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49 - MODELO DE AÇÃO DE REVISÃO DA RMI DA PENSÃO POR MORTE, AUXÍLIO-DOENÇA E APOSENTADORIA POR INVALIDEZ (EXCLUSÃO DOS 20_ MENORES SALÁRIOS DE CONTRIBUIÇÃO)

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49.  MODELO DE AÇÃO DE REVISÃO DA RMI DA PENSÃO POR MORTE, AUXÍLIO-DOENÇA E APOSENTADORIA POR INVALIDEZ (EXCLUSÃO DOS 20% MENORES SALÁRIOS DE CONTRIBUIÇÃO)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA/JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA CIDADE – SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO
Segurado(a), nacionalidade, estado civil, aposentado(a) ou pensionista<adequar ao caso>, residente e domiciliado(a) na Rua, Bairro, Cidade, Estado, inscrito(a) no CPF sob o n.º, NB e DIB <incluir dados do benefício anterior se houver>, vem à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seus procuradores constituídos, propor a presente AÇÃO DE REVISÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO contra o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS <endereço para citação/intimação a ser verificado de acordo com a cidade e estado que se ingressa com a ação>, também qualificado, pelos fatos e fundamentos que a seguir aduz:
1. DOS FATOS <adequar ao caso concreto>
A Parte Autora é titular de benefício previdenciário vinculado ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, conforme comprovam os documentos anexos.
Ocorre que, na concessão do benefício em questão, o INSS cometeu erros que causaram perdas no cálculo da renda mensal inicial, atingindo a renda mensal atualmente percebidos pela segurado(a), conforme se demonstra a seguir.
2. DO DIREITO À REVISÃO ORA PLEITEADA <adequar ao caso concreto>
O benefício da Parte Autora foi concedido conforme os ditames da Lei n.º 9.876/1999, sendo que seu período básico de cálculo inicia-se na competência julho/1994 (art. 3.º da Lei n.º 9.876/1999) e vai até o mês anterior ao início do benefício.
Isso acontece porque sua filiação é anterior à data da Lei, mas o implemento das condições para o benefício somente se deu após dezembro de 1999.
Assim, aplicou-se, ao benefício, a regra de transição contida no artigo 3.º da Lei n.º 9.876/1999:
Art. 3.º Para o segurado filiado a Previdência Social até o dia anterior a data de publicação desta Lei, que vier a cumprir as condições exigidas para a concessão dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, no cálculo do salário de benefício será considerada a média aritmética simples dos maiores salários de contribuição, correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento de todo o período contributivo decorrido desde a competência julho de 1994, observado o disposto nos incisos I e II do caput do art. 29 da Lei n.º 8.213, de 1991, com a redação dada por esta Lei.
No entanto, ao efetuar o cálculo da RMI da Parte Autora, a Autarquia-Ré obedeceu, ainda, ao disposto no artigo 32, § 20, do Decreto n.º 3.048/1999, que assim previa:
Nos casos de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez, contando o segurado com menos de cento e quarenta e quatro contribuições mensais no período contributivo, o salário de benefício corresponderá a soma dos salários de contribuição dividido pelo numero de contribuições apurado (Redação dada pelo Decreto n.º 3.265, de 1999).
Contudo, tal previsão de divisor mínimo somente existe na Lei n.º 8.213/1991 no tocante a outros benefícios, não podendo ser aplicado aos benefícios por incapacidade.
Vejamos a norma prevista no artigo 3.º:
§ 2.º No caso das aposentadorias de que tratam as alíneas b, c e d do inciso I do art. 18	Artigo 18 da Lei n.º 8.213/91: “O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, devidas inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios e serviços: I – quanto ao segurado: a) aposentadoria por invalidez; b) aposentadoria por idade; c) aposentadoria por tempo de contribuição; (Redação dada pela Lei Complementar n.º 123, de 2006) d) aposentadoria especial; e) auxílio-doença; f) salário-família; g) salário-maternidade; h) auxílio-acidente;”, o divisor considerado no cálculo da média a que se refere o caput e o § 1.º não poderá ser inferior a sessenta por cento do período decorrido da competência julho de 1994 até a data de início do benefício, limitado a cem por cento de todo o período contributivo.
Portanto, a regra de 144 contribuições mínimas é na verdade inovação legislativa via Decreto, que não tem validade jurídica. A Lei n.º 9.876/1999 é clara, ao dizer que apenas as aposentadorias por tempo de contribuição, idade e especial terão divisor mínimo, não tratando, em momento algum, dos benefícios por incapacidade.
Nesse sentido, a Súmula n.º 57 da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais:
“O auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez não precedida de auxílio-doença, quando concedidos na vigência da Lei n.º 9.876/1999, devem ter o salário de benefício apurado com base na média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% do período contributivo, independentemente da data de filiação do segurado ou do número de contribuições mensais no período contributivo”.
É importante destacar que o INSS aplicou a regra do referido art. 32, § 20, até sua revogação pelo Decreto n.º 6.939, de 18.8.2009, mas deixou de proceder a revisão dos benefícios concedidos de forma incorreta.
Para cumprimento de liminar na ACP n.º 0002320-59.2012.4.03.6183, que tramita na Justiça Federal de São Paulo, o INSS propôs o seguinte calendário de pagamento: “Os segurados com benefícios ativos passam a receber o aumento na folha de pagamento de janeiro de 2013, paga no início do mês de fevereiro do próximo ano. Para os segurados com mais de 60 anos, os atrasados já serão pagos na folha de fevereiro, que tem início no mês de março de 2013. De 2014 a 2016, recebem os atrasados os segurados com benefício ativo e que têm de 46 a 59 anos. Na sequência, de 2016 a 2019, recebem aqueles com até 45 anos. Já os segurados que já tiveram o benefício cancelado, mas cujo valor do benefício era inferior ao que é devido, receberão os atrasados entre 2019 a 2022” (Disponível em: <http://coad.jusbrasil.com.br/noticias/100019684/presidente-do-inss-explica-como-sera-a-revisao-dos-beneficios-por-incapacidade>. Acesso em: 4 set. 2012). Neste sentido, a Resolução INSS n.º 268/2013.
Muito embora a existência dessa Ação Civil Pública e do acordo judicial para cumprimento da liminar deferida, a Parte Autora desta demanda pretende receber desde logo os valores devidos não ficando submetida ao calendário proposto pelo INSS. 
Assim, resta claro o direito da Parte Autora de ter revisto seu benefício, para que sejam excluídos do cálculo da média das contribuições os 20% menores salários de contribuição e somente após seja feita a apuração da RMI.
3. DOS REQUERIMENTOS <adequar ao caso concreto>
Diante do exposto, requer-se a Vossa Excelência:
a) a citação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, para, querendo, responder à presente demanda, no prazo legal, advertindo-se que;
b) a determinação ao INSS para que, na primeira oportunidade em que se pronunciar nos autos, apresente o Processo de Concessão do Benefício Previdenciário para apuração dos valores devidos à Parte Autora, conforme determinado pelo art. 11 da Lei n.º 10.259/2001, sob pena de cominação de multa diária, nos termos do art. 139, IV, do Código de Processo Civil/2015 (arts. 287 c/c 461, § 4.º, do CPC/1973) – a ser fixada por esse Juízo;
c) a procedência da pretensão deduzida, consoante narrado nesta inicial, condenando-se o INSS a revisar o benefício da Parte Autora, recalculando sua Renda Mensal Inicial para que sejam considerados no cálculo apenas os 80% maiores salários de contribuição, implantando as diferenças encontradas nas parcelas vincendas, em prazo a ser estabelecido por Vossa Excelência, sob pena de cominação de multa diária;
d) a condenação do INSS ao pagamento das diferenças verificadas desde a concessão do benefício da Parte Autora, acrescidas de correção monetária a partir do vencimento de cada prestação até a efetiva liquidação, respeitada a prescrição quinquenal, adotando-se, como critério de atualização, o INPC (a partir de 04/2006, conforme o art. 31 da Lei n.º 10.741/2003, combinado com a Lei n.º 11.430/2006, precedida da MP n.º 316, de 11.08.2006, que acrescentou o art. 41-A à Lei n.º8.213/1991, e REsp n.º 1.103.122/PR). Requer-se ainda a aplicação dos juros de mora a serem fixados à taxa de 1% ao mês, a contar da citação, com base no art. 3.º do Decreto-lei n.º 2.322/1987, aplicável, analogicamente, aos benefícios pagos com atraso, tendo em vista o seu caráter alimentar;
e) a condenação do INSS ao pagamento de custas, despesas e de honorários advocatícios, na base de 20% (vinte por cento) dos valores devidos apurados em liquidação de sentença, conforme dispõem o art. 55 da Lei n.º 9.099/1995 e o art. 85, § 3.º, do Código de Processo Civil/2015 (art. 20, § 3.º, do CPC/1973). 
Considerando que a questão de mérito é unicamente de direito, requer o Julgamento Antecipado da Lide, conforme dispõe o art. 355 do Código de Processo Civil/2015 (art. 330 do CPC/1973). Sendo outro o entendimento de V. Exa., requer a produção de todos os meios de prova admitidos em direito, sem exclusão de nenhum que se fizer necessário ao deslinde da demanda.
Requer-se, ainda, por ser a Parte Autora pessoa hipossuficiente, na acepção jurídica do termo, sem condições de arcar com as despesas processuais e os honorários advocatícios sucumbenciais sem prejuízo de seu sustento e de sua família, a concessão do Benefício da Justiça Gratuita, na forma dos artigos 4.º e 9.º da Lei n.º 1.060/1950 <recomenda-se a coleta, pelo advogado, de declaração de hipossuficiência do cliente, caso seja requerida a Justiça Gratuita. Deve-se, também, de preferência, fazer a juntada de tal declaração nos autos, já na inicial>.
Requer-se, com base no § 4.º do art. 22 da Lei n.º 8.906/1994, que, ao final da presente demanda, caso sejam encontradas diferenças em favor da Parte Autora, quando da expedição da RPV ou do precatório, os valores referentes aos honorários contratuais (contrato de honorários anexo) sejam expedidos em nome da sociedade de advogados contratada pela Parte Autora, no percentual constante no contrato de honorários anexo, assim como dos eventuais honorários de sucumbência;
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (Mil reais). <adequar conforme o caso>.
Nestes Termos,
PEDE DEFERIMENTO.
Cidade e data 
Assinatura do advogado

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