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PAVIMENTACAO ARBORIZACAO URBANA

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2018 
 
Pavimentação & Arborização Urbana 
UNILÚRIO 
FACULDADE DE ARQUITECTURA E 
PLANEMANETO FISICO 
LABORATORIO DE PLANEAMENTO 
FISICO III 
 
 
Universidade Lúrio 
Faculdade de Arquitectura e planeamento físico 
2 ano I Semestre 
Laboratório de Planeamento Físico III 
 
 
 
 
Pavimentação & Arborização Urbana 
 
 
 
Discente: 
Hercílio António Cândido 
Docente: 
Micanaldo Francisco (Arq.) 
Eliseu Oface (Arq.) 
 
 
 
Nampula, Março de 2018 
 
 
Índice 
 
1. Introdução ............................................................................................................................4 
1.1 Objectivos Geral ........................................................................................................... 4 
1.1.1 Objectivo especifico ............................................................................................... 4 
1.2 Metodologia .................................................................................................................. 4 
2. Pavimentação & Arborização Urbana ..................................................................................5 
2.1 Pavimentação Urbana .................................................................................................. 5 
2.1.1 Classificação dos pavimentos ................................................................................ 5 
2.1.2 Características de Pavimentos .............................................................................. 6 
2.1.3 Tipos de Materiais de Pavimentação ..................................................................... 8 
2.1.4 Tratamentos Superficiais ....................................................................................... 9 
2.1.5 Drenagem ............................................................................................................ 11 
2.1.6 Organização dos pavimentos por elementos ....................................................... 12 
2.1.7 Degradações dos pavimentos .............................................................................. 13 
2.1.8 Calçadas Acessíveis ............................................................................................ 15 
2.2 Arborização Urbana .................................................................................................... 16 
2.2.1 A importância das árvores no meio urbano.......................................................... 16 
2.2.2 A importância da vegetação urbana para avifauna .............................................. 16 
2.2.3 Classificação quanto ao Porte ............................................................................. 17 
2.2.4 Classificação da vegetação arbórea urbana ........................................................ 17 
2.2.5 Planeamento da arborização de ruas e avenidas ................................................ 18 
2.2.6 Espécies arborização encontrada cidade de Nampula ........................................ 23 
3. Conclusão ..........................................................................................................................24 
4. Bibliografia .........................................................................................................................25 
 
 
 
Índice de ilustração 
Ilustração 1 Distribuição das tensões num pavimento rígido e num pavimento flexível 
(adaptado de Interactive, 2008) ................................................................................................. 5 
Ilustração 2 características de um pavimento ............................................................................ 6 
Ilustração 3 Classificação continuidade e Estrutura de um pavimento ...................................... 7 
Ilustração 4 Pavimentos mais comuns no meio urbano............................................................. 8 
Ilustração 5 Tratamentos superficiais do Betão ......................................................................... 9 
Ilustração 6 Tratamentos Superficiais Pétreo .......................................................................... 10 
Ilustração 7 Tratamento Superficial Cerâmico ......................................................................... 10 
Ilustração 8 Tratamentos superficiais de Betume .................................................................... 10 
Ilustração 9 Drenagem de pavimentos impermeáveis ............................................................. 11 
Ilustração 10 Drenagem de Pavimentos Permeáveis .............................................................. 12 
Ilustração 11 Disposição de pavimentos de Calçada Paralelepipédica ................................... 13 
Ilustração 12 Disposição de Pavimentos de Lajetas,............................................................... 13 
Ilustração 13 Degradações por Fendas ................................................................................... 14 
Ilustração 14 Critérios de acessibilidade adoptados em São Paulo: Cartilha Passeio Livre.... 15 
Ilustração 15 Critérios de acessibilidade adoptados em São Paulo: Cartilha Passeio Livre.... 15 
Ilustração 16 Altura dos postes, placas e fiação aérea ........................................................... 20 
Ilustração 17 Fonte: PIVETTA E SILVA FILHO, 2002 ............................................................. 21 
Ilustração 18 Espécie de pequeno porte em passeio público .................................................. 21 
Ilustração 19 Espécie de médio porte em passeio público ...................................................... 22 
Ilustração 20 Espécies de grande porte em passeio público ................................................... 22 
Ilustração 21 dimensões dos canteiros e a sua representação correcta ................................. 22 
file:///E:/ducumento/arquitectura%20II%20ano/laboratorio%20de%20planeamento%20II/trabalho/trabalho%201/Hercilio%20Candido%20-%20PAVIMENTACAO%20&%20ARBORIZACAO%20URBANA.docx%23_Toc508570048
file:///E:/ducumento/arquitectura%20II%20ano/laboratorio%20de%20planeamento%20II/trabalho/trabalho%201/Hercilio%20Candido%20-%20PAVIMENTACAO%20&%20ARBORIZACAO%20URBANA.docx%23_Toc508570049
file:///E:/ducumento/arquitectura%20II%20ano/laboratorio%20de%20planeamento%20II/trabalho/trabalho%201/Hercilio%20Candido%20-%20PAVIMENTACAO%20&%20ARBORIZACAO%20URBANA.docx%23_Toc508570052
file:///E:/ducumento/arquitectura%20II%20ano/laboratorio%20de%20planeamento%20II/trabalho/trabalho%201/Hercilio%20Candido%20-%20PAVIMENTACAO%20&%20ARBORIZACAO%20URBANA.docx%23_Toc508570055
 
