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Formacao e Rompimento de Lacos Afetivos BOWLBY Psicologia Nova

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BOWLBY, J. 
Formação e Rompimento dos laços 
afetivos. 
São Paulo: Martins Editora, 2015. 
Professor Alyson Barros
1
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Professor Alyson Barros
AMOSTRA GRÁTIS
John Bowlby2Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianovaInstagram: @psicologianovaProfessor Alyson Barros
AMOSTRA GRÁTIS
Avisos Iniciais
O livro trata de uma série de conferências 
ministradas por Bowlby, por isso: temos 
zilhões de repetições.
3
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Professor Alyson Barros
AMOSTRA GRÁTIS
1. Psicanálise e cuidados com a criança
Fundamentos 
a criança infeliz converte-se no infeliz adulto neurótico 
o que importa é 
o comportamento daqueles entre os quais uma criança cresce... e, nos 
primeiros anos, especialmente o comportamento da mãe 
A pesquisa moderna sugere que as influências mais formativas são aquelas 
que a criança recebe antes de iniciar a sua escolaridade, e que, por essa 
época, certas atitudes que podem afetar decisivamente todo o seu 
desenvolvimento subseqüente já adquiriram forma 
4
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Professor Alyson Barros
AMOSTRA GRÁTIS
Condições que geram dificuldade. 
Portanto, uma chave para os cuidados com a criança é tratá-la de tal 
maneira que nenhum dos dois impulsos que põem em perigo a pessoa 
amada — a voracidade libidinal e o ódio — se tome demasiado intenso. 
Parece existir agora uma razoável certeza de que é por causa da 
intensidade da demanda libidinal e do ódio gerados que a separação de 
uma criança de sua mãe, depois que formou com ela uma relação 
emocional, pode acarretar efeitos tão devastadores para o 
desenvolvimento de sua personalidade. 
10
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AMOSTRA GRÁTIS
Alguns pais acham difícil que tais métodos sejam eficazes ou sensatos, e 
pensam que se deveria inculcar nas crianças que o ódio e o ciúme não são 
apenas coisas ruins, mas potencialmente perigosas. Há dois métodos 
comuns para fazer isso. Um deles é a expressão veemente de reprovação 
por meio do castigo; o outro, mais sutil e explorando o sentimento infantil 
de culpa, consiste em incutir na criança a certeza de que está sendo 
ingrata, e indicar- lhe o sofrimento, físico e moral, que tal comportamento 
causa em seus dedicados pais. Embora ambos os métodos pretendam 
controlar as paixões malignas da criança, a experiência clínica sugere que 
nem um nem outro é muito bem-sucedido na prática, e que ambos 
acarretam um pesado ônus de infelicidade.
11
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AMOSTRA GRÁTIS
Em primeiro lugar, as frustrações realmente importantes são as que dizem respeito 
à necessidade que a criança tem de amor e atenção por parte dos pais. Desde que 
essas necessidades sejam satisfeitas, as frustrações de outras espécies importam 
muito pouco. Não que sejam particularmente boas para a criança. Com efeito, uma 
das artes de ser um bom pai ou uma boa mãe reside na habilidade para distinguir as 
frustrações evitáveis das inevitáveis. Uma quantidade imensa de atrito e raiva em 
crianças pequenas, e de perda de paciência por parte dos pais, pode ser evitada por 
procedimentos simples como apresentar um brinquedo atraente antes de intervir 
para retirar das mãos da criança a melhor peça de porcelana da mãe, ou atraí-la 
para a cama com insinuante bom humor em vez de exigir a pronta obediência, ou 
permitir-lhe que escolha a sua própria dieta e coma ao seu próprio jeito, incluindo, 
se ela assim o desejar, o uso da mamadeira até os dois anos de idade ou mais. 
13
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AMOSTRA GRÁTIS
A quantidade de ansiedade e irritação que resultam da 
expectativa de que crianças pequenas se conformem às nossas 
próprias idéias sobre o que, como e quando devem comer é 
ridícula e trágica — ainda mais por dispormos hoje de tantos 
estudos minuciosos que demonstram a eficiência com que 
bebês e crianças pequenas podem regular suas próprias 
dietas, e a conveniência e comodidade que resultam para os 
pais quando esses métodos são adotados (Davis, 1939). 
