fração γ (conhecido como ponte β-γ). 
A hipogamaglobulinemia se manifesta como uma ausência quase completa da fração γ. 
O mieloma múltiplo ou gamopatia monoclonal apresenta um perfil que origina uma paraproteína (imunoglobulina) secretada por uma proliferação monoclonal de plasmócito e geralmente apresenta-se com quantidades anormais de γ-globulina policlonal. 
 
Avaliação da função e lesão hepática 
Função Hepática Normal 
O fígado é o principal local para a síntese de proteínas plasmáticas, lipídeos endógenos e lipoproteínas, fatores de coagulação e glicogênio/glicose. 
Função metabólica 
O fígado está envolvido na depuração da bilirrubina, que faz parte da conversão dos compostos lipossolúveis em formas mais hidrossolúveis. O fígado sintetiza ácidos biliares, que são importantes na absorção da gordura pelo intestino. 
É o principal local do ciclo da uréia, essencial para a conversão de amônia em uréia. O fígado sintetiza lipoproteínas, incluindo a VLDL, LDL e HDL. É o principal local de gliconeogênese e de reserva de glicogênio. 
Bilirrubina 
A bilirrubina é o principal metabólito do heme, encontrado na hemoglobina, mioglobina e citocinas. 
No baço, a metemoglobina dos eritrócitos é clivada liberando globina e heme. O anel de porfirina no heme produz biliverdina que é reduzida à bilirrubina (bilirrubina não-conjugada), sendo esta altamente insolúvel em água. 
No fígado, a bilirrubina entra nos hepatócitos para conjugação. A bilirrubina é esterificada em ácido glicurônico pela ação da bilirrubina-uridina-difosfato (UDP)- glicuronil-transferase. A bilirrubina conjugada, sendo hidrossolúvel, pode ser filtrada pelo glomérulo e aparecer na urina. 
No intestino, a bilirrubina é metabolizada pelas bactérias em urobilinogênio. O urobilinogênio intestinal é convertido em pigmentos das fezes como a estercobilina. 
Distúrbios congênitos e adquiridos do metabolismo da bilirrubina 
Os distúrbios congênitos mais comuns que podem se apresentar com icterícia e bilirrubina sérica elevada são: Síndrome de Gilbert, Síndrome de Crigler-Najjar, Síndrome de Dubin-Johnson, Síndrome de Rator. 
Entre os distúrbios adquiridos, além das hepatopatias, o aumento da bilirrubina pode ocorrer também na hemólise.Testes laboratoriais da bilirrubina 
A bilirrubina é tipicamente quantificada por meio do ácido sulfonílico diazotizado, o produto da reação é quantificado em 540nm. 
Amônia 
A amônia deriva primariamente do metabolismo dos aminoácidos. O metabolismo da amônia no fígado ocorre por meio do ciclo da uréia. 
A amônia aumentada é encontrada na cirrose, na Síndrome de Reye e na insuficiência hepática aguda. O acúmulo de amônia está associado com disfunção cerebral. 
Lipídios 
O fígado é o principal local de síntese de colesterol, apolipoproteínas e todas as lipoproteínas circulantes, portanto não é surpreendente, que as hepatopatias alterem as concentrações séricas de lipídeos e lipoproteínas. 
A esteato hepatite não alcoólica (NASH) está associada com triacilgliceróis aumentadas. 
Na cirrose, as concentrações de lipídeos e lipoproteínas estão reduzidas como resultado da síntese hepática reduzida. 
Metabolismo de drogas 
Umas das funções do fígado envolve a produção de compostos lipossolúveis e hidrossolúveis, facilitando excreção. A capacidade de metabolização das drogas encontra-se comprometida nas hepatopatias. 
Ácidos biliares 
Os hepatócitos produzem ácidos biliares a partir do colesterol para facilitar a absorção da gordura pelo intestino. 
Com o comprometimento da função hepática, os ácidos biliares devem aumentar, devido à depuração reduzida. 
Síntese de proteínas 
O fígado é o local de síntese da maioria das proteínas plasmáticas. Em muitas hepatopatias, as concentrações plasmáticas das proteínas sintetizadas pelo fígado declinam. 
Albumina 
A albumina é a principal proteína produzida pelo fígado. A redução na albumina é um dos principais sinais prognósticos nos pacientes com cirrose. 
Outras proteínas séricas 
Duas proteínas assumem importância fundamental para a detecção das hepatopatias congênitas: α1-antitripsina, é o inibidor de protease mais importante no plasma, os pacientes afetados desenvolvem hepatite neonatal. 
Ceruloplasmina, a principal proteína rica em cobre no soro. Concentrações reduzidas de ceruloplasmina são encontradas na doença de Wilson. 
Fatores de coagulação 
A maioria dos fatores de coagulação é sintetizada no fígado. Alterações da coagulação são comuns em pacientes com hepatopatias. 
O exame laboratorial mais frequentemente utilizado para detectar anormalidades da coagulação associadas com hepatopatias é o tempo de protrombina (TP). 
 
Teste de lesão hepática 
Concentrações de enzimas plasmáticas 
Os hepatócitos contêm concentrações elevadas de inúmeras enzimas. Com a lesão hepática, estas enzimas podem extravasar para o plasma e podem ser úteis para o diagnóstico e monitoramento da lesão hepática. 
Localizações celulares das enzimas 
As enzimas citoplasmáticas incluem a lactato desidrogenase (LDH), a aspartato aminotransferase (AST) e a alanina aminotransferase (ALT). 
As enzimas canaliculares, como fosfatase alcalina e γ-glutamil transferase (GGT), encontram-se aumentadas nos processos obstrutivos. 
Enzimas que refletem primariamente a lesão celular 
Os principais marcadores de lesão celular são as enzimas citoplasmáticas e mitocondriais. As hepatopatias são a causa mais comum de ALT elevada. 
A AST citoplasmática tem o maior índice de atividade nos hepatócitos, enquanto a ALT tem maior meia-vida. 
Na maioria das lesões hepatocelulares agudas, a AST estará inicialmente mais elevada do que a ALT, em razão da maior atividade. Se ocorrer dano contínuo, a ALT se tornará mais elevada do que a AST, com base em sua meia-vida mais prolongada. 
Enzimas que refletem primariamente a lesão canalicular 
Com a obstrução canalicular, existe um aumento gradual nas atividades plasmáticas da fosfatase alcalina e GGT. 
A GGT tende a estar mais elevada nos distúrbios obstrutivos e nas lesões que ocupam espaço no fígado, também encontra-se aumentada na exposição a drogas e nos pacientes que abusam cronicamente do álcool. 
A fosfatase alcalina de origem hepática é mais específica para os processos obstrutivos. 
Hepatopatias Agudas 
Os sintomas mais dramáticos estão relacionados com o controle da bilirrubina alterada, como perda de cor nas fezes, seguida de coloração escura da urina, esses eventos são decorrentes da diminuição da depuração da bilirrubina no intestino e no aparecimento de bilirrubina conjugada hidrossolúvel no plasma, levando à bilirrubinemia. 
Hepatite Aguda 
A hepatite aguda é um distúrbio no qual há lesão aguda dos hepatócitos. O sinal característico de lesão hepatocelular aguda é o aumento das aminotransferases. 
Aproximadamente 80 a 90% dos casos de lesão hepatocelular aguda são resultados de infecção viral: 50% hepatite B, 25% hepatite A e 20% hepatite C. 
Icterícia colestática ou Obstrutiva 
A obstrução de drenagem por meio da árvore biliar é a outra causa comum de icterícia de desenvolvimento agudo, denominado também de icterícia colestática. 
Um aumento nas enzimas canaliculares, particularmente fosfatase alcalina e GGT, ocorre gradativamente com a obstrução biliar na forma colestase. 
Hepatopatias Crônicas 
A hepatite crônica refere-se ao dano contínuo ao hepatócito, que ocorre frequentemente em indivíduos infectados com HBV e HCV. 
A hepatite crônica é o principal fator predisponente à cirrose e ao carcinoma hepatocelular, as duas principais causas de óbito por hepatopatia. 
Hemocromatose 
A hemocromatose é o defeito congênito mais comum, onde o gene afetado parece codificar uma proteína envolvida no reconhecimento de transferrina. 
Doença de Wilson 
É um distúrbio congênito raro, onde o gene está envolvido no controle do cobre no fígado, levando à incorporação inadequada do cobre na ceruloplasmina. 
A doença de Wilson está associada com disposição excessiva de cobre nos tecidos, fígado e olhos. O cobre sérico se encontra reduzido, enquanto o cobre urinário está aumentado. 
Cirrose 
A cirrose representa o estágio final da hepatite crônica e sua fibrose subsequente. Na medida da evolução da fibrose, aumenta a resistência ao fluxo sanguíneo venoso portal, produzindo evidência clínica de hipertensão portal e levando ao comprometimento da função sintética e metabólica do fígado. 
Nos estágios finais, podem surgir complicações como encefalopatia hepática, hipoxemia, ascite grave e síndrome hepatorrenal. 
Carcinoma Hepatocelular 
O carcinoma hepatocelular (HCC) é a malignidade primária mais comum do fígado em indivíduos adultos. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento do HCC são os vírus HBV e HCV. 
 
Enzimologia Clínica 
As enzimas são proteínas que catalisam reações químicas. Muitas enzimas possuem isoenzimas, formas estruturalmente diferentes que catalisam a mesma reação. 
Uma vez que as enzimas são compostas de alto peso molecular, a morte das células que contêm enzimas é a causa mais comum de aumento dessas moléculas no plasma. 
A síntese aumentada de enzimas pelas células também leva ao aumento das atividades de enzimas no plasma. Finalmente, atividades plasmáticas aumentadas de enzimas podem ser resultado de diminuição na depuração de enzimas da circulação. 
 
Enzimas Específicas 
O perfil de alterações enzimáticas frequentemente pode contribuir na identificação da fonte da lesão. 
 
Fosfatase ácida (ACP) 
A fosfatase ácida é uma enzima hidrolítica secretada por várias células. Existem diversas isoenzimas da fosfatase ácida: 
· Fração 1 → próstata 
· Fração 2 e 4 → granulócitos 
· Fração 3 → plaquetas, eritrócitos e monócitos 
· Fração 5 → ossos 
A doença prostática é a principal causa de aumento de fosfatase ácida. A fosfatase ácida tem sido utilizada há muitos anos nos casos de suspeita de estupro. 
O fluido coletado da vagina fornecerá um teste positivo para fosfatase ácida se houver sêmen presente. 
A fosfatase ácida resistente ao tartarato elevada é comumente encontrada na osteopatia metabólica. 
 
Fosfatase Alcalina (ALP) 
Nas células, a fosfatase alcalina encontra-se primariamente ligada às membranas. Os hepatócitos produzem fosfatase alcalina hepática, e neste local a enzima encontra-se ligadaà superfície canalicular das células. 
Os osteoblastos produzem fosfatase alcalina óssea, que parece estar envolvida com a mineralização óssea. 
As células do epitélio intestinal produzem fosfatase alcalina intestinal, que é liberada no intestino após a ingestão de alimentos ricos em gordura. 
As causas mais comuns de aumento da fosfatase alcalina são as hepatopatias e as osteopatias. 
Os distúrbios que causam colestase provocam aumento da fosfatase alcalina. A atividade osteoblásticas aumentada na osteopatia de Paget, osteossarcoma, tumores ósseos metastáticos e osteopatias metabólicas são as causas mais comuns de aumento da isoenzima óssea. 
Atividades baixas de fosfatase alcalina podem ocorrer após transfusões sanguíneas ou desvio cardiopulmonar. 
 
Aminotransferases (AST e ALT) 
AST e ALT possuem ampla distribuição pelo organismo. AST e ALT são catabolizadas no fígado, sendo que a atividade da AST é maior do que aquela da ALT. 
A causa mais importante de aumentos de AST e ALT é a lesão ao hepatócito. AST e, em menor grau ALT encontra-se elevadas com lesão muscular. 
 
Creatina Quinase (CK) 
A CK está envolvida na reserva de energia nos tecidos, primariamente no músculo. As três isoenzimas resultantes são CK1 (BB), CK2 (MB) e CK3 (MM). 
CK é encontrada em pequenas quantidades em todo o organismo, mas suas concentrações mais elevadas encontram-se apenas no músculo e no cérebro. 
· CK – MM → músculos esqueléticos 
· CK – MB → miocárdio 
· CK – BB → cérebro e músculo liso 
A principal causa de aumento da CK é o dano aos músculos cardíaco ou esquelético. A CK-MB encontra-se elevada no infarto do miocárdio. A CK-BB encontra-se aumentada na lesão ao músculo liso. 
 
γ – Glutamil Transferase (GGT) 
Esta enzima encontra-se primariamente ligada à membrana plasmática de células, como hepatócitos (nas bordas canaliculares). A liberação de GGT pelas células está relacionada com a liberação dos fragmentos de membrana, sendo o fígado a principal fonte de atividade de GGT. 
A principal indicação do desempenho da GGT é a identificação da lesão hepática. Aumentos dramáticos em GGT são indicativos característicos de hepatopatia. A GGT é, frequentemente, utilizada para determinar a causa de ALP elevada. A GGT também vem sendo sugerida como um teste para o abuso do álcool. 
 
Lactato desidrogenase (LD) 
A LD é uma enzima que contém zinco e faz parte da via glicolítica, é encontrada no citoplasma de todas as células e tecidos do organismo. 
Possui cinco isoenzimas, onde a subunidade (H) é para coração e (M) para músculo: LD1 (HHHH), LD2 (HHHM), LD3 (HHMM), LD4 (HMMM) e LD5 (MMMM). 
No plasma, a maior parte de LD resulta da degradação de eritrócitos e plaquetas. 
A LD é um teste altamente inespecífico, valores alterados não são específicos de dano a qualquer órgão em particular. 
Quantidades relativas de LD, AST e ALT (juntamente com CK) podem fornecer indícios sobre a fonte do aumento da LD. 
Quando LD se encontra marcantemente elevada, mas AST, ALT e CK estão normais ou minimamente aumentadas, isso sugere dano aos eritrócitos ou leucócitos. 
Aumentos em CK e LD, com elevações maiores em AST do que ALT, ocorrem com lesão aos músculos cardíacos ou esqueléticos. 
Aumentos em LD são raros na hepatopatia e geralmente AST e ALT são tipicamente mais elevadas do que LD. Aumentos marcantes de LD são observados na anemia megaloblástica, hemolíticas. 
 
Músculo cardíaco e esquelético 
Os músculos cardíaco e esquelético possuem atividade ou concentração elevada de enzimas e proteínas envolvidas na geração de energia e na contração muscular. 
A atividade de CK está várias vezes mais elevada no músculo esquelético do que músculo cardíaco. 
A mioglobina é uma proteína pequena e assim aparece no plasma várias horas antes das enzimas maiores. 
A troponina é predominantemente ligada às fibras musculares, de modo que é liberada gradativamente e permanece elevada por vários dias após a lesão. 
 
Mioglobina 
A mioglobina é uma proteína contendo heme que se liga ao oxigênio nos músculos cardíaco e esquelético. No plasma, as concentrações de mioglobina estão relacionadas com a massa e atividade musculares. 
Troponinas 
O termo troponina refere-se a uma família de compostos que liga a tropomiosina e controla o acoplamento excitação-contração no músculo. 
Infarto do miocárdio 
O infarto agudo do miocárdio, a causa mais comum de morte nas pessoas com mais de 40 anos de idade, é causado, na maior parte das vezes, por oclusão aguda de uma artéria coronária por um trombo. 
Marcadores bioquímicos da lesão cardíaca 
De acordo com a OMS, os critérios para o diagnóstico do infarto do miocárdio, exige os seguintes sinais: dor torácica, alterações no eletrocardiograma (ECG) e aumento e declínio das enzimas cardíacas. 
AST e LD são de pouca aplicação atualmente no diagnóstico do infarto do miocárdio. 
AST apresenta um curso de tempo semelhante à CK total, com valores de pico ocorrendo aprox. 24 horas após o infarto e permanecendo elevados por 48 a 72 horas. 
O pico de LD ocorre caracteristicamente com 36 a 48 horas após o infarto e geralmente mostram-se alterados por quatro a sete dias. 
A mioglobina é o primeiro marcador a se mostrar alterado após o infarto do miocárdio. 
A mioglobina apresenta sensibilidade razoável de 95% a 100%, mas pouca especificidade para o diagnóstico de infarto do miocárdio. 
A troponina está substituindo a CK-MB como teste diagnóstico de eleição para infarto do miocárdio, sendo considerado padrão-ouro. 
A troponina plasmática está praticamente ausente em indivíduos normais, portanto a troponina é específica para a lesão cardíaca. 
 
Avaliação da Função Endócrina 
 
Glândula Hipófise 
A glândula hipófise, localizada na base do crânio, é dividida em lobos anterior e posterior. A hipófise anterior produz o hormônio do crescimento (GH), prolactina (PRL), tirotropina (hormônio estimulante da tireóide - TSH), hormônio estimulante do folículo (FSH) e hormônio luteinizante (LH). 
A hipófise posterior libera vasopressina, também denominada de hormônio antidiurético (ADH) e oxitocina. 
O hipopituitarismo (função reduzida da hipófise anterior) compreende a ausência isolada de um hormônio ou ausência completa de todos os hormônios. 
Os distúrbios hipotalâmicos e tumores hipofisários podem levar à secreção excessiva de um ou mais hormônios. 
 
Hormônio do Crescimento (GH) 
O diagnóstico de deficiência do GH é firmado utilizando-se a quantificação de GH após estimulação farmacológica e o excesso de GH é confirmado pela incapacidade de supressão do GH sérico após uma carga de glicose oral. 
O hormônio do crescimento tem ações muito amplas, influenciando o crescimento direta e indiretamente, pela estimulação do fator I de crescimento (somatomedina C). 
A causa mais comum de deficiência de GH em crianças é a deficiência idiopática do hormônio do crescimento, enquanto no adulto, a causa principal é o adenoma hipofisário. 
O GH pode estar aumentado em pacientes com inúmeros distúrbios como: acromegalia, nefropatias, cirrose, desnutrição e estresse físico e emocional. 
 
Prolactina 
A prolactina é um hormônio da hipófise anterior necessário para iniciação e manutenção da lactação. 
A secreção de prolactina encontra-se sob controle inibitório do hipotálamo, tendo a dopamina como principal fator inibidor. 
Na gravidade, as concentrações séricas maternas de prolactina aumentam progressivamente e o aleitamento pode causar aumentos elevados. 
A deficiência de prolactina é observada após necrose ou infarto da hipófise e em pacientes com pseudo-hipoparatireoidismo. 
A disfunção gonadal está associada com concentrações séricas elevadas de prolactina tanto em homens quanto em mulheres. Adenoma de hipófise é uma causa importante de hiperprolactinemia. 
 
Oxitocina 
A secreção de oxitocina é estimulada pela distensão do útero durante o trabalho de parto e pelo aleitamento. O principal efeito da oxitocina é a estimulação da contração da musculatura lisa. 
Nos homens, a oxitocina parece exercer um papel nas funções gonadais e sexuais.O oxitocina pode ser um exame útil, em pacientes grávidas com prognóstico de parto prematuro. 
 
