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2018 Pavimentação & Arborização Urbana UNILÚRIO FACULDADE DE ARQUITECTURA E PLANEMANETO FISICO LABORATORIO DE PLANEAMENTO FISICO III Universidade Lúrio Faculdade de Arquitectura e planeamento físico 2 ano I Semestre Laboratório de Planeamento Físico III Pavimentação & Arborização Urbana Discente: Hercílio António Cândido Docente: Micanaldo Francisco (Arq.) Eliseu Oface (Arq.) Nampula, Março de 2018 Índice 1. Introdução ............................................................................................................................4 1.1 Objectivos Geral ........................................................................................................... 4 1.1.1 Objectivo especifico ............................................................................................... 4 1.2 Metodologia .................................................................................................................. 4 2. Pavimentação & Arborização Urbana ..................................................................................5 2.1 Pavimentação Urbana .................................................................................................. 5 2.1.1 Classificação dos pavimentos ................................................................................ 5 2.1.2 Características de Pavimentos .............................................................................. 6 2.1.3 Tipos de Materiais de Pavimentação ..................................................................... 8 2.1.4 Tratamentos Superficiais ....................................................................................... 9 2.1.5 Drenagem ............................................................................................................ 11 2.1.6 Organização dos pavimentos por elementos ....................................................... 12 2.1.7 Degradações dos pavimentos .............................................................................. 13 2.1.8 Calçadas Acessíveis ............................................................................................ 15 2.2 Arborização Urbana .................................................................................................... 16 2.2.1 A importância das árvores no meio urbano.......................................................... 16 2.2.2 A importância da vegetação urbana para avifauna .............................................. 16 2.2.3 Classificação quanto ao Porte ............................................................................. 17 2.2.4 Classificação da vegetação arbórea urbana ........................................................ 17 2.2.5 Planeamento da arborização de ruas e avenidas ................................................ 18 2.2.6 Espécies arborização encontrada cidade de Nampula ........................................ 23 3. Conclusão ..........................................................................................................................24 4. Bibliografia .........................................................................................................................25 Índice de ilustração Ilustração 1 Distribuição das tensões num pavimento rígido e num pavimento flexível (adaptado de Interactive, 2008) ................................................................................................. 5 Ilustração 2 características de um pavimento ............................................................................ 6 Ilustração 3 Classificação continuidade e Estrutura de um pavimento ...................................... 7 Ilustração 4 Pavimentos mais comuns no meio urbano............................................................. 8 Ilustração 5 Tratamentos superficiais do Betão ......................................................................... 9 Ilustração 6 Tratamentos Superficiais Pétreo .......................................................................... 10 Ilustração 7 Tratamento Superficial Cerâmico ......................................................................... 10 Ilustração 8 Tratamentos superficiais de Betume .................................................................... 10 Ilustração 9 Drenagem de pavimentos impermeáveis ............................................................. 11 Ilustração 10 Drenagem de Pavimentos Permeáveis .............................................................. 12 Ilustração 11 Disposição de pavimentos de Calçada Paralelepipédica ................................... 13 Ilustração 12 Disposição de Pavimentos de Lajetas,............................................................... 13 Ilustração 13 Degradações por Fendas ................................................................................... 14 Ilustração 14 Critérios de acessibilidade adoptados em São Paulo: Cartilha Passeio Livre.... 15 Ilustração 15 Critérios de acessibilidade adoptados em São Paulo: Cartilha Passeio Livre.... 15 Ilustração 16 Altura dos postes, placas e fiação aérea ........................................................... 20 Ilustração 17 Fonte: PIVETTA E SILVA FILHO, 2002 ............................................................. 21 Ilustração 18 Espécie de pequeno porte em passeio público .................................................. 21 Ilustração 19 Espécie de médio porte em passeio público ...................................................... 22 Ilustração 20 Espécies de grande porte em passeio público ................................................... 22 Ilustração 21 dimensões dos canteiros e a sua representação correcta ................................. 