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Vlll. Filosofia e direito na ldade Moderna Jusnaturalismo moderno

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KÜMPEL, Vitor Frederico. Noções gerais de direito e formação humanística. São 
Paulo: Saraiva, 2012, p. 266-276. 
 
Vlll. Filosofia e direito na ldade Moderna Jusnaturalismo 
moderno 
 
Hugo Grócio (1583-1648) 
 
 Sociabilidade – convivência pacífica e organizada → regras: são as fontes do direito → 
direito é o justo que contribui para que ocorra fidelidade (pacta sunt servanda); 
 
 Direito natural é o direito ditado pela reta razão → a reta razão educa o homem, proíbe 
o estado de guerra, ou seja, que o homem seja irracional. Possibilita a ação moralmente 
honesta. 
 
 O Direito não decorre de uma revelação divina, trata-se de um conjunto de normas ditadas 
pela razão humana → fonte do direito → autonomia racional do direito. 
 
 Aqui ainda há que se falar em disciplina moral. 
 
Samuel Pufendorf (1632-1694) 
 
 Direito natural → disciplina jurídica 
 
 Direito a partir da noção do dever; 
 
 Início da filosofia do direito como disciplina jurídica autônoma; 
 
 Seu pensamento teve grande repercussão, inclusive influenciou os ditames da Declaração 
dos Direitos dos Estados Unidos da América; 
 
 Todo direito contém, pela sua essência, uma proibição. 
 
 Direito → função imperativa e não indicativa; 
 
 O mais importe e mais racional princípio do direito natural é a necessidade de viver em 
sociedade (socialitas) → a sociedade possui uma função indicativa → fornece o conteúdo 
do direito natural. 
 
 Criação de uma sistemática jurídica → normas do direito natural: absolutas são as que 
obrigam independente das instituições/homens, sendo assim, são deveres naturais 
absolutos; hipotéticas: pressupõe a existência das instituições para sua existência, um 
exemplo seria o contrato. 
 
 O homem é um ser egoísta e sociável → o caráter egoísta do homem, o amor por si mesmo 
e seus próprios interesses, que o impulsionam para a vida em sociedade. 
 
 
Christian Thomasius (1655-1728): Deve-se procurar aquilo que a faça a vida dos 
homens a mais longa e feliz possível; deve-se evitar tudo o que torna a vida infeliz e 
apressa a morte. 
 
 Interesse pela inteligência e pela vontade → sujeita a paixão e, por isso, pode se inclinar 
para o mal. 
 
 Critica Samuel Pufendorf por que cita pensadores antigos; 
 
 Princípio fundamental do direito natural → vida longa e feliz → paz individual e social; 
 
 Felicidade → dignidade humana; 
 
 Estabeleceu critério teórico de distinção entre ética, política e direito: Ética estuda a 
moral (honestum); Política estuda o decoro (decorum); Jurisprudência estuda o direito 
(justum).

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