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Paradigma Operante e a Lei do Efeito

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AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
Aula 3: Paradigma Operante 
Thatiana Valory 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
O COMPORTAMENTO OPERANTE E A LEI DO EFEITO 
Embora o conceito de comportamento operante, que 
diz respeito aos comportamentos selecionados por suas 
consequências, seja atribuído a Skinner, Thorndike 
(1911) já mencionava a importância de se considerar as 
consequências na explicação do comportamento. 
Uma das primeiras tentativas sérias de estudar as 
mudanças ocasionadas pelas consequências do 
comportamento foi feita por Thorndike em 1898. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
O condicionamento operante, também chamado de condicionamento 
instrumental ou aprendizagem instrumental foi primeiramente estudado por 
Edward L. Thorndike (1874-1949), que observou o comportamento de gatos 
tentando escapar de "caixas problemas". 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
Na primeira vez que os gatos eram colocados nas caixas, eles demoravam bastante 
tempo para escapar delas. Mas, com o passar do tempo, as respostas ineficientes foram 
diminuindo de frequência, e as respostas mais efetivas aumentavam de frequência, e os 
gatos agora conseguiam escapar em menos tempo e com menos tentativas. 
Em sua Lei do Efeito, Thorndike teorizou que as respostas que produziam consequências 
mais satisfatórias, foram "escolhidas" pela experiência e portanto, aumentaram de 
frequência. Algumas consequências reforçavam o comportamento, outras enfraqueciam 
ele. Thorndike produziu a primeira curva de aprendizagem com este procedimento. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
Thorndike conceituava tais mudanças em 
termos de efeitos emocionais: a "satisfação" 
que exercia efeito fortalecedor e o 
"desconforto" que enfraquecia a conexão 
entre a situação e as respostas. 
Nas palavras do autor: "o termo conexões é 
utilizado para expressar essas tendências de 
uma dada situação evocar certas respostas ao 
invés de outras“. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
Tais efeitos eram por ele explicados, inicialmente, 
por duas leis opostas, uma positiva, a da 
recompensa, relacionada à satisfação do 
organismo e ao fortalecimento de conexões entre 
situação e respostas; outra negativa, a da punição, 
relacionada ao desconforto e ao enfraquecimento 
de tais conexões. 
Ao conjunto dessas duas leis, Thorndike (1911) 
denominou "Lei do Efeito". 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
LEI DO EFEITO 
Das várias respostas à mesma situação, aquelas que são acompanhadas ou seguidas de 
perto pela satisfação do animal serão, mantidas iguais, de modo que quando [a situação] 
voltar a ocorrer será mais provável que voltem a ocorrer; aquelas que são acompanhadas 
ou seguidas de perto pelo desconforto do animal serão, mantidas iguais e suas conexões 
com aquela situação enfraquecidas, de modo que quando [a situação] voltar a ocorrer 
será menos provável que voltem a ocorrer. Quanto maior a satisfação ou o desconforto, 
maior o fortalecimento ou enfraquecimento do vínculo (Thorndike). 
 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
Um aspecto desta formulação da lei do efeito foi alvo de críticas 
frequentes por parte de psicólogos comportamentais: a referência à 
satisfação ou estados internos do organismo como parte da explicação 
para o comportamento, o que representaria uma volta a visões 
internalistas na Psicologia. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
Skinner (1938) reformulou a Lei do Efeito de 
Thorndike, apresentando-a na forma de princípios 
comportamentais. Em seu livro Contingências de 
Reforço (1969/1980), Skinner trata em detalhes 
das contribuições de Thorndike à construção da 
Análise do Comportamento, mas apresenta 
também ali suas discordâncias, particularmente, 
em relação às unidades de medida que ele 
utilizava nos estudos de aprendizagem. 
 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
Particularidades do uso corriqueiro do termo recompensa, entretanto, poderiam 
comprometer o significado científico pretendido com seu uso: "como a história da palavra 
demonstra, recompensa sugere compensação, algo que termina um sacrifício ou perda, 
devido a um gasto de esforço" (Skinner, 1986, p. 569). 
Como Skinner não queria dar essa conotação para o princípio comportamental que tentava 
formular, justificou, assim, sua preferência pelo termo "reforço": "A recompensa sugere uma 
compensação por comportar-se de uma maneira dada, frequentemente em alguma espécie 
de acordo contratual. 
O reforço no seu significado etimológico indica simplesmente o fortalecimento de uma 
resposta" (Skinner, 1969/1980, p. 254) 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
As pesquisas de Thorndike com animais também anteciparam o desenvolvimento de 
aparatos experimentais que possibilitaram o uso de medidas objetivas de mudanças 
comportamentais. Com suas caixas-problema para estudos com gatos, Thorndike 
registrava mudanças no tempo que o animal levava para sair da caixa, assim como 
observava a redução na variabilidade da resposta. A mudança na curva do tempo da 
resposta representava, para Thorndike, a “taxa de aprendizagem”. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
Curiosamente, o estudo das relações resposta-consequência por muito tempo foi 
negligenciado e, na melhor das hipóteses, disputou a atenção de behavioristas com o 
estudo de relações reflexas ou respondentes, que havia se difundido com o trabalho de 
Ivan Petrovich Pavlov (1849-1936). 
Ainda que muito tardiamente, considerando a antecipação de Thorndike, é apenas com 
Skinner que o selecionismo como modo causal encontra uma elaboração refinada na 
ciência do comportamento; uma elaboração que articula as relações entre filogênese, 
ontogênese e cultura como níveis de seleção do comportamento, e que operam ora em 
uma mesma direção, ora em direções conflitantes, sobrepondo-se uns aos outros. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
A teoria do condicionamento reflexo permite compreender somente parte do 
comportamento, aqueles que agem em função dos estímulos externos ou internos ao 
organismo. Eles não conseguem explicar os comportamentos emitidos, aqueles que o 
organismo realiza independentemente do estímulo anterior. A maior parte dos seus 
comportamentos são emitidos. Buscar comida quando se está com fome pode até ser um 
comportamento reflexo, mas você não come qualquer coisa; geralmente vai até a geladeira 
e busca o alimento que mais gosta, ou resolve preparar um jantar, coloca uma música 
agradável, convida amigos e, enquanto cozinham, conversam sobre muitos assuntos. Ou 
mesmo decidem sair para comer, dançar, entre várias outras possibilidades. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
Percebe-se, ao contrário, que todo comportamento emitido é determinado pelo 
ambiente, mais especificamente, pelas mudanças que ele causa no ambiente. Tais 
comportamentos são conhecidos como operantes, termo que foi cunhado por 
Skinner mas que inicialmente foram estudados, como vimos, por E. Thorndike. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
Origens do Behaviorismo 
https://youtu.be/VW7_24SwG7M 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
CONDICIONAMENTO OPERANTE 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
CONDICIONAMENTO OPERANTE 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
COMPORTAMENTOS OPERANTES (OU EMITIDOS, OU VOLUNTÁRIOS) 
Todo comportamento emitido é determinado 
pelo ambiente, mais especificamente, pelas 
mudanças que ele causa no ambiente. Tais 
comportamentos sãoconhecidos como 
operantes, termo que foi cunhado por 
Skinner. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
COMPORTAMENTO RESPONDENTE X COMPORTAMENTO OPERANTE 
O comportamento reflexo é determinado pelos estímulos 
anteriores, que atuam como disparadores do 
comportamento. Diz-se então, que o estímulo eliciou a 
resposta. Entretanto, a maioria dos comportamentos é 
emitida, não sendo disparados por estímulos 
antecedentes. O que se percebe, na verdade, é que a 
frequência do comportamento varia conforme as 
consequências que ele produz. 
Comportamento Respondente 
 
S → R 
 
(Uma alteração no ambiente elicia 
uma resposta no organismo) 
Comportamento Operante 
 
R → C 
 
(uma resposta emitida pelo organismo 
produz uma alteração no ambiente) 
 
 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
Enquanto que, no comportamento respondente, o estímulo (S) elicia uma resposta (R), no 
comportamento operante é a resposta que gera uma modificação no ambiente, uma 
consequência (C). No primeiro, a ocorrência da resposta está atrelada às características do 
estímulo e de sua apresentação (como na lei de relação entre intensidade e magnitude), 
mas no segundo a frequência de comportamentos emitidos dependerá das consequências 
que ela produz no ambiente. 
 
Ex: o choro da criança pode ser tanto um comportamento respondente quanto um 
comportamento operante; devendo ser analisada a situação de emissão do mesmo. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
Ao se constatar que são as consequências que 
permitem controlar a frequência do 
comportamento, pode-se então manipular tais 
efeitos, com o intuito de controlar o 
comportamento emitido. 
Qualquer comportamento operante é 
influenciado pelo que produz no ambiente, 
seja ele adequado e aceito socialmente, seja 
ao contrário, um comportamento inadequado. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
Diversos equipamentos foram utilizados para o 
estudo do comportamento. Um dos que é até 
hoje utilizado para experimentos sobre 
comportamentos operantes, é a caixa de Skinner, 
que leva o nome de seu criador . 
 
 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
Tais métodos de pesquisa, entre outros, permitiram 
que os pesquisadores observassem mais 
atentamente os efeitos das consequências sobre as 
respostas emitidas. 
Eles são importantes, pois em ambiente natural 
muito estímulos e consequências podem se seguir a 
um determinado comportamento. 
 
 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
A caixa facilita o controle do comportamento, 
limitando suas possibilidades e apresentando 
somente as consequências desejadas pelo 
pesquisador, para que possa estabelecer com mais 
clareza a relação delas com o comportamento. 
Através dessas pesquisas, conseguiu-se classificar 
importantes formas de relação resposta-
consequência, levando em consideração o efeito 
das consequências sobre a frequência da resposta. 
 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
É com a investigação de relações operantes, 
porém, a partir do final da década de 30, que o 
sistema skinneriano começou a assumir seus 
contornos definitivos, dando origem ao 
programa de pesquisas que viria a exercer 
grande impacto na Psicologia experimental das 
três décadas seguintes. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
A proposição do operante, em 1937, e, principalmente, no livro O Comportamento dos 
Organismos (Skinner, 1938), restaurava o interesse pelas consequências do 
comportamento, ou melhor, o reconhecimento de suas funções causais, como assinaladas 
por Thorndike quarenta anos antes. 
 
A relação entre a proposição do operante e o trabalho de Thorndike acabou sendo alvo de 
uma controvérsia, devido ao fato de que o livro de Skinner não atribuía o crédito devido à 
lei do efeito. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
Após a publicação da crítica, Skinner escreveu uma carta a Thorndike, na qual tentava 
justificar-se. 
A resposta de Thorndike foi de uma elegância absoluta: “Eu fico mais satisfeito de ter 
sido útil para trabalhadores como você, do que se tivesse fundado uma ‘escola’ 
(Thorndike, 1939). 
X 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
Desenvolvendo a Lei do Efeito, postulada por E. Thorndike, Skinner classifica as 
consequências de acordo com o efeito das mesmas sobre o comportamento 
operante emitido pelo sujeito. 
 
 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
 
Reforço - é “um tipo de consequência do comportamento que aumenta a probabilidade 
de um determinado comportamento voltar a ocorrer”. A relação entre o comportamento 
e a consequência reforçadora é chamada de contingência de reforço, e pode ser expressa 
pela expressão “se R, então C”. Se o rato pressiona a barra, então ele recebe comida. 
Sendo “R” a resposta emitida e “C” a consequência. 
 
Deve-se ressaltar que algo só pode ser considerado reforçado quando ele aumenta as 
chances de uma determinada resposta. Ou seja, é na relação R → C que se pode 
determinar se algo é reforçador ou não. 
 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
O conceito de reforço é descritivo, ou seja, ele “nomeia” a relação estabelecida entre o 
comportamento e o ambiente no qual ele ocorre. 
 
Para se identificar uma relação de reforço é necessário que essa inclua três componentes: 
 1 - as respostas devem ter consequências. 
2 - sua probabilidade deve aumentar (isto é, as respostas devem-se tornar mais prováveis 
do que quando não tinham essas consequências). 
3 - o aumento da probabilidade deve ocorrer porque a resposta tem essa consequência e 
não por outra razão qualquer. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 3: Paradigma Operante 
https://youtu.be/-19AF7ocYEE 
Condicionamento operante

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