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Unidade 4 -Sistema de Gestão Ambiental (SGA) Environmental Management

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Prévia do material em texto

Certificações e 
Auditoria Ambiental
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Carlos Eduardo Martins
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
Sistema de Gestão Ambiental (SGA) – Environmental Management 
System – A Norma ISO 14001
5
• Introdução
• International Organization for Standardization (ISO) – Organização 
Internacional para Padronização
• Outros sistemas de gestão ambiental
• Sistemas de Gestão Ambiental e Sistemas de Gestão Clássicos
 · Apresentar as bases da série de normas ISO 14000, sua história, estrutura 
organizacional e conteúdos, bem como estabelecer alguns marcos da sua 
implementação na economia mundial.
Caro(a) aluno(a),
Nesta Unidade, em que trataremos do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) – Environmental 
Management System – e da norma ISO 14001, você terá acesso a diversos recursos.
Fique atento(a) aos prazos das atividades que serão colocados neste Ambiente Virtual de 
Aprendizagem (AVA) Blackboard.
Sempre que possível, recorra à videoaula e à apresentação narrada para esclarecer 
eventuais dúvidas sobre o conteúdo textual.
Em seu tempo livre, procure pesquisar as fontes relacionadas no material complementar.
Além disso, tente pesquisar o máximo que puder sobre o SGA e a ISO 14001. Há inúmeros 
conteúdos na internet que são úteis ao seu estudo e à sua formação profissional.
Sistema de Gestão Ambiental (SGA) – 
Environmental Management System 
A Norma ISO 14001
6
Unidade: Sistema de Gestão Ambiental (SGA) – Environmental Management System 
Contextualização
Para iniciar as discussões desta Unidade, conheça a ISO 14001, norma voltada à 
Gestão Ambiental e seu processo de revisão pela ótica do professor Reinaldo Dias, cuja 
opinião está disponível em: 
http://aeps-rj.com.br/mercado/a-revisao-da-norma-iso14001-de-gestao-ambiental-por-reinaldo-dias
7
Introdução
Figura 1 – Logomarca do sistema de gestão ambiental
Diferentemente dos sistemas de gestão tradicionais aplicados 
pelas organizações, as quais se preocupam basicamente com 
o aperfeiçoamento do modo de produção com o menor custo 
possível, o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) se difere dos 
demais em vários sentidos.
Inicialmente, há o fato de que, por ser um modelo sistêmico, 
presume o funcionamento em cadeia, isto é, um “sistema” de 
gestão que integra diversas atividades de uma organização. 
Para que haja sucesso na implementação de um sistema de gestão, seja qual for, deve haver 
plena integração entre os setores. Essa visão vai ao encontro da teoria geral dos sistemas 
(Figura 2), a qual prega que os objetos são vistos como sistemas abertos, com entrada de 
matéria e energia em um complexo funcional que, por meio da boa relação interna entre os 
componentes, gera produtos e resíduos do trabalho executado.
Figura 2 – Esquema de um sistema aberto, segundo a teoria geral dos sistemas
Fonte: brasilescola.com
O sinal de saída do sistema pode retornar ao ponto de entrada, sendo aí considerado um 
aspecto de realimentação – feedback – do próprio sistema. Pode ser considerado positivo ou 
negativo, conforme o resultado para o próprio sistema.
A visão sistêmica aplicada às organizações é considerada um fator fundamental ao bom 
funcionamento da gestão. 
O segundo elemento diferenciador em relação aos demais modelos de gestão compreende 
a adoção dos princípios ambientais por parte da organização.
É evidente que toda instituição deve respeitar a legislação ambiental vigente, mas o 
sistema de gestão ambiental vai além. Implica a adoção de uma política ambiental por parte 
da organização, quer dizer, a empresa passa a se preocupar em levantar todos os aspectos 
que envolvem as suas atividades para, a partir daí, buscar as interações desses com o meio 
ambiente e, consequentemente, os impactos ambientais gerados.
