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LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II SEMIOLOGIA DO SISTEMA GENITAL MASCULINO GENITÁLIA EXTERNA Canal deferente o Cordão que transporta os espermatozoides o Ascende do escroto para a cavidade pélvica através do anel inguinal externo e então faz uma alça sobre o ureter até a próstata, pro trás da bexiga. Então junta-se com a glândula seminal e forma o ducto ejaculatório, que atravessa a próstata e esvazia-se na uretra Pênis o O corpo do pênis é formado por três colunas de tecido vascular erétil o Um corpo esponjoso: contém a uretra (anterior no pênis); constitui o bulbo do pênis, terminando na glande; é em formato de cone com a base expandida ou coroa o Dois corpos cavernosos OBS: A glande é recoberta, em homens não circuncidados, por uma prega cutânea frouxa e semelhante a um capuz, o prepúcio. OBS: A uretra desemboca no meato uretral, uma estrutura vertical e semelhante a um fenda. Epidídimo o Localiza-se na superfície posterolateral de cada testículo o Constituído por ductos espermáticos bem espiralados, capazes de armazenar, amadurecer e transportar os espermatozoides do testículo para o ducto deferente Testículo o Tecido intersticial e túbulos seminíferos o GnRG → LH (células de Leydig, síntese de testosterona, crescimento da genitália masculina, da próstata, das glândulas seminais e características sexuais secundarias) e FSH (células de Sertoli, produção de espermatozoides nas células germinativas) o Recobertos, exceto na porção posterior, pela membrana serosa túnica vaginal Escroto o Bolsa frouxa e enrugada o Contem o testículo ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS Uretra Vesícula seminal Bexiga Próstata Glândula bulbouretral ANATOMIA DA REGIÃO INGUINAL Localizado acima e quase paralelo ao ligamento inguinal Forma um túnel para o ducto deferente, quando ele atravessa a musculatura abdominal. A abertura externa do túnel – o anel inguinal externo – é uma estrutura triangular em fenda, palpada logo acima e lateralmente ao tubérculo pubiano. A abertura interna do canal – o anel inguinal interno – situa-se cerca de 1 cm acima do ponto médio do ligamento inguinal. LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II O canal inguinal e o anel interno são impalpáveis através da parede abdominal. As hérnias inguinais ocorrem quando alças intestinais se projetam por regiões enfraquecidas do canal inguinal As hérnias inguinais indiretas ocorrem no anel inguinal indireto, onde o cordão espermático sai do abdome. As hérnias inguinais diretas surgem mais medialmente em decorrência do enfraquecimento do assoalho do canal inguinal e estão associadas a esforço e levantamento de peso É mais provável que hérnias femorais se manifestem como emergências com encarceramento ou estrangulamento intestinal FUNÇÃO SEXUAL Depende de níveis normais de testosterona, de fluxo sanguíneo arterial adequado para a artéria epigástrica inferior e seus ramos cremastérico e púbico, além da integridade da inervação neuronal por vias alfa- adrenérgicas e colinérgicas. A ereção a partir da ingurgitação venosa dos corpos cavernosos decorre de dois tipos de estímulos. Estímulos visuais, auditivos e eróticos disparam efluxo simpático dos centros cerebrais superiores para os níveis de T11 a L2 da medula espinal. A estimulação tátil desencadeia estímulos sensitivos da genitália para os arcos reflexos de S2 a S4 e pelas vias parassimpáticas, por intermédio do nervo pudendo. Os dois conjuntos de estímulos aparentemente aumentam os níveis de óxido nítrico e GMP cíclico, resultando em vasodilatação localizada. ALTERAÇÕES DA GENITÁLIA COM A IDADE 9,5 a 13,5 anos: aumento dos testículos e surgem pelos pubianos → Puberdade Em seguida o pênis começa a crescer 3 a 5 anos para ficar com as características do adulto Em idosos: diminuem os pelos, ficam acizentados, o pênis diminui e os testículos alojam-se em posição mais baixa na bolsa escrotal ANAMNESE IDADE ➢ Infância: ambiguidade sexual, hidrocele, distopia testicular, criptoquirdia, fimose; pouca frequencia de quadros clínicos infecciosos da genitália ➢ Puberdade e adulto jovem: processos infecciosos, ISTs, neoplasia do testículo normal ou distopico, varicocele, testículo agudo traumático ➢ Após os 40 anos: priapismo, hidrocele secundaria, câncer peniano e doença de Peyronie ➢ Após os 60 anos: obstruções urinarias (HPB) ➢ 70 a 80 anos: neoplasia de próstata PROFISSÃO ➢ Limpadores de chaminés: carcinoma escrotal, pacientes que lidam com piche e alcatrão ➢ Padeiro, forneiro, técnico de RX: distúrbios espermatogenicos ANTECEDENTES ➢ Beta-bloqueador: impotência sexual ➢ Parotidite pós-púbere complicada por orquite bilateral: esterilidade SINAIS E SINTOMAS DOR ➢ Origem local ou referida (nasce em outro órgão, mas é sentida na genitália) ➢ Disúria (dor à micção, ardência, queimação): inflamação do trato urinário inferior, estenose uretral ➢ Dor testicular: orquite traumática ou infecciosa, litíase (referido, pelo calculo localizado em seu terço superior → Inervação comum dessas duas estruturas) ➢ Calculo no terço inferior do ureter pode acompanhar de dor na bolsa escrotal ➢ Perineal ou sacral: prostatite aguda LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II ➢ Ciática bilateral (dor lombossacra com irradiação para os quadris e para as pernas): CA de próstata metastático ➢ Neoplasia: indolor ou dor com discreta sensação de peso. Se ocorrer hemorragia espontânea no interior na neoplasia, a dor torna-se intensa e pode causar confusão diagnostica com epididimite aguda ou com torção do cordão espermático ➢ Epididimite: local, inguinal quadrante inferior do abdômen HEMATÚRIA ➢ Hemácias na urina ➢ Macro ou microscópica ➢ Inicial: origem prostática ou uretral, o sangue acumulado é levado pelo primeiro jato de urina; estenose do meato uretral ➢ Terminal: dolorosa as vezes na hiperplasia benigna da próstata em consequencia da ruptura de veias telangiectásicas no colo vesical ou na mucosa prostática, quando o paciente faz esforço para urinar. Se originada na bexiga por processo neoplásico ou inflamatório, é espremido pela contração das fibras musculares do detrusor, na fase final da micção ou quando cálculos vesicais lesam a mucosa, então provoca sangramento da bexiga no fim do ato miccional ➢ Total: depende de lesões situadas acima do colo da bexiga, no ureter ou no rim, havendo tempo para que se misturem sangue com urina ➢ Litíase e infecções do trato urinário, associadas ou não, representam a causa mais frequente de hematúria ➢ Hematúria idiopática: não se chega a conclusão quanto a etiologia do sangramento ALTERAÇÕES MICCIONAIS ➢ A micção normal resulta de um mecanismo sincronizado dos músculos lisos da bexiga e da musculatura estriada que circunda a uretra posterior. Quando a bexiga começa a se contrair, ocorre relaxamento do musculo estriado periutetral, reflexa ou voluntariamente, que produz diminuição do comprimento da uretra e aumento no seu calibre, possibilitando a saída da urina ➢ Incontinência urinaria verdadeira: paciente elimina urina sem perceber e quase continuamente ➢ Jato urinário, fraco, lento e fino no bebê de sexo masculino ou em meninos é compatível com fimose, estenose de meato uretral ou válvula da uretra posterior ➢ Hesitação, esforço para urinar e diminuição da força e do calibre do jato urinário: comum da uropatias obstrutivas intravesicais ➢ Alterações de jato ➢ Resíduo vesical ➢ Polaciúria ➢ Nictúria LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II RETENÇÃO URINÁRIA X ANÚRIA ➢ É a incapacidade de esvaziar, parcial ou completamente, a bexiga. Deve ser diferenciada da anúria ou ausência de micção,quando então a bexiga se encontra vazia em consequência da interrupção do funcionamento renal ➢ Na retenção, a bexiga distentida é palpável na região suprapúbica e a passagem do cateter provoca o desaparecimento do “globo vesical” ➢ Na anuria a bexiga está vazia e o cateterismo comprova a inexistência de urina no seu interior ➢ Retenção urinaria completa: incapaz de eliminar sequer quantidades mínimas de urina; pode ser crônica ou aguda ➢ A retenção completa aguda é geralmente dolorosa, o paciente se mostra ansioso, impaciente, pálido, com sudorese, intenso desejo de urinar que se acentua a cada contração da bexiga. No exame físico, encontra-se massa suprapúbica, infraumbilical, mediana, regular, arredondada, tensa, com som maciço a percussão, contrastando com o ruído timpânico em torno do globo vesical. A palpação da massa hipogástrica acentua o desejo de urinar ➢ Crianças: calculo vesical impactado, estenose do meato uretral, válvula da uretra posterior ➢ Adolescentes: coperite blenorrágica, prostatite, abscesso prostático, polirradiculoneurite, trauma uretral ou medular ➢ Idosos: HPB, neoplasia de próstata, esclerose múltipla, pós-operatório, anticolinérgico, anti-histamínicos, tranquilizantes PRIAPISMO ➢ Ereção persistente, prolongada e dolorosa, sem desejo sexual ➢ Raro, primeira década de vida, negros, anemia falciforme ➢ O pênis apresenta-se ereto, doloroso e aumentado de volume ➢ Os corpos cavernosos ficam turgidos e endurecidos, mas o corpo esponjoso mantém sua consistência normal LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II ➢ Mecanismo é vascular: trombose das veias dorsais que drenam os corpos cavernosos. As causas vão várias: neurogênicas, infecciosas, traumáticas, hematológicas, injeções