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PROCESSO PENAL II - Dos procedimentos criminais

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PROCESSO PENAL II 
DOS PROCEDIEMENTOS CRIMINAIS 
Duas espécies de processo penal: 
1. Processo penal de conhecimento 
2. Processo penal de execução (ou execução penal) 
 
OBS: não se fala, no brasil, sobre processo penal cautelar, pois acrescemos aos nossos 
processos a medida cautelar 
 
O estudo dos procedimentos: 
PROCESSO (O FAZER): remete à existência de uma pretensão acusatória deduzida em juízo, 
frente a um órgão jurisdicional, estabelecendo situações jurídico-processuais dinâmicas, que 
dão origem a expectativas, perspectivas, chances, cargas e liberação de cargas, pelas quais as 
partes atravessam rumo a uma sentença favorável (ou desfavorável, conforme o 
aproveitamento das chances e liberação ou não de cargas e assunção de riscos). 
 Condições iniciais: possibilidade jurídica do pedido, interesse de agir e a legitimidade das 
partes (ad causam) 
 
PROCEDIMENTO (O MODO QUE É FEITO - atos regulamente formalizados): entende-se o lado 
formal da atuação judicial, o conjunto de normas reguladoras do processo ou ainda o caminho 
(iter) ou itinerário que percorrem a pretensão acusatória e a resistência defensiva, a fim de 
que obtenham a satisfação do órgão jurisdicional. 
 RITO/ORDEM (que será diferente de acordo com a natureza do delito ou da pessoa 
envolvida) 
 SITUAÇÕES JURÍDICAS QUE CONSTITUEM O PROCESSO 
 Tem efeito progressivo, sendo regressivo em casos excepcional, se verificado que se deve 
'refazer o que foi feito com defeito') 
 Nexo genético: ato posterior depende da prática de um antecedente 
 São indisponíveis 
 Constituem uma garantia ao réu 
 
OS RITOS (art. 394) 
Art. 394.  O procedimento será comum ou especial.        
§ 1o  O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo:            
I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou 
superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;            
II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 
4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;       
III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da 
lei.         
§ 2o  Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em 
contrário deste Código ou de lei especial.     
§ 3o  Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o procedimento observará as 
disposições estabelecidas nos arts. 406 a 497 deste Código.           
§ 4o  As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os 
procedimentos penais de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código.           
§ 5o  Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo 
as disposições do procedimento ordinário.  
 
1. RITO COMUM: 
A. Ordinário (=+4): crime cuja pena máxima cominada for igual ou superior a 4 anos e está 
disciplinado nos arts. 395 a 405 do CPP. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art406
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art395
B. Sumário (-4 +2): crime cuja pena máxima cominada for inferior a 4 anos (e superior a 2, 
pois, se a pena máxima for igual ou inferior a 2 anos, segue-se o rito sumaríssimo) e está 
disciplinado nos arts. 531 a 538 do CPP. 
C. Sumaríssimo (=-2): crime de menor potencial ofensivo (pena máxima igual ou inferior a 2 
anos) está previsto no Código de Processo Penal, mas disciplinado na Lei n. 9.099/95 (a Lei 
n. 11.313/2006 apenas ampliou o conceito de menor potencial ofensivo), sendo o rito 
sumaríssimo (ou sumariíssimo, como define a Lei) disciplinado nos art. 77 a 83, além dos 
institutos da composição dos danos civis, transação penal e suspensão condicional do 
processo (respectivamente arts. 74, 76 e 89 da Lei n. 9.099). 
 
2. RITO ESPECIAL: 
A. Responsabilidade dos funcionários públicos (art. 513 a 518 CPP) 
B. Contra a honra (art. 519 a 523 CPP) 
C. Contra a propriedade imaterial (art. 524 a 530-A CPP e lei 9.279/96) 
D. Crime da competência do júri (art. 406 a 497 CPP) 
 
CRITÉRIOS QUE ORIENTAM OS RITOS: 
Gravidade do crime: aqui foi adotada a quantidade de pena aplicada, conforme acabamos de 
referir. 
Natureza do delito: partindo da natureza do bem jurídico tutelado, estabelece o processo 
penal um rito especial para os crimes dolosos contra a vida (arts. 406 a 497); tóxicos (Lei n. 
11.343); honra (arts. 519 a 523); crimes falimentares (Lei n. 11.101), entre outros. 
Qualidade do agente: isso explica o rito especial para os crimes praticados por servidores 
públicos e também aquele desenhado pela Lei n. 8.038 para os que gozam de prerrogativa de 
função. 
 