14
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AMOSTRA GRÁTIS
Problemas emocionais dos pais. 
Os pais, especialmente a mãe, são, pois, pessoas muito caluniadas; receio que 
caluniadas sobretudo pelos profissionais, tanto médicos como profissionais de 
outras áreas afins. No entanto, seria absurdo pretender que os pais não cometam 
erros. Alguns erros nascem da ignorância, mas talvez mais numerosos sejam os que 
são fruto dos problemas emocionais inconscientes que têm origem em nossa 
própria infância. Quando examinamos crianças numa clínica de orientação infantil, 
pode parecer que, num certo número de casos, as suas dificuldades resultam da 
ignorância dos pais sobre coisas tais como os efeitos nocivos da privação materna 
ou da punição prematura e excessiva, mas, com freqüência muito maior, os 
problemas surgem porque os próprios pais têm dificuldades emocionais de que só 
estão parcialmente conscientes e que não podem controlar. Por vezes, eles leram 
todos os livros mais recentes sobre cuidados com crianças e assistiram a todas as 
conferências de psicólogos, na esperança de descobrirem a melhor maneira de lidar 
com seus filhos, mas, apesar disso, as coisas continuam saindo erradas. 
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AMOSTRA GRÁTIS
Ouvimos freqüentemente de professores e outros profissionais que 
uma criança está sofrendo por causa da atitude de um de seus pais, 
geralmente a mãe. Dizem-nos que a mãe é uma criatura 
excessivamente ansiosa ou repressora do bebê, super-possessiva ou 
propensa à rejeição, e tais comentários são repetidamente 
justificados. Mas o que os críticos geralmente não levam em conta é a 
origem inconsciente dessas atitudes desfavoráveis. Por conseguinte, 
os pais desorientados vêem-se alvo de uma mistura de exortação e 
críticas, cada uma delas mais inútil e ineficaz do que as outras. 
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AMOSTRA GRÁTIS
Uma abordagem psicanalítica esclarece a origem das dificuldades parentais 
e, ao mesmo tempo, fornece uma base racional para ajudar os pais. Muitas 
das dificuldades com que os pais se defrontam, o que não chega a causar 
surpresa a ninguém, resultam da sua incapacidade para regular a própria 
ambivalência. Quando nos tornamos pais para uma criança, poderosas 
emoções são despertadas, emoções tão fortes quanto as que vinculam um 
bebê à mãe ou um amante a outro. Nas mães, em particular, existe o 
mesmo desejo de possessão completa, a mesma devoção e a mesma 
renúncia a outros interesses. Mas, lamentavelmente, a par de todos esses 
sentimentos deliciosos e ternos, ocorre também, com excessiva freqüência, 
uma mistura — hesito em dizê-lo — de ressentimento, e até de ódio. 
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AMOSTRA GRÁTIS
Acredito que o problema não reside na simples repetição de antigos sentimentos 
— talvez uma certa dose desses sentimentos esteja presente em todos os pais — 
mas, sobretudo, na incapacidade parental para tolerar e regular esses 
sentimentos. Aqueles que, na infância, experimentaram intensa ambivalência 
em relação aos pais ou irmãos, e que recorreram então, inconscientemente, a um 
dos muitos mecanismos primitivos e precários de resolver o conflito a que me 
referi antes — repressão, deslocamento, projeção, etc. — estão despreparados 
para a renovação do conflito quando se tomam pais. Em vez de reconhecerem a 
verdadeira natureza de seus sentimentos em relação à criança ede ajustarem seu 
comportamento, vêem-se instigados e impelidos por forças que ignoram, e 
mostram-se perplexos por serem incapazes de agir com todo o amor e paciência 
que desejam. 
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AMOSTRA GRÁTIS
Provavelmente não existe nada mais prejudicial para uma relação do 
que uma parte atribuir suas próprias falhas e defeitos à outra, 
convertendo -a em bode expiatório. Infelizmente, os bebês e as 
crianças pequenas são perfeitos bodes expiatórios, pois 
manifestam de forma nua e crua todos os pecados de que a 
carne é herdeira; são egoístas, ciumentos, sujos, interessados em 
sexo e propensos a explosões coléricas, à obstinação e à voracidade. 
Os pais que carregam consigo um sentimento de culpa em relação a 
uma ou outra dessas fraquezas podem tornar-se extremamente 
intolerantes diante de suas manifestações num filho pequeno. 
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AMOSTRA GRÁTIS
Conflito extrapsíquico e conflito intrapsíqiuco. 
O ponto de vista que estou defendendo, como se verá, baseia-
se na convicção de que muita infelicidade e muita enfermidade 
mental se devem a influências ambientais, as quais está a 
nosso alcance mudar. Em psicanálise, como em outros ramos 
da psiquiatria, de fato, em todas as ciências biológicas, discute-
se constantemente sobre as contribuições da hereditariedade e 
da aprendizagem, sobre o que é inato e o que é adquirido. 
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AMOSTRA GRÁTIS
Os etologistas deram uma importante contribuição para o nosso conhecimento 
das condições externas relevantes para o organismo. Heinroth foi um dos 
primeiros a assinalar que os padrões de comportamento específicos da espécie 
são freqüentemente ativados pela percepção de Gestalten visuais ou auditivas 
bastante simples a que elas são inatamente sensíveis. Exemplos muito 
conhecidos disso, analisados por meio de experimentos que usam bonecos de 
vários formatos e cores, são a resposta de acasalamento do macho do esgana-
gato, a qual é suscitada pela percepção de uma forma que se assemelha a uma 
fêmea grávida, a resposta de bico escancarado do filhote da gaivota falcoeira, 
suscitada pela percepção de um ponto vermelho semelhante ao que se observa 
no bico de uma ave adulta, e a resposta de ataque de um pintarroxo, suscitada 
pela percepção em seu próprio território de um tufo de penas vermelhas 
semelhante ao que existe no peito de um macho rival. 
Em todos os três casos, a resposta parece ser provocada pela percepção de uma 
Gestalt muito simples, conhecida como um “estímulo de sinal”. 
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AMOSTRA GRÁTIS
Visto por esse prisma, estarei interessado, é claro, em identificar as 
condições, internas e externas ao bebê, que são necessárias para provocar 
um sorriso, e as condições que levam à sua terminação. Em especial, 
tentarei apurar se responde a estímulos-sinais visuais e auditivos, e se está 
ou não sujeito, sob qualquer aspecto, às fases sensíveis do 
desenvolvimento. Além disso, espero vê-lo atuando como um componente 
na organização superior de padrões de comportamento que compreendem 
o “comportamento de ligação” no bebê ligeiramente mais velho, ou seja, o 
complexo de comportamento que liga a criança à figura materna. 
Pesquisas nesse sentido estão sendo empreendidas em Tavistock pelo meu 
colega Anthony Ambrose.
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AMOSTRA GRÁTIS
Nos últimos vinte anos, acumularam-se muitas provas que indicam a 
existência de uma relação causal entre a perda dos cuidados matemos nos 
primeiros anos de vida e o desenvolvimento da personalidade perturbada 
(Bowlby, 1951). Muitos desvios comuns parecem resultar de uma 
experiência desse gênero — desde a formação do caráter delinqüente até 
uma personalidade propensa aos estados de ansiedade e à doença 
depressiva. Embora haja ainda alguns psiquiatras que contestam essa 
conclusão geral, uma atitude mais usual consiste em aceitar que existe, 
provavelmente, alguma coisa nessa relação e pedir informações mais 
minuciosas. Uma solicitação particular tem sido para que se formule uma 
hipótese capaz de fornecer uma explicação plausível de como os efeitos 
perniciosos atribuídos à separação e privação resultam de tais experiências. 
Nas linhas que se seguem apresentarei um esboço do caminho para onde as 
provas parecem estar nos conduzindo. 
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AMOSTRA GRÁTIS
Após o terceiro ano, o comportamento de ligação é suscitado um pouco 
menos prontamente do que antes, embora a mudança seja apenas de 
grau. A partir do primeiro aniversário, outras figuras, como o pai ou uma 
avó, também podem tornar-se importantes para a criança, de modo que a 
sua ligação não se limita mais a uma única figura. No entanto, existe 
usualmente uma preferência bem marcada por uma determinada pessoa. 
À luz da filogenia, é provável que os vínculos instintivos que ligam o bebê 
humano a uma figura materna sejam construídos de acordo com o 
mesmo padrão geral presente em outras espécies mamíferas (Bowlby, 
1958; Rollman-Branch, 1960; Harlow e Zimmermann, 1959). 
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AMOSTRA GRÁTIS
A maioria das crianças não passa por qualquer desintegração dessa 
ligação primária em seus primeiros anos de vida. Elas vivem com sua 
figura materna e, durante os períodos relativamente breves em que a 
mãe está ausente, são cuidadas por uma figura secundária familiar. Por 
outro lado, uma minoria sofre tais desintegrações. A mãe pode 
abandonar o lar ou morrer; a criança pode ser deixada num hospital ou 
instituição; pode ser transferida de uma figura materna para uma outra. 
A interrupção pode ser longa ou breve, acontecer uma única vez ou 
repetir-se. As experiências englobadas sob a designação geral de 
privação materna são, pois, múltiplas e nenhuma investigação pode 
estudá-las todas. Portanto, para que a pesquisa seja eficaz, a experiência 
a ser estudada deve ser definida com muita precisão em cada projeto. 
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AMOSTRA GRÁTIS
Finalmente, porém, ocorre uma mudança maior. O 
bebê parece esquecer sua mãe, de modo que, quando 
ela regressa, permanece curiosamente desinteressado 
e, inclusive, pode parecer que não a reconhece. Esta é a 
terceira fase — a do desligamento. Em cada uma 
dessas fases a criança é propensa a birras e episódios 
de comportamento destrutivo, muitas vezes de um 
tipo inquietantemente violento. 
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AMOSTRA GRÁTIS
O comportamento da criança ao voltar para casa depende da fase atingida 
durante o período de separação. Usualmente, durante um certo tempo, 
mostra-se indiferente e nada pede; em que grau e por quanto tempo, depende 
da duração da separação e da freqüência das visitas. Por exemplo, quando 
esteve fora e sem receber visitas durante semanas ou meses, e atingiu assim 
os primeiros estágios do desligamento, é possível que a indiferença persista 
durante um período que vai de uma hora a um dia ou mais. Quando 
finalmente se desfaz, torna-se manifesta a intensa ambivalência de seus 
sentimentos pela mãe. Desencadeia-se uma tempestade de sentimentos, 
intenso apego à mãe e, sempre que esta se afasta, nem que seja por instantes, 
uma intensa ansiedade e raiva. Daí em diante, por semanas ou meses, a mãe 
poderá estar sujeita a solicitações ansiosas de sua presença constante e a 
recriminações furiosas quando se ausenta. 
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AMOSTRA GRÁTIS
Entretanto, quando a criança esteve fora por um período superior a 
seis meses ou quando houve separações repetidas, de modo a ter sido 
alcançado um estágio avançado de desligamento, há o perigo de que a 
criança fique permanentemente desligada e nunca mais recupere sua 
afeição pelos pais *(1). Ora, na interpretação desses dados e em seu 
relacionamento com a psicopatologia, um conceito-chave é o de luto. 
Existem, de fato, boas razões para acreditar que a seqüência de 
respostas descrita — protesto, desespero e desligamento — é uma 
seqüência que, numa variante ou outra, é característica de todas as 
formas de luto. 
36
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AMOSTRA GRÁTIS
Impulsos para recuperar e para recriminar a pessoa perdida: seu papel na 
psicopatologia. 
Nem sempre se percebe que a raiva constitui uma resposta imediata à perda, comum e 
talvez invariável. Em lugar da raiva indicando que o luto está seguindo um curso 
patológico — uma opinião sugerida por Freud e comumente sustentada — as provas 
existentes evidenciam que a raiva, incluindo a raiva com relação à pessoa perdida, é 
parte integrante da reação de pesar. A função dessa raiva parece ser a de reforçar o 
ímpeto dos esforços vigorosos tanto para reaver a pessoa perdida como para dissuadi-
la de uma nova deserção, que são marcas distintivas da primeira fase do luto. Como 
até hoje não se tem prestado muita atenção a essa fase e como, além disso, ela parece 
ser crucial para um entendimento da psicopatologia, toma-se necessário explorá-la 
mais completamente. 
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AMOSTRA GRÁTIS
Prevalecimento da vinculação. 
Antes de examinarmos os efeitos do rompimento de vínculos, é conveniente 
uma nota sobre a vinculação e seu prevalecimento. O trabalho a que nos 
referimos mostra que, mesmo que não sejam universais em aves e 
mamíferos, vínculos fortes e persistentes entre indivíduos são a regra em 
numerosas espécies. Os tipos de vínculos que são formados diferem de uma 
espécie para outra, sendo os mais comuns aqueles que existem entre os pais 
e sua prole, e entre adultos de sexos opostos. Nos mamíferos, incluindo os 
primatas, o primeiro e mais persistente de todos os vínculos é geralmente 
entre a mãe e seu filho pequeno, um vínculo que freqüentemente persiste 
até a idade adulta. Como resultado de todos esses trabalhos, é possível, 
agora, considerarmos os fortes e persistentes vínculos afetivos estabelecidos 
por seres humanos a partir de um ponto de vista comparativo. 
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AMOSTRA GRÁTIS
Efeitos sobre o comportamento do rompimento de um vínculo afetivo 
A característica essencial da vinculação afetiva é que os dois parceiros 
tendem a manter-se próximos um do outro. Quando, por qualquer razão, se 
separam, cada um deles procurará o outro, mais cedo ou mais tarde, a fim 
de reatar a proximidade. Qualquer tentativa, por parte de terceiros, para 
separar um par vinculado encontrará vigorosa resistência; não é raro o mais 
forte dos parceiros atacar o intruso enquanto o mais fraco trata de fugir ou, 
talvez, de se agarrar ao parceiro mais forte. Exemplos óbvios são as 
situações em que um intruso tenta tirar os filhotes de perto de uma mãe, 
por exemplo, o bezerro da vaca, ou separar a fêmea de um par 
heterossexual vinculado, por exemplo, ganso e gansa. 
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AMOSTRA GRÁTIS
Efeitos sobre o comportamento do rompimento de um vínculo afetivo 
As síndromes são a personalidade psicopática (ou sociopática) e a 
depressão; os sintomas persistentes, a delinqüência e o suicídio. 
O psicopata (ou sociopata) é uma pessoa que, embora pão sendo psicótica 
ou mentalmente subnormal, realiza persistentemente: (i) atos contra a 
sociedade, por exemplo, crimes; (ii) atos contra a família, por exemplo, 
negligência, crueldade, promiscuidade sexual ou perversão; (iii) atos 
contra a própria pessoa, por exemplo, toxicomania, suicídio ou tentativa 
de suicídio, abandono repetido do emprego. 
43
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AMOSTRA GRÁTIS
Efeitos a curto prazo de vínculos desfeitos. 
Quando uma criança pequena se vê entre estranhos e sem suas figuras parentais 
familiares, ela não só se mostra intensamente aflita no momento, mas suas relações 
subseqüentes com os pais ficam comprometidas, pelo menos temporariamente. O 
comportamento observado em crianças de dois anos de idade, durante e após uma 
breve estada numa creche residencial, é o objeto de um sistemático estudo descritivo e 
estatístico empreendido na Tavistock por Heinicke e Westheimer (1966). A parte do 
relatório para a qual chamo a atenção é aquela em que eles comparam o 
comportamento, em relação à mãe, de dez crianças que tinham estado na creche e 
agora voltaram para casa, com o de um grupo de controle formado por dez crianças 
que permaneceram em casa o tempo todo. 
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AMOSTRA GRÁTIS
Nas crianças separadas observaram-se duas formas de 
distúrbio do comportamento afetivo, nenhuma das 
quais foi observada no grupo de controle de crianças 
não-separadas. Uma forma é a de desligamento 
emocional; a outra, aparentemente oposta, é uma 
implacável exigência para estar perto da mãe. 
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AMOSTRA GRÁTIS
(1) No primeiro encontro com a mãe, após ter estado fora de casa com estranhos por 
duas ou três semanas, uma criança de dois anos mantém-se caracteristicamente 
distante e desligada. Enquanto que, durante seus primeiros dias fora de casa, é 
comum uma criança chorar pateticamente pela mãe, quando finalmente regressa 
parece não a reconhecer ou evitá- la. Em vez de se precipitar para a mãe e ficar 
agarrada às suas saias, como provavelmente faria caso se perdesse numa loja durante 
meia hora, a criança freqüentemente a fica estudando e recusa-se a dar-lhe a mão. 
Todo o comportamento de busca de proximidade, típica de um vínculo afetivo, está 
ausente, usualmente para consternação intensa da mãe; e continua ausente — às 
vezes apenas por alguns minutos, mas outras vezes durante dias, o reatamento da 
ligação pode ser repentino mas, com freqüência, é lento e gradual. O tempo em que o 
desligamento persiste está Positivamente correlacionado com o tempo de separação. 
49
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(2) Quando — como é usual — o comportamento de ligação é reatado, uma 
criança mostra-se comumente muito mais apegada do que antes da separação, 
Desagrada-lhe que a mãe a deixe sozinha e tende a chorar ou a segui-la pela 
casa toda. O modo como essa fase evolui depende muito de como sua mãe 
reage. Não raras vezes sobrevém um conflito, uma criança exigindo a constante 
companhia de sua mãe e esta recusando a tal recusa evoca prontamente na 
criança um comportamento hostil e negativo, capaz de desafiar ainda mais a 
paciência da mãe. Das dez crianças separadas que foram observadas por 
Heinicke e Westheimer, seis delas apresentaram um comportamento hostil 
intenso e persistente em relação à mãe, e negativismo após a volta para casa; 
tal comportamento não foi observado nas crianças não-separadas. 
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Separação e perda na família. 
Fase de torpor. 
Em nosso estudo, a reação imediata à notícia da morte do marido variou muito de 
uma viúva para outra. Amaioria delas mostrou-se aturdida e, em graus variáveis, 
incapaz de aceitar a notícia. Um caso em que a fase de torpor durou mais do que o 
geral foi o de uma viúva que disse que, ao ser informada da morte do marido, 
permaneceu calma e “não sentiu absolutamente nada” e ficou muito surpreendida, 
portanto, quando percebeu que estava chorando copiosamente. Disse que evitou 
consciente e deliberadamente seus sentimentos, porque temia ser vencida pela dor ou 
enlouquecer. Durante três semanas, continuou relativamente calma e controlada, até 
que, finalmente, desmoronou na rua e desfez-se em pranto. Refletindo sobre essas 
três semanas, descreveu-as mais tarde como sendo algo parecido com “caminhar à 
beira de um poço negro e sem fundo”. 
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Separação e perda na família. 
Muitas outras viúvas relataram que as notícias as 
tinham deixado inteiramente impassíveis no começo. 
No entanto, essa calma que antecede a tempestade 
era quebrada, às vezes, por acessos de emoção 
extrema, usualmente de medo mas, com freqüência, 
de raiva e, em um ou dois casos, de exaltação. 
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Separação e perda na família. 
Duas características muito comuns do luto, que 
foram interpretadas em nossos escritos 
anteriores como sendo parte desse impulso para 
a busca, são o choro e a raiva. 
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Separação e perda na família. 
Pesar e luto na infância. 
Há alguns anos, um de nós (Bowlby, 1960b) enfatizou que as crianças pequenas não 
só se afligem com a separação, como também o pesar delas é freqüentemente muito 
mais demorado do que por vezes se supõe. Em apoio desse ponto de vista, citaram-se 
algumas observações de colegas — Robertson (1953b) e Heinicke (1956) *(1) — sobre 
o persistente pesar de crianças de um e dois anos, em creches residenciais, ao ficarem 
separadas de suas mães, e também as descrições de casos de crianças nas Hampstead 
Nurseries durante a guerra. Esses estudos parecem deixar claro que, nessas 
circunstâncias, crianças de tenra idade se mostram abertamente pesarosas com a falta 
da mãe durante, pelo menos, algumas semanas, chorando por ela ou indicando de 
algum outro modo que ainda têm saudade dela e esperam o seu regresso. 
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Separação e perda na família. 
Condições que favorecem ou dificultam o luto saudável. 
Atualmente, os psiquiatras em geral concordam em que, para que o luto leve a um resultado 
favorável, e não desfavorável, é necessário que a pessoa que sofreu uma perda expresse — 
mais cedo ou mais tarde — seus sentimentos e emoções. “Soltai as palavras tristes”, escreveu 
Shakespeare, “as penas que não falam sufocam o coração extenuado e fazem-no quebrantar”. 
Existem hoje provas de que os afetos mais intensos e perturbadores provocados por uma 
perda são o medo de ser abandonado, a saudade da figura perdida e a raiva por não 
reencontrá-la — afetos que estão associados, por um lado, ao anseio de buscar a figura perdida 
e, por outro, a uma tendência para recriminar furiosamente quem quer que pareça ser o 
responsável pela perda ou estar dificultando a recuperação da pessoa que foi perdida. A pessoa 
que sofre uma perda parece lutar contra o destino, com todo o seu ser emocional, na tentativa 
desesperada de reverter a marcha do tempo e reaver os tempos felizes que subitamente lhe 
foram arrebatados. Em vez de enfrentar a realidade e tentar harmonizar-se com ela, uma 
pessoa que sofre uma perda empenha-se numa luta contra o passado. 
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No quadro de funcionamento da personalidade que daí emerge existem 
dois conjuntos principais de influências. O primeiro diz respeito à 
presença ou ausência, parcial ou total, de uma figura de confiança, 
disposta e apta a fornecer o tipo de base segura necessária em cada fase do 
ciclo vital. Estas constituem as influências externas ou ambientais. O 
segundo conjunto diz respeito à capacidade ou incapacidade relativa de 
um indivíduo, primeiro, para reconhecer quando uma pessoa é digna de 
confiança e está disposta a fornecer uma base, e, segundo, se houver esse 
reconhecimento, para colaborar com tal pessoa de modo que seja iniciada 
e mantida uma relação mutuamente gratificante, Estas constituem as 
influências internas ou organísmicas. 
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Estudos de homens e jovens autoconfiantes. 
Durante as duas últimas décadas, numerosos clínicos voltaram suas atenções para o 
estudo de indivíduos que, é razoável crer, possuem personalidades saudáveis e 
funcionando bem. Não só essas pessoas não mostram nenhum dos sinais habituais de 
distúrbio da personalidade, tanto no presente quanto, até onde se pode averiguar, no 
passado, como também são manifestamente autoconfiantes e bem-sucedidas em suas 
relações humanas e em seu trabalho. Embora cada um dos estudos publicados até 
agora seja inadequado sob certos aspectos, as conclusões são sugestivas. Em primeiro 
lugar, essas personalidades bem adaptadas apresentam um perfeito equilíbrio entre, 
por um lado, iniciativa e auto-confiança, e, por outro, a capacidade para buscar ajuda e 
fazer uso de ajuda quando a ocasião requer. 
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O que, por uma questão de conveniência, designo como teoria da ligação, é um modo de 
conceituar a propensão dos seres humanos a estabelecerem fortes vínculos afetivos com alguns 
outros, e de explicar as múltiplas formas de consternação emocional e perturbação da 
personalidade, incluindo ansiedade, raiva, depressão e desligamento emocional, a que a separação 
e perda involuntárias dão origem. Como um corpo de teoria, lida com os mesmos fenômenos que 
antes eram tratados em termos de “necessidade de dependência”, ou de “relações com o objeto”, 
ou de “simbiose e individuação”. Embora incorpore muito do pensamento psicanalítico, a teoria da 
ligação difere da psicanálise tradicional ao adotar um certo número de princípios que derivam das 
disciplinas relativamente novas da etologia e teoria do controle; assim fazendo, está habilitada a 
dispensar conceitos tais como os de energia psíquica e impulso, e a estabelecer estreitos laços com 
a psicologia cognitiva. Os méritos que se atribuem a ela são que, embora seus conceitos sejam 
psicológicos, eles são compatíveis com os da neurofisiologia e da biologia do desenvolvimento, e 
que, também, se conforma aos critérios habituais de uma disciplina científica. 