Vasopressina 
A vasopressina também é conhecida como ADH e tem duas funções fisiológicas importantes. 
A vasopressina tem um efeito vasopressor mediado pela contração da musculatura lisa arterial, e também tem efeitos antidiuréticos mediados pela potencialização da reabsorção da água a partir dos dutos coletores corticais. 
Alterações no metabolismo da água, devido a distúrbios de excesso ou de deficiência de ADH são manifestados como síndrome de secreção inadequada de ADH (SIADH) e diabetes insípido, respectivamente. 
Na SIADH, as concentrações séricas de ADH podem estar variavelmente aumentadas, com urina concentrada. No diabetes insípido (DI) a situação é inversa, em que o ADH reduzido leva à perda excessiva de água pelos rins, resultando em plasma hipertônico associado com urina diluída. 
 
Glândula tireoide 
A tiroxina (T4) é o principal hormônio da tireóide liberado por essa glândula, embora também seja produzida a L-3,5,3’ triiodotironina (T3). 
A biossíntese e a liberação dos hormônios da tireóide a partir da tireoglobulina são controladas pela tireotrofina (TSH). O TSH é regulado pelo hipotálamo por meio do hormônio liberador da tireotrofina (TRH). 
As doenças tireoidianas podem ser classificadas em hipertireoidismo, hipotireoidismo e eutireoidismo. 
A síndrome clínica mais comum associada com hipertireoidismo é a doença de Graves, causada pela presença de anticorpos circulantes contra o receptor de TSH. 
O hipotireoidismo pode ser causado por ablação da glândula tireoide por doença ou cirurgia. 
Doenças da tireoide caracterizadas por eutireoidismo incluem bócio e tumores benignos como adenomas foliculares. 
 
Hormônio estimulante da tireoide (TSH) 
O TSH é o teste mais importante para determinar a disfunção da tireoide tanto nos pacientes hipotireoidianos como nos hipertireoidianos. 
Os pacientes hipertireoidianos possuem valores de TSH suprimidos. O hipertireoidismo subclínico é definido como TSH baixo com concentrações de T4 e T3 normais. 
Nos pacientes com hipotireoidismo, as concentrações séricas TSH são marcantemente elevadas. O termo hipotireoidismo subclínico é utilizado em pacientes com TSH elevado, mas com tiroxina e tiroxina livre normais. 
Tiroxina (T4 Total) 
A combinação de um T4 baixo e TSH aumentado é indicativo de hipotireoidismo primário, enquanto o aumento dos valores de T4 e T3 séricos juntamente com TSH reduzido são característicos de hipertireoidismo. 
Tiroxina livre (T4 Livre) 
O T4 livre (não ligado) encontra-se elevado nos pacientes hipertireoidianos e reduzido nos pacientes com hipotireoidismo. 
Triiodotironina (T3) 
A quantificação de T3 no soro é útil para confirmar o diagnóstico de hipertireoidismo, especialmente em pacientes sem aumento ou com aumento mínimo de T4 sérico. 
Glândula Adrenal 
Hormônios da medula adrenal 
A quantificação das catecolaminas e seus metabólitos é utilizada para confirmar o diagnóstico de feacromocitoma e neuroblastoma. 
As catecolaminas epinefrina e norepinefrina são secretadas pela medula adrenal em resposta a vários estímulos fisiológicos. 
A maioria das catecolaminas é metabolizada antes de ser excretada pela urina, produzindo metabólitos como: ácido vanililmandélico (VMA), metanefrina e normetanefrina. 
Feocromocitomas 
Os feocromocitomas são tumores produtores de catecolaminas. A triagem é realizada com exames de urina, geralmente metanefrinas, frequentemente com VMA ou catecolaminas. 
Os pacientes com feocromocitomas tendem a apresentar resultados marcantemente elevados de metanefrina. 
Embora as determinações de VMA urinário sejam comumente utilizadas para o feocromocitoma, elas são consideradas menos sensíveis, porém mais específicos do que as determinações de metanefrina urinária. 
Neuroblastomas 
O neuroblastoma é um tumor relativamente comum da infância. 90% dos pacientes apresentam resultados elevados de ácido humovalínico urinário e 75% apresenta VMA elevado. 
Hormônios do Córtex Adrenal 
O córtex adrenal é composto de três zonas distintas. A mais superficial é a zona glomerulosa, a fonte primária do mineralocorticoide aldosterona, que promove a reabsorção do sal e da água pelos rins para auxiliar na manutenção da pressão sanguínea e da tonicidade. 
A zona fasciculada, onde é produzido o glicocorticoide cortisol, hormônio que mantém as concentrações de glicose e previne o choque. A zona reticular, onde são sintetizados os hormônios sexuais, testosterona e estradiol. 
Cortisol e Glicocorticóides 
A secreção de cortisol pelo córtex adrenal ocorre em resposta a três influências identificáveis: hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), ritmo diurno e o estresse. 
Hipercortisolismo: Síndrome de Cushing 
A síndrome de Cushing é um conjunto de distúrbios clínicos e metabólicos caracterizado por hiperfunção adrenocortical, esse quadro está associado com produção excessiva de glicocorticoides. 
Os achados clínicos sugestivos de síndrome de Cushing são obesidade central, hipertensão e hirsutismo. 
Hipocortisolismo: doença de Addison e Insuficiência hipofisária 
A insuficiência adrenocortical primária (doença de Addison) ocorre a partir de um processo auto-imune. Os pacientes apresentam deficiências de glicocorticoides e mineralocorticoides. 
Eixo Renina-Aldosterona 
O papel do eixo renina-aldosterona é de manter a pressão sanguínea dentro dos valores normais, pela percepção de volume normais, pela percepção do volume plasmático e seu ajuste. 
A renina, por meio do seu produto, angiotensina II, estimula diretamente a síntese e a secreção da aldosterona. 
Volume plasmático reduzido e sódio sérico baixo estimulam a secreção de renina, resultando em liberação da aldosterona, que provoca a retenção de sódio com aumento do volume plasmático, pressão sanguínea elevada e perda de potássio. 
Inversamente, o aumento efetivo do volume sanguíneo ou o aumento na pressão sanguínea resultam em concentrações reduzidas de renina, angiotensina II, aldosterona e perda de sódio. A hipertensão está diretamente relacionada com renina elevada. 
 
