Buscar

METEP - UNIDADE 2(1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

METODOLOGIA DA 
PESQUISA CIENTÍFICA
Prof.ª ÉrICA DANIELLE SILVA
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA
Autora: Érica Danielle Silva
Graduada em Letras, com habilitação em Português e Inglês e mestre e 
doutora em Letras pela Universidade Estadual de Maringá. 
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
SUMÁRIO
UNIDADE II .......................................................................................................................................................................................04
orIENTAÇÕES PArA LEITUrA, ANÁLISE E rEDAÇÃo DE TrABALHoS ACADÊMICo-CIENTÍfICoS ...................05
CoNVErSA INICIAL ........................................................................................................................................................................06
1 orIENTAÇÕES PArA LEITUrA, ANÁLISE E INTErPrETAÇÃo DE TEXToS ................................................................07
 1.1 o processo de leitura ..........................................................................................................................................................07
 1.2 Técnicas de leitura ...............................................................................................................................................................09
 1.2.1 Sublinhar ...........................................................................................................................................................................09
 1.2.2 Esquematizar ...................................................................................................................................................................10
 1.2.3 resumir ..............................................................................................................................................................................11
 1.3 Técnicas de pesquisa bibliográfica .................................................................................................................................14
 1.3.1 o fichamento ..................................................................................................................................................................17
2 rEDAÇÃo DE TrABALHoS CIENTÍfICoS ............................................................................................................................19
 2.1 objetividade e coerência...................................................................................................................................................20
 2.2 Clareza ......................................................................................................................................................................................23
 2.3 Impessoalidade .....................................................................................................................................................................23
 2.4 A revisão ..................................................................................................................................................................................23
3 rESUMo ........................................................................................................................................................................................26
 3.1 Definições e tipos .................................................................................................................................................................26
 3.2 Questões metodológicas de leitura e produção do gênero resumo.................................................................28
 3.3 o resumo acadêmico/indicativo .....................................................................................................................................29
4 rESENHA .......................................................................................................................................................................................31
 4.1 Definição e características.................................................................................................................................................31
 4.2 resenha acadêmica/escolar .............................................................................................................................................32
 4.3 Da estrutura da resenha acadêmica ..............................................................................................................................32
CoNCLUSÃo ....................................................................................................................................................................................37
rEfErÊNCIAS ..................................................................................................................................................................................38
04
UNIDADE II
05
UNIDADE II
ORIENTAÇÕES PARA LEITURA, ANÁLISE E REDAÇÃO 
DE TRABALHOS ACADÊMICO-CIENTÍFICOS
Prof.ª Me. Érica Danielle Silva
oBJETIVoS DE APrENDIZAGEM
Ao finalizar esta unidade, você deverá ser capaz de reconhecer a importância e as etapas 
do processo de leitura, análise e interpretação de textos no meio acadêmico, utilizar técnicas de 
leitura, de escrita e de pesquisa bibliográfica de textos científicos e/ou acadêmicos e sistematizar 
a estrutura e a função retórica dos gêneros fichamento, resumo e resenha.
Plano de estudo
Serão abordados os seguintes tópicos:
1. o processo de leitura;
2. redação de trabalhos científicos;
3. o fichamento;
4. resumo;
5. resenha.
06
CONVERSA INICIAL
Como você costuma selecionar seu material de leitura?
A complexidade característica dos gêneros pertencentes à esfera acadêmica e/ou científica 
exige que múltiplas capacidades sejam desenvolvidas, que ultrapassam a mera organização tex-
tual e o enquadramento da escrita às normas gramaticais vigentes do português padrão. Desse 
modo, entendemos que faz parte de seu processo de formação acadêmica, especialmente nesta 
disciplina em curso, o desenvolvimento das capacidades de construção de representações ade-
quadas sobre o contexto de produção, bem como da organização global e de conteúdos refer-
entes ao trabalho acadêmico e/ou científico.
Nesta unidade, então, objetivaremos apresentar algumas estratégias de leitura, de escrita e 
de pesquisa bibliográfica que poderão subsidiar e/ou aperfeiçoar seu desempenho acadêmico/
científico.
07
1 ORIENTAÇÕES PARA LEITURA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO 
DE TEXTOS
1.1 O processo de leitura
Ler é uma habilidade fundamental no curso de graduação essa habilidade não se conquista 
da noite para o dia. Aprender a ler não significa que você apenas decodificará o que está escrito, 
mas exige que você adote uma postura crítica e sistemática, que só poderá ser desenvolvida com 
muita prática e disciplina intelectual.
A leitura de textos de cunho científico visa à aquisição e ampliação de conhecimento. Ao 
escrever um texto, o autor (emissor) codifica a mensagem e cabe ao leitor (receptor) a tarefa de 
decodificá-la, para então pensar sobre a ideia, assimilá-la, personalizá-la e compreendê-la. Entre-
tanto, em todas as etapas desse processo, o homem sofre uma série de interferências pessoais e 
culturais que interferem na objetividade da comunicação. Logo, se faz necessário tomarmos algu-
mas diretrizes metodológicas para a leitura e produção de textos, sobretudo os de caráter científ-
ico/acadêmico. Severino (2007) propõe algumas diretrizes, visando fornecer elementos para uma 
melhor abordagem de textos de natureza teórica. Por julgar um processo importante, vamos a 
elas:
a. Delimitação da unidade de leitura: o primeiro procedimento a ser tomado pelo leitor é 
a delimitação da leitura. A extensão do texto pode influenciar diretamentena compreensão glob-
al da mensagem. Assim, de acordo com Severino (2007, p. 54), “[...] a leitura de um texto, quando 
feita para fins de estudo, deve ser feita por etapas, ou seja, apenas terminando a análise de uma 
unidade é que se passará à seguinte”. Vale destacar que se deve evitar intervalos de tempo muito 
grandes entre o estudo das unidades.
b. Análise textual: nesse momento, preparatório para a análise profunda do texto, o leitor 
deve fazer uma leitura seguida e completa da unidade do texto. objetiva-se, com esse primeiro 
contato, formar uma visão panorâmica do raciocínio do autor. É nesse momento também que o 
leitor assinala os possíveis pontos de dúvida que podem condicionar a compreensão da men-
sagem. Entre os principais aspectos, destacam-se: dados a respeito do autor, o vocabulário e os 
fatos históricos que possam ser pressupostos para o entendimento do texto. A etapa da análise 
textual pode ser encerrada com a esquematização do texto, o que permitirá a visualização global 
do texto.
c. Análise temática: nesta fase, fazemos ao texto uma série de perguntas que nos ajudarão 
a compreender o conteúdo da mensagem. Do que esse texto trata (qual é o assunto e o tema da 
unidade?); Qual é a problematização do tema?; Como o assunto está problematizado?; Qual é a 
posição do autor frente ao problema levantado (que ideia/tese defende)?; Qual foi o raciocínio ou 
a argumentação traçada pelo autor para comprovar sua tese? São essas questões que fornecem 
as condições de elaboração de um resumo do texto ou para construir um roteiro de leitura – para 
seminários, por exemplo.
d. Análise interpretativa: essa abordagem é a mais delicada, pois são maiores os riscos de 
interferência da subjetividade do leitor, o que exige uma maturidade intelectual avançada. Primei-
08
ramente, é necessário relacionar as ideias do autor no conjunto da cultura de sua área, e também 
em relação às posições de outros autores que eventualmente o influenciaram ou que foram por 
ele influenciados. o passo seguinte é a crítica, que significa uma tomada de posição quanto a sua 
coerência interna (que leva em conta a originalidade, a validade e a contribuição dada à discussão 
do problema) e quanto ao raciocínio (relacionado à superficialidade ou profundidade do assunto). 
e. Problematização: este é o momento de retomada do texto, com o objetivo de levantar 
os problemas relevantes para a reflexão pessoal e, principalmente, para a discussão em grupo. 
Diferentemente da problematização levantada na etapa da análise temática, essa etapa refere-se 
à discussão e à reflexão das questões explícitas e implícitas no texto.
f. A síntese pessoal: o trabalho de síntese pessoal é frequentemente exigido no contexto 
de atividades didáticas, tanto como tarefa específica quanto parte de relatórios de pesquisa e 
seminários. Trata-se de uma reelaboração pessoal da mensagem da unidade de texto em um novo 
texto, com redação própria, discussão e reflexão pessoal. 
Severino (2007, p. 64) propõe o seguinte fluxograma sobre essas etapas de leitura:
fonte: adaptado de SEVErINo (2007)
09
Para perpassarmos todas as etapas apontadas, podemos nos valer de algumas técnicas. Al-
gumas já bem conhecidas, mas nem sempre utilizadas adequadamente. Vamos a elas:
1.2 Técnicas de leitura 
Existem várias maneiras e objetivos diversos para se ler um texto. No seu caso, caro(a) 
aluno(a), o que interessa é a leitura de estudo ou informativa. Para ajudá-lo(a) nesse processo, va-
mos expor algumas técnicas, entre elas a de sublinhar, a de esquematizar e a de resumir, que, se 
usadas adequadamente, podem otimizar sua vida acadêmica.
1.2.1 Sublinhar
Sublinhar é uma das primeiras técnicas que aprendemos no meio escolar. Entretanto, nem 
sempre é usada corretamente. Mas, quando utilizada adequadamente, ela é importantíssima tan-
to na revisão ou memorização do assunto abordado quanto na elaboração de esquemas e resu-
mos.
A estratégia de sublinhar é desenvolvida de forma adequada quando compreendemos o 
assunto, uma vez que é somente através da identificação das ideias principais e secundárias que 
conseguimos selecionar o que é realmente indispensável para o entendimento global do texto. 
Para tanto, não é eficaz sublinharmos parágrafos ou frases inteiras. Isso porque, fazendo isso, po-
demos sobrecarregar a memória e o aspecto visual e também apenas reproduzir as palavras do 
autor ao fazer um resumo, e não suas ideias. 
A respeito desta técnica, Andrade (2010) destaca o seguinte procedimento:
a) Ler o texto integralmente, para termos a ideia global do assunto tratado;
b) Desenvolver uma análise textual, sobretudo do vocabulário desconhecido e dos termos 
técnicos;
c) reler o texto, identificando as ideias principais;
d) Ler e sublinhar, em cada parágrafo, as palavras que correspondem à ideia-núcleo, bem 
como os tópicos mais importantes;
e) Assinalar com uma linha vertical, à margem do texto, os tópicos mais importantes (usar 
palavras-chave ou frases curtas);
f ) Assinalar, à margem do texto, com um ponto de interrogação, os casos de dúvidas, dis-
cordâncias, argumentos discutíveis etc.;
10
g) Ler o que foi sublinhado, verificando se há sentido;
h) reconstruir o texto, em forma de esquema ou resumo, lembrando de tomar as palavras 
sublinhadas como base.
Enfim, lembre-se de que você deve sublinhar apenas o indispensável, porque o acúmulo de 
anotações e destaques pode dificultar o desenvolvimento do resumo.
1.2.2 Esquematizar
o esquema é uma apresentação visual do texto; é uma preparação para a produção do resu-
mo. Isso significa que em um esquema não há frases completas, mas apenas palavras-chave, que 
podem estar interligadas por símbolos diversos (setas, linhas, círculos, colchetes, subordinação, 
mapa de ideias etc.). Veja algumas possibilidades:
Quadro 1 - Possibilidades de Esquemas 
fonte: Elaborado pela autora
Salomon (1977, p. 85 apud ANDrADE, 2010, p. 13-14) destaca algumas características que o 
esquema deve conter para ser útil:
11
•	 Fidelidade ao texto original: o esquema deve conter as ideias do autor, sem alteração de 
sentido (se precisar, use as palavras do autor).
•	 Estrutura lógica do assunto: as ideias devem ser organizadas a partir das mais importantes 
para as secundárias.
•	Adequação ao assunto estudado e funcionalidade: o esquema deve ser flexível, que significa 
adaptar-se ao assunto que está sendo estudado/resumido. Por exemplo, um texto rico em infor-
mações permitirá a construção de um esquema com maiores indicações.
•	Utilidade de seu emprego: o esquema deve ajudar e não atrapalhar. o esquema é um in-
strumento de trabalho. Logo, deve facilitar a consulta no texto quando necessário. Para isso, deve 
conter páginas ou relacionar partes do texto.
•	Cunho pessoal: um esquema raramente é útil para várias pessoas. Isso porque cada um 
desenvolve o esquema de acordo com suas preferências, recursos disponíveis e experiências pes-
soais. Alguns preferem usar recursos gráficos variados, enquanto outros preferem usar somente 
palavras.
Dessa forma, Marconi e Lakatos (2010, p. 7) sintetizam que “[...] a elaboração de um esquema 
fundamenta-se na hierarquia das palavras, frase e parágrafos-chave que, destacados após várias 
leituras, devem apresentar ligações ente as ideias sucessivas para evidenciar o raciocínio desen-
volvido”.
1.2.3 Resumir
Diferente do esquema, o resumo compõe-se de parágrafos com sentido completo. As ideias 
do autor do texto original devem ser mantidas e respeitadas. Não é permitido, nesse gênero, que 
você, leitor(a) e produtor(a) do resumo, acrescente seus comentários e possíveis acréscimos. Po-
demos redigir um resumo a partir das palavras sublinhadas (conforme vimos sobre a técnica de 
sublinhar). Mas, apesar desse processo ter a vantagem de manter a fidelidade ao texto de origem, 
isso não é uma regra absoluta. Quanto mais completo for um texto, mas fácil será resumi-lo a par-
tir de um esquema e das palavras sublinhadas.
Segundo Andrade (2010), nos textos bemestruturados, cada parágrafo corresponde a uma 
ideia principal. Entretanto, alguns autores, por questão de estilo ou didática (e por que não erro?!) 
usam mais de um parágrafo para desenvolver a mesma ideia com palavras diferentes. Vamos ver 
dois exemplos de resumo de parágrafo expostos por Andrade (2010):
a) resumo que não se prende fielmente às palavras sublinhadas:
“Na psicanálise freudiana muito comportamento criador, especialmente nas artes, é sub-
stituto e continuação do folguedo da infância. Como a criança se exprime em jogos e fan-
tasias, o adulto criativo o faz escrevendo ou, conforme o caso, pintando. Além disso, muito 
12
do material de que ele se vale para resolver seu conflito inconsciente, material que se tor-
na substância de sua produção criadora, tende a ser obtido das experiências da infância. 
Assim, um evento comum pode impressioná-lo de tal modo que desperte a lembrança 
de alguma experiência anterior. Essa lembrança por sua vez promove um desejo, que se 
realiza no escrever ou no pintar. A relação da criatividade com o folguedo infantil atinge 
máxima clareza, talvez, no prazer que a pessoa criativa manifesta em jogar com ideias, 
livremente, em seu hábito de explorar ideias e situações pela simples alegria de ver aonde 
elas podem levar” KNELLEr, 1976, p. 42-43 apud Andrade, 2010, p. 17).
resumo:
Na concepção freudiana, a criatividade dos artistas é um substituto das brincadeiras infantis. 
A criança se expressa por meio de jogos e da fantasia, e o adulto o faz por meio da literatura ou 
da pintura, inspirando-se em suas experiências da infância. Essa relação é confirmada pelo prazer 
que a pessoa criativa sente em explorar ideias e situações apenas pela alegria de ver aonde elas 
podem chegar.
b) resumo baseado nas palavras sublinhadas:
“Vivemos num ambiente formado e, em grande proporção, criado por influências semân-
ticas sem paralelo no passado: circulação em massa, de jornais e revistas que só fazem re-
fletir, num espantoso número de casos, os preconceitos e as obsessões de seus redatores 
e proprietários; programas de rádio, tanto locais como em cadeia, quase inteiramente 
dominados por motivos comerciais; conselheiros de relações públicas, que não são mais 
que artífices, regiamente pagos, para manipular e remodelar o nosso ambiente semântico 
de um modo favorável a seu cliente. É um ambiente excitante, mas cheio de perigos, sen-
do apenas um pequeno exagero dizer que foi pelo rádio que Hitler conquistou a Áustria. 
os cidadãos de uma sociedade moderna precisam, em consequência, de algo mais do 
que simples ‘senso comum’, recentemente definido por Stuart Chase como ‘aquilo que nos 
diz que o mundo é plano’. Precisam, esses cidadãos, de ficar cientificamente conscientes 
do poder e das limitações dos símbolos, especialmente das palavras, se é que desejam 
evitar ser levados à mais completa confusão, mediante a complexidade do seu ambiente 
semântico. Assim, pois, o primeiro dos princípios que governam os símbolos é este: o 
símbolo não é a coisa simbolizada; a palavra não é a coisa; o mapa não é o território que 
ele representa (HAYAKAWA, 1972, p. 20-21 apud Andrade, 2010, p. 18).
resumo:
Vivemos num ambiente formado por influências semânticas: circulação em massa de jornais 
e revistas que refletem os preconceitos e obsessões de seus redatores e proprietários; o rádio, 
dominado por motivos comerciais; os relações públicas, pagos para manipular o ambiente a favor 
de seus clientes. É um ambiente excitante, mas cheio de perigos. os cidadãos de uma sociedade 
moderna precisam ficar conscientes do poder e das limitações dos símbolos, a fim de se evitar 
confusão ante a complexidade de seu ambiente semântico. o primeiro princípio que governa os 
símbolos é este: o símbolo não é a coisa simbolizada; a palavra não é a coisa; o mapa não é o ter-
ritório que representa.
13
Evidentemente, um resumo de um livro ou de um texto longo não pode ser feito parágrafo 
por parágrafo, a partir das palavras sublinhadas. Nesse caso, segundo Andrade (2010, p. 23), o au-
tor do resumo deve adotar os seguintes procedimentos:
a) Ler o texto integralmente, para entrar em contato com o assunto global;
b) Aplicar a técnica de sublinhar, destacando as ideias mais importantes;
c) Elaborar um esquema de redação do resumo, valendo-se das subdivisões organizadas 
pelo autor. Importa destacar que nem sempre há a necessidade de manter os títulos e subtítulos 
designados pelo autor. A forma de apresentação dos argumentos é que apontará a necessidade 
de conservar ou não as divisões.
d) A partir do esquema elaborado, desenvolver um rascunho do resumo – de cada capítulo 
ou de unidades do texto;
e) Ler o rascunho, a fim de verificar possíveis omissões ou equívocos. refazer a redação do 
resumo e transcrevê-lo nas normas da materialidade em foco, que pode ser um fichamento, por 
exemplo.
É importante ter em mente que um resumo é uma recriação do texto; outras palavras que 
mantêm a ideia original. Logo, um bom resumo apresenta de maneira sucinta o assunto da obra, 
não apresentando juízos críticos. Além disso, emprega linguagem clara e objetiva, evita a tran-
scrição de frases do original e dispensa a consulta do original para a compreensão do assunto.
Lembramos que o gênero resumo será retomado com mais profundidade ao final desta uni-
dade. Lá, serão abordados os tipos de resumo e algumas questões metodológicas de leitura e 
produção desse gênero.
FIQUE POR DENTRO
É importante salientar que o crédito de autoria deve ser SEMPrE atribuído ao autor do 
texto original. Se você copiar ou fizer referência às ideias do autor, em algum trabalho 
acadêmico, você deve citar a fonte. Se você reproduzir uma ideia sem citar a fonte, você 
está cometendo o crime de plágio, ou seja, está se apropriando indevidamente da ideia 
de outra pessoa. E plágio pode configurar como crime de violação de direitos autorais, 
além de, obviamente, ferir a ética acadêmica. Veja na Unidade 4 as orientações de ci-
tação segundo a Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT).
14
1.3 Técnicas de pesquisa bibliográfica
A pesquisa bibliográfica é o primeiro passo para a atividade acadêmica. Ela é a base para 
seminários, painéis, debates, resumos, resenhas e monografias. o problema é que muitas vezes o 
aluno, ao ingressar na faculdade, não sabe como fazer essa pesquisa.
A primeira coisa que o calouro deve fazer é entrar em contato com a biblioteca da facul-
dade/universidade, reconhecendo os títulos disponíveis. Hoje em dia, esse levantamento pode 
ser feito de forma mais facilitada, visto que o acervo está disponível online, no site da faculdade.
Segundo Gil (1988, p. 62-5 apud ANDrADE 2010, p. 28), as fontes bibliográficas classificam-se 
em:
•	 Livros de leitura corrente: obras de literatura (romance, poesia, teatro...), obras de divulgação 
científica, técnicas (com linguagem própria de uma área, destinadas aos especialistas) e a de vul-
garização (destinam-se ao público não especializado);
• Livros de referência: dicionários, enciclopédias, anuários e jornais especializados;
• Periódicos: jornais e revistas;
•	 Impressos diversos: publicações do governo, boletins informativos de empresas ou de insti-
tutos de pesquisa, estatutos etc.
FIQUE POR DENTRO
Para compreender melhor esse contexto histórico, assista o documentário “1968” pro-
duzido pela Globo News. Neste documentário você poderá vivenciar o contexto históri-
co da época, principalmente no período pós 1964, durante o regime militar. 
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=4jQ3-YEtT3Q
Spina (1974, p. 12 apud ANDrADE, 2010, p. 28) acrescenta as obras de estudo, que compreen-
dem os tratados, manuais, compêndios, monografias, teses, ensaios, conferências, antologias, 
seleções, dissertações etc.
os textos originais, que originam outras obras para formar uma literatura ampla sobre deter-
http://www.youtube.com/watch%3Fv%3D4jQ3-YEtT3Q
15
minado assunto, são consideradas como fontes primárias. Já a literatura originadade determina-
das fontes primárias, interpretando-as e analisando-as, constituem as fontes secundárias.
Mas atenção: uma mesma obra pode ser considerada primária em relação a um assunto e 
secundária em relação a outro. Independente de classificações, o mais importante é procurar fon-
tes seguras, confiáveis, de autores renomados e considerados autoridades no assunto abordado. 
Você deve prestar atenção também ao nível do seu trabalho. Enciclopédias e revistas não espe-
cializadas, por exemplo, não podem constituir exclusivamente a fundamentação bibliográfica de 
seu trabalho acadêmico. o mesmo vale para as apostilas de cursos pré-vestibulares que, uma vez 
pautadas no nível do ensino médio, não se configuram como base adequada para trabalhos uni-
versitários.
Hoje em dia, a facilidade que os recursos eletrônicos da internet oferecem na pesquisa bib-
liográfica deve ser olhada com atenção. Isso porque, apesar de o conteúdo ser vasto, nem tudo 
é confiável. Como a publicação na internet é livre e não sofre fiscalização, recomendamos certa 
cautela na utilização das informações obtidas, sobretudo via sites de busca genéricos, como o 
Google, por exemplo. Conforma lembra Andrade (2010, p. 37), “[...] a veracidade e a confiabilidade 
das informações, bem como a atualidade e procedência, são de responsabilidade de quem repro-
duz ou usa a informação, mesmo citando a fonte, como recomendado”. 
Uma alternativa importante, que pode tornar a busca mais objetiva e confiável, é utilizar os 
sites relacionados à área de interesse e também os sites de instituições de ensino superior, que di-
sponibilizam dados da produção intelectual e documentos. É possível encontrar também material 
bibliográfico em sites de publicações científicas que mantêm uma versão eletrônica e também em 
bancos de dados de órgãos do governo.
Quadro 2 - Alguns exemplos de sites de áreas específicas, de nível universitário
Site Endereço (URL) 
Base PErIE http://www.eco.unicamp.br
Biblioteca Pública na Internet http://www.ipl.org
Biblioteca virtual http://www.usp.br/sibi
Biblioteca Nacional http://www.bn.br
Bibliotecas com catálogos online http://www.cg.org.br/gt/gtbv/catalogos.htm
Catálogo de revistas científicas http://www.scielo.br
Informações em Ciência e Tecnologia http://www.ibict.br
Metabuscador http://www.metacrawler.com.br
fonte: Elaborado pela autora
http://www.eco.unicamp.br
http://www.ipl.org
http://www.usp.br/sibi
http://www.bn.br
http://www.cg.org.br/gt/gtbv/catalogos.htm
http://www.scielo.br
http://www.ibict.br
http://www.metacrawler.com.br
16
Quadro 3 - Alguns sites de universidades públicas
Site Endereço (URL) 
UErJ – Universidade do Estado do rio de Janeiro http://www.uerj.br
UNESP – Universidade Estadual Paulista http://www.unesp.br
UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas http://www.unicamp.br
UPE – Universidade de Pernambuco http://www.upe.br
USP – Universidade de São Paulo http://www.usp.br
fUA – Universidade do Amazonas http://www.fua.br
fUrG – Universidade do rio Grande http://www.furg.br
UfAL – Universidade federal de Alagoas http://www.ufal.br
UfBA – Universidade federal da Bahia http://www.ufba.br
UfCE – Universidade federal do Ceará http://www.ufce.br
UfES – Universidade federal do Espírito Santo http://www.ufes.br
Uff – Universidade federal fluminense http://www.uff.br
UfG – Universidade federal de Goiás http://www.ufg.br
UfMT – Universidade federal de Mato Grosso http://www.ufmt.br
UfMS – Universidade federal de Mato Grosso do Sul http://www.ufms.br
UfPr – Universidade federal do Paraná http://www.ufpr.br
UfrJ – Universidade federal do rio de Janeiro http://www.ufrj.br
UfrGS – Universidade federal do rio Grande do Sul http://www.ufrgs.br
UfSC – Universidade federal de Santa Catarina http://www.ufsc.br
UfSCAr – Universidade federal de São Carlos http://www.ufscar.br
UfU – Universidade federal de Uberlândia http://www.ufu.br
UnB – Universidade de Brasília http://www.unb.br
UNIfESP – Universidade federal de São Paulo http://www.epm.br
fonte: Elaborado pela autora
Quadro 4 - Alguns sites de utilidade pública, que permitem acesso livre para consulta à base de 
dados
Administração rH – SIAP http://www.siapenet.gov.br
Código Defesa do Consumidor http://www.mj.gov.br/dpdc
Comércio eletrônico http://ce.mdic.gov.br
Dados Previdenciários http://www.dataprev.gov.br
Informações – Banco Central http://www.bc.gov.br
Informações Sociais http://www.dataprev.gov.br/cnis/cnis.html
Legislação Brasileira http://www.senado.gov.br/sicon
Legislação Comércio Exterior http://www.desenvolvimento.gov.br
Leis Tributárias e Aduaneiras http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/default.htm
Marcas e Patentes – INPI http://www.inpi.gov.br
orçamento da União http://www.senado.gov.br/orcamento
registro Mercantil http://www.dnrc.gov.br
Serviços e Informações http://www.redegoverno.gov.br
fonte: Elaborado pela autora
http://www.uerj.br
http://www.unesp.br
http://www.unicamp.br
http://www.upe.br
http://www.usp.br
http://www.fua.br
http://www.furg.br
http://www.ufal.br
http://www.ufba.br
http://www.ufce.br
http://www.ufes.br
http://www.uff.br
http://www.ufg.br
http://www.ufmt.br
http://www.ufms.br
http://www.ufpr.br
http://www.ufrj.br
http://www.ufrgs.br
http://www.ufsc.br
http://www.ufscar.br
http://www.ufu.br
http://www.unb.br
http://www.epm.br
http://www.siapenet.gov.br
http://www.mj.gov.br/dpdc
http://ce.mdic.gov.br
http://www.dataprev.gov.br
http://www.bc.gov.br
http://www.dataprev.gov.br/cnis/cnis.html
http://www.senado.gov.br/sicon
http://www.desenvolvimento.gov.br
http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/default.htm
http://www.inpi.gov.br
http://www.senado.gov.br/orcamento
http://www.dnrc.gov.br
http://www.redegoverno.gov.br
17
Depois de realizar o levantamento bibliográfico, é preciso localizar as informações úteis para 
o desenvolvimento do trabalho e também documentar os dados. Para localizar as informações 
necessárias para o desenvolvimento do trabalho, você deve colocar em prática as orientações de 
leitura e produção de esquemas e resumos abordados anteriormente neste material.
FIQUE POR DENTRO
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) disponibiliza 
gratuitamente publicações periódicas internacionais e nacionais, de todas as áreas de 
conhecimento. Acesse: <http://www.periodicos.capes.gov.br/>.
1.3.1 O fichamento 
Mas como organizar todas as informações levantadas?
Partimos, então, para a documentação dos dados, que consiste no registro e/ou anotações 
para fins de estudo ou pesquisa. Um dos métodos mais indicados é o fichamento, ou seja, a tran-
scrição das anotações em fichas que, por ocuparem pouco espaço, podem ser facilmente trans-
portadas e possibilitam a ordenação do material por diferentes critérios, o que facilita o estudo.
Com o acesso facilitado ao computador, essas fichas podem ser organizadas em arquivos, 
sem a necessidade de se imprimir todas elas. Mas lembre-se de salvar em vários lugares e, se pos-
sível, manter um arquivo online (google docs, por exemplo) ou até mesmo em um e-mail destina-
do a arquivar documentos importantes.
O conteúdo das fichas 
o conteúdo varia de acordo com o tipo ou a finalidade da ficha. Segundo Marconi e Lakatos 
(2010), as fichas podem ser:
A) Bibliográficas: podem referir-se a aspectos como (I) o campo de saber que é aborda-
do; (II) os problemas significativos abordados; (III) as conclusões alcançadas; (IV) as con-
tribuições em relação ao assunto do trabalho; (V) as fontes dos dados (documentação 
direta ou indireta, questionário, formulário...); (VI) os métodos de abordagem e de pro-
cedimento utilizados pelo autor; (VII) a modalidade empregada pelo autor; ou ainda (VIII) 
http://www.periodicos.capes.gov.br/
18
a utilização de recursos ilustrativos, como tabelas, quadros, gráficos, mapas ou desenhos. 
Podem ser divididas em:
- Bibliográficas de obra inteira;
- Bibliográficas de parte de uma obra;
Em ambos os casos, você deve ser breve (se quiser inserir mais detalhes, prefira uma ficha 
de resumo ou conteúdo), utilizarverbos ativos (por exemplo: analisa, compara, contém, 
critica, define, descreve, examina...) e evitar repetições desnecessárias. 
B) Citações: consiste na reprodução fiel de frases ou sentenças consideradas relevantes. 
Lembre-se que toda citação deve vir entre aspas e, depois dela, deve constar o número 
da página de onde foi extraída e a transcrição deve ser textual, ou seja, se houver erros 
de grafia, eles devem ser reproduzidos. Além disso, a supressão de uma ou mais palavras 
deve ser indicada, utilizando-se, para isso, de três pontos, que devem estar entre parênte-
ses se estiverem no meio do texto. A supressão de um ou mais parágrafos também deve 
ser assinalada, utilizando-se uma linha completa de pontos. Lembre-se também que uma 
frase deve ser completa, pois pode acontecer de perder o sentido quando extraída do 
contexto. E, por fim, quando o trecho transcrito é de outro autor, isso deve ser assinalado 
(muitas vezes, o autor fichado cita frases ou parágrafos escritos por outra pessoa).
C) Resumo ou de Conteúdo: nesse caso, a ficha apresenta uma síntese concisa das ideias 
principais do autor. Atenção: não é uma transcrição como a ficha de citações. Deve ser 
elaborada pelo leitor, com suas próprias palavras. 
D) Esboço: esse tipo de ficha assemelha-se à ficha de resumo, mas é mais detalhada. É a 
mais extensa das fichas, pois a síntese das ideias pode ser realizada quase de página por 
página. Exige a indicação da página, à esquerda da ficha.
E) Comentário ou Analítica: consiste na explicitação crítica pessoal das ideias do autor. 
Nesse tipo de fichamento, é possível comparar a obra com outros trabalhos sobre o mes-
mo tema, bem como explicitar a importância da obra para o estudo em pauta.
No computador, essas fichas podem ser organizadas em pastas com arquivos, sem a neces-
sidade de se imprimir todas elas. Segue uma sugestão:
Técnicas de pesquisa
resenha 1.1 A
LAKAToS, Eva Maria; MArCoNI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. 
São Paulo: Atlas, 2005.
19
Palavras-chave Citações reflexões
Conceito de resenha É a apresentação do conteúdo de 
uma obra, acompanhada de uma 
avaliação crítica. Expõe-se clara-
mente e com certos detalhes o con-
teúdo da obra para posteriormente 
desenvolver uma apreciação crítica 
do conteúdo. A resenha crítica con-
siste na leitura, resumo e comentário 
crítico de um livro ou texto (...). 
(LAKAToS; MArCoNI, 1996, p. 90) 
o que diferencia uma resenha de 
um resumo é a crítica fundamentada 
que ela oferece.
Critérios para elaboração da resenha (...) Para a elaboração do comentário 
crítico, utilizam-se opiniões de diver-
sos autores da comunidade científica 
em relação às definidas pelo ator e se 
estabelece todo tipo de comparação 
como os enfoques, métodos de in-
vestigação e formas de exposição de 
outros autores (LAKAToS; MArCoNI, 
1996, p. 90).
Uma boa estratégia para a escrita de 
uma resenha crítica é realizar a leitu-
ra de outro autor que trata do mes-
mo tema.
fonte: elaborado pela autora com base em LAKAToS; MArCoNI (1996)
Vamos, então, pensar sobre a outra parte constituinte do processo de pesquisa: a escrita 
acadêmica e/ou científica.
2 REDAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
Antes de você, leitor(a), começar a produzir um texto acadêmico, é preciso certificar-se de 
que a proposta está clara para você mesmo(a). Construir um raciocínio coerente consiste em con-
tínuas tomadas de decisão, e esse processo começa antes mesmo de escrever a primeira frase do 
seu texto.
Você precisa ter consciência de que necessita organizar seus pensamentos e planejar sua 
atividade de escrita. Questione-se, primeiramente:
•	 Quais	são	os	objetivos	do	texto?
•	 Em	linhas	gerais,	qual	é	o	assunto	do	texto?
•	Qual	é	o	gênero	adequado	aos	objetivos?	(Se	o	gênero	já	foi	determinado,	quais	são	suas	
especificidades?)
•	 Qual	é	o	nível	de	linguagem	que	deve	ser	usado?
•	Qual	é	o	nível	de	conhecimento	que	eu	tenho	sobre	o	assunto?
•	Qual	é	o	grau	de	subjetividade	ou	de	impessoalidade	que	deve	ser	exposto?
•	 Registrei	a	origem	das	informações	utilizadas?	(Tenho	todos	os	dados	bibliográficos?)
•	 Quais	são	as	condições	práticas	de	produção:	tempo,	apresentação,	formato?
20
Enquanto acadêmico(a), você precisa ter em mente que pesquisadores e cientistas têm 
um modo particular de estruturar sua escrita. os textos produzidos por esses sujeitos buscam 
promover a circulação do conhecimento e, para isso, utilizam-se da reflexão, da investigação, da 
crítica e/ou da análise de questões científicas, artísticas e filosóficas. Por isso, você, leitor(a), que 
está no meio acadêmico, tem pela frente um desafio muito maior do que dominar um tema, te-
star hipóteses ou sustentar seus argumentos e conclusões. Você deve relatar com clareza, obje-
tividade, coerência e precisão suas pesquisas e suas investigações, de modo que elas possam ser 
compreendidas e reproduzidas por pesquisadores que tomem o seu trabalho como referência.
2.1 Objetividade e coerência
Andrade (2010) destaca que a objetividade é um requisito básico e essencial na articulação 
entre conteúdo e linguagem de um trabalho científico. Uma vez que a linguagem científica é fun-
damentalmente informativa, técnica e racional, ela dispensa figuras de retórica, frases de efeito 
e formas literárias. Privilegiam-se frases curtas, simples e com vocabulário adequado. os termos 
técnicos e expressões estrangeiras só devem ser utilizados quando indispensáveis no desenvolvi-
mento do raciocínio proposto.
outro fator fundamental para a construção do sentido do texto é a coerência, que não é 
uma marca textual, mas diz respeito aos aspectos lógicos e semânticos que permitem a união dos 
elementos textuais. Expliquemo-nos: um texto é considerado coerente quando apresenta uma 
configuração conceitual compatível com o conhecimento de mundo do recebedor. Seu sentido é 
construído não só pelo produtor como também pelo recebedor, que precisa deter os conhecimen-
tos necessários à sua interpretação. Essa interferência do interlocutor na construção do sentido do 
texto não só não é ignorada pelo produtor como ele conta com ela. É por causa dessa capacidade 
de o interlocutor participar da construção dos sentidos que muitos dos elementos necessários 
para se entender um texto nem sempre vêm explícitos, mas dependem das pressuposições/in-
ferências do recebedor.
Vejamos o exemplo a seguir:
TEXTO COM BAIXO PADRÃO DE COERÊNCIA
DroGAS
Antes seus pais davam-lhe tudo o que queria: roupas, comida e dinheiro. Não lhe deixa-
vam faltar nada, mas tudo que é bom dura pouco. Além de seus pais pagarem colégios caros 
para ele estudar, ele nunca se interessou em aprender nada. 
Quando se apaixonou por uma garota e poucos meses ela ficou grávida aí precisou ar-
rumar um emprego, tinha perdido seus pais num acidente e seu pai passava por varias dificul-
21
dades financeira e tinha grandes dividas e não o deixou nada em bens financeiros.
Mais os empregos que conseguia não lhe ofereciam melhores condições aí que ele per-
cebeu o quanto lhe fazia falta o estudo naquele momento.
Para a piora do seu estado ele perdeu o emprego, já ganhava pouco, passavam-se os dias 
só piorava a situação, quando no dia bem cedo saiu a procura emprego passou a manhã e a tar-
de, quando retornava para sua casa ao atravessar a rua ele viu um velho amigo que logo convi-
dou para ir na sua casa. Ao chegar, ele convidou para acender o cachimbo. Ele muito revoltado 
da vida ele acendeu, logo se viciou. Como tinha o corpo muito fraco para aquela droga, apenas 
6 meses foram suficientes para cometer suicídio e pôr um fim por causa dessa maldita droga.
...........................................................................................................................................................................................
o texto surpreende, mesmo antes de uma análise mais aprofundada, pela extrema di-
ficuldade do aluno em utilizar aceitavelmente a modalidade escrita da língua portuguesa. 
os desvios em nível formal,especialmente no tocante à ortografia, à acentuação gráfica e à 
pontuação, são graves, mas foram regularizados, por não serem objeto deste trabalho. Além 
da desestruturação formal, há problemas no aspecto lógico-semântico. De fato, é possível lo-
calizar infrações das quatro metarregras, ao longo do texto.
Uma leitura global revela uma quase total desarticulação entre o texto e o tema propos-
to no título “Drogas”. Apenas no último dos quatro parágrafos do texto é mencionado o fato 
de que a pessoa de quem se fala no texto “se viciou” numa droga cujo nome não é dado e, por 
causa disso, cometeu suicídio. 
o texto começa com um indicador temporal (“antes”) que logo faz surgir a pergunta pelo 
antecedente: antes de quê? Como se notará no decorrer do texto, o autor faz referência a um 
período anterior à morte dos pais de seu personagem, onde a vida era tranquila e confortável.
Do mesmo modo, “seus pais” levanta a pergunta: pais de quem? A pronominalização, 
característica do uso da metarregra de repetição (Mr1), foi pouco efetiva, neste caso, por ter 
sido usada cataforicamente num período longo onde o sintagma “ele” aparece muito tardia-
mente. E, sobretudo, porque “ele” já remete a um referente que não foi expresso. 
“...quando retornava para sua casa, ao atravessar a rua, ele viu um velho amigo que logo 
convidou para ir na sua casa. Ao chegar, ele convidou para acender o cachimbo...”
A ambiguidade é completa. o verbo “convidou”, se aceitarmos a frase como está, tem 
como sujeito um elíptico “ele”, que só podemos identificar como sendo o nosso personagem 
central. o mesmo se aplica aos outros termos destacados (“sua” e “ele”): ambos se referem ao 
personagem de quem o texto fala. No entanto, uma visão global do texto deixa claro que o 
sujeito de “convidou” é, na verdade, o “velho amigo”, a quem também se referem os termos 
“sua” e “ele”. 
22
Como dissemos anteriormente, a coerência refere-se à construção de sentidos pelo recebe-
dor. Entretanto, a coerência pode manifestar-se linguisticamente. Isso significa que um texto ob-
jetivo também é coerente e coeso. Coesão é o modo como ligamos os elementos textuais numa 
sequência, articulação esta responsável pela unidade formal do texto.
Mas além ser construída por mecanismos gramaticais e lexicais, a coesão também pode 
ocorrer simplesmente pelas relações semânticas que se estabelecem entre as orações. Veja o ex-
emplo de Mino Carta:
Como se conjuga um empresário
Acordou. Levantou-se. Aprontou-se. Lavou-se. Barbeou-se. Enxugou-se. Perfumou-se. Lan-
chou. Escovou. Abraçou. Beijou. Saiu. Entrou. Cumprimentou. orientou. Controlou. Advertiu. Che-
gou. Desceu. Subiu. Entrou. Cumprimentou. Assentou-se. Preparou-se. Examinou. Leu. Convo-
cou. Leu. Comentou. Interrompeu. Leu. Despachou. Conferiu. Vendeu. Vendeu. Ganhou. Ganhou. 
Ganhou. Lucrou. Lucrou. Lucrou. Lesou. Explorou. Escondeu. Burlou. Safou-se. Comprou. Vendeu. 
Assinou. Sacou. Depositou. Depositou. Depositou. Associou-se. Vendeu-se. Entregou. Sacou. De-
positou. Despachou. repreendeu. Suspendeu. Demitiu. Negou. Explorou. Desconfiou. Vigiou. or-
denou. Telefonou. Despachou. Esperou. Chegou. Vendeu. Lucrou. Lesou. Demitiu. Convocou. Elo-
giou. Bolinou. Estimulou. Beijou. Convidou. Saiu. Chegou. Despiu-se. Abraçou. Deitou-se. Mexeu. 
Gemeu. fungou. Babou. Antecipou. frustrou. Virou-se. relaxou-se. Envergonhou-se. Presenteou. 
Saiu. Despiu-se. Dirigiu-se. Chegou. Beijou. Negou. Lamentou. Justificou-se. Dormiu. roncou. Son-
hou. Sobressaltou-se. Acordou. Preocupou-se. Temeu. Suou. Ansiou. Tentou. Despertou. Insistiu. 
Irritou-se. Temeu. Levantou. Apanhou. rasgou. Engoliu. Bebeu. rasgou. Engoliu. Bebeu. Dormiu. 
Dormiu. Dormiu. Acordou. Levantou-se. Aprontou-se...
outra sequência mal construída, ainda no segundo parágrafo, diz que “tinha perdido 
seus pais num acidente”, mas imediatamente nos surpreende com a afirmação de que “seu pai 
passava por varias dificuldades finaceira”, configurando uma nova e gravíssima contradição. A 
recuperação da real intenção do escritor se dá no final do parágrafo com a afirmação de que 
o pai “não o deixou nada em bens finaceiro”, quando se entende que ele tinha dificuldades 
financeiras antes de morrer em um acidente.
(Disponível em <http://www.geocities.ws/esquinadaliteratura/autores/benedito/ben-
edito05.html>. Acesso em 23/07/2012)
http://www.geocities.ws/esquinadaliteratura/autores/benedito/benedito05.html
http://www.geocities.ws/esquinadaliteratura/autores/benedito/benedito05.html
23
2.2 Clareza
Clareza diz respeito à qualidade de uma mensagem que não deixa margem para dúvidas 
sobre o seu sentido. Logo, um texto claro é entendido de maneira mais imediata. 
Ideias claras são expressas por frases objetivas que privilegiam a ordem direta e palavras 
claras. Assim, as frases longas tendem a comprometer a concordância gramatical e, consequente-
mente, a clareza do raciocínio. 
De forma geral, a concisão deve acompanhar a clareza. Um texto repetitivo, que apresenta a 
mesma ideia em mais de um parágrafo ou frase, por mais bem escrito que seja, torna-se cansativo. 
É necessário, portanto, evitar o prolongamento da explicação de uma ideia que já está suficiente-
mente esclarecida, bem como a repetição desnecessária de informações que não são relevantes 
para o trabalho.
2.3 Impessoalidade
A impessoalidade é um aspecto de grande contribuição para a objetividade do texto científ-
ico, pois pode promover certo distanciamento do autor (ANDrADE, 2010).
2.4 A revisão
finalizado o texto, o autor assume uma outra posição: a de revisor. Ao “fingir” ser o leitor do 
seu texto, você deve buscar as lacunas não previstas na preparação do seu texto, de forma crítica, 
distanciada. Escrever é um exercício. Se após uma leitura rápida você percebeu que não atingiu 
seu objetivo, é preciso recomeçar. Uma vez sanados os desvios da primeira versão, é hora de escul-
pir sua criação: suprir palavras deslocadas, incluir explicações, ajustar a ortografia e a acentuação 
e reescrever períodos extensos demais.
Se o seu texto não tem um prazo urgente de entrega, uma opção que pode facilitar a visu-
alização dos erros e das incoerências é deixar o texto de lado por algumas horas ou dias. Com a 
mente e a visão tranquilos, o autor pode aprimorar seu trabalho de forma a deparar-se com ele 
como se fosse a primeira vez.
Resumindo...
24
30 dicas para escrever bem
Professor João Pedro da UNICAMP
1. Deve evitar ao máx. a utiliz. de abrev., etc.
2. É desnecessário fazer-se empregar de um estilo de escrita demasiadamente rebuscado. Tal 
prática advém de esmero excessivo que raia o exibicionismo narcisístico.
3. Anule aliterações altamente abusivas.
4. não esqueça as maiúsculas no início das frases.
5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz.
6. o uso de parêntesis (mesmo quando for relevante) é desnecessário.
7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.
8. Evite o emprego de gíria, mesmo que pareça nice, sacou??... então valeu!
9. Palavras de baixo calão, porra, podem transformar o seu texto numa merda.
10. Nunca generalize: generalizar é um erro em todas as situações.
11. Evite repetir a mesma palavra pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição 
da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encon-
tra repetida.
12. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: “Quem cita os outros não tem 
ideias próprias”.
13. frases incompletas podem causar
14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, bas-
ta mencionar cada argumento uma só vez, ou por outras palavras, não repita a mesma ideia 
várias vezes.
15. Seja mais ou menos específico.
16. frases com apenas uma palavra? Jamais!
17. A voz passiva deve ser evitada.
18. Utilize a pontuação corretamente o ponto e a vírgula pois a frase poderá ficar sem sentido 
25
especialmente será que ninguém mais sabe utilizar o ponto de interrogação
19. Quem precisa de perguntasretóricas?
20. Conforme recomenda a A.G.o.P, nunca use siglas desconhecidas.
21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação.
22. Evite mesóclises. repita comigo: “mesóclises: evitá-las-ei!”
23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.
24. Não abuse das exclamações! Nunca!!! o seu texto fica horrível!!!!!
25. Evite frases exageradamente longas pois estas dificultam a compreensão da ideia nelas 
contida e, por conterem mais que uma ideia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo 
acessível, forçam, desta forma, o pobre leitor a separá-las nos seus diversos componentes de 
forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da 
leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.
26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língúa portuguêza.
27. Seja incisivo e coerente, ou não.
28. Não fique escrevendo (nem falando) no gerúndio. Você vai estar deixando seu texto pobre 
e estar causando ambiguidade, com certeza você vai estar deixando o conteúdo esquisito, vai 
estar ficando com a sensação de que as coisas ainda estão acontecendo. E como você vai estar 
lendo este texto, tenho certeza que você vai estar prestando atenção e vai estar repassando 
aos seus amigos, que vão estar entendendo e vão estar pensando em não estar falando desta 
maneira irritante.
29. outra barbaridade que tu deves evitar chê, é usar muitas expressões que acabem por de-
nunciar a região onde tu moras, carajo!... nada de mandar esse trem... vixi... entendeu, bichin-
ho?
30. Não permita que seu texto acabe por rimar, porque senão ninguém irá agüentar já que é 
insuportável o mesmo final escutar.
26
3 RESUMO
Se pararmos para pensar, resumimos frequentemente em nosso dia a dia: o filme ao qual 
assistimos, o livro que lemos, uma história, uma notícia. o mesmo processo de síntese prática tam-
bém é mobilizado no contexto escolar/acadêmico: destacamos os elementos mais importantes 
de um período literário, da matéria para a prova ou das regras gramaticais. É preciso apresentar, 
ainda, no mundo universitário, o resumo das pesquisas que desenvolvemos para apresentar em 
eventos ou apenas como um elemento formal que compõe o trabalho monográfico/dissertativo 
final. 
Percebemos que cada um dos exemplos citados implica em um objetivo diferente. Isso nos 
leva a inferir que cada situação comunicativa confere características específicas ao tipo de resumo 
produzido. Logo, produzir um resumo não é uma tarefa tão simples como muitos imaginam. o 
ato de reduzir um texto a seus elementos fundamentais e, ao mesmo tempo, construir um resumo 
coeso e coerente, exige muita leitura e muita prática. Algumas técnicas também podem auxiliar. 
São essas peculiaridades desse gênero textual que pretendemos expor a partir de agora.
3.1 Definições e tipos
Em linhas gerais, entre as várias definições de resumo que circulam no meio educacional, 
esse gênero textual pode ser definido como uma apresentação concisa dos elementos essenciais 
de um texto. o que muitos confundem, entretanto, é que resumimos as ideias de um texto, e não 
suas palavras. Isso porque muitos alunos iniciantes ou não orientados adequadamente tendem a 
sublinhar as “partes principais” do texto original e depois reproduzi-las no que chamam de resu-
mo. Ideia equivocada, que deve ser modificada com a experiência. resumir significa ter a capaci-
dade de sintetizar com fidelidade as ideias do autor, porém com suas próprias palavras.
A Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT), na versão de 2003, norma NBr 6038, 
aplica a seguinte definição para resumo: “[...] apresentação concisa dos pontos relevantes de um 
documento”. Para efeitos da norma, classifica-se o resumo em três tipos:
a. Resumo Crítico: resumo redigido por especialistas com análise crítica de um documento, 
também chamado de resenha.
b. Resumo Indicativo: Indica apenas os pontos principais do documento. Por não apre-
sentar dados qualitativos e quantitativos, não dispensa a consulta ao original. frequente em tra-
balhos de conclusão de curso, artigos, monografias, dissertações e teses. 
c. Resumo Informativo: informa ao leitor as finalidades, a metodologia, os resultados e as 
conclusões do documento, de modo que o leitor possa até dispensar a consulta ao original. Po-
demos pensar em duas situações em que esse tipo de resumo é utilizado:
(I) ocasiões em que o aluno deve resumir o conteúdo de um material lido, por exemplo, para 
a apresentação oral ou para uma prova e;
27
(II) ocasiões em que o aluno deve realizar um fichamento de uma obra que não poderá dis-
por no futuro, por exemplo, de um livro que tomou como empréstimo de uma biblioteca.
Essa versão da ABNT prevê, ainda, orientações gerais de apresentação do resumo. Vejamos:
3.1 o resumo deve ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do docu-
mento. A ordem e a extensão destes itens dependem do tipo de resumo (informativo ou 
indicativo) e do tratamento que cada item recebe no documento original.
3.2 o resumo deve ser precedido da referência do documento, com exceção do resumo 
inserido no próprio documento.
3.3 o resumo deve ser composto de uma sequência de frases concisas, afirmativas e não 
de enumeração de tópicos. recomenda-se o uso de parágrafo único.
3.3.1 A primeira frase deve ser significativa, explicando o tema principal do documento. 
A seguir, deve-se indicar a informação sobre a categoria do tratamento (memória, estudo 
de caso, análise da situação etc.).
3.3.2 Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular.
3.3.3 As palavras-chave devem figurar logo abaixo do resumo, antecedidas da expressão 
Palavras-chave:, separadas entre si por ponto e finalizadas também por ponto.
3.3.4 Devem-se evitar:
a) símbolos e contrações que não sejam de uso corrente;
b) fórmulas, equações, diagramas etc., que não sejam absolutamente necessários; quando 
seu emprego for imprescindível, defini-los na primeira vez que aparecerem (ABNT, NBr 
6038, 2003).
É importante destacar, entretanto, que há normas específicas, dependendo do objetivo e do 
meio de divulgação do resumo. Por exemplo, ao submeter um artigo e, consequentemente, seu 
resumo a uma revista, temos que seguir as normas estabelecidas pela editoração. 
Dito isso, propomos voltarmos nossa atenção para o processo de produção do resumo, 
que gera, em muitos casos, como já vimos, dúvidas e enganos aos mais desavisados.
FIQUE POR DENTRO
Você estudará na unidade 3 sobre a importância de você participar de eventos em sua 
vida acadêmica. Independente do tipo de evento, para que seu trabalho seja aceito 
para exposição, você deve submeter um resumo indicativo. Portanto, preste atenção 
nesta unidade, pois ela dialoga com a última unidade.
28
3.2 Questões metodológicas de leitura e produção do 
gênero resumo
De forma geral – sem nos determos em um determinado tipo de resumo –, o primeiro passo 
para a produção de um bom resumo é a delimitação das condições de produção. Isso significa 
determinar o autor, o objetivo, o interlocutor e o local em que circulará. Se estivermos situados, 
por exemplo, no meio acadêmico/escolar, o aluno é o autor, o interlocutor provável é o professor 
e o objetivo principal é apresentar a compreensão global de um texto.
o segundo passo é desenvolver uma boa leitura do texto a ser resumido. Severino (2007) 
destaca algumas etapas pelas quais deve passar essa fase de leitura. São elas:
a. Delimitação da unidade de leitura: identifique os elementos básicos da situacionali-
dade do texto – autor, data de publicação, fonte, formato (é um capítulo? Um livro? Um artigo?). 
b. Análise textual: nessa etapa, procure responder:
•	 Do	que	o	texto	trata?	(título,	subtítulo,	capa,	orelha,	resumo,	bibliografia...)
•	 O	que	você	sabe	sobre	o	assunto	tratado?
•	Qual	é	o	objetivo	do	texto?
•	Quais	os	elementos	gráficos	(imagens,	gráficos,	fotos,	tabelas)	que	contribuem	para	formu-
lar previsões sobre o texto?
c. Análise temática:leia o texto, em sua totalidade, procurando traçar um panorama do 
raciocínio do autor para definir e defender seu tema. faça, nesse momento, um levantamento do 
vocabulário, fatos e conceitos que confirmam ou não as previsões feitas anteriormente. 
d. Análise interpretativa: identifique as relações entre as ideias apresentadas no texto e 
selecione as mais importantes em cada parágrafo. Duas estratégias podem contribuir nessa eta-
pa: sublinhar a oração principal do parágrafo ou sintetizar em uma expressão/frase que indique 
a sua compreensão do parágrafo. Essa etapa pode resultar em um esquema, isto é, um mapa de 
palavras e/ou expressões que ilustra a organização global de um texto.
e. Diálogo com o texto: nessa etapa, tome uma posição frente às ideias do texto. Isso sig-
nifica situar as ideias do texto no conjunto mais amplo do pensamento teórico, estabelecendo 
relações entre as teorias. o próximo passo é a formação de um juízo crítico frente ao texto lido, 
que pode ser feito a partir de duas perspectivas: (I) levando-se em conta sua coerência interna, 
isto é, se o texto atinge o objetivo a que se propôs, se seus argumentos são sólidos e se foi eficaz 
na demonstração da tese e (II) sua originalidade, validade e contribuição do texto na esfera maior 
da teoria em que se encaixa.
Vamos nos deter agora na etapa da escrita do resumo. Munidos das sinalizações realizadas 
no texto, do esquema e das anotações feitas durante a leitura e interpretação do texto, chega-se 
ao momento de registrar, com palavras próprias, as ideias mais relevantes do texto. 
É muito importante que, frequentemente, o produtor do resumo mencione no resumo o 
autor do texto “original”, atribuindo a ele as ideias e argumentos. Alguns verbos que podem ser 
29
utilizados para apontar as ações realizadas pelo autor são os que indicam:
a. a posição do autor: afirma, nega, acredita, duvida...
b. o conteúdo geral: aborda, trata de...
c. a organização das ideias do texto: define, classifica, enumera, argumenta...
d. a relevância de uma ideia do texto: enfatiza, ressalta...
e. a ação do autor em relação ao leitor: incita, busca leva a...
outros exemplos de verbos: apresentar, definir, descrever, ressaltar, confrontar, comparar, 
criticar, acreditar, afirmar, exemplificar, questionar, negar, abordar, defender, comprovar, esclare-
cer, argumentar, relatar, concluir, mostrar, tratar de, sugerir, deduzir, iniciar, explicar, reforçar, intro-
duzir, classificar.
3.3 O resumo acadêmico/indicativo
Apontaremos, a partir de agora, algumas considerações sobre o resumo acadêmico, tipo de 
resumo que objetiva transmitir ao leitor uma ideia completa do teor do documento analisado, 
fornecendo os dados necessários para que o leitor seja capaz de fazer uma avaliação do texto lido, 
sem consultar o texto integral. 
o resumo acadêmico constitui-se de algumas características específicas, entre elas sua ex-
tensão1 e seu formato em parágrafo único. o conteúdo deve ser exposto de forma objetiva, ou 
seja, não deve conter observações avaliativas do resumidor, nem explicações mais amplas sobre o 
conteúdo. Segundo Severino (2007), o resumo acadêmico deve responder às seguintes questões:
a. De que natureza é o trabalho analisado (pesquisa empírica, teórica, levantamento docu-
mental...)?
b. Qual é o objeto pesquisado/estudado?
c. o que se pretendeu demonstrar ou constatar?
d. Qual foi o embasamento teórico em que o desenvolvimento do raciocínio do autor se 
apoiou?
e. Quais procedimentos metodológicos foram utilizados?
f. Quais os resultados alcançados?
observe o exemplo a seguir:
1 Quanto à extensão, a NBr 6038 estabelece:
a) de 150 a 500 palavras os de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e outros) e relatórios técnico-científicos;
b) de 100 a 250 palavras os de artigos de periódicos;
c) de 50 a 100 palavras os destinados a indicações breves.
os resumos críticos, por suas características especiais, não estão sujeitos a limite de palavras.
