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MATERIAIS DENTÁRIOS 1 - SISTEMAS ADESIVOS

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1
 
ISTEFANY DANDARÁ 10/11/2015 
ODONTOLOGIA 2014.1 
 
MATERIAIS DENTÁRIOS – SISTEMAS ADESIVOS 
 Antigamente além de remover o tecido cariado era necessário fazer um desenho para permitir uma 
boa retenção do material restaurador (desgaste de tecido sadio). 
 Nova filosofia: 
1. Valorização da estrutura dentária 
2. Tratamento da doença cárie 
3. Valorização da estética. 
 Princípios de adesão: o estado em que duas superfícies são mantidas unidas, por forças interfaciais, 
as quais podem consistir de forças covalentes, forças de interpenetração mecânica ou ambas. 
 Três tipos de adesão: 
Adesão mecânica: ocorre as custas das irregularidades superficiais (força de atrito) de dois 
aderentes. Ex: amalgama e dentina. 
Adesão física: interação através de ligações secundarias (estão tão próximas que qualquer diferença 
na polaridade faz com que elas se liguem) – ligação de Van Der Walls. 
Adesão química: ocorre ligações covalentes ou iônicas na interface. Ex: CIV 
 A atração entre duas superfícies é desprezível quando suas moléculas superficiais são separadas por 
distancias maiores que 0,7µm. 
 Adesão na odontologia = adesão mecânica + adesivo, formando um sistema de interfaces, onde 
vamos ter o substrato que pode ser a dentina ou o esmalte, material restaurador e a presença de um 
adesivo. Porque se colocar a superfície do dente junto com a do material mesmo que haja o 
polimento da superfície dentária ela nunca vai ser lisa para conseguir uma proximidade de 0,7µm 
entre o material restaurador e superfície dentária, pois quanto maior a rugosidade melhor a adesão 
mecânica, pior para manter a adesão física. Por isso é necessário a presença de um material mais 
fluído (adesivo) entre esses materiais. O adesivo vai cobrir todas as irregularidades e promovendo 
adesão do material restaurador com a superfície dentária. 
 Fatores moduladores (melhoram ou pioram a adesão): 
1. Rugosidade superficial (substrato) – é boa para adesão mecânica, mas é ruim para uma adesão 
física. Capacidade de molhamento (adesivo) 
2. Viscosidade (adesivo). Quanto maior a viscosidade do adesivo, pior o sistema adesivo porque não 
vai molhar bem. 
 
2
 
3. Rugosidade superficial: amplia o potencial para adesão pois há mais sítios para reter o aderente. 
Ex: preparo cavitário e bisel ou condicionamento ácido. Quanto mais rugosidade maior a 
quantidade de superfície de contato, melhor a adesão. 
 Molhamento: capacidade do adesivo de recobrir totalmente o substrato sem incorporar bolhas de ar 
dentro dele. Vai depender da energia superficial e tensão superficial. + ângulo de contato. 
 Adesão ideal: 
- Substrato com alta energia de superfície 
- Adesivo que tenha baixa tensão superficial. 
Como aumenta a energia de superfície do dente? Fazendo limpeza (profilaxia com escova e pasta 
abrasiva) removendo gordura, sujeira... Ou o próprio condicionamento ácido e também o preparo 
cavitário. 
 Viscosidade: um adesivo é efetivo quando além de estar em contato íntimo com o substrato, ele se 
espalha fácil e rapidamente. Pode ser determinado pelo ângulo de contato entre o adesivo e o 
substrato. 
Obs.: Se o ângulo é grande o adesivo não se espalha corretamente (tem alta viscosidade). 
 Ácido fosfórico (H3PO4): aumentou em centenas de vezes a força de união entre esmalte dentário e 
resinas acrílicas. 
 Evolução dos materiais restauradores adesivos: 
Cimento de silicato → Resina acrílica (o condicionamento ácido melhorou a retenção da resina acrílica 
no dente) → Resina composta → Ionômero de vidro → Camada hibrida (interação de como se dá a 
aplicação do ácido fosfórico não só no esmalte, mas também na dentina, e a aplicação do adesivo). 
 Composição básica – sistemas adesivos: 
1. Ácido: condicionar (preparar) o substrato para a adesão. 
- Ácido fosfórico na concentração de 30 a 40%. 37% 
- Presença de espessantes fazendo com que o liquido tenha consistência de gel para controlar 
onde quer condicionar (sílica coloidal). 
2. Primer: modificador de superfície – agente hidrofílico compatível com a dentina úmida que 
possui solventes em sua composição (consegue penetrar na dentina na área que foi condicionada 
e vai proteger o bond da umidade, é o carregador de monômeros resinosos para a dentina). 
3. Bond (hidrofóbico – não tem afinidade com a dentina, que é úmida): parte hidrofóbica do 
material compatível com a resina composta. Tem melhor compatibilidade com a resina 
composta. 
Tensão superficial (no adesivo): força de 
atração entre as moléculas desse liquido do 
centro desse liquido. Essa tensão tem que ser 
menor para que o liquido se espalhe pelo dente. 
Todo sistema adesivo vai ter a 
presença desses componentes, 
só que de maneira diferente. 
 