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Em suma, o comportamento de ligação é concebido como qualquer forma de comportamento que 
resulta em que uma pessoa alcance ou mantenha a proximidade com algum outro indivíduo 
diferenciado e preferido, o qual é usualmente considerado mais forte e (ou) mais sábio. Embora 
seja especialmente evidente durante os primeiros anos da infância, sustenta-se que o 
comportamento de ligação caracteriza os seres humanos do berço à sepultura. Inclui o choro e o 
chamamento, que suscitam cuidados e desvelos, o seguimento e o apego, e também os vigorosos 
protestos se uma criança ficar sozinha ou na companhia de estranhos. Com a idade, a freqüência e 
intensidade com que esse comportamento se manifesta diminuem gradativamente. No entanto, 
todas essas formas de comportamento persistem como parte importante do equipamento 
comportamental do homem. Nos adultos,elas são especialmente evidentes quando uma pessoa 
está consternada, doente ou assustada. Os padrões de comportamento de ligação manifestados 
por um indivíduo dependem, em parte, de sua idade atual, sexo e circunstâncias, e, em parte, das 
experiências que teve com figuras de ligação nos primeiros anos de sua vida. 
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Como um modo de conceituar a manutenção da proximidade, a teoria da 
ligação, em contraste com a teoria da dependência, enfatiza as seguintes 
características: 
(a) Especificidade. O comportamento de ligação é dirigido para um ou 
alguns indivíduos específicos, geralmente em ordem clara de preferência. 
(b) Duração. Uma ligação persiste, usualmente, por grande parte do 
ciclo vital. Embora, durante a adolescência, as ligações da infância 
possam ser atenuadas e suplementadas por novas ligações, e em alguns 
casos substituídas por estas últimas, as primeiras ligações não são 
facilmente abandonadas e é muito comum persistirem.
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(c) Envolvimento emocional. Muitas das emoções mais intensas surgem 
durante a formação, manutenção, rompimento e renovação de relações de 
ligação. A formação de um vínculo é descrita como “apaixonar-se”, a 
manutenção de um vínculo como “amar alguém” e a perda de um parceiro como 
“sofrer por alguém”. Do mesmo modo, a ameaça de perda gera ansiedade e a 
perda real produz tristeza; enquanto que cada uma dessas situações é passível 
de suscitar raiva. A manutenção inalterada de um vínculo afetivo é sentida 
como uma fonte de segurança, e a renovação de um vínculo, como uma fonte 
de júbilo. Como tais emoções são usualmente um reflexo do estado dos 
vínculos afetivos de uma pessoa, conclui-se que a psicologia e psicopatologia da 
emoção é, em grande parte, a psicologia e psicopatologia dos vínculos afetivos. 
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(e) Aprendizagem. Se bem que aprender a distinguir 
o familiar do estranho constitua um processo-chave no 
desenvolvimento da ligação, as recompensas e 
punições convencionais usadas pelos psicólogos 
experimentais desempenham apenas um papel 
secundário. De fato, uma ligação pode desenvolver-se 
apesar de repetidas punições por uma figura de ligação. 
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(g) Função biológica. O comportamento de ligação ocorre nos 
jovens de quase todas as espécies de mamíferos e, em certas espécies, 
persiste durante toda a vida adulta. Embora haja muitas diferenças de 
detalhe entre as espécies, a manutenção da proximidade com um 
adulto preferido (quase sempre a mãe) por um animal imaturo é a 
regra geral, o que sugere que tal comportamento possui um valor de 
sobrevivência. Num outro escrito (Bowlby, 1969) argumentei que a 
mais provável função do comportamento de ligação é, de longe, a 
proteção, principalmente contra os predadores. 
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Assim, o comportamento de ligação é concebido como uma classe de 
comportamento distinta do comportamento de alimentação e do 
comportamento sexual, tendo, pelo menos, um significado igual na 
vida humana. Nada existe de intrinsecamente pueril ou patológico 
quanto a ele. 
Cumpre assinalar que o conceito de ligação difere substancialmente do 
conceito de dependência. Por exemplo, a dependência não está 
especificamente relacionada com a manutenção da proximidade, não se 
refere a um indivíduo específico, nem está necessariamente associada a 
uma emoção forte. Nenhuma função biológica lhe é atribuída.
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[…] 
Um padrão de comportamento de ligação que é abertamente o 
oposto da ligação ansiosa é o descrito por Parkes (1973) como 
autoconfiança compulsiva. Ao invés de buscar o amor e os cuidados 
de outros, uma pessoa que apresenta esse padrão insiste em 
agüentar firme e em fazer tudo por si mesma, sejam quais forem as 
condições. Também essas pessoas são passíveis de desmoronar sob 
estresse e apresentar sintomas psicossomáticos ou depressão. 
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