30
 
É importante destacar que, por ser um resumo de um projeto de pesquisa que ainda vai 
ser desenvolvido, não contém resultados ou conclusões, mas apresenta elementos fundamentais 
como o tema, a problemática, o objetivo, a metodologia, o contexto, o sujeito e os instrumentos 
de pesquisa.
Estudiosos da área, na contemporaneidade, defendem que o processamento da construção 
de um texto passa por três grandes etapas: o planejamento, a execução e a revisão. Muitas vezes 
pulamos etapas e, depois de lido o texto a ser resumido, centramos nossos esforços na execução, 
e esquecemos o quão importante são todas as etapas para que nosso texto tenha a consistência 
e coerência com a situação comunicativa solicitada. 
Dito isso, esperamos que você não se contente com esse texto. Crie estratégias próprias 
para desenvolver seu texto, (I) compreendendo que tipo de resumo você tem que fazer e suas 
especificidades, (II) desenvolvendo uma boa leitura do texto – para isso, sugerimos alguns passos 
baseando-nos em Severino (2007) -, (III) escrevendo, com suas próprias palavras, as ideias prin-
cipais do texto, lembrando-se sempre de remeter aos autores do teto original e (IV) revisando o 
texto produzido, quantas vezes forem necessárias, verificando se todos os passos foram seguidos. 
Machado (2005, p. 57) propõe a seguinte ficha de autoavaliação:
31
4 RESENHA
Como vimos no item anterior, resumir é uma tarefa cotidiana que decide, em boa medida, a 
maneira como delimitamos aquilo que é essencial nos diferentes gêneros textuais com e por meio 
dos quais nos relacionamos (sejam eles escritos, orais ou multimodais). Todavia, nem sempre a 
tarefa de resumir é e/ou deve ser desenvolvida de maneira imparcial, isto é, nem sempre a tarefa 
de resumir é determinada pela identificação, seleção e reescrita das ideias principais de um texto. 
Para sermos mais precisos, falamos daqueles resumos em que não apenas as ideias do autor do 
texto fonte mas, principalmente, as ideias do autor do ‘resumo’ figuram como importantes para o 
atendimento das demandas de estilo, padrão composicional e objetivo do gênero a que vamos 
nos dedicar nesse capítulo: a resenha.
4.1 Definição e características
Em linhas gerais, a resenha é uma espécie de resumo crítico, no qual, além de destacar as 
ideias principais do autor do texto, deve-se exprimir a opinião do sujeito ‘resumidor’. A resenha 
compreende uma abordagem objetiva (por meio da qual se descreve o assunto ou algo que foi 
observado, sem emitir juízo de valor) e uma abordagem subjetiva (na qual é esboçada uma apre-
ciação daquilo que fora resumido, demonstrando o posicionamento do elaborador da resenha 
em relação ao texto/objeto que está sendo resenhado). Por isso, deve-se expor de maneira clara o 
conteúdo daquilo que será resenhado (tema, objetivos, o método utilizado pelo autor do texto a 
ser resumido), bem como a apresentação tipográfica da obra (trata-se de uma situação, um filme, 
um livro, capítulo de livro, artigo, número de páginas etc.).
Importa destacar que a resenha atende a uma finalidade social: apresentar ao público (seja 
ele qual for) as principais informações a respeito do objeto/coisa/obra resenhado, bem como uma 
apreciação sobre ele, permitindo a esse mesmo público o acesso àquilo que fora resenhado, bem 
como a impressão que alguém especializado (ou não) teve sobre esse objeto/coisa ora resenha-
do. Nesse sentido, deve ficar claro para você, aluno(a), que a finalidade de uma resenha, seja 
ela do tipo que for, é mais ou menos a mesma sempre. Contudo, o papel social assumido pelo 
resenhista, o suporte em que vai circular a resenha e o público a que se destina pode transformar 
a forma como a seleção dos dados mais importantes do objeto a ser resenhado vai ocorrer.
Comumente, é consenso entre autores que o gênero resenha pode ser dividido em alguns 
tipos, como a descritiva e a crítica, distintas pelas características que mantém do texto fonte. A 
fim de não confundir você, leitor(a), com algumas minúcias não tão importantes, trabalharemoscom um tipo de resenha que, na verdade, figura como o mais usual, dada a função social e suas 
condições de produção: a resenha acadêmica/escolar.
Por abarcar uma sequência descritiva/narrativa acerca de um texto/objeto fonte, seguido 
de uma apreciação, vários gêneros podem ser abarcados por essa definição. Destacamos, para 
seu conhecimento, a sinopse de filmes, a crítica de livros, de filmes, peças teatrais, gastronômicas 
entre outras. Via de regra, essas produções circulam na esfera midiática e são produzidas por espe-
cialistas no assunto (cheffs de cozinha, críticos de arte, cinéfilos renomados, articulistas de jornais 
ou revistas, escritores etc.). 
32
Entretanto, para não perder o fio da meada proposto em nosso objetivo, vejamos como a 
resenha acadêmica/escolar se distingue, sobretudo, em função do suporte em que é veiculada.
4.2 Resenha acadêmica/escolar
Também conhecida como resenha escolar, a resenha acadêmica é aquela produzida no 
ambiente acadêmico a fim de cumprir demandas desse mesmo ambiente: apresentar, divulgar e 
apreciar as ideias apresentadas por um objeto/obra fonte, na maioria das vezes, com o objetivo de 
demonstrar a capacidade de síntese e de compreensão global do texto lido pelo aluno. Assim sen-
do, na esfera acadêmica, o gênero resenha é investido de um caráter técnico, pois deve atender 
às orientações dadas pelo suporte e espaço no qual circulará (as laudas de provas e trabalhos de 
avaliação), assim como pelas condições de sua produção (destinadas a informar ao professor a 
globalidade e alcance da leitura realizada pelo aluno).
Mas, você, caro(a) aluno(a), pode estar se perguntando: Se todo gênero deve possuir uma 
função social, por que a resenha acadêmica é escrita para o professor? respondemos: Embora ten-
hamos dito que o interlocutor direto da resenha acadêmica seja o professor, devemos considerar 
o fato de toda a produção escrita escolar/acadêmica ser envolvida por comandos que visam levar 
o aluno a compreender a relação de sua escrita com uma finalidade social “encenada”, na qual o 
aluno resenhista, ao escrever uma resenha, deve observar sua maior finalidade, independente do 
contexto a que se destine: relatar, de maneira minuciosa, as particularidades de um texto/objeto 
fonte, posicionando-se, criticamente, em relação a ele.
É por isso que, ao escrever uma resenha escolar/acadêmica, “[...] você deve levar em consid-
eração que estará escrevendo para seu professor que, se indicou a leitura, deve conhecer a obra. 
Portanto, ele avaliará não só sua leitura da obra, através do resumo que faz parte da resenha, mas 
também sua capacidade de opinar sobre ela” (MACHADo; LoUSADA; ABrEU-TArDELLI, 2008, p. 
31).
Sabendo, então, que a resenha compreende uma abordagem objetiva e uma abordagem 
subjetiva sobre um texto/objeto fonte, então ela pode atender ao roteiro que apresentamos a 
seguir, sobretudo porque partimos de uma proposta ampla que abarca aspectos imprescindíveis 
(porém introdutórios) da estrutura e padrão composicional de uma resenha acadêmica. Esper-
amos que, a partir desses encaminhamentos, você, aluno(a), possa buscar a especialização de 
sua produção escrita, aprimorando, cada vez mais, sua compreensão no que se refere ao gênero 
resenha.
4.3 Da estrutura da resenha acadêmica
Segundo a NBr 14724:2005 (apud CANoNICE, 2007), a resenha acadêmica deve ser digitada 
com fonte Times New romam ou Arial, em tamanho 12, espaçamento 1,5 entre linhas, excetuan-
do-se as referências, que deverão ser escritas em espaçamento simples.
33
os itens listados a seguir dizem das partes constituintes de uma resenha. Entretanto, 
recomendamos que eles sejam componentes de um texto do tipo “corrido”, sem subdivisões 
como seções demarcadas por títulos, tal como, costumeiramente, encontramos em livros, revistas 
e artigos científicos.
FIQUE POR DENTRO
Gêneros multimodais são os textos constituídos pela sobreposição de diferentes códi-
gos: verbal, visual e sonoro.
Título
o título da resenha deve ser conciso e de autoria do resenhista. Criatividade e atenção à 
temática do texto/objeto fonte são quesitos importantes na composição desse item.
Referência
Item obrigatório de toda resenha acadêmica. Disposto na sequência do título da resenha, a 
referência do texto/objeto fonte deve obedecer às diretrizes da ABNT (NBr 6023:2002), incluindo, 
se possível, os elementos complementares, como os itens descrição física, número de páginas, 
ilustração etc.
Credenciais do autor
Nesse item, o resenhista faz um levantamento da vida do autor do texto fonte, destacando, 
de maneira concisa, informações importantes, como formação, outras obras publicadas, área de 
atuação e se ainda está vivo.
Introdução
o outro foco a ser dado logo no início de sua resenha deverá ser o resumo ou digesto da 
obra. É importante destacar que o papel dessa seção do texto é primordial, pois, mais do que pro-
34
ceder ao levantamento e descrição das ideias mais importantes do texto fonte (conforme já dis-
cutido na unidade anterior), o resenhista irá explicitar, de maneira minuciosa, todas as partes que 
compõem o texto fonte, na sequência em que elas aparecem. Caso existam, ao serem descritos, os 
capítulos devem ser nominados.