 
Pavimentação e Arborização Urbana 
1. Introdução 
Desde muito tempo, o homem vem trocando o meio rural pêlo meio urbano. As cidades foram 
crescendo, na maioria das vezes de forma muito rápida e desordenada, sem um planejamento 
adequado de ocupação, provocando vários problemas que interferem sobremaneira na 
qualidade de vida do homem que vive na cidade. Actualmente, a maioria da população humana 
vive no meio urbano necessitando, cada vez mais, de condições que possam melhorar a 
convivência dentro de um ambiente muitas vezes adverso. 
Para tal e preciso pensar num meio de melhorar as condições de vida da no meio urbano, 
começando na purificação do ar do nosso meio, isto é, criança de áreas verdes ou de plantio 
de arvores nas calcadas. Outro ponto muito importante é sobre a circulação dos utentes no 
meio urbano, nota -se que o desenvolvimento de uma cidade depende da mobilidade dai que é 
importante saber como tornar as vias, as rodovias, as calcadas, os caminhos mais acessíveis 
para a utilização do dia-a-dia. 
O presente trabalho fala sobre a Pavimentação e Arborização Urbana no contexto mais 
simplificado. 
1.1 Objectivos Geral 
Desenvolver um Guia de boas práticas, úteis para a análise e concepção de soluções de 
pavimentação e arborização urbana na escala local do espaço urbano, baseando-se num 
cruzamento das necessidades destes espaços com as característicasdos materiais. 
1.1.1 Objectivo especifico 
• Avaliar os tipos de pavimentos e as suas características. 
• Analisar e o material e a técnica empregue na pavimentação dum espaço urbana. 
• Conhecer a importância da arborização no meio urbana 
• identificar as condicionantes para que aja um bom projecto de arborização 
1.2 Metodologia 
Após a atribuição do tema, foi definido os objectivos que serviram como guia para realização 
do trabalho, em seguida realizada uma campanha de pesquisa bibliográfica para levantar 
informações e fornecer a base de sustentação a respeito do tema abordado, através de 
pesquisas em diversas fontes como fontes virtuais, artigos temporários e obras de 
individualidades contextualizadas no tema. Por fim fez se a analise e o processamento das 
informações. 
 
 
Pavimentação e Arborização Urbana 
2. Pavimentação & Arborização Urbana 
2.1 Pavimentação Urbana 
Os pavimentos são um factor de incontornável importância no condicionamento do uso e 
comportamento dos utilizadores no espaço e, por este motivo, de enorme potencial na 
valorização de espaços. 
Entende-se por pavimento a estrutura constituída por um ou mais materiais, que se coloca sobre 
o terreno natural ou em aterro, com a finalidade de permitir a circulação dos diferentes tráfegos 
em condições adequadas. 
Sendo assim pode dizer que pavimentação urbana e o acto de pavimentar as vias publicas para 
melhoria da mobilidade do trafico urbano (trafico rodoviária, circulação Pedonal, cadeirantes). 
Uma das primeiras formas de pavimentação foi a calçada romana, grande obra de engenharia 
construída em várias camadas, que ainda hoje resiste em vários troços. 
2.1.1 Classificação dos pavimentos 
De uma forma geral, os pavimentos são classificados em flexíveis, semi-rígidos e rígidos. A 
escolha de cada um destes tipos de pavimentos dependerá da intensidade do tráfego, da 
qualidade de resistência do solo de fundação, assim como, da qualidade dos materiais 
disponíveis. (Martins, 2006): 
 Flexível: aquele em que todas as camadas sofrem deformação elástica significativa sob o 
carregamento aplicado e, portanto, a carga se distribui em parcelas aproximadamente 
equivalentes entre as camadas. Exemplo típico: pavimento constituído por uma base de brita 
(brita graduada, macadame) ou por uma base de solo pedregulhos, revestida por uma camada 
asfáltica. 
Semi-rígido: caracteriza-se por uma base cimentada por algum aglutinante com propriedades 
cimenticias como por exemplo, por uma camada de solo cimento revestida por uma camada 
asfáltica. 
Rígido: aquele em que o revestimento tem uma elevada rigidez em relação às camadas 
inferiores e, portanto, absome praticamente todas as tensões provenientes do carregamento 
aplicado. Exemplo típico: pavimento constituído por lajes de concreto de cimento Portland. 
 
Ilustração 1 Distribuição das tensões num pavimento rígido e num pavimento flexível (adaptado de Interactive, 2008) 
 
 
Pavimentação e Arborização Urbana 
2.1.2 Características de Pavimentos 
Segundo (Ferreira, 2007). As características de pavimentos seguem os seguintes elementos 
ilustrado na tabela a seguir: 
Características de uma Pavimentação 
composição Estruturais e funcionais Estético Economico 
Estrutura Características Funcionais Nobreza Preço 
Continuidade Resistência Química Potencialidade Facilidade de Construção 
Materiais Resistência Estrutural Carácter Abertura ao Tráfego 
Especificações Drenagem Limpeza 
Abertura de Valas 
Durabilidade 
Possibilidade de Moldagem 
Ilustração 2 características de um pavimento 
2.1.2.1 Composição 
 Classificação Descrição Esquema 
 
 
Classificação da 
Continuidade 
Pavimentos 
contínuos 
Pavimentos que sejam percebidos 
pelos seus usuários sem 
descontinuidades. 
 
Pavimentos 
descontínuos 
São pavimentos percebidos 
 utilizadores como conjunto de 
elementos independentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estrutura de 
Pavimentos 
Flexível Camada de desgaste flexível e base 
granular. Deformabilidade 
elevada 
 
Rígido Camada de desgaste e base composta 
por material estabilizado 
hidraulicamente. Deformabilidade 
muito reduzida 
 
 
 
Pavimentação e Arborização Urbana 
Semi-rígido Camada de desgaste flexível sobre 
base estabilizada hidraulicamente. 
Deformabilidade reduzida 
 
Ilustração 3 Classificação continuidade e Estrutura de um pavimento 
2.1.2.2 Características Estruturais e funcionais 
➢ Conforto Rodoviário (relacionado a regularidade do pavimento). 
➢ Conforto Pedonal (relacionado a regularidade do pavimento). 
➢ Resistência Estrutural (tipo de material e espessura das camadas). 
➢ A resistência química (óleos e combustíveis). 
➢ Permeabilidade (pavimentação permeável ou impermeável). 
➢ Condições Atmosféricas (resistência da pavimentação à erosão provocada pelas 
condições meteorológicas). 
2.1.2.3 Características Estéticas 
2.1.2.3.1 Conotação 
A conotação é muitas vezes fruto da frequência de utilização no espaço, certos materiais estão 
intrinsecamente ligados a determinados usos. Neste caso existem duas conotações principais 
para um pavimento: a pedonal e a rodoviária. 
Conotação pedonal quando esteticamente um material de pavimentação é identificado com o 
uso pedonal e se tiver um arranjo ou tratamento superficial adequado a este uso. 
Conotação rodoviária se o material de pavimentação é identificado como típico do modo 
rodoviário e se tiver um arranjo ou tratamento superficial adequado a este uso. 
Conotação dúbia se o pavimento for esteticamente identificado com um uso e tiver um arranjo 
ou tratamento superficial dos elementos adequado a outro uso. 
2.1.2.3.2 Nobreza 
A nobreza de um pavimento é uma variável subjectiva que avalia a qualidade estética do 
material. Este ponto é importante porque um material nobre de pavimentação pode valorizar o 
espaço urbano, Apesar da subjectividade latente neste ponto existe um certo consenso em 
relação a certos materiais. 
2.1.2.3.3 Potencialidades Estéticas 
classificam a possibilidade de, com o mesmo material, conseguir diferentes efeitos visuais. Os 
pavimentos com boas potencialidades estéticas são materiais que conseguem uma grande 
diversidade de produtos finais, como os pavimentos por elementos que podem ter diversas 
colorações e emparelhamentos. 
 
