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Processo Penal - Infrações e Procedimentos Criminais Especiais INQUÉRITO POLICIAL Indiciamento (indícios de autoria e prova da materialidade Prov. 188/2018 delitiva): MP + Juiz (ou) Não indiciamento: MP + Juiz para arquivar. Provimento 188/2018 autoriza atividade de investigação a ser realizada pelo advogado criminalista, na esfera da vida privada, para apurar irregularidades na investigação em curso. O advogado pode entregar só o que beneficia o seu cliente, ao Delegado. Se busca elementos que possam trazer benefícios. ● Arquivamento não se dá por deliberação do Delegado de Polícia, mas sim por determinação do juiz. Se, após o arquivamento, surgirem novas provas, se autoriza a abertura de ação penal. Nomenclaturas da fase pré-processual: - Suspeito; - Investigado; - Não-indiciado; - Indiciado. Linha do Tempo - Processo Penal 1) MP: Oferecimento da Denúncia com indícios de: a) Autoria + b) Materialidade (direta ou indireta) = acusado; 2) Juiz: Recebimento da Denúncia reconhecendo haver indícios de: a) Autoria + b) Materialidade = réu; art. 93, IX CF/88: dever funcional do juiz; 3) Defesa: Prazo para resposta à acusação (10 dias) - pode alegar tudo a respeito da sua defesa, requerer a realização de diligências, provas e apresentar as testemunhas; 4) Juiz: designa audiência de instrução processual; 5) Audiência = procedimento uno, com garantia do réu da ordem para exercício da ampla defesa: 1) testemunhas acusação; 2) testemunha defesa; 3) interrogatório do réu; ENCERRADA A INSTRUÇÃO A) Defesa: apresenta memoriais Orais (5 dias) - que podem ser convertidos para memoriais escritos, se o juiz determinar, pela complexidade da causa e/ou diversidade de réus; B) Sentença; C) Recursos; D) Revisão Criminal. Quantas audiência no processo penal? O ideal é UMA. Unicidade característica. Revisão Criminal: Prova (testemunha e/ou documento) Ação de justificação para depois entrar com a Revisão Criminal. Se não envolver prova, pode entrar direto com pedido de revisão criminal. Abuso sexual Ex.: 5 anos - IP + AÇÃO CAUTELAR + AÇÃO PENAL. Audiência de custódia: casos de prisão em flagrante para atestar que a) Crime autoriza prisão; b) Inocorrência de tortura. PROCEDIMENTO Art. 394 CPP É garantia das regras que serão adotadas no processo. Procedimento não se confunde com processo, pois são situações distintas. 1) O procedimento é uma sucessão de atos que fornecem regularidade ao andamento processual. 2) O processo trata de trazer formas com as quais o procedimento será utilizado, garantindo-se o contraditório judicial. O procedimento será comum ou especial (Parte especial do CPP ou Lei Especial - extravagante. Ex.: Lei de drogas/lavagem de $ etc) ● O procedimento comum será: a) Ordinário; b) Sumário; c) Sumaríssimo Lei n. 9.099/95 (JEC’s e JECrim’s) Como realizar a identificação de um procedimento? Através do “quantum” de uma pena abstratamente cominada ao delito. # Art. 394, CPP informa qual o procedimento que deve ser utilizado. Regra: o procedimento será comum ordinário, porque a maioria dos crimes praticados no Brasil tem pena = ou > 4 anos. Exceção: o procedimento será sumário, sumaríssimo ou procedimento de lei especial. OBS.: Nestes casos, aplica-se o procedimento comum ordinário subsidiariamente. ART. 394, §1º CPP: I - Pena igual ou superior a 4 anos: procedimento ordinário; II - Pena inferior a 4 anos: procedimento sumário; III - Crimes de menor potencial ofensivo: Sumaríssimo. ART. 394 CPP: O procedimento será comum ou especial. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). § 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 2o Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário deste Código ou de lei especial. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 3o Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o procedimento observará as disposições estabelecidas nos arts. 406 a 497 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 4o As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 5o Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). ART. 394-A CPP: Os processos que apurem a prática de crime hediondo terão prioridade de tramitação em todas as instâncias. (Incluído pela Lei nº 13.285, de 2016). Ex.: Art. 213 CP - Pena máxima: 10 anos = Rito ordinário Ex.: Art. 306 CTB - Pena máxima: 3 anos = Rito sumário Lei Especial: verificar se há procedimento especial Instrução processual Ex.: Art. 33 da Lei 11.343/06 - Pena: 15 anos Lei Especial: procedimento determinado pela Lei de Drogas e, subsidiariamente, onde a Lei de Drogas for omissa ou não for benéfica para o réu, o CPP no que couber. Se o procedimento prejudicar o agente, subsidiariamente, eu utilizo o procedimento comum ordinário. Ex.: Art. 129 CP - Pena: 1 ano Lei 9.099/95 Violência doméstica Lei Especial determina o procedimento # Gênero # Violência doméstica Lei 11.340/06 c/c art. 394, §1º, I CPP + §5º Subsidiariamente ordinário - cuidar qual a instrução processual. CRIMES HEDIONDOS # Cuidado: Alteração legislativa (Lei n. 13.285/16) - art. 394-A CPP Atenção: nos casos de crimes hediondos, o processo terá uma tramitação especial (pra ontem). Lei n. 8.072/90 Lei dos Crimes Hediondos (diz quais são hediondos e quais são equiparados) A inclusão do art. 394-A ao CPP segue a regra do art. 2º do CPP, “tempus regit actum”, devendo ser aplicado imediatamente a todos os processos em andamento. Posso aplicar aos delitos equiparados a hediondo? Por interpretação extensiva, aplica-se a regra contida no art. 3º do CPP, autorizando que os efeitos da tramitação especial possam ser aplicados aos crimes equiparados aos hediondos. 3T: 1. Tráfico 2. Terrorismo 3. Tortura OBS.: É possível aplicar o art. 394-A do CPP no caso de ações autônomas de impugnação, quais sejam: - Habeas Corpus; - Revisão Criminal; - Mandado de Segurança Quando há negativa de acesso aos autos do IP. OFERECIMENTO DA DENÚNCIA O MP pode, com o recebimento do IP, fazer: I - Oferecer denúncia/queixa, havendo indícios de autoria e prova da materialidade; II - Não oferecer a denúncia/queixa mas requerer o arquivamento com base no art. 28 CPP; III - Requerer que novas diligência sejam realizadas pela autoridade policial. ART. 28 CPP: Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisãoministerial para fins de homologação, na forma da lei. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) § 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de 30 (trinta) dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, Estados e Municípios, a revisão do arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada pela chefia do órgão a quem couber a sua representação judicial. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) PROVA NOVA Se o IP for arquivado e sobrevier prova nova, a autoridade policial deve “solicitar” ao juiz a reabertura do IP. O juiz é quem vai decidir se o IP será reaberto. O Promotor de Justiça é quem “requer” a reabertura do IP. ART. 28, segunda parte, CPP: o juiz pode não concordar com o pedido de arquivamento e: a) encaminhar para o PGR, que pode: 1. oferecer a denúncia; 2. encaminhar para outro membro do MP; b) outro membro do MP oferece a denúncia ou não. O que o juiz pode fazer quando há indícios de autoria e prova da materialidade delitiva: - Com o oferecimento da denúncia ou queixa: I) Receber a denúncia: art. 396 + 396-A. Cuidado com art. 406 CPP; II) Rejeitar a denúncia: art. 395 CPP (injúria, justa-causa ou inépcia da ação - ausência de pressupostos processuais); III) Não receber a denúncia ou queixa: art. 581, I CPP. A ação penal inicia com o recebimento da denúncia. Recebimento da Denúncia Resposta à acusação (art. 396 + 396-A CPP) Sempre que aparecer a palavra “recebo”, a peça será resposta à acusação (OAB) com fundamento no art. 396 + 396-A CPP. Exceção: Júri, fundamento é art. 406 CPP. PRAZO RESPOSTA À ACUSAÇÃO 10 dias corridos Quando começa a contar? Da citação pessoal, única e exclusivamente. É o que dá início ao movimento processual, impulsiona o início. OBS.: Ver §1º e §3º do art. 798 CPP. Excluir o dia de início e incluir o dia final (termo) que precisa ser útil. ART. 396 CPP: Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). ART. 396-A CPP: Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 1o A exceção será processada em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 2o Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). ART. 406 CPP: O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará a citação do acusado para responder a acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) Prorroga mais um dia se o dia final for feriado ou fim de semana RITO ORDINÁRIO Resposta à acusação: usa tudo que interesse a defesa ART. 798, §1º e §3º CPP - Prazo: 10 dias (dá início ao processo) ART. 798 CPP: Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremptórios, não se interrompendo por férias, domingo ou dia feriado. § 1o Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento. § 2o A terminação dos prazos será certificada nos autos pelo escrivão; será, porém, considerado findo o prazo, ainda que omitida aquela formalidade, se feita a prova do dia em que começou a correr. § 3o O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se-á prorrogado até o dia útil imediato. § 4o Não correrão os prazos, se houver impedimento do juiz, força maior, ou obstáculo judicial oposto pela parte contrária. § 5o Salvo os casos expressos, os prazos correrão: a) da intimação; b) da audiência ou sessão em que for proferida a decisão, se a ela estiver presente a parte; c) do dia em que a parte manifestar nos autos ciência inequívoca da sentença ou despacho. Importa é que o primeiro dia do prazo seja útil. Os feriados intercorrentes no prazo, não são considerados porque o prazo é corrido. ART. 396 + 396-A CPP: ● DIligência; ● Prova; ● Testemunhas - o nº de test. se dá pelo nº de fatos (entendimento doutrinário); ○ Rito ordinário: 8 por fato criminoso. Quem não presta compromisso não entra na contagem (pessoas abonatórias e informantes) ● Contraditar oitivas do IP. - Breve síntese fático-processual; - Erros do IP; - Esconde estratégia defensiva Todo resto aparece na resposta à acusação. ART. 399 CPP: Designação da audiência de instrução - intimação ART. 399 CPP: Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). § 1º O acusado preso será requisitado para comparecer ao interrogatório, devendo o poder público providenciar sua apresentação. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 2º O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Ordem de oitivas - art. 400 CPP: 1º) Vítima/ofendido (se houver); 2º) Testemunha da acusação; 3º) Testemunha da defesa; 4º) Interrogatório do Réu. ORDEM = VINCULADO AO CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA ART. 400 CPP: Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). § 1º As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 2º Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das partes. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). JUIZ DAS GARANTIAS ART. 3º-A CPP: O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) - Julgar o habeas corpus antes do oferecimento da denúncia (antes era o Tribunal de Justiça); https://brasil.mylex.net/legislacao/codigo-processo-penal-cpp-art222_25079.html - Homologação do acordo de não-persecução penal. ART. 3º-B CPP:O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-lhe especialmente: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) I - receber a comunicação imediata da prisão, nos termos do inciso LXII do caput do art. 5º da Constituição Federal; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) II - receber o auto da prisão em flagrante para o controle da legalidade da prisão, observado o disposto no art. 310 deste Código; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) III - zelar pela observância dos direitos do preso, podendo determinar que este seja conduzido à sua presença, a qualquer tempo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) IV - ser informado sobre a instauração de qualquer investigação criminal; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) V - decidir sobre o requerimento de prisão provisória ou outra medida cautelar, observado o disposto no § 1º deste artigo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) VI - prorrogar a prisão provisória ou outra medida cautelar, bem como substituí-las ou revogá-las, assegurado, no primeiro caso, o exercício do contraditório em audiência pública e oral, na forma do disposto neste Código ou em legislação especial pertinente; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) VII - decidir sobre o requerimento de produção antecipada de provas consideradas urgentes e não repetíveis, assegurados o contraditório e a ampla defesa em audiência pública e oral; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, estando o investigado preso, em vista das razões apresentadas pela autoridade policial e observado o disposto no § 2º deste artigo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) IX - determinar o trancamento do inquérito policial quando não houver fundamento razoável para sua instauração ou prosseguimento; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) X - requisitar documentos, laudos e informações ao delegado de polícia sobre o andamento da investigação; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) XI - decidir sobre os requerimentos de: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) a) interceptação telefônica, do fluxo de comunicações em sistemas de informática e telemática ou de outras formas de comunicação; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) b) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de dados e telefônico; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) c) busca e apreensão domiciliar; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) d) acesso a informações sigilosas; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) e) outros meios de obtenção da prova que restrinjam direitos fundamentais do investigado; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) XII - julgar o habeas corpus impetrado antes do oferecimento da denúncia; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) XIII - determinar a instauração de incidente de insanidade mental; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou queixa, nos termos do art. 399 deste Código; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) XV - assegurar prontamente, quando se fizer necessário, o direito outorgado ao investigado e ao seu defensor de acesso a todos os elementos informativos e provas produzidos no âmbito da investigação criminal, salvo no que concerne, estritamente, às diligências em andamento; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) XVI - deferir pedido de admissão de assistente técnico para acompanhar a produção da perícia; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) XVII - decidir sobre a homologação de acordo de não persecução penal ou os de colaboração premiada, quando formalizados durante a investigação; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) XVIII - outras matérias inerentes às atribuições definidas no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 1º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) ART. 3º-C CPP: A competência do juiz das garantias abrange todas as infrações penais, exceto as de menor potencial ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa na forma do art. 399 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões pendentes serão decididas pelo juiz da instrução e julgamento. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias não vinculam o juiz da instrução e julgamento, que, após o recebimento da denúncia ou queixa, deverá reexaminar a necessidade das medidas cautelares em curso, no prazo máximo de 10 (dez) dias. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 3º Os autos que compõem as matérias de competência do juiz das garantias ficarão acautelados na secretaria desse juízo, à disposição do Ministério Público e da defesa, e não serão apensados aos autos do processo enviados ao juiz da instrução e julgamento, ressalvados os documentos relativos às provas irrepetíveis, medidas de obtenção de provas ou de antecipação de provas, que deverão ser remetidos para apensamento em apartado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso aos autos acautelados na secretaria do juízo das garantias. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) ART. 3º-D CPP: O juiz que, na fase de investigação, praticar qualquer ato incluído nas competências dos arts. 4º e 5º deste Código ficará impedido de funcionar no processo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Parágrafo único. Nas comarcas em que funcionar apenas um juiz, os tribunais criarão um sistema de rodízio de magistrados, a fim de atender às disposições deste Capítulo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) ART. 3º-E CPP: O juiz das garantias será designado conforme as normas de organização judiciária da União, dos Estados e do Distrito Federal, observando critérios objetivos a serem periodicamente divulgados pelo respectivo tribunal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) ART. 3º-F CPP: O juiz das garantias deverá assegurar o cumprimento das regras para o tratamento dos presos, impedindo o acordo ou ajuste de qualquer autoridade com órgãos da imprensa para explorar a imagem da pessoa submetida à prisão, sob pena de responsabilidade civil, administrativa e penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Parágrafo único. Por meio de regulamento, as autoridades deverão disciplinar, em 180 (cento e oitenta) dias, o modo pelo qual as informações sobre a realização da prisão e a identidade do preso serão, de modo padronizado e respeitada a programação normativa aludida no caput deste artigo, transmitidas à imprensa, assegurados a efetividade da persecução penal, o direito à informação e a dignidade da pessoa submetida à prisão. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) ART. 3º-F CPP c/c lei de abuso de autoridade faz viger porque não está suspensa. Norma que exige nova leipara considerar crime. Orientação n. 1/2020 do MP/RS. ART. 14-A CPP: Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no art. 144 da Constituição Federal figurarem como investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares e demais procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos relacionados ao uso da força letal praticados no exercício profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as situações dispostas no art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), o indiciado poderá constituir defensor. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado deverá ser citado da instauração do procedimento investigatório, podendo constituir defensor no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a contar do recebimento da citação. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com ausência de nomeação de defensor pelo investigado, a autoridade responsável pela investigação deverá intimar a instituição a que estava vinculado o investigado à época da ocorrência dos fatos, para que essa, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, indique defensor para a representação do investigado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 6º As disposições constantes deste artigo se aplicam aos servidores militares vinculados às instituições dispostas no art. 142 da Constituição Federal, desde que os fatos investigados digam respeito a missões para a Garantia da Lei e da Ordem. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) ART. 23 CP - Excludente de ilicitude. ART. 28 CPP: Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) O artigo 28 CPP continua surtindo efeitos. MP requer arquivamento, juiz pode: I) Determinar o arquivamento ou II) Insistir no oferecimento. Neste caso, deve encaminhar para o PGR, que pode a) oferecer a denúncia/queixa; b) Insistir no arquivamento; c) Encaminhar para outro Membro do MP oferecer a denúncia. Art. 28 CPP do Pacote Anti-crime está suspenso por determinação do Min. Fux desde fevereiro. ART. 2º CPP: Lei processual penal possui aplicação imediata. Princípio da aplicação imediata. - Lei anti-crime: atos já praticados serão considerados válidos; - Réu citado sob vigência de lei anterior, continua valendo, aplica-se a lei nova de imediato. LEI HÍBRIDA/MISTA Exceção à regra do art. 2º CPP Alteração legislativa que possui direito material + processual. Pacote anti-crime é híbrido. STF: Lei híbrida - a retroatividade benéfica deve ser aplicada. MP: Percebe não ser caso de arquivamento, portanto, caberia oferecimento da denúncia. Ocorre que, ao invés de oferecer a denúncia, opta, segundo art. 28-A do CPP (que está valendo) pelo acordo de não-persecução penal. ACORDO DE NÃO-PERSECUÇÃO PENAL: a) Confissão; b) Crime cometido sem violência ou grave ameaça; c) Pena mínima RECORRER: Justiça Estadual PGE Justiça Federal 2ª Câmara Criminal Revisional do MPF §9º - Vítima é intimada da homologação do acordo. ART. 28-A CPP A proposta de acordo precisa ser formalizada por escrito. Realizada a proposta direcionada ao investigado ao seu defensor. OBS.: As partes que verificam o acordo (MP + Investigado/Defensor) Juiz realiza audiência, nesta audiÊncia aquilo que foi dito pelo investigado durante o IP (verificar a confissão) será checado pelo juiz. REQUISITOS PARA O ACORDO - ART. 28-A CPP Juiz precisa decidir sobre a proposta de acordo: a) Requisitos do art. 28-A CPP; b) Se o acordo está dentro dos parâmetros legais (se o acordo não é abusivo, insuficiente e/ou inadequado) O acordo poderá ser homologado: 1) Com homologação, inicia a execução penal (Vara de Execuções Criminais). O acordo gera a extinção da punibilidade do agente. 2) Não realizada a homologação ou não realizado acordo o MP pode: a) Requisitar diligências no IP; b) Oferecer a denúncia/queixa. §12º - Não gera antecedentes criminais. ART. 28-A CPP: Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de fazê-lo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério Público como instrumentos, produto ou proveito do crime; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à pena mínima cominada ao delito diminuída de um a dois terços, em local a ser indicado pelo juízo da execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a entidade pública ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo da execução, que tenha, preferencialmente, como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo delito; ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público, desde que proporcional e compatível com a infração penal imputada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito a que se refere o caput deste artigo, serão consideradas as causas de aumento e diminuição aplicáveis ao caso concreto. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 2º O disposto no caput deste artigo não se aplica nas seguintes hipóteses: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais Criminais, nos termos da lei; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos probatórios que indiquem conduta criminal habitual, reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as infrações penais pretéritas; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento da infração, em acordo de não persecução penal, transação penal ou suspensão condicional do processo; e (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) IV - nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou praticados contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, em favor do agressor.(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 3º O acordo de não persecução penal será formalizado por escrito e será firmado pelo membro do Ministério Público, pelo investigado e por seu defensor. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 4º Para a homologação do acordo de não persecução penal, será realizada audiência na qual o juiz deverá verificar a sua voluntariedade, por meio da oitiva do investigado na presença do seu defensor, e sua legalidade. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 5º Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes ou abusivas as condições dispostas no acordo de não persecução penal, devolverá os autos ao Ministério Público para que seja reformulada a proposta de acordo, com concordância do investigado e seu defensor. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 6º Homologado judicialmente o acordo de não persecução penal, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para que inicie sua execução perante o juízo de execução penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 7º O juiz poderá recusar homologação à proposta que não atender aos requisitos legais ou quando não for realizada a adequação a que se refere o § 5º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 8º Recusada a homologação, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para a análise da necessidade de complementação das investigações ou o oferecimento da denúncia. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 9º A vítima será intimada da homologação do acordo de não persecução penal e de seu descumprimento. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 10. Descumpridas quaisquer das condições estipuladas no acordo de não persecução penal, o Ministério Público deverá comunicar ao juízo, para fins de sua rescisão e posterior oferecimento de denúncia. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 11. O descumprimento do acordo de não persecução penal pelo investigado também poderá ser utilizado pelo Ministério Público como justificativa para o eventual não oferecimento de suspensão condicional do processo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 12. A celebração e o cumprimento do acordo de não persecução penal não constarão de certidão de antecedentes criminais, exceto para os fins previstos no inciso III do § 2º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 13. Cumprido integralmente o acordo de não persecução penal, o juízo competente decretará a extinção de punibilidade. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 14. No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em propor o acordo de não persecução penal, o investigado poderá requerer a remessa dos autos a órgão superior, na forma do art. 28 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Juiz pode: 1) Homologar acordo; 2) Readequar o acordo: a) ausência dos requisitos do art. 28-A; b) abusivo, inadequado ou insuficiente; 3) Recusar-se a homologar o acordo. Cabe recurso em sentido estrito (RSE) - art. 581, XXV CPP (5 dias + 2 dias) ANTES X DEPOIS PACOTE ANTI-CRIME (ART. 28 CPP) ART. 28 CPP (ANTES DO PACOTE) ART. 28 CPP (COM PACOTE) - MP não oferece a denúncia; - Juiz pode remeter ao PGeral; - PGeral pode: a) Requisitar outro membro do MP; b) Oferecer a denúncia; c) Insistir no arquivamento; - Juiz é quem determina o arquivamento. - MP determina o arquivamento para instância ministerial homologar o arquivamento. SUSPENSO ATÉ O JULGAMENTO DA AÇÃO 6305/STF Não existe mais controle judicial sobre o arquivamento, pois o controle fica a cargo do MP. OBS.: MP decide sobre arquivamento do Inquérito e essa manifestação pelo arquivamento passa a ser restrita ao MP. OBS.: O juiz, por necessidade de imparcialidade, não decide mais sobre o arquivamento. Enunciado 8/2020: CNPG e GNCCRIM - A nova redação do artigo 28 do Código de Processo Penal, em harmonia com o princípio acusatório, dispõe que o arquivamento do inquérito policial não se reveste mais de um mero pedido, requerimento ou promoção, mas de verdadeira decisão de não acusar, isto é, o promotor natural decide não proceder à ação penal pública, de acordo com critérios de legalidade e oportunidade, tendo em vista o interesse público e as diretrizes de política criminal definidas pelo próprio Ministério Público. Juiz pode: 1) Receber a denúncia: resposta à acusação (581 CPP - Ordinário e Sumário | 406 - Procedimento do Trib. do Jurí); 2) Rejeitar a denúncia: art. 395 CPP - ver art. 41 CPP; 3) Não receber a denúncia: art. 581, I CPP - MP faz aditamento da denúncia. ART. 395 CPP: A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). I - for manifestamente inepta; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). ART. 41 CPP: A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. ART. 581 CPP: Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: I - que não receber a denúncia ou a queixa; II - que concluir pela incompetência do juízo; III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição; IV - que pronunciar ou impronunciar o réu; (Revogado) IV – que pronunciar o réu; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) V – que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, ou indeferir requerimento de prisão preventiva, no caso do artigo 312; (Revogado) V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva, ou relaxar prisão em flagrante. (Redação dada pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) (Revogado) V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante; (Redação dada pela Lei nº 7.780, de 22.6.1989) VI - que absolver o réu, nos casos do art. 411; (Revogado pela Lei nº 11.689, de 2008) VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor; VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade; IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da punibilidade; X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus; XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena; XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional; XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte; XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir; XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta; XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial; XVII - que decidir sobre a unificação de penas; XVIII - que decidir o incidente de falsidade; XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado; XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra; XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774; XXII - que revogar a medida de segurança; XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que alei admita a revogação; XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples. XXV - que recusar homologação à proposta de acordo de não persecução penal, previsto no art. 28-A desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) NÃO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA Art. 395 CPP I. Inépcia: a importância reside na descrição fática narrada pelo MP. Tipificação errada: art. 383 “emendatio libelli”. Juiz terá até a fase da sentença para modificar o tipo penal errado. Na inépcia o que importa é que tenha um erro na descrição do fato criminoso. II. Pressuposto processual ou condições da ação: legitimidade etc.; III. Falta de justa-causa. ● Prova mínima Requisito (inciso III, 395) Havendo hipótese do art. 395 - Rito ordinário ou sumário Majoritariamente cabe RSE (581 CPP - 5 dias + 2 dias) Lei n. 9.099/95 Rito Sumaríssimo art. 82 Cabe apelação PROCEDIMENTO ORDINÁRIO INSTRUÇÃO PROCESSUAL ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA - ART. 397 CPP ART. 397 CPP: Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). IV - extinta a punibilidade do agente. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). ART. 399 CPP: Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). § 1º O acusado preso será requisitado para comparecer ao interrogatório, devendo o poder público providenciar sua apresentação. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 2º O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Designada audiência de instrução Ordena intimação das partes O juiz que presidir a instrução, deve proferir a sentença, pois foi quem teve contato com as provas do processo Exceções: licenças etc. Juízes distintos (audiência de instrução e sentenciante) enseja nulidade processual em atenção ao princípio do juiz natural. ART. 400 CPP Prazo máximo: 60 dias ● Nesta ordem: a) Declaração do ofendido; b) Inquirição das testemunhas de acusação e após defesa; c) Peritos para esclarecimentos; d) Acareação e reconhecimento de pessoas e coisas; e) Interrogatório do réu. A regra é que ocorra somente UMA audiência (unicidade de julgamento). Em regra, o réu deve estar presente em todos os atos processuais. Se uma pergunta da defesa for indeferida, pedir para consignar em ata explicando que ela é fundamental para a tese defensiva (ampla defesa fica prejudicada) mas não dizer qual é a pergunta. Verificar ao final da audiência se constou na ata e só depois assinar. - Testemunhas: máximo de 8 por fato criminoso (entendimento doutrinário). Se houver desistência de testemunha a parte pode desistir. O juiz nem o MP podem interferir na desistência. Se interferir, precisa fundamentar porque indeferiu a desistência (209 CPP) - Testemunha referida. Uma vez produzidas as provas em audiência, MP/querelante/acusado podem solicitar novas diligências. Caso a defesa realize o requerimento de diligências e o juiz indeferir o pedido defensivo, caberá impetração de habeas corpus com fundamento no cerceamento de defesa. Há, neste caso, possibilidade de correição parcial que é feita no Tribunal (peça atípica) na hipótese do juiz agir contra legem. Juiz não gosta de correição parcial, mas a lei autoriza, réu tem direito. Caberá correição parcial quando o juiz decidir contra legem do que a lei disser um direito do réu. Correição parcial varia de estado para estado. Lei n. 5.010/66 - Organização da Justiça Federal: - Art. 6º, inc. I; Lei n. 8.625/93 - Lei Orgânica do MP: - Art. 32, inc. I Regimento Interno do TJRS: - Art. 251. ALEGAÇÕES FINAIS ORAIS A oralidade é a regra. Exceção: escrito. MP Prazo: 20 minutos Defesa Prazo: 20 minutos ● Prorrogáveis por mais 10 minutos. Após: juiz profere a sentença. Ou, se houver hipótese do art. 403, §3º CPP, pode determinar que seja por escrito. ART. 403 CPP: Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). § 3o O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Memoriais escritos quando: I. Multiplicidade de réus; II. Demanda complexa; - Assistente de acusação (10min + 10min em prorrogação para defesa) ALEGAÇÕES FINAIS ORAIS Sem Assistente de Acusação Com Assistente de Acusação - 20 min para acusação; - 20 min para defesa; - Prorrogáveis por +10 min/cada. - 20 min para acusação; - 10 min p/ assistente de acusação; - 20 min para defesa; - 10 min para defesa (prorrogação oriunda da figura do assistente) ART. 403, §1º CPP: Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). § 1o Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Há individualização no tempo de cada réu - não é dividido o tempo. - Se os memoriais forem apresentados escritos, sentença deve ser escrita. ART. 403, §3º CPP: Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). § 1o Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 2o Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação desse, serão concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 3o O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). ● Prazo memoriais 5 dias ● Prazo sentença 10 dias Se o prazo for desrespeitado: a) Petição requerendo a soltura ao juízo de 1º grau (obrigatoriamente); b) Habeas corpus ao Tribunal . FIM CONTEÚDO A1 RITO DO TRIBUNAL DO JÚRI ProcedimentoBifásico 1ª fase = 8 testemunhas 2ª fase = 5 testemunhas Não há absolvição sumária no Rito do Tribunal do Júri, nos termos do art. 397 CPP A doutrina entende que mesmo que o CPP tenha silenciado sobre absolvição sumária, pode-se ter esse fenômeno. ART. 406 CPP - RESPOSTA À ACUSAÇÃO: 10 dias ART. 406, §2º CPP - Nº DE TESTEMUNHAS DA 1ª FASE (8) ART. 408 CPP - NOMEAÇÃO DE DEFENSOR PÚBLICO ART. 422 CPP - Nº DE TESTEMUNHAS DA 2ª FASE (5) ART. 406 CPP: O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará a citação do acusado para responder a acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) § 1o O prazo previsto no caput deste artigo será contado a partir do efetivo cumprimento do mandado ou do comparecimento, em juízo, do acusado ou de defensor constituído, no caso de citação inválida ou por edital. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) § 2o A acusação deverá arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), na denúncia ou na queixa. § 3o Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo que interesse a sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) ART. 408 CPP: Não apresentada a resposta no prazo legal, o juiz nomeará defensor para oferecê-la em até 10 (dez) dias, concedendo-lhe vista dos autos. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) ART. 422 CPP: Ao receber os autos, o presidente do Tribunal do Júri determinará a intimação do órgão do Ministério Público ou do querelante, no caso de queixa, e do defensor, para, no prazo de 5 (cinco) dias, apresentarem rol de testemunhas que irão depor em plenário, até o máximo de 5 (cinco), oportunidade em que poderão juntar documentos e requerer diligência. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008). PRINCÍPIO DA PLENITUDE DE DEFESA ART. 5º, XXXVIII, “a” + 5º, LV CF/88 - Assegura ao réu que haja julgamento em plenário e pleno julgamento; - Argumentos extrajurídicos/metajurídicos (sociológicos, antropológicos, políticos, religiosos, psicológicos etc) podem ser trazidos ao plenário; - Também é possível saber mais sobre os jurados. PRINCÍPIO DO SIGILO DAS VOTAÇÕES Convicção íntima - Vedação a unicidade de votação: se dá de forma silenciosa; - Sala especial (sigilosa). PRINCÍPIO DA SOBERANIA DOS VEREDITOS - Impossibilidade de reformar em instância superior (salvo revisão criminal, após trânsito em julgado ou anulação do plenário); - O mérito é exclusivo dos jurados, não podendo ser reformado por juiz. ● Protesto por novo Júri - art. 593 (revogado) COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI Crimes Dolosos contra a Vida (tentados, consumados e conexos) Bem jurídico tutelado VIDA Crimes: Homicídio (Feminicídio, infanticídio e auxílio/instigação/induzimento ao suicídio) e aborto. CRIMES CONEXOS OBS.: Serão julgados também pelo Tribunal do Júri outros delitos - competência em razão da matéria. Sentença pode ser: a) Pronúncia; b) Impronúncia; ou c) Desclassificação. - Pronúncia: quando o juiz entende que a acusação do MP convenceu. - Limitar-se-á: art. 413, §1º CPP - indícios de autoria e prova da materialidade delitiva. Limites a imputação em plenário in dubio pro societate (na dúvida, a sociedade decide) OBS.: In dubio pro societate é invenção dos magistrados, não tendo nenhum amparo legal ou constitucional que justifique. É um desvirtuamento das premissas básicas. - Impronúncia: falta de um dos elementos quais sejam a) indícios de autoria; b) prova da materialidade delitiva. - Não levo a Júri - Remete ao juiz singular. - Absolvição: art. 415 CPP. JÚRI - PROCEDIMENTO BIFÁSICO O procedimento do Júri deverá ser concluído em 90 (noventa) dias - art. 412 CPP. A primeira fase é iudicium accusationis - Sumário da culpa ou juízo da acusação. - Juiz sumariante = juiz togado - Dura 90 dias. A segunda fase é iudicium causae - Juízo da causa. DECISÃO DA 1ª FASE 1) Pronúncia - encerra o juízo de admissibilidade de um crime doloso contra a vida. Juízo de prelibação. a) Limite de imputação: limitar-se-á apontar existência de indícios de autoria e prova da materialidade delitiva fumus boni iuris, sem fazer valor de mérito. b) Exige prova mínima; c) Linha tênue entre o “fez” e “não fez” = resta dúvida; d) Além da dúvida razoável; e) Em caso de dúvida sobre provas = in dubio pro reu NULIDADES devem ser arguidas na 1ª fase até as alegações finais orais, antes da sentença. Se não alegadas, consideram-se sanadas. Obviamente, aqui trata-se de nulidade relativa, pois nulidade absoluta pode ser alegada a qualquer tempo. 2) Impronúncia - havendo dúvida sobre a existência de crime, ou da presença de indícios suficientes, o juiz deve impronunciar o réu, aplicando o princípio do in dubio pro reu. a) STF: Dúvida em relação a prova + contradição IMPRONÚNCIA b) Decisão interlocutória mista terminativa não aprecia o mérito - faz coisa julgada formal; põe fim a fase procedimental; terminativa porque acarreta a extinção do processo antes do final do procedimento. c) Prova nova: pode reabrir o procedimento - autoriza o oferecimento de nova peça acusatória; d) OBS.: DESPRONÚNCIA - Vai acontecer quando tiver decisão anterior de pronúncia, defesa apresenta RSE face a pronúncia, que é provido e altera a decisão, a nova decisão chama-se DESPRONÚNCIA. e) Despronúncia pode ser feita por duas vias: I) juiz sumariante através do juízo de retratação (589 caput CPP) ou II) Tribunal. Não pode-se recorrer por mera petição dessa decisão. O MP pode interpor apelação (416 CPP) ART. 589 CPP: Com a resposta do recorrido ou sem ela, será o recurso concluso ao juiz, que, dentro de dois dias, reformará ou sustentará o seu despacho, mandando instruir o recurso com os traslados que Ihe parecerem necessários. Parágrafo único. Se o juiz reformar o despacho recorrido, a parte contrária, por simples petição, poderá recorrer da nova decisão, se couber recurso, não sendo mais lícito ao juiz modificá-la. Neste caso, independentemente de novos arrazoados, subirá o recurso nos próprios autos ou em traslado. 3) Absolvição Sumária - exige um juízo de certeza do juiz sumariante (416 CPP) a) Provada inexistência do fato; b) Provado não ser o acusado autor do delito; c) O fato não constituir infração penal; d) Demonstrado causa de isenção da pena ou exclusão de crime. ATENÇÃO: Se a doença mental (inimputabilidade) for a única tese defensiva, pode absolver sumariamente. