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Semiologia Urológica

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Isabela Santos – Med Resumos 
 
Semiologia Urológica 
Fundamentos de Anatomia e Fisiologia 
Órgãos genitais externos: pênis, bolsa escrotal, testículos, epidídimos, cordões espermáticos e canais 
deferentes. 
Observação: a uretra mantém relações anatômicas e funcionais com os órgãos genitais internos e 
externos. 
Pênis 
• Possui uma parte fixa denominada raiz do pênis que está situada no períneo e uma parte livre 
denominado corpo do pênis. 
• Os corpos cavernosos são envolvidos por uma membrana fibrosa e separados por um septo (os 
corpos cavernosos são as “laterais”). 
• O corpo esponjoso fica entre os corpos cavernosos e é atravessado em toda sua extensão pela 
uretra. 
• O corpo esponjoso da origem a um alargamento denominado glande peniana, que possui uma 
borda proeminente denominada coroa. 
• A pele que recobre o pênis dobra sobre si mesma, formando o prepúcio. 
• Entre a coroa e o corpo do pênis, existe o sulco balanoprepucial e na superfície uretral encontra-
se o freio. 
• A ereção do pênis é um fenômeno vascular porque o sangue penetra nos espaços cavernosos 
através das artérias helicinas, causando distensão dos corpos cavernosos. 
Bolsa escrotal 
• O escroto é constituído de uma bolsa cutânea que contém os testículos, os epidídimos e os 
cordões espermáticos. 
• A rafe mediana divide o escroto em 2 sacos. 
Testículos 
• São estruturas ovais, pares, localizadas no interior das bolsas escrotais. 
• Cada testículo mede 4 a 5cm de comprimento, 3cm de largura e aproximadamente 2cm de 
espessura. 
• A função dos testículos são secretar hormônios esteroides e produzir espermatozoides. 
Epidídimos 
• É um órgão em formato de vírgula e que possui 3 partes facilmente reconhecíveis: cabeça, corpo e 
cauda. 
Cordões espermáticos 
• São estruturas formadas por veias, artérias, vasos linfáticos, tecido conjuntivo, músculo e pelo 
canal deferente. 
´ 
 
Isabela Santos – Med Resumos 
• O canal deferente serve de suspensão para o testículo na bolsa escrotal. 
Órgãos genitais internos: próstata e vesículas seminais. 
Observação: a bexiga é um órgão genital interno, porém, é solitária anatomicamente e 
funcionalmente. 
Próstata 
• É uma glândula acessória da reprodução. 
• Durante a fase pré-puberal ela permanece funcionalmente adormecida e de tamanho reduzido. 
• Com a puberdade, a próstata “desperta” e começa a crescer sob o estímulo dos hormônios 
gonadotróficos. 
• Seu peso pode variar de 25 a 30g. 
• Próstata tem uma estrutura musculoglandular e mede em torno de 4cm no sentido transversal, 
3cm de diâmetro vertical e em torno de 2cm de diâmetro anteroposterior. 
• Situa-se abaixo da bexiga, em torno do colo vesical, adiante do reto e atrás da sínfise pubiana. 
• A próstata é dividida em 6 lobos contíguos: anterior, posterior, lateral direito, lateral esquerdo, 
mediano comissural e mediano cervical. 
• A próstata localiza-se de tal maneira que sua face posterior fica próxima do reto, o que torna 
possível palpá-la pelo toque retal. 
• A próstata é uma glândula sexual acessória cuja função é criar um meio de transporte líquido 
adequado para os espermatozoides. 
Vesículas seminais 
• São órgãos lobulados, simétricos, situados atrás da bexiga e acima da próstata. 
• Cada vesícula seminal forma um curto canal que se une com a ampola do canal deferente, 
constituindo o canal ejaculatório. 
• Vesículas seminais são glândulas secretoras de um líquido albuminoso e alcalino capaz de ativar 
os movimentos dos espermatozoides, devido a riqueza em frutose. 
• A secreção seminal cujo pH é alcalino, protege os espermatozoides. 
Bexiga 
• Órgão muscular oco, localizado no assoalho pélvico. 
• É destinada a acumulação da urina e pode participar do quadro clínico das doenças que 
acometem os órgãos genitais. 
Uretra 
• Compreende três partes: prostática, membranosa e esponjosa. 
• Na uretra prostática desembocam os ductos ejaculatórios. 
• Na região inicial da uretra bulbar afluem os ductos das glândulas de Cowper. 
• A uretra constitui o conduto para a eliminação da urina, estendendo-se do orifício interno da 
bexiga ao meato uretral. 
 
