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Universidade Federal de Uberlândia Instituto de Química Físico Química Experimental PRÁTICA 7: Determinação de Volumes Parciais Molares Uberlândia - MG Novembro - 2022 1. Sumário 1. Sumário.................................................................................................................2 2. Introdução..............................................................................................................3 3. Materiais e métodos..............................................................................................3 4. Resultados e discussões ......................................................................................5 5. Conclusão……………………………………………….................................……….7 6. Referências Bibliográficas.....................................................................................7 2 2. Introdução As quantidades parciais molares definem como uma determinada propriedade extensiva de uma solução varia com a composição molar da mistura. Dentre as propriedades parciais, o volume parcial molar é a quantidade mais fácil de ser visualizada, sendo esta definida como a contribuição volumétrica que um componente tem para o volume total da solução. Sendo assim, o volume parcial molar de uma substância A em um mistura, é a variação de volume total da mistura provocada pela adição de um mol de A (S.F. VASCONCELOS. F. J. F. CHAVES, C. V. FERNANDES, N. SILVA, H. BISPO, 2014). Tal modificação resulta em uma variação das forças intermoleculares que agem entre as moléculas, sendo esta a responsável pela variação das propriedades extensivas de uma solução (ATKINS, 1999). De maneira geral, podemos dizer que uma grandeza parcial molar é a contribuição (por mol) que uma substância faz a uma propriedade total da mistura. A grandeza parcial molar que melhor ilustra esse conceito é a o volume parcial molar de uma substância. Temos que ter em mente que apesar de 1 mol de uma substância, quando pura, ter o seu volume característico, 1 mol dessa mesma substância quando parte de uma mistura com outra substância pode contribuir diferentemente para o volume total da mistura. A princípio isso pode parecer estranho; pois como pode uma substância que ocupa um dado volume quando misturada a outra pode resultar numa contribuição diferente ao volume total da mistura? Temos que levar em conta que a moléculas interagem de modo distinto quando estão na sua forma pura e nas misturas. Volumes parciais molares são grandezas muito apropriadas para tratamento de misturas reais, incluindo soluções, o qual os volumes dos componentes iniciais não se comportam de maneira linear a contribuição ao volume final. Para um sistema binário composto por componentes A e B, o volume parcial molar do componente A é dado por: (Eq.1)𝑉 𝐴 = ∂ν ∂η 4 ( ) 𝑇,𝑃,𝑛𝑏 Sendo V o volume