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Resumo Silvicultura - Dendrologia - MDF, MDP, OSB - Celulose - Escarificação e Estratificação - Viveiro florestal

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Prova de Silvicultura
1. Conceito de dendrologia.
Trata-se do estudo das árvores, envolvendo a nomenclatura, morfologia, fenologia, distribuição geográfica e importância econômica/ecológica. Busca identificar e caracterizar as árvores dentro da floresta, a fim de catalogá-las e, assim, fornecer subsídios para o manejo racional da floresta.
2. Diferencia MDF, MDP e OSB.
MDF: chapa de fibra de média densidade, a qual incorpora adesivo a massa de fibras. Apresenta menor massa específica (mais leve), maior facilidade para ser cortado e facilmente trabalhado em plainas e fresas. Bastante utilizados pela indústria de móveis. 
MDP: painel de partículas de média densidade. São utilizadas partículas sem forma geométrica definida, onde as mais finais vão para a superfície e as maiores para a parte central do painel, sendo coladas com adesivo de baixa resistência a água. Usado na indústria de móveis.
OSB: partículas finas e compridas com orientação definida pela máquina (confere maior resistência), coladas com uso de adesivo a prova d’água. Amplas possibilidades de uso.
3. Qual é o gênero mais plantado no Paraná e no Brasil?
Paraná: cultiva-se em maior escala o pinus.
Brasil: cultiva-se em maior escala o Eucalipto (Eucalyptus).
4. Processo de extração da celulose.
Processo sulfato ou Kraft: 
1º) madeira (geralmente eucalipto) é processada (descascada e cortada) e depois picada em cavacos (diâmetro de 15 – 20cm);
2º) cavacos são submetidos ao tratamento químico (NaOH e Na2S) em altas temperaturas, a fim de separar as fibras e remover a lignina, resultando em uma massa de fibras deslignificada;
3º) ocorre a depuração, a fim de remover as impurezas sólidas da celulose e, posteriormente, o branqueamento, para melhorar as propriedades de alvura, limpeza e pureza química;
4º) ocorre a secagem, até que a celulose atinja um ponto de equilíbrio com a umidade relativa do ambiente (90% de fibras e 10% de água);
5º) procede-se a embalagem, onde a folha contínua é reduzida em outras menores, em formato padrão, formando fardos de celulose para fins de transporte e carregamento.
5. Descreva a diferença entre o P. elliotti e o P. taeda.
Pinus elliotti: apresenta 30m de altura, 90cm de DAP, propagação por sementes e estacas, as folhas são acículas flexíveis (2 por braquioblasto).
Pinus taeda: apresenta 30m de altura, 1m de DAP, propagação por sementes, folhas são acículas rígidas (3 por braquioblasto).
6. (
Casca externa
: proteção da árvore;
Casca interna
: condução de seiva; floema ou líber;
Câmbio: 
está entre a casca e o lenho, c/ função de reprodução dos tecidos;
Alburno:
 condução de seiva bruta;
Cerne:
 parte mais resistente, c/ função de sustentação mecânica;
Medula:
 miolo central, primeiro tecido da árvore.
)Esquema do tronco.
7. Princípios da colheita.
Não é recomendada a colheita de 100% das sementes, visto que deve haver respeito aos animais porque 50% da dispersão devem ser feitas por ele e, quando abiótica, até 70%, para manter a perpetuação.
8. Benefícios diretos e indiretos da silvicultura.
Diretos: geração de empregos; exploração racional; plantio em propriedades rurais; produtos com valor agregado; madeira (lenha, carvão vegetal, celulose, briquetes, mourões, setor moveleiro) e produtos florestais não madeireiros (óleos essenciais, resina, goma, látex).
Indiretos: sequestro e fixação do carbono; redução da poluição do ar e atmosférica; proteção contra ruídos; quebra-vento; mata ciliar; envio de água para a atmosfera; melhoria da qualidade de vida nas cidades; recuperação do solo; ocupação de áreas não agricultáveis; proteção de rios e nascentes.
9. Aspectos silviculturais
	CARACTERÍSTICAS
	PIONEIRAS
	CLÍMAX
	IMPORTÂNCIA
	Crescimento
	Rápido
	Lento
	Tempo de viveiro;
Luminosidade adequada;
Quando coletar sementes;
Quantidade necessária p/ produzir mudas;
Tempo de viabilidade;
Tolerância à dessecação.
	Tolerância à seca
	Muito tolerante (heliófitas)
	Tolerante (esciófitas)
	