Isabela Santos – Med Resumos 
• Nos homens tem importante função sexual pois serve para eliminar as secreções prostáticas e as 
glândulas de Cowper responsável pela ejaculação do esperma. 
 
Exame Clínico 
Anamnese 
• No diagnóstico das doenças do sistema genital masculino, entre os elementos de identificação, a 
idade e profissão possuem grande importância. 
• Existem determinadas doenças que incidem de forma preferencial ou exclusivamente 
determinadas faixas etárias. 
• Na puberdade e adulto jovem, predominam processos infecciosos, doenças sexualmente 
transmissíveis e tumores testiculares. 
• Após os 40 anos de idade, predominam o câncer peniano e doença de peyronie. 
• Após os 60 anos, se torna mais comum obstruções urinárias de origem prostática. 
Observação: identificar a profissão pode auxiliar no raciocínio diagnóstico, por exemplo, pessoas que 
trabalham em ambientes de temperatura elevada e as que são expostas a radiação ionizante, são 
mais propensas aos distúrbios espematogênicos. 
Sinais e Sintomas 
• Os órgãos genitais masculinos possuem uma dupla função (sexual e urinária) e por conta disso, os 
distúrbios miccionais e sexuais são mais propícios, seja de maneira isolada ou associada. 
• Os principais sintomas são: DOR, HEMATÚRIA, ALTERAÇÕES MICCIONAIS, RETENÇÃO URINÁRIA, 
PRIAPISMO, HEMOSPERMIA, CORRIMENTO URETRAL, EJACULAÇÃO PRECOCE, IMPOTÊNCIA SEXUAL E 
INFERTILIDADE. 
Dor 
• Pode ter origem no próprio órgão genital ou em suas adjacências. 
• Disúria (dor a micção) pode ser descrita como “ardência” ou “queimação”, indica inflamação do 
trato urinário inferior ou do meato externo. 
• Dor testicular de origem local ocorre na orquite traumática ou infecciosa. 
• Prostatite aguda pode haver dor na região perineal ou na região sacral. 
• Epididimite aguda, possui dor localizada. 
• Dor lombrossacra com irradiação para quadris e pernas, pode indicar CA de próstata e prostatite. 
Hematúria 
• Significa presença de hemácias na urina. 
Alterações Miccionais 
• A micção normal resulta de um mecanismo sincronizado dos músculos lisos da bexiga e da 
musculatura estriada que circunda a uretra posterior. 
 
Isabela Santos – Med Resumos 
• Quando a bexiga começa a se contrair, ocorre relaxamento do músculo estriado de forma reflexa 
ou voluntariamente, que produz a diminuição do comprimento da uretra e aumento no seu calibre, 
possibilitando a saída da urina. 
Observação: a ardência miccional é comum na prostatite e é sentida na uretra distal, glande ou nas 
proximidades. 
Urina residual 
• Após a micção normal, permanecem na bexiga aproximadamente 3 a 4 ml de urina, denominada 
urina residual. 
• A hiperplasia prostática impede o alargamento do lúmen uretral, a diminuição do seu 
comprimento e a redução da tensão de suas paredes contra o lúmen durante o início da micção, 
alterando sua urodinâmica. 
• À medida que o tecido prostático se desenvolve, aumenta o comprimento da uretra e redução do 
seu lúmen, aparecendo, as primeiras manifestações clínicas associadas ao esforço para iniciar a 
micção e redução da força e do calibre do jato urinário. 
• O resíduo urinário é diretamente proporcional ao grau de obstrução. 
• Se a bexiga não esvazia suficientemente após cada micção, o paciente sente necessidade de 
urinar mais vezes durante o dia e à noite (polaciúria e nictúria). 
Observações: 
• Em casos extremos, há incontinência de urgência ou incontinência de transbordamento ou a 
resistência periférica uretral se iguala e a urina passa a gotejar constantemente. 
• A urina que resta na bexiga após a micção permanece como um líquido estagnado que favorece a 
proliferação bacteriana. 
• Quando a infecção urinária está instaurada, sintomas de dor à micção, urina turva e odor 
desagradável surgem. 
Retenção urinária 
• É a incapacidadede esvaziar, parcial ou completamente a bexiga. 
• A passagem de um cateter provoca o desaparecimento do “globo vesical”. 
• A retenção pode ser dividida em completas e incompletas. 
• Completa: indivíduo é incapaz de eliminar quantidade mínima de urina. 
Hipertrofia Prostática Benigna 
• Ocorre em homens após os 40 anos devido à hipertrofia das células epiteliais e do tecido 
conjuntivo da zona de transição. 
• Envolve a uretra, a hipertrofia aumenta o volume prostático e leva a obstrução lenta e 
progressiva do lúmen uretral. 
• Altera as funções da bexiga como a de armazenamento e esvaziamento. 
• Sintomas: polaciúria, nictúria, urgência miccional, incontinência urinária. 
Priapismo 
 
