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69 - MODELO DE MANDADO DE SEGURANÇA EM FAVOR DE ADVOGADO PARA PROTOCOLO DE PETIÇÕES E RECURSOS NO INSS SEM A NECESSIDADE DE AGENDAMENTO

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69.  MODELO DE mandado de segurança em favor de advogado para protocolo de petições e recursos no INSS sem a necessidade de agendamento
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA FEDERAL DA CIDADE – SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO
Impetrante, nacionalidade, estado civil, advogado, residente e domiciliado(a) na Rua, Bairro, Cidade, Estado, inscrito(a) no CPF sob o n.º, OAB/Estado 00000, vem à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seus procuradores constituídos, propor o presente Mandado de Segurança com Pedido de Liminar, com fulcro no artigo 5.º, LXIX, da CF/1988 e na Lei n.º 12.016/2009, contra ato ilegal de Fulano de Tal, Chefe da Agência do INSS, com endereço profissional na Rua, Bairro, Cidade, Estado e da pessoa jurídica a que está vinculada a autoridade coatora, a saber, INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, Autarquia Federal criada pela Lei n.º 8.029/1990, pessoa jurídica de direito público interno, com sede em Brasília, Distrito Federal, e Gerência Executiva localiza na Rua, Bairro, Cidade, Estado, pelos fatos e direito a seguir expostos:
1. RESUMO FÁTICO <adequar ao caso concreto>
Pretende a parte impetrante assegurar com o presente, em sua plenitude, o direito de petição previsto constitucionalmente no art. 5.º, XXXIV, “a”. 
A interposição do presente MS se faz necessária, em suma, porque o INSS exige prévio agendamento para receber todo e qualquer protocolo de petição em suas agências, seja uma simples juntada de documento em processo administrativo, ou a apresentação de um recurso. 
Ao impor, por razões de sua burocracia interna, restrições ao exercício pleno do direito de petição/protocolo, o INSS dificulta a atividade do advogado, profissional essencial à realização da justiça e restringe direito do cidadão. 
Mais do que isso, o INSS acaba por tornar o acesso à Administração Pública mais complexo do que ao Poder Judiciário. Com essa e com outras medidas, a autarquia previdenciária acaba restringindo direitos de cidadãos, obriga-os a esperarem nas agências para fazerem uma simples entrega de documento ou para apresentarem um recurso. 
Vale destacar, ademais, que muitos dos protocolos sequer possuem previsão expressa na listagem de serviços disponíveis para agendamento, e, portanto, o impedimento do protocolo pela agência é, na verdade, impedimento de acesso ao procedimento administrativo.
A exigência de prévio agendamento para protocolo de petições, documentos e recursos junto ao INSS impõe, ainda, uma desnecessária penalização aos advogados, porque lhes toma tempo desnecessário, ao exigir que agendem atendimento e aguardem nas filas de atendimento quando o serviço seria apenas de simples recebimento de petição, como é feito em todas as justiças desse país.
Além disso, o procedimento cerceia o exercício profissional por impor aos advogados dia e hora para apresentarem um simples protocolo à Administração Pública e impedindo, por exemplo, que o advogado que representa mais de um segurado possa fazer dois ou mais protocolos simultâneos, à medida que lhe impõe dois ou mais agendamentos, costumeiramente fixados em dias variados e horários variados. 
Destaca-se que não se está aqui falando de requerimento de benefício, e sim de juntada de documentos, pedidos de revisão, protocolos de juntadas de documentos e/ou interposição de recursos administrativos.
O procedimento adotado pelo INSS causa, ainda, um gravame a toda a sociedade, porque dificulta o atendimento de outras situações cujo comparecimento e disponibilização de contato com servidor são essenciais, como a obtenção de documentos de benefícios, guias de pagamentos, análises de benefícios, porque exige que para cada protocolo seja realizado um “atendimento agendado”. 
Ademais, como é sabido, o sistema permite apenas um agendamento por vez, ou seja, no exemplo do INSS, que só tem uma data disponível para daqui a um mês, o segurado deve esperar até o dia agendado para ter acesso a qualquer outro agendamento/serviço de agendamento do INSS ou pelo telefone 135.
Isso sem falar que, em alguns casos, os agendamentos sequer estão disponíveis no site, ou, quando estão, não são disponibilizados em dias e horários diversificados, à medida que atendem ao interesse ou disponibilidade de cada agência e do servidor que atua no atendimento, e não ao interesse da coletividade e dos segurados. 
Note-se que, embora a restrição ao exercício do direito de petição em sua plenitude resulte em graves e diversos transtornos a advogados e cidadãos, a correção do problema ou a solução do problema é de natureza bastante simples e de custo irrisório/inexistente para a Administração Pública: basta permitir que o servidor que fica na recepção da Agência possa também recepcionar documentos e protocolá-los, a exemplo do que ocorre em todos os Fóruns deste País. 
Veja-se: a simples determinação para que os servidores que atuam nas recepções/setores de informações das agências possam receber e dar protocolos a petições/documentos entregues por advogados e segurados resolveria toda essa celeuma. 
Diminuiria o número de pessoas que circulam diariamente nas agências, otimizaria o tempo de trabalho dos analistas/servidores, tornaria o INSS mais acessível aos segurados – em grande parte idosos, enfermos e gestantes, ou seja, pessoas que demandam atendimento prioritário – e permitiria ao advogado o desenvolvimento pleno de suas atividades, sem qualquer restrição, para cumprimento daquilo que estabelece a Constituição Federal – colaboração com a justiça.
De maneira indireta, a medida certamente contribuirá para a redução dos processos judiciais. A restrição à interposição de um recurso administrativo, por exemplo, faz com que por muitas vezes seja mais rápido e simples obter a revisão de um ato administrativo perante o Judiciário do que perante o próprio INSS, mesmo em casos de flagrantes equívocos.
Não é por acaso que o INSS aparece como o maior litigante em relatório divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça em março de 2011. As restrições impostas na via administrativa e a falta de atendimento adequado quando dos pedidos de concessões de benefícios contribuem sobremaneira para a judicialização das relações entre os segurados e as autarquias (documento anexo).
E, antes que se diga que o impetrante procura defender privilégios, é bom lembrar que a defesa de um direito constitucional (Constituição Federal, art. 5.º, XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas, o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder) e de uma prerrogativa profissional (Lei n.º 8.906/1994, art. 7.º, XI – reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de lei, regulamento ou regimento) representa inclusive um dever do advogado, que muito contribuiu e tem contribuído para a Justiça Previdenciária deste País, dando amparo aos cidadãos quando desprovidos de sua força de trabalho.
2. DO DIREITO <adequar ao caso concreto>
O presente mandado de segurança visa impedir ofensa a direito líquido e obter sentença que estabeleça o cumprimento de obrigação de fazer por parte do INSS, com o intuito final de ver assegurado o direito de petição, previsto constitucionalmente e no Estatuto da Advocacia. Veja-se:
Constituição Federal
Art. 5.º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
O direito de petição é, portanto, indistintamente assegurado a todos os cidadãos brasileiros, tanto segurados como advogados.
Já a Lei n.º 8.906/1994 confere aos advogados o direito de reclamarem por escrito a qualquer autoridade pública. Veja-se:
Art. 7.º São direitos do advogado:
XI – reclamar, verbalmenteou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento;
Está, portanto, amparado constitucional e legalmente o direito de todos os cidadãos/segurados e de todos os advogados, respectivamente, de postularem perante autoridade pública – no caso perante a administração pública aqui caracterizada pelo INSS –, por escrito, sem que lhes seja imposta qualquer restrição de natureza burocrática, como o agendamento prévio.
A exigência do prévio agendamento, como destacado no relato dos fatos, impõe dificuldade adicional à vida dos segurados e de seus advogados, desrespeitando os deveres da administração pública previstos no art. 37, caput, da CF, dentre eles os princípios de legalidade, moralidade e eficiência, além de não serem compatíveis com os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade da aplicação das leis na administração pública indireta. Não se pode aceitar a criação de burocracias administrativas cuja única justificativa é a impossibilidade da Autarquia de se organizar e receber os pedidos dos segurados.
3. DO MANDADO LIMINAR <adequar ao caso concreto>
Requer a parte impetrante que seja deferido mandado liminar para que seja sanada a ilegalidade que vem sendo cometida pelo INSS, apontada nestes autos. 
Reitera-se aqui o alegado de que a medida pleiteada consiste em procedimento simples, que não implicará custo algum ao INSS e que se destina a reverter ilegalidade e cerceamento de direitos de cidadãos e profissionais advogados ao livre peticionamento.
Em sentido contrário, na remota hipótese de se constatar no curso da lide a inviabilidade da medida ou seu não cabimento, a reversão da medida liminar poderá ser realizada sem que isso implique qualquer prejuízo para a Administração Pública. 
4. DOS REQUERIMENTOS <adequar ao caso concreto>
Diante do exposto, pede a IMPETRANTE:
a) seja deferida medida liminar, antes da ouvida do INSS, ou após transcorrido seu prazo de manifestação, determinando-se o cumprimento da obrigação de fazer de permitir o peticionamento direto pela impetrante junto ao INSS, em petições de requerimentos e em processos administrativos em andamento ou a serem instaurados, não estando aí incluídos apenas os pedidos de concessão de benefício, ficando a autarquia obrigada a cumprir a ordem em, no máximo, 30 dias ou em prazo razoável a ser designado pelo Juízo, sob pena de multa prevista em lei;
b) a notificação da autoridade coatora para que preste as informações que entender necessárias, bem como a notificação do Órgão ao qual a autoridade se encontra vinculada, qual seja, Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, para que tome ciência das negativas ora questionadas;
c) a procedência do pedido, com a concessão da Segurança, para fins de impor ao INSS a obrigação de fazer para que, em prazo de 60 dias, ou outro assinalado pelo Juízo, permita o livre peticionamento ao impetrante nas agências do INSS, ainda que esse peticionamento não abranja o “pedido inicial de benefício”, fixando-se penalidade de multa para caso de descumprimento da obrigação;
d) a fixação de multa diária pelo descumprimento da liminar ou da decisão determinada no presente MS, em patamar não inferior a R$ 1.000,00 (mil reais) por dia de descumprimento, a fim de assegurar o resultado do pedido supra; 
e) a intimação do MPF para que se manifeste nos presentes autos.
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais). <adequar conforme o caso>
Nestes Termos,
PEDE DEFERIMENTO.
Cidade e data 
Assinatura do advogado

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