OBS: O rito comum é subsidiário, primeiro se observa se àquela situação se encaixa algum 
especial. 
 
 
 
A. O RITO ORDINÁRIO (art. 395 a 405 CPP): +4 
 
 
1.Denúncia ou queixa: conforme o crime, a ação penal será de iniciativa pública ou privada, 
sendo exercida através de denúncia ou queixa. A acusação deverá preencher os requisitos do 
art. 41 do CPP, bem como estarem presentes as condições da ação, sob pena de rejeição 
liminar (art. 395). 
 Se recebida, o juiz ordena a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no 
prazo de 10 dias. 
 Não cabe recurso à o recebimento da denúncia ou queixa, mas cabe quando a rejeição da 
mesma ou quando o réu for absolvido (seguindo a lógica de prever recurso para qualquer 
forma de beneficiar o réu) 
 
Pré-requisitos da denúncia ou queixa: 
Art. 41.  A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas 
circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, 
a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. 
o Resguarda o princípio: 
 Da obrigatoriedade 
 Ampla defesa: a impedir que qualquer pessoa seja acusada senão por fatos certos, 
determinados e descritos de forma clara e objetiva pelo acusador 
o 8 testemunhas (art. 401) 
o Se os outros tipos de provas forem suficientes, não é obrigatório apresentar 
testemunhas. 
o Juiz não está vinculado à classificação jurídica feita pelo acusador, podendo corrigi-la 
nos termos do art. 383 do CPP antes de proferir a sentença, podendo ele receber e, 
posteriormente modificar. 
o Quando as responsabilidade penais, devem estas serem certas e determinadas, 
podendo haver uma investigação, antes do decorrer do rito, pra verificar tal situação. 
Podendo, em casos de grande complexibilidade objetiva (situação fática) ou subjetiva 
(número de agentes), aceitar a denúncia genérica. 
 A denúncia alternativa é plenamente vedada, pois ela inequivocamente 
impossibilidade a plenitude da defesa. 
o A queixa, no entanto, deve ser sempre certa e determinada, não admitindo genérica 
ou alternativa (pois não tem justificativa para se utilizar dessas duas). 
 
 
1.1.Rejeição liminar (questão formal): de acordo com o art.396 o juiz pode rejeitar se couber 
nos casos definidos no art. 395, poderá o juiz rejeitar liminarmente a acusação, como 
explicaremos a seguir. 
o Se for identificado, no curso do processo, a presença de casos de rejeição devem ser 
anulados todos os atos que são posteriores a ele 
 
Art. 395.  A denúncia ou queixa será rejeitada quando:       
I - for manifestamente inepta (analisa a questão formal, apenas) 
 Diante dela, poderá o acusador: 
 oferecer nova denúncia (ou queixa se for o caso, mas sem descuidar do prazo 
decadencial) descrevendo e individualizando claramente a(s) conduta(s) 
praticada(s) por cada agente; 
 recorrer em sentido estrito, nos termos do art. 581, I, do CPP. 
 
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; 
 Pressupostos processuais: 
 De existência: partes, juiz e demanda (uma acusação); sem isso não haveria o 
nascimento da relação processual     
 De validade: juiz competente, imparcial (ausência de causas de suspeição e 
impedimento), capacidade para prática dos atos processuais,legitimidade 
postulatória, citação válida e elementos de nulidade do feito. 
 Como regra, anulam-se o ato e os derivados, mantendo-se o processo no seu todo 
Já as  
 Condições de procedibilidade ou condições da ação (prática de fato aparentemente 
criminoso; punibilidade concreta; legitimidade de parte e justa causa) são 
fundamentais, se não houver dever ser rejeitada pelo inciso II. 
 Por não haver julgamento de mérito, poderá ser a acusação novamente exercida, 
desde que satisfeita as condições necessárias 
 
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. 
 A justa causa é uma condição de ação 
 Cabe recurso, com base no art. 581,I. 
 Quando a rejeição por falta de justa causa tiver por fundamento a ausência de provas 
suficientes de autoria e materialidade, pensamos que essa decisão produzirá apenas 
coisa julgada formal. Havendo novos elementos, nada impede que a acusação seja 
novamente formulada. 
 