Isabela Santos – Med Resumos 
• Ereção persistente, prolongada e dolorosa, sem desejo sexual. 
• O pênis apresenta-se ereto, doloroso e com aumento de volume. 
• As causas podem ser de origem neurogênica, infecciosa, traumática, hematológica e devido ao 
uso de injeções intracavernosas de substâncias vasoativas. 
• A persistência do priapismo pode gerar lesões graves e irreversíveis dos corpos cavernosos 
comprometendo a ereção. 
Hemospermia 
• Presença de sangue no esperma. 
• Pode ser originado por tuberculose, carcinoma, lesão cística do veromontano, inflamação da 
próstata e vesículas seminais e HPB. 
Corrimento uretral 
• Secreção que sai pelo meato de uretra. 
• As principais causas são uretrite e prostatite. 
• O corrimento uretral esbranquiçado que ocorre somente pela manhã é encontrado na prostatite, 
na uretrite não gonocócica e na uretrite traumática. 
• Corrimento uretral seroso e sanguinolento sugere estreitamento uretral, CA da uretra ou corpo 
estranho. 
Distúrbios sexuais 
• Os principais são de origem ejaculatória, orgásmica, libídica, disfunção erétil e dispareunia. 
• Dentre esses sendo disfunção erétil, ejaculação precoce, ausência de ejaculação, diminuição da 
libido, dispareunia e anorgasmia os que mais ocorrem. 
• Ejaculação precoce: incapacidade de controlar o processo de ejaculação, durante a permanência 
do pênis na vagina, normalmente, é de causa psíquica. 
Ejaculatória 
• Ejaculação precoce 
• Ausência de ejaculação: falha na emissão do esperma por obstrução dos canalículos ejaculatórios, 
por processos inflamatórios ou após simpactectomia. 
• Ejaculação retrógrada: é observado em lesões do colo da bexiga após cirurgia da próstata. 
Orgásmica 
• Anorgasmia: incapacidade de chegar ao orgasmo durante o coito, condição rara e de origem 
psicogênica. 
Libídica 
• Libido consiste no desejo sexual, que é uma atividade psíquica que sofre a influência de múltiplos 
fatores desde a imaginação até os estímulos em órgãos sensoriais. 
• Diminuição da libido: pode ser motivada por processo orgânico ou por fatores psicossociais 
• Ausência da libido: costuma acompanhar estados depressivos. 
 
Isabela Santos – Med Resumos 
• Outras causas de alteração da libido: alcoolismo, Doença de Parkinson, Doença de Addison, 
Insuficiência renal crônica e uso de medicamentos. 
Disfunção erétil 
• Consiste em uma impotência sexual 
• Pode ser primária ou secundária 
• De origem psicogênica ou orgânica 
Dispareunia 
• Consiste em dor ou desconforto durante ou após o ato sexual. 
• Pode ser ocasionada por fimose, frênulo curto, doença de Peyronie, uretrites, prostatites, herpes 
genital, balanites e traumas. 
Exame Físico 
• O exame físico dos órgãos genitais masculinos externos é realizado por inspeção e palpação. 
• O paciente deve ficar em decúbito dorsal ou de pé. 
• Já os órgãos genitais interno devem ser examinados através do toque retal. 
Observação: a inspeção deve ser antecedida de uma avaliação geral do corpo porque iúmeras 
afecções sistêmicas (endócrinas principalmente) geral alterações morfológicas visíveis. 
Exame do pênis 
• Inspeção do pênis é complementada pela palpação. 
• É necessário retrair completamente o prepúcio para obter boa visualização da glande e do sulco 
balanopreprucial. 
• Investiga-se o diâmetro (normalmente é de 8mm), aspecto e posição do meato uretral. 
• Para verificar o calibre do meato, é necessário realizar compressão anteroposterior da glande. 
• Já a palpação, pode revelar áreas de endurecimento, mudança de textura e posição. 
Exame da bolsa escrotal 
• É observado o formato, tamanho, características da pele e os aspectos vasculares. 
• A pele escrotal é enrugada, mas em crianças e adultos com insuficiência hormonal, apresenta-se 
lisa. 
• Processos inflamatórios, neoplásicos ou traumáticos alteram a configuração e o tamanho da bolsa 
escrotal. 
• Outras alterações podem ser originadas de orquite, torção testicular, epididimite, varicocele, 
atrofia e outros. 
Exame dos testículos 
• Em condições normais, o testículo esquerdo é mais baixo do que o direito. 
• SITUS INVERSUS: testículo direito se posiciona abaixo do esquerdo. 
 