22 file:///E:/ducumento/arquitectura%20II%20ano/laboratorio%20de%20planeamento%20II/trabalho/trabalho%201/Hercilio%20Candido%20-%20PAVIMENTACAO%20&%20ARBORIZACAO%20URBANA.docx%23_Toc508570048 file:///E:/ducumento/arquitectura%20II%20ano/laboratorio%20de%20planeamento%20II/trabalho/trabalho%201/Hercilio%20Candido%20-%20PAVIMENTACAO%20&%20ARBORIZACAO%20URBANA.docx%23_Toc508570049 file:///E:/ducumento/arquitectura%20II%20ano/laboratorio%20de%20planeamento%20II/trabalho/trabalho%201/Hercilio%20Candido%20-%20PAVIMENTACAO%20&%20ARBORIZACAO%20URBANA.docx%23_Toc508570052 file:///E:/ducumento/arquitectura%20II%20ano/laboratorio%20de%20planeamento%20II/trabalho/trabalho%201/Hercilio%20Candido%20-%20PAVIMENTACAO%20&%20ARBORIZACAO%20URBANA.docx%23_Toc508570055 Pavimentação e Arborização Urbana 1. Introdução Desde muito tempo, o homem vem trocando o meio rural pêlo meio urbano. As cidades foram crescendo, na maioria das vezes de forma muito rápida e desordenada, sem um planejamento adequado de ocupação, provocando vários problemas que interferem sobremaneira na qualidade de vida do homem que vive na cidade. Actualmente, a maioria da população humana vive no meio urbano necessitando, cada vez mais, de condições que possam melhorar a convivência dentro de um ambiente muitas vezes adverso. Para tal e preciso pensar num meio de melhorar as condições de vida da no meio urbano, começando na purificação do ar do nosso meio, isto é, criança de áreas verdes ou de plantio de arvores nas calcadas. Outro ponto muito importante é sobre a circulação dos utentes no meio urbano, nota -se que o desenvolvimento de uma cidade depende da mobilidade dai que é importante saber como tornar as vias, as rodovias, as calcadas, os caminhos mais acessíveis para a utilização do dia-a-dia. O presente trabalho fala sobre a Pavimentação e Arborização Urbana no contexto mais simplificado. 1.1 Objectivos Geral Desenvolver um Guia de boas práticas, úteis para a análise e concepção de soluções de pavimentação e arborização urbana na escala local do espaço urbano, baseando-se num cruzamento das necessidades destes espaços com as característicasdos materiais. 1.1.1 Objectivo especifico • Avaliar os tipos de pavimentos e as suas características. • Analisar e o material e a técnica empregue na pavimentação dum espaço urbana. • Conhecer a importância da arborização no meio urbana • identificar as condicionantes para que aja um bom projecto de arborização 1.2 Metodologia Após a atribuição do tema, foi definido os objectivos que serviram como guia para realização do trabalho, em seguida realizada uma campanha de pesquisa bibliográfica para levantar informações e fornecer a base de sustentação a respeito do tema abordado, através de pesquisas em diversas fontes como fontes virtuais, artigos temporários e obras de individualidades contextualizadas no tema. Por fim fez se a analise e o processamento das informações. Pavimentação e Arborização Urbana 2. Pavimentação & Arborização Urbana 2.1 Pavimentação Urbana Os pavimentos são um factor de incontornável importância no condicionamento do uso e comportamento dos utilizadores no espaço e, por este motivo, de enorme potencial na valorização de espaços. Entende-se por pavimento a estrutura constituída por um ou mais materiais, que se coloca sobre o terreno natural ou em aterro, com a finalidade de permitir a circulação dos diferentes tráfegos em condições adequadas. Sendo assim pode dizer que pavimentação urbana e o acto de pavimentar as vias publicas para melhoria da mobilidade do trafico urbano (trafico rodoviária, circulação Pedonal, cadeirantes). Uma das primeiras formas de pavimentação foi a calçada romana, grande obra de engenharia construída em várias camadas, que ainda hoje resiste em vários troços. 2.1.1 Classificação dos pavimentos De uma forma geral, os pavimentos são classificados em flexíveis, semi-rígidos e rígidos. A escolha de cada um destes tipos de pavimentos dependerá da intensidade do tráfego, da qualidade de resistência do solo de fundação, assim como, da qualidade dos materiais disponíveis. (Martins, 2006): Flexível: aquele em que todas as camadas sofrem deformação elástica significativa sob o carregamento aplicado e, portanto, a carga se distribui em parcelas aproximadamente equivalentes entre as camadas. Exemplo típico: pavimento constituído por uma base de brita (brita graduada, macadame) ou por uma base de solo pedregulhos, revestida por uma camada asfáltica. Semi-rígido: caracteriza-se por uma base cimentada por algum aglutinante com propriedades cimenticias como por exemplo, por uma camada de solo cimento revestida por uma camada asfáltica. Rígido: aquele em que o revestimento tem uma elevada rigidez em relação às camadas inferiores e, portanto, absome praticamente todas as tensões provenientes do carregamento aplicado. Exemplo típico: pavimento constituído por lajes de concreto de cimento Portland. Ilustração 1 Distribuição das tensões num pavimento rígido e num pavimento flexível (adaptado de Interactive, 2008) Pavimentação e Arborização Urbana 2.1.2 Características de Pavimentos Segundo (Ferreira, 2007). As características de pavimentos seguem os seguintes elementos ilustrado na tabela a seguir: Características de uma Pavimentação composição Estruturais e funcionais Estético Economico Estrutura Características Funcionais Nobreza Preço Continuidade Resistência Química Potencialidade Facilidade de Construção Materiais Resistência Estrutural Carácter Abertura ao Tráfego Especificações Drenagem Limpeza Abertura de Valas Durabilidade Possibilidade de Moldagem Ilustração 2 características de um pavimento 2.1.2.1 Composição Classificação Descrição Esquema Classificação da Continuidade Pavimentos contínuos Pavimentos que sejam percebidos pelos seus usuários