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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS E TECNOLÓGICAS CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA EVERTON SOARES FEITOZA MANUAL DE EXPERIMENTOS DO LABORATÓRIO DE RECURSOS HÍDRICOS DA UFERSA MOSSORÓ – RN 2013 EVERTON SOARES FEITOZA MANUAL DE EXPERIMENTOS DO LABORATÓRIO DE RECURSOS HÍDRICOS DA UFERSA Monografia apresentada à Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA, Departamento de Ciências Ambientais e Tecnológicas para a obtenção do título de Bacharel em Ciência e Tecnologia. Orientador: Prof. D. Sc. Sérgio Weine Paulino Chaves - UFERSA MOSSORÓ 2013 EVERTON SOARES FEITOZA MANUAL DE EXPERIMENTOS DO LABORATÓRIO DE RECURSOS HÍDRICOS DA UFERSA Monografia apresentada à Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA, Departamento de Ciências Ambientais e Tecnológicas para a obtenção do título de Bacharel em Ciência e Tecnologia. APROVADA EM: 12 / 04 / 2013 BANCA EXAMINADORA DEDICATÓRIA A minha mãe Jucilene Crispim Soares (in memorian), que sempre me deu uma ótima educação e sempre esteve ao meu lado e que sem sombra de dúvidas foi e é a pessoa mais importante na minha vida. A minha tia Juscelina Crispim Soares, que sempre acreditou muito em minha pessoa e sempre me apoiou sobre qualquer circunstância. A minha namorada Laura Ricarte que teve muita paciência no período de elaboração deste trabalho. A minha irmã Joyce Soares que é uma das pessoas mais importantes na minha vida. Dedico também a todos os amigos, conhecidos e a quem tiver me ajudado nessa caminhada, seja qual for a sua parcela de contribuição, pois nem só de estudos se faz a vida. AGRADECIMENTOS A Deus por estar sempre presente na minha vida, me dando força nos momentos mais difíceis. A Universidade Federal Rural Semi-Árido por oferecer ensino de excelência, fator primordial na minha formação profissional. A meu orientador Prof. D. Sc. Sérgio Weine Paulino Chaves pela orientação e por todas as críticas construtivas, sugestões e incentivos que só vieram a acrescentar neste trabalho, pela compreensão, disponibilidade, paciência, coordenação que foi muito importante durante todo o trabalho. Aos professores da banca, por terem se disponibilizado a contribuir com este trabalho. RESUMO O laboratório didático é o método de ensino, que visa dar suporte ao aluno através de práticas, para que se tenha uma melhor assimilação do conteúdo teórico. Este trabalho, caracteriza-se pela confecção de um material didático de práticas de laboratório que servirão de apoio para uma melhor compreensão dos fenômenos que envolvem hidráulica.Com isso, preparou-se um material de práticas, baseado nos experimentos disponíveis no Laboratório de Recursos Hídricos da Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA, onde, para cada prática é descrita o procedimento a ser utilizado. Neste laboratório estão presentes alguns aparatos experimentais, que ajudarão neste estudo, são eles: canal, orifícios, bocais, vertedores, condutos forçados, venturi e sistema elevatório. Tendo a disposição esse material, pode ser feito o estudo referente à vazão, perdas de carga, velocidade, recalque hidráulico, entre outros parâmetros, que servirão de base para aplicações, as quais estão presente na vida cotidiana do homem, como: bombeamento de água para encher a caixa d’água, canais de esgoto, estação elevatória de esgoto, entre outros. O laboratório em condições de uso seria importante tanto, para a Universidade, onde seria usado por alunos e professores, como também para a região do Semi-Árido, pois nele seria capaz de dirigir pesquisas, onde traria investimentos, inovações tecnológicas e desenvolvimento para a região. O laboratório didático é sem sombra de dúvidas um aliado ao estudo teórico, pois viabiliza através das práticas laboratoriais uma visão concreta do que antes só se imaginava, assim formando um profissional mais capacitado para a área de trabalho. Palavras-Chave: Laboratório didático. Experimentos. Material didático. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 7 2 OBJETIVOS .......................................................................................................................... 9 2.1 GERAL ................................................................................................................................. 9 2.2 ESPECÍFICOS ..................................................................................................................... 9 3 REVISÃO DA LITERATURA .......................................................................................... 10 3.1 IMPORTÂNCIA DO LABORATÓRIO DIDÁTICO ........................................................ 10 3.2 O USO DO LABORATÓRIO DIDÁTICO NO ESTUDO DE HIDRÁULICA ................ 11 3.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DOS EXPERIMENTOS ............................................. 11 3.3.1 Experimento A - canais ................................................................................................. 11 3.3.2 Experimento B – Orifícios e Bocais – Esvaziamento de Reservatório ...................... 17 3.3.3 Experimento C – Vertedores ........................................................................................ 21 3.3.4 Experimento D, E – perda de carga linear e singular ................................................ 25 3.3.5 Experimento F – Aferição Venturi .............................................................................. 30 3.3.6 Experimento G – Recalque ........................................................................................... 33 4 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................ 37 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ...................................................................................... 38 6 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 48 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 49 ANEXOS ................................................................................................................................. 51 7 1 INTRODUÇÃO A hidráulica é a parte da física que estuda o comportamento da água e de outros líquidos, esteja tanto em movimento, como em repouso. Pode-se ainda dividir a hidráulica em três partes, para facilitar e ajudar na compreensão do estudo: a hidrostática (estudo dos fluidos parados), a hidrocinética (estuda os fluidos em movimento, leva-se em consideração os efeitos que a velocidade impõe ao fluido) e a hidrodinâmica (que leva em consideração as forças da gravidade, da pressão, da tensão tangencial, da viscosidade, da compressibilidade e outras, todas essas forças envolvidas no escoamento dos fluidos) (PEREIRA & ARAUJO, 2010). Para a melhor compreensão da hidráulica, divide-se o estudo em: teórico e prático. A parte teórica é conhecida como Mecânica dos Fluidos e a prática ou hidráulica aplicada, é normalmente intitulada de Hidrotécnica. (PEREIRA & ARAUJO, 2010). Segundo Azevedo et al., (1998), a hidráulica através da prática, rege os conhecimentos científicos da Mecânica dos Fluidos e também os fenômenos relacionadas à água, independente dela estar parada ou em movimento. Para Rosa (2010), atividade experimental e ciência, são quase que sinônimos. Porém, nas instituiçõesde ensino, esse tipo de atividade é muito pouco praticada, e quando é, costuma ser de forma inadequada e pouco produtiva. A atividade experimental realizada em laboratório tem como principal função validar, aprovar todo o conceito visto pelo aluno na