Isabela Santos – Med Resumos 
• A palpação é o método de maior valor, deve ser realizado com delicadeza, principalmente pelo 
risco de disseminação venosa em neoplasia maligna. 
• Palpa-se um dos testículos comparando-o com o do lado oposto, avaliando a consistência, 
formato, contorno e tamanho. 
• Os testículos normais apresentam superfície lisa, consistência elástica e formato ovoide. 
• Palpam-se também os epidídimos, procurando identificar a cabeça, corpo e cauda e em seguida, 
palpam-se os cordões espermáticos, nesse momento é solicitado que o paciente realiza a manobra 
de valsava. 
• O exame termina após a busca pelo reflexo cresmatérico. 
• A atrofia testicular é observada após processos inflamatórios, bacterianos ou virais. 
Toque retal 
• É preciso que haja o posicionamento adequado do paciente, lubrificação abundante e que ocorra 
a introdução digital suave. 
• Posição de Sims ou lateral esquerda: mantem-se o membro inferior em semiextensão e o superior 
flexionado. 
• Posição genupeitoral: é a mais adequada e preferida pelos examinadores. 
• Posição de decúbito supino: o paciente deve ficar semissentado com as pernas flexionadas, o 
examinador passa o antebraço por baixo da coxa do paciente. Essa posição é indicada para 
enfermos com condições gerais precárias. 
Exame 
• O examinador deve usar luva descartável e gel lubrificante. 
• Antes do exame o paciente deve urinar, esvaziando a bexiga o máximo que puder. 
• O examinador palpa e percute a bexiga para verificar urina residual aumentada. 
• A região anoperineal deve ser inspecionada, observando a pele em volta do ânus em busca de 
sinais inflamatórios, fissuras, condilomas e abscessos. 
• A inspeção do orifício anal pode revelar mamilos hemorroidários. 
• É de extrema importância que o examinador informe ao paciente que durante o exame, ele 
poderá ter a sensação de estar evacuando. 
Durante o exame 
• Expõe-se o ânus com o dedo indicador e polegar da mão esquerda, coloca-se a polpa do 
indicador direito sore a margem anal e faz-se uma compressão continuada e firme com o intuito 
de relaxar o esfíncter externo. 
• Em seguida, introduz-se o dedo, lenta e suavemente por meio de movimentos rotatórios. 
• Durante o toque retal serão examinadas: 
• Parede anterior: próstata, vesículas seminais e fundo de saco vesicorretal. 
• Parade lateral esquerda e direita. 
• Parede posterior: sacro e cóccix. 
• Para cima, até onde alcançar o dedo. 
 