sem descontinuidades. Pavimentos descontínuos São pavimentos percebidos utilizadores como conjunto de elementos independentes. Estrutura de Pavimentos Flexível Camada de desgaste flexível e base granular. Deformabilidade elevada Rígido Camada de desgaste e base composta por material estabilizado hidraulicamente. Deformabilidade muito reduzida Pavimentação e Arborização Urbana Semi-rígido Camada de desgaste flexível sobre base estabilizada hidraulicamente. Deformabilidade reduzida Ilustração 3 Classificação continuidade e Estrutura de um pavimento 2.1.2.2 Características Estruturais e funcionais ➢ Conforto Rodoviário (relacionado a regularidade do pavimento). ➢ Conforto Pedonal (relacionado a regularidade do pavimento). ➢ Resistência Estrutural (tipo de material e espessura das camadas). ➢ A resistência química (óleos e combustíveis). ➢ Permeabilidade (pavimentação permeável ou impermeável). ➢ Condições Atmosféricas (resistência da pavimentação à erosão provocada pelas condições meteorológicas). 2.1.2.3 Características Estéticas 2.1.2.3.1 Conotação A conotação é muitas vezes fruto da frequência de utilização no espaço, certos materiais estão intrinsecamente ligados a determinados usos. Neste caso existem duas conotações principais para um pavimento: a pedonal e a rodoviária. Conotação pedonal quando esteticamente um material de pavimentação é identificado com o uso pedonal e se tiver um arranjo ou tratamento superficial adequado a este uso. Conotação rodoviária se o material de pavimentação é identificado como típico do modo rodoviário e se tiver um arranjo ou tratamento superficial adequado a este uso. Conotação dúbia se o pavimento for esteticamente identificado com um uso e tiver um arranjo ou tratamento superficial dos elementos adequado a outro uso. 2.1.2.3.2 Nobreza A nobreza de um pavimento é uma variável subjectiva que avalia a qualidade estética do material. Este ponto é importante porque um material nobre de pavimentação pode valorizar o espaço urbano, Apesar da subjectividade latente neste ponto existe um certo consenso em relação a certos materiais. 2.1.2.3.3 Potencialidades Estéticas classificam a possibilidade de, com o mesmo material, conseguir diferentes efeitos visuais. Os pavimentos com boas potencialidades estéticas são materiais que conseguem uma grande diversidade de produtos finais, como os pavimentos por elementos que podem ter diversas colorações e emparelhamentos. Pavimentação e Arborização Urbana 2.1.2.4 Características Económicas Nas razões económicas não deve ser tido em conta apenas o preço por m2 do material, mas também o ciclo de vida total do pavimento, incluindo outras variáveis como: Facilidade de Construção - a rapidez e simplicidade de construção dos diversos materiais. Possibilidade de Moldagem - Um material para ser moldável tem que ter uma fase fluida que permita ser conformado por um molde adoptando uma nova forma, que se mantém ao longo do tempo. Abertura ao Tráfego - A posta em serviço é o tempo entre a conclusão da obra de pavimentação e a abertura ao tráfego. Limpeza – Salvo raras excepções, a limpeza de um pavimento é efectuada por aspiração e escovagem com água e detergente neutro. A facilidade e fragilidade do material à limpeza são duas variáveis que dependem da regularidade e resistência do pavimento. Abertura de Valas – A facilidade de abertura e fecho de valas no pavimento é um parâmetro muito importante dos pavimentos em meio urbano. Durabilidade – durabilidade de um pavimento é a capacidade de um material se manter inalterado ao longo do tempo. Preço – O levantamento dos preços por m2 de pavimentação dos diversos materiais permite escalonar o preço médio para escolha de pavimentação de uma determinada área. 2.1.3 Tipos de Materiais de Pavimentação Um variado leque de materiais de diversas origens pode ser usado em meio urbano. Desde o betão até à madeira e à borracha, a maior parte permite diversas soluções dentro de si mesmo, variando o tipo de elementos ou a sua continuidade. Os materiais mais comuns em meio urbano estão retractadosna Tabela a seguir. Pavimentos mais comuns no meio urbano Material Pavimento Material Pavimento Betão Laje de Betão Solo Seleccionado Saibro Lajetas de Betão Calçada de Betão Hidráulico Pavimento hidráulico com resíduos Betuminoso Misturas betuminosas Tratamentos superficiais Cerâmico Ladrilhos Cerâmicos Pétreos Gravilha Lajes cerâmicas Pétreo com ligante Lajes Porcelana Lajedo de Pedra Natural Madeira Calços e Tábuas Calçada Natural Calçada Portuguesa Borracha Antichoque Ilustração 4 Pavimentos mais comuns no meio urbano Pavimentação e Arborização Urbana 2.1.4 Tratamentos Superficiais Os materiais de pavimentação podem, na sua maioria, receber tratamentos superficiais que, por sua vez, podem alterar as suas características adaptando-os a diferentes funções. Os tratamentos superficiais podem alterar tanto a textura como o efeito estético de um pavimento, podendo caracterizar-se como de efeito estético ou funcional. São seguidamente descritos os tratamentos superficiais mais comuns agrupados por natureza do material, dado que cada material tem um conjunto próprio de tratamentos superficiais. 