3
 
 O que vai fazer o ácido fosfórico sobre o esmalte? 
Desmineralização superficial, porém de uma forma seletiva, ele vai criar microporosidades no esmalte, 
ai com isso ele forma um precipitado dentro de cada poro, que é o fosfato monocálcio monohidratado. 
Ai precisa lavar para remover esse precipitado. 
 Lavagem abundante: após o tempo de condicionamento (15 e 30s), consiste em lavar pelo menos 
tempo que ocorreu o condicionamento. Para remover o subproduto do esmalte e abrir a porosidade 
do esmalte. 
 Microscopicamente o que ocorre na superfície do esmalte: ocorre dissolução seletiva dos prismas de 
esmalte com a formação de microporos que vão servir de retenção para o sistema adesivo. 
Tipo I – é o mais ideal. 
Tipo II – é mais fraco do que o tipo I. 
Tipo III – o ácido age lateralmente aos prismas, não tem muita definição e oferecem menor forma de 
adesão. 
 A porosidade alcançada, microscopicamente, pode ser clinicamente confirmada pelo aspecto opaco 
do esmalte recém condicionado devido a alterações no padrão de reflexão da luz. 
 Efeito do ácido fosfórico sobre o esmalte: O que o ác. Faz sobre o esmalte?? 
1. Limpeza e remoção total de cerca de 10µm superficiais = aumento de energia de superfície. 
2. Formação de porosidades de 20µm 
 Ácido clorídrico: ação não seletiva sobre o esmalte. 
Ácido maleico 10%: baixos valores de adesão. 
 Adesão ao esmalte: 
- União estável. 
- Bom vedamento marginal. 
- Proteção do complexo dentino-pulpar. 
- Proteção contra cáries secundárias. 
 Smear Layer (camada de esfregaço): 
- Raspas de dentina 
- Sangue 
- Saliva 
Depois que condiciona, lava e seca a estruturas. 
Clinicamente fica: opaca (muda o padrão de 
reflexão da luz), sem brilho e com manchas 
brancas. (Área que se aplica o ácido. 
Condicionamento ác.: 
Esmalte – 30s 
Dentina – 15s 
 
4
 
- Bactérias 
- Óleo da caneta de alta rotação 
 A evolução dos sistemas adesivos sempre se deu em função do substrato dentinário. 
 Classificação mais antigas dividiam os adesivos em gerações segundo a forma de interação com a 
smear layer. 
 Como age hoje o ácido fosfórico sobre a dentina? 
- Remoção total da smear layer. 
- Desmineralização superficial. 
Obs.: É classificada em smear layer on – sobre toda dentina e smear layer plug – fechando cada túbulo 
dentinário. 
Obs.: diminui a permeabilidade da dentina. 
 Efeito do ácido fosfórico sobre a dentina? 
- Redução do conteúdo mineral. 
- Aumento da porosidade. 
- Aumento da umidade (solução: primer). 
 Primer: monômeros hidrofílicos (penetrar intimamente na trama colágena favorecendo a adesão e 
interagindo com a resina composta) + solvente (carreiam os monômeros resinosos para dentro dos 
túbulos por deslocamento do fluido dentinário). 
 Adesivo: monômeros viscosos e de alto peso molecular (Bis-GMA, TEGDMA). Formação dos TAGS. 
 
 
 
 
 
 
- Aumento no diâmetro dos túbulos 
(ação sobre a dentina peritubular). 
- Exposição das fibras colágenas (ação 
sobre a dentina intertubular). 
Monômeros: HEMA – hidroxi etil 
metacrilato, NPG_GMA e MEP-P. 
Solvente: água, álcool e acetona. 
Promovem uma 
adesão mecânica.

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