Isabela Santos – Med Resumos 
Observações: através do toque retal poderão ser diagnosticadas diversas doenças como fissura anal, 
hemorroidas internas, pólipos, neoplasias e outros. 
Exame da próstata 
• Avalia o tamanho, consistência, superfície, contorno, sulco mediano e mobilidade. 
• A próstata normal é palpável na parede anterior do reto como uma estrutura em formato de 
coração, com a base voltada para cima e o vértice para baixo. 
• Lobos laterais são separados por um sulco mediano. 
• Em condições normais a próstata tem o formato de uma noz grande, é regular, simétrica, 
depressível, com superfície lisa,consistência elástica e contorno preciso. 
Doenças do Pênis 
Fimose 
• É uma condição em que o prepúcio não consegue ser retraído. 
• Devido a isso, a glande não é possível ser exposta. 
• Pode ser congênita ou adquirida. 
• Pode operar com qualquer idade e nem sempre é necessário cirurgia. 
Parafimose 
• É quando a pele do prepúcio retrai e não consegue voltar para cobrir a glande do pênis. 
• Com isso, a glande incha e dificulta o retorno do prepúcio. 
• É grave devido ao risco de o prepúcio estrangular a glande diminuindo a circulação sanguínea. 
• Os sintomas são: dor, edema na glande, descoloração da glande e eritema. 
• O tratamento pode ser cirúrgico. 
Balanite 
• É a inflamação agudo ou crônica da glande. 
Postite 
• Inflamação aguda ou crônica do prepúcio 
Balanopostite 
• É quando se apresentam juntas, a inflamação da glande e prepúcio ao mesmo tempo, denomina-
se balanopostite. 
• As principais causas são reação alérgica, irritação química, infecções fúngicas e reação 
medicamentosa. 
• A maioria dos casos ocorrem devido a condições de higiene precárias. 
• Balanopostite pode causar distúrbios miccionais e corrimento uretral. 
Hipospadia 
• O meato uretral externo se localiza na face ventral ou inferior do pênis, ou no períneo. 
 
Isabela Santos – Med Resumos 
• Consiste em uma anomalia congênita da uretra. 
• Ocorre por insuficiência na produção androgênica pelos testículos fetais. 
• Se classificam quanto a posição do meato em: balânica, peniana, penoescrotal, escrotal e 
perineal. 
Epispadia 
• Meato uretral externo localiza-se na face dorsal ou superior do pênis. 
• Se classificam em: balânica, peniana, penopúbica e completa. 
• As características são: pênis reduzido de tamanho, encurvado para cima e com excesso de 
prepúcio em sua face ventral ou inferior. 
Disfunção Erétil 
• Incapacidade em conseguir obter e manter a ereção do pênis suficiente que possibilite uma 
atividade sexual. 
• Uma falha de ereção ocasional não configura disfunção erétil. 
• Como a ereção é um fenômeno vascular, a disfunção erétil é classificada como um problema 
vascular. 
• A disfunção erétil pode ter origem vascular de origem arterial, hormonal e em decorrência de 
alteração na anatomia do pênis, como ocorre na doença de Peyronie. 
• Doença de Peyronie: espessamento fibroso que contrai e altera a anatomia do pênis, resultando 
em uma alteração da forma de ereção. 
Uretrite 
• É a inflamação da uretra. 
• Ocorre a produção de secreções anormais de urina ou sêmen através da uretra. 
• É mais comum em infecções sexualmente transmissíveis. 
• Causa corrimento (claro, esverdeado, amarelado, apenas pela manhã ou ao longo do dia). 
• Sintomas comuns: disúria, polaciúria e corrimento. 
• Pode ser ocasionada por gonococo ou clamídia. 
• O parceiro deve ser tratado e o medicamento de escolha é o Ciprofloxacino. 
Doenças dos Testículos 
Criptorquidia ou Criptorquia 
• É uma distopia testicular. 
• É um defeito de desenvolvimento no qual o testículo fica retido em alguma parte do seu trajeto 
normal (trajeto de descida). 
• O testículo encontra-se em sua via anatômica, porém, não chega à bolsa escrotal. 
• A depender do local da parada, a criptorquidia pode ser lombar, ilíaca ou inguinal e podem ser 
classificadas em intra-abdominal e intracanalicular. 
 
 
Isabela Santos – Med Resumos 
Torção do testículo 
• Rotação axial, torção ou vólvulo do cordão espermático. 
• Consiste em um acidente vascular que pode levar a isquemia, atrofia e gangrena de gônada. 
• Torção testicular intravaginal: pode ser chamada de torção testicular propriamente dita, o 
testículo e sua túnica ficam torcido no nível do anel inguinal externo e ocorre preferencialmente 
na primeira infância. 
• Aparece com mais frequência entre 10 e 15 anos de idade e raramente ocorre acima dos 35 anos 
de idade. 
• Torção testicular extravaginal: ocorre no período perinatal durante a descida do testículo e 
antes da fixação dele na túnica vaginalis. 
• A torção testicular surge após traumatismo, durante esforços exagerados ou durante atividades 
normais e até mesmo durante o sono. 
• Característico por uma dor lancinante, de aparecimento súbito, pode ser precedida de dor 
abdominal, é imprecisa e irradia para a virilha. 
• Ao exame físico: pele escrotal pode ser normal ou avermelhada, quente e edemaciada. 
• Todo o testículo apresenta-se doloroso, com superfície lisa. 
Orquite 
• É a inflamação crônica ou aguda do testículo. 
• É consequência da extensão de um processo inflamatório epididimário, o que caracteriza a 
epidídimo-orquite. 
• Orquite piogênica: formação de abscesso, quando o roto da origem à chamada piocele 
(cavidade com pus). 
• Orquite traumática: pode aparecer após vasectomia, traumatismo, manipulação cirúrgica sem 
história prévia de infecção. Os testículos possuem aumento de volume e sensibilidade por estarem 
dolorosos. 
• Orquite luética: é variável em suas manifestações clínicas. 
Neoplasias testiculares 
• A maioria ocorre no grupo etário mais jovem, entre 20 e 40 anos. 
• Podem ser classificadas em germinativas e não germinativas. 
• Germinativas: a exemplo seminoma, carcinoma embrionário e coriocarcinoma, tem malignidade 
variável, seminoma é o menos maligno e o mais frequente, já o coriocarcinoma é mais maligno. 
• Não germinativas: a exemplo as neoplasias de células intersticiais ou de Leydig e de Sertoli, 
sendo em geral benignas. 
• Quando surgem antes da puberdade, provocam precocidade sexual com megalopênis e se 
aparecem após a puberdade, determinam impotência sexual e infertilidade. 
• Principais exames complementares para o diagnóstico das neoplasias são marcadores tumorais 
como alfafetoproteína, fosfatase alcalina placentária e dosagens hormonais como HCG e exames 
de imagem. 
 
 
Isabela Santos – Med Resumos 
Gangrena de Fournier 
• Infecção polimicrobiana que evolui para fasciite necrotizante, afetando as regiões genital, 
perineal e perianal. 
• Tem evolução rápida e pode complicar com sepse, falência de múltiplos órgãos e óbito. 
• A hidrocele consiste no acúmulo do líquido seroso no interior da túnica vaginal do testículo por 
uma hiperprodução (inflamação do testículo) ou por reabsorção diminuída (obstrução linfática ou 
venosa). 
• Hidrocele pode ser primária ou secundária (traumática, infecciosa ou neoplásica). 
• A presença de bactérias anaeróbias produz ar e contribuem para flora polimicrobiana. 
Doenças da Próstata 
• Hiperplasia prostática benigna: a partir dos 40 anos de idade, o epitélio prostático periuretral 
inicia um crescimento lento e gradativo. 
• Pode crescer com mais rapidez em alguns indivíduos e com mais lentidão em outros. 
• Em torno dos 60 anos de idade, os homens já apresentam evidência palpável de hiperplasia 
benigna da próstata. 
• Nem todos apresentam manifestações obstrutivas. 
• Sintomas: polaciúria, nictúria, incontinência urinária, gotejamento e hipertrofia do músculo 
detrusor. 
Câncer da Próstata 
• O adenocarcinoma é a neoplasia maligna da próstata mais frequente. 
• Homens com mais de 80 anos de idade já possuem alguma ocorrência de neoplasia primária. 
• São no início androgênio-dependentes. 
• Seu crescimento é acelerado pelos androgênios e inibido pelos estrogênios. 
• Assintomático nos estágios iniciais e em casos avançados surge a dificuldade de eliminar urina e 
infecção urinária. 
Prostatite 
• É um processo inflamatório, agudo ou crônico, da glândula prostática, causado por 
microrganismos. 
• Agentes etiológicos: E. Coli, N. Gonorrhoeae, Pseudomonas, Klebisiella, Proteus, Estreptococos, 
Estafilococos e clamídia. 
• Alcançam a próstata por via hematogênica ou por via ascendente, partindo do meato externo da 
uretra. 
• Prostatite aguda: febre, calafrios, dor lombossacra e perineal, mialgia, artralgia, corrimento 
uretral e sintomas de irritação vesical. 
• Pode haver hematúria inicial ou terminal, quase sempre acompanhada dedor. 
• Toque retal evidencia uma próstata com volume aumentado.