sala de aula. O laboratório faz com que o aluno venha a acreditar através da prática na teoria apresentada, sendo o meio que interliga o mundo da teoria ao mundo da prática (SHEPPARD et al., 2008). Claramente é visto que o laboratório didático é importante para o aluno, pois com a vivência e manuseio de instrumentos, ele será capaz de obter conhecimento de diversos tipos de atividade, que o levará consequentemente à vontade em aprender e a vivenciar a ciência, tal como ela é. Portanto, o laboratório pode vir a incentivar o aluno, para que ele entenda e saiba aplicar a teoria aprendida na prática, fazendo com que o mesmo possua domínio de ferramentas e técnicas que serão imprescindíveis no uso em pesquisas científicas. Então, a não utilização de práticas como complemento da parte teórica, levará a uma formação simplesmente transmissora de conteúdos (GRANDINI & GRANDINI, 2008). É com tal pensamento que julgasse necessário a implantação de um sistema didático de práticas para o laboratório de recursos hídricos da Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA, mas pelo fato do mesmo encontrar-se parado por problemas nele diagnosticados, como problemas estruturais na parte de alvenaria, elétrica e hidráulica e falta de equipamentos, é inviável a realização de práticas para a complementação da parte teórica vista em sala de aula, 8 ocasionando, com isso uma formação falha e fragmentada de futuros profissionais. Com o laboratório em funcionamento, ele servirá para atender à comunidade Universitária, dando suporte às atividades de ensino, pesquisa e extensão, e também servirá para atender o público do ensino médio e fundamental. Com o laboratório em boas condições de uso e tendo projetos para ser desenvolvidos, a UFERSA poderia ganhar parceiros que ajudariam no financiamento destes projetos, trazendo assim a oportunidade de inovações na área para a universidade e região do semi-árido. 9 2 OBJETIVOS 2.1 GERAL Este trabalho tem como objetivo elaborar um conjunto de práticas de laboratório, que possa ser utilizado como material didático na disciplina de hidráulica. 2.2 ESPECÍFICOS De forma mais clara e objetiva este trabalho visa através de um conjunto de experiências existentes no Laboratório de Recursos Hídricos da Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA, montar um modelo que descreva um conteúdo para as práticas de canal, orifícios e bocais, vertedores, perdas de carga singular e linear, aferição venturi e recalque envolvendo exercícios e atividades que irão complementar a parte teórica que foi vista em sala de aula, referente a esses experimentos. 10 3 REVISÃO DA LITERATURA 3.1 IMPORTÂNCIA DO LABORATÓRIO DIDÁTICO O processo experimental sempre esteve presente no processo evolutivo do homem. Isto pode ser evidenciado com as coisas as quais o homem conseguiu com o passar dos tempos, como bombeamento de água para as plantações, confecção de remédios, criação de um aparelho de TV. Tudo é resultado de experimentos ocorridos em algum lugar (BRASIL, 2007). É muito importante a atividade experimental, porém deve-se considerar que nem só de experiências vive a ciência. O desenvolvimento teórico tem um papel importante nas descobertas e nas pesquisas. O laboratório é o meio que faz a união entre o abstrato das ideias e concreto da realidade física, é o elo entre a teoria e a prática (BRASIL, 2007). A respeito das práticas em laboratório, tem-se que, a sua realização deve ser precedida ou mesmo acompanhadas de aulas teóricas. A linguagem deve ser simples e adequada de modo que os alunos possam assimilar o que está sendo passado, para que as aulas no laboratório não sejam apenas meras demonstrações, deve-se escolher muito bem as estratégias didáticas (BRASIL, 2007). Segundo Ferreira (1978), é fundamental para o aluno a vivência no laboratório, pois quando realiza um experimento, esse aluno está observando, manuseando e vendo com seus próprios olhos a ocorrência de um determinado fenômeno. Com isso, construirá conceito próprio a partir da realidade concreta. Assim, a teoria, as demonstrações, o exercício prático e o experimento irão produzir de maneira prazerosa uma interação entre o aluno e o aprendizado. O uso do laboratório didático, no ambiente educacional, toma dimensões gigantescas e se torna de extrema valia aos professores que utilizam as atividades experimentais em suas aulas (BRASIL, 2007). Segundo Grandini e Kobayashi (2005), apesar de terem fácil acesso a esse tipo de literatura e terem consciência da importância em se utilizar o ensino de laboratório, a maioria dos professores ainda priorizam a teoria, gerando assim uma maior dificuldade na assimilação dos conhecimentos por falta de atividades práticas, o que, por sua vez, prejudica a construção do conhecimento, pelo educando. Contudo, se esses professores utilizassem atividades práticas em suas aulas estariam principalmente despertando no aluno o interesse em conhecer a ciência e em aprendê-la através da própria vivência de situações (GRANDINI & GRANDINI, 2008). A falta de clareza que se tem quanto ao papel do laboratório no processo ensino- aprendizagem pode estar associada com a discordância entre a importância dada pelos 11 professores e a pouca realização dessas atividades. É de considerável valor destacar, também, que a grande maioria das unidades de ensino no Brasil, quando possui um laboratório, este encontra-se muitas vezes sucateado, isso por falta de investimento dos órgãos públicos, que não se impõem para oferecer as condições mínimas necessárias a sua modernização ou até mesmo fazer a reposição dos equipamentos que os compõem (BRASIL, 2007). A elaboração deste trabalho baseia-se no método chamado de Laboratório Estruturado ou ainda mesmo de acadêmico, tradicional, convergente ou tipo receita. O laboratório estruturado é caracterizado pela existência de um alto grau de orientação por parte do professor da disciplina, e tem por objetivo a verificação de leis e teoremas (ROSA, 2010). 3.2 O USO DO LABORATÓRIO DIDÁTICO NO ESTUDO DE HIDRÁULICA O laboratório didático no ensino da hidráulica, ajuda a compreender as teorias que envolvem o comportamento da água. É de muita importância que o aluno saiba como a água se comporta em diversas ocasiões, como no caso dela se encontrar totalmente confinada ou quando ela se encontra em contato com a atmosfera. É no laboratório de hidráulica que o aluno terá a oportunidade de unir o conhecimento obtido em sala de aula, com a vida cotidiana, na qual todos os dias está sujeito, seja no ato de tomar banho, encher a caixa d’água ou quando se observa a água da chuva passando pela rua (TAROUCO, L; GUILLERMO, O; ENDRES, L.). O roteiro experimental deve ser composto por elementos que devem contemplar as informações necessárias a consecução dos objetivos propostos. Um roteiro experimental deve conter os seguintes elementos: Introdução, Fundamentação Teórica, Materiais e Montagem, Procedimento. Deve conter também um instrumento de avaliação do ensino de laboratório, que nada mais é que um relatório. O relatório é uma dissertação sobre o que foi feito na aula de laboratório (ROSA, 2010). 3.