Gonadotrofinas e Hormônios sexuais 
Hormônio Luteinizante e Hormônio Folículo-Estimulante 
O hipotálamo secreta o hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), hormônio que controla a secreção das gonadotrofinas, LH e FSH da hipófise anterior. 
LH e FSH são secretados pela hipófise e transportados pelo sangue para seus sítios de ação, os testículos ou os ovários. 
O ciclo menstrual da mulher é dividido em uma fase folicular e uma fase lútea em razão do aumento das gonadotrofinas hipofisárias. 
As concentrações de ambas as gonadotrofinas são geralmente mais elevadas durante o período pré-ovulatório. As concentrações de FSH geralmente são mais elevadas durante a fase folicular do que durante a fase lútea. 
Nas mulheres com insuficiência ovariana, como ocorre na menopausa, podem ser encontrados concentrações elevadas de FSH e LH. 
Estrogênios 
Os estrogênios são responsáveis pelas características sexuais secundárias femininas. Três são determinados na prática clínica: estradiol, estroma e estriol. 
Ovários, testículos e adrenais são capazes de sintetizar os estrogênios a partir dos androgênios androstenediona e testosterona. 
Alguns clínicos utilizam as concentrações de estrogênios para confirmar a menopausa. A progesterona é mais útil na avaliação da ovulação do que o estrogênio. 
Progesterona 
Nas mulheres que menstruam, a progesterona é secretada principalmente pelo corpo lúteo do ovário, e é parcialmente responsável pelas alterações cíclica do endométrio. 
A função do corpo lúteo pode ser avaliada pela determinação da concentração sérica de progesterona. 
Androgênios 
Testosterona 
Os testículos possuem duas funções importantes: espermatogênese e síntese e subsequente secreção dos hormônios androgênicos. 
O crescimento excessivo de pêlos corporais é conhecido como hirsutismo, que é um indicador biológico da secreção excessiva da testosterona. 
Valores baixos em homens são sugestivosde hipogonadismo, como síndrome de Klinefelter. 
 
Compostos Nitrogenados não-proteicos 
Os compostos nitrogenados não-proteicos são formados no organismo como resultado do catabolismo de ácidos nucleicos, aminoácidos e proteínas. 
A ureia é o principal composto no plasma. Outros constituintes são aminoácidos, ácido úrico, creatinina, creatina e amônia. 
A maioria destes compostos é excretada pelos rins, portanto a determinação destes compostos no sangue tem sido utilizada como um índice da função renal. 
Concentrações elevadas dos principais componentes: ureia, creatinina e ácido úrico, ocorrem como consequência da função renal reduzida. 
Ureia 
A ureia, o principal produto excretado do metabolismo das proteínas, é sintetizada no fígado a partir do dióxido de carbono (CO2) e da amônia. 
A ureia é um dos parâmetros laboratoriais mais populares para avaliar a função renal. 
Correlações Clinico patológicas 
O nível aumentado de ureia no sangue é denominado azotemia. Pode ser dividida em: azotemia pré-renal, renal e pós-renal. 
A azotemia pré-renal é resultante da perfusão inadequada dos rins e, portanto, da filtração glomerular diminuída na presença de função renal normal. 
Na azotemia renal é observada principalmente a redução da filtração glomerular, que ocorre em uma ampla variedade de doenças renais. 
A azotemia pós-renal geralmente é resultado de obstrução do trato urinário e do consequente aumento na retro difusão da ureia dos túbulos renais para a circulação. 
Uma redução significante da concentração sérica/plasmática da ureia ocorre em poucas condições: nutrição insuficiente, alta ingestão de líquidos, na gravidez, hepatopatias, etc. 
Técnicas Analíticas 
A ureia é quantificada no soro, no plasma e na urina. Existem 2 métodos analíticos: direto e indireto. 
Os métodos diretos baseiam-se na reação de Fearon, na qual a ureia é quantificada pela condensação direta com o diacetil monoxima na presença de ácido forte para formar um derivado da diazima que absorve em 540nm. 
Nos métodos indiretos, a ureia é, inicialmente, hidrolisada pela enzima urease (ureia amidoidrolase) em amônio (NH4+) e bicarbonato (HCO3-) com subsequente quantificação do amônio por processos espectrofotométricos ou eletroquímicos. 
Intervalo de Referência 
O intervalo de referência para ureia no soro ou plasma é de 8 a 20mg/dL. A excreção urinária de ureia, em adultos com valores médios de proteínas, é de 17 a 20g/24h. 
Creatina e Creatinina 
A creatina é o principal composto de reserva do fosfato altamente energético necessário para o metabolismo muscular. É sintetizada principalmente no fígado, sob condições fisiológicas, a creatina perde água, formando sua amida cíclica, creatinina. 
Uma vez formada, a creatinina não é reutilizada no metabolismo corporal, e assim funciona exclusivamente como um produto de degradação. 
Correlações Clínico patológicas 
Tanto a creatinina sérica quanto a creatinina urinária têm sido utilizadas como índices da função renal em função da constância de formação da creatinina. 
A creatinina sérica elevada está associada com uma redução da taxa de filtração glomerular (TFG). 
O achado de depuração reduzida da creatinina e creatinina sérica aumentada é certamente indicativo de comprometimento da função renal. 
A concentração sérica ou plasmática de creatinina e a excreção urinária de creatinina estão significativamente aumentadas por necrose ou atrofia de músculos esqueléticos, distrofias musculares, poliomielites, etc. 
Técnicas Analíticas 
A creatinina pode ser quantificada no soro, no plasma e na urina. O método mais amplamente utilizado para a quantificação da creatinina baseia-se na reação de Jaffé, onde a creatinina é tratada com uma solução alcalina de picrato para gerar um complexo vermelho-alaranjado brilhante, que absorve luz em 485nm. 
Intervalo de Referência 
O intervalo de referência para a creatinina sérica em adultos é de 0,6 a 1,2mg/dL para homens e 0,5 a 1,0mg/dL para mulheres. 
O intervalo de referência para a excreção renal de creatinina é de 1,0 a 2,0g/24h para homens e 0,6 a 1,5g/24h para mulheres. 
Ácido Úrico 
O ácido úrico é o produto final da degradação dos ácidos nucleicos e do catabolismo das purinas em seres humanos. 
A maior parte do ácido úrico é sintetizada no fígado e na mucosa intestinal. 
Aproximadamente dois terços do urato são excretados pelos rins. 
Correlações Clínico patológicas 
Hiperuricemia é definida como a concentração de urato no soro maior do que 7mg/dL e pode resultar de inúmeros distúrbios como: produção aumentada de urato e/ou excreção renal reduzida. 
A hiperuricemia pode estar associada à gota, erros inatos do metabolismo das purinas (Síndrome de Lesch-Nyhan), atividade aumentada de fosforribosil pirofosfato, nefropatia terminal, drogas e substâncias químicas e ingestão de etanol. 
A hipouricemia está relacionada à defeitos da reabsorção tubular renal, sejam congênitos, como a Síndrome de Fanconi e doença de Wilson, seja adquirida, por meio de danos tóxicos. 
Técnicas Analíticas 
O método mais popular, no passado, para determinar o ácido úrico era o método de Caraway, que se baseia na oxidação do ácido úrico pelo fosfotungstato. O ácido fosfotungstato é reduzido a azul de tungstênio, que é determinado fotometricamente em 70nm. 
Intervalo de Referência 
O intervalo de referência para o ácido úrico sérico ou plasmático varia de 3,5 a 7,2mg/dL para homens e 2,7 a 6,0mg/dL para mulheres. O adulto médio excreta aproximadamente 0,4 a 0,8g ácido úrico na urina a cada 24h. 
Amônia 
A amônia é um produto do metabolismo dos aminoácidos e, portanto, do catabolismo das proteínas. 
A amônia é formada principalmente no fígado pela desaminação oxidativa dos aminoácidos. 
A maior parte da amônia é eliminada como ureia, que é formada no ciclo da ureia. 
Correlações Clínico patológicas 
A hepatopatia grave é a etiologia mais frequente para alterações no metabolismo da amônia. 
Quando a função hepática não mais se encontra adequada para metabolizar a amônia, a concentração plasmática aumenta, com várias manifestações tóxicas, particularmente no cérebro. 
Técnicas Analíticas 
A quantificação da amônia no sangue envolve a conversão do amônio (NH4+) em amoníaco (NH3) gasoso. O NH3 liberado pode ser separado do plasma ou do soro pela reabsorção em uma resina de troca iônica seguida pela quantificação com reagente de Nessler ou pela reação indofenol. 
Intervalo de Referência 
A amônia plasmática em adultos normais é, em média, inferior a 120ug/dL. 
Aminoácidos 
Os aminoácidos são a unidade estrutural básica das proteínas e representam o segundo maior constituinte do nitrogênio plasmático não-proteico. 
As proteínas são compostas de cadeias longas de resíduos de aminoácidos unidas por ligações peptídicas. 
No processo de digestão, ocorre a clivagem enzimática das ligações peptídicas, que liberam aminoácidos que podem ser absorvidos pelo intestino. 
Correlações Clínico patológicas 
Em geral, a determinação da concentração urinária de aminoácidos é de maior valor clinico do que as concentrações plasmáticas. 
A excreção urinária aumentada de aminoácido é de dois tipos principais: excesso de fluxo e renal. 
A aminoacidúrias, por excesso de fluxo, são aqueles que acompanham concentrações aumentadas de aminoácidos no plasma quando os túbulos renais são incapazes de reabsorver as concentrações aumentadas. 
Estas condições podem ser causadas por um erro inato do metabolismo. Os erros inatos do metabolismo são mais frequentemente diagnosticados no período neonatal. 
A fenilcetonúria é resultado de uma deficiência hereditária ou da ausência da fenilalanina hidroxilase, enzima necessária para a conversão metabólica da fenilalanina em tirosina, com um consequente aumento da fenilalanina e ácido fenilpirúvico, no plasma e urina. 
A doença de xarope de bordo é um distúrbio autossômico recessivo causado por defeitos na desidrogenase dos α-cetoácidos da cadeia ramificada, que leva ao acúmulo dos aminoácidos da cadeia ramificada leucina, isoleucinae valina. 
A tirosinemia transitória neonatal é o distúrbio mais comum de aminoácidos no período neonatal. É causado por um desequilíbrio na concentração sérica de tirosina produzida pela ingestão de proteínas. 
As aminoacidúrias secundárias ocorrem na cirrose e em outras hepatopatias crônicas. As aminoacidúrias renais são o resultado da reabsorção tubular reduzida. 
A homocisteína é um aminoácido contendo enxofre gerado pela desmetilação na metionina. A regulação da homocisteína depende de folato, vitamina B6 e B12. A deficiência em qualquer dessas vitaminas leva a uma elevação da homocisteína. 
Reduções significativas na concentração plasmática dos aminoácidos ou na taxa de excreção urinária são raras. 
Intervalo de Referência 
Inúmeros métodos vêm sendo utilizados para a triagem de erros inatos do metabolismo em recém-nascido, incluindo cromatografia de camada delgada, ensaios fotométricos e o teste de Guthrie. 
 
Ferro 	
O ferro é um elemento essencial para uma ampla variedade de processos metabólicos. Em função de sua capacidade de passar pelos estados de oxidação ferrosa (Fe2+) e férrica (Fe3+), o ferro pode atuar como transportador de oxigênio e de elétrons e como um cofator metal para muitas enzimas. 
O ferro (Fe) é o metal mais abundante no organismo humano, dois terços do ferro corporal total existem como ferro na hemoglobina dos eritrócitos, um quarto do ferro permanece nas reservas como ferritina e hemossiderina, e o resto estão presentes nos tecidos em todo o organismo na mioglobina, e nas enzimas heme e não-heme. Uma pequena quantidade de ferro está ligada à transferrina. 
A fim de ser absorvido, o ferro da dieta precisa estar na forma ferrosa (Fe2+). O ferro heme é absorvido diretamente como hemina (Fe3+heme). Uma vez absorvido, o ferro é transportado para o plasma ligado a transferrina. 
A transferrina liga-se ao ferro férrico (Fe3+) com alta afinidade, e transporta o ferro entre os locais de absorção, armazenamento e utilização. 
A ferritina é uma proteína ubíqua, cuja única função conhecida é o sequestro e a reserva de ferro. 
 
Correlações Clínico patológicas 
A deficiência de ferro denota um déficit no ferro corporal total e ocorre em graus variados de gravidade. 
A anemia ferropriva é a fase mais avançada de deficiência de ferro e caracteriza-se por valores baixos de hemoglobina ou do hematócrito, reservas de ferro ausentes ou reduzidas, ferro sérico reduzido e saturação da transferrina diminuída. 
O excesso de ferro indica excesso de ferro corporal total resultante de um suprimento de ferro que excede as suas exigências. 
A forma mais comum de excesso de ferro é a hemocromatose hereditária, um distúrbio metabólico autossômico recessivo. 
A doença tem um curso lento, e os pacientes apresentam manifestações quando o acúmulo de ferro já atingiu valores tóxicos e dano aos órgãos. 
Técnicas Analíticas 
Os métodos incluem determinações do ferro sérico, da transferrina, dos receptores da transferrina e da ferritina. 
A concentração de ferro sérico reflete o Fe3+ ligado a transferrina e não inclui o ferro contido no soro como hemoglobina livre. 
O ferro sérico é quantificado por métodos colorimétricos e espectrofotométricos. O intervalo de referência varia de 75 a 175µg/dL em homens e menos 10µg/dL para mulheres. 
 	A transferrina tem sido tradicionalmente quantificada como a capacidade de ligação do ferro total (CLFT). 
A ferritina plasmática torna-se um indicador valioso de ausência de reservas de ferro. 
Porfirinas 
As porfirinas são tetrapirróis que exibem fluorescência vermelha característica quando da exposição à luz ultravioleta. 
As porfirinas são ubíquas e o complexo ferro-porfirina, heme, é fundamental para todas as reações biológicas de oxidação. 
Três tipos de porfirinas têm importância clínica: as uroporfirinas, as coproporfirinas e as protoporfirinas. 
O heme é necessário para a síntese da hemoglobina nos eritrócitos e serve como base de várias enzimas. 
A medula óssea eritróide é o principal tecido formador de heme no organismo, produzindo 85% das exigências diárias de heme. 
 
Correlações Clínico patológicas 
As porfirinas compreendem um grupo de distúrbios hereditários ou adquiridos caracterizada por deficiência ou atividade reduzida de uma enzima específica na via biossintética do heme, culminando com produção excessiva e excreção aumentada dos precursores do heme. 
Técnicas Analíticas 
Os principais exames bioquímicos para diferenciaras porfirinas envolvem a determinação das porfirinas e seus metabólitos, ALA e PBG (ácido ẟ-aminolevulínico e porfobilinogênio), na urina, nas fezes e no sangue. 
 
Minerais e Metabolismo Ósseo 
O esqueleto é um órgão metabolicamente ativo que sofre remodelamento contínuo ao longo da vida. 
Os ossos são compostos, primeiramente, de minerais inorgânicos (cálcio e fósforo) e de uma matriz orgânica. 90 a 95% da matriz orgânica são compostas de colágeno tipo I. 
Os osteoclastos reabsorvem o osso porque produzem íons hidrogênio que mobilizam os minerais e enzimas proteolíticas que hidrolisam a matriz orgânica. 
Os osteoblastos sintetizam a matriz orgânica e controlam a mineralização da matriz recém-sintetizada. 
A concentração de cálcio, fosfato e magnésio no plasma depende do efeito da disposição e reabsorção do mineral no osso, da absorção intestinal e da excreção renal. 
Cálcio 
O cálcio é o quinto elemento mais comum e o cátion mais prevalente no corpo humano. Um adulto saudável possui 1 a 1,3kg de cálcio, 99% dele na forma de hidroxiapatita no esqueleto. 
Além de sua importância evidência na mineralização do esqueleto, o cálcio exerce um papel vital em processos fisiológicos como coagulação sanguínea, neurotransmissão, atividade enzimática, manutenção do tônus normal e excitabilidade dos músculos esqueléticos e cardíacos. 
A concentração de cálcio ionizado no fluído extracelular é mantida constante em um equilíbrio que é alcançado principalmente pela ação do paratormônio ou hormônio da paratireoide (PTH) e da 1,25 dihidroxivitamina D3. 
Os principais órgãos alvo destes hormônios são ossos, rins e intestinos. 
Quando a concentração do cálcio decai, as glândulas paratireoides percebem a alteração e secretam imediatamente o PTH. O PTH age nos ossos e libera o cálcio no fluído extracelular. Ao mesmo tempo o PTH também ativa nos rins estimulando um aumento de secreção de fosfato e alguma reabsorção de cálcio nos néfrons distais, induzindo um retorno nas concentrações normais de cálcio. 
Técnicas Analíticas 
Os métodos utilizados, atualmente, para a determinação de cálcio total são: análise colorimétrica, titulação e espectrometria de absorção atômica. O cálcio ionizado é determinado por eletroquímicos. 
Intervalo de Referência 
O cálcio total em adultos varia de 8,8 a 10,3mg/dL. O intervalo de referência para o cálcio ionizado é 4,6 a 5,3mg/dL. A excreção urinária do cálcio é 300mg/24h. 
Fósforo 
O conteúdo total de fósforo no organismo é em torno de 700g. O esqueleto contém principalmente fosfato inorgânico. 
Além de seu papel no esqueleto, o fosfato tem funções extracelulares e intracelulares importantes. O fosfato é um constituinte essencial dos ácidos nucleicos, dos fosfolipídios e das fosfoproteínas. 
O fosfato forma compostos altamente energéticos (ATP) e cofatores (NADP), o fósforo é essencial para a contratilidade dos músculos, funções neurológicas, etc. 
O fósforo está presente em praticamente todos os alimentos, aproximadamente 60 a 80% do fósforo ingerido são absorvidos no intestino. 
O fósforo é filtrado livremente no glomérulo, porém o PTH induz fosfotúria pela inibição do contratransporte que ocorre na reabsorção tubular. 
Técnicas Analíticas 
O método mais utilizado para a determinação do fosfato inorgânico baseia-se na reação do fosfato com o molibdato de amônia para formar o complexo fosfomolibdato 
Valores de Referência 
O fósforo sérico varia entre 2,8 e 4,5mg/dL. 
Magnésio 
O magnésio é o quarto cátion mais abundante no organismo, e o segundo cátion intracelular mais prevalente. 50a 60% do magnésio encontram-se nos ossos. 
O magnésio é essencial para o funcionamento de mais de 300 enzimas celulares. Este cátion também é necessário para o metabolismo energético celular e na estabilização da membrana, condução nervosa, etc. 
O magnésio corporal total depende principalmente de absorção intestinal e da excreção renal. O rim é o principal órgão envolvido na regulação do magnésio. 
Técnicas Analíticas 
O soro e não plasma é preferível para a determinação de magnésio. Pode ser quantificado por fotometria, precipitação, fluorometria, etc. 
Intervalo de Referência 
O magnésio sérico total varia entre 0,75 a 0,95 mmol/L. 
 