intracavernosas de substancias vasoativvas ➢ Persistência provoca lesões graves e irreversíveis dos corpos cavernosos, comprometendo o mecanismo de ereção HEMOSPERMIA ➢ Presença de sangue no esperma ➢ TB, esquistossomose, neoplasia de vesículas seminais e próstata, cirrose hepática com hipertensão porta, discrasias sanguíneas, prostatite, vesiculite, HPB ➢ Sangramento leve a intenso ➢ Pode ocorrer em paciente com aparelho geniturinário normal após coito prolongado, sem apresentar significado patológico CORRIMENTO URETRAL ➢ Blenorragia: purulento, profuso, amarelo ou pardo; costuma aparecer 3 a 5 dias após o contagio ➢ Corrimento uretral esbranquiçado que ocorre somente pela manhã (“gota matinal”) é encontrado na prostatite, uretrite não-gonocócica, uretrite traumática, uretrites agudas: esbranquiçado, matinal ➢ Estreitamento uretral, câncer de uretra ou corpo estranho uretral: serossanguinolento DISTÚRBIOS SEXUAIS ➢ Disfunção erétil: ➢ Ejaculação precoce: em geral é causa psíquica ➢ Ausência de ejaculação: falha na emissão do esperma por obstrução dos canalículos ejaculatórios por processos inflamatórios ou após simpactectomia lombar ou decorrente da ejaculação retrograda ➢ Anorgasmia ➢ Dispareunia: dor ou desconforto durante ou após o ato sexual ➢ Diminuição a libido EXAME FÍSICO: PÊNIS INSPEÇÃO: ➢ Anomalias congênitas: agenesia, duplicação, macro e micro pênis, hipospádia, epispádia, fimose LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II ➢ Retrair completamente o prepúcio: detecção de cancros e carcinomas • É normal o acumulo de esmegma: substancia caseosa esbranquiçada sobre o prepúcio • Fimose é o estreitamento do prepúcio que não pode ser retraído por sobre a glande • Parafimose é um prepúcio que, uma vez retraído, não retorna a posição original, provocando edema ➢ Avaliar diâmetro, aspecto e posição do meato uretral externo • Hipospadia: deslocamento anterior congênito do meato no pênis • Comprimir a glande suavemente entre o dedo indicados (por cima) e o polegar (por baixo) expõe o meato uretral verificando se há secreções • Uretrite gonocócica: secreção amarelada profusa • Uretrite não gonocócica: secreção esbranquiçada ou clara, em pequena quantidade ➢ Compressão anterior e posterior da glande • Verificar ulceras, cicatrizes, nodulos ou sinais de inflamação • Balanite: inflamação da glande • Balanopostite: inflamação da glande e do prepúcio ➢ Tamanho do pênis ➢ Pediculose ou escabiose: verificar se há lêndeas ou piolhos na base dos pelos pubianos PALPAÇÃO ➢ Áreas de endurecimento ao longo do corpo esponjoso: inflamação periuretral ou calculo impactado ➢ Placas fibrosas endurecidas no trajeto dos corpos cavernosos: palpadas facilmente na doença de Peyronie ➢ Artéria dorsal: para palpar a esquerda, coloca-se o dedo indicador esquerdo na base do pênis e, com o dedo polegar na base do corpo cavernoso esquerdo, pressiona-se para cima, o que põe a artéria dorsal esquerda em contato com o dedo indicador ➢ Palpar qualquer anormalidade encontrada EXAME FÍSICO: BOLSA ESCROTAL Forma, tamanho, pele e vasos A pele escrotal é enrugada, mas apresenta-se lisa na criança e no adulto com insuficiência hormonal Massas escrotais: epididimite, orquite, torção testicular, hematocele, neoplasia do cordão espermático e dos testículos, hidrocele, espermatocele, varicocele, hérnias inguinais indiretas, lipomas e gomas do cordão espermático Linfoescroto: comprometimento da drenagem linfática por microfilárias causa o linfoescroto; a pele apresenta-se espessada, edemaciada, com múltiplas formações bolhosas, que fazem minar liquido linfático quase continuamente Hidrocele: aumento gigantesco de volume Abscessos: sinais flogisticos Fistulas: processos epididimário, TB Ulceração silifitica, neoplasia, hemangioma Criptorquidia: ausência de descida do testículo, geralmente a bolsa escrotal vai está pouco desenvolvida, uni ou bilateralmente Aumento de volume escrotal: hérnias inguinais indiretas, hidroceles, edema escrotal, carcinoma testicular (raro) Aumento de volume do escroto + dor espontânea e a palpação: epididimite aguda, na orquite aguda, na torção do cordão espermático ou na hérnia inguinal estrangulada Equimose difusa do corpo peniano ao períneo: lesões traumáticas Qualquer nódulo indolor levanta obrigatoriamente a possibilidade de câncer do testículo, um câncer potencialmente curável, com pico de incidência entre 15 e 34 anos Transiluminação: verifica melhor o edema escrotal que o testicular, projeta a luz na parte posterior do escroto LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II • Os aumentos volumétrico que contem liquido seroso, como hidrocele, podem ser transiluminados (brilho avermelhado) • Sangue ou