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DOS EXPERIMENTOS 3.3.1 Experimento A - canais De acordo com Neves (1979), o nome conduto livre, canal e as vezes até mesmo canal aberto, é dado aos condutos em que a parte superior do líquido está sujeita à pressão atmosférica; o movimento não depende, como nos condutos forçados, da pressão existente, mas da inclinação do fundo do canal e da superfície da água. O escoamento em superfície livre, dá-12 se pela ação da gravidade e no caso de sofrer alguma perturbação em um trecho localizado pode dar lugar a modificações na seção transversal da corrente em outros trechos. Os cursos d’água naturais constituem o melhor exemplo de condutos livres. Além dos rios e canais, funcionam como condutos livres os coletores de esgotos, as galerias de água pluviais, os túneis-canais, as calhas, canaletas, etc. Esses tipos de condutos livres podem ser classificados em naturais ou ainda artificias, que são os construídos pelo homem. Nos escoamentos livres as condições de contorno podem ser variáveis, no tempo e no espaço. Elementos geométricos do canal Figura 01 – Seção Transversal de um canal. A = Área Molhada – área útil de escoamento numa seção transversal; P = perímetro molhado – é a linha que limita a área molhada junto ás paredes e ao fundo (AZEVEDO et al., 1998). Não incluindo a superfície livre do líquido; y = profundidade – comprimento vertical do ponto mais baixo da seção e a superfície livre; y𝐻𝐻 = profundidade hidráulica – relação entre a área molhada (A) e a superfície livre do líquido (B). Estudando os movimentos dos fluidos, Reynolds determinou que os fluidos estão submetidos a escoamentos laminares, de transição ou turbulentos. Fazendo uma análise da equação 1, tem-se que quando (𝑅𝑅𝑒𝑒) for menor que 2000, o escoamento é denominado laminar, quando for maior que 4000, é denominado turbulento, entre 2000 e 4000 é considerado de transição, sendo esses valores denominados críticos. 13 𝑅𝑅𝑒𝑒 = 4𝑅𝑅ℎv 𝑣𝑣 (1) Sendo: 𝑅𝑅𝑒𝑒 – Número de Reynolds; 𝑅𝑅ℎ – Raio hidráulico, m; v – Velocidade de escoamento no conduto, m/s; 𝑣𝑣– Viscosidade cinemática do fluido, m²/s. Canais em escoamento permanente e uniforme O escoamento de um líquido num canal aberto é classificado como em regime uniforme quando há constância dos parâmetros hidráulicos. Esses parâmetros que caracterizam este tipo de regime são a velocidade média do escoamento, a declividade do canal, a área da seção hídrica e a profundidade que permanecem constantes ao longo do canal. Nestas condições, a vazão do escoamento é constante e o regime do escoamento é permanente (SOUZA, 1987). Ainda se tratando de regime uniforme, vale salientar que ele só ocorre em canais prismáticos e o canal deve ser suficientemente longo. Distribuição de velocidade no canal A distribuição das velocidades é abordada em duas seções, a seção transversal e a longitudinal, Figura (2A) e (2B), respectivamente. Na seção transversal as paredes e o fundo oferecem uma certa resistência que faz com que haja uma redução na velocidade. Na superfície livre a tensão superficial e a resistência do ar, também causam influência sobre a velocidade. A velocidade será maior na região afastada do fundo e das paredes, localizando em um ponto pouco abaixo da superfície. Na seção longitudinal considerando a velocidade média em determinada seção como igual a 1 pode-se traçar o diagrama de variação da velocidade com a profundidade, Figura 3 e Figura 4 (AZEVEDO et al., 1998). A distribuição vertical da velocidade com valores decrescentes com a profundidade, caracteriza que a velocidade máxima ocorre um pouco abaixo da superfície livre, podendo atingir 1/3 da profundidade, a velocidade média a 3/5 da profundidade e a velocidade mínima no fundo. 14 Figura 2 – Ilustração da distribuição de velocidade transversal (A) e longitudinal (B) Fonte: (AZEVEDO et al., 1998) Figura 3 – Representação gráfica das velocidades Fonte: (PORTO, 2004) Figura 4 – Diagrama da variação da velocidade com a profundidade Fonte: (AZEVEDO et al., 1998) Fórmulas práticas para o escoamento em condutos livres 15 As fórmulas estabelecidas para o escoamento em condutos livres, baseiam-se na própria expressão de Chézy (AZEVEDO et al., 1998). Fórmula de Chézy v = 𝐶𝐶�𝑅𝑅𝐻𝐻𝐼𝐼 (2) O coeficiente C depende não só da natureza e estado das paredes dos condutos, mas também da sua própria forma, havendo fórmulas em que seu valor relaciona-se ainda à declividade. Fórmula de Manning Manning utilizando-se da fórmula de Chézy, determinou: v = 1 𝑛𝑛 𝑅𝑅𝐻𝐻 2 3⁄ 𝐼𝐼1 2⁄ (3) onde: 𝑛𝑛 = coeficiente de rugosidade dependente da natureza da parede; I = declividade do fundo do canal. C = 𝑅𝑅𝐻𝐻 1 6⁄ 𝑛𝑛 (4) Substituindo a equação(4) na equação (2), obtém-se a equação (3). Da equação (4), temos que “n” é o coeficiente de rugosidade de Manning. Utilizando a equação de Manning (3), na equação da continuidade (5), obtém-se a equação(6), onde: 𝑄𝑄 = 𝐴𝐴v (5) Substituindo a equação(3) na equação (5), temos: 16 𝑄𝑄 = 1 𝑛𝑛 𝐴𝐴𝑅𝑅𝐻𝐻 2 3 𝐼𝐼 1 2 (6) Fórmula de Bazin 𝐶𝐶 = 87�𝑅𝑅𝐻𝐻 𝑚𝑚 + �𝑅𝑅𝐻𝐻 (7) Utilizada para canais de pequenas dimensões, onde “m” é o coeficiente dependente da natureza da parede. Fórmula Universal Baseia-se na fórmula de Chézy (2), onde o coeficiente C é diferente. 𝐶𝐶 = � 8𝑔𝑔 𝑓𝑓 (8) onde: 𝑓𝑓 - coeficiente de atrito. Ainda para determinar a velocidade em um canal usamos o molinete que é um equipamento semelhante a um cata-vento, as hélices do molinete giram com a passagem da água, e giram mais rápido conforme a velocidade do fluxo de água aumenta. O molinete é um equipamento usado para medir a velocidade da água em cursos d’água, em qualquer profundidade do curso em questão. Os molinetes são normalmente montados em hastes de suporte ou em cabos de suporte. Os resultados que são obtidos podem ser digitais ou analógicos. Para obter-se as leituras de velocidade, o molinete é colocado em uma determinada seção do curso d’água, onde varia-se a posição e a profundidade ao longo do curso. A equação do molinete relaciona o número de rotações por segundo e a velocidade, é dada por: v = 0,0562.𝑚𝑚 + 0,038, 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑚𝑚 < 6,47 (9) v = 0,0545.𝑚𝑚 + 0,049 ,𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑚𝑚 > 6,47 (10) 17 onde: m = número de rotações por segundo. A partir destas velocidades pode-se determinar a vazão, onde multiplica-se a velocidade obtida pela área transversal do escoamento. A área de escoamento é definida como o produto da “Cota da seção do molinete” pela “Largura do Canal” (CARAMORI et al., 2008). 3.3.2 Experimento B – Orifícios e Bocais – Esvaziamento de Reservatório Orifício no sentido hidráulico, é uma abertura de forma regular praticada na parede ou fundo de um recipiente, através do qual sai o líquido contido no recipiente, mantendo-se o contorno completamente submerso, isto é, abaixo da superfície livre (LENCASTRE, 1972). Chama-se tubo adicional, a um tubo de comprimento aproximadamente igual a distância entre o plano do orifício e o plano da seção contraída, caso o orifício tivesse aresta viva (LENCASTRE, 1972). Os bocais ou tubos adicionais são constituídos por peças tubulares adaptadas ao orifício (AZEVEDO et al., 1998), podendo ser localizados no interior ou exterior dos reservatórios. Os bocais tem como finalidade dirigir o jato ou regular a vazão. A descarga de um orifício ou bocal depende da carga “h” acima do mesmo. Para o esvaziamento de um reservatório, a altura “h” passará a diminuir com o tempo, em consequência do próprio escoamento pelo orifício. Com a redução de carga, a descarga através do orifício também irá decrescendo. O problemaconsiste em se determinar o tempo necessário para o esvaziamento de um reservatório. Supondo-se que um reservatório de seção “𝐴𝐴𝑅𝑅” constante representado no ANEXO B está escoando sem contribuição. A cada valor da carga “h” corresponde a uma vazão “Q” cuja expressão é: 𝑄𝑄 = 𝐶𝐶𝑑𝑑𝐴𝐴�2𝑔𝑔ℎ (11) onde: A = a área do orifício, m²; 𝐶𝐶𝑑𝑑 = coeficiente de descarga, adimensional; 18 Q = vazão, m³/s; 𝑔𝑔 = aceleração da gravidade, m/s²; ℎ = carga hidráulica, m. Num pequeno intervalo dt o volume escoado através do orifício ou do bocal será: 𝑉𝑉 = 𝑄𝑄 𝑥𝑥 𝑡𝑡,𝑚𝑚³ (12) onde: 𝑑𝑑𝑉𝑉 = 𝐶𝐶𝑑𝑑𝐴𝐴�2𝑔𝑔ℎ𝑑𝑑𝑡𝑡 (13) onde: dt = variação do tempo, s. Substituindo (11) em (12) e multiplicando por dt, tem-se a equação (13). No mesmo intervalo de tempo, o nível de água no reservatório baixará uma alíquota dh, o que corresponde a certo volume de líquido, que é dado por: 𝑑𝑑𝑉𝑉 = 𝐴𝐴𝑅𝑅𝑑𝑑ℎ (14) onde: 𝑑𝑑ℎ = variação da carga hidráulica, m. Como o volume em questão é o que extravasa pelo orifício, substituindo a (equação 14) na (equação 13) obtém-se a (equação 15). ARdh = CdA�2gh dt (15) Portanto, isolando dt, temos: 𝑑𝑑𝑡𝑡 = 𝐴𝐴𝑅𝑅𝑑𝑑ℎ 𝐶𝐶𝑑𝑑�2𝑔𝑔ℎ (16) 19 Integrando-se a equação (16), entre os níveis ℎ1 e ℎ2, que são as cargas hidráulicas inicial e final no reservatório, respectivamente, tem-se para o esvaziamento parcial a equação à seguir: 𝑑𝑑𝑡𝑡 = 𝐴𝐴𝑅𝑅 𝐶𝐶𝑑𝑑𝐴𝐴�2𝑔𝑔 � ℎ−1 2⁄ 𝑑𝑑ℎ ℎ1 ℎ2 (17) 𝑡𝑡 = 2𝐴𝐴𝑅𝑅 𝐶𝐶𝑑𝑑𝐴𝐴�2𝑔𝑔 �ℎ1 1 2⁄ − ℎ2 1 2⁄ � (18) O esvaziamento completo dá-se quando, ℎ2 = 0 e ℎ1 = ℎ, assim obtendo: 𝑡𝑡 = 2𝐴𝐴𝑅𝑅 𝐶𝐶𝑑𝑑𝐴𝐴�2𝑔𝑔 √ℎ (19) Existe ainda outros parâmetros a serem definidos no estudo de orifícios e bocais, são eles: Determinação Coeficiente de Contração (Cc), Coeficiente de Velocidade (Cv), Coeficiente de Descarga (Cd). A razão entre a área da seção contraída (equação 20) e a área do orifício ou bocal (equação 21) denomina-se Coeficiente de Contração “Cc” (equação 22): 𝐴𝐴𝐶𝐶 = 𝜋𝜋𝜋𝜋𝐶𝐶2 4 (20) 𝐴𝐴 = 𝜋𝜋𝜋𝜋2 4 (21) 𝐶𝐶𝐶𝐶 = 𝐴𝐴𝐶𝐶 𝐴𝐴 (22) Sendo “v𝑟𝑟” a velocidade real do jato, tem-se que “v𝑟𝑟” leva em consideração as perdas de carga e a altura do líquido da superfície livre até ao centro do orifício, “h” (CARAMORI; HOLZ; PIMENTEL, 2008). v𝑟𝑟 = 1 √1 + 𝐾𝐾 �2𝑔𝑔ℎ (23) 20 onde K é uma constante. A velocidade teórica, “v𝑡𝑡” é definida como a velocidade adquirida sem perdas (K=0). Com base na equação anterior (equação 23), tem-se: v𝑡𝑡 = v𝑟𝑟 = �2𝑔𝑔ℎ (24) v𝑡𝑡 = �2𝑔𝑔ℎ (25) É denominado Coeficiente de Velocidade “𝐶𝐶𝑉𝑉”, a relação entre as velocidades, real e teórica, determinando-se da seguinte forma: 𝐶𝐶𝑉𝑉 = v𝑟𝑟 v𝑡𝑡 (26) No estudo de orifícios e bocais, ainda tem-se o Coeficiente de vazão ou Coeficiente de descarga, “𝐶𝐶𝑑𝑑”, que é a razão entre vazão real (equação 27) e a vazão teórica (equação 28), assim tem-se: 𝑄𝑄𝑟𝑟 = v𝑟𝑟𝐴𝐴𝐶𝐶 (27) 𝑄𝑄𝑡𝑡 = v𝑡𝑡𝐴𝐴 (28) 𝐶𝐶𝑑𝑑 = 𝑄𝑄𝑟𝑟 𝑄𝑄𝑡𝑡 = 𝐴𝐴𝐶𝐶v𝑟𝑟 𝐴𝐴v𝑟𝑟 = 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑉𝑉 (29) Para a determinação da velocidade real “v𝑟𝑟” utiliza-se uma harpa graduada, que é um aparelho composto por fios igualmente espaçados, que servirá apenas para registrar visualmente a passagem do jato de água por estes fios. Para cada registro feito a partir da passagem do centro do jato por um dos fios da harpa, deve-se calcular o valor da altura h e das coordenadas (X, Y) de cada fio em relação a seção contraída (para o orifício) e em relação à seção de saída (bocal externo): 𝑋𝑋 = 𝑋𝑋0 + 𝑛𝑛º𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 𝐿𝐿. cos (𝑝𝑝) (30) 21 𝑌𝑌 = 𝑌𝑌0 + 𝑛𝑛º𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 𝐿𝐿. 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑛𝑛(𝑝𝑝) (31) onde: 𝑋𝑋0,𝑌𝑌0 – coordenadas do fio 0 em relação à seção contraída, no orifício e no bocal; L – distância entre os fios da harpa; α – ângulo da harpa em relação a horizontal. O valor da velocidade real do jato, “v𝑟𝑟”, é calculada a partir dos valores de X e Y medidos, com base nas equações: 𝑋𝑋 = v𝑟𝑟𝑑𝑑𝑡𝑡 (32) 𝑌𝑌 = 𝑔𝑔(𝑑𝑑𝑡𝑡)2 2 (33) Isolando 𝑑𝑑𝑡𝑡 da equação (32) e substituindo na equação (33), pode-se conhecer a velocidade real em função dos valores de X e Y, conforme à expressão à seguir: v𝑟𝑟 = 𝑋𝑋� 𝑔𝑔 2𝑌𝑌 (34) 3.3.3 Experimento C – Vertedores Uma das tarefas mais fundamentais na operação de canais é a possibilidade de controle e medição de vazões. Existe uma variedade de formas para desempenhar essas tarefas, mas uma das formas mais adotadas é o uso de Vertedores. Normalmente os vertedores recebem a definição de simples paredes, diques ou aberturas sobre a qual um líquido escoa. Os vertedores são orifícios, os quais não possuem a borda superior. Os vertedores são constituídos por bordas, a borda horizontal é denominada de crista ou soleira, já as bordas verticais constituem as faces do vertedor (AZEVEDO et al., 1998). 22 Diferentemente dos orifícios, a carga hidráulica nos vertedores é a diferença de nível que existe entre a linha de superfície a montante e a soleira do descarregador, ou seja, é a altura a qual a água atinge, contando a partir da cota da soleira do vertedor. Quanto a classificação, os vertedores podem assumir as mais variadas formas e disposições e apresentar os mais diversos comportamentos, são muitos os fatores que podem servir de base à sua classificação. Entre esses fatores pode-se citar: a forma se simples (retangulares, triangulares, etc.) ou composto (seções combinadas), altura relativa da soleira (livre ou afogados), a natureza da parede (delgada ou espessa) e a largura relativa (sem contrações laterais ou contraídos). Um vertedor é considerado contraído quando a sua largura é menor que a do canal de acesso (AZEVEDO et al., 1998). Quando tem-se a instalação de um vertedor para a medição, vários fatores são importantes para que se tenha uma boa precisão, um deles é que abaixo da lâmina que escoa, possua uma região de ventilação, pois a ausência dela pode provocar modificação na veia e consequentemente alteração da vazão do fluido em escoamento. Através de vertedores é possível estabelecer-se uma relação direta entre carga hidráulica e a vazão que está passando por sobre o vertedor, que facilita sobremaneira a tarefa de medição de vazão. Há uma grande variedade de vertedores disponíveis, e nesse ensaioé utilizado um vertedor retangular de soleira delgada sem contrações laterais e um vertedor triangular. Nos vertedores retangulares de parede delgada e sem contrações pode-se obter várias fórmulas para o cálculo de descarga nos vertedores, sendo todas elas para descarregadores onde a pressão atmosférica atua diretamente sobre a lâmina vertente do descarregador. Entre essas diversas fórmulas, será utilizada para os devidos cálculos as fórmulas de Francis, Bazin e a Fórmula da Sociedade Suíça de Engenheiros e Arquitetos. A seguir se apresenta as fórmulas que serão utilizadas como base de cálculo para esse experimento. Fórmula de Francis 𝑄𝑄 = 1,838𝐿𝐿𝐻𝐻3 2⁄ (35) Fórmula de Bazin 𝑄𝑄 = �0,405 + 0,003 𝐻𝐻 � �1 + 0,55 � 𝐻𝐻 𝐻𝐻 + 𝑝𝑝 � 2 � 𝐿𝐿𝐻𝐻�2𝑔𝑔𝐻𝐻 (36) 23 onde: H - carga hidráulica, m; 𝑝𝑝 − altura relativa da soleira, m; 𝐿𝐿 – largura relativa da soleira, m; 𝑔𝑔 −gravidade, m/s². Fórmula da Sociedade Suíça de Engenheiros e Arquitetos 𝑄𝑄 = �1,816 + 1,816 1000𝐻𝐻 + 1,6 � �1 + 0,5 � 𝐻𝐻 𝐻𝐻 + 𝑝𝑝 � 2 � 𝐿𝐿𝐻𝐻3 2⁄ (37) Devido à depressão (abaixamento) da lâmina vertente junto ao vertedor, a carga H deve ser medida a montante a uma distância igual ou superior a 5H (AZEVEDO et al., 1998). Figura 5 – Esquema para como medir a carga hidráulica H Fonte: AZEVEDO et al, 1998. Vertedor Triangular Nos vertedores triangulares não existe soleira horizontal; a influência da velocidade de chegada da água é desprezível, sendo perfeita a ventilação da lâmina vertente (AZEVEDO et al., 1998). Esse tipo de vertedor possibilita maior precisão na medida de cargas correspondentes a vazões reduzidas. São geralmente trabalhados em chapa metálica, sendo empregados os que possuem forma isósceles, onde os de 90º são os mais utilizados (Figura 6). Num descarregador triangular, o perfil da crista é um triangulo, sendo a bissetriz do vértice, em geral vertical (LENCASTRE, 1972). 24 Figura 6 – Representação de um vertedor triangular Para encontrar a vazão em um vertedor triangular o triângulo é fragmentado simetricamente, logo a vazão é dada por: 𝑑𝑑𝑄𝑄 = 2v𝑑𝑑𝐴𝐴 (38) onde: 𝑑𝑑𝐴𝐴 = 𝑥𝑥𝑑𝑑𝑥𝑥 (39) v = �2𝑔𝑔(𝐻𝐻 − 𝑥𝑥) (40) Substituindo a (equação 39) e a (equação 40) na (equação 38), tem-se: 𝑑𝑑𝑄𝑄 = 2�2𝑔𝑔(𝐻𝐻 − 𝑥𝑥)𝑥𝑥𝑑𝑑𝑥𝑥 (41) Sendo 𝑥𝑥 = �𝑡𝑡𝑔𝑔 𝜃𝜃 2 � 𝑥𝑥, substituindo na (equação 41) e integrando, segue que: �𝑑𝑑𝑄𝑄 = 2�2𝑔𝑔𝐶𝐶𝑑𝑑𝑡𝑡𝑔𝑔 � 𝜃𝜃 2 �� (𝐻𝐻 − 𝑥𝑥)1 2⁄ 𝐻𝐻 0 𝑥𝑥𝑑𝑑𝑥𝑥 (42) 𝑄𝑄 = 8 15 𝐶𝐶𝑑𝑑�2𝑔𝑔𝐻𝐻5 2⁄ 𝑡𝑡𝑔𝑔 � 𝜃𝜃 2 � (43) onde: Q = vazão de escoamento no vertedor, em 𝑚𝑚³ 𝑠𝑠⁄ ; Cd = coeficiente de descarga em vertedor, adimensional; 25 g = aceleração da gravidade, em 𝑚𝑚 𝑠𝑠²⁄ ; H = carga hidráulica existente no vertedor, medida em metros; θ = ângulo do vértice do triângulo, medida em graus. Em um vertedor de Thompson, os valores usados seriam, θ = 90º e Cd = 0,6, então: 𝑄𝑄 = 1,4𝐻𝐻5 2⁄ (44) 3.3.4 Experimento D, E – perda de carga linear e singular É de suma importância a utilização de condutos fechados para o transporte de água, eles estão presentes na maior parte das obras civis. A grande vantagem prática dessa alternativa sobre escoamento em canais é a maior flexibilidade em regime pressurizado (VASCONCELOS, 2007). Escoamentos pressurizados mantem-se tanto em pressões sub-atmosféricas como no caso da pressão ser maior do que o conduto pode suportar. Sendo assim o conduto pode ser assentado em uma inclinação maior que a do terreno. E assim, tendo-se bastante pressão, é possível utilizar-se condutos com seções transversais relativamente pequenas para o transporte de uma pequena vazão em longas distâncias. Porém deve-se ter cuidado nos casos onde há variação de vazão nos condutos ao longo do tempo, particularmente se essa variação acontece rapidamente. As pressões envolvidas nessas condições, referidas tecnicamente como condições transientes de escoamento, podem exceder facilmente o limite de resistência do material, resultando em ruptura (por vezes explosivas) e/ou colapso dos condutos (VASCONCELOS, 2007). Para se determinar a pressão capaz de transportar a necessária vazão pelos condutos, as fórmulas de perda de carga são essenciais. As fórmulas de perda de carga com base teórica geralmente são relacionadas à carga cinética V²/2g. Fórmulas experimentais em geral não se baseiam no quadrado da velocidade, mas em outros valores baseados na análise estatística de dados coletados em laboratório (VASCONCELOS, 2007). Perda de carga linear Nos condutos fechados, várias formas de energia estão presentes, onde: Ez = Energia potencial = m.g.h 26 Ec = Energia cinética = mv²/2 Ep = Energia piezométrica = P.V A energia total atuante no conduto é a soma das energias presentes nele. Et = Ec + Ez + Ep (45) Considerando um fluido ideal e dividindo os termos da equação 45, por “m.g”, resulta na equação 46, que é conhecida como equação de Bernoulli. 𝐻𝐻 = 𝑣𝑣² 2.𝑔𝑔 + 𝑃𝑃 𝛾𝛾 + ℎ (46) onde: H = carga hidráulica, m; h = altura da partícula de fluido, m; p = pressão do fluxo do fluido, kgf/m³; v = velocidade linear da partícula de fluido, m/s; g = aceleração da gravidade, idealizado 9,81 𝑚𝑚 𝑠𝑠²⁄ ; 𝛾𝛾 = peso específico do fluido, kgf/m³. Analisando o escoamento ao longo de um trecho 1 e 2 da Figura 7, a equação de Bernoulli pode ser apresentada da seguinte forma: v1² 2. g + P1 γ + h1 = v2² 2. g + P2 γ + h2 + ΔH (47) onde ΔH é a variação da carga entre os 2 pontos. 27 Figura 7 - Representação gráfica da equação de Bernoulli para condutos forçados. Se dois pontos distintos em uma tubulação apresentarem a mesma cota geométrica, e supondo não haver diferença de vazão entre os dois pontos para o mesmo diâmetro, que pode ser visualizado no ANEXO D, tem-se: h1 = h2 𝑣𝑣1 = 𝑣𝑣2 Desenvolvendo, temos: 𝑃𝑃1 𝛾𝛾 = 𝑃𝑃2 𝛾𝛾 + 𝛥𝛥𝐻𝐻 (48) Logo: ΔH = 𝑃𝑃1 − 𝑃𝑃2 𝛾𝛾 (49) Para a determinação da perda de carga unitária “J”, basta utilizar-se do resultado da vazão entre a perda e o comprimento da tubulação, onde: 𝐽𝐽 = 𝑃𝑃1 − 𝑃𝑃2 𝛾𝛾. 𝐿𝐿 (50) Fórmulas utilizadas para determinar a perda de carga distribuída: 28 Darcy – Weissbach (Fórmula Universal) ℎ𝑓𝑓 = 𝑓𝑓 𝐿𝐿𝑉𝑉2 𝜋𝜋2𝑔𝑔 (51) Hazen – Williams ℎ𝑓𝑓 = 10,65 𝐿𝐿 𝐶𝐶1,85𝜋𝜋4,87 𝑄𝑄1,85 (52) onde hf é a perda de carga. Perda de Carga Localizada Essas perdas são denominada locais, localizadas, acidentais ou singulares, pelo fato de decorrerem especificamente de pontos ou partes bem determinadas da tubulação, ao contrário do que acontece com as perdas em consequência do escoamento ao longo dos encanamentos (AZEVEDO et al., 1998).As perdas localizadas são originadas pelas variações bruscas da geometria do escoamento, como mudanças de direção ou da seção do fluxo. São usuais em instalações com curvas, válvulas, comportas, alargamentos ou estreitamentos e etc (MARTINS & MARTINS, 2004). A expressão geral utilizada em cálculos para a perda de carga localizada é: ℎ𝑓𝑓 = 𝐾𝐾 𝑣𝑣2 2𝑔𝑔 (53) onde K é o coeficiente de perda de carga localizada, o qual é determinado experimentalmente em laboratório. A tabela 3 exibe valores de K para algumas singularidades típicas das tubulações: Tabela 3 - Coeficientes de perda localizada de algumas singularidades Valores aproximados de K (perdas de carga localizadas) PEÇA K PEÇA K Cotovelo de 90º 0,90 Tê, passagem direta 0,60 29 Cotovelo de 45º 0,40 Tê, saída de lado 1,30 Crivo 0,75 Tê, saída bilateral 1,80 Curva de 90º 0,40 Válvula de ângulo aberto 5,00 Curva de 45º 0,20 Válvula de gaveta aberta 0,20 Curva de 22,5º 0,10 Válvula borboleta aberta 0,30 Fonte: AZEVEDO et al, 1998. Um método útil para o cálculo das perdas de carga localizadas é o dos comprimentos virtuais ou equivalentes de singularidade. Considera-se nos cálculos que as peças e conexões podem ser substituídas por comprimentos virtuais de tubulação, comprimentos tais que correspondam à mesma perda de carga que causariam as peças especiais existentes nas canalização. A perda de carga ao longo das canalizações podem ser determinadas pela fórmula de Darcy-Weissbach: ℎ′𝑓𝑓 = 𝑓𝑓𝐿𝐿𝑣𝑣2 𝜋𝜋2𝑔𝑔 (54) Este método permite simplificar os cálculos e dimensionamentos através do uso de uma expressão única, aquela da perda de carga distribuída. Pois, a perda de carga na passagem por conexões, válvulas, etc., varia com a mesma função da velocidade existente para o caso de resistência ao escoamento em trechos retilíneos de encanamentos. Pode-se obter o comprimento virtual de canalização, que corresponde a uma perda de carga equivalente à perda local, fazendo-se: ℎ′𝑓𝑓 = ℎ𝑓𝑓 𝑓𝑓𝐿𝐿𝑣𝑣2 𝜋𝜋2𝑔𝑔 = 𝐾𝐾 𝑣𝑣2 2𝑔𝑔 onde obtém-se: 𝐿𝐿 = 𝐾𝐾𝜋𝜋 𝑓𝑓 (55) 30 Condutos em série Os tubos em série são formados com diâmetros diferentes onde escoa a mesma vazão e os comprimentos e os diâmetros podem ou não ser iguais. A perda de carga equivalente é a soma das perdas de carga ao longo da tubulação. ℎ𝑓𝑓𝑒𝑒𝑒𝑒 = ℎ𝑓𝑓1 + ℎ𝑓𝑓2 + ℎ𝑓𝑓𝑛𝑛 (56) Fórmula Universal ( Darcy-Weissbach) 𝑓𝑓𝑒𝑒𝑒𝑒𝐿𝐿𝑒𝑒𝑒𝑒 𝜋𝜋5𝑒𝑒𝑒𝑒 = 𝑓𝑓1𝐿𝐿1 𝜋𝜋51 + 𝑓𝑓2𝐿𝐿2 𝜋𝜋52 + ⋯+ 𝑓𝑓𝑛𝑛𝐿𝐿𝑛𝑛 𝜋𝜋5𝑛𝑛 (57) Fórmula Hazen Williams 𝐿𝐿𝑒𝑒𝑒𝑒 𝐶𝐶𝑒𝑒𝑒𝑒 1,85𝜋𝜋𝑒𝑒𝑒𝑒 4,87 = 𝐿𝐿1 𝐶𝐶1 1,85𝜋𝜋1 4,87 + 𝐿𝐿2 𝐶𝐶2 1,85𝜋𝜋2 4,87 + ⋯+ 𝐿𝐿𝑛𝑛 𝐶𝐶𝑛𝑛 1,85𝜋𝜋𝑛𝑛 4,87 (58) 3.3.5 Experimento F – Aferição Venturi O Venturi é um dispositivo de medição de vazão em um conduto forçado. Este dispositivo provoca um estreitamento da seção transversal do escoamento ocasionando uma diferença de pressão entre as seções de montante e jusante, este estreitamento é feito de forma gradual. Para medir a diferença de pressão entre as duas seções, pode-se utilizar um manômetro diferencial. Quando se conhece esta diferença de pressão, podemos aplicar Bernoulli, que resultará em uma expressão para a vazão que passa pelo conduto. Na aplicação de Bernoulli deve-se desprezar a perda de carga entre as seções e desconsiderar a distribuição real de velocidades nas seções transversais por ser esta desconhecida, assumindo-se uma distribuição de velocidades uniforme e paralela (velocidade média) (UFRGS, [s.d.]). A equação obtida é apenas uma aproximação, já que foram feitas simplificações. A equação exata da vazão em função da diferença de pressão entre as duas seções é obtida através da calibração do aparelho em laboratório (UFRGS, [s.d.]). Fundamentação teórica 31 Pode-se visualizar no Anexo F um Venturi do Laboratório de Recursos Hídricos da UFERSA. Quando um Venturi encontra-se conectado a um manômetro, podemos aplicar Bernoulli entre dois pontos, o primeiro ponto na região de maior diâmetro do venturi e o segundo na região de menor diâmetro quando está em regime de escoamento. Sendo assim podemos escrever: 𝑧𝑧1 + 𝑝𝑝1 𝛾𝛾 + 𝑉𝑉12 2𝑔𝑔 = 𝑧𝑧2 + 𝑝𝑝2 𝛾𝛾 + 𝑉𝑉22 2𝑔𝑔 (59) Considerando escoamento permanente e incompressível a equação da continuidade é dada por: 𝑄𝑄 = 𝐴𝐴1𝑉𝑉1 = 𝐴𝐴2𝑉𝑉2 (60) onde: Q = Vazão, m³/s; A = Área da tubulação, m; V = Velocidade m/s²; Elevando-se a equação (60) ao quadrado e dividindo por 2g encontra-se: V12 2g = V22 2g � A2 A1 � 2 (61) Substituindo (61) em (59) encontra-se a seguinte expressão para a velocidade 𝑉𝑉2: V2 = � 2g[(p1 − p2)/γ]− h 1 − �A2A1 � 2 (62) onde ℎ = (𝑧𝑧2 − 𝑧𝑧1). Multiplicando a equação (62) pela área 𝐴𝐴2 tem-se: 32 𝑄𝑄 = 𝐴𝐴2� 2𝑔𝑔[(𝑝𝑝1 − 𝑝𝑝2)/𝛾𝛾]− ℎ 1 − �𝐴𝐴2𝐴𝐴1 � 2 (63) Para o caso do laboratório, o dispositivo encontra-se na horizontal, donde tem-se h=0. Todos os termos da equação (63) são conhecidos com exceção da diferença de pressão, a qual é obtida através do manômetro diferencial cuja equação é: 𝑝𝑝1 − 𝑝𝑝2 𝛾𝛾 = 𝛥𝛥ℎ(𝑑𝑑 − 1) (64) onde: Δh: desnível do manômetro; d: densidade do líquido manométrico; A equação (63) é uma equação aproximada, por que em sua dedução desprezou-se a perda de carga. A equação da vazão real que passa pelo Venturi é obtida multiplicando-se esta equação por um coeficiente de vazão “C”. Substituindo na equação (64) encontra-se, para h=0: 𝑄𝑄 = 𝐶𝐶 𝐴𝐴1𝐴𝐴2 �𝐴𝐴12−𝐴𝐴22 �2𝑔𝑔�𝛥𝛥ℎ(𝑑𝑑 − 1) (65) Fazendo: 𝐴𝐴1𝐴𝐴2 �𝐴𝐴12−𝐴𝐴22 = 𝑘𝑘1 = 𝑐𝑐𝑡𝑡𝑠𝑠. (66) �2𝑔𝑔 = 𝑘𝑘2 = 𝑐𝑐𝑡𝑡𝑠𝑠. (67) �(𝑑𝑑 − 1) = 𝑘𝑘3 = 𝑐𝑐𝑡𝑡𝑠𝑠. (68) Tem-se: 33 𝑄𝑄 = 𝐶𝐶𝑘𝑘1𝑘𝑘2𝑘𝑘3√𝛥𝛥ℎ = 𝐶𝐶1√𝛥𝛥ℎ = 𝐶𝐶1(𝛥𝛥ℎ)1 2⁄ (69) onde: 𝐶𝐶1 = 𝐶𝐶𝑘𝑘1𝑘𝑘2𝑘𝑘3 A aferição volumétrica no Venturi será feita através da coleta de vazão, que atravessa o Venturi, na cuba de aferição. A vazão média será o quociente entre um determinado volume de água recolhido e o tempo gasto para recolhê-lo: 𝑄𝑄 = 𝑉𝑉 𝛥𝛥𝑡𝑡 (70) O intervalo de tempo é determinado pelos instantes em que a água entra na cuba e para de entrar. 3.3.6 Experimento G – Recalque Nos assuntos abordados pela hidráulica, o transporte de líquidos de um local para outro é um dos problemas mais frequentes. Existe dois sentidos em qual os líquidos podem ser transportados, sentido descendente no qual aproveita-se a energia potencial do líquido, ou seja, o transporte é feito por gravidade, e o sentido ascendente, quando é necessário se fornecer energia ao líquido para que ele se desloque, isso é feito pela bomba, através do sistema de recalque (FCTH, [s.d.]). Sistema de recalque é o conjunto formado pelas tubulações, bombas, motores eacessórios necessários para vencer um desnível topográfico desfavorável – elevar o fluido da cota topográfica na origem para uma cota topográfica superior no destino e pode ser visualizado no ANEXO G. Segundo Almeida (2006), os sistemas elevatórios são sistemas hidráulicos em pressão onde a característica principal é a elevação da linha de energia ou o aumento da carga hidráulica do escoamento através de um componente específico, a bomba hidráulica. A bomba hidráulica recebe energia do exterior (energia elétrica), a qual é transformada em energia mecânica por um motor, e cede-a ao escoamento. Deste modo, a carga hidráulica resultante possibilitará vencer a resistência hidráulica ao escoamento, compensar as perdas de carga hidráulica nos 34 sistema compatíveis com as características físicas deste e com a vazão que se pretende escoar. Ainda garantir uma pressão mínima ao fluido considerada nas secções de fornecimento do sistema para as aplicações previstas. Fundamentação teórica O conjunto elevatório (bomba-motor) é o equipamento o qual deverá vencer a diferença de nível ou altura geométrica entre os dois pontos, mais as perdas de carga em todo o percurso, o qual compreende as perdas por atrito na tubulação e as perdas singulares devidas às peças especiais (AZEVEDO et al., 1998). A altura geométrica é determinada por: 𝐻𝐻𝑔𝑔 = 𝐻𝐻𝑠𝑠 + 𝐻𝐻𝑟𝑟 (71) onde: 𝐻𝐻𝑔𝑔 = altura geométrica – diferença de nível 𝐻𝐻𝑠𝑠 = altura de sucção – altura do eixo da bomba sobre o nível inferior 𝐻𝐻𝑟𝑟 = altura de recalque – altura do nível superior em relação ao eixo da bomba A altura manométrica é dada a partir da equação de Bernoulli 𝑣𝑣12 2𝑔𝑔 + 𝑝𝑝1 𝛾𝛾 + 𝑍𝑍1 + 𝐻𝐻𝑚𝑚 = 𝑣𝑣22 2𝑔𝑔 + 𝑝𝑝2 𝛾𝛾 + 𝑍𝑍2 + 𝐻𝐻𝑓𝑓 (72) onde: 𝑣𝑣22 − 𝑣𝑣12 2𝑔𝑔 = 𝑣𝑣2 2𝑔𝑔 (73) 𝑝𝑝2 − 𝑝𝑝1 𝛾𝛾 = 𝑝𝑝𝑎𝑎𝑡𝑡𝑎𝑎 − 𝑝𝑝𝑎𝑎𝑡𝑡𝑎𝑎 𝛾𝛾 (74) 𝑍𝑍2 − 𝑍𝑍1 = 𝐻𝐻𝑔𝑔 (75) 35 Substituindo (73),(74) e (75) em (72), temos: 𝐻𝐻𝑎𝑎𝑎𝑎𝑛𝑛 = 𝐻𝐻𝑔𝑔 + ℎ𝑓𝑓 (76) onde: 𝐻𝐻𝑎𝑎𝑎𝑎𝑛𝑛 = altura manométrica hf = perdas de carga totais A equação 76, permite calcular a altura manométrica “Hm” da bomba a ser instalada. Curva Característica da Bomba, Curva Característica do Sistema, Ponto de Operação As bombas são projetadas para atender vazões e alturas manométricas em faixas definidas pelas suas características de funcionamento. No entanto, verifica-se através de ensaios que as bombas podem atingir outros valores de vazões e alturas manométricas, além dos pontos projetados. O conjunto dos pontos os quais a bomba é capaz de operar constituem a faixa de operação da bomba (UFAL, 2008). A curva característica da bomba indica a energia que a bomba fornece ao fluido para cada vazão. A curva característica do sistema indica a energia que tem que ser fornecida ao fluido para cada vazão, de modo que o mesmo possa escoar no sistema. Essa curva é obtida calculando-se as perdas de carga com valores intermediários de vazão, até a vazão total, a partir da altura geométrica total fixada. Na perda de carga considera-se o comprimento da tubulação, diâmetro e tipo do tubo, tempo de uso, acessórios e conexões. O escoamento é feito em regime permanente (UFAL, 2008; SCHNEIDER MOTOBOMBAS [s.d.]). O ponto de operação de uma bomba em um sistema é obtido graficamente, através de uma sobreposição, cruzamento entre as curvas características da bomba e do sistema. É neste ponto que se dá as condições em que uma bomba operará em um sistema, ou seja, é o ponto o qual a bomba será capaz de fornecer ao fluido a carga manométrica a que o fluido precisa para dar pleno funcionamento ao sistema, com uma vazão Q em regime de escoamento permanente (UFAL, 2008). Na figura 8 está ilustrado como se adquiri o ponto de operação e a natureza de cada curva característica. 36 Figura 8 – Ponto de operação do sistema 37 4 MATERIAL E MÉTODOS Este trabalho foi conduzido no Laboratório de Recursos Hídricos (LABHIDRO) do Departamento de Ciências Ambientais e Tecnológicas – DCAT da Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA, Campus Oeste, localizado em Mossoró, durante o período dezembro de 2012 a abril de 2013. A metodologia deste trabalho consistiu no levantamento da infraestrutura do LABHIDRO e na elaboração de mecanismos didáticos de práticas no referido laboratório, baseados na literatura existente. Para isso, será montado um material que descreve qual deve ser o procedimento utilizado para cada prática encontrada no laboratório. Tendo-se o laboratório em plenas condições de uso, ele será útil para os alunos dos cursos de engenharia civil, agronomia, engenharia agrícola, engenharia mecânica da UFERSA que terão à disposição uma ferramenta de grande valor em matéria de agregar conhecimento. O prédio que contém o laboratório de hidráulica, tem um espaço físico de 362,23 m², ele conta com: área do laboratório de hidráulica onde se encontra os experimentos, sala de aula onde pode ser ministrado os conteúdos e a sala do professor, entre outros. 38 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES O Laboratório de Recursos Hídricos da Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA, dota-se de alguns aparatos experimentais que irão ajudar na compreensão do estudo da hidráulica. Os aparatos experimentais que se encontram neste laboratório, são referentes ao estudo de canais, orifícios e bocais, vertedores, perdas de carga singular e linear, aferição venturi e sistema elevatório. Através desses experimentos pode-se determinar vazão, velocidade, perda de carga e outros fatores que estão presentes no estudo da hidráulica. Para tanto foi definido que para cada prática deveria ser formulado um roteiro. EXPERIMENTO A Objetivos O objetivo deste trabalho consiste na determinação da velocidade do escoamento da água com o uso de um molinete, e determinação da vazão teórica através de uma comporta e vazão real com o uso de reservatório. Materiais e Métodos Para o ensaio será necessário: • Canal com dimensões conhecidas (ANEXO A); • Reservatório de alimentação, diâmetro nominal 200mm; • Piezômetros para medição do níveis no canal; • Molinete para medição da velocidade; • Reservatório para medição da vazão; • Cronômetro para determinar o tempo de coleta de volume. Procedimento experimental • Ligar a bomba com o registro fechado; • Abrir o registro para alimentar o canal; • Deixar que o escoamento se estabilize; 39 • Determinar a declividade do canal; • Determinar velocidade com o uso do molinete; • Determinar a vazão pelo o uso do molinete; • Determinar vazão através da comporta com o uso das equações; • Determinar vazão através da cuba de aferição (reservatório). Relatório Comparar os resultados teóricos e práticos para a vazão; Qual a importância do experimento; EXPERIMENTO B Objetivos Este ensaio tem como objetivo determinar e comparar com valores teóricos do tempo de esvaziamento entre duas cotas dadas e a representação dos valores de carga (h)em função do tempo (h=f(t)). Determinar Cv, Cc, Cd. Materiais e Métodos O experimento deve ser realizado na estação de bocais e orifícios, os compartimentos servirão como reservatórios, esvaziando-se através de orifício ou bocal. Os níveis são determinados com o auxílio de piezômetros. Procedimentos experimentais para o esvaziamento do reservatório Os integrantes do grupo deverão ficar: • Junto ao bocal ou orifício para a retiradada tampa que impede que a água saia • Junto ao piezômetro para a leitura dos níveis d’água e para a operação do cronômetro • Entre as posições anteriores para a anotação de dados 40 Manejos: • Verificar o nível inicial de água no reservatório, indicado no piezômetro e anota-lo na (Tabela 1); • Abrir o orifício ou bocal, retirando a tampa, acionando simultaneamente o cronômetro; • Controlar o nível de água no piezômetro e anotar as leituras nas cotas solicitadas e dos tempos; • Ao chegar a cota desejada, parar o cronômetro. Tabela 01 – Medidas da altura d’água no reservatório Altura d’água no reservatório (m) Tempo (s) Procedimentos experimentais para a determinação de Cc, Cv, Cd. • Encher o reservatório até a altura determinada; • Cessar a alimentação; • Abrir o orifício e acionar o cronômetro assim que o jato passar por um dos fios da harpa, anotar o nº do fio; • Utilizar o cronômetro para marcar o tempo à medida que o jato coincidir com um dos fios, isso caracteriza uma posição (X, Y), simultaneamente anotar o valor correspondente de h; Tabela 02 – Valores a serem marcados durante o ensaio Nº do fio T (s) h - altura no reservatório 41 Análises e conclusões • Analisar os resultados experimentais obtidos e como estes se comparam com as previsões teóricas. • Cálculo do tempo total de esvaziamento, segundo a equação • Cálculo de Cc, Cv, Cd • Comentários sobre o resultado Experimento C Objetivos Fazer medições de carga em um vertedor retangular de parede delgada e em vertedor triangular em diversas condições de vazão. Apresentação do aparato experimental • Sistema de alimentação com válvulas reguladoras de vazão para o vertedor retangular com diâmetro nominal de 150mm; • Sistema de alimentação com válvulas reguladoras de vazão para o vertedor triangular com diâmetro nominal de 200mm; • Vertedor retangular de soleira delgada feito de chapa metálica, 25 cm de altura e 25cm de largura (ANEXO C); • Vertedor triangular feito de chapa metálica, com 25 cm de altura e 60cm de largura; • Canal do vertedor retangular com 2,1 m; • Canal do vertedor triangular com 1,95m; • Funil de recepção da água dos vertedores. • No vertedor triangular o ângulo a ser considerado é, θ = 60º. Procedimentos experimentais 42 • Ligar o sistema, fazendo com que a água passe pelo canal, deixando com que ela verta. Desligar os sistema de alimentação e executar a leitura da soleira do vertedor, após não haver mais vazão sobre a sua crista; • Regulando a válvula de abertura do sistema, repetir o passo anterior para 5 novos valores de vazão, tanto para o vertedor triangular como para o vertedor retangular; Cálculos requeridos • Obter os valores de velocidade para cada uma das condições testadas; • Obter os valores de carga no vertedor e vazão para cada condição testada; • Calcular pelas fórmulas de Francis, Bazin e da Sociedade Suíça de Engenheiros e Arquitetos, o valor de vazão previsto para cada uma das cargas medida experimentalmente; Análises e conclusões • Analisar os resultados experimentais obtidos e como estes se comparam com as previsões teóricas; • Qual das fórmulas teóricas de vazão em vertedores melhor se aproxima dos dados experimentais? • A hipótese de escoamento uniforme é uma hipótese válida para o experimento? Porque? • Sugerir melhorias para o ensaio, procedimentos, etc. Experimento D e E Objetivos Este ensaio tem como objetivo observar para diferentes condições de vazão, diâmetro e material a perda de carga ou energia resultante em condutos retos e em diferentes tipos de conexão hidráulica. Ao fim do ensaio, fazer comparação dos resultados obtidos experimentalmente de perda de carga com aqueles previstos em teoria. Materiais Utilizados 43 • Bomba de 30 cv, com frequência de rotação de 60 hz, 1750 rpm; • Reservatório de água com 14.500 litros de capacidade; • Registro para controle de vazão; • Tubulação de alimentação com 200 mm; • Sistema hidráulico para experimento de perda de carga linear, contendo tubulações com diversos diâmetros; • Sistema hidráulico para experimento de perda de carga singular, contendo peças especiais (ANEXO E); • Manômetro de mercúrio, ligado em dois pontos distintos da tubulação para se medir a diferença de pressão entre dois pontos da tubulação; • Reservatório para medição de volume, para se obter a vazão; • Cronômetro, para se obter o tempo de coleta de volume. Tabela 4 – Diâmetro utilizadas no experimento perda de carga linear PVC branco (Di) mm PVC branco (De) mm PVC marrom (Di) mm PVC marrom (De) mm Aço (Di) mm Aço (De) mm ½ 17 20 17 20 16 21,3 ¾ 25 21,6 25 21,6 21,6 26,9 1 32 27,8 32 27,8 27 33,7 2 60 53,4 60 53,4 60,3 52,8 Tabela 5 – Diâmetros utilizados no experimento de perda de carga singular Referência Diâmetro interno (Di) mm Diâmetro externo (De) mm 200 mm 193,7 219,1 4” 102,3 114,3 3” 73,7 88,9 2” 49,3 60,3 44 A diferença entre as tubulações de PVC branco e PVC marrom, é que o branco é roscável e utilizado em hidráulica externa, já o marrom é soldável e é utilizado na hidráulica interna. Procedimento Experimental • Conectar as mangueiras do manômetro no medidor de orifício, para medir a vazão; • Conectar as mangueiras do manômetro nos pontos onde há interesse em medir a perda de carga; • Ligar a bomba. Fazer com que a água passe apenas por uma das tubulações; • Fazer a leitura nos manômetros; • Variar a vazão e repetir o procedimento acima para cada tubulação; • Utilizar a equação xx para a determinação da perda de carga unitária. Cálculos • Perda de carga experimental no trecho da tubulação reta; • Perda de carga teórica no trecho reto usando as Fórmulas de Darcy – Weissbach, Hazen- Williams; • Perdas de carga experimental para as peças especiais utilizadas no ensaio; • Perda de carga teórica para as perdas localizadas, utilizando os respectivos coeficientes de cada peça. Relatório • Comparar o resultado experimental com os resultados teóricos nas seções retas. Qual fórmula se aproxima mais do valor experimental obtido? • Verificar se os valores achados, se aproximam dos valores tabelados para as singularidades. Experimento F Objetivos 45 A calibração do aparelho envolveria a determinação do coeficiente de vazão C para um grande número de valores de vazão, a partir dos quais poderia se desenhar a curva Q = f(Δh). Nesta prática, serão determinados os valores desta constante para alguns valores de vazões determinados. Apresentação do aparato experimental • O Venturi faz parte da instalação de condutos forçados apresentado no (ANEXO F); • Cuba de aferição para medição da vazão; • Piezômetro para a determinação do nível de água na cuba; • Manômetro diferencial de mercúrio para leitura dos desníveis. Procedimento Experimental • Abrir lentamente o registro de alimentação; • Medir o nível inferior na cuba; • Disparar o cronômetro assim que a água começar a entrar na cuba de aferição; • Deixar a instalação funcionando por um período determinado para cada desnível manométrico; • Verificar as leituras no manômetro, para que a leitura seja a pré-determinada; • Cessar a entrada de água na cuba e travar o cronômetro simultaneamente; • Ler no piezômetro o nível superior na cuba; • Esvaziar a cuba por meio do registro se necessário; • Cessar a alimentação do sistema; • Fazer o mesmo processo como nos itens anteriores para os demais desníveis solicitados; Relatório • Cálculo do coeficiente de vazão (constante C), para cada medição feita; • Traçar em papel log-log os pontos experimentais, os desníveis manométricos em mm de Hg nas ordenadas e os valores das vazõesem l/s nas abscissas; • Tabela com os dados de medição. 46 Tabela 6 – Tabela para dados do Venturi. Dados da Aferição Venturi Δh(mmHg) Hinicial (cm) Hfinal (cm) T (s) Volume (m³) Q (m³/s) Q (l/s) C Experimento G Objetivos Determinar as curvas características da bomba (Hm x Q) e do sistema para uma configuração determinada para o ensaio. Procedimento Experimental Determinação da curva característica da bomba Hm x Q: • Ligar a bomba, com ela já em funcionamento e o registro fechado medir a pressão antes no piezômetro e após a bomba com o auxílio do manômetro, referente a vazão nula; • Abrir o registro fazendo com que a pressão seja reduzida até a próxima leitura da escala do manômetro, anotar este valor; • Para a configuração do item anterior, deve-se fazer a leitura da pressão antes da bomba, que representaremos por (P1) e medir a vazão para esta configuração; • Repetir os dois itens anteriores para as outras escalas que deverão ser obtidas no manômetro; • Já com os valores medidos em mãos, confeccionar a curva característica da bomba HmxQ. A altura manométrica é a diferença de pressão entre o piezômetro e o manômetro, que estão em pontos antes e depois da bomba respectivamente. Determinação da curva característica do sistema de tubulação: 47 • Realizar a medição da vazão • Realizar a medição no piezômetro e manômetro; • Medir a altura geométrica Hg; • Com essas medições, calcular o parâmetro “r” que é obtido através da equação geral da bomba: • Hm = Hg + β Qn Dm L (77) Hm = Hg + Δh = Hg + rQn (78) onde, r = βL Dm (79) • Com o valor obtido do parâmetro “r” e o valor da vazão medida confeccionar a curva do sistema; • Apresentar o ponto de operação; • Comparar os resultados obtidos quando o registro estiver totalmente aberto com os valores teóricos. 48 6 CONCLUSÃO Ao fim deste trabalho pode-se ver que o objetivo foi alcançado, com a produção de um material didático de práticas para o laboratório de hidráulica. Esse método que se utiliza da prática como complemento de ensino, é uma forma de obter-se resultados mais precisos, mais satisfatórios para um devido ensaio, é ainda o meio que leva a um melhor entendimento por parte do aluno do assunto abordado. O uso do laboratório didático como meio de ensino para hidráulica, ajuda o aluno a ver de forma mais clara a teoria que lhe é apresentada em sala de aula. Através deste estudo, verificou-se que o material produzido é de suma importância no complemento do estudo teórico de hidráulica, assim sendo capaz de suprir as necessidades dos que vierem a fazer uso deste. 49 REFERÊNCIAS ALMEIDA, A. B. Sistemas Elevatórios e Hidroeléctricos. Disponível em: <https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/2295/54557/1/sistemas_elevatorios.pdf>. Acesso em: 25 fev. 2013. AZEVEDO NETTO, J. M. Manual de Hidráulica. 8ª Ed. – São Paulo: Edgard Blücher, 1998. BRASIL. Ministério da Educação. Secretária da Educação Básica. Parâmetros Curriculares Nacionais. 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Continua... 57 Continuação Continua... 58 Continuação Continua... 59 Continuação Continua... 60 Continuação 61 ANEXO C – Vista Superior, Corte A-A, Corte B-B, Vista 1, Vista 2, Detalhe Funil de Recepção. Continua... 62 Continuação Continua... 63 Continuação Continua... 64 Continuação Continua... 65 Continuação Continua... 66 Continuação 67 ANEXO D – Experimento D – Perda de Carga Singular 68 ANEXO E – Vista e Vista Superior, Seção1, Seção2. Experimento E – Perda de Carga Linear. 69 Continua... Continuação 70 Continua... Continuação 71 ANEXO F – Vista Superior, Vista. – Experimento F – Aferição Venturi. 72 Continua... Continuação 73 ANEXO G – Vista Superior, Vista, Corte 1, Corte 2. – Experimento G –Sistema Elevatório –Recalque. 74 Continua... Continuação 75 Continua... Continuação 76 Continua... Continuação 1 INTRODUÇÃO 2 OBJETIVOS 2.1 GERAL 2.2 ESPECÍFICOS 3 REVISÃO DA LITERATURA 3.1 IMPORTÂNCIA DO LABORATÓRIO DIDÁTICO 3.2 O USO DO LABORATÓRIO DIDÁTICO NO ESTUDO DE HIDRÁULICA 3.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DOS EXPERIMENTOS 3.3.1 Experimento A - canais 3.3.2 Experimento B – Orifícios e Bocais – Esvaziamento de Reservatório 3.3.3 Experimento C – Vertedores 3.3.4 Experimento D, E – perda de carga linear e singular 3.3.5 Experimento F – Aferição Venturi 3.3.6 Experimento G – Recalque 4 MATERIAL E MÉTODOS 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES 6 CONCLUSÃO REFERÊNCIAS ANEXOS
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