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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS FACULDADE DE QUÍMICA FÍSICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL A RELATÓRIO DE DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE DE EQUILÍBRIO PELO MÉTODO DE DISTRIBUIÇÃO BELÉM 2022 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS FACULDADE DE QUÍMICA FÍSICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL A RELATÓRIO DE DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE DE EQUILÍBRIO PELO MÉTODO DE DISTRIBUIÇÃO DISCENTES Relatório apresentado à Faculdade de Química, Universidade Federal do Pará; como requisito parcial para a obtenção das notas finais, referente às práticas laboratoriais na disciplina Físico-Química Experimental A. 2022 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO………………………………………………………………….. 4 2 2 OBJETIVOS……………………………………………………………………... 5 2.1 GERAL …………………………………………………………………………… 5 2.2 ESPECÍFICOS……………………….………………………………….. 5 3 REFERENCIAL TEÓRICO………………………………………………….... 5 4 MATERIAIS E REAGENTES…………………...…………………………….. 5 3.1 MATERIAIS…………………………………………………………………... 5 3.2 REAGENTES………………………………………………………………… 5 4 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS………………………………….….. 6 5 DISCUSSÃO DE RESULTADOS……………………………………………… 7 7 CONCLUSÃO…………………………………………………………………… 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………...………… 10 1 INTRODUÇÃO Muitos fenômenos naturais podem ser explicados através dos equilíbrios químicos e possuem grande importância em processos industriais. Determina-se equilíbrio químico a 3 condição onde a variação das concentrações de reagentes e produtos em um sistema fechado param de acontecer com o decorrer do tempo. Assim, o equilíbrio químico “ocorre quando as reações opostas acontecem a velocidades iguais”, ou seja, a velocidade de formação dos produtos a partir dos reagentes é a mesma velocidade de formação dos reagentes a partir da reação dos produtos. (BROWN) O equilíbrio químico é, portanto, um processo dinâmico onde cada espécie participante da reação se forma exatamente na mesma taxa em que é consumida. Ou seja, as reações direta e inversa acontecem simultaneamente com a mesma velocidade. [2] Em 1864, Cato Maximilian Guldberg e Peter Waage postularam a lei da ação da massa, a qual expressa a relação entre as concentrações, expressa como pressão parcial para gases e centração em quantidade de matéria para soluções, dos reagentes e produtos presentes no equilíbrio em qualquer reação. Considerando a reação hipotética a seguir, aA + bB ⇋ cC + dD (eq. 1) onde A, B, C e D são as espécies químicas envolvidas na reação e a, b, c e d são os coeficientes estequiométricos presentes na equação balanceada. Segundo a lei da ação da massa, o equilíbrio é expresso a seguir, quando reagentes e produtos estiverem em solução, com as concentrações em quantidade de matéria. Keq = [C]c [D]d/ [A]a [B]b (eq. 2) Esta relação é chamada de constante de equilíbrio, sendo o valor numérico obtido na substituição das concentrações molares reais no equilíbrio na expressão da constante de equilíbrio, podendo este valor ser muito grande ou pequeno. Dessa forma, a ordem de grandeza da constante de equilíbrio nos informa sobre a composição de uma mistura em equilíbrio. 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral 4 Determinar a constante de equilíbrio através do método de distribuição. 2.2 Objetivos específicos Analisar o comportamento de um soluto em presença de dois solventes não miscíveis; Determinar o coeficiente de distribuição do iodo em água e tetracloreto de carbono; Determinar a constante de equilíbrio da reação rápida I2 + I- ⇋ I3-. 3 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 Equilíbrio Químico No equilíbrio químico a velocidade na qual os produtos são formados a partir da reação dos produtos é igual à velocidade de formação dos reagentes a partir dos produtos. [2] 3.2 A constante de equilíbrio A constante de equilíbrio é o valor numérico obtido na substituição das pressões parciais ou concentrações molares no equilíbrio na expressão da constante de equilíbrio, dada pela expressão a seguir, Keq = [C]c [D]d/ [A]a [B]b 4.1 Materiais Os seguintes materiais foram utilizados na realização da prática: 4 erlenmeyers de 250 mL, 4 termômetros, 4 balões volumétricos de 100 mL, 1 banho termostático, 4 pipetas volumétricas de (1 mL, 5 mL, 25 mL e 50 mL), 4 pêras, 4 buretas de 50 mL. 4.2 Reagentes Para o desenvolvimento da prática utilizou-se os seguintes reagentes: 3 g de iodo metálico, 75 mL de (CCl4), 500 mL de (Kl) 0,1M, 50 mL de (Na2S2O3) 0,01M, 100 mL de solução de amido 5% (p/p). 