tecido, como o testículo normal, um tumor ou a maioria das hérnias, não são passiveis de transiluminação EXAME FÍSICO: TESTÍCULOS Testículo esquerdo é mais baixo Volume de 25 mL no adulto Superfície lisa e consistência elástica Comparar os 2 Inflamações: uniformemente aumentado Goma sifilítica: testículo aderido anteriormente ao escroto TB epididimária: testículo aderido posteriormente ao escroto Neoplasia: maior, endurecido e irregular Palpação é o método de maior valor na analise dos testículos. Palpa-se um dos testículos, comparando-o com o lado oposto, avaliando- lhe a consistência, o formato, os contornos e o tamanho. Em seguida palpam-se os epidídimos, depois os cordões espermáticos até o anel inguinal externo EXAME FÍSICO: EPIDÍDIMOS Palpar póstero superior ao testículo com indicador e polegar, fazendo deslizar de baixo para cima e de diante para trás, ao longo de ambas as faces dos testículos → Manobra de Chevassu Aumento regular e difuso: epididimite aguda Aumento irregular nodular: TB, CA Aumentos de volume na cabeça ou no corpo do epidídimo: cistos Palpe cada um dos testículos e epidídimos como polegar e os dois primeiros dedos da mão, o epidídimo estará posterossuperior ao testículo, nodular e semelhante a um cordão Cistos epidermoides: comuns, frequentemente múltiplos e benignos; pápulas ou nodulos, esbranquiçados ou amarelados, em forma de cúpula EXAME FÍSICO: CANAIS DEFERENTES Palpa-se com facilidade, desde a causa do epidídimo até o anel inguinal externo “corda de chicote” Palpação deve ser simultânea e comparativa Agenesia diferencial, lesões císticas ou granulomatosas TB: “contas de rosário” EXAME FÍSICO: CORDÕES ESPERMÁTICOS Palpar os cordões espermáticos até o anel inguinal externo Funiculite: cordão espessado e doloroso LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II Hidrocele do cordão e lesões císticas são diagnosticadas por palpação e transiluminação Após, avalia-se a existência de hérnia inguinal e do reflexo cremastérico → Pede ao paciente que contraia a musuculatura abdominal soprando contra o dorso da mão (manobra de Valsalva) ou que tussa repetidas vezes EXAME FÍSICO: TOQUE RETAL Resistência cultural Explicar a importância ao paciente Antes do exame solicitar ao paciente para urinar, esvaziando a bexiga ao máximo que puder. Se possível o medico observa o jato urinário . logo em seguida palpa-se e percute- se a bexiga para verificar se existe urina residual aumentada Antes de realizar o toque: inspeção cuidadosa da região anoperineal, examinando a pele em volta do anus em busca de sinais inflamatórios, alterações provocadas pelo ato de coçar, fissuras, pertuitos fistulosos, condilomas e abscessos Posições: o Posição de Sims ou lateral esquerda: mantendo-se o membro inferior em semiextensão e o superior flexionado o Posição genupeitoral: é a mais adequada o Posição de decúbito supino: o paciente fica semissentado com as pernas flexionadas. O examinador passa o antebraço por baixo da coxa do paciente. É indicada nos enfermos em condições gerais precárias Lubrificação abundante e introdução digital suave Expõe-se o ânus com o dedo indicador e polegar da mão esquerda, coloca a polpa do indicador direito sobre a margem anal e faz uma compressão continuada e firme para baixo, com o intuito de relaxar o esfíncter externo. Em seguida, introduz o dedo, lenta e suavemente, por meio de movimentos rotatórios. A introdução digital tem que ser feita com delicadeza e suavidade para que não haja dor. Quando não se consegue introduzir o dedo devido a dor intensa ou espasticidade esfincteriana, é necessário considerar a possibilidade de criptite ou fissura anal. Inspecionar o anus por lesões Observar tônus esfincteriano Palpar todas as paredes: parede anterior se avalia a próstata, as vesículas seminais e o fundo de saco vesicorretal LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II EXAME FÍSICO: PRÓSTATA Palpável na parede anterior do reto como uma estrutura em formato de coração (pirâmide invertida, maçã, pera), com a base voltada para cima e o vértice para baixo se normal 2,5 a 4 cm, lobulada, com sulco mediano Tem tamanho de uma noz grande, regular, simétrica, depressível, consistência elástica, superfície lisa, ligeiramente móvel, simétrica, contornos precisos e discretamente móvel EXAME FÍSICO: HÉRNIAS INSPEÇÃO ➢ Regiões inguinais e genitália a procura de abaulamento e assimetria ➢ Manobra de Valsava: o paciente fazer força para baixo no intuito de aumentar a pressão intra-abdominal, facilitando a detecção de quaisquer hérnias PALPAÇÃO ➢ Para examinar as hérnias inguinais do lado direito, coloque a ponta do seu dedo indicador direito próximo à borda inferior da bolsa escrotal e