2.1.4.1 Pavimentos de betão Os tratamentos superficiais do betão são efectuados enquanto o betão está fresco porque é o momento em que o material é mais facilmente trabalhável e moldável. Os tratamentos mais comuns são estriados, inertes à vista e moldes e figuras especiais e estas medidas tanto têm carácter funcional como estético, tal como mencionado na tabela abaixo. Tratamentos Superficial do Betão Tratamento Descrição Função Conotação Estriado Transversal e Longitudinal Efectuados pela adição de areia na superfície de betão fresca aumentando a rugosidade do pavimento. Pode ser transversal ou longitudinal à via. Textura confortável para a circulação rodoviária. Melhora a drenagem na superfície e consequentemente a aderência. Conotação Rodoviária Inerte à Vista e Gravilha Incrustada No inerte à vista é retirada a parte superior do ligante, no caso de gravilha incrustada é adicionado agregado ao betão fresco. O resultado final nos dois casos é o agregado visível à superfície. Problema de desprendimentos Tratamentos superficiais aconselhados para zonas com tráfego pedonal ou rodoviárias ligeiro melhorando a aderência. Não afecta Betão fresco moldado e Figuras especiais Tratamento que consiste na colocação de moldes na superfície do betão fresco, dotando a superfície de características e funcionais e estéticas distintas aos originais do betão. Permite simular o efeito estético de pavimentos mais nobres com a vantagem de ter as características estruturais do betão. Aumenta a nobreza do pavimento. Conotação Pedonal Ilustração 5 Tratamentos superficiais do Betão 2.1.4.2 Pavimento Pétreo Os Tratamentos superficiais nos pavimentos de pedra natural são efectuados trabalhando a pedra no estado sólido e constituem um processo de grande dificuldade. Pavimentação e Arborização Urbana Tratamentos Superficial Pétreo Tratamento Descrição Função Conotação Bujardado e Flamejado Tratamento com recurso a martelo com dentes de aço se for bujardado ou maçarico se for flamejado. Aumento da irregularidade e alteração da coloração. Aumenta a aderência do pavimento. N/a Polido e Amaciado Fricção de cabeças rotativas na pedra se for polido são adicionados abrasivos para dar o brilho. Resultam numa superfície homogénea com brilho no caso de polimento ou baça se amaciada. Homogeneização da superfície. Aumento do conforto Conotação Pedonal Ilustração 6 Tratamentos Superficiais Pétreo 2.1.4.3 Tratamento Superficial Cerâmico Os tratamentos superficiais de um pavimento cerâmico são efectuados em fábrica enquanto o material se encontra numa fase maleável, permitindo um grande número de formas e texturas superficiais. Os tratamentos referidos têm um cariz funcional porque condicionam a utilização do espaço como se pode verificar na tabela a seguir. Tratamentos Superficial Cerâmico Tratamento Descrição Função Conotação Liso Tratamento Superficial em molde que homogeneíza a superfície do pavimento. Circulação confortável N/a Segurança Tratamento Superficial em molde que dota o pavimento de rugosidade ou irregular cria baixos/altos-relevos na superfície. Melhora aderência ou marca espaços fronteira/caminhos livres N/a Ilustração 7 Tratamento Superficial Cerâmico 2.1.4.4 Tratamento Superficial Betume Os tratamentos superficiais betuminosos são efectuados “in loco” na construção do pavimento e depende da escolha da camada superficial. Existem duas hipóteses: betume (B) ou agregado (A). A camada superficial organiza-se por camadas de Agregado (A) e Betume (B): considera- se um tratamento simples se só tiver uma camada de cada (B ou BA) ou Duplo se repetir as camadas (BAB, ou BABA). Os tratamentos referidos têm carácter funcional, porque condicionam a utilização, e estão descritas na tabela a seguir. Tratamentos Superficial Betume Tratamento Descrição Função Conotação Liso Efectuado por colocação de camada de betume na superfície. Resulta numa superfície homogénea Circulação confortável N/a Agregado à superfície Efectuado por colocação de camada de agregado à superfície. Resulta numa superfície irregular. Problemas de desprendimentos. Circulação rodoviária desconfortável e aumento da aderência. N/a Ilustração 8 Tratamentos superficiais de Betume Pavimentação e Arborização Urbana 2.1.5 Drenagem A drenagem de um pavimento é um ponto muito importante no espaço urbano, porque a acumulação de água à superfície afecta o uso dos pavimentos e pode afectar as características das camadas que o compõem. Existem dois grandes grupos de sistemas de drenagem: os pavimentos permeáveis e os impermeáveis adaptados a diferentes espaços. 2.1.5.1 Pavimentos impermeáveis A água ao atingir um pavimento impermeável não é absorvida e acumula-se preenchendo as deformações da superfície. Quando atinge o topo destas desloca-se pelas pendentes para os pontos de menor cota onde estão colocados os sistemas de recolha de água superficial. O espaço-tempo entre a água atingir o pavimento e dirigir-se para o sistema de saneamento chama-se de “tempo de entrada”. Pendentes – Nos pavimentos impermeáveis o encaminhamento da água é sempre efectuado pelas pendentes que encaminham a água que atinge a superfície para os sistemas de recolha. Os pendentes aceites como mínimas são de 2% transversalmente e de 0,5% longitudinalmente para que a água superficial se encaminhe para os colectores. Sistema de recolha único ou duplo – Os sistemas de recolha de água podem estar localizados no centro da via ou nos limites. Se for um único canal de drenagem tem vantagem económica na implementação, mas se tiver de cobrir uma grande área pode ser insuficiente. No caso de ser duplo tem a vantagem de dividir a área em dois melhorando o escoamento, o que pode ser importante em arruamentos muito largos. Os pontos colectores têm que estar sempre colocados no ponto mais baixo do pavimento. Drenagem de pavimentos Impermeáveis Sistema Descrição Continuidade Figura Sarjetas Sistema de recolha superficial localizado no ponto mais baixo do pavimento. Normalmente localizado Junto aos lancis do passeio encaminhando a água superficial para o sistema de saneamento. Pontual Valeta Canal de drenagem côncavo formado por material descontinuo ou contínuo. São colocadas pontualmente na valeta sarjetas de recolha para o sistema de saneamento. Contínuo. Canal subterrâneo com ralo ou grelha Canal de drenagem subterrâneo com brecha longitudinal à superfície para a entrada de água, posteriormente encaminhada para sistema de saneamento. Consoante a dimensãoda ranhura pode necessitar de grelha Contínuo Ilustração 9 Drenagem de pavimentos impermeáveis Pavimentação e Arborização Urbana 2.1.5.2 Pavimentos Permeáveis Neste sistema a água ao atingir o pavimento é absorvida pela porosidade e, por esta razão, o tempo de entrada é praticamente zero, diminuindo o caudal à superfície e a velocidade de escoamento. Tem vantagens no meio urbano porque aumenta a quantidade de água no solo e reduz a água encaminhada para o sistema de saneamento, podendo, todavia, haver contaminação do nível freático no caso de a água estar poluída. Com o passar do tempo este sistema tem problemas de colmatação por sujidade acumulada que retira eficiência ao sistema. Por isso e para dar resposta a momentos de grande precipitação deve ser acompanhado de drenagem superficial. A aplicação de um pavimento permeável com sucesso exige certos cuidados. Drenagem de pavimentos Permeáveis Sistema Descrição Continuidade Figura Infiltração total A Toda a água que atravessa o pavimento infiltra- se no solo. Nenhuma parte da água é encaminhada para os sistemas de saneamento, dispensando os sistemas de saneamento, reduzindo custos. Zonas verdes encaminhando a água para a vegetação e nível freático Infiltração Parcial B Absorção de parte da água infiltrada. São inseridos na base do pavimento tubos perfurado que recolhem o excesso de água para o sistema de saneamento, evitando acumulação de água à superfície ou a perca de estabilidade por excesso de água. Locais onde o solo não tem capacidade de absorver a água que o atinge. Infiltração Zero C Captura total da água infiltrada. Colocação de membrana impermeável entre o pavimento e o solo com tubos perfurados que encaminham a água para o sistema de saneamento. Este sistema permitir o armazenamento da água, para reutilização ou tratamento. Solos de baixa permeabilidade, vulneráveis à água, problemas de poluição e locais de risco (abastecimento público de água) Ilustração 10 Drenagem de Pavimentos Permeáveis 2.1.6 Organização dos pavimentos por elementos A disposição é uma variável fundamental no resultado final de um pavimento por elementos, pode ser usada para dotar o material de características específicas estruturais no sentido de maximizar a resistência de um material e funcionais no sentido que condicionam o sentimento de pertença dos utilizadores. Pavimentação e Arborização Urbana 2.1.6.1 Calçada Paralelepipédica Organização de pavimentos de Calçada Paralelepipédica Calçada Paralelepipédica Disposição Resistência Conotação Descrição Planta Parquet Pedonal Pedonal Pares de peças colocadas perpendicularmente. Longitudinal Rodoviário ligeiro Pedonal Juntas lineares, indicado para locais sem viragens e travagens/acelerações. Tem tendência a sofrer de efeito dominó. Espiga Rodoviário Rodoviário Juntas longitudinais com ângulo de 90º ou 45º em relação à via. Reduz assentamentos e distribui a pressão das cargas por maior número de peças. Diminui efeito dominó pela distinta direcção entre o tráfego e as juntas. Ilustração 11 Disposição de pavimentos de Calçada Paralelepipédica 2.1.6.2 Lajetas e Lajedo Organização de pavimentos de Lajetas/Lajedo Lajetas e Lajedo Disposição Resistência Conotação Descrição Planta “Stack Bond” Pedonal Pedonal Juntas continuas, tem tendência a sofrer efeito dominó. “Broken Bond” Rodoviário Rodoviário Juntas continuas perpendicularmente ao tráfego e partidas na direcção do tráfego. Pode ser transversal ou longitudinal à via. Distribui as cargas por maior número de peças. Efeito dominó amortizado pela quebra do alinhamento das juntas. Ilustração 12 Disposição de Pavimentos de Lajetas, 2.1.7 Degradações dos pavimentos Na maior parte dos casos as degradações nos pavimentos não têm relação directa com a escolha do material. As degradações são geralmente consequência de uma inadequação do material ao uso, podendo este fenómeno ter origem, entre outros, em defeitos de projecto, drenagem mal concebida, materiais de qualidade duvidosa, posta em obra deficiente. O aparecimento de degradações é o melhor indicador de que qualquer coisa correu mal. Pavimentação e Arborização Urbana Degradações por Fendas Degradação Descrição Causa Imagem Fendilhamento Linha de rotura na Superfície do Pavimento Espessura demasiado fraca para o tráfego que comporta, abertura ao tráfego demasiado cedo. Problemas de gelo devido a porosidade elevada. “Perca de ângulo e Fractura Linha de rotura unindo duas arestas Juntas demasiado apertadas, consequência de esforços de dilatação e compressão dos elementos. Problemas de gelo devido à porosidade do material. Fendilhamento da junta Aparecimento de linha de rotura, no material da junta. Material das juntas de fraca qualidade, base demasiado elástica, pontos fracos em profundidade, zonas de travagem grandes esforços horizontais ou mau confinamento. Ilustração 13 Degradações por Fendas Degradações por Desprendimentos e Movimentos, deformação e abrasão Degradação Descrição Causa Imagem Desprendimento superficial Parte da Camada superficial solta se. Material de qualidade insuficiente, não resiste à abrasão provocada pelo tráfego, ou tem porosidade elevada, sensível ao gelo. Desprendimento Pavimento elementos Elemento do Revestimento solta- se Má escolha do material das juntas, juntas demasiado flexíveis, confinamento mal efectuado ou pavimento subdimensionado. Desagregação da junta Desaparecimento do material da junta Juntas de material desadequado, mal alinhadas, demasiado rígidas, ou largas. Consequência de lavagem demasiado intensa, mau confinamento ou má drenagem. Movimento horizontal Deslize das peças dos elementos na horizontal sobre a camada de suporte. Resultado dos efeitos do tráfego (travagem/aceleração). Pavimento mal confinado, com juntas demasiado largas ou com material desadequado. Movimento vertical Movimento de elemento na vertical. Consequência de má drenagem que diminui a resistência das camadas inferiores. “Bombagem” Subido de finos nas fendas e juntas quando a sujeito a cargas. Diminui a capacidade estrutural do pavimento Fendilhamento permite a entrada de água para camadas inferiores com a aplicação de cargas, o pavimento bomba essa água para a superfície arrastando os finos. Assentamento Deformação permanente localizada e pronunciada do revestimento Fraca qualidade dos materiais, subdimensionamento do pavimento, corte sob o pavimento, leito de assentamento ou peças de espessura variável. Má drenagem. Pavimentação e Arborização Urbana Rodeiras Deformação permanente longitudinal nas zonas em contacto com cargas mais recorrentes. Pavimento subdimensionado, mal compactado Abrasão Desgaste dos materiais, perda de características superficiais Provocado pela abrasão do tráfego em conjunto com a acção da água. Tem que se ter em conta a resistência ao desgaste dos materiais. 2.1.8 Calçadas Acessíveis Os espaços públicos devem ser acessíveis a todos os cidadãos, garantindo a livre circulação das pessoas com mobilidade reduzida. Os itens necessários para garantir a acessibilidade devem ser considerados durante a fase de projecto. Estes itens incluem inclinações máximas, rolamento do piso, utilização de pisos tácteis, rampas etc. Para isso o projectista deverá consultar a legislação do município onde será construída a calçada e também a Norma Previstas na região onde actua (Engª Glécia R. S. Vieira, 2010). Ilustração 15 Critérios de acessibilidade adoptados em São Paulo:Cartilha Passeio Livre Ilustração 14 Critérios de acessibilidade adoptados em São Paulo: Cartilha Passeio Livre Pavimentação e Arborização Urbana 2.2 Arborização Urbana As condições de artificialidades de centros urbanos em relação às áreas naturais têm causado vários prejuízos à qualidade de vida dos habitantes urbanos. Sabe-se, porém, que parte desses prejuízos pode ser evitada pela legislação e controle das actividades urbanas e a parte amenizada pelo planeamento urbano, amplificando-se qualitativamente as áreas verdes e a arborização de ruas. Arborizar uma cidade significa mais que simplesmente plantar arvores nas suas determinadas ruas. A arborização deve atingir objectivos de melhorias microclimáticas, de diminuição de poluição e de ornamentação e ser realizada de maneira que haja compatibilização entre os plantios e as obras de infra-estrutura urbana como a pavimentação de ruas e passeios, o saneamento, a electrificação e a comunicação. 2.2.1 A importância das árvores no meio urbano A vegetação urbana é de vital importância para qualidade de vida nas grandes cidades. Além da função paisagística, a arborização urbana proporciona benefícios à população como: • Absorção da poluição atmosférica, neutralizando os seus efeitos na população; • Protecção, redução e direccionamento dos ventos; • Amortecimento dos ruídos e diminuição da poluição sonora; • Sombreamento para os pedestres e veículos; • Reduz o impacto da água da chuva e seus escorrimentos superficiais, evitando assim a erosão e o assoreamento do solo; • Auxilio na diminuição da temperatura, uma vez que absorve os raios solares e refrescam o ambiente devido a grande quantidade de água transpirada pelas folhas; melhorando a umidade relativa do ar; • Proporciona abrigo e alimentação a fauna urbana. 2.2.2 A importância da vegetação urbana para avifauna sabido que a vegetação urbana e periurbana desempenha um importante papel na manutenção de abrigos, nidificação, descanso e fonte de alimento para a fauna urbana, tanto para espécies de hábitos generalistas, como para espécies de hábitos específicos, que habitam áreas que circundam as cidades. Pavimentação e Arborização Urbana A escolha e o plantio das espécies nativas na arborização urbana são de fundamental importância na manutenção e na interligação destas áreas verdes, garantindo condições ideais para conservação da fauna local. Para o plantio devemos utilizar o maior número possível de espécies vegetais, visando à diversificação das fontes de alimentos, evitando assim a perda da biodiversidade urbana. A utilização de plantas ornamentais nativas com um longo período de floração garante uma fonte extra de recursos as abelhas de matas circunvizinhas, transformando o ambiente urbano em corredor biológico, conectando-se os fragmentos florestais próximos, garantindo, assim, o fluxo genético entre as espécies. 2.2.3 Classificação quanto ao Porte Na arborização urbana classifica-se as árvores em pequeno, médio e grande porte, com a função de orientar o plantio nas calçadas para evitar conflitos com redes de fiação, edificações e o fluxo de pedestres e veículos. ➢ Pequeno porte – Espécies que em fase adulta atingem, no máximo, 6 metros de altura e que possuem um diâmetro de copa de 5 metros, em média. ➢ Médio porte – Espécies que na fase adulta atingem, no máximo, 12 metros de altura e cujo diâmetro da copa é, em média, de 7 metros. ➢ Grande porte – Espécies com altura a 12 metros e com diâmetro de copa superior a 10 metros. 2.2.4 Classificação da vegetação arbórea urbana A vegetação urbana é representada por conjuntos arbóreos de diferentes origens desempenhando diferentes papéis na natureza (Mello, 1985).As florestas urbanas podem ser definidas como a soma de toda vegetação lenhosa que circunda e envolve os aglomerados urbanos desde pequenas comunidades rurais, até grandes regiões metropolitanas (Miller, 1997). Pavimentação e Arborização Urbana ➢ Arborização de parques e jardins Os parques normalmente são representados por grandes áreas abundantemente arborizadas e os jardins, ou mesmo as praças, são espaços destinados ao convívio social. Nestes locais, podem-se utilizar árvores de todos os portes (Pivetta & Silva-Filho, 2002). ➢ Arborização de áreas privadas Corresponde à arborização dos jardins particulares como quintais, jardins de hospitais, clubes, indústrias entre outros (Pivetta & Silva-Filho, 2002). ➢ Arborização nativa residual São espaços de natureza que se protegeram da ocupação e que por suas características florísticas, faunísticas, hídricas, influenciam no microclima e são essenciais ao complexo urbano (Pivetta & Silva-Filho, 2002). 2.2.5 Planeamento da arborização de ruas e avenidas O sucesso da arborização urbana está directamente ligado ao seu planeamento. Independente do porte que a cidade possua é muito importante a realização do Diagnóstico Arbóreo e um Plano de Arborização e Manejo da cidade. O Diagnóstico visará o levantamento da situação existente nos logradouros envolvidos, incluindo informações como a vegetação arbórea, as características da via (expressa, local, secundária e principal) equipamentos e instalações. É imprescindível que o Plano Director da Cidade, procure disciplinar o espaço para cada tipo de ocupação, de acordo com o uso e o parcelamento do solo, visando ampliar os espaços com a criação de jardins, praças e cinturões verdes, de acordo com o zoneamento da cidade. 2.2.5.1 Condições ambientais É preciso considerar as condições climáticas do local a ser plantado e evitar a introdução de espécies que não seja de ocorrência da região o que garante o estado fitossanitário do vegetal, a manutenção e a preservação da biodiversidade. Pavimentação e Arborização Urbana 2.2.5.2 Características das espécies Segundo (Pivetta & Silva-Filho, 2002) deve-se conhecer muito bem o comportamento de cada espécie vegetal a ser utilizada quando exposta às condições edafoclimáticas e físicas. Para arborização urbana devem-se considerar vários critérios que uma árvore deve atender, para que esta possa ser utilizada em via pública sem acarretar inconveniências, sendo que entre as características desejáveis, destacam-se: • Resistência a pragas e doenças, evitando-se o uso de produtos fitossanitário muitas vezes desaconselhados em vias públicas; • Velocidade de desenvolvimento média para rápida para que a árvore possa fugir o mais rapidamente do ataque de predadores e se recuperar de alguma injuria mecânica ocasionada no fuste (parte da árvore compreendida entre a base e o primeiro galho vivo) ou copa; • Devem-se evitar espécies que possuam frutos grandes, a fim de se evitar danos a pedestres e veículos; • Escolher espécies que aceitem poda de limpeza e condução de copa, pois existem espécies que não aceitam a poda. • O fuste e ramos devem ter lenho resistentes, para que o vegetal tenha uma resposta rápida, quando houver intervenção nos ramos e galhos por poda; • Preferir espécies livres de espinho no fuste; • Evitar o plantio de espécies, que possua substâncias tóxicas ou que causem reacções alérgicas a população; • É importante escolher espécies com o sistema radicular pivotante (raiz profunda), evitando o plantio de espécies que possuam o sistema radicular superficial, a fim de se evitar problemas de calçadas e fundações de prédios e muros; • Espécies que apresentem rusticidade e que sejam adaptadas ao clima. Pavimentação e Arborização Urbana 2.2.5.3 Largura de calçadas e ruas Antes da implantação da arborização urbana é necessário que se faça um estudo prévio do local ou bairro a ser arborizado. É importante considerar o tamanho das calçadas e analisar os seguintes pontos: • Se as calçadas comportam arborização; • Se após abertura de canteiros, haverá espaço para passeio público; • Aescolha de espécies arbóreas recomendadas para cada situação; • Se após a instalação da arborização e seu crescimento até o estágio adulto, haverá espaço para o passeio público para pessoas com sacolas, cadeirantes e outros; • As ruas que apresentam canteiro central seguem os mesmos critérios apresentados para as calçadas. 2.2.5.4 Fiação área e subterrânea A fiação aérea é composta pela rede de energia eléctrica, dividida em duas categorias; primária considerada de alta tensão (de 13.000v e 22.000v) e secundária de baixa tensão, (de 110v e 220v), além da rede telefónica e a de TV a cabo. Especificação Altura (m) Postes 9 a 12 Baixa Tensão 7,20 Alta Tensão 8,20 a 9,40 Telefone 5,40 Placa de Ónibus 3,50 Ilustração 16 Altura dos postes, placas e fiação aérea Recomenda-se que em calçadas onde exista fiação de rede eléctrica, o plantio seja realizado por espécies arbustivas que não ultrapassem a altura de 3m com distância de 3 a 4 m dos postes, principalmente de rede eléctrica. Nas calçadas sem presença de fiação, pode-se plantar árvores de médio porte, mantendo o mesmo espaçamento de recuo dos postes de fiação. Pavimentação e Arborização Urbana Importante ressaltar que existe uma linha de pesquisadores que adopta como padrão de arborização para rede eléctrica, espécies de médio a grande porte que aceitem poda de condução de copa, com propósito de criar um ducto de passagem da fiação entre a copa. O plantio de espécies que possuem um único tronco principal, deve ser evitado em calçadas e sob fiação, pois estas espécies não aceitam poda, comprometendo assim o estado fitossanitário do vegetal e colocando em risco o passeio público. Atentar para o plantio em locais onde possua fiação subterrânea e canos de rede hidráulica. O plantio deverá ocorrer a uma distância de no mínimo 2,5m da fiação ou canalização, pois as raízes poderão obstruir futuramente a canalização. 