5 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 5 Para a realização da prática experimental foi preparada uma solução saturada, a partir da dissolução de 3 g de iodo em 75 mL de CHCL3 em banho termostático a 25ºC e depois filtrar o excesso de iodo onde se obtém uma solução de iodo de 0,25M. Transferir 25 mL dessa solução para um erlenmeyer, adicionar em seguida 100 mL de água destilada e deixar em banho termostático a 25ºC. após 60 minutos o equilíbrio da solução foi obtido. Transferir 50 mL da fase aquosa para um erlenmeyer de 250 mL que contenha 5 mL de uma solução de Kl 0,1 M. adicionar 1 ml da solução de amido 5% p/p e titular com Na2S2O3 0,01M. Na etapa 2 foi inserido em 3 erlenmeyer de 500 mL as soluções: solução saturada de iodo em CHCL3, CHCL3 e solução de Kl de 0,1M. logo em seguida fechar os três frascos e colocar em banho termostático à temperatura de 25ºC por 1h agitando a cada 10 minutos e deixar no banho até as camadas se separarem perfeitamente. Retirar 10 mL da fase aquosa e titular com Na2S2O3 0,1M, em seguida adicionar Kl. 6 RESULTADOS E DISCUSSÃO 6 6.1 – Determinação da constante de equilíbrio pelo método de distribuição 6.1.1 – Determinação da constante de distribuição Dispondo da prática de determinação da constante de equilíbrio pelo método de distribuição, através da molaridade de Na2S2O3 titulado pode-se calcular a concentração de I2 presente nas fases orgânica e inorgânica. Tabela 01. Dados experimentais das titulações realizadas em fase aquosa e orgânica: TITULAÇÕES COM Na2S2O3 (0,01M) VOLUME GASTO NAS TITULAÇÕES (mL) FASE AQUOSA 6,8 mL FASE ORGÂNICA 105,9 Observação: Em função da indisponibilidade de tempo e perda da quantidade necessária para realização da prática de determinação de constante de equilíbrio pelo método de distribuição, foram fornecidos os dados pelo docente para realização do tratamento de dados para fundamentação dos resultados e discussão desta prática. Da solução formada pelo tiossulfato de sódio titulante obtêm-se as seguintes reações: 2 S2O32- + I2 S4O6-2 + I- 2 S2O32- + I3 S4O6-2 + 3 I- ● FASE AQUOSA (INORGÂNICA) Através da molaridade foi calculado o número de mols de Na2S2O3 gasto em determinado volume na titulação realizada. M = n / V (L) (1) Onde: M = molaridade (mol/L) n = número de mols (mol) 7 V = volume (L) Realizando as manipulações adequadas para se saber o número de mol têm-se: n = M / V (2) Substituindo-se a molaridade do tiossulfato e o volume gasto do mesmo em titulação. n = (0,01 mol/L x 6,8.10-3L) = 6,8.10-5 mols de Na2S2O3. (3) Como a proporção de tiossulfato de sódio para I2 corresponde a 2:1 calcula-se o número de mols de I2. n = (6,8.10-5 mols de Na2S2O3) (1 mol de I2) / (2 mols de Na2S2O3) = 3,4.10-5 mols de I2. Desta forma, através da molaridade calcula-se a quantidade de Iodo contida em 56 mL de solução a ser titulada contendo 50mL da fase aquosa + 1 mL de amido 5% (p/p) e 5 mL de Iodeto de potássio (KI). M = (3,4.10-5 mols de I2) / (56.10-3 L de solução) = 6,071.10-4 mol/L (4) FASE ORGÂNICA Da mesma forma realizou-se os cálculos de número de mol e concentração para a fase orgânica. n = (0,01 mol/L x 105,9.10-3 L) = 1,059.10-3 mols de Na2S2O3. (5) Realizando a distribuição pela proporção de tiossulfato de sódio para I2 correspondente a 2:1. n = (1,059.10-3 mols de Na2S2O3)(1 mol de I2) / (2 mols deNa2S2O3) = 5,295.10-4 mols de I2. Adicionando a fórmula da molaridade ao volume total de 11mL obtêm-se: M = (5,295.10-4 mols de I2) / (11.10-3 L de solução) = 0,04813 mol/L (6) Substituindo as concentrações encontradas, encontrou-se uma constante de distribuição de 79,27, como toda distribuição de iodo entre um solvente orgânico e a água é de 85, o erro percentual foi de 6,74%. 8 7 CONCLUSÃO Na prática de determinação da constante de equilíbrio pelo método de distribuição, observou-se o comportamento do iodo em diferentes reagentes onde pode ser possível observar uma maior afinidade do mesmo em solução apolar com solvente orgânico de clorofórmio, divergente da hidrólise em água, caracterizada como polar. Deste modo, observa-se através da iodometria como eficaz para se calcular a constante de equilíbrio de um reação envolvendo um titulante de Na2S2O2 com iodo em suas formas de iodo, iodeto e triiodeto. 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] BROWN; LEMAY; BURSTEN. Química a Ciência Central. 9ª ed. São Paulo. Pearson. 2005. [2] Universidade Federal de Minas Gerais – ICEx - Departamento de Química Fundamentos de Química Analítica. Ione Maria F de Oliveira, Maria José de S F da Silva, Simone de F B Tófani. 2009. Disponível em https://www2.ufjf.br/quimicaead//files/2013/05/FQAnalitica_Aula2.pdf. Acesso em 19/10/2022. [3] ATKINS P.; DE PAULA J. Físico-Química. Vol. 1. 9ª ed. Rio de Janeiro. LTC. 2012. 10 https://www2.ufjf.br/quimicaead//files/2013/05/FQAnalitica_Aula2.pdf
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