OBS: CITAÇÃO 
Quando o acusado não é encontrado para ser citado, determina o art. 366 do CPP que se faça 
a citação por edital, e, não comparecendo o acusado, nem constituindo defensor, ficam 
suspensos o processo e o curso do prazo prescricional. 
 PODE O JUIZ: DECRETAR PRISÃO PREVENTIVA COM REQUISITOS (ART. 312 E 313) OU 
PRODUZIR PROVA URGENTE 
 DEVE O JUIZ: SUSPENDER O PROCESSO + SUSPENDER A PRESCRIÇÃO 
Situação diversa é a “ausência”, prevista no art. 367 do CPP, em que o acusado é citado 
pessoalmente e não comparece. Nesse caso, o processo pode seguir seu curso sem a presença 
do réu (art. 396-A 2° e 367) 
 
 
3.Resposta à acusação (art. 396): regularmente citado, deverá o réu apresentar “resposta à 
acusação”, por escrito, no prazo de 10 dias. 
 Trata-se de peça obrigatória (instrumento de defesa técnica), pois, se não apresentada, 
deverá o juiz nomear defensor para oferecê-la. 
o Voltamos a advertir que o § 2º do art. 396-A deve ser reservado para os casos em que 
a citação se deu pessoalmente (logo, inaplicável nos casos de citação por edital ou por 
hora certa). Assim, somente quando o réu for citado pessoalmente e não apresentar 
resposta à acusação, é que poderá o juiz nomear um defensor para realizar a defesa 
técnica e continuar a marcha do processo. 
 Do contrário, deverá aplicar a regra do art. 366 do CPP, suspendendo o processo e 
a prescrição até que o réu seja encontrado. 
 Art. 396-A: É o momento em que o imputado poderá arguir defeitos (ou nulidades, se 
preferirem a terminologia clássica) da denúncia ou queixa e alegar tudo o que interesse à 
sua defesa (ou, estrategicamente, deixar de aduzir agora questões que prefira reservar 
para os debates finais), juntar documentos, indicar suas provas, bem como arrolar 
testemunhas. 
 8 testemunhas no ordinário e 5 no sumário 
 É nesse momento, mas em peça separada, que deverão ser opostas as exceções previstas 
no art. 95 do CPP. 
 Tipos de exceções: 
 Dilatórias (I. suspeição e II. incompetência do juízo): o processo continua 
 Peremptórias (III. Litispendência; IV. Ilegitimidade de parte; V. coisa julgada): o 
processo para 
 
4.Absolvição Sumária (art. 397 - questões vinculadas ao mérito, que geram coisa julgada 
material): após a resposta escrita, abre-se a possibilidade – art. 397 – de o juiz absolver 
sumariamente o réu, pondo fim ao processo, quando: 
I e II . existir manifesta causa de exclusão da ilicitude ou culpabilidade (exceto a 
inimputabilidade, pois nesse caso o processo continuará seu curso), o 
III . fato narrado evidentemente não constituir crime (atipicidade) ou 
IV . estiver extinta a punibilidade do agente (prescrição, decadência, ou outra causa prevista 
no art. 107 do CP ou lei extravagante). 
OBS: a extinção do crime, não significa que ele ganhou/perdeu, significa que o Estado não 
pode mais punir pois perdeu o Direito 
Art. 61.  Em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer extinta a punibilidade, deverá 
declará-lo de ofício. 
 
 Ou seja, deve-se praticar fato aparentemente criminoso e ter punibilidade concreta. 
 São questões intimamente vinculadas ao mérito, ao elemento objetivo da pretensão 
acusatória, e dizem respeito a interesse da defesa, que, como regra, acabam sendo 
alegados (e demonstrados) depois, na resposta preliminar do art. 396-A. 
 Isso é possível pois agora ele tem elementos da denúncia e da defesa, e agora ele pode 
ter mais clareza, pra isso precisa ter plena convicção 
 PODE HAVER RECURSO DE APELAÇÃO (art. 593, I CPP), EXCETO: a decisão que “absolve 
sumariamente” por estar extinta a punibilidade é impugnável pela via do recurso em 
sentido estrito, art. 581, VIII, do CPP. 
 
