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Doenças de Pálpebras

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1 Oftalmologia 
Caio Márcio Silva Cruz 
Doenças das Pálpebras 
 
Hordéolo 
 
 Também conhecido como terçol, trata-
se de uma infecção aguda das 
glândulas localizadas no bordo das 
pálpebras. 
 
 As partes mais afetadas são as 
chamadas glândulas meibomianas 
(sebáceas). 
 
 Glândulas de Meibomius - hordéolo 
interno. 
 
 Glândulas de Zeiss e nas glândulas 
ciliares – hordéolo externo. 
 
Sinais e sintomas 
 
Início súbito, edema, dor, hiperemia e pus. 
 
Complicações raras: abscessos palpebrais, 
celulite orbital, um alastramento da infecção 
ao olho inteiro, ou tromboses. 
 
 
 
 
 
Tratamento 
 
Calor (fazer compressa), colírio e pomada 
antibiótica. 
 
 
 
 
Calázio 
 
Lipogranuloma de glândula meibomianas. 
 
Causa: obstrução do ducto da glândula 
meibomianas (sebácea). 
 
Tratamento: excisão cirúrgica. 
 
 
 
Blefarite 
 
Definição: 
Inflamação das bordas da pálpebra. 
 
Causas, incidência e fatores de risco: 
 
 A Blefarite tem múltiplas causas, mas 
é normalmente provocada por: 
dermatite seborreica, infecção 
bacteriana ou a combinação de 
ambas, alergias ou infestação com 
piolhos (nos cílios). 
 A doença é caracterizada pelo excesso 
de produção de óleo nas glândulas 
próximas à pálpebra. 
 As pálpebras ficam vermelhas e 
irritadas, com escamas que aderem à 
base dos cílios. A blefarite pode ser a 
associada a episódios repetidos de 
hordéolo e calázio. 
 Os fatores de risco são higiene 
insuficiente, dermatite seborréica na 
face ou no couro cabeludo e alergias. 
 
É muito comum. 
 
Sintomas 
 
 Pálpebras avermelhadas e crostas 
 Pálpebras edemaciadas 
 
 
2 Oftalmologia 
Caio Márcio Silva Cruz 
 Prurido e ardor 
 Sensação de corpo estranho 
 Perda dos cílios 
 Olhos vermelhos 
 Dor ocular 
 
Sinais e exames: 
 
Um exame das pálpebras normalmente é 
suficiente para diagnosticar a blefarite. 
 
 
 
Tratamento 
 
Tópico, antibióticos e/ou Corticosteróides. 
Limpeza cuidadosa das pálpebras. 
 
Pode ser neomicina. 
 
Herpes Simples 
 
 A infecção primária é unilateral, 
pouco frequente que tipicamente 
afeta crianças. 
 Severa – atópicos e 
imunossuprimidos. 
 Sinais – vesículas, edema de 
pálpebras... 
 Tratamento – Pomada de aciclovir 
5x/dia. 
 
 
 
 
Herpes Zoster 
 
 É uma condição unilateral, comum, 
típica dos idosos. 
 Dor na área do nervo trigêmeo. 
 Rash na fronte. 
 Vesículas, pústulas e ulceração. 
 Sinal de Hutchinson – envolvimento 
do lado do nariz. 
 Celulite, edema periorbitário. 
 
 
 
Tratamento: 
 
Sistêmico 
 
 Vlaciclovir 1g 3x/dia 7 dias 
 Fanciclovir 250mg 3x/dia 7 dias 
 
Tópico 
 
 Aciclovir ou penciclovir 5x/dia 
 Pomada antibiótica e Corticosteróides 
nas lesões até que as crostas caiam. 
 
Curiosidade: é unilateral. 
 
Molusco Contagioso 
 
 Incomum, causada por poxvírus. 
 Nódulos isolados ou múltiplos, 
pálidos, umbilicados. 
 Pode levar à conjuntivite folicular 
crônica e Ceratite superficial. 
 Tratamento: Excisão com lâmina, 
cauterização, Crioterapia ou laser. 
 
Os casos têm diminuído, e está ausente 
rotineiramente há 15 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
3 Oftalmologia 
Caio Márcio Silva Cruz 
Xantelasma 
 
Condições da pele caracterizadas pela 
presença de protuberâncias gordurosas sob 
a superfície cutânea. 
 
Causas, incidência e fatores de risco: 
 
 Os xantelasmas e os xantomas são 
distúrbios cutâneos comuns, 
principalmente entre adultos mais 
idosos e pessoas que tenham um nível 
elevado de lipídios no sangue (níveis 
de gordura). 
 Os xantelasmas são pequenos 
depósitos de matérias gordurosas sob 
a superfície da pele. 
 Não causam dor e normalmente 
aparecem na pele das pálpebras, 
próximo ao nariz. Podem indicar 
elevação dos níveis de colesterol no 
sangue e níveis elevados de 
triglicérides. 
 Comum, frequentemente bilateral. 
 Pacientes com hipercolesterolemia, 
 Placas subcutâneas amareladas, 
geralmente medial às pálpebras. 
 
 
 
Tratamento 
 
Excisão, vaporização com laser de dióxido de 
carbono. 
 
Ectrópio 
 
Pálpebra voltada para fora (normalmente a 
pálpebra inferior), fazendo com que a 
superfície interna fique exposta. 
 
 O ectrópio é normalmente causado 
por um processo de envelhecimento e 
enfraquecimento dos músculos da 
pálpebra, fazendo com que a pálpebra 
vire para fora. 
 Também pode ser causado por 
contração do tecido cicatricial 
proveniente de queimaduras ou de 
paralisias faciais, ou como um defeito 
congênito. 
 
O ponto lacrimal fica para fora também, e o 
paciente fica o tempo todo lacrimejando. 
 
 O ectrópio interfere no 
lacrimejamento e pode resultar em 
conjuntivite crônica. 
 O ectrópio pode ser observado em 
crianças com síndrome de Down, 
devido a uma má formação congênita 
do ligamento cantal lateral. 
 
Pode ser Senil, Cicatricial e Paralítico. 
 
Sinais e Sintomas: 
 
 Lacrimejamento 
 Pálpebra voltada para fora 
 Pálpebra caída 
 
 
 
Tratamento: 
 
 Lágrimas artificiais. 
 Cirurgia. 
 Toxina botulínica 
 Tarsorrafia temporária 
 
O ressecamento da córnea e irritação podem 
predispor o paciente a infecções oculares ou 
abrasões corneanas ou úlceras. 
 
Entrópio 
 
Borda da pálpebra voltada para dentro, 
fazendo com que os cílios se esfreguem na 
superfície ocular. 
 
O entrópico pode ser congênito, senil ou 
cicatricial. 
 
 
4 Oftalmologia 
Caio Márcio Silva Cruz 
Os fatores de risco são o envelhecimento, 
trauma ou queimadura por agentes 
químicos ou doenças tais como o tracoma. 
 
Sintomas: 
 
 Sensação de corpo estranho 
 Lacrimejamento 
 Irritação 
 Vermelhidão 
 Ardor 
 
Tratamento: 
 
 Lágrimas artificiais. 
 Cirúrgico. 
 
O ressecamento da córnea e irritação podem 
predispor o paciente a infecções oculares ou 
a abrasões córneas e/ou úlceras 
 
A celulite orbital é uma infecção de 
complicações potenciais. Infecção bacteriana 
proveniente, de forma geral, dos seios 
paranasais, etmoides ou originado em 
qualquer outra parte (pálpebra). 
 
 
 
Ptose 
 
Pode ser: 
 Congênita 
 Adquirida 
o Involucional (idade) 
o Pós-operatória 
o Mecânica (neurofibroma) 
 O tratamento é cirúrgico. 
 
 
Edema alérgico Agudo 
 
Causas: Picadas de inseto, Angioedema, 
Urticária. 
Sinais: Uni ou bilateral, depressível, 
periorbitário. 
 
Tratamento: Anti-histamínico sistêmicos e 
tópicos, compressa fria. 
 
 
 
Dermatite Atópica 
 
 Ou eczema. Idiopática. 
 Associada a asma e febre do feno. 
 Sinais e sintomas: irritação crônica, 
Espessamento e descamação e 
fissuras. 
 Tratamento: Hidratar a pele, 
hidrocortisona a 1%, antibiótico 
tópico em caso de infecção 
secundária. 
 
Dermatite de Contato 
 
 Sensibilidade a medicação tópica 
 Cuidado: Mulheres – cremes de 
beleza 
 Sinais: eritema e descamação 
 Tratamento: esteróides suaves como 
hidrocortisona a 1%. 
 
Celulite Orbital 
 
Definição: 
Infecção aguda dos tecidos próximos ao olho. 
 
Causas 
 
Agentes causais: Haemophilus influenzae, 
Staphylococcus aureus, Streptococcus 
pneumonia e os estreptococos beta-
hemolíticos. 
 