desloque-o, então, para cima, ao longo do canal inguinal, invaginando a pele escrotal ➢ Acompanhe o cordão espermático em seu trajeto ascendente até o ligamento inguinal. Localize o orifício triangular em forma de fenda do anel inguinal externo, logo acima e lateralmente ao tubérculo pubiano. Palpe o anel inguinal externo e seu assoalho. Solicite ao paciente que faça a manobra de Valsalva. Perceba se aparece algum abaulamento ou massa com a região lateral ou polpa do seu dedo indicador, situado acima do ligamento inguinal, próximo do tubérculo pubiano ➢ O anel externo pode ser largo o suficiente para permitir a palpação em sentido oblíquo, ao longo do canal inguinal, em direção ao anel inguinal interno. Solicite ao paciente que faça a manobra de Valsalva. Pesquise qualquer abaulamento que deslize pelo canal inguinal e toque a ponta de seu dedo ➢ O exame das hérnias inguinais do lado esquerdo utiliza as mesmas técnicas, porém com o indicador esquerdo ➢ Uma protusão próximo ao anel inguinal externo sugere hérnia inguinal direta. Uma protusão próximo do anel inguinal interno sugere hernial inguinal indireta ➢ Tente pela palpação verificar se há hérnia femoral, colocando seus dedos sobre a parte anterior da coxa do paciente, na região do canal femoral. Solicite ao paciente que faça força para baixo, ou torne a tossir. Verifique se esta manobra provoca o aparecimento de edema ou hipersensibilidade LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II AVALIANDO UMA POSSÍVEL HÉRNIA ESCROTAL ➢ Se você identificar uma grande massa escrotal e suspeitar de hérnia, solicite ao paciente que se deite. A massa pode retornar espontaneamente ao abdome. Se isso acontecer, trata-se de uma hérnia ➢ Se isso não ocorrer: • Suspeita de hidrocele caso seja possível colocar os dedos acima da massa no escroto • Os ruídos intestinais são auscultados sobre uma hérnica, nunca sobre uma hidrocele ➢ Se os achados sugerirem uma hérnia, tente reduzi-la (fazer com que retorne à cavidade abdominal) com cuidado, comprimindo-a persistentemente com os dedos. Não tente esta manobra se a massa for dolorosa, ou se o paciente relatar náuseas e vômitos ➢ O paciente costuma ser capaz de dizer o que acontece com o abaulamento quando deita e pode até demonstrar como consegue reduzir a massa ➢ Hérnia encarcerada: seu conteúdo não pode ser recolocado na cavidade abdominal ➢ Hérnia estrangulada: há comprometimento da irrigação sanguínea do conteúdo aprisionado ➢ Suspeita de estrangulamento: paciente apresenta dor a palpação, náuseas e vomitos EXAMES COMPLEMENTARES Sumario de urina o Os pacientes devem se lavar bem antes da micção o Uteis nas afecções dos órgãos genitais masculinos pelos dados da sedimentoscopia o Leucocitúria: 5 ou mais leucócitos por campo microscópico de grande aumento o Piúria inflamatória (piocitos são leucócitos degenerados) não infecciosa é encontrada em alguns casos de litíase vesical e no pós- operatório da prostatectomia o Bacteriúria: teste de nitrito positivo na urina é compatível com bacteriúria com contagem bacteriana igual ou superior a 100000 colonias por milímetro o Tuberculose geniturinária: persistência de densidade urinaria baixa com pH acido e piúria, sem bacteriúria Cultura de urina o Identificar e quantificar o microrganismo infectante o 100000 colonias por milímetro é o ponto critico entre contaminação e infecção urinaria de fato o Valores intermediários (entre 10000 e 100000 colonias) se o paciente for sintomático, valoriza-se a contagem, mesmo com valores abaixo de 100000 Exame bacteriológico da secreção uretral o No esfregaço da secreção uretral, deve pesquisar a presença de leucócitos, tricomonas e fungos o O esfregaço corado serve para identificar a morfologia da bacteria; o azul de metileno triconcentrado diferencia os cocos dos bastonetes Antígeno prostático especifico (PSA): o Glicoproteína encontrada somente nas células acinares e no epitélio ductal da próstata o Admite-se como valor máximo do PSA total menor igual a 4,0ng/mL e do PSA livremenor igual a 0,72 ng/mL; mas os valores de referencia aumentam com a idade o Para cada grama de tecido hiperplasiado, o PSA aumenta de 0,31ng por mL, enquanto no tecido neoplásico, para cada grama de neoplasia o PSA se eleva em aproximadamente 3,5 ng por mL Marcadores tumorais Fosfatase ácida o Elevados niveis séricos de fosfatase acida: adenocarcinoma da próstata (a medida que o tumor se torna anaplasico, diminui a produção da fosfatase ácida), hiperparatireoidismo, doença de Paget, osteossarcoma, cirrose, doença de Gaucher, em algumas metástases osseas, infartos prostáticos LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II Cintilografia Espermograma: o Normal: 2 a 6 mL o Hipospermia: <2 mL o Hiperespermia: >6 mL o Aspermia: ausência de esperma o pH normal: 7,2 a 7,6 o Número, motilidade (mais importante para a fecundação do ovulo) e morfologia o Oligospermia: <20 milhões por mL o Hiperzoospermia: >250 milhões por mL o Azoospermia: ausência de espermatozoides no ejaculado o Excelente motilidade na amostra: >70% de espermatozoides moveis, movimentos direcionais e rápidos Exames de imagem o Radiografia simples do abdome: imagens de calcificação ou lesões metastáticas. A presença de vasos deferentes calcificados sugere enfermidade diabética em estado avançado. Calcificações na bifurcação das artérias hipogástricas e ilíacas podem refletir um processo aterosclerótico que explicaria a impotência sexual erétil. Calcificações extensas na próstata sugerem comprometimento tuberculoso. Lesões osteoblásticas da coluna lombossacra e da bacia são encontradas no carcinoma da próstata o Urografia excretora: noção estática e dinâmica do trato urinário, avaliação diagnosticas das afecções das vias urinarias superiores o Uretrocistografia: reconhecimento de lesões uretrais e vesicais pela introdução de contraste iodado no óstio uretral, permite localizar lesões traumáticas e neoplásicas da bexiga, estreitamentos uretrais e compressões ou alongamento da uretra prostática, causados por hiperplasia ou neoplasia LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II o Genitografia: genitália ambígua para averiguar a presença de órgãos genitais femininos internos o Ultrassonografia: da bolsa escrotal pode diferenciar massas císticas e solidas. Ajuda a distinguir aumentos prostáticos benignos e malignos o Tomografia computadorizada: indicações especificas na diferenciação de lesões benignas e malignas da bexiga, próstata, vesícula seminal e testículo. Nos tumores de bexiga em estagio inicial pouco contribui. Nos tumores prostáticos malignos contribui para o estadiamento clinico. Nos tumores testiculares pesquisa a disseminação intra-abdominal. A TC substitui a urografia no diagnostico de litíase do trato urinário o Ressonância magnética: avaliação de tumores sólidos do trato urinário (rim, suprarrenal e testículo) e de vias excretoras (uroteliais) Biopsia do testículo e da próstata o Propedêutica na avaliação da infertilidade conjugal, servindo de orientação diagnostica, terapêutica e prognostica o Principal indicação é nos casos de azoospermia e na suspeita de lesão neoplásica da gônada o A biopsia da próstata está indicada quando o quadro clinico sugere existência de neoplasia maligna Uretrocistoscopia: o Visualização do canal da uretra e do interior da bexiga PATOLOGIAS: DOENÇAS DO PÊNIS ANOMALIAS CONGÊNITAS: ➢ Agenesia do pênis: falha no desenvolvimento do tubérculo genital; corpos cavernosos e esponjosos estão inteiramente ausentes ➢ Pênis duplo ALTERAÇÕES DO TAMANHO: ➢ Macropenissomia ou megalopênis: • Neoplasia ou hiperplasia das células de Leydig (virilização precoce) • Hiperplasia congênita das suprarrenais (pequeno Hércules) • Litíase vesical primaria: sinal da mão LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II ➢ Micropenissomia: estados intersexuais que exibem traço feminilizantes, no infantilismo e no hipogenitalismo ESTENOSE DO MEATO URETRAL EXTERNO ➢ Comum em crianças ➢ Sobrecarrega o trato urinário ➢ Presença de sangue ou crosta sanguinolenta no meato ➢ Congênita ➢ Adquirida: após circuncisão, lesoes meatais por fraldas ásperas ➢ Dificuldade para iniciar a micção e o jato é fraco e fino ➢ Distensão vesical, ITU recidivante FIMOSE E PARAFIMOSE ➢ O orifício prepucial é tão pequeno que não se consegue expor a glande ➢ Fimose súbita em adulto jovem com corrimento uretral: cranco intra-uretral ➢ Fimose gradual em idoso: câncer peniano ➢ Balanopostite de repetição ➢ Fator de risco para neoplasia de pênis ➢ Parafimose: estrangulamento do pênis por anel fibrótico, doloroso BALANITE E POSTITE ➢ Balanite: inflamaçao aguda ou cronica da glande ➢ Postite: a do prepucio ➢ Em geral apresentam-se juntas: balanopostite ➢ Principais causas: reação alérgica ou irritação química, infecções fungicas, bacterianas, afecções mucocutâneas, reação medicamentosa DOENÇA DE PEYRONIE ➢ Placas duras e indolores palpáveis logo abaixo da pele ➢ Ereções tortas e dolorosas ➢ Homens de 40 a 50 anos ➢ Idiopática ➢ Infiltração fibrosa das bainhas que recobrem os corpos cavernosos, causando contratura da fáscia que reveste o corpoo cavernoso ➢ Sintomas: dor e encurvamento do pênis durante a ereção, redução da capacidade eretora distal à placa de fibrose, interferência com o coito e impotência sexual gradativa ➢ Curvatura do pênis se faz no sentido da lesão LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II ➢ Palpação e