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Acidentes e complicações em endodontia – sucesso e insucesso do tratamento endodôntico Objetivos do tratamento endodôntico: Limpeza e desinfecção dos canais radiculares. Modelagem e obturação hermética. Reparo dos tecidos periapicais e manutenção do dente em função. Prognóstico em odontologia: Previsão de sucesso ou insucesso de uma determinada intervenção ou tratamento ao longo do tempo. O maior critério de sucesso é o reparo. Acidentes e complicações: São considerados acidentes os acontecimentos imprevistos, casuais e dos quais resulta dano que dificulta ou mesmo impede a execução do tratamento endodôntico. Os mais comuns estão relacionados com a instrumentação dos canais radiculares, destacando-se: fratura dos instrumentos endodônticos, formação de degraus, transporte apical de um canal radicular curvo e perfurações endodônticas. A ocorrência de acidentes durante o preparo de canais infectados é mais crítica, pois pode comprometer a desinfecção e a limpeza e predispor ao fracasso do tratamento. Complicação é o ato ou efeito de dificultar a resolução do tratamento endodôntico. Pode advir dos acidentes ou ser inerente aos dentes (p. ex., canais atresiados, curvaturas radiculares, rizogênese incompleta e anatomias atípicas). As complicações inerentes aos dentes podem induzir acidentes. Processo de cura: Completo: ausência de sinais clínicos e radiográficos da periodontite apical. Incompleta: regressão de áreas radiolúcidas em conjunto com a ausência de sinais clínicos de infecção (cura em andamento). Doença: aparecimento ou persistência da lesão óssea apical. Sem sinais clínicos evidentes de sinais e sintomas de infecção/inflamação e ausência de sinais radiográficos. Taxa de sucesso da terapia endodôntica: >92% a 98% - sem área de lesão óssea perirradicular. 73% a 90% com presença de periodontite apical. Sucesso da terapia endodôntica: Métodos de avaliação: Clinico; Radiográfico; Histológica; Falha por deficiência na técnica – preparo insuficiente, obturação deficiente... Dentes tecnicamente bem tratados também falham. Critérios clínicos: Presença de sinais e sintomas clínicos de inflamação e infecção. Dor. Edema intra-oral e extra-oral; Fístula; Perda de função mastigatória. Apresentação marcante e persistente. Silencio clínico por si só não pode ser considerado sinal de sucesso. Critérios radiográficos: Lesão óssea periapical persistente. Lesões de até 8 mm podem estar presentes sem que haja uma radiolucência detectada. Nem sempre a ausência de uma lesão radiolúcida perirradicular significa ausência de patologia. Radiografia digital ou analógica? Ambas são boas. Tomografia ou periapical? Tomografia dá mais detalhes. Espaço do ligamento periodontal? Solução de continuidade pode ser considerada um excelente indicador de doença. Tempo de avaliação de no mínimo 12 meses. Avaliação tomográfica é mais fiel. Reduz resultados falsos positivos e falsos negativos. Estudo anatômico. Monitoramento dos casos. Critério Histopatológico: Reparo Reconstruções das estruturas periapicais. Ausência de inflamação. Causas de falhas mais comuns: Microbianas: Agentes microbianos específicos. Biofiomes extra-radiculares. Infecções persistentes ou refratárias. Limpeza e modelagem inadequadas. Técnicas: Fratura de instrumento, uso de instrumento incorreto e erros de cinemática. Perfurações , desvios e degraus. Erros na determinação do CRT. Falhas na obturação. Cavidade de acesso incorretas. Não localização de canais. Controle asséptico inadequado do campo. Falha na blindagem: Dentes com restaurações inadequadas. Sem proteção de cúspides e falta de contatos proximais. Microinfiltração coronária. Anatômicas: Morfologia dos canais radiculares – canais achatados, canais em “C”, anfractuosidades. Paredes intocadas pelo instrumento. Curvaturas acentuadas. Ramificações múltiplas. Istmos. Raiz acessória. Canais calcificados. Variações anatômicas. Ápices incompletos. Causas não endodônticas: Fraturas corono-radiculares. Reabsorções radiculares. Falhas no tratamento protético. Falhas na blindagem coronária. Traumatismos. Problemas periodontais – perda óssea marginial, bolsas periodontais e lesões de furca. Planejamento ortodôntico. Lesões císticas.
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