 
 
5 Oftalmologia 
Caio Márcio Silva Cruz 
Sinais e sintomas: 
 
 Olhos protuberantes 
 Edema das pálpebras 
 Movimentos limitados dos olhos 
 Dor localizada 
 Edema doloroso das pálpebras 
 Pálpebra de aparência lustrosa, 
esticada e de cor avermelhada. 
 
Tratamento: 
 
 A internação hospitalar é condição 
essencial para o tratamento, que 
consiste da administração de fluidos 
IV (intravenosos) com antibióticos. 
 A drenagem cirúrgica de um abscesso 
pode ser necessária. 
 Diagnóstico precoce e tratamento 
imediato possibilitam uma 
recuperação completa. 
 
Complicações: 
 
 Trombose do seio venoso cavernoso 
 Perda auditiva 
 Septicemia 
 Meningite Dano ao nervo óptico e perda da visão 
 
Papilomas 
 
Tumores benignos 
De células Escamosas 
- Pedunculada tipo framboesa 
- Tratamento excisão 
De células Basais (ceratose seborréica) 
- Crescimento lento, marrom, verrucosa. 
- Tratamento: curetagem e excisão. 
 
 
 
 
 
Carcinoma Espinocelular 
 
 Pouco frequente, agressivo, com 
metástase para linfonodos regionais. 
 Tem predileção pela margem 
palpebral inferior. 
 Apresenta-se como pápula 
hiperceratótica ou nódulo 
hiperceratótico, ou ainda como lesão 
ulcerada. 
 
 
 
Carcinoma Basocelular 
 
 É um tumor maligno de pele composto 
por células semelhantes àquelas da 
camada basal da epiderme e seus 
anexos. 
 Raramente metastatiza, mas invade e 
destrói tecidos adjacentes. Também 
chamado de CBC de células basais, 
Basalioma e Ulcus Rodens. 
 Localização: pálpebra inferior (52%), 
canto interno palpebral (27%), 
pálpebra superior (15%) e canto 
externo (6%). 
 É classificado em nodular, nódulo-
ulcerativo, multicêntrico e 
Esclerosante. 
 
Tratamento: 
 
Radioterapia, criocirurgia, curetagem 
agentes citotóxicos e cirurgia. 
 
O objetivo do tratamento cirúrgico é a 
retirada completa do tumor, com margens de 
segurança e bons resultados estéticos e 
funcionais. 
 A técnica empregada vai depender do 
tamanho, malignidade e localização 
da lesão na pálpebra. 
 
 
6 Oftalmologia 
Caio Márcio Silva Cruz 
 
 
 
Melanoma 
 
Causa: O melanoma é um tipo de câncer 
muito agressivo que pode disseminar-se 
rapidamente. A exposição excessiva à luz do 
sol pode ser uma causa de melanoma. 
 
Pode não haver sintomas no início, mas o 
tumor pode causar descolamento da retina e 
distorção de visão. O melanoma é o tipo de 
tumor ocular mais comum. 
 
Sintomas: 
 
 Olho dolorido e vermelho 
 Pequena lesão na íris ou conjuntiva 
 Visão deficiente no olho afetado 
 
Sinais e exames: 
 
Um exame ocular com oftalmoscópio revela 
uma lesão oval ou redonda dentro do olho. 
Os exames podem incluir: 
 Exame de ultrassom do olho 
 Tomografia computadorizada do 
crânio 
 Ressonância magnética da cabeça 
 Biópsia de lesão cutânea 
 
Tratamento 
 
 Melanomas pequenos podem ser 
tratados a laser ou por radioterapia. 
 Pode-se indicar quimioterapia se o 
tumor se disseminar. 
 A remoção cirúrgica do olho pode ser 
necessária para impedir a 
disseminação do tumor para o cérebro 
ou outros órgãos. 
 Raro nas pálpebras. 
 
 
 
Nevo Pigmentado 
 
Tende a se tornar cada vez mais pigmentado 
na adolescência. 
Classificado de acordo com a localização 
dentro da pele: 
 Intradérmico – elevado, margem 
palpebral, sem potencial maligno. 
 Juncional – plano, marrom uniforme, 
baixo potencial maligno. 
 Composto – componentes de ambos 
 
 
 
Carcinoma de Glândulas Sebáceas 
 
 Muito raro, acomete mais idosos. 
 Geralmente vem das meibomianas 
(nodular ou difuso) ou Zeiss (nodular 
ou ulcerativo). 
 Mais comum na pálpebra superior. 
 Mal prognóstico. 
 Difícil diagnóstico. Muito confundido.

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