total,nA o número de mols de A. O volume parcial de A é então a variação do volume por mol de A adicionado quando uma quantidade infinitesimal de A é adicionado a solução a pressão e temperatura constantes. O volume total de solução binária é determinado pela adição de quantidades de cada componente: (Eq. 2)𝑉 = η 𝐴 𝑉 𝐴 + η 𝐵 𝑉 𝐵 3 Sendo VA e VB os volumes parciais molares de A e B, respectivamente. O volume total de uma solução molar (nT=1) pode ser expressa da seguinte maneira: (Eq. 3)𝑉 = 𝑋 𝐴 𝑉 𝐴 + 𝑋 𝐵 𝑉 𝐵 Onde xA e xB são as frações molares dos componentes A e B. É possível então determinar o volume parcial molar de componentes de uma mistura e então determinar o volume total molar da solução (Eq.2) ou qualquer quantidade presente na solução (Eq.3). 3. Materiais e Métodos Materiais: - Álcool etílico absoluto PA - Água destilada - 2 pipetas graduadas de 10 mL - 2 béqueres de 250 mL - 9 frascos de vidro com tampa cap. 100 mL - 01 picnômetro de 10 mL - Pêra de borracha - Papel higiênico - 01 termômetro de vidro escala -10/110 °C - Termostato Métodos: Inicialmente fez-se a calibração do picnômetro, pesando a massa de sua capacidade volumétrica de água, com densidade conhecida. Em seguida,os frascos âmbar foram tarados e com uma pipeta foi adicionado água gota a gota, seguindo as massas dadas na tabela.Após isso o frasco com água foi novamente tarado e adicionou-se a quantidade de álcool faltante. Ao atingir o peso desejado, o frasco foi rapidamente tampado. Depois de completar todos os frascos, o picnômetro foi preenchido com cada uma das misturas conhecidas e em seguida pesado com o cuidado de verificar o volume e secando exteriormente quando necessário. 4 4. Resultados e Discussões Realizada a calibração do picnômetro, obteve-se: ● massa do picnômetro vazio e seco ⇒ 𝑚 𝑝𝑖𝑐 = 13, 4745 ● massa do picnômetro com água ⇒ 23, 8804 Os dados obtidos no procedimento experimental para as massas de água ( ) e de𝑚 𝐻 2 𝑂 etanol ( ) e respectivos cálculos estão contidos na Tabela 1.𝑚 𝐸𝑡𝑂𝐻 Para , e , utilizou-se como valores de volumes molares dos líquidos puros𝑉 𝑖𝑑 𝑉 𝐻 2 𝑂 𝑉 𝐸𝑡𝑂𝐻 à 20ºC: para a água e para o etanol.18, 073 𝑚𝐿. 𝑚𝑜𝑙−1 58, 277 𝑚𝐿. 𝑚𝑜𝑙−1 Para e utilizou-se como valores de massa molar: para a água𝑛 𝐻 2 𝑂 𝑛 𝐸𝑡𝑂𝐻 18, 02 𝑔. 𝑚𝑜𝑙−1 e para o etanol.46, 08 𝑔. 𝑚𝑜𝑙−1 Tabela 1. Dados e cálculos. 𝑓𝑟𝑎𝑠𝑐𝑜 𝑚 𝐻 2 𝑂 (𝑔) 𝑛 𝐻 2 𝑂 𝑚 𝐸𝑡𝑂𝐻 (𝑔) 𝑛 𝐸𝑡𝑂𝐻 𝑛 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑋 𝐻 2 𝑂 𝑋 𝐸𝑡𝑂𝐻 𝑚 𝑝𝑖𝑐 (𝑔) 𝑚 𝑠𝑓 (𝑔) 1 1,348 0,074 30,600 0,664 0,738 0,101 0,900 21,843 40,317 2 2,879 0,159 29,358 0,637 0,796 0,199 0,800 21,965 40,728 3 4,708 0,261 27,895 0,605 0,866 0,301 0,699 22,127 41,256 4 6,849 0,380 26,207 0,569 0,949 0,400 0,600 22,355 41,937 5 9,442 0,523 24,144 0,524 1,047 0,499 0,500 22,592 42,706 6 12,643 0,701 21,847 0,474 1,175 0,596 0,403 22,716 43,732 7 16,767 0,930 18,357 0,398 1,328 0,700 0,300 22,738 44,388 8 22,095 1,226 14,143 0,307 1,533 0,799 0,200 23,810 46,574 9 29,494 1,636 8,349 0,181 1,817 0,900 0,100 23,253 47,622 5 𝑓𝑟𝑎𝑠𝑐𝑜 ρ 𝑠𝑓 (𝑔. 