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Internação hospitalar 1- Quando está indicado a internação de paciente psiquiátrico? É indicada para casos graves em que as abordagens nos serviços extra-hospitalares não foram suficientes, ou seja, quando foram esgotados os recursos extra-hospitalares para o tratamento ou manejo do problema. Assim, ocorre em quadros agudos, graves e que devido ao adoecimento mental apresentam risco para si e para outros, ou seja, é uma modalidade de atenção destinada a pacientes que necessitam de cuidados intensivos, cabendo à instituição hospitalar acolher, tratar, cuidar, respeitar e estabilizar o paciente para que ele possa ser reinserido na sociedade após resolução do episódio agudo. 2-E quais situações esta prática é vedada? A Lei 10.216/2019 estabelece normas sobre os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e regula os tipos de internações psiquiátricas. De acordo com o artigo 6º da Lei, a internação só pode ser feita se houver laudo médico que a justifique, com a descrição dos motivos. O mesmo artigo prevê três tipos de internação: 1) Voluntária, com permissão ou concordância do internado, mediante sua assinatura; 2) Involuntária, à pedido da família ou responsável, independente de aceitação pelo internado, mediante relatório medico e comunicação ao Ministério Publico em 72 horas; e, 3) Compulsória, que decorre de ordem judicial. Relação teórico-prática A finalidade das internações consiste em estabilizar o paciente (minimizando riscos, levantando necessidades psicossociais, ajustando o tratamento psicofarmacológico e a reinserção social do paciente). Sob esse viés, o médico deve estar preparado para uma conduta em situações de quadros agudos, graves e que devido ao adoecimento mental apresentam risco para si e para outros. Isso pode ocorrer em um ambiente ambulatorial e até mesmo na emergência hospitalar. Por fim, as disfunções psíquicas que mais causam quadros agudos de crise são: alcoolismo, transtorno afetivo bipolar, esquizofrenia e distúrbio obsessivo compulsivo, em que cada uma delas terá um seguimento específico de terapêutica após a estabilização do paciente. Referências Bibliográficas BEZERRA, Maura Lima et al. Manejo da crise: encaminhamento e internação psiquiátrica em questão. Arquivos Brasileiros de Psicologia, v. 66, n. 3, p. 31-46, 2014. DALGALARRONDO, Paulo; BOTEGA, Neury J.; BANZATO, Cláudio EM. Pacientes que se beneficiam de internação psiquiátrica em hospital geral. Revista de Saúde Pública, v. 37, p. 629-634, 2003.
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