Hormônios que controlam o Metabolismo dos Minerais 
Os três principais hormônios que controlam o metabolismo mineral e ósseo são PTH, 1,25 (OH)2D3 e a calcitonina. 
Hormônio da paratireoide ou paratormônio (PTH) 
O PTH é sintetizado e secretado pelas células principais da glândula da paratireoide. 
Múltiplos fatores controlam a liberação de PTH pelas glândulas da paratireoide. A secreção do PTH é regulada pelo cálcio ionizado extracelular. 
A função fisiológica primária de PTH é manter a concentração do cálcio ionizado no fluído extracelular, que pode ser alcançada por: estimulação da reabsorção óssea osteoclástica e liberação do cálcio e fosfato ósseos, estimulação da reabsorção do cálcio e inibição da reabsorção do fosfato pelos túbulos renais e estimulação da produção renal de 1,25 (OH)2D3, que aumenta a absorção intestinal do cálcio e do fosfato. 
Técnicas Analíticas e Intervalo de Referência 
O PTH é quantificado por radioimunoensaio (RIE) ou ensaio imunométrico não competitivo. O intervalo de referência para o PTH intacto é de 10 a 65 pg/mL. 
Calcitonina 
A calcitonina é sintetizada e secretada pelas células C especializadas da glândula tireoide. A concentração de cálcio ionizado é o regulador mais importante da secreção de calcitonina. Os aumentos do cálcio ionizado levam a um aumento da secreção de calcitonina. 
A calcitonina inibe diretamente a reabsorção óssea osteoclástica, em função de sua propriedade redutora do cálcio e do fósforo. 
Técnicas Analíticas e Intervalo de Referência 
A calcitonina sérica é quantificada por métodos imunométricos. O intervalo de referência é inferior a 25 pg/mL para homens e menos de 20 pg/mL para mulheres. 
Vitamina D e metabólitos 
O hormônio esteroide Calcitriol (1,25(OH)2D3) é o principal metabólito biologicamente ativo da família de esteróis da vitamina D. 
A hidroxilação renal da 1,25 hidroxivitamina D é o principal ponto de controle no metabolismo da vitamina D, que responde às concentrações de cálcio e fosfato e às concentrações de PTH circulante. 
O cálcio sanguíneo reduzido estimula as glândulas da paratireoide a secretar PTH, o que aumenta a produção de Calcitriol, nos túbulos renais proximais. 
No intestino, o efeito do Calcitriol consiste em estimular o transporte do cálcio e do fosfato no lúmen do intestino delgado para a circulação, aumentando desta forma as concentrações plasmáticas de cálcio e fosfato. 
 	O Calcitriol também aumenta a reabsorção óssea e potencializa os efeitos do PTH no néfron para produzir a reabsorção renal tubular do cálcio. 
Técnicas Analíticas e Intervalo de Referência 
Apenas a determinação de calcifediol (25(OH)D) e de calcitriol (1,25(OH)2D3) tem significado clínico. Pode ser feita através da Cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). 
O intervalo de referência para calcifediol no soro é 10 a 50 ng/mL e para calcitriol é de 15 a 60 pg/mL. 
Distúrbios do Metabolismo dos Minerais 
Hipercalcemia 
As causas mais comuns de hipercalcemia são hiperparatireoidismo primário e malignidade. 
O hiperparatireoidismo primário caracteriza-se por secreção excessiva de PTH na ausência de um estímulo fisiológico adequado. 
O hiperparatireoidismo secundário ocorre quando existe uma resistência às ações metabólicas do PTH. 
A malignidade é a causa mais frequente de hipercalcemia na população hospitalizada e a intoxicação por vitamina D é outra causa de hipercalcemia. 
Hipocalcemia 
As causas mais comuns de hipocalcemia são insuficiência renal crônica, hipomagnesemia, hipoparatireoidismo, pseudo-hipoparatireoidismo, deficiência de vitamina D e pancreatite aguda. 
O hipoparatireoidismo, hereditário ou adquirido, caracteriza-se por produção ausente ou reduzida de PTH pelas glândulas paratireoides, o que leva a uma queda na concentração plasmática de cálcio e uma hiperfosfatemia correspondente. 
O pseudo-hipoparatireoidismo é um distúrbio genético raro no qual ocorre ação ineficiente do PTH em vez de falência na produção do hormônio da paratireoide. 
Hiperfosfatemia 
Geralmente é provocada por excreção renal reduzida na insuficiência renal aguda ou crônica, ingestão aumentada com administração excessiva oral, retal ou intravenosa, ou carga extracelular aumentada. 
Hipofosfatemia 
O abuso de álcool é a causa mais comum de hipofosfatemia grave, provavelmente como o resultado da ingestão insuficiente na dieta, vômito, uso de antiácidos e fosfatúria marcante. 
Hipermagnesemia 
É uma condição rara, as pessoas em maior risco são idosos e os pacientes com distúrbios pélvicos ou insuficiência renal. 
Hipomagnesemia 
A razão mais comum é a perda do magnésio pelo trato GI ou pelos rins. Diabetes melito é uma causa comum de hipomagnesemia, provavelmente secundária à glicosúria e diurese osmótica. 
Marcadores bioquímicos da Remodelação Óssea 
O esqueleto exerce várias funções, incluindo sustentação ao organismo, proteção de órgãos internos, e fornecimento de locais para a fixação dos músculos, cavidades para a formação de células ósseas e um reservatório de minerais. 
O remodelamento ósseo é um processo acoplado que inicia com a reabsorção dos ossos senescentes pelos osteoclastos, seguida da formação de osso novo pelos osteoclastos. 
Marcadores da Reabsorção Óssea
 
O tecido ósseo possui três componentes: uma matriz orgânica (osteóide), osso mineral e células ósseas. 
A matriz orgânica consiste 90% de colágeno tipo I e 10% de proteínas como osteocalcina e osteopontina. 
Os marcadores da reabsorção óssea incluem a fosfatase ácida resistente ao tártaro e produtos da degradação do colágeno. 
A fosfatase ácida é uma enzima lisossomal encontrada nos ossos, na próstata, plaquetas, eritrócitos e baço. 
A isoenzima da fosfatase ácida encontrada no osso é resistente ao tartarato e instável. 
Marcadores da Formação Óssea 
Incluem fosfatase alcalina, osteocalcina e peptídeos de extensão do pro colágeno. 
A fosfatase alcalina óssea, uma enzima ligada à membrana dos osteoblastos, é liberada na circulação pela atividade da fosfatidilinositol glicose e pela formação de vesículas de membranas. 
A osteocalcina é a principal proteína não colagenosa da matriz óssea. A osteocalcina pode agir como um sítio para os cristais de hidroxiapatita. 
Os osteoblastos secretam moléculas de pro colágeno que sofrem clivagem celular nas regiões amina e carboxiterminais, formando os peptídeos do pro colágeno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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