𝑚𝐿−3) 𝑉 𝑟 (𝑚𝐿) 𝑉 𝑟 𝑉 𝑖𝑑 ∆𝑚𝑉 𝑑(∆𝑚𝑉) 𝑑(𝑋 𝐻 2 𝑂 ) 𝑉 𝐻 2 𝑂 𝑉 𝐸𝑡𝑂𝐻 1 3,874 8,247 54,275 2 3,914 8,236 50,218 3 3,965 8,223 46,176 4 4,030 8,202 42,195 5 4,104 8,184 38,156 6 4,203 8,206 34,257 7 4,266 8,233 30,134 8 4,476 8,096 26,096 9 4,576 8,270 22,093 Utilizando como e como , realizou-se regressão polinomial (Equação 1), e𝑋 𝐻 2 𝑂 𝑥 ∆𝑚𝑉 𝑦 os pontos obtidos foram plotados no Gráfico 1. (Equação 1)𝑦 = 𝑎 + 𝑏𝑥 + 𝑐𝑥2 Gráfico 1. em função de .𝑋 𝐻 2 𝑂 ∆𝑚𝑉 O gráfico possibilitou observar que a curva está XXXXXXXX Tendo e , calculou-se através da Equação 2, obtendo:𝑉 𝐻 2 𝑂 𝑉 𝐸𝑡𝑂𝐻 𝒱 𝑟 𝒱 𝑟 = 𝑥𝑥𝑥 (Equação 2)𝒱 𝑟 = 𝑉 𝐻 2 𝑂 . 𝑋 𝐻 2 𝑂 + 𝑉 𝐸𝑡𝑂𝐻 .𝑋 𝐸𝑡𝑂𝐻 Comparando e (experimental), observou-se que XXXXXXXXX𝒱 𝑟 𝑉 𝑟 6 Por fim, os valores de e foram calculados através das Equações 3.1 e 3.2𝑉 𝐻 2 𝑂 𝑉 𝐸𝑡𝑂𝐻 (respectivamente), obtidas através da Equação 3 – que é uma derivação da Equação 2. (Equação 3)𝑑(∆𝑚𝑉) 𝑑(𝑋 𝐻 2 𝑂 ) = 𝑏 + 2𝑐. 𝑋 𝐻 2 𝑂 (Equação 3.1)𝑉 𝐻 2 𝑂 = ∆𝑚𝑉 − ( 𝑑(∆𝑚𝑉) 𝑑(𝑋 𝐻 2 𝑂 ) )𝑋 𝐸𝑡𝑂𝐻 + 𝘝 𝐻 2 𝑂 (Equação 3.2)𝑉 𝐸𝑡𝑂𝐻 = ∆𝑚𝑉 − ( 𝑑(∆𝑚𝑉) 𝑑(𝑋 𝐻 2 𝑂 ) )𝑋 𝐻 2 𝑂 + 𝘝 𝐸𝑡𝑂𝐻 Com isso, obteve-se: 𝑉 𝐻 2 𝑂 = 𝑥𝑥𝑥𝑥 𝑉 𝐸𝑡𝑂𝐻 = 𝑥𝑥𝑥𝑥𝑥 Plotando estes dados no eixo de um gráfico, tendo como , obteve-se a reta𝑦 𝑋 𝐻 2 𝑂 𝑥 secante à curva, observado no Gráfico 2. Gráfico 2. e em função de .𝑉 𝐻 2 𝑂 𝑉 𝐸𝑡𝑂𝐻 𝑋 𝐻 2 𝑂 5. Conclusão 6. Referências Bibliográficas 1. BROWN, T. L, LEMAY, BURSTERn Química: A ciência central, 9ª ed., 2005 2. ATKINS, Peter; PAULA, Julio de. Físico-Química. Vol. 1. Local: LTC, 2008, 3. http://engenhariaquimica.webnode.com.pt/galeria-de-fotos/ 7 4. www.demec.ufmg.br/disciplinas/ema890/aula11.pdf 5. CHANG, Raymond. Físico Química para as ciências químicas e biológicas. 3ªed.São Paulo: McGraw-Hill, v. 1. p. 232-235, 2008. 6. QF431- Físico-Química, Prof. Dr. Ricardo Aparício. Acesso ao link: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5570120/mod_resource/content/1/Notas%20de %20Aula%20-%20UNICAMP%20-%20QF431_1s2010.pdf. 7. Aula 09, Univap. Acesso ao link: https://www1.univap.br/spilling/FQE2/FQE2_EXP7_Eletrolitos.pdf. [8] An undergraduate experiment in physical chemistry: adsorption and bulk properties of alcohol-water mixtures based on surface tension measurements Michelly C. dos Santos; Aline P. Moraes; Maykon A. Lemes; Emília C. D. Lima; Anselmo E. de Oliveira. Instituto de Química, Universidade Federal de Goiás. 8 https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5570120/mod_resource/content/1/Notas%20de%20Aula%20-%20UNICAMP%20-%20QF431_1s2010.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5570120/mod_resource/content/1/Notas%20de%20Aula%20-%20UNICAMP%20-%20QF431_1s2010.pdf https://www1.univap.br/spilling/FQE2/FQE2_EXP7_Eletrolitos.pdf
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