2.2.5.5 Espaçamento entre as árvores Elementos Distancia (m) Caixas-de-inspecção e bocas-de-lobo 2,0 Cruzamento sinalizado por semáforos ou que possam vir a ser 10,0 Encanamento de água, esgotos e fiação subterrânea 2,0 Entrada de veículos 1,5 Esquinas 5,0 – 7,0 Hidrantes 3,0 Meio Fio 0,5 Pontos de Ónibus 1,5 – 1,5 Portas e portões de entrada 0,5 – 1,0 Postes de iluminação pública e transformadores 4,0 Cameras de monitoramento 4,0 Ilustração 17 Fonte: PIVETTA E SILVA FILHO, 2002 Em passeios com largura inferior a 1,50m não é recomendável o plantio de árvores de médio ou grande porte. A recolocação da vegetação poderá ser realizada com espécies arbustiva ornamental ou com arvores de pequeno porte. Ilustração 18 Espécie de pequeno porte em passeio público Pavimentação e Arborização Urbana Para o plantio de árvores de médio e grande porte em via pública, os passeios deverão ter largura mínima de 2,40 m, em locais onde não seja obrigatório o recuo das edificações em relação ao alinhamento e de 1,50 m, nos locais onde este recuo seja obrigatório. Ilustração 19 Espécie de médio porte em passeio público Em passeios com largura igual ou superior a 2,40 m e inferior a 3,00m, poderão ser plantadas árvores de pequeno, médio ou grande porte, com altura de 1,20m. Em passeios com largura superior a 3,00m, poderão ser plantadas árvores de pequeno e médio ou grande porte com altura superior a 12,0 m. Ilustração 20 Espécies de grande porte em passeio público No calçamento do passeio público deverá ser mantida uma área livre não pavimentada de, no mínimo, 1,00 m² em torno de cada árvore, independente da forma. Não se pode colocar barreiras ou vedação em torno do canteiro para permitir escoamento das aguas pluviais aos canteiros. Ilustração 21 dimensões dos canteiros e a sua representação correcta Pavimentação e Arborização Urbana 2.2.6 Espécies arborização encontrada cidade de Nampula Espécie Imagem Nome científico: Terminalia catappa L. Nome vulgar: Amendoeira, castanhola ou Chapéu- de-sol Família: Combretácea Origem: exótica Copa: cilíndrica em camadas atingindo 20m de diâmetro; caducifólio total Fenologia: floração, set – out; Cor da flor: branco-esverdeada Obs: enfolhamento rápido Nome científico: Delonix regia Nome vulgar: Flamboyant Família: Leguminosae Ocorrência natural: Madagáscar Porte: médio (10m – 12m) Copa (formato; diâmetro): larga ou elíptica horizontal; 7m Características das folhas (tamanho e persistência): pequenas; caducas Floração (coloração; época): vermelha-alaranjada; amarela; Outubro a Dezembro Frutificação (tipo do fruto; época da frutificação): vagem Propagação: Desenvolvimento da planta: rápido Obs: as suas raízes são suberificais não se recomenda em passeios. Nome científico: Senna siamea (Lam.) H.S. Irwin & Barneby Nome vulgar: Acácia de Sião Família: Fabaceae Origem: exótica Espécies: de médio porte (altura 6,0 a 12,0 m e diâmetro da copa 8,0 a 16,0m) Copa: globular; perenifólia Fenologia: floração, contínua Cor da flor: amarela Obs: crescimento rápido, aceita poda. Pavimentação e Arborização Urbana 3. Conclusão Contudo, feita leitura e análise dos documentos abordando sobre Pavimentação e Arborização Urbana foi uma oportunidade para aprender algo e ganhar um determinado conhecimento em relação ao mesmo, porta realçar que a pavimentação tanto a arborização urbana tem um impacto muito importante para os transeuntes, isto é, na protecção contra as intemperes, no sombreamento das alçadas, a acessibilidade em vias publicas. É importante lembrar que um projecto de arborização deve, por princípio, respeitar os valores culturais, ambientais e de memória da cidade. Deve, ainda, considerar sua acção potencial de proporcionar conforto para as moradias, “sombreamento”, abrigo e alimento para avifauna, diversidade biológica, diminuição da poluição, condições de permeabilidade do solo e paisagem, contribuindo para a melhoria das condições urbanísticas. Dizer que também os pavimentos são factor de incontornável importância no condicionamento do uso e comportamento dos utilizadores no espaço e, por este motivo, ele da um grande potencial na valorização de espaços. A principal função de um pavimento, nomeadamente o rodoviário ou pedonal, é oferecer uma superfície de rolamento livre e desempenada, destinada a permitir a circulação de veículos em adequadas condições de segurança, conforto e economia. Pavimentação e Arborização Urbana 4. Bibliografia Artes, G. M. (s.d.). MANUAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA. Embu, Brasil. Engª Glécia R. S. Vieira. (2010). Manual de Pavimentacao Intertravada (1 ed.). Brasil: ©COPYRIGHT Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP). Ferreira, J. M. (2007). Pavimentacao em espacos publicos urbanos. Portugal, Lisboa: Instituto Superior Tecnico. Luis Paulo Monteiro Porto,, & Heliana Maria Silva. (2013). Manual de Orientação Técnica da Arborização Urbana de Belém: guia para planejamento, implantação e manutenção da arborização em logradouros públicos. Brasil: Universidade Federal Rural da Amazônia. Martins, E. A. (2006). Manual De Pavimentacao (3 ed.). Brasil: Departamento Nacional De Infra- Estrutura de Transportes. Diretoria de Planejamento E Pesquisa. Mello, F. (1985). Arborizacao Urbana. Porto Alegre: Anais. Milano, M. S. (s.d.). O Planejamento Da Arborizacao, As Necessidades De Manejo e Tratamento Culturais Das Arvores De Ruas De Curitiba. 5 congresso Florestal Brasileiro (Olinda-PB). Miller, R. (1997). Urban forestry: planning and managing urban greenspaces (2 ed.). New Jersey: Prentice Hall. Pivetta, K., & Silva-Filho, D. (2002). Arborizacao Urbana. SP: UNESP/FCAV/FUNEP jaboticabal. Secretaria do meio ambiente . (2009). Arborizacao De Calcadas. Brasil. Urbanismo, S. M. (s.d.). Intervenção em logradouro Público – Arborização. Paranagua,Brasil.
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