OBS: o fato do juiz não absolver não significa que está antevendo a sentença. 
 
RESUMO SOBRE O ACOLHIMENTO DO JUIZ 
a) se a causa de exclusão da ilicitude ou culpabilidade estiver demonstrada no momento em que 
é oferecida a denúncia ou queixa, poderá o juiz rejeitá-la, com base no art. 395, II (falta uma 
condição da ação penal, qual seja, a prática de um fato aparentemente criminoso); 
b) se o convencimento do juiz (sobre a existência da causa e exclusão da ilicitude ou da 
culpabilidade) somente for atingido após a resposta do acusado, o processo já terá completado 
a sua formação, eis que realizada a citação do acusado (art. 363 do CPP), proferindo o juiz a 
decisão de absolvição sumária (art. 397). 
 
Obs: se em outro momento o juiz percebe que deveria ter extinguido o feito no recebimento 
da denúncia, deve se avaliar se é possível modificar e continuar o processo, por tanto ele pode 
desconstituir o ato do recebimento, anulando-o, para, a seguir, proferir uma nova decisão, 
agora de rejeição liminar. Ou, nada impede, que o juiz desconstitua seu ato e a seguir pratique 
aquele juridicamente mais adequado, até porque, se o ato foi feito com defeito, pode e deve 
ser refeito, regra básica do sistema de invalidades processuais. 
 - OU SEJA, NÃO EXISTE IMPEDIMENTO DO JUIZ REVISAR A DECISÃO QUE REBEU NA 
DENÚNCIA, PRA A LUZ DOS ARGUMENTOS E PROVAS TRAZIDO NA RESPOSTA DO RÉU, REJEITÁ-
LA. 
 
5.Audiencia de instrução ou julgamento (art. 399 e 400 CPP) 
 Prazo de 60 dias para ocorrer (caso não ocorra a rejeição ou a absolvição sumária) 
 Momento de produção e coleta de provas (seja testemunhal, pericial ou documental), ao 
final dela se produz a sentença 
 Art. 399, 2° (princípio da identidade física do juiz): aquele que presidiu a coleta da 
prova deve ser o mesmo que ao final julgue 
 Para esse ato, serão as partes intimadas (logo, o réu é citado para apresentar resposta 
escrita e intimado para a instrução, onde será interrogado) e requisitado o acusado se 
estiver preso. 
 A oitiva: 
 1°: a vítima 
 2°: as testemunhas (acusação e depois a defesa, o contrário gera ato defeituoso 
insanável, que conduz a nulidade) 
 Pode desistir da testemunha, porém, se a outra parte insistir na oitiva, assim 
deverá proceder o juiz, não havendo divergência, ela não será ouvida 
 A oitiva de testemunhas por carta precatória ou rogatória não influi na ordem com 
que devem ser ouvidas as demais testemunhas (logo, não há inversão) 
 
 3°: esclarecimento dos peritos, acareações e reconhecimento de pessoas e coisa 
 § 2o  Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das 
partes. 
 4° (último ato de instrução): interrogatório 
 Aqui o réu pode exercer seu direito de silêncio (autodefesa negativa ou positiva) 
 Obrigatória a presença de um defensor (art. 185 a 196 CPP) 
 Art. 403: Os memoriais (ou alegações finais orais) constituem um momento crucial do 
processo, onde cada uma das partes fará uma minuciosa análise do material 
probatório e fará sua última manifestação no processo. Após elas, os autos irão 
conclusos para sentença do juiz. É a oportunidade de desenvolver as teses acusatória e 
defensiva, nas dimensões fáticas e jurídicas, buscando a captura psíquica do julgador. 
As alegações finais defensivas podem arguir questões preliminares e demérito, 
fazendo, ao final, os respectivos pedidos. 
 20 min cada, podendo ser estendida por mais 10 min 
 Considerando a complexidade do caso ou o número excessivo de acusados, 
poderão as partes requerer que as alegações finais orais sejam substituídas por 
memoriais, que, uma vez deferidos pelo juiz, deverão ser apresentados no prazo 
de 5 dias (sucessivos, iniciando pela acusação). Nesse caso, deverá o juiz proferir 
sentença em 10 dias. 
 
OBS: art. 394-A: os processos que apurem a prática de crime hediondo terão prioridade de 
tramitação em todas as instâncias 
 
 
 
B. RITO SUMÁRIO (ART. 531 A 538 CPP): -4 ou +2 
DIFERENÇAS: 
 Prazo para a audiência de instrução (art. 531): 30 dias 
 Número de testemunhas (art. 532): 5 
 
Por fim, o rito sumário somente será utilizado quando não for cabível o sumaríssimo, previsto 
na Lei n. 9.099, portanto, nos crimes cuja pena máxima cominada for inferior a 4 anos e 
superior a 2, pois, se a pena máxima for igual ou inferior a 2 anos, segue-se o rito sumaríssimo 
dos Juizados Especiais Criminais. 
 
 
C. RITO SUMARÍSSIMO (JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL): Lei. 9.099/95 (=-2) 
O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, 
informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a 
reparação dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade. 
(ART. 62) 
 
Competência: 
 Contravenções penais 
 Infrações penais de menor potencial ofensivo 
 Crimes de pena máxima de 2 anos (art. 61) 
 Art. 63. A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a 
infração penal 
 
Em regra é juizado especial ESTADUAL, mas pode ser levado a federal se: 
Quanto à competência do JECrim no âmbito federal, deverão ser observados dois critérios 
cumulativos: 
 que o delito praticado seja de competência da justiça federal, logo, que se encaixe 
numa daquelas situações previstas no art. 109 da Constituição; 
 que o crime tenha uma pena máxima não superior a dois anos ou seja apenado 
exclusivamente com multa. 
 
Casos de aumento de pena: deve-se atender a pena máxima 
a) incide a causa de aumento no máximo e a de diminuição no mínimo166; 
b) o resultado dessa operação deve ser uma pena máxima não superior a 2 anos, do contrário, 
extrapola a competência do JECrim. 
 
Agente cometeu mais de um crime (Súmulas 723 STF e 243 STJ): deve-se atender a pena 
máxima, se não de forma isolada são levados ao tribunal do juri 
a) se o agente praticar dois ou mais crimes em concurso material, deve-se somar as penas 
máximas em abstrato; 
b) sendo concurso formal ou crime continuado, deve-se considerar o maior aumento, sempre 
buscando a pena máxima. 
 
OBS: ALTERAÇÃO DE COMPETÊNCIA: 
Art. 66 da lei 9.099/95: não encontrado o acusado para ser citado, o juiz encaminhará as peças 
existentes ao juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei 
 
 
O PROCEDIMENTO NO JUIZADO ESPECIAL: 
 
 
 
 
 
A CITAÇÃO 
Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por 
mandado. 
Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças 
existentes ao Juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei. 
 
Os casos do 366 não podem ocorrer no JECrim e não sendo encontrado o réu para realização 
da citação real, não poderá o juiz do JECrim determinar a citação por edital. O processo deve 
ser redistribuído para que, no juízo comum, seja feita a citação por edital e, caso não 
compareça, seja determinada a suspensão do processo e da prescrição. 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9786553620520/epub/OEBPS/notas3.xhtml#footnote-089
 Portanto somente quando o réu é encontrado ou comparecer a audiência preliminar, 
o feito terá sua regular tramitação 
 
Com relação à prisão em flagrante, para além do disposto no parágrafo único do art. 69, não se 
pode esquecer que estamos diante de delito de menor potencial ofensivo, onde é incabível a 
prisão preventiva. Daí por que, mesmo que o flagrante fosse lavrado (o que a Lei pretende 
evitar), não cabe prisão preventiva (diante da pouca gravidade do fato), sendo sempre 
aplicável o disciplinado no art. 310, parágrafo único, do CPP. 
 possibilidade de conceder-se uma liberdade provisória mais ampla, ágil e menos 
gravosa para o réu, que será o compromisso de comparecer ao Juizado, sem 
pagamento de fiança 
 
 
1.TCO (Termo circunstância ocorrencial): fase policial 
 Substitui o inquérito policial 
 Formulário realizado pelo delegado de polícia, informações do autor, vítima, narração do 
fato e indicar as possíveis testemunhas. 
 PROCEDIMENTO: Tomando ciência da ocorrência de uma IMPO, a autoridade policial não 
instaurará inquérito policial, essa é a primeira distinção. A autoridade, nestes casos, deverá 
lavrar o que se chama de Termo Circunstanciado de Ocorrência, na forma do art. 69 da Lei, e 
o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-
se as requisições dos exames periciais necessários. 
 
 
2.AUDIÊNCIA PRELIMINAR (CONCILIAÇÃO) OU TRANSAÇÃO PENAL (art. 60): se conseguir um 
acordo finaliza aqui , se não, segue pra outra fase do procedimento. 
2.1: PRELIMINAR: tem por objeto de acordo tudo aquilo que caberia no cível (pedido de 
desculpa, arrependimento, retratação...) 
2.2.:TRANSAÇÃO PENAL (AUTOR E MP-art. 76): propor um acordo dando referência as penas 
alternativas, isso é uma baliza 
 
3.DENÚNCIA OU QUEIXA 
4.CITAÇÃO DO RÉU: 
Oferecida a denúncia ou queixa, será o réu citado para a audiência de instrução e julgamento. 
No mandado de citação deverá constar ainda a necessidade de fazer-se o réu acompanhar de 
advogado, bem como da prova testemunhal que pretende produzir. Caso alguma das 
testemunhas da defesa necessite ser intimada, deverá o defensor providenciar o requerimento 
cinco dias antes da realização dessa audiência. 
 
5.AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO 
Presentes as partes, deverá verificar o Juiz se já foi realizada a tentativa de conciliação e a 
transação penal. Caso não tenham sido ainda realizadas, deverá então propô-las (ART. 77 diz 
que não pode propor) 
 Em regra acontecem todos os atos em uma única audiência, porém pode o juiz separa-los 
e marcar diferentes momentos 
 
5.1. APRESENTAÇÃO DA DEFESA (antecipação do contraditório): Nos termos do art. 81 da Lei 
n. 9.099, aberta a audiência, deverá o juiz oportunizar que a defesa responda a acusação, 
oralmente. 
o Pode convencer o juiz de não receber a denúncia 
o É o momento em que poderão ser arguidas quaisquer das causas de rejeição liminar 
(art. 395 do CPP) ou de absolvição sumária (art. 397 do CPP), 
 pois nos termos do art. 394, § 5º, do CPP, aplicam-se ao procedimento 
sumaríssimo, subsidiariamente, as novas disposições do procedimento ordinário. 
 Assim, poderá alegar a inépcia da inicial ou a falta de qualquer das condições da 
ação (ou seja, que o fato narrado, evidentemente, não constitui crime, que está 
extinta a punibilidade, há ilegitimidade de parte ou falta de justa causa) 
 
5.2. RECEBIMENTO DA DENÚNCIA E QUEIXA: 
O Juiz, em decisão fundamentada – art. 93, IX, da Constituição Federal – receberá ou rejeitará 
a denúncia ou queixa. Da decisão que rejeitar, caberá recurso de apelação, disciplinado no art. 
82 da Lei n. 9.099. Da decisão que recebe a acusação, seguindo a mesma orientação do Código 
de Processo Penal, não cabe recurso, sendo o habeas corpus o único instrumento da defesa 
para trancar um processo infundado (e não trancar a ação penal). 
 
5.3. VÍTIMA-TESTEMUNHAS: Recebida a peça acusatória, iniciará o Juiz a instrução, ouvindo-se 
a vítima, as testemunhas arroladas pela acusação e, após, as testemunhas arroladas pela 
defesa. 
o As testemunhas não precisão ser indicadas antes, podem ser levadas no dia 
 
5.4. INTERROGATÓRIO (art. 400 e 531): O interrogatório do réu é o último ato dainstrução, e, 
após ele, será dada a palavra ao Ministério Público ou ao querelante, se for o caso, e, após, à 
defesa, para que se efetive o debate oral. 
 
5.5. ALEGAÇÕES FINAIS: debate oral 
 
5.5. SENTENÇA: A sentença, da qual se dispensa o relatório, será prolatada em audiência, 
sendo as partes imediatamente intimadas. Dessa decisão caberão embargos declaratórios 
e/ou apelação.

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