Por se tratar de uma parte importantíssima, mas que ainda está no nível descritivo e não 
no apreciativo, o resenhista deve organizar as ações do autor com verbos da terceira pessoa do 
singular ou plural, dependendo do número de autores do texto fonte, e, em muitos casos, tam-
bém em sua forma reflexiva, sendo necessário o acréscimo da partícula – se.
Verbos importantes para destacar o trabalho intelectual efetuado pelo autor do texto fonte 
também podem ser verificados a seguir:
Verbos do nível descritivo
(3.ª pessoa do singular/plural)
(incidência da partícula –se)
ser – estar – estruturar – apresentar – encontrar – dividir – encontrar – constituir – desen-
volver – separar – organizar – tratar – debater - guiar
Verbos do nível apreciativo
(1.ª pessoa do singular/plural)
parecer – concordar – discordar – determinar – eleger – destacar – comentar – defender 
– propor – analisar – apontar – relatar – concluir – determinar – opor(-se) – criticar – suste-
ntar – objetivar - justificar
Apreciação da obra
A apreciação crítica deve ser feita em termos de concordância ou discordância, evitando-se 
“chavões” do tipo gostei ou não gostei, uma vez que o leitor de uma resenha busca informações 
a respeito do texto fonte a fim de saber se vale ou não a pena ler o texto na íntegra. Sendo assim, 
o resenhista precisa situar sua apreciação na materialidade do texto fonte e em argumentos que 
justificam seu posicionamento em relação a ele. Contam como recursos importantes elementos 
qualificadores (adjetivos e locuções adjetivas), figuras de linguagem etc.
Considerando seus interlocutores encenados (uma vez que o interlocutor real de uma re-
senha acadêmica é, na maioria das vezes, o seu professor!), bem como a validade ou aplicabilidade 
do que foi exposto pelo autor do texto fonte, para fundamentar sua apreciação, sugerimos ao 
resenhista que leve em conta a opinião da comunidade científica profissional, a visão de mundo e 
a história do país. Dessa maneira, sua resenha estará na ordem do discurso da época.
Indicação do resenhista
Caso o resenhista conclua que o texto/obra fonte seja uma boa leitura, ele deverá indicá-la. 
Nesse caso, é interessantes destacar, realçar, relembrar pontos importantes da obra e apontar um 
possível público-alvo.
35
FIQUE POR DENTRO
reproduzimos, a seguir, do texto “Gênero(s) resumo na perspectiva bakhtiniana”, um 
quadro interessante no qual a autora, Maria Salete, resume as categorias existentes 
dentro do conceito geral de “resumo”. recomendamos a leitura completa do artigo, di-
sponível em: <http://www.leffa.pro.br/tela4/Textos/Textos/Anais/CELSUL_VI/Individu-
ais/G%C3%8ANEro(S)%20rESUMo%20NA%20PErSPECTIVA%20BAKHTINIANA.pdf>.
LEITURA COMPLEMENTAR
os livros abaixo fazem parte da coleção “Leitura e produção de textostécnicos e 
acadêmicos”. Todos são muito didáticos em sua metodologia e nos conteúdos que 
abordam. Têm caráter de oficina, ou seja, o leitor tem a oportunidade de praticar e 
refletir sobre o que produz.
RESENHA
Autoras: Anna rachel Machado (coordenação), Eliane Lousada, Lília Santos Abreu-Tar-
delli
http://www.leffa.pro.br/tela4/Textos/Textos/Anais/CELSUL_VI/Individuais/G%25C3%258ANERO%28S%29%2520RESUMO%2520NA%2520PERSPECTIVA%2520BAKHTINIANA.pdf
http://www.leffa.pro.br/tela4/Textos/Textos/Anais/CELSUL_VI/Individuais/G%25C3%258ANERO%28S%29%2520RESUMO%2520NA%2520PERSPECTIVA%2520BAKHTINIANA.pdf
36
Idioma: Português
Editora: Parábola
Assunto: Metodologia de Pesquisa
Edição: 4ª
Ano: 2011
Resumo: Este segundo volume da coleção ‘Lei-
tura e produção de textos técnicos e acadêmicos’ 
trata da leitura e da produção de resenhas, tendo 
como objetivo suprir a falta de material didático 
para a produção desse gênero textual utilizado 
na escola e no meio universitário. Assim, esta 
obra abrange grande parte dos procedimentos 
envolvidos em sua leitura e produção, desde a 
identificação inicial do contexto de produção e 
recepção até a avaliação e revisão final.
fonte: LIVrArIA CULTUrA, 2017
RESUMO
Autoras: Anna rachel Machado (coordenação), 
Eliane Lousada, Lília Santos Abreu-Tardelli
Idioma: Português
Editora: Parábola
Assunto: Metodologia de Pesquisa
Edição: 1ª
Ano: 2004
Resumo: Este primeiro volume da coleção ‘Lei-
tura e produção de textos técnicos e acadêmicos’ 
trata da leitura e da produção de resumos, tendo 
como objetivo suprir a falta de material didático 
para a produção desse gênero textual utilizado 
na escola e no meio universitário. Nas escolas de 
ensino fundamental e médio e na universidade, por exemplo, o resumo é constan-
temente pedido aos alunos por professores das mais diversas disciplinas. Assim, esta 
obra abrange grande parte dos procedimentos envolvidos em sua leitura e produção, 
desde a identificação inicial do contexto de produção e recepção até a avaliação e re-
visão final. 
fonte: LIVrArIA CULTUrA, 2017
37
CONCLUSÃO
Esta unidade teve como finalidade introduzir o leitor a uma instrumentalização para a escrita 
acadêmica, sobretudo para a realização de resumos e de resenhas, no meio acadêmico. Acredita-
mos que, com as orientações destacadas, o leitor tenha percebido a necessidade de criar estraté-
gias para o desenvolvimento da habilidade de produção desses gêneros textuais e, sobretudo, a 
necessidade de praticar a escrita acadêmica para que seu texto fique adequado à modalidade, 
respeitando as particularidades de cada tipologia. ressaltamos a importância de leituras comple-
mentares, que possam ajudar o leitor a aperfeiçoar, cada vez mais, sua produção acadêmica.
38
REFERÊNCIAS
ANDrADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração 
de trabalhos na graduação. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
ASSoCIAÇÃo BrASILEIrA DE NorMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 6038: Informação e documentação. 
resumo. Apresentação. São Paulo: ABNT, 2003. Disponível em <www.abnt.org.br>.
CANoNICE, B. C. f. roteiro para elaboração de resenhas. In.: ______. Normas e padrões para a 
elaboração de trabalhos acadêmicos. 2. ed. rev. e at. Maringá: EDUEM, 2007, p. 65-67. (Coleção 
fundamentum, 13).
MArCoNI, Maria de Andrade; LAKAToS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 7. 
ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MACHADo, A. r.; LoUSADA, E.; ABrEU-TArDELLI, L. S. Resenha. 5. reimpr. São Paulo: Parábola, 
2008. (Coleção Leitura e Produção de textos técnicos e acadêmicos).
rESENHA. In: Livraria Cultura. Disponível em: <https://www.livrariacultura.com.br/p/livros/met-
odologia-de-pesquisa/resenha-779605>. Acesso em: 25 jul. 2017
rESUMo. In: Livraria Cultura. Disponível em: <https://www.livrariacultura.com.br/p/livros/met-
odologia-de-pesquisa/resumo-779604>. Acesso em: 25 jul. 2017.
SEVErINo, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São Paulo: 
Cortez, 2007.
www.abnt.org.br
https://www.livrariacultura.com.br/p/livros/metodologia-de-pesquisa/resenha-779605
https://www.livrariacultura.com.br/p/livros/metodologia-de-pesquisa/resenha-779605
https://www.livrariacultura.com.br/p/livros/metodologia-de-pesquisa/resumo-779604
https://www.livrariacultura.com.br/p/livros/metodologia-de-pesquisa/resumo-779604
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative 
Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 
4.0 Internacional.
INSTITUIÇÃO
Mantenedora 
União das faculdades Metropolitanas de Maringá
Forma Jurídica 
Instituição com fins lucrativos
Diretor Presidente 
Evandro Buquera de freitas oliveira
Diretora Geral 
Maria da Conceição Buquera de freitas oliveira
Diretora de Ensino 
Professora Doutora Adriana dos Santos Souza Crevelin
Diretora de Pesquisa e Extensão e Pós-Graduação 
Professora Doutora Juliana orsini da Silva
Comissão Editorial
Adriana dos Santos Souza Crevelin (UNIfAMMA)
Celso Leopoldo Pagnan (UNoPAr)
Juliana orsini da Silva (UNIfAMMA)
Patrícia Aparecida ferreira (UfLA)
Coordenador do Núcleo de Educação a Distância 
Professor Mestre Givago Dias Mendonça
Revisão Linguística
Tatiane Caldeira dos Santos Bernardo
Projeto Gráfico e Diagramação
Deborah Busko
Mariana Pereira de Novaes
Normalização
Carmen Torresan
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
	UNIDADE II
	ORIENTAÇÕES PARA LEITURA, ANÁLISE E REDAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICO-CIENTÍFICOS
	CONVERSA INICIAL
	1 ORIENTAÇÕES PARA LEITURA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
	1.1 O processo de leitura
	1.2 Técnicas de leitura 
	1.2.1 Sublinhar
	1.2.2 Esquematizar
	1.2.3 Resumir
	1.3 Técnicas de pesquisa bibliográfica
	1.3.1 O fichamento 
	2 REDAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
	2.1 Objetividade e coerência
	2.2 Clareza
	2.3 Impessoalidade
	2.4 A revisão
	3 RESUMO
	3.1 Definições e tipos
	3.2 Questões metodológicas de leitura e produção do gênero resumo
	3.3 O resumo acadêmico/indicativo
	4 RESENHA
	4.1 Definição e características
	4.2 Resenha acadêmica/escolar
	4.3	Da estrutura da resenha acadêmica
	CONCLUSÃO
	REFERÊNCIAS

Continue navegando