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TDAH - Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade

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GRADUAÇÃO DE PSICOLOGIA
PSICOLOGIA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Resenha do protocolo do Ministério da Saúde sobre o TDA-H
Rio de Janeiro
2022
De acordo com o DSM-5 e Associação Americana de Psiquiatria (APA), o Transtorno de
Déficit de Atenção e O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) trata-se de
uma condição do neurodesenvolvimento que apresenta sintomas dentro de aspectos da atenção,
da hiperatividade e da impulsividade em níveis disfuncionais e fora do esperado para a idade.
Apesar da portaria se referir ao transtorno como uma doença, entendemos que trata-se de um
transtorno neurobiológico. Normalmente, os sintomas se iniciam já na infância, sendo
frequentemente graves, e podem evoluir ao longo da vida, tendo maior evidência a partir da
idade escolar, quando a criança passa a ter mais responsabilidades. Isso fica evidenciado, pois há
no TDAH dificuldade em domínios das funções cognitivas do cérebro, que tratam de
planejamento, flexibilidade cognitiva, entre outras. Além do desempenho acadêmico dificultado,
o indivíduo pode apresentar questões de autoestima baixa e dificuldade em interações sociais.
Isso se dá porque o TDAH traz essas dificuldades em componentes afetivos, envolvendo
motivação e regulação do humor.
Dessa forma, o acompanhamento multimodal com a inclusão da psicoterapia cognitiva
comportamental é importante, além disso vai na contramão da lógica contemporânea da
medicamentalização, em que o sujeito faz seu tratamento somente com medicações, não
realizando um tratamento multidisciplinar com: dieta equilibrada, boa nutrição, exercício físico,
psicoterapia com intervenções psicossociais, comportamentais e de habilidades sociais. O
propósito vai além de diagnosticar e de medicar, o tratamento é visando o bem estar e melhoria
da qualidade de vida.
É de grande importância o cuidado no diagnóstico, para que prejuízos possam ser
evitados e não haja nenhum tipo de tratamento inadequado, sendo importante uma anamnese
com o paciente e com os pais para que possa compreender com clareza o histórico de vida do
paciente e as questões que envolvem a queixa. O diagnóstico de TDAH deve ser realizado por
especialista e é necessária uma avaliação clínica e psicossocial completa. Por esse motivo, é
importante ter certeza de que esses serviços estão sendo oferecidos com êxito pelo próprio
Ministério da Saúde, considerando que apenas o estabelecimento dos parâmetros sobre o
transtorno não são o suficiente para quem precisa de acompanhamento e não tem condições de
mantê-los de forma particular.
Para se confirmar o diagnóstico, usa-se como base 18 sintomas que abarcam a tríade do
TDAH, desatenção, impulsividade e hiperatividade. Para o CID-10, é necessário que a
desatenção excessiva, a hiperatividade e a impulsividade estejam presentes na criança até os seis
anos e que apareçam em diferentes contextos (escola, casa, parquinho…) por pelo menos 6
meses. Já para o DSM-5, essas características podem ser observadas até os 12 anos e são
divididas em tipos: tipo predominantemente desatento; tipo predominantemente
hiperativo-impulsivo; e tipo combinado, que tem os dois. Na maior parte dos casos de TDAH,
uma avaliação da história de vida do paciente juntamente a uma análise funcional são métodos
suficientes para se chegar à conclusão diagnóstica. Entretanto, às vezes, se torna necessário a
utilização de exames laboratoriais para exclusão de possibilidades de outras doenças, já que
existem algumas que possuem similaridade com o TDAH.
O uso dos medicamentos metilfenidato, lisdexanfetamina e dimesilato de
lisdexanfetamina não são preconizados no protocolo, onde os mesmos foram avaliados pelo
Conitec. Importante ressaltar neste caso que há uma banalização e automedicação exacerbada
quando abordamos o TDAH. Por vezes, crianças sem o devido diagnóstico são rotuladas e
medicadas com o discurso de que estão sendo tratadas. Porém, conforme mencionado pelo
protocolo, devemos ter cautela com a questão da medicação e, consequentemente, de um
diagnóstico realizado da forma correta para acarretar prejuízos aos pacientes.
De tal maneira, as principais estratégias de intervenções com alunos TDAH envolvem
estratégias comportamentais, acadêmicas e de autorregulação. Tais estratégias de intervenção
visam invalidar um comportamento indesejável e reforçar o comportamento esperado, onde
existe a necessidade de feedback positivo imediato diante do comportamento desejável. Porém,
devemos fazer uma leitura do paciente em sua dimensão subjetiva, que inclui, por exemplo,
aspectos familiares, biológicos e sociais.
Os tratamentos psicossociais, que incluem esforços de coordenação na escola e em casa,
podem aumentar os efeitos. Quanto mais os familiares e o paciente compreenderem as condições
do transtorno, melhores serão suas escolhas e também a resposta ao tratamento do TDAH, que,
apesar de não haver cura, é possível reorganizar comportamentos, para que esta criança, e,
posteriormente, jovem e adulto, seja funcional em casa, na escola e na sociedade. Ou seja,
entende-se e concorda-se que é necessário a realização de um trabalho totalmente em conjunto
nos casos de TDAH. Além da equipe multidisciplinar acompanhando o indivíduo, é necessário o
apoio dos familiares para que a resposta do tratamento escolhido - independente de qual - seja
sempre positiva.

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