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Linguagem atividade 02 - entrevista

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Formulário para Atividade Online – AO 02 
 
Nome da Disciplina: Linguagem, Tecnologias e Produção Textual 
Cursista: 
Polo: 
Tutor: 
Turma: 
 
Atividade: 
 
Eixo 1: Leitura/escuta 
 
Um professor que te inspira em sua cidade. 
 
 Perguntas da entrevista 
 
a) Nome do entrevistado: Cássio Rodrigo P. Silveira 
b) Idade: 41 anos 
c) Onde mora: Residencial Brisas da Mata – Goiânia – Goiás. 
 
Pergunta 1:Conte um pouco de sua história, o que levou você a ser um professor? 
Pergunta 2: Como é o seu dia –a- dia como professor? 
Pergunta 3: Qual é o seu maior desafio no contexto escolar? 
Pergunta 4: Porque você acha que foi escolhido como um professor inspirador? 
Pergunta 5: Conte uma experiência que te marcou em sua jornada profissional. 
 
 Texto 
 
Nosso entrevistado, Professor Cássio Rodrigo Paula Silveira, mora em um bairro da periferia 
de Goiânia, na região Noroeste e atua como professor há 12 anos na Região Norte. Esse 
Mineiro de Campina Verde adotou nosso estado como seu lar e é aqui que tem tentado fazer a 
diferença na vida de seus alunos. Como aluno, o professor Cássio sempre foi curioso e não 
ficava satisfeito com as respostas que recebia das pessoas com quem convivia. Como morava 
no interior, além de brincar com as outra crianças na escola, o local que mais gostava de 
frequentar, além da casa de sua tia Rufina, era a biblioteca municipal, cujo o número de 
matricula ele se lembra até os dias de hoje: 1381. Apesar de uma vida simples, seus pais 
sempre fizeram o possível para incentivá-lo a sempre estudar mais, embora ambos fossem 
sem muita instrução. Contudo, foi no Ensino Médio, que seu desejo de ser professor veio à 
tona. Segundo prof. Cássio, a postura de seus professores e seu desejo de que seus alunos 
não deixassem de estudar, o estimularam a procurar uma cidade com mais recursos, em 
termos de estudos. E foi isso que ele fez: prestou vestibular em duas das maiores cidades 
que ficavam “próximas” da sua. Uma foi Uberlândia que fica a 145 Km de Campina Verde e a 
outra Goiânia, que fica a 450km. 
Passados os tempos de graduação na Universidade Federal de Goiás, o professor foi, enfim, 
para a sala de aula. Seu principal desafio estava em despertar o interesse dos alunos para os 
estudos, uma vez que muitos deles se achavam forçados a estudar e outros não sabiam 
porque estavam ali. “Fiquei um ano neste primeiro emprego e, no final do ano letivo, fomos 
todos desligados pelo Governador que decidiu cancelar todos os contratos das pessoas que 
não moravam no bairro”, diz o professor. Apesar de ter que acordar todos os dias às 4h da 
manhã para pegar o ônibus e chegar a tempo, o que é uma jornada exaustiva somada a 
irregularidade da alimentação, o cansaço das correções de provas e o lançamento das notas 
 
 
em um “diário azul”, o professor queria fazer a diferença para seus alunos, pouco pode fazer 
em um ano. 
Um mês após seu desligamento, foi contratado por outra escola. Seus objetivos não mudaram 
e, enfrentado o primeiro ano de uma turma de ensino médio, começou todo um trabalho de 
conscientização da importância de se fazer o melhor, independente da situação. Neste 
sentido, começou uma série de projetos que pudessem levar seus alunos a conhecerem o que 
é a Universidade e o que é a pesquisa. Passados dois anos, seus frutos começaram a 
aparecer: os alunos que eram desacreditados, inclusive pela própria escola, foram aprovados 
na UFG e em concursos do Exército. O professor percebeu que, a curiosidade, presente em 
toda criança, pode vir à tona se estimulada através da pesquisa. Os alunos ficaram tão 
empolgados com a universidade e a possibilidade de também irem para lá que foi criado um 
projeto chamado “Jornada Científica”. A ideia do projeto seria a Universidade irem até eles. Em 
outras palavras, os alunos fariam no Ensino Médio um pouco do que encontrariam na 
Universidade: no início do ano os alunos receberiam um tema e deveriam pesquisar este tema 
com o auxílio de um orientador. Após as pesquisas elaborariam um projeto parecido com um 
TCC ( trabalho de conclusão de curso) e passariam por uma banca. Após as críticas da banca 
e, tendo feito as correções sugeridas, os alunos deveriam “materializar” o trabalho por meio de 
um experimento que seria exposto a toda a comunidade. Com o passar dos anos, os trabalhos 
foram ficando tão bons que chamaram a atenção dos professores da Pontifícia Universidade 
Católica, que os convidou a participarem da “Semana de Tecnologia”. Seus trabalhos foram 
expostos e submetidos ao mesmo nível de exigência dos alunos de graduação. Acreditar na 
capacidade de seus alunos e elevá-los a um nível de exigência nunca antes colocado não só 
marcou este professor como também seus alunos que aprenderam que “as barreiras que 
existem são aquelas que nós mesmos construímos” , disse o professor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Professor Cássio e seus alunos do Ensino Médio, apresentam trabalho na Semana de 
Tecnologia da PUC.

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