8
Unidade: Sistema de Gestão Ambiental (SGA) – Environmental Management System 
Essa é uma transformação não apenas nos quesitos burocráticos, mas na rotina global das 
organizações, pois vai desde uma redução nas emissões de resíduos gasosos até o descarte 
correto dos velhos clipes para papel. Assim, a organização entra em uma rota na direção da 
responsabilidade socioambiental contínua.
A adoção de um sistema de gestão ambiental torna a organização diferenciada em relação 
às demais existentes no mercado. Como este processo envolve muita adaptação do pessoal, 
alocação de recursos, eliminação ou adequação de tarefas, entre outras transformações, as 
empresas precisam saber exatamente se devem ou podem adotar um SGA, seja qual for.
A origem do sistema de gestão ambiental pode ser entendida como decorrente do 
desenvolvimento, desde 1993 e da publicação, em 1996, da norma internacional 14001 
da International Organization for Standardization (ISO) – Organização Internacional para 
Padronização. Este processo esteve a cargo do Strategic Advisory Group on Environment 
(Sage) – Grupo Consultivo Estratégico sobre o Meio Ambiente – e mais especificamente do 
Comitê Técnico (CT207), órgão interno da ISO e responsável pela gestão ambiental. 
Assim, a norma ISO 14001 é um SGA, isto é, seu teor não leva em conta apenas os 
objetivos comuns das organizações, mas os considera sistematicamente sob os alicerces 
ambientais, ou em conformidade com os princípios da sustentabilidade, consagrados nos 
grandes fóruns internacionais.
International Organization for Standardization (ISO) 
Organização Internacional para Padronização
Figura 3 – Logomarca da ISO
Fonte: iso.org
A ISO foi criada em 1946 como uma instituição 
para auxiliar na recuperação das bases econômicas 
dos sistemas industriais praticamente destruídos pelas 
Guerras Mundiais ocorridas entre 1914 e 1945.
É, na realidade, um fórum de diversas organizações nacionais de padronização, ou Órgãos 
Nacionais de Normalização (ONN) – atualmente, são 164 organizações, com um total aproximado 
de cerca de cem mil especialistas a um custo da ordem de 740 milhões de reais. O Brasil participa 
ativamente da ISO por meio da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABTN). 
Com sede em Genebra, Suíça, até 2012 a estrutura da ISO constituía-se de: 224 Comitês 
Técnicos (CT); 513 Subcomitês (SC); 2.544 Grupos de Trabalho (GT) e 82 Grupos de Estudo 
ad hoc (GE). Até o ano supracitado, a ISO havia publicado 19.573 normas internacionais. A 
significância do conhecimento demonstrado pela ISO em todos os cantos do mundo tornou a 
norma ambiental 14001 a mais bem-aceita e adotada no Planeta.
9
Outros Sistemas de Gestão Ambiental
Existem diversos sistemas de gestão ambiental em vigor. Alguns foram desenvolvidos por 
organizações, outros por organismos de Estados e cada um está ajustado a certas necessidades 
e particularidades locais. Entretanto, considerando as atuais demandas da economia 
mundializada e as questões ambientais debatidas igualmente em nível mundial, passou-se a 
discutir a adoção de um sistema que tivesse alcance internacional. Foi com essa finalidade que 
surgiu o Environmental Management System – Sistema de Gestão Ambiental (SGA).
A norma ISO 14001 foi baseada em duas outras normas vigentes na Europa: a norma BS 
7750, adotada em 1992 pelo Instituto Britânico de Normatização (BSI) e a Eco Management 
and Audit Scheme (Emas) – Sistema de Ecogestão e Auditoria –, utilizada como referência na 
comunidade europeia desde 1995.
O maior alcance da norma ISO 14001 se deu pelo fato dessa ser chancelada por um 
organismo de padronização internacional, o que em um mundo globalizado – no qual “A” 
compra de “B” e vende para “C” – faz mais sentido do que manter normas nacionais com 
suas particularidades locais. A ideia da norma ISO 14001 é garantir maior confiabilidade e 
adequação dos requisitos.
A Eco-92 e a Carta do Rio
A Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Meio Ambiente, ocorrida 
no Rio de Janeiro entre 3 e 14 de junho de 1992, conhecida como Earth Summit – Cúpula da 
Terra, ou simplesmente Eco-92 (Figura 4) –, foi o marco no qual o princípio da sustentabilidade 
passou dasideias para a ação.