 
Pavimentação e Arborização Urbana 
2.1.2.4 Características Económicas 
Nas razões económicas não deve ser tido em conta apenas o preço por m2 do material, mas 
também o ciclo de vida total do pavimento, incluindo outras variáveis como: 
Facilidade de Construção - a rapidez e simplicidade de construção dos diversos materiais. 
Possibilidade de Moldagem - Um material para ser moldável tem que ter uma fase fluida que 
permita ser conformado por um molde adoptando uma nova forma, que se mantém ao longo do 
tempo. 
Abertura ao Tráfego - A posta em serviço é o tempo entre a conclusão da obra de 
pavimentação e a abertura ao tráfego. 
Limpeza – Salvo raras excepções, a limpeza de um pavimento é efectuada por aspiração e 
escovagem com água e detergente neutro. A facilidade e fragilidade do material à limpeza são 
duas variáveis que dependem da regularidade e resistência do pavimento. 
Abertura de Valas – A facilidade de abertura e fecho de valas no pavimento é um parâmetro 
muito importante dos pavimentos em meio urbano. 
Durabilidade – durabilidade de um pavimento é a capacidade de um material se manter 
inalterado ao longo do tempo. 
Preço – O levantamento dos preços por m2 de pavimentação dos diversos materiais permite 
escalonar o preço médio para escolha de pavimentação de uma determinada área. 
2.1.3 Tipos de Materiais de Pavimentação 
Um variado leque de materiais de diversas origens pode ser usado em meio urbano. Desde o 
betão até à madeira e à borracha, a maior parte permite diversas soluções dentro de si mesmo, 
variando o tipo de elementos ou a sua continuidade. Os materiais mais comuns em meio urbano 
estão retractadosna Tabela a seguir. 
Pavimentos mais comuns no meio urbano 
Material Pavimento Material Pavimento 
 
Betão 
Laje de Betão Solo Seleccionado Saibro 
Lajetas de Betão 
Calçada de Betão Hidráulico Pavimento hidráulico com resíduos 
Betuminoso Misturas betuminosas 
Tratamentos superficiais 
Cerâmico 
Ladrilhos Cerâmicos 
 
 
 
Pétreos 
Gravilha Lajes cerâmicas 
Pétreo com ligante Lajes Porcelana 
Lajedo de Pedra Natural Madeira 
 
 
Calços e Tábuas Calçada Natural 
Calçada Portuguesa Borracha Antichoque 
 
Ilustração 4 Pavimentos mais comuns no meio urbano 
 
 
Pavimentação e Arborização Urbana 
2.1.4 Tratamentos Superficiais 
Os materiais de pavimentação podem, na sua maioria, receber tratamentos superficiais que, 
por sua vez, podem alterar as suas características adaptando-os a diferentes funções. Os 
tratamentos superficiais podem alterar tanto a textura como o efeito estético de um pavimento, 
podendo caracterizar-se como de efeito estético ou funcional. 
São seguidamente descritos os tratamentos superficiais mais comuns agrupados por natureza 
do material, dado que cada material tem um conjunto próprio de tratamentos superficiais. 
2.1.4.1 Pavimentos de betão 
Os tratamentos superficiais do betão são efectuados enquanto o betão está fresco porque é o 
momento em que o material é mais facilmente trabalhável e moldável. Os tratamentos mais 
comuns são estriados, inertes à vista e moldes e figuras especiais e estas medidas tanto têm 
carácter funcional como estético, tal como mencionado na tabela abaixo. 
Tratamentos Superficial do Betão 
Tratamento Descrição Função Conotação 
Estriado 
Transversal 
e 
Longitudinal 
Efectuados pela adição de areia na 
superfície de betão fresca aumentando 
a rugosidade do pavimento. Pode ser 
transversal ou longitudinal à via. 
Textura confortável para a 
circulação rodoviária. Melhora a 
drenagem na superfície e 
consequentemente a aderência. 
 
 
Conotação 
Rodoviária 
Inerte à 
Vista e 
Gravilha 
Incrustada 
No inerte à vista é retirada a parte 
superior do ligante, no caso de gravilha 
incrustada é adicionado agregado ao 
betão fresco. O resultado final nos dois 
casos é o agregado visível à 
superfície. Problema de 
desprendimentos 
Tratamentos superficiais 
aconselhados para zonas com 
tráfego pedonal ou rodoviárias 
ligeiro melhorando a aderência. 
 
 
 
Não afecta 
Betão fresco 
moldado e 
Figuras 
especiais 
Tratamento que consiste na colocação 
de moldes na superfície do betão 
fresco, dotando a superfície de 
características e funcionais e estéticas 
distintas aos originais do betão. 
Permite simular o efeito estético de 
pavimentos mais nobres com a 
vantagem de ter as características 
estruturais do betão. Aumenta a 
nobreza do pavimento. 
 
 
Conotação 
Pedonal 
Ilustração 5 Tratamentos superficiais do Betão 
2.1.4.2 Pavimento Pétreo 
Os Tratamentos superficiais nos pavimentos de pedra natural são efectuados trabalhando a 
pedra no estado sólido e constituem um processo de grande dificuldade. 
 
 
 
 
 
Pavimentação e Arborização Urbana 
Tratamentos Superficial Pétreo 
Tratamento Descrição Função Conotação 
Bujardado e 
Flamejado 
Tratamento com recurso a martelo com dentes 
de aço se for bujardado ou maçarico se for 
flamejado. Aumento da irregularidade e 
alteração da coloração. 
 
Aumenta a aderência 
do pavimento. 
 
 
N/a 
Polido e 
Amaciado 
Fricção de cabeças rotativas na pedra se for 
polido são adicionados abrasivos para dar o 
brilho. Resultam numa superfície homogénea 
com brilho no caso de polimento ou baça se 
amaciada. Homogeneização da superfície. 
 
 
Aumento do conforto 
 
 
Conotação 
Pedonal 
Ilustração 6 Tratamentos Superficiais Pétreo 
2.1.4.3 Tratamento Superficial Cerâmico 
Os tratamentos superficiais de um pavimento cerâmico são efectuados em fábrica enquanto o 
material se encontra numa fase maleável, permitindo um grande número de formas e texturas 
superficiais. Os tratamentos referidos têm um cariz funcional porque condicionam a utilização 
do espaço como se pode verificar na tabela a seguir. 
Tratamentos Superficial Cerâmico 
Tratamento Descrição Função Conotação 
Liso Tratamento Superficial em molde que 
homogeneíza a superfície do pavimento. 
Circulação confortável N/a 
Segurança Tratamento Superficial em molde que dota o 
pavimento de rugosidade ou irregular cria 
baixos/altos-relevos na superfície. 
Melhora aderência ou 
marca espaços 
fronteira/caminhos livres 
N/a 
Ilustração 7 Tratamento Superficial Cerâmico 
2.1.4.4 Tratamento Superficial Betume 
Os tratamentos superficiais betuminosos são efectuados “in loco” na construção do pavimento 
e depende da escolha da camada superficial. Existem duas hipóteses: betume (B) ou agregado 
(A). A camada superficial organiza-se por camadas de Agregado (A) e Betume (B): considera-
se um tratamento simples se só tiver uma camada de cada (B ou BA) ou Duplo se repetir as 
camadas (BAB, ou BABA). Os tratamentos referidos têm carácter funcional, porque 
condicionam a utilização, e estão descritas na tabela a seguir. 
Tratamentos Superficial Betume 
Tratamento Descrição Função Conotação 
Liso Efectuado por colocação de camada de betume 
na superfície. Resulta numa superfície 
homogénea 
Circulação confortável N/a 
Agregado à 
superfície 
Efectuado por colocação de camada de agregado 
à superfície. Resulta numa superfície irregular. 
Problemas de desprendimentos. 
Circulação rodoviária 
desconfortável e 
aumento da aderência. 
N/a 
Ilustração 8 Tratamentos superficiais de Betume 
 
 
Pavimentação e Arborização Urbana 
2.1.5 Drenagem 
A drenagem de um pavimento é um ponto muito importante no espaço urbano, porque a 
acumulação de água à superfície afecta o uso dos pavimentos e pode afectar as características 
das camadas que o compõem. Existem dois grandes grupos de sistemas de drenagem: os 
pavimentos permeáveis e os impermeáveis adaptados a diferentes espaços. 
2.1.5.1 Pavimentos impermeáveis 
A água ao atingir um pavimento impermeável não é absorvida e acumula-se preenchendo as 
deformações da superfície. Quando atinge o topo destas desloca-se pelas pendentes para os 
pontos de menor cota onde estão colocados os sistemas de recolha de água superficial. O 
espaço-tempo entre a água atingir o pavimento e dirigir-se para o sistema de saneamento 
chama-se de “tempo de entrada”. 
Pendentes – Nos pavimentos impermeáveis o encaminhamento da água é sempre efectuado 
pelas pendentes que encaminham a água que atinge a superfície para os sistemas de recolha. 
Os pendentes aceites como mínimas são de 2% transversalmente e de 0,5% longitudinalmente 
para que a água superficial se encaminhe para os colectores. 
Sistema de recolha único ou duplo – Os sistemas de recolha de água podem estar 
localizados no centro da via ou nos limites. Se for um único canal de drenagem tem vantagem 
económica na implementação, mas se tiver de cobrir uma grande área pode ser insuficiente. 
No caso de ser duplo tem a vantagem de dividir a área em dois melhorando o escoamento, o 
que pode ser importante em arruamentos muito largos. Os pontos colectores têm que estar 
sempre colocados no ponto mais baixo do pavimento. 
Drenagem de pavimentos Impermeáveis 
Sistema Descrição Continuidade Figura 
 
Sarjetas 
Sistema de recolha superficial localizado no ponto 
mais baixo do pavimento. Normalmente localizado 
Junto aos lancis do passeio encaminhando a água 
superficial para o sistema de saneamento. 
 
Pontual 
 
 
Valeta 
Canal de drenagem côncavo formado por material 
descontinuo ou contínuo. São colocadas 
pontualmente na valeta sarjetas de recolha para o 
sistema de saneamento. 
 
Contínuo. 
 
Canal 
subterrâneo 
com ralo ou 
grelha 
Canal de drenagem subterrâneo com brecha 
longitudinal à superfície para a entrada de água, 
posteriormente encaminhada para sistema de 
saneamento. Consoante a dimensãoda ranhura 
pode necessitar de grelha 
 
Contínuo 
 
Ilustração 9 Drenagem de pavimentos impermeáveis 
 
 
Pavimentação e Arborização Urbana 
2.1.5.2 Pavimentos Permeáveis 
Neste sistema a água ao atingir o pavimento é absorvida pela porosidade e, por esta razão, o 
tempo de entrada é praticamente zero, diminuindo o caudal à superfície e a velocidade de 
escoamento. Tem vantagens no meio urbano porque aumenta a quantidade de água no solo e 
reduz a água encaminhada para o sistema de saneamento, podendo, todavia, haver 
contaminação do nível freático no caso de a água estar poluída. 
Com o passar do tempo este sistema tem problemas de colmatação por sujidade acumulada 
que retira eficiência ao sistema. Por isso e para dar resposta a momentos de grande 
precipitação deve ser acompanhado de drenagem superficial. A aplicação de um pavimento 
permeável com sucesso exige certos cuidados. 
Drenagem de pavimentos Permeáveis 
Sistema Descrição Continuidade Figura 
 
Infiltração 
total A 
Toda a água que atravessa o pavimento infiltra-
se no solo. Nenhuma parte da água é 
encaminhada para os sistemas de saneamento, 
dispensando os sistemas de saneamento, 
reduzindo custos. 
Zonas verdes 
encaminhando a 
água para a 
vegetação e 
nível freático 
 
 
Infiltração 
Parcial B 
Absorção de parte da água infiltrada. São 
inseridos na base do pavimento tubos 
perfurado que recolhem o excesso de água 
para o sistema de saneamento, evitando 
acumulação de água à superfície ou a perca de 
estabilidade por excesso de água. 
Locais onde o 
solo não tem 
capacidade de 
absorver a água 
que o atinge. 
 
 
Infiltração 
Zero C 
Captura total da água infiltrada. Colocação de 
membrana impermeável entre o pavimento e o 
solo com tubos perfurados que encaminham a 
água para o sistema de saneamento. Este 
sistema permitir o armazenamento da água, 
para reutilização ou tratamento. 
Solos de baixa 
permeabilidade, 
vulneráveis à 
água, problemas 
de poluição e 
locais de risco 
(abastecimento 
público de água) 
 
Ilustração 10 Drenagem de Pavimentos Permeáveis 
2.1.6 Organização dos pavimentos por elementos 
A disposição é uma variável fundamental no resultado final de um pavimento por elementos, 
pode ser usada para dotar o material de características específicas estruturais no sentido de 
maximizar a resistência de um material e funcionais no sentido que condicionam o sentimento 
de pertença dos utilizadores. 
 
 
Pavimentação e Arborização Urbana 
2.1.6.1 Calçada Paralelepipédica 
Organização de pavimentos de Calçada Paralelepipédica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Calçada 
Paralelepipédica 
Disposição Resistência Conotação Descrição Planta 
 
Parquet 
 
Pedonal 
 
Pedonal 
Pares de peças 
colocadas 
perpendicularmente. 
 
 
Longitudinal 
 
 
Rodoviário 
ligeiro 
 
 
Pedonal 
Juntas lineares, 
indicado para locais 
sem viragens e 
travagens/acelerações. 
Tem tendência a sofrer 
de efeito dominó. 
 
 
 
 
 
Espiga 
 
 
 
 
Rodoviário 
 
 
 
 
Rodoviário 
Juntas longitudinais 
com ângulo de 90º ou 
45º em relação à via. 
Reduz assentamentos 
e distribui a pressão 
das cargas por maior 
número de peças. 
Diminui efeito dominó 
pela distinta direcção 
entre o tráfego e as 
juntas. 
 
Ilustração 11 Disposição de pavimentos de Calçada Paralelepipédica 
2.1.6.2 Lajetas e Lajedo 
Organização de pavimentos de Lajetas/Lajedo 
 
 
 
 
 
Lajetas 
e 
Lajedo 
Disposição Resistência Conotação Descrição Planta 
 
“Stack 
Bond” 
 
Pedonal 
 
Pedonal 
Juntas continuas, tem tendência a 
sofrer efeito dominó. 
 
 
 
“Broken 
Bond” 
 
 
Rodoviário 
 
 
 
Rodoviário 
Juntas continuas perpendicularmente 
ao tráfego e partidas na direcção do 
tráfego. Pode ser transversal ou 
longitudinal à via. Distribui as cargas 
por maior número de peças. Efeito 
dominó amortizado pela quebra do 
alinhamento das juntas. 
 
Ilustração 12 Disposição de Pavimentos de Lajetas, 
2.1.7 Degradações dos pavimentos 
Na maior parte dos casos as degradações nos pavimentos não têm relação directa com a 
escolha do material. As degradações são geralmente consequência de uma inadequação do 
material ao uso, podendo este fenómeno ter origem, entre outros, em defeitos de projecto, 
drenagem mal concebida, materiais de qualidade duvidosa, posta em obra deficiente. O 
aparecimento de degradações é o melhor indicador de que qualquer coisa correu mal. 
 
 
Pavimentação e Arborização Urbana 
Degradações por Fendas 
Degradação Descrição Causa Imagem 
 
Fendilhamento 
Linha de rotura na 
Superfície do 
Pavimento 
Espessura demasiado fraca para o tráfego que 
comporta, abertura ao tráfego demasiado cedo. 
Problemas de gelo devido a porosidade 
elevada. 
 
 
“Perca de 
ângulo e 
Fractura 
Linha de rotura 
unindo duas 
arestas 
Juntas demasiado apertadas, consequência de 
esforços de dilatação e compressão dos 
elementos. Problemas de gelo devido à 
porosidade do material. 
 
Fendilhamento 
da junta 
Aparecimento de 
linha de rotura, no 
material da junta. 
Material das juntas de fraca qualidade, base 
demasiado elástica, pontos fracos em 
profundidade, zonas de travagem grandes 
esforços horizontais ou mau confinamento. 
 
Ilustração 13 Degradações por Fendas 
Degradações por Desprendimentos e Movimentos, deformação e abrasão 
Degradação Descrição Causa Imagem 
 
Desprendimento 
 superficial 
Parte da Camada 
superficial solta se. 
Material de qualidade insuficiente, não 
resiste à abrasão provocada pelo tráfego, 
ou tem porosidade elevada, sensível ao 
gelo. 
 
Desprendimento 
Pavimento 
elementos 
Elemento do 
Revestimento solta-
se 
Má escolha do material das juntas, juntas 
demasiado flexíveis, confinamento mal 
efectuado ou pavimento subdimensionado. 
 
 
Desagregação 
da junta 
Desaparecimento do 
material da junta 
Juntas de material desadequado, mal 
alinhadas, demasiado rígidas, ou largas. 
Consequência de lavagem demasiado 
intensa, mau confinamento ou má 
drenagem. 
 
 
Movimento 
horizontal 
Deslize das peças 
dos elementos na 
horizontal sobre a 
camada de suporte. 
Resultado dos efeitos do tráfego 
(travagem/aceleração). Pavimento mal 
confinado, com juntas demasiado largas ou 
com material desadequado. 
 
Movimento 
vertical 
Movimento de 
elemento na vertical. 
Consequência de má drenagem que 
diminui a resistência das camadas 
inferiores. 
 
 
 
“Bombagem” 
Subido de finos nas 
fendas e juntas 
quando a sujeito a 
cargas. Diminui a 
capacidade 
estrutural do 
pavimento 
 
 
Fendilhamento permite a entrada de água 
para camadas inferiores com a aplicação 
de cargas, o pavimento bomba essa água 
para a superfície arrastando os finos. 
 
 
Assentamento 
Deformação 
permanente 
localizada e 
pronunciada do 
revestimento 
Fraca qualidade dos materiais, 
subdimensionamento do pavimento, corte 
sob o pavimento, leito de assentamento ou 
peças de espessura variável. Má 
drenagem. 
 
 
 
Pavimentação e Arborização Urbana 
 
 
Rodeiras 
Deformação 
permanente 
longitudinal nas 
zonas em contacto 
com cargas mais 
recorrentes. 
 
 
Pavimento subdimensionado, mal 
compactado 
 
 
Abrasão 
Desgaste dos 
materiais, perda de 
características 
superficiais 
Provocado pela abrasão do tráfego em 
conjunto com a acção da água. Tem que se 
ter em conta a resistência ao desgaste dos 
materiais. 
 
2.1.8 Calçadas Acessíveis 
Os espaços públicos devem ser acessíveis a todos os 
cidadãos, garantindo a livre circulação das pessoas com 
mobilidade reduzida. Os itens necessários para garantir a 
acessibilidade devem ser considerados durante a fase de 
projecto. Estes itens incluem inclinações máximas, rolamento 
do piso, utilização de pisos tácteis, rampas etc. Para isso o 
projectista deverá consultar a legislação do município onde 
será construída a calçada e também a Norma Previstas na 
região onde actua (Engª Glécia R. S. Vieira, 2010). 
 
Ilustração 15 Critérios de acessibilidade adoptados 
em São Paulo:Cartilha Passeio Livre 
Ilustração 14 Critérios de acessibilidade adoptados em São Paulo: Cartilha Passeio Livre 
 
 
Pavimentação e Arborização Urbana 
2.2 Arborização Urbana 
As condições de artificialidades de centros urbanos em relação às áreas naturais têm causado 
vários prejuízos à qualidade de vida dos habitantes urbanos. Sabe-se, porém, que parte desses 
prejuízos pode ser evitada pela legislação e controle das actividades urbanas e a parte 
amenizada pelo planeamento urbano, amplificando-se qualitativamente as áreas verdes e a 
arborização de ruas. 
Arborizar uma cidade significa mais que simplesmente plantar arvores nas suas determinadas 
ruas. 
A arborização deve atingir objectivos de melhorias microclimáticas, de diminuição de poluição 
e de ornamentação e ser realizada de maneira que haja compatibilização entre os plantios e as 
obras de infra-estrutura urbana como a pavimentação de ruas e passeios, o saneamento, 
a electrificação e a comunicação. 
2.2.1 A importância das árvores no meio urbano 
A vegetação urbana é de vital importância para qualidade de vida nas grandes cidades. Além 
da função paisagística, a arborização urbana proporciona benefícios à população como: 
• Absorção da poluição atmosférica, neutralizando os seus efeitos na população; 
• Protecção, redução e direccionamento dos ventos; 
• Amortecimento dos ruídos e diminuição da poluição sonora; 
• Sombreamento para os pedestres e veículos; 
• Reduz o impacto da água da chuva e seus escorrimentos superficiais, evitando assim a 
erosão e o assoreamento do solo; 
• Auxilio na diminuição da temperatura, uma vez que absorve os raios solares e refrescam 
o ambiente devido a grande quantidade de água transpirada pelas folhas; melhorando a 
umidade relativa do ar; 
• Proporciona abrigo e alimentação a fauna urbana. 
2.2.2 A importância da vegetação urbana para avifauna 
sabido que a vegetação urbana e periurbana desempenha um importante papel na manutenção 
de abrigos, nidificação, descanso e fonte de alimento para a fauna urbana, tanto para espécies 
de hábitos generalistas, como para espécies de hábitos específicos, que habitam áreas que 
circundam as cidades. 
 
 
Pavimentação e Arborização Urbana 
A escolha e o plantio das espécies nativas na arborização urbana são de fundamental 
importância na manutenção e na interligação destas áreas verdes, garantindo condições ideais 
para conservação da fauna local. 
Para o plantio devemos utilizar o maior número possível de espécies vegetais, visando à 
diversificação das fontes de alimentos, evitando assim a perda da biodiversidade urbana. A 
utilização de plantas ornamentais nativas com um longo período de floração garante uma fonte 
extra de recursos as abelhas de matas circunvizinhas, transformando o ambiente urbano em 
corredor biológico, conectando-se os fragmentos florestais próximos, garantindo, assim, o fluxo 
genético entre as espécies. 
2.2.3 Classificação quanto ao Porte 
Na arborização urbana classifica-se as árvores em pequeno, médio e grande porte, com a 
função de orientar o plantio nas calçadas para evitar conflitos com redes de fiação, edificações 
e o fluxo de pedestres e veículos. 
➢ Pequeno porte – Espécies que em fase adulta atingem, no máximo, 6 metros de altura 
e que possuem um diâmetro de copa de 5 metros, em média. 
➢ Médio porte – Espécies que na fase adulta atingem, no máximo, 12 metros de altura e 
cujo diâmetro da copa é, em média, de 7 metros. 
➢ Grande porte – Espécies com altura a 12 metros e com diâmetro de copa superior a 10 
metros. 
2.2.4 Classificação da vegetação arbórea urbana 
A vegetação urbana é representada por conjuntos arbóreos de diferentes origens 
desempenhando diferentes papéis na natureza (Mello, 1985).As florestas urbanas podem ser 
definidas como a soma de toda vegetação lenhosa que circunda e envolve os aglomerados 
urbanos desde pequenas comunidades rurais, até grandes regiões metropolitanas (Miller, 
1997). 
 
 
 
 
Pavimentação e Arborização Urbana 
➢ Arborização de parques e jardins 
Os parques normalmente são representados por grandes áreas abundantemente 
arborizadas e os jardins, ou mesmo as praças, são espaços destinados ao convívio social. 
Nestes locais, podem-se utilizar árvores de todos os portes (Pivetta & Silva-Filho, 2002). 
➢ Arborização de áreas privadas 
Corresponde à arborização dos jardins particulares como quintais, jardins de hospitais, 
clubes, indústrias entre outros (Pivetta & Silva-Filho, 2002). 
➢ Arborização nativa residual 
São espaços de natureza que se protegeram da ocupação e que por suas características 
florísticas, faunísticas, hídricas, influenciam no microclima e são essenciais ao complexo 
urbano (Pivetta & Silva-Filho, 2002). 
2.2.5 Planeamento da arborização de ruas e avenidas 
O sucesso da arborização urbana está directamente ligado ao seu planeamento. 
Independente do porte que a cidade possua é muito importante a realização do Diagnóstico 
Arbóreo e um Plano de Arborização e Manejo da cidade. O Diagnóstico visará o 
levantamento da situação existente nos logradouros envolvidos, incluindo informações como 
a vegetação arbórea, as características da via (expressa, local, secundária e principal) 
equipamentos e instalações. 
É imprescindível que o Plano Director da Cidade, procure disciplinar o espaço para cada 
tipo de ocupação, de acordo com o uso e o parcelamento do solo, visando ampliar os 
espaços com a criação de jardins, praças e cinturões verdes, de acordo com o zoneamento 
da cidade. 
2.2.5.1 Condições ambientais 
É preciso considerar as condições climáticas do local a ser plantado e evitar a introdução de 
espécies que não seja de ocorrência da região o que garante o estado fitossanitário do 
vegetal, a manutenção e a preservação da biodiversidade. 
 
 
 
Pavimentação e Arborização Urbana 
2.2.5.2 Características das espécies 
Segundo (Pivetta & Silva-Filho, 2002) deve-se conhecer muito bem o comportamento de 
cada espécie vegetal a ser utilizada quando exposta às condições edafoclimáticas e físicas. 
Para arborização urbana devem-se considerar vários critérios que uma árvore deve atender, 
para que esta possa ser utilizada em via pública sem acarretar inconveniências, sendo que 
entre as características desejáveis, destacam-se: 
• Resistência a pragas e doenças, evitando-se o uso de produtos fitossanitário muitas 
vezes desaconselhados em vias públicas; 
• Velocidade de desenvolvimento média para rápida para que a árvore possa fugir o 
mais rapidamente do ataque de predadores e se recuperar de alguma injuria 
mecânica ocasionada no fuste (parte da árvore compreendida entre a base e o 
primeiro galho vivo) ou copa; 
• Devem-se evitar espécies que possuam frutos grandes, a fim de se evitar danos a 
pedestres e veículos; 
• Escolher espécies que aceitem poda de limpeza e condução de copa, pois existem 
espécies que não aceitam a poda. 
• O fuste e ramos devem ter lenho resistentes, para que o vegetal tenha uma resposta 
rápida, quando houver intervenção nos ramos e galhos por poda; 
• Preferir espécies livres de espinho no fuste; 
• Evitar o plantio de espécies, que possua substâncias tóxicas ou que causem 
reacções alérgicas a população; 
• É importante escolher espécies com o sistema radicular pivotante (raiz profunda), 
evitando o plantio de espécies que possuam o sistema radicular superficial, a fim de 
se evitar problemas de calçadas e fundações de prédios e muros; 
• Espécies que apresentem rusticidade e que sejam adaptadas ao clima. 
 
 
 
Pavimentação e Arborização Urbana 
2.2.5.3 Largura de calçadas e ruas 
Antes da implantação da arborização urbana é necessário que se faça um estudo prévio do 
local ou bairro a ser arborizado. É importante considerar o tamanho das calçadas e analisar os 
seguintes pontos: 
• Se as calçadas comportam arborização; 
• Se após abertura de canteiros, haverá espaço para passeio público; 
• Aescolha de espécies arbóreas recomendadas para cada situação; 
• Se após a instalação da arborização e seu crescimento até o estágio adulto, haverá 
espaço para o passeio público para pessoas com sacolas, cadeirantes e outros; 
• As ruas que apresentam canteiro central seguem os mesmos critérios apresentados para 
as calçadas. 
2.2.5.4 Fiação área e subterrânea 
A fiação aérea é composta pela rede de energia eléctrica, dividida em duas categorias; primária 
considerada de alta tensão (de 13.000v e 22.000v) e secundária de baixa tensão, (de 110v e 
220v), além da rede telefónica e a de TV a cabo. 
Especificação Altura (m) 
Postes 9 a 12 
Baixa Tensão 7,20 
Alta Tensão 8,20 a 9,40 
Telefone 5,40 
Placa de Ónibus 3,50 
Ilustração 16 Altura dos postes, placas e fiação aérea 
Recomenda-se que em calçadas onde exista fiação de rede eléctrica, o plantio seja realizado 
por espécies arbustivas que não ultrapassem a altura de 3m com distância de 3 a 4 m dos 
postes, principalmente de rede eléctrica. Nas calçadas sem presença de fiação, pode-se plantar 
árvores de médio porte, mantendo o mesmo espaçamento de recuo dos postes de fiação. 
 
 
Pavimentação e Arborização Urbana 
Importante ressaltar que existe uma linha de pesquisadores que adopta como padrão de 
arborização para rede eléctrica, espécies de médio a grande porte que aceitem poda de 
condução de copa, com propósito de criar um ducto de passagem da fiação entre a copa. 
O plantio de espécies que possuem um único tronco principal, deve ser evitado em calçadas e 
sob fiação, pois estas espécies não aceitam poda, comprometendo assim o estado fitossanitário 
do vegetal e colocando em risco o passeio público. Atentar para o plantio em locais onde possua 
fiação subterrânea e canos de rede hidráulica. O plantio deverá ocorrer a uma distância de no 
mínimo 2,5m da fiação ou canalização, pois as raízes poderão obstruir futuramente a 
canalização. 
2.2.5.5 Espaçamento entre as árvores 
Elementos Distancia (m) 
Caixas-de-inspecção e bocas-de-lobo 2,0 
Cruzamento sinalizado por semáforos ou que possam vir a ser 10,0 
Encanamento de água, esgotos e fiação subterrânea 2,0 
Entrada de veículos 1,5 
Esquinas 5,0 – 7,0 
Hidrantes 3,0 
Meio Fio 0,5 
Pontos de Ónibus 1,5 – 1,5 
Portas e portões de entrada 0,5 – 1,0 
Postes de iluminação pública e transformadores 4,0 
Cameras de monitoramento 4,0 
Ilustração 17 Fonte: PIVETTA E SILVA FILHO, 2002 
Em passeios com largura inferior a 1,50m não é recomendável o plantio de árvores de médio 
ou grande porte. A recolocação da vegetação poderá ser realizada com espécies arbustiva 
ornamental ou com arvores de pequeno porte. 
Ilustração 18 Espécie de 
pequeno porte em passeio 
público 
 
 
Pavimentação e Arborização Urbana 
Para o plantio de árvores de médio e grande porte em 
via pública, os passeios deverão ter largura mínima de 
2,40 m, em locais onde não seja obrigatório o recuo das 
edificações em relação ao alinhamento e de 1,50 m, nos 
locais onde este recuo seja obrigatório. 
 
 
Ilustração 19 Espécie de médio porte em passeio público 
Em passeios com largura igual ou superior a 2,40 
m e inferior a 3,00m, poderão ser plantadas 
árvores de pequeno, médio ou grande porte, com 
altura de 1,20m. Em passeios com largura 
superior a 3,00m, poderão ser plantadas árvores 
de pequeno e médio ou grande porte com altura 
superior a 12,0 m. 
 
Ilustração 20 Espécies de grande porte em passeio público 
No calçamento do passeio público deverá ser mantida uma área livre não pavimentada de, no 
mínimo, 1,00 m² em torno de cada árvore, independente da forma. Não se pode colocar 
barreiras ou vedação em torno do canteiro para permitir escoamento das aguas pluviais aos 
canteiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ilustração 21 dimensões dos canteiros e a sua representação correcta 
 
 
Pavimentação e Arborização Urbana 
2.2.6 Espécies arborização encontrada cidade de Nampula 
Espécie Imagem 
Nome científico: Terminalia catappa L. 
Nome vulgar: Amendoeira, castanhola ou Chapéu-
de-sol 
Família: Combretácea 
Origem: exótica 
Copa: cilíndrica em camadas atingindo 20m de 
diâmetro; caducifólio total 
Fenologia: floração, set – out; 
Cor da flor: branco-esverdeada 
Obs: enfolhamento rápido 
 
Nome científico: Delonix regia 
Nome vulgar: Flamboyant 
Família: Leguminosae 
Ocorrência natural: Madagáscar 
Porte: médio (10m – 12m) 
Copa (formato; diâmetro): larga ou elíptica horizontal; 
7m 
Características das folhas (tamanho e 
persistência): pequenas; caducas 
Floração (coloração; época): vermelha-alaranjada; 
amarela; Outubro a Dezembro 
Frutificação (tipo do fruto; época da frutificação): 
vagem 
Propagação: Desenvolvimento da planta: rápido 
Obs: as suas raízes são suberificais não se 
recomenda em passeios. 
Nome científico: Senna siamea (Lam.) H.S. Irwin & 
Barneby 
Nome vulgar: Acácia de Sião 
Família: Fabaceae 
Origem: exótica 
Espécies: de médio porte (altura 6,0 a 12,0 m e 
diâmetro da copa 8,0 a 16,0m) 
Copa: globular; perenifólia 
Fenologia: floração, contínua 
Cor da flor: amarela 
Obs: crescimento rápido, aceita poda. 
 
 
 
Pavimentação e Arborização Urbana 
3. Conclusão 
Contudo, feita leitura e análise dos documentos abordando sobre Pavimentação e Arborização 
Urbana foi uma oportunidade para aprender algo e ganhar um determinado conhecimento em 
relação ao mesmo, porta realçar que a pavimentação tanto a arborização urbana tem um 
impacto muito importante para os transeuntes, isto é, na protecção contra as intemperes, no 
sombreamento das alçadas, a acessibilidade em vias publicas. 
É importante lembrar que um projecto de arborização deve, por princípio, respeitar os valores 
culturais, ambientais e de memória da cidade. Deve, ainda, considerar sua acção potencial de 
proporcionar conforto para as moradias, “sombreamento”, abrigo e alimento para avifauna, 
diversidade biológica, diminuição da poluição, condições de permeabilidade do solo e 
paisagem, contribuindo para a melhoria das condições urbanísticas. 
Dizer que também os pavimentos são factor de incontornável importância no condicionamento 
do uso e comportamento dos utilizadores no espaço e, por este motivo, ele da um grande 
potencial na valorização de espaços. 
A principal função de um pavimento, nomeadamente o rodoviário ou pedonal, é oferecer uma 
superfície de rolamento livre e desempenada, destinada a permitir a circulação de veículos em 
adequadas condições de segurança, conforto e economia. 
 
 
 
Pavimentação e Arborização Urbana 
4. Bibliografia 
Artes, G. M. (s.d.). MANUAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA. Embu, Brasil. 
Engª Glécia R. S. Vieira. (2010). Manual de Pavimentacao Intertravada (1 ed.). Brasil: 
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Luis Paulo Monteiro Porto,, & Heliana Maria Silva. (2013). Manual de Orientação Técnica da 
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Milano, M. S. (s.d.). O Planejamento Da Arborizacao, As Necessidades De Manejo e 
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Miller, R. (1997). Urban forestry: planning and managing urban greenspaces (2 ed.). New 
Jersey: Prentice Hall. 
Pivetta, K., & Silva-Filho, D. (2002). Arborizacao Urbana. SP: UNESP/FCAV/FUNEP 
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Secretaria do meio ambiente . (2009). Arborizacao De Calcadas. Brasil. 
Urbanismo, S. M. (s.d.). Intervenção em logradouro Público – Arborização. Paranagua,Brasil.

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