US: a palpação mostra placas de fibrose de tamanho variável, solitárias ou múltiplas, geralmente localizadas na linha media do dorso do pênis. Essas placas são confirmadas pelo exame ultrassonografico HIPOSPÁDIA ➢ Meato uretral externo localiza-se na face ventral ou inferior do pênis ➢ Anomalia congênita mais comum na uretra ➢ Insuficiente produção androgênica pelos testículos fetais: fusão incompleta das pregas uretrais ➢ Pode ocorrer na mulher ➢ Manifestação clínica principal na RN: incapacidade de urinar espontaneamente, em consequencia da estenose do meato uretral situado em algum ponto da parede anterior da vagina, tardiamente, sua expressão clinica é a incontinência urinaria. No homem não se verifica comprometimento do esfíncter urinário ➢ Excesso de prepúcio no dorso e acumulo de tecido fibroso no ventre, distalmente ao meato uretral ➢ Forma escrotal e perineal: genitália ambígua ➢ Criptoquirdia bilateral: 30% EPISPÁDIA ➢ Meato uretral externo localiza-se na face dorsal do pênis ➢ Balânica, peniana, penopúbica e completa ➢ Pênis reduzido de tamanho, encurvado para cima e com excesso de prepúcio em sua face ventral PATOLOGIAS: DOENÇAS DA BOLSA ESCROTAL EDEMA DA BOLSA ESCROTAL ➢ RN que nasce nos partos com apresentação de nádegas ➢ Alergia em crianças ➢ Nefrite crônica, síndrome nefrotica, ICC, cirrose hepática e desnutrição grave ➢ Pós-operatório imediato de prostatectomia retropúbica ➢ Edema depressível que estica a pele escrotal GANGRENA DA BOLSA ESCROTAL ➢ Agressões químicas ou térmicas, traumatismo, DM, acidentes vasculares, alcoolismo, parasitoses ➢ Gangrena de Fournier: fascite superficial ➢ Estreptococos hemolíticos, clostrídios produtores de gás, estafilococos ou bascterioides ➢ Crepitações na bolsa escrotal LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II PATOLOGIAS: DOENÇAS DOS TESTÍCULOS DISTOPIAS TESTICULARES: CRIPTORQUIDIA E ECTOPIA ➢ No inicio do desenvolvimento fetal, tem localização lombar ➢ Terceiro mês FID, quinto mês anel inguinal e sétimo mês migram para a bolsa escrotal ➢ Migração depende de gonadotrofinas placentárias e da integridade do trajeto ➢ Criptorquidia: retido em alguma parte do seu trajeto. O testículo apresenta-se atrofiado e pode localizar-se nocanal inguinal ou no abdome, o que resulta em escroto vazio. O testículo e o epidídimo não são palpáveis ➢ Ectopia: localiza-de fora do seu trajeto normal HIDROCELE ➢ Acumulo de liquido no interior da túnica vaginal do testículo ➢ Massa indolor preenchida por liquido ➢ Passível de transiluminação HEMATOCELE ➢ Acumulo de sangue no interior da túnica vaginal do testículo TORÇÃO DOS TESTÍCULOS ➢ Rotação axial, torção ou volvo do cordão espermático, é um acidente vascular que pode produzir isquemia, atrofia e gangrena da gônada ➢ Dor lancinante, súbita, dor abdominal imprecisa que se irradia para a virilha ➢ Testículo doloroso e tumefato, superfície lisa e não se palpa o epidídimo ➢ Pele escrotal normal ou avermelhada, quente e edemaciada ➢ Pode relatar quadros semelhantes prévios ➢ Sinal de Brunzel: testículo acometido fica mais elevado que o oposto devido ao encurtamento do cordão espermático e aos espasmos dos músculos cremastérios ➢ EAS e leucograma são normais LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II ➢ US com doppler de testículo ➢ Tratamento é cirúrgico: emergência ORQUITE ➢ Inflamação dos testículos ➢ Aguda: febre alta, náuseas, vômitos, dor intensa e irradia-se para a virilha ➢ Escroto com hiperemia e edema ➢ Testículo aumenta de volume e dói ➢ Alivia a dor com a sua elevação ➢ Orquite secundaria a parotidite ➢ Crônica PATOLOGIAS: DOENÇAS DO EPIDÍDIMO EPIDIDIMITE ➢ Com inflamação aguda o epidídimo é doloroso a palpação e edemaciado, podendo ser difícil diferenciar do testículo ➢ O escroto pode ficar avermelhado e o ducto deferente indlamado ➢ Mais comum nas patologias intra- escrotais, no jovem e no homem de meia idade ➢ Dor intensa, de aparecimento súbito, em um ou ambos os testículos, com ou sem febre ➢ Podem estar presentes polaciúria, nictúria, disúria e sintomas sistêmicos ➢ Pele do escroto com hiperemia, calor e brilhante ➢ Epidídimo aumentado e doloroso ➢ As bactérias atingem o epidídimo através dos vasos deferentes, a partir de estenose da uretra, cistite, uretrite, prostatite e vesiculite ➢ TB: surgimento lento, indolor, epidídimo endurecido, nodular 2 a 3x o tamanho, transiluminação negativa, canal deferente irregular, espessado, rosário ou anel de contas ➢ Sífilis, blastomicose, brucelose, esquistossomose DOENÇAS DO CORDÃO ESPERMÁTICO VARICOCELE ➢ Dilatação e tortuosidade das veias do plexo pampiniforme do cordão espermático ➢ Sensação tatil de uma “bolsa de minhocas” mole, independente do testículo