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SISTEMA DE ENSINO
NOÇÕES 
DE DIREITO 
ADMINISTRATIVO
Regime Próprio de Previdência Social 
do Estado de Roraima
Livro Eletrônico
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Regime Próprio de Previdência Social do Estado de Roraima
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Bernardo Machado
Sumário
Regime Próprio de Previdência Social do Estado de Roraima ..............................................................3
Introdução ............................................................................................................................................................................3
Regime Próprio de Previdência Social.................................................................................................................3
Regime Próprio de Previdência Social na CF/88 ...........................................................................................4
Outras Questões Previstas na CF/88 .................................................................................................................11
LC n. 54/2001 ...................................................................................................................................................................12
Da Organização do Regime Próprio de Previdência Estadual .............................................................13
Dos Participantes e Beneficiários ........................................................................................................................17
Aposentadorias do Servidor Público Efetivo do Estado de Roraima ..............................................19
Pensão por Morte .........................................................................................................................................................23
Do Abono Anual .............................................................................................................................................................26
Custeio ................................................................................................................................................................................27
Outros Assuntos Tratados na LC n. 54/2001 ...............................................................................................30
Acumulação de Benefícios .......................................................................................................................................35
Regras de Transição ....................................................................................................................................................37
Regra Transitória do Art. 2º da EC n. 41/2003 .............................................................................................38
Regra Transitória do Art. 6º da EC n. 41/2003 ..............................................................................................41
Regra Transitória do Art. 3º da EC n. 47/2005 ............................................................................................42
Resumo ...............................................................................................................................................................................46
Questões de Concurso ...............................................................................................................................................52
Gabarito ..............................................................................................................................................................................56
Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................57
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Regime Próprio de Previdência Social do Estado de Roraima
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Bernardo Machado
REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO 
ESTADO DE RORAIMA
Querido(a) aluno(a)! Na aula de hoje, serão estudadas as regras aplicáveis ao Regime Pró-
prio de Previdência Social do Estado de Roraima (RPPS/RR)!
Introdução
Primeiramente, cumpre informar que a recente reforma da previdência social, implemen-
tada por meio da EC n. 103/2019, não atinge os servidores públicos efetivos vinculados aos 
RPPS dos Estados, DF e Municípios, uma vez que, conforme determina o art. 10, § 7º, da EC n. 
103/2019, aplicam-se às aposentadorias dos servidores dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios as normas constitucionais e infraconstitucionais anteriores à data de entrada em 
vigor da citada EC, enquanto não promovidas alterações na legislação interna relacionada ao 
respectivo RPPS.
Assim sendo, para que esses servidores públicos sejam afetados pela reforma da previ-
dência social, devem ser promovidas alterações na legislação interna relacionada ao respecti-
vo RPPS, as quais já estão ocorrendo em diversos entes da federação.
Até o presente momento, o Estado de Roraima ainda não promoveu as citadas alterações, 
mantendo-se o regime jurídico previdenciário pretérito, ou seja, conforme já mencionado, apli-
cam-se às aposentadorias dos servidores do Estado de Roraima as normas constitucionais e 
infraconstitucionais anteriores à data de entrada em vigor da EC n. 103/2019.
Dessa forma, faz-se necessário estudar, detalhadamente, o art. 40 da CF/1988, sem as 
alterações implementadas pela EC n. 103/2019, bem como a LC Estadual n. 54/2001, com as 
devidas alterações posteriores.
regIme PróPrIo de PrevIdêncIa SocIal
Conforme determina o art. 10, § 3º, do RPS (Decreto n. 3.048/1999), entende-se por regime 
próprio de previdência social (RPPS) o que assegura pelo menos as aposentadorias e pensão 
por morte previstas no art. 40 da Constituição Federal.
Percebe-se que, pelo conceito mencionado, o RPPS pode conceder outros benefícios 
além de aposentadorias e pensão por morte. É apenas importante frisar que o art. 5º da Lei n. 
9.717/1998, a qual estabelece regras gerais para a organização e o funcionamento dos RPPS 
dos servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos mili-
tares dos Estados e do Distrito Federal, não permite que o RPPS conceda benefícios distintos 
do RGPS, salvo quando a Constituição Federal assim permitir.
Com a entrada em vigor da EC n. 103/2019, o rol de benefícios dos RPPS fica limitado às 
aposentadorias e à pensão por morte.
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Ademais, os afastamentos por incapacidade temporária para o trabalho e o salário-mater-
nidade serão pagos diretamente pelo ente federativo e não correrão à conta do RPPS ao qual 
o servidor se vincula.
Percebe-se, portanto, que não há mais a possibilidade de que os RPPS concedam benefí-
cios distintos das aposentadorias e pensão por morte. Logo, o art. 5º da Lei n. 9.717/1998, por 
ser incompatível materialmente com o texto da EC n. 103/2019, foi não recepcionado, tendo 
sido, por consequência, revogado tacitamente.
As principais regras de funcionamento dos RPPS estão previstas no art. 40 da CF/88, o 
qual foi substancialmente alterado pela EC n. 103/19.
Entretanto, para o estudo acerca do regime próprio do Estado de Roraima, conforme já 
mencionado, estuda-se o art. 40 da CF/88,sem as alterações implementadas pela EC n. 
103/2019, bem como a LC Estadual n. 54/2001, com as devidas alterações posteriores.
regIme PróPrIo de PrevIdêncIa SocIal na cF/88
Benefícios do Servidor Público Previstos na CF/88
A CF/88 prevê dois benefícios previdenciários ao servidor público: aposentadoria e pensão 
por morte.
Aposentadorias dos Servidores Públicos na CF/88
Conforme preconiza o art. 40, § 1º, da CF/88, o servidor público abrangido por RPPS poderá 
se aposentar de 3 formas: i) por invalidez; ii) compulsoriamente; iii) voluntariamente.
No caso da aposentadoria por invalidez, o Poder Constituinte, ao tratar do citado benefício, 
comete uma enorme atecnia, uma vez que determina que o servidor público poderá se aposen-
tar por invalidez permanente. Ora! Como assim? Se a aposentadoria é por invalidez, isso signi-
fica falar que o servidor possui uma incapacidade permanente para o seu trabalho. Portanto, 
falar em invalidez permanente é uma mera redundância.
Ultrapassada essa falha técnica, o Poder Constituinte determina que o servidor, aposenta-
do por invalidez, fará jus ao benefício com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, 
exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, conta-
giosa ou incurável, na forma da lei.
Portanto, um servidor público que se aposenta por invalidez, tendo apenas 15 anos de tem-
po de contribuição, irá receber 15/35 da média de suas remunerações.
No caso de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou in-
curável, na forma da lei, os proventos não são proporcionais ao tempo de contribuição. Nessas 
situações, a renda mensal do benefício será de 100% da média das remunerações do servidor.
No âmbito federal, essas doenças são elencadas no art. 186, §1º, da Lei n. 8.112/1990.
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Em tese, como o Poder Constituinte determina que a doença deverá ser definida na forma 
da lei, pode a lei delegar que esse assunto seja tratado por meio de um outro ato normativo, 
como, por exemplo, um Decreto Presidencial.
Entretanto, não é esse o entendimento jurisprudencial. A jurisprudência do STJ era no sentido 
de que o rol de doenças constantes no art. 186, §1º, da Lei n. 8.112/1990 para fins de apo-
sentadoria integral não seria taxativo, mas exemplificativo, tendo em vista a impossibilidade 
de a norma prever todas as doenças consideradas pela medicina como graves, contagiosas 
ou incuráveis. No entanto, o STF, reconhecendo a repercussão geral da matéria, entende que 
“pertence, portanto, ao domínio normativo ordinário a definição das doenças e moléstias que 
ensejam aposentadoria por invalidez com proventos integrais, cujo rol, segundo a jurisprudên-
cia assentada pelo STF, tem natureza taxativa”. Nesse contexto, a aposentadoria de servidor 
público federal diagnosticado com moléstia não mencionada no § 1º do art. 186 da Lei n. 
8.112/1990, não pode se dar com o pagamento de proventos integrais, mas sim proporcionais.
Além da aposentadoria por invalidez, o servidor público poderá se aposentar compulsoria-
mente, aos 70 anos de idade, ou aos 75 anos de idade, na forma de lei complementar.
Na prática, o servidor se aposenta compulsoriamente aos 75 anos, uma vez que já existe 
lei complementar regulamentadora desse direito (LC n. 152/2015).
Da mesma forma que a aposentadoria por invalidez, os proventos são proporcionais ao 
tempo de contribuição. Dessa forma, uma servidora pública que se aposente compulsoriamen-
te, aos 75 anos de idade, tendo apenas 20 anos de tempo de contribuição, irá receber 20/30 da 
média de suas remunerações.
Por fim, o servidor público poderá se aposentar voluntariamente de duas formas: i) por 
tempo de contribuição; ou ii) por idade.
Entretanto, para poder se aposentar voluntariamente, algumas condições deverão ser pre-
enchidas. Primeiramente, o servidor público deverá ter cumprido tempo mínimo de 10 anos de 
efetivo exercício no serviço público. Além disso, o servidor público deverá ter cumprido tempo 
mínimo de 5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria.
Uma vez preenchidas essas condicionantes, o servidor público poderá se aposentar por 
tempo de contribuição, aos 60 anos de idade e 35 de contribuição, se homem, e 55 anos de 
idade e 30 de contribuição, se mulher; ou por idade, aos 65 anos de idade, se homem, e 60 
anos de idade, se mulher.
O cálculo da aposentadoria voluntária por idade é proporcional, nos mesmos moldes vis-
tos na aposentadoria por invalidez e compulsória. Já na aposentadoria voluntária por tempo 
de contribuição, o benefício é de 100% da média das remunerações dos servidores.
Cabe ressaltar que para a aposentadoria voluntária por tempo de contribuição, os requisi-
tos idade e tempo de contribuição serão reduzidos em 5 anos para o professor que comprove 
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exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e 
no ensino fundamental e médio.
Aposentadorias dos 
Servidores Públicos
Invalidez
Proventos proporcionais ao 
tempo de contribuição
Salvo acidente do trabalho, 
moléstia profissional ou 
doença grave, contagiosa 
ou incurável, na forma da 
lei
Compulsoriamente, aos 70 
anos de idade, ou 75 anos, 
na forma de LC
Proventos proporcionais ao 
tempo de contribuição
Voluntariamente Esquema abaixo
Aposentadoria Voluntária do 
Servidor Público
10 anos de serviço público e 5 anos 
no cargo em que se dará a 
aposentadoria
Por Tempo de 
Contribuição
100% da média das 
remunerações do servidor
Homem
60 anos de idade e 
35 anos de tempo 
de contribuição
Mulher
55 anos de idade e 
30 anos de tempo 
de contribuição
Por idade
Proventos porporcionais ao 
tempo de contribuição
Homem
65 anos
Mulher
60 anos
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Ademais, é vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de 
aposentadoria aos abrangidos por RPPS, ressalvados, nos termos definidos em leis comple-
mentares, os casos de servidores:
• Portadores de deficiência;
• Que exerçam atividades de risco;
• Cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou 
a integridade física.
Vedada a adoção de 
requisitos diferenciados para 
concessão de 
aposentadorias pelo RPPS
Salvo, nos 
termos de LC
Portadores de deficiência
Que exerçam atividades de risco
Cujas atividades sejam exercidas 
sob condições especiais que 
prejudiquem a saúde ou a 
integridade física.
Percebe-se que a adoção de requisitos e critérios diferenciados para fins de concessão de 
aposentadorias pelo RPPS é assunto de reserva de lei complementar.
Ademais, a Lei n. 9.717/1998 determina que ficavedada a concessão de aposentadoria 
especial, nos termos do art. 40, § 4º, da CF/88, até que lei complementar federal discipline a 
matéria. É, inclusive, entendimento do STF que é competência exclusiva da União a edição das 
leis complementares de que trata o art. 40, § 4º, da CF/88, ainda que, frise-se, os interessados 
sejam servidores estaduais, distritais ou municipais.
Portanto, o STF já possui robusto entendimento de que o art. 5º, parágrafo único, da Lei 
n. 9.717/1998 impede que estados e municípios legislem, mesmo na ausência de lei federal 
sobre normas gerais, nas hipóteses de aposentadoria especial insculpidas no art. 40, § 4º, da 
CF/88, ainda que os interessados sejam servidores estaduais, distritais ou municipais.
Dessa forma, até os dias atuais, não existe lei complementar regulamentando a adoção 
de requisitos e critérios diferenciados para os servidores públicos com deficiência, bem como 
para aqueles que exercem atividades sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a 
integridade física.
Como estamos diante de uma norma constitucional de eficácia limitada, ou seja, norma 
que carece de regulamentação, diversos servidores, para conseguirem fazer com que os seus 
direitos previstos na CF/88 sejam respeitados, têm impetrado mandado de injunção, o qual 
consiste em um remédio constitucional à disposição de qualquer pessoa (física ou jurídica) 
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que se sinta prejudicada pela falta de norma regulamentadora, sem a qual resulte inviabilizado 
o exercício de seus direitos, liberdades e garantias constitucionais.
No caso da aposentadoria do servidor público com deficiência, verifica-se a necessidade 
de impetração de mandado de injunção que determine a aplicação das disposições insculpi-
das na LC n. 142/2013, que trata das aposentadorias por tempo de contribuição e idade dos 
segurados com deficiência no âmbito do RGPS.
No caso da aposentadoria especial do servidor público, não existe tal necessidade, uma 
vez que existe a súmula vinculante n. 33 do STF, in verbis:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante n. 33 do STF: Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras 
do regime geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 
40, § 4º, inciso III da Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica.
No caso da atividade de risco, a LC n. 51/1985 regula a aposentadoria dos servidores poli-
ciais, tendo a mesma sido recepcionada pela CF/88 e pelas emendas que a reformaram, con-
forme entendimento do STF na ADI 3.8176/DF.
Esta modalidade de aposentadoria diferenciada, atividade de risco, até o presente momen-
to só tem aplicação na atividade policial, visto que a LC n. 51/1985 só abrange esta categoria 
de servidor público.
Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão con-
sideradas as remunerações (e não as contribuições vertidas, tendo em vista a ausência de 
contribuição no passado) utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes 
de previdência (RPPS e RGPS), na forma da lei.
Por fim, ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma da 
CF/88, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do RPPS.
001. (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PA/2016) Considerando as regras 
constitucionais nacionais e os regimes jurídicos dos servidores públicos civis, julgue os 
itens a seguir.
De acordo com a legislação federal, mediante emenda constitucional, a aposentadoria compul-
sória do servidor ocorrerá aos setenta anos de idade, com percepção integral dos proventos da 
atividade, independentemente do tempo de contribuição.
Conforme determina o art. 40, § 1º, II, da CF/88, os servidores abrangidos por RPPS serão apo-
sentados compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 
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anos de idade, ou aos 75 anos de idade, na forma de lei complementar. Dessa forma, caso um 
servidor público se aposente compulsoriamente aos 75 anos de idade, tendo apenas 20 anos 
de tempo de contribuição, irá receber 20/35 da média de suas remunerações.
Errado.
Pensão por Morte para os Dependentes dos Servidores Públicos na CF/88
Conforme preconiza o art. 40, § 7º, da CF/88, lei disporá sobre a concessão do benefício de 
pensão por morte, que será igual:
• Ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabele-
cido para os benefícios do RGPS (atualmente, R$ 7.087,22), acrescido de 70% da parcela 
excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou
• Ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o 
falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS (atualmente, 
R$ 7.087,22), acrescido de 70% da parcela excedente a este limite, caso em atividade na 
data do óbito.
EXEMPLO
Dessa forma, imagine um servidor público aposentado, auferindo de proventos de aposenta-
doria o valor de R$ 10.000,00. Uma vez ocorrido o óbito do citado servidor, seus dependentes 
terão direito a pensão por morte no valor de R$ 7.087,22, acrescido de 70% da parcela que 
excede o limite máximo para os benefícios do RGPS, ou seja, R$ 2.038,94 (70% x (R$ 10.000,00 
– R$ 7.087,23)). Portanto, o valor da pensão por morte será de R$ 9.126,16.
Cabe ressaltar que essa regra só é aplicável para os óbitos ocorridos em momento pos-
terior à sua regulamentação. Apesar de a regulamentação ter sido feita pela MP n. 167/2004, 
quando da conversão da lei, a mesma fixou como marco para o redutor da pensão por morte 
os óbitos a partir de 21 de junho de 2004, data de publicação da Lei n. 10.887/2004.
Por fim, cabe a ressalva que os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de 
sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo 
em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão.
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Pensão por 
Morte
Óbito de servidor 
aposentado
Ao valor da totalidade dos proventos 
do servidor falecido, até o limite 
máximo estabelecido para os 
benefícios do RGPS, acrescido de 
70% da parcela excedente a este 
limite
Óbito de servidor ativo
Ao valor da totalidade da 
remuneração do servidor no cargo 
efetivo em que se deu o falecimento, 
até o limite máximo estabelecido para 
os benefícios do RGPS, acrescido de 
70% da parcela excedente a este 
limite
002. (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PA/2016) Com relação ao regime 
próprio de previdência social dos servidores públicos, julgue os itens subsequentes.
Caso uma servidora pública do estado do Pará, viúva, faleça e deixe órfão um filhode quinze 
anos de idade, o adolescente terá direito a receber pensão por morte equivalente ao valor do 
último provento recebido pela servidora em questão.
Conforme determina o art. 40, § 7º, da CF/88, a pensão por morte será igual ao valor da totali-
dade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para os benefícios 
do RGPS, acrescido de 70% da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do 
óbito; ou ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o 
falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS, acrescido de 70% 
da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito.
Errado.
Contribuição do Servidor Inativo e do Pensionista
Questão controvertida inserida pelo Poder Constituinte Derivado Reformador (EC n. 
41/2003) foi a contribuição do servidor inativo ou pensionista do RPPS.
O art. 40, § 18, da CF/88 determina:
Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de 
que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral 
de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servido-
res titulares de cargos efetivos.
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Dessa forma, um servidor público aposentado, que venha auferir de proventos de aposen-
tadoria o valor de R$ 10.000,00, irá contribuir para o RPPS com uma alíquota em relação à 
diferença dos proventos de sua aposentadoria e a parcela que ultrapassar o limite máximo do 
RGPS (atualmente, R$ 7.087,22).
Objeto de diversas ADI, a taxação dos inativos foi declarada constitucional pelo STF, tendo 
a decisão se baseado no princípio da solidariedade, onde os servidores inativos ou pensionis-
tas devem verter contribuições para o RPPS com o intuito de ajudar a manter a rede protetiva, 
independente da época da aquisição do direito ou da solicitação do benefício, devendo a contri-
buição verter apenas sobre os valores que ultrapassem o limite máximo do RGPS (declaração 
de inconstitucionalidade dos percentuais de 50% e 60% previstos no art. 4º da EC n. 41/2003).
Essa decisão da declaração de inconstitucionalidade dos percentuais citados anteriormen-
te tem como base o princípio da isonomia a ser observado com o RGPS (art. 195, II, da CF/88), 
uma vez que o texto constitucional veda a incidência de contribuição previdenciária sobre apo-
sentadorias e pensões concedidas pelo RGPS. Dessa forma, fez por bem o STF determinar a 
incidência da contribuição dos servidores inativos do RPPS apenas em relação à parcela que 
excede o limite máximo do RGPS, dando, portanto, tratamento isonômico entre os beneficiá-
rios do RGPS e RPPS.
A contribuição dos inativos e pensionistas incidirá apenas sobre as parcelas de proven-
tos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para 
os benefícios do RGPS de que trata o art. 201 da CF/88 (atualmente, R$ 7.087,22), quando o 
beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante.
Portanto, imagine um caso prático de um servidor aposentado recebendo de proventos de 
aposentadoria o valor de R$ 20.000,00, sendo portador de doença incapacitante. Nessa situa-
ção, ele irá contribuir para o RPPS com uma alíquota em relação à diferença dos proventos de 
sua aposentadoria e a parcela que ultrapassar o limite máximo do RGPS aplicado em dobro.
outraS QueStõeS PrevIStaS na cF/88
Reajustamento dos Benefícios do RPPS
Conforme determina o art. 40, § 17, da CF/88, todos os valores de remuneração conside-
rados para o cálculo do benefício do RPPS serão devidamente atualizados, na forma da lei.
Ademais, conforme determina o art. 40, § 8º, da CF/88, é assegurado o reajustamento dos 
benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios esta-
belecidos em lei.
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Abono de Permanência em Serviço
Conforme determina o art. 40, § 19, da CF/88, observados critérios a serem estabelecidos 
em lei do respectivo ente federativo, o servidor titular de cargo efetivo que tenha completado 
as exigências para a aposentadoria voluntária e que opte por permanecer em atividade poderá 
fazer jus a um abono de permanência equivalente, no máximo, ao valor da sua contribuição 
previdenciária, até completar a idade para aposentadoria compulsória.
Único Regime Próprio por Ente da Federação
Conforme determina o art. 40, § 20, da CF/88, é vedada a existência de mais de um regime 
próprio de previdência social e de mais de um órgão ou entidade gestora desse regime em 
cada ente federativo, abrangidos todos os poderes, órgãos e entidades autárquicas e fundacio-
nais, que serão responsáveis pelo seu financiamento, observados os critérios, os parâmetros e 
a natureza jurídica definidos na lei complementar.
003. (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PA/2016) Julgue o item seguinte, re-
lativos à seguridade social e ao regime geral de previdência social.
É vedado à União instituir mais de um regime previdenciário próprio aos seus servidores, no 
entanto essa vedação não se aplica aos entes estaduais e municipais.
Conforme determina o art. 40, § 20, da CF/88, fica vedada a existência de mais de um RPPS 
para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respecti-
vo regime em cada ente estatal.
Errado.
lc n. 54/2001
A LC n. 54/2001 regula o Regime Próprio de Previdência Social dos servidores titulares de 
cargo efetivo da administração pública direta, autárquica e fundacional do Estado de Rorai-
ma, dispondo sobre a natureza e características dos benefícios previdenciários e seu regime 
de custeio.
O Regime Próprio de Previdência Estadual tem por finalidade assegurar o gozo dos benefí-
cios previstos na LC n. 54/2001, a serem custeados pelo Estado e pelos participantes e bene-
ficiários, na forma dos instrumentos normativos correspondentes.
Cumpre apenas lembrar que, com a recente reforma da previdência social, implementada 
pela EC n. 103/2019, os afastamentos por incapacidade temporária para o trabalho e o salá-
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Regime Próprio de Previdência Social do Estado de Roraima
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rio-maternidade serão pagos diretamente pelo ente federativo e não correrão à conta do RPPS 
ao qual o servidor se vincula.
Portanto, os benefícios auxílio-doença (arts. 29 ao 36 da LC n. 54/2001), salário-família 
(arts. 37 ao 44 da LC n. 54/2001), salário-maternidade (arts. 45 ao 51 da LC n. 54/2001) e au-
xílio-reclusão (arts. 57 ao 60 da LC n. 54/2001) não são mais concedidos pelo RPPS do Estado 
de Roraima, não sendo, por consequência, objeto de análise no presente material.
No que se refere ao tema das aposentadorias,estas já foram praticamente estudadas 
quando da interpretação do art. 40 da CF/88, sem as devidas alterações implementadas pela 
EC n. 103/2019. Cumpre apenas mencionar alguns detalhes específicos sobre as aposentado-
rias do servidor público efetivo do Estado de Roraima, os quais encontram-se na LC n. 54/2001. 
A mesma lógica se aplica ao tema pensão por morte.
Dessa forma, passa-se a estudar tais detalhes previstos na LC n. 54/2001.
da organIzação do regIme PróPrIo de PrevIdêncIa eStadual
Do Conselho Estadual de Previdência
Fica instituído o Conselho Estadual de Previdência – CEP, órgão superior de deliberação 
colegiada, que terá como membros pessoas com formação em nível superior, sendo:
• 2 representantes do Governo Estadual;
• 2 representantes dos servidores e beneficiários do Regime Próprio de Previdência Es-
tadual, sendo um representante dos servidores em atividade e outro, representante dos 
aposentados e pensionistas, eleitos na forma do regulamento;
• 1 representante da sociedade civil, escolhido a partir de lista tríplice elaborada pela As-
sembleia Legislativa do Estado;
• 1 representante da Procuradoria Geral do Estado.
Conselho Estadual 
de Previdência
2 representantes do Governo Estadual
2 representantes dos servidores e beneficiários do RPPS/RR, 
sendo 1 representante dos servidores em atividade e 1 
representante dos aposentados e pensionistas
1 representante da sociedade civil
1 representante da Procuradoria Geral do Estado
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Regime Próprio de Previdência Social do Estado de Roraima
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Os membros do CEP e seus respectivos suplentes, serão nomeados pelo Governador do 
Estado, com mandato de dois anos, admitida a recondução uma vez.
Os representantes dos servidores em atividade e dos aposentados e pensionistas serão 
indicados em processo eleitoral específico.
O CEP será presidido por membro eleito em votação realizada entre seus integrantes, que 
será substituído, em suas ausências e impedimentos, por membro para tanto designado, por 
período não superior a 30 dias consecutivos.
Os membros do CEP somente poderão ser afastados de seus cargos depois de condena-
dos em processo administrativo de responsabilidade instaurado pelo Governador do Estado 
ou em caso de vacância, assim entendida a decorrente da ausência não justificada em três 
reuniões consecutivas ou em quatro intercaladas num mesmo ano.
O CEP deverá reunir-se, ordinariamente, uma vez por mês, por convocação de seu Presi-
dente, não podendo ser adiada a reunião por mais de 15 dias, se houver requerimento nesse 
sentido da maioria dos conselheiros.
Poderá ser convocada reunião extraordinária por seu Presidente, ou a requerimento de 
dois de seus membros, conforme dispuser o regimento interno do CEP.
Das reuniões ordinárias e extraordinárias do CEP participará, sem direito a voto, o Presiden-
te do Instituto de Previdência do Estado de Roraima – IPER.
Constituirá quórum mínimo para as reuniões do CEP a presença de 4 conselheiros, sendo 
exigível para a aprovação das matérias ordinárias maioria absoluta do Conselho e de pelo me-
nos cinco de seus membros para deliberações a respeito dos incisos I, VI, VII, X e XII do art. 
119 da LC n. 54/2001, ficando a implantação destas últimas condicionada à prévia aprovação 
do Governador do Estado.
O presidente do CEP terá, em caso de empate nas deliberações do órgão, voto de qualidade.
Membros do 
CEP
Nomeados pelo Presidente da República
Mandato de 2 anos, admitida a recondução uma vez
Reunião ordinária: uma vez por mês, por convocação de seu Presidente, 
não podendo ser adiada a reunião por mais de 15 dias se houver 
requerimento da maioria dos conselheiros
Reunião extraordinária: convocação do Presidente do CEP ou 2 dos 
conselheiros
O presidente do CEP terá, em caso de empate nas deliberações do órgão, 
voto de qualidade.
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Regime Próprio de Previdência Social do Estado de Roraima
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Compete ao Conselho Estadual de Previdência:
• Aprovar, observando a legislação de regência, as diretrizes e regras relativas à aplicação 
dos recursos econômico-financeiros do Regime Próprio de Previdência Estadual, cons-
tantes da Política Anual de Investimentos, proposta pela Diretoria do IPER;
• Acompanhar a execução do Plano Anual de Investimentos do Regime Próprio de Previ-
dência Estadual;
• Deliberar sobre a alienação ou gravame de bens integrantes do patrimônio imobiliário do 
Instituto de Previdência do Estado de Roraima - IPER;
• Decidir sobre a aceitação de doações e legados com encargos de que resultem compro-
misso econômico-financeiro ao Instituto de Previdência do Estado de Roraima - IPER;
• Participar, acompanhar e avaliar sistematicamente a gestão previdenciária;
• Apreciar e aprovar, anualmente, os planos e programas de benefícios e custeio do Regi-
me Próprio de Previdência Estadual;
• Apreciar e aprovar as propostas orçamentárias do Regime Próprio de Previdência Esta-
dual;
• Acompanhar e apreciar, mediante relatórios gerenciais por ele definidos, a execução dos 
planos, programas e orçamentos do Regime Próprio de Previdência Estadual;
• Acompanhar e fiscalizar a aplicação da legislação pertinente ao Regime Próprio de Pre-
vidência Estadual;
• Apreciar a prestação de contas anual a ser remetida ao Tribunal de Contas, devendo, 
para tanto, solicitar ao Instituto de Previdência do Estado de Roraima - IPER a contrata-
ção, a seu custo, de auditoria externa contábil e atuarial;
• Elaborar e aprovar seu regimento interno e suas eventuais alterações;
• Deliberar sobre os casos omissos no âmbito das regras aplicáveis ao Regime Próprio de 
Previdência Estadual;
• Aprovar o regimento interno do Comitê de Investimentos, que será instalado até 30 dias 
do início das atividades do CEP.
As decisões proferidas pelo CEP deverão ser publicadas no Diário Oficial do Estado.
Os órgãos governamentais deverão prestar toda e qualquer informação necessária ao ade-
quado cumprimento das competências do CEP, fornecendo, sempre que necessário, os estu-
dos técnicos correspondentes.
O CEP será auxiliado no desempenho de suas atribuições pelo Comitê de Investimentos – 
COINVEST ao qual incumbirá:
• Opinar, por meio de nota técnica assinada pela maioria dos membros do COINVEST, 
acerca da Política Anual de Investimentos proposta pela Diretoria do IPER, submetida à 
aprovação do CEP;
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Regime Próprio de Previdência Social do Estado de Roraima
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• Acompanhar a evolução dos investimentos do Regime Próprio Estadual de Previdência e 
a compatibilidade de suas características presentes com as que motivaram a sua apro-
vação, sugerindo alternativas e providências para a sua adequação;
• Verificar a conjuntura econômica, discutir cenários e sugerir adequações da política de 
investimento do Regime Próprio de Previdência Estadual;
• Sugerircritérios, procedimentos gerais e normas para a aplicação de recursos no mer-
cado financeiro;
• Propor critérios e aprovar procedimentos gerais e normas para a aplicação de recursos 
na aquisição e/ou a alienação de imóveis ou de empreendimentos imobiliários.
O Comitê de Investimentos - COINVEST - será composto, por no máximo, 6 membros:
• Por 3 servidores efetivos do Instituto de Previdência do Estado de Roraima – IPER indi-
cados pelo Conselho Estadual de Previdência;
• Por 3 servidores indicados pelos seguintes órgãos:
− 1 do Tribunal de Justiça do Estado de Roraima – TJ/RR, indicado pelo seu Presidente;
− 1 (do Ministério Público do Estado de Roraima – MPE/RR, indicado pelo Procurador-
-Geral de Justiça;
− 1 do Tribunal de Contas do Estado de Roraima – TCE/RR, indicado pelo seu Presiden-
te.
Para realizar satisfatoriamente suas atividades, o CEP pode requisitar, a qualquer tempo, 
a custo do Instituto de Previdência do Estado de Roraima - IPER, a elaboração de estudos e 
diagnósticos técnicos relativos a aspectos atuariais, jurídicos, financeiros e organizacionais, 
sempre que relativos a assuntos de sua competência.
Por fim, incumbirá à Administração Estadual e ao Instituto de Previdência do Estado de 
Roraima - IPER proporcionar ao CEP os meios necessários ao exercício de suas competências.
Da Entidade de Previdência do Estado
Fica atribuído ao Instituto de Previdência do Estado de Roraima – IPER, criado em 31 de 
dezembro de 1991 pelo art. 2º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Cons-
tituição do Estado de Roraima, a responsabilidade pelos planos de benefícios e de custeio de 
que trata a LC n. 54/2001, observados os critérios estabelecidos na Constituição Federal e na 
correspondente legislação ordinária e em conformidade com o regulamento geral do Regime 
Próprio de Previdência Estadual.
Deverão ser cometidas exclusivamente ao IPER as atribuições e competências relativas à 
operação de quaisquer planos de benefícios previdenciários previstos na legislação aplicável 
aos servidores e militares do Estado, suas autarquias, fundações e demais entidades sob seu 
controle direto ou indireto.
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Fica igualmente autorizado o Poder Executivo a transferir para o IPER os recursos, bens e 
direitos indispensáveis à composição das reservas técnicas necessárias ao custeio, total ou 
parcial, dos planos de benefícios do Regime Próprio de Previdência Estadual.
A critério do Poder Executivo, poderão ser aportados em regime progressivo os recursos 
referentes ao tempo passado, desde que demonstrada a viabilidade técnico-atuarial do plano 
devidamente aprovado pelo CEP.
Deverão ser transferidas ao IPER todos os bens que integrarem os recursos previdenciários 
garantidores dos benefícios concedidos aos respectivos beneficiários.
É vedado ao IPER assumir atribuições, responsabilidades e obrigações estranhas às suas 
finalidades.
A Diretoria do IPER, de que trata o art. 43 da LC n. 30/1999, passa a ser constituída de 2 
diretores de livre nomeação e exoneração pelo Governador do Estado, sendo 1, no mínimo, 
participante do Regime Próprio de Previdência Estadual, na forma do inciso I do art. 3º da LC 
n. 54/2001.
Será exigível para a aprovação de qualquer matéria submetida à deliberação da Presidên-
cia e Diretoria do IPER o voto favorável de pelo menos 2 de seus membros.
doS PartIcIPanteS e BeneFIcIárIoS
São participantes obrigatórios do RPPS/RR: o servidor público civil titular de cargo efetivo 
integrante dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, de suas autarquias e fundações, 
da Defensoria Pública, do Ministério Público Estadual e do Tribunal de Contas do Estado; os 
membros da Magistratura, do Ministério Público Estadual, da Defensoria Pública, da Procura-
doria-Geral do Estado, do Tribunal de Contas do Estado, da Polícia Militar e do Corpo de Bom-
beiros; os aposentados, os pensionistas, os militares da reserva remunerada e reformados, 
bem como os servidores declarados estáveis nos termos da Constituição Estadual.
São beneficiários do RPPS/RR, na qualidade de dependentes dos participantes, ex-
clusivamente:
• O cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho, ou equiparado, não emancipado, 
menor de 21 anos ou inválido;
• Os pais, desde que comprovem depender econômica e financeiramente do participan-
te;
• O irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido, desde 
que comprove depender econômica e financeiramente do participante.
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Dependentes do 
RPPS/RR
I- o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não
emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido
II - Pais
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 
anos ou inválido
Portanto, os dependentes do RPPS/RR estão divididos em 3 classes. Dependentes da clas-
se I, também conhecidos como dependentes preferenciais, além dos dependentes das clas-
ses II e III.
Equiparam-se a filho, mediante declaração do participante, o enteado e o menor sob tu-
tela, desde que comprovada a dependência econômica e financeira na forma estabelecida no 
regulamento.
Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união 
estável com participante, de acordo com a legislação em vigor.
Presume-se a união estável quando comprovada a existência de filhos em comum e o 
esforço recíproco para a formação de entidade familiar.
O dependente inválido deverá, sob pena de suspensão do recebimento do respectivo be-
nefício, submeter-se anualmente a exame médico a cargo do Instituto de Previdência do Es-
tado de Roraima – IPER.
Regras Gerais Aplicáveis aos Dependentes do RPPS/RR
A primeira regra aplicável aos dependentes do RPPS/RR determina que a existência de 
dependente de qualquer das classes exclui do direito às prestações as das classes seguintes.
A segunda determina que os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade 
de condições. Ademais, uma vez perdida a qualidade de dependente, a parte individual deste 
reverte-se, proporcionalmente, em favor dos demais.
Tal regra está prevista no art. 54 da LC n. 54/2001, que assim dispõe:
Art. 54. A pensão por morte, havendo pluralidade de pensionistas, será rateada entre todos, em 
partes iguais.
§ 1º Reverterá proporcionalmente em favor dos demais a parte daquele cujo direito à pensão cessar.
Por fim, a dependência econômica e financeira dos dependentes da classe I é presumida 
e a das demais deve ser comprovada, constituindo requisito para a atribuição da qualidade de 
dependente e o gozo de benefícios.
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Tais regras serão melhor explicadas quando do estudo acerca dobenefício pensão 
por morte.
aPoSentadorIaS do ServIdor PúBlIco eFetIvo do eStado de roraIma
Conforme já mencionado, no que se refere ao tema das aposentadorias do servidor público 
efetivo do Estado de Roraima, estas já foram praticamente estudadas quando da interpretação 
do art. 40 da CF/88, sem as devidas alterações implementadas pela EC n. 103/2019.
Aposentadoria por Invalidez Permanente
A aposentadoria por invalidez permanente é tratada nos arts. 21 ao 25 da LC n. 54/2001.
Evento Determinante
A aposentadoria por invalidez permanente será devida ao participante que, estando ou 
não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para 
o exercício de atividade no órgão ou entidade a que se vincule, ensejando o pagamento de 
proventos, enquanto o participante permanecer nesse estado.
É importante ressaltar que a aposentadoria por invalidez permanente pode ser precedida 
ou não de auxílio-doença. Assim, caso o perito médico verifique a incapacidade permanen-
te do servidor para o trabalho, aposenta-o por invalidez permanente de imediato, não neces-
sitando colocá-lo em gozo do auxílio-doença para, posteriormente, aposentá-lo por invalidez 
permanente.
A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da situação de in-
capacidade mediante exame médico a cargo do Instituto de Previdência do Estado de Rorai-
ma - IPER, podendo o participante, a suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua 
confiança.
A doença ou lesão de que o participante já era portador ao filiar-se ao Regime Próprio de 
Previdência Estadual não lhe conferirá direito a aposentadoria por invalidez, salvo quando a 
incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
Renda Mensal do Benefício
O aposentado por invalidez permanente, fará jus ao benefício com proventos proporcio-
nais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profis-
sional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei.
Portanto, um servidor público que se aposenta por invalidez, tendo apenas 15 anos de tem-
po de contribuição, irá receber 15/35 da média de suas remunerações.
No caso de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou in-
curável, na forma da lei, os proventos não são proporcionais ao tempo de contribuição. Nessas 
situações, a renda mensal do benefício será de 100% da média das remunerações do servidor.
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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
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Considera-se acidente em serviço o ocorrido no exercício do cargo, que se relacione, 
direta ou indiretamente, com as atribuições deste, provocando lesão corporal ou perturba-
ção funcional que cause a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para 
o trabalho.
Equiparam-se ao acidente em serviço, para efeitos da LC n. 54/2001:
• O acidente ligado ao serviço que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído 
diretamente para a redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido 
lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
• O acidente sofrido pelo participante no local e no horário do trabalho, em consequência 
de:
− Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de 
serviço;
− Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao 
serviço;
− Ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de 
serviço;
− Ato de pessoa privada do uso da razão;
− Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força 
maior.
• A doença proveniente de contaminação acidental do participante no exercício do cargo;
• O acidente sofrido pelo participante ainda que fora do local e horário de serviço:
− Na execução de ordem ou na realização de serviço relacionado ao cargo;
− Na prestação espontânea de qualquer serviço ao Estado para lhe evitar prejuízo ou 
proporcionar proveito;
− Em viagem a serviço, inclusive para estudo quando financiada pelo Estado dentro de 
seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio 
de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do participante;
− No percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que 
seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do participante.
Data do Início do Pagamento
Concluindo a perícia médica inicial pela existência de incapacidade total e definitiva para o 
trabalho, a aposentadoria por invalidez será devida a contar da data do início da incapacidade 
ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias.
EXEMPLO
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Imagine um servidor efetivo do Estado de Roraima que sofre um acidente e fica incapacitado 
de forma permanente para o trabalho. Assim, caso requeira o benefício até 30 dias do afasta-
mento, receberá o benefício a partir do afastamento.
Caso o citado servidor requeira o benefício após o lapso temporal de 30 dias, o benefício será 
devido a partir da DER, ou seja, a partir da data da entrada do requerimento.
Até a concessão de aposentadoria por invalidez permanente caberá ao órgão do Poder 
Executivo, Legislativo ou Judiciário, ou à autarquia, fundação pública estadual ou qualquer en-
tidade controlada direta ou indiretamente pelo Estado, pagar ao participante a remuneração ou 
subsídio devido, na hipótese de participante que não esteja no gozo de auxílio-doença.
Observações
O participante aposentado por invalidez permanente deverá, sob pena de suspensão do 
recebimento do respectivo benefício, submeter-se anualmente a exame médico a cargo do 
Instituto de Previdência do Estado de Roraima – IPER.
O aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade terá sua aposenta-
doria automaticamente cessada, a partir da data do retorno.
Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, o be-
nefício cessará de imediato para o participante que tiver direito a retornar à atividade que 
desempenhava ao se aposentar, valendo como documento, para tal fim, o certificado de ca-
pacidade laboral fornecido pelo Instituto de Previdência do Estado de Roraima - IPER.
O participante que retornar à atividade poderá requerer, a qualquer tempo, novo benefício, 
tendo este processamento normal.
Aposentadoria Compulsória
O servidor público efetivo do Estado de Roraima poderá se aposentar compulsoriamente, 
aos 70 anos de idade, ou aos 75 anos de idade, na forma de lei complementar.
Na prática, o servidor se aposenta compulsoriamente aos 75 anos, uma vez que já existe 
lei complementar regulamentadora desse direito (LC n. 152/2015).
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Da mesma forma que a aposentadoria por invalidez, os proventos são proporcionais ao 
tempo de contribuição. Dessa forma, uma servidora pública que se aposente compulsoriamen-
te, aos 75 anos de idade, tendo apenas 20 anos de tempo de contribuição, irá receber 20/30 da 
média de suas remunerações.
Apesar de o art. 26 da LC n. 54/2001 mencionar que o servidor público efetivo do Estado 
de Roraima se aposenta compulsoriamente aos 70 anos de idade, isso não acontece de fato, 
em decorrência do acima explicado.
Para melhor explicar a não observância acerca da não aplicação do art. 26 da LC n. 54/2001, 
há a necessidade de explicar as regras em relação à competência para legislar em matéria de 
previdência social.
A competência para legislar sobre previdência social está disciplinada no art. 24, XII da 
CF/88, que assim dispõe:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
...
XII – previdência social, proteção e defesa da saúde;
Dessa forma, percebe-se, claramente, que a competência é concorrente entre os entes da 
federação.
Na competência concorrente, compete à União o estabelecimento de normas gerais. Entre-
tanto, a citada competência da União não exclui a competência suplementar dos demais entes 
da federação.
É apenas importante frisar que, inexistindo lei federal (tecnicamente, uma lei nacional, 
uma vez que se aplica a todos os entes federados – U, E, DF e M) sobre normas gerais, os 
demais entes da federação exercerão a competência legislativa plena, para atender as suas 
particularidades.
No caso da aposentadoria compulsória, a LC n. 152/2012 é uma norma geral em matéria 
previdenciária. Portanto, não é possível que a lei de um Ente Federado contrarie uma norma 
geral de âmbito nacional.
Cumpre lembrar que, da mesma forma que a aposentadoria por invalidez permanente, os 
proventos são proporcionais ao tempo de contribuição. Dessa forma, uma servidora pública 
que se aposente compulsoriamente, aos 75 anos de idade, tendo apenas 20 anos de tempo de 
contribuição, irá receber 20/30 da média de suas remunerações.
Por fim, a aposentadoria compulsória será declarada por ato, com vigência a partir do dia 
imediato àquele em que o servidor atingir a idade limite de permanência no serviço.
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Aposentadoria por Tempo de Contribuição e Idade
O servidor público efetivo do Estado de Roraima poderá se aposentar voluntariamente de 
duas formas: i) por tempo de contribuição; ou ii) por idade.
Entretanto, para poder se aposentar voluntariamente, algumas condições deverão ser pre-
enchidas. Primeiramente, o servidor público deverá ter cumprido tempo mínimo de 10 anos de 
efetivo exercício no serviço público. Além disso, o servidor público deverá ter cumprido tempo 
mínimo de 5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria.
Uma vez preenchidas essas condicionantes, o servidor público poderá se aposentar por 
tempo de contribuição, aos 60 anos de idade e 35 de contribuição, se homem, e 55 anos de 
idade e 30 de contribuição, se mulher; ou por idade, aos 65 anos de idade, se homem, e 60 
anos de idade, se mulher.
O cálculo da aposentadoria voluntária por idade é proporcional, nos mesmos moldes vis-
tos na aposentadoria por invalidez e compulsória. Já na aposentadoria voluntária por tempo 
de contribuição, o benefício é de 100% da média das remunerações dos servidores.
Cabe ressaltar que para a aposentadoria voluntária por tempo de contribuição, os requisi-
tos idade e tempo de contribuição serão reduzidos em 5 anos para o professor que comprove 
exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e 
no ensino fundamental e médio.
A data do início da aposentadoria voluntária será fixada a partir da publicação de decreto 
de aposentadoria.
A aposentadoria por idade poderá ser decorrente da transformação de aposentadoria por 
invalidez ou auxílio-doença, desde que requerida pelo participante.
PenSão Por morte
A pensão por morte para os dependentes do servidor público efetivo do Estado de Roraima, 
conforme já mencionado, é concedida com base no art. 40, § 7º, da CF/88, sem a alteração da 
sua redação implementada pela EC n. 103/2019.
Ou seja, a pensão por morte de segurado corresponderá:
• Ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o 
falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de 
Previdência Social (RGPS), acrescido de 70% da parcela excedente a este limite, caso 
em atividade na data do óbito; ou
• Ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabe-
lecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), acrescido de 
70% da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito.
EXEMPLO
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Imagine um servidor público aposentado do Estado do Roraima, auferindo de proventos de 
aposentadoria o valor de R$ 20.000,00. Uma vez ocorrido o óbito do citado servidor, seus 
dependentes terão direito a pensão por morte no valor de R$ 7.087,22, acrescido de 70% da 
parcela que excede o limite máximo para os benefícios do RGPS, ou seja, R$ 9.038,94 (70% x 
(R$ 20.000,00 – R$ 7.087,23)). Portanto, o valor da pensão por morte será de R$ 16.126,16.
Pensão por 
Morte
Óbito de servidor 
aposentado
Ao valor da totalidade dos proventos 
do servidor falecido, até o limite 
máximo estabelecido para os 
benefícios do RGPS, acrescido de 70% 
da parcela excedente a este limite
Óbito de servidor ativo
Ao valor da totalidade da remuneração 
do servidor no cargo efetivo em que se 
deu o falecimento, até o limite máximo 
estabelecido para os benefícios do 
RGPS, acrescido de 70% da parcela 
excedente a este limite
Para melhor explicar as regras aplicáveis aos dependentes no caso da concessão do bene-
fício pensão por morte, visualiza-se um caso prático.
EXEMPLO
Imagine João, servidor público efetivo aposentado pelo RPPS/RR, auferindo de proventos de 
aposentadoria o valor de R$ 20.000,00, casado com Maria e pai de 2 filhos (20 anos e 16 anos), 
não emancipados, menores de 21 anos, que, infelizmente, vem a falecer.
Qual é o valor da pensão por morte?
Conforme mencionado, a pensão por morte é no valor de R$ 16.126,16, uma vez que a pensão 
por morte será no valor de R$ 7.087,22, acrescido de 70% da parcela que excede o limite máximo 
para os benefícios do RGPS, ou seja, R$ 9.038,94 (70% x (R$ 20.000,00 – R$ 7.087,23)).
Qual é o valor da cota de cada dependente?
No caso do RPPS/RR, os dependentes da mesma classe respondem em igualdade de condi-
ções. Assim, uma vez que a pensão por morte é no valor de R$ 16.126,16 e existem 3 depen-
dentes da classe I, divide-se o valor da pensão por morte em 3 cotas iguais. Assim, cônjuge 
tem direito a R$ 5.375,38, enquanto que cada filho tem direito a R$ 5.375,38.
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Caso um filho perca a qualidade de dependente (ex: quando atinge a idade de 21 anos), a parte 
individual desse filho reverte a favor dos demais, fazendo com que estes passem a fazer jus a 
parte individual da pensão por morte.
Qual é o valor da cota de cada dependente?
Como, a partir desse momento, há apenas 1 cônjuge e 1 filho, cada qual faz jus a uma parte 
individual da pensão por morte no valor de R$ 8.063,08.
Caso o último filho perca a qualidade de dependente (ex: quando atinge a idade de 21 anos), a 
pensão por morte será integralmente paga ao cônjuge.
Data de Início do Pagamento da Pensão por Morte
A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do participante que falecer, 
aposentado ou não, a contar da data do óbito ou da decisão judicial, no caso de morte presu-
mida, comprovada a permanente dependência econômica e financeira, quando exigida.
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Observações Acerca da Pensão por Morte
A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de outro 
possível dependente, e qualquer inscrição ou habilitação posterior que implique exclusão ou 
inclusão de dependente só produzirá efeito a contar da data da inscrição ou habilitação.
O cônjuge ausente não exclui do direito à pensão por morte o companheiro ou a compa-
nheira, que somente fará jus ao benefício a partir da data de sua habilitação.
O cônjuge separado judicialmente ou de fato que receber pensão de alimentos concorrerá 
em igualdade de condições com os dependentes referidos na LC n. 54/2001.
A parte individual da pensão extingue-se:
• Pela morte do pensionista;
• Para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, pela emancipa-
ção ou ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido;
• Para o pensionista inválido, pela cessação da invalidez.
Extingue-se a pensão, quando extinta a parte devida ao último pensionista.
Declarada judicialmente a morte presumida do participante, será concedida pensão provi-
sória aos seus dependentes.
Mediante prova do desaparecimento do participante em consequência de acidente, de-
sastre ou catástrofe, seus dependentes farão jus à pensão provisória, independentemente da 
declaração judicial acima mencionada.
Verificado o reaparecimento do participante, o pagamento da pensão cessará imediatamen-
te, desobrigados os dependentes da reposição dos valores recebidos, exceto em caso de má-fé.
Por fim, não fará jus à pensão o dependente condenado pela prática de crime doloso de 
que tenha resultado a morte do participante.
do aBono anual
O abono anual é a gratificação natalina do RPPS do Estado de Roraima, estando previsto 
no art. 84 da LC n. 54/2001.
Dessa forma, será devido abono anual ao participante, ou ao dependente, quando for o 
caso, que, durante o ano, recebeu auxílio-doença, aposentadoria, pensão por morte, salário-ma-
ternidade ou auxílio-reclusão.
O abono anual será calculado, no que couber, da mesma forma que a gratificação natalina 
dos servidores, tendo por base o valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro 
de cada ano.
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cuSteIo
Entre as espécies tributárias, encontram-se as contribuições especiais, entre as quais, en-
contram-se as contribuições sociais.
Estas têm o regramento constitucional previsto no art. 149, que determina que compete 
exclusivamente à União instituir contribuições sociais, entre outras espécies de contribui-
ções especiais (contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE), contribuições de 
interesses de categorias profissionais ou econômicas (contribuições corporativas) e a con-
tribuição para o custeio do serviço de iluminação pública, a qual está prevista no art. 149-A 
da CF/88).
Tal regra é excetuada pelo art. 149, § 1º, da CF/88, cuja redação foi modificada pela recente 
reforma da previdência social (EC n. 103/2019), in verbis:
§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por meio de lei, contribuições 
para custeio de regime próprio de previdência social, cobradas dos servidores ativos, dos aposen-
tados e dos pensionistas, que poderão ter alíquotas progressivas de acordo com o valor da base de 
contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de pensões.
Contribuição do Servidor Público do Estado de Roraima
O plano de custeio do RPPS/RR será revisto anualmente, com base em critérios e estudos 
atuariais que objetivem o seu equilíbrio financeiro e atuarial.
A avaliação atuarial do Regime Próprio deverá ser realizada por profissional ou empresa de 
atuária regularmente inscritos no Instituto Brasileiro de Atuária.
A avaliação atuarial e as reavaliações subsequentes serão encaminhadas ao Ministério da 
Previdência Social, na forma da lei.
Contribuição do Servidor Público Efetivo do Estado de Roraima
A contribuição do servidor efetivo do Estado de Roraima está prevista nos arts. 127-A e 
127-B da LC n. 54/2001.
Tais dispositivos foram recentemente alterados por meio da LC n. 301/2021, a qual prevê a 
aplicação de alíquotas progressivas sobre a remuneração de contribuição, sobre os proventos 
de aposentadorias e sobre o valor das pensões.
Antes de ser explicada a nova forma de tributação incidente sobre a remuneração do servi-
dor público efetivo do Estado de Roraima, explica-se o princípio da progressividade.
O princípio da progressividade é uma técnica de incidência de alíquotas variadas, cujo au-
mento se dá na medida em que se majora a base de cálculo. Em outras palavras, é progressiva 
a alíquota que aumenta de acordo com a base de cálculo: se a base de cálculo aumentar, a 
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alíquota também aumentará. Com a progressividade, uma variação da base de cálculo implica 
numa variação da alíquota.
Tal princípio será aplicado em relação à contribuição sobre a remuneração de contribuição, 
sobre os proventos de aposentadorias e sobre o valor das pensões do servidor efetivo do Es-
tado de Roraima.
Assim sendo, a alíquota de contribuição mensal dos segurados ativos, inativos e pensio-
nistas do Estado de Roraima, será progressiva e incidirá sobre a remuneração de contribuição, 
sobre os proventos e sobre o valor das pensões, de acordo com os seguintes parâmetros:
Base de Contribuição (R$) Alíquota (%)
até R$ 5.000,00 11,00
De R$ 5.000,01 até R$ 7.500,00 11,50
De R$ 7.500,01 até R$ 12.000,00 12,00
De R$ 12.000,01 até R$ 16.000,00 12,50
De R$ 16.000,01 até R$ 19.000,0013,00
De R$ 19.000,01 até R$ 35.000,00 13,50
Acima de R$ 35.000,00 14,00
Passa-se a explicar a aplicação da alíquota de contribuição, conforme a base de contribui-
ção do servidor público efetivo do Estado de Roraima.
A alíquota será aplicada de forma progressiva sobre a base de contribuição do servidor 
ativo, inativo ou pensionista, incidindo cada alíquota sobre a faixa de valores compreendida 
nos respectivos limites.
EXEMPLO
Um servidor efetivo do Estado de Roraima que recebe o valor de R$ 3.000,00 contribui com a 
alíquota de 11% sobre o valor de R$ 3.000,00. Assim, a contribuição desse segurado será no 
valor de R$ 330,00.
Entretanto, um servidor efetivo do Estado de Roraima que recebe o valor de R$ 6.000,00, con-
tribui com a alíquota de 11% sobre R$ 5.000,00, além da alíquota de 11,5% sobre a parcela que 
ultrapassa o valor de R$ 5.000,00. Assim, a contribuição desse segurado será: [(R$ 5.000,00 x 
11%) + ((R$ 6.000,00 – R$ 5.000,01) x 11,5%)] = R$ 665,00. Dessa forma, o citado servidor irá 
contribuir com uma alíquota efetiva de 11,08%, em relação ao valor de R$ 6.000,00, que é a sua 
remuneração.
Imagine, ainda, um servidor efetivo do Estado de Roraima que recebe o valor de R$ 15.000,00. 
Este irá contribuir com a alíquota de 11% sobre R$ 5.000,00, além da alíquota de 11,5% sobre 
a parcela que ultrapassa o valor de R$ 5.000,01 até o valor de R$ 7.500,00, além da alíquota de 
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12% sobre a parcela que ultrapassa o valor de R$ 7.500,01 até o valor de R$ 12.000,00, além 
da alíquota de 12,5% sobre a parcela que ultrapassa o valor de R$ 12.000,01 até o valor de R$ 
15.000,00. Assim, a contribuição desse servidor será: [(R$ 5.000,00 x 11%) + ((R$ 7.500,00 – 
R$ 5.000,01) x 11,5%) + ((R$ 12.000,00 – R$ 7.500,01) x 12%) + ((R$ 15.000,00 – R$ 12.000,01) 
x 12,5%)] = R$ 1.752,50. Dessa forma, o servidor irá contribuir com uma alíquota efetiva de 
11,68%, em relação ao valor de R$ 15.000,00, que é a sua remuneração.
Por fim, imagine um servidor efetivo do Estado de Roraima que recebe o valor de R$ 38.000,00. 
Este irá contribuir com a alíquota de 11% sobre R$ 5.000,00, além da alíquota de 11,5% sobre 
a parcela que ultrapassa o valor de R$ 5.000,01 até o valor de R$ 7.500,00, além da alíquota de 
12% sobre a parcela que ultrapassa o valor de R$ 7.500,01 até o valor de R$ 12.000,00, além 
da alíquota de 12,5% sobre a parcela que ultrapassa o valor de R$ 12.000,01 até o valor de R$ 
16.000,00, além da alíquota de 13% sobre a parcela que ultrapassa o valor de R$ 16.000,01 até 
o valor de R$ 19.000,00, além da alíquota de 13,5% sobre a parcela que ultrapassa o valor de R$ 
19.000,01 até o valor de R$ 35.000,00, além da alíquota de 14% sobre a parcela que ultrapassa 
o valor de R$ 35.000,01 até o valor de R$ 50.000,00. Assim, a contribuição desse servidor será: 
[(R$ 5.000,00 x 11%) + ((R$ 7.500,00 – R$ 5.000,01) x 11,5%) + ((R$ 12.000,00 – R$ 7.500,01) x 
12%) + ((R$ 16.000,00 – R$ 12.000,01) x 12,5%) + ((R$ 19.000,00 – R$ 16.000,01) x 13%) + ((R$ 
35.000,00 – R$ 19.000,01) x 13,5%) + ((R$ 38.000,00 – R$ 35.000,01) x 14%)] = R$ 4.847,49. 
Dessa forma, o servidor irá contribuir com uma alíquota efetiva de 12,76%, em relação ao valor 
de R$ 38.000,00, que é a sua remuneração.
Entende-se por remuneração de contribuição, parcela da remuneração, do subsídio ou do 
provento recebido pelo participante ou beneficiário, aí considerado o abono anual, sobre a qual 
incide o percentual de contribuição ordinária para o plano de custeio, assim entendido o venci-
mento do cargo efetivo acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em 
lei, os adicionais de caráter individual o valor da função de confiança ou do cargo em comis-
são, mediante opção por ele exercida, ou quaisquer outras vantagens já incorporadas, exceto:
• As diárias de viagem;
• A ajuda de custo em razão de mudança de sede;
• A indenização de transporte;
• O salário-família;
• O auxílio-alimentação;
• O auxílio-creche; e
• O abono de permanência.
No caso do servidor aposentado e do pensionista, a contribuição para o RPPS/RR incide 
apenas em relação ao montante de seus proventos de aposentadoria ou pensão por morte 
que exceder o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS, de que trata o art. 
201 da CF/88.
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Explica-se melhor por meio de um caso prático!
EXEMPLO
Imagine um servidor aposentado auferindo de proventos de aposentadoria o valor de R$ 
10.000,00. Até o limite máximo do RGPS, este beneficiário goza de imunidade. Entretanto, o 
beneficiário deve contribuir com a alíquota sobre a totalidade do valor do benefício. Assim 
sendo, a contribuição do beneficiário para o RPPS será no valor de R$ 362,03 [((R$ 7.500,00 - 
R$ 7.087,23) x 12%) + ((R$ 10.000,00 - R$ 7.500,01) x 12,5%)].
Imagine, agora, um servidor aposentado auferindo de proventos de aposentadoria o valor de 
R$ 20.000,00. Até o limite máximo do RGPS, este beneficiário goza de imunidade. Entretanto, 
o beneficiário deve contribuir com a alíquota sobre a totalidade do valor do benefício. Assim 
sendo, a contribuição do beneficiário para o RPPS será no valor de R$ 1.657,03 [((R$ 7.500,00 
- R$ 7.087,23) x 12%) + ((R$ 12.000,00 - R$ 7.500,01) x 12,5%) + ((R$ 19.000,00 - R$ 12.000,01) 
x 13%) + ((R$ 20.000,00 - R$ 19.000,01) x 13,5%)].
Quando houver déficit atuarial, a contribuição ordinária de aposentados e pensionistas 
poderá incidir sobre o valor dos proventos de aposentadoria e de pensões que supere o salá-
rio-mínimo.
Contribuição do Estado de Roraima
A contribuição devida pelo Estado de Roraima está prevista no art 127-C da LC n. 54/2001.
A alíquota de contribuição de todos os Poderes do Estado, Autarquias, Fundações e de-
mais Entidades sob seu controle direto ou indireto corresponderá a 14,5% da totalidade da 
remuneração de contribuição dos participantes.
outroS aSSuntoS tratadoS na lc n. 54/2001
Contagem Recíproca do Tempo de Contribuição
A contagem recíproca é o instituto que permite que o tempo de filiação em um regime seja 
considerado pelo outro.
Assim, o segurado pode levar o tempo de contribuição do RGPS para o RPPS, e vice-versa, 
fazendo com que os sistemas previdenciários se comuniquem.
Caso tal sistemática não fosse permitida, uma pessoa que alterasse de regime, fatalmente, 
não teria condição de se aposentar.
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Imagine que uma pessoa esteja vinculada há 15 anos no RGPS e passa para o próximo con-
curso público para exercer um cargo efetivo na esfera federal. Caso não fosse aproveitado o 
tempo de contribuição do RGPS pelo RPPS, sua contagem de tempo voltaria a ser contada 
do zero.
Assim, para que essa pessoa

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