Figura 4 – Logomarca da Conferência da ONU sobre Meio Ambiente (Eco-92)
O documento produzido e firmado pelos mais de 170 chefes de Estado presentes, 
denominado Declaração do Rio sobre meio ambiente e desenvolvimento, ou simplesmente 
Carta do Rio, apresentou 27 princípios nos quais o fundamento básico de ação institucional 
era o desenvolvimento sustentável. Tal conceito foi anteriormente desenvolvido em um 
longo documento denominado Our common future – Nosso futuro comum, ou Relatório 
Brundtland –, produzido em 1987 pela Comissão sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento 
da ONU, à época, liderada pela primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland.
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Unidade: Sistema de Gestão Ambiental (SGA) – Environmental Management System 
Em complemento à Carta do Rio, a Eco-92 também foi responsável pela criação de um roteiro, 
um plano de ação com prazo estabelecido para orientar governos, agências de desenvolvimento 
e crédito, grupos setoriais com vistas a reduzir, corrigir, ou até evitar impactos sobre a natureza, 
decorrentes das atividades humanas. Tal documento ficou conhecido como Agenda 21, a partir 
do qual teve início o que podemos denominar de gestão ambiental, no sentido de se tornar a 
ferramenta de convergência de ações com vistas ao desenvolvimento sustentável.
Além dos documentos mencionados, a Eco-92 também produziu importantes resoluções que 
se tornaram basilares na gestão ambiental: os Princípios para a administração sustentável 
das florestas, a Convenção da biodiversidade e a Convenção sobre mudança do clima.
Todo o debate gerado ao longo das décadas de 1970, 1980 e início dos anos 1990 foram 
cruciais para uma total reorientação das bases socioeconômicas, principalmente nos países 
desenvolvidos e em boa parte das nações em desenvolvimento. O divisor de águas dessa 
reorientação foi a publicação da norma ISO 14001 e sua tradução em diversos países.
Sistemas de Gestão Ambiental e Sistemas de Gestão Clássicos
Um aspecto adicional em relação à norma ISO 14001 deve ser ressaltado: o fato dessa 
se apresentar sob a forma sistêmica – sistema aberto –, isto é, para que uma organização 
seja certificada, todas as etapas de materialização do seu produto ou serviço devem estar em 
conformidade com os requisitos da norma, desde a entrada, durante os processos e a saída. 
Assim, as empresas que desejam ser certificadas se associam a fornecedores e clientes que 
também estejam em conformidade com a norma.
A diferença em relação aos modelos convencionais de gestão empresarial é que no SGA 
o meio ambiente passa a ser levado em conta na estrutura de planejamento, processo e 
circulação dos bens e serviços de tais organizações. 
A Internacionalização da Série ISO 14000
O sistema de gestão ambiental surgiu em um cenário de crise econômica e ecológica da 
década de 1990. Como todo e qualquer paradigma do setor produtivo, o contexto indicava a 
necessidade de mudanças a fim de se buscar outro patamar de excelência e eficiência, isto é, 
uma alteração de rota no âmbito da competitividade mercadológica.
Além disso, havia a necessidade mais que urgente de confrontar os impactos ambientais 
gerados pelo desenvolvimento econômico do sistema baseado na produção urbano-industrial. 
Como a economia já se encontrava em um patamar elevadíssimo de interação entre os 
mercados, um sistema de gestão ambiental deveria buscar não apenas a padronização no 
alcance ambiental local, mas contemplar uma uniformização internacional de produção, essa 
pautada no desenvolvimento sustentável.
A partir da Eco-92, governos, instituições de financiamento e crédito, bem como os próprios 
consumidores passaram a buscar saber, além dos itens costumeiros, se as organizações, produtos 
e serviços tinham algum tipo de preocupação com o meio ambiente. Esse comportamento 
diferenciado acabou repercutindo em organizações que começaram a se movimentar, no 
sentido de considerarem o meio ambiente nas suas estruturas de funcionamento.
11
A partir desse momento, que culminou com o lançamento da ISO 14001, em 1996, a gestão 
ambiental se tornou um diferencial entre as organizações e um marco na economia moderna. 
Muito além dos sistemas de gestão que buscam maior qualidade, eficiência e produtividade, 
o SGA passou a impelir as empresas tanto no sentido do desempenho ambiental, quanto à 
minimização dos impactos no meio ambiente.
Em pesquisa recente sobre a evolução das certificações ambientais pelo mundo, Georges e 
Benedicto (2014) divulgaram dados dos totais anuais entre 1999 e 2012 (Figura 5):
Figura 5 – Certificados ISO 14001 no mundo (1999-2012)
Fonte: Georges e Benedicto (2014)
Os autores supracitados também apresentaram informações do volume anual de países 
com certificados:
Figura 6 – Número de países com certificação ISO 14001 (1999-2012)
Fonte: Georges e Benedicto (2014)
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Unidade: Sistema de Gestão Ambiental (SGA) – Environmental Management System 
A análise dos gráficos das figuras 5 e 6 mostra que os totais de certificações apresentaram 
aumentos nas duas dimensões consideradas, o que reflete a relevância do SGA na atualidade, 
no sentido da formação de uma rede de organizações certificadas, bem como de uma nova 
forma de se considerar a economia, determinando mudanças também no cotidiano das pessoas.
Figura 7 – Países com certificação ISO 14001 por região do Globo (1999-2012)
Fonte: Georges e Benedicto (2014)
Se tomarmos por base os dados por região (Figura 7), igualmente compilados por Georges 
e Benedicto (2014), veremos que em praticamente todas as regiões houve aumento no 
número de países com certificação. Guardadas as devidas disparidades regionais, constata-se 
um processo de expansão mundial da implementação do sistema de gestão ambiental.
O alcance representado pela norma ISO 14001, ao mesmo tempo, influenciou e foi 
influenciado por uma movimentação interna na ISO, no sentido de criar normas complementares 
para que as organizações e seus produtos alcançassem, de fato, a melhoria contínua (Figura 8). 
Nesse sentido e para esse fim, foram criados comitês internos, encarregados do desenvolvimento 
e aperfeiçoamento da ISO 14001. Assim, surgiu a estrutura que compõe a série ISO 14000.
Figura 8 – Esquema da norma ISO 14001 simbolizando a busca pela melhoria contínua
Fonte: NBR ISO 14001 (2004)
13
A partir do funcionamento do CT207 da ISO, responsável pelo desenvolvimento e 
lançamento da ISO 14001, diversos subcomitês foram criados para o desenvolvimento de 
requisitos complementares às organizações. Dessa forma, o Sage se tornou o Subcomitê 
(SC1), responsável pela norma ISO 14001, a mais importante da série e que, dadas as suas 
características de conter os requisitos para a implementação do SGA, deve ser auditada para 
que a organização e/ou produto sejam certificados.
Nos próximos parágrafos estão descritas as atribuições dos outros comitês da 
ISO, os quais aperfeiçoaram a série ISO 14000. Os dados são do Instituto 
Brasil Pnuma. (Fonte: http://www.brasilpnuma.org.br).
Um segundo Subcomitê (SC2) foi criado com a incumbência de desenvolver normas 
para a execução de auditorias ambientais. Para esse fim, em 1996 o SC2 criou três 
normas, as quais: norma ISO 14010 – os princípios gerais para execução das auditorias –; 
norma ISO 14011 – os procedimentos para o planejamento e execução de auditorias em 
um sistema de gestão ambiental –; e norma ISO 14012 – os critérios para a qualificação 
de auditores –. Em 2001 foi desenvolvida a norma ISO 14015 – as avaliações ambientais 
de localidades e organizações –, que foi revisada em 2003. Em 2002 foi criada a norma 
ISO 19011 – guias sobre auditorias da qualidade e do meio ambiente –, que substituiu as 
normas ISO 14010, 14011 e 14012.
O terceiro Subcomitê (SC3) foi criado para gerar os parâmetros de rotulagem ambiental. 
Trata-se de uma parte importante do SGA, pois a rotulagem é a garantia de que o produto está 
em conformidade com as normas ambientais. A princípio, o SG3 criou as seguintes normas 
pararegulamentar a rotulagem ambiental:
• ISO 14020: estabelece os princípios básicos para os rótulos e declarações ambientais – 
apesar de criada em 1998, esta norma foi revisada em 2002;
• ISO 14021: estabelece as autodeclarações ambientais, ou rotulagem ambiental do tipo 
II – apesar de criada em 1999, esta norma foi revisada em 2004. Esta norma disciplina 
as autorrotulagens feitas pelas próprias organizações, a fim de evitar ou restringir a 
prática de greenwashing;
• ISO 14024: estabelece os princípios e procedimentos para a rotulagem ambiental do 
tipo I – apesar de criada em 1999, esta norma foi revisada em 2004;
• ISO TR 14025: estabelece os princípios e procedimentos para a rotulagem ambiental 
do tipo III – criada em 2001. 
O quarto Subcomitê (SC4) foi criado para avaliar o desempenho ambiental das organizações 
que adotam o SGA. Para esse fim, o SC4 criou duas normas, a saber:
• ISO 14031: fornece diretrizes para a avaliação do desempenho – performance – ambiental 
das organizações – apesar de criada em 1999, esta norma foi revisada em 2004;
• ISO 14032: fornece os exemplos de avaliação de desempenho ambiental das 
organizações.
14
Unidade: Sistema de Gestão Ambiental (SGA) – Environmental Management System 
O quinto Subcomitê (SC5) foi criado para desenvolver normas que avaliem o ciclo de vida – 
existência – de uma organização e/ou produtos. Para tal finalidade, ao longo dos anos o SC5 
criou uma série de normas, entre as quais:
• ISO 14040 – institui as diretrizes e a estrutura para a análise do ciclo de vida – criada 
em 1997;
• ISO 14041 – institui o significado do escopo e análise do inventário do ciclo de vida – 
criada em 1998;
• ISO 14042 – institui a avaliação do impacto ambiental do ciclo de vida – criada em 2000;
• ISO 14043 – institui a interpretação do ciclo de vida – criada em 2000;
• ISO 14048 – institui o formato da apresentação de dados – criada em 2002;
• ISO TR 14047 – provê os exemplos necessários para a aplicação da ISO 14042 – 
criada em 2003;
• ISO TR 14049 – provê os exemplos para a aplicação da ISO 14041 – criada em 2000. 
• Visando a facilitação da aplicação pelas organizações, o SC5 condensou as normas 
14040, 14041, 14042 e 14043 em outras duas, apenas: 14041 e 14044.
Quando se trata do ciclo de vida da atividade, do processo, ou do produto, entende-se que 
esse período abrange:
• A extração da matéria-prima;
• O processamento da matéria-prima;
• A produção;
• A distribuição;
• O uso;
• O reuso – quando necessário ou possível;
• A manutenção;
• A reciclagem; e
• A eliminação – disposição final.
O sexto Subcomitê (SC6) foi criado para agrupar os termos, definições e conceitos utilizados 
no SGA, isto é, um vocabulário controlado para a gestão ambiental. Para esse fim, em 1998 
o SC6 criou a norma ISO 14050, publicada em 2002 e revisada dois anos depois.
O sétimo Subcomitê (SC7) foi criado para desenvolver normas internacionais para a 
medição, monitoramento, comunicação e verificação de emissões dos chamados Gases do 
Efeito Estufa (GEE). Para esse fim, foi criada a norma ISO 14064. Devido às especificidades 
do tema, essa norma foi decomposta em três partes, a saber:
15
Parte 1 Especificações para quantificação, monitoramento e comunicação de emissões e absorção por entidades – específica para inventários;
Parte 2 Especificações para quantificação, monitoramento e comunicação das emissões e absorção dos projetos – específica para projetos de redução de GEE.
Parte 3 Especificações e diretrizes para validação, verificação e certificação – específica para auditorias.
Além da ISO 14064, o SC7 também criou as seguintes normas:
• ISO 14065: requisitos para validação e verificação de organismos para o uso em 
acreditação ou outras formas de reconhecimento;
• ISO 14066: requisitos de competência para validadores e verificadores de GEE.
O oitavo Subcomitê (SC8) foi criado para desenvolver estratégias normativas à comunicação 
ambiental das organizações. Após uma série de reuniões temáticas, o SC8 criou duas normas:
• ISO 14062: institui diretrizes e exemplos para a comunicação ambiental das organizações;
• ISO 14063: orienta as organizações sobre como comunicar o desempenho ambiental, 
entre outros aspectos também ambientais de tais empresas, fornecendo exemplos – 
criada em 2006.
Finalmente, o nono Subcomitê (SC9) foi criado para buscar entender como o desenvolvimento 
de novos produtos interage com o meio ambiente. O resultado foi a criação da norma ISO TR 
14062, apelidada de norma para o ecodesign. A adoção dessa norma produziu benefícios 
consideráveis às organizações, principalmente quanto aos custos, desempenho ambiental, 
inovações, oportunidades de mercado e qualidade dos produtos.
Dado o fato de a série de normas ISO 14000 ter sido instituída em 1996 e, de lá para 
cá, ter sido implementada em diversos países nas mais diferentes condições econômicas e 
infraestruturais, previa-se desde o início que tal norma deveria passar por processos de revisão 
a partir de seu quinto ano de vigência. Assim, a segunda versão revista, de 2004, está para ser 
substituída por uma nova, provavelmente ainda em 2015.
16
Unidade: Sistema de Gestão Ambiental (SGA) – Environmental Management System 
Material Complementar
Leituras:
Exemplo de aplicação do SGA no setor público
Disponível em: http://www.ibeas.org.br/congresso/Trabalhos2014/V-053.pdf
Sites:
Página web da International Organization for Standardization (ISO) – Organização 
Internacional para Padronização
Disponível em: http://www.iso.org/iso/home.html
Exemplos de aplicação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) no setor privado, 
disponíveis em:
https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/128504;
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/114595/000954741.pdf?sequence=1;
http://www.singep.org.br/3singep/resultado/307.pdf;
http://goo.gl/F5gcUk;
https://goo.gl/8sPfqn;
http://www.bsigroup.com/pt-BR/ISO-14001-Gestao-Ambiental/Estudos-de-caso-da-ISO-14001;
http://www.rivieradesaolourenco.com/apos-nova-auditoria-riviera-mantem-certificacao-iso-14001.
17
Referências
BERTALANFFY, L. V. Teoría general de los sistemas. 10. ed. México: FCE, 1995.
BERTÉ, R. Gestão socioambiental no Brasil – uma análise ecocêntrica. Curitiba, PR: 
Intersaberes, 2014.
CURI, D. Gestão ambiental. São Paulo: Academia Pearson, 2011.
GEORGES, M. R. R.; BENEDICTO, S. C. Certificação ambiental, panorama da 
certificação ISO 14001 no mundo. São Paulo: Engema/USP, 2014.
KLUCZKOVSKI, A. M. R. G. Introdução ao estudo da poluição dos ecossistemas. 
Curitiba, PR: Intersaberes, 2015.
MAZZAROTTO, Â.; BERTÉ, R. Gestão ambiental no mercado empresarial. Curitiba, 
PR: Ibpex, 2010.
MORAES, C. S. B. de et al. Auditoria e certificação ambiental. Curitiba, PR: 
Intersaberes, 2014.
MOTTA, F. C. P. A teoria geral dos sistemas na teoria das organizações. Revista de 
Administração de Empresas, Rio de Janeiro, v. 11, n. 1, p. 17-33, jan./mar. 1971.
PHILIPPI JUNIOR, A.; ROMÉRO, M. de A.; BRUNA, G. C. Curso de gestão ambiental. 
São Paulo: USP, 2010.
SILVA, C. A. da; PRZYBYSZ, L. C. B. Sistema de gestão ambiental. Curitiba, PR: 
Intersaberes, 2014.
18
Unidade: Sistema de Gestão Ambiental (SGA) – Environmental Management System 
Anotações

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