e que colaba lentamente quando se levanta o escroto do paciente em decúbito dorsal ➢ Idiopática e mais comum a esquerda (95%) ➢ Ausência ou incompetência valvular na junção da veia espermática interna com a veia renal esquerda, que permite o fluxo sanguíneo retrogrado mais acentuado na posição ortostática ➢ Primarias: aparecimento lento, <40 anos, desaparece ao deitar-se ➢ Secundarias: repentino, >40 anos, não desaparece ao deitar-se, compressão venosa por neoplasias renais, LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II hidronefrose, artérias renais acessórias ou neoplasias retroperitoneais ➢ Assintomáticos ou apresentam com dor testicular, sensação e peso ou desconforto intra-escrotal, “saco de vermes” ➢ Examinar em pé e fazer manobra de Valsalva PATOLOGIAS: DOENÇAS DA PRÓSTATA HIPERPLASIA BENIGNA DA PRÓSTATA ➢ Diagnostico histopatológico que ocorre em homens após os 40 anos devido a hipertrofia das células epiteliais e do tecido conjuntivo da zona de transição. Pelo fato de envolver a uretra, esta hipertrofia aumenta o volume prostático, levando a obstrução lenta progressiva do lumen uretral, com alterações funcionais da bexiga, como a de armazenamento e esvaziamento. O aumento da frequencia urinaria diurna (polaciúria) e noturna (nictúria), a urgência miccional, a incontinência urinaria, a hesitação para iniciar a micção, a utilização de esforço da musculatura abdominal caracterizam uma patologia denominada de sintomas do trato urinário inferior (STUI). Se não houver acompanhamento, complicações graves como infecções urinarias recorrentes, cálculos vesicais, falências detrusoras progressivas podem levar a insuficiência renal cronica ➢ A partir dos 40 anos o epitélio prostático periuretral inicia um crescimento lento e gradativo ➢ Com a hiperplasia, estreita-se a luz da uretra e aumenta o resíduo urinário ➢ O musculo detrusor se contrai cada vez mais para vencer o obstáculo. No inicio consegue (fase de compensação). Depois a bexiga entra em espasmo, com sintomas irritativos, polaciúria, urgência urinaria, nictúria, incontinência ➢ Com o avançar da obstrução, na tentativa de esvaziar a bexiga, as fibras do musculo detrusor se hipertrofiam mais. Dificuldade e esforço para urinar. Jato urinário diminuído quanto à força e calibre. ➢ ITUs ➢ Complicações por obstrução urinaria ou pelo esforço para urinar: hérnia inguinal, hemorroidea, IRA CÂNCER DA PRÓSTATA ➢ Adenocarcinoma (95%) ➢ Androgênio dependentes (80%) ➢ Nos estádios iniciais: próstata é normal ➢ Nos estádios intermediários: nodulos circunscritos, duros, sensação tátil provocada pelas articulações dos dedos ➢ Nos estádios avançados: consistência lenhosa, pétrea, irregular, assimétrica, fixa, com apagamento do sulco mediano LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II PROSTATITE ➢ Infecção da glândula prostática causada por microorganismos, notadamente gram- positivos. Pode ser aguda ou crônica ➢ Aguda: febre, calafrios, dor lombossacra e perineal, mialgia, artralgia, corrimento uretral, sintomas de irritação vesical, hematúria ➢ Próstata aumentada de volume, mole, quente e dolorosa ➢ Crônica: assintomática ou oligossintomatica (vaga sensação dolorosa, desconforto perineal, ardência ejaculatória, corrimento uretral aquoso pela manhã) ➢ Próstata de tamanho normal com áreas de fibrose PATOLOGIAS: INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS SIFÍLIS ➢ Treponema pallidum ➢ Pequena pápula avermelhada que evolui para cancro ou erosão indolor com até 2cm de diâmetro ➢ A base do cancro apresenta-se limpa, avermelhada, lisa e brilhante ➢ Bordas elevadas e induradas ➢ Cicatriza em 3 a 8 semanas ➢ Incubação: 9 a 90 dias após a exposição ➢ Pode surgir linfadenopatia inguinal nos primeiros 7 dias: macios, moveis e indolores ➢ Necessário diagnostico diferencial com herpes simples genital, cancroide e granuloma inguinal pela Klebsiella granulomatis CRANCO MOLE ➢ Haemophilus ducreyi ➢ Inicialmente papula ou pústula avermelhado, se transforma em ulcera profunda e dolorosa, com bordas solapadas irregulares sem induração ➢ Exsudato necrótico sobre uma base friável VERRUGAS GENITAIS/CONDILOMA ACUMINADO ➢ Pápulas ou placas isoladas ou múltiplas de aspecto variado LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II ➢ Arredondas ou acuminadas (pontudas) ou finas ou achatadas, elevadas ou em forma de couve-flor (verrucosa) ➢ Papilomavírus humano (HPV) ➢ Pênis, escroto, região inguinal, coxas, anus ➢ Em geral assintomáticos, podem causar prurido e dor ocasional ➢ Podem desaparecer sem tratamento LINFOGRANULOMA VENÉREO ➢ Chlamydia trachomatis GRANULOMA INGUINAL ➢ Calymmarobacterium granulomatis
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