	Idade da 1ª reprodução
	Prematura (1-5 anos)
	Tardia (20 anos)
	
	Dispersão
	Ampla
	Ampla e restrita
	
	Sementes
	Pequenas
	Grandes e pesadas
	
	Dormente
	Induzida (foto ou termorregulada)
	Inata (imaturidade do embrião)
	
	Regeneração
	Banco de sementes
	Banco de plântulas
	
	Tempo de vida
	5-15 anos
	>80 anos
	
10. Diferenças entre PFM e PFNM.
Os PFNM exibem grande variedade de produtos e espécies, o habitat é diferente dos PFM, apresenta baixo rendimento por unidade e área, alto valor monetário somente em grandes quantidades e requer intensa mão-de-obra. Dentre os produtos florestais não madeireiros, destaque para erva-mate, açaí e castanha-do-Pará, que possuem maior valor agregado.
11. Seleção de árvores matrizes.
 Não selecionar árvores isoladas; utilizar DAP e comparação com outras árvores na população; árvores em plena maturidade; apresentar superioridade nas variáveis de interesse (altura, DAP, sanidade, forma da copa).
12. Onde coletar árvores matrizes.
Área de Coleta de Sementes (ACS): população plantada, árvores matrizes foram selecionadas em extensas áreas. Promove maior troca genética (polinização) e grande quantidade de sementes viáveis, porém ganhos genéticos relativamente baixos. Recomendada para início do melhoramento do material introduzido. Área adequada para coleta de sementes de espécies nativas.
Área de Produção de Sementes (APS): população selecionada, isolada contra pólen externo, matrizes selecionadas com desbaste seletivo. Sementes terão 100% do material genético proveniente de árvores com as características fenotípicas desejáveis, então com material genético superior, baixo custo e curto período.
Pomar de Sementes (PS): população planejada, a partir da pré-seleção de materiais com características desejáveis que devem ser clonados e implantados, isolada contra pólen externo. As matrizes são superiores, bem como os ganhos genéticos e precocidade na produção quando a propagação é via enxertia.
13. Manejo dos frutos para obtenção das sementes.
Carnosos: imersão em água por alguns minutos ou horas, substituindo sempre a água para evitar fermentação, posteriormente, macerar em peneiras e colocar para secar sobre peneiras ou papel filtro, em local arejado e sombreado.
Secos indeiscentes: necessário o uso de ferramentas, como máquinas agrícolas adaptadas.
*A secagem ocorre em duas fases (I – deslocamento da água da superfície para o ar, rápida; II – deslocamento da água do interior da semente para a superfície, mais lenta).
14. Escarificação e Estratificação.
Escarificação (EXÓGENA): química, pelo uso de ácidos, ou mecânica, pelo uso de lixas, escarificadores ou areia.
Estratificação (ENDÓGENA): embebição em água quente, em água fria/ambiente ou choque térmico (água quente e depois fria).
15. Viveiro florestal.
Deve ter luminosidade adequada, estradas que permitam o tráfego o ano todo, disponibilidade de água, mão-de-obra qualificada e infraestrutura adequada, tendo um Eng Agrônomo ou Florestal como responsável técnico e 50-60% deve ser de área produtiva. É classificado em:
I – TEMPO DE FUNCIONAMENTO: provisório/temporário (menor custo, simples, ideal para reflorestamento, adaptado às condições climáticas) ou permanente/fixo (maior custo, dividido em benfeitorias, localizado próximo a centros comerciais);
II – TEMPO DA MUDA NO VIVEIRO: ciclo curto (menor tamanho, tráfego intenso) ou viveiros de espera (ornamentais, anos de muda, diretamente no solo);
III – ESPÉCIE UTILIZADA, REGIÃO E CUSTO: recipiente ou raiz nua;
IV – GRAU DE ESPECIALIZAÇÃO: generalista ou especializado.
Os recipientes apresentam proteção das raízes a danos mecânicos e desidratação, facilita o controle da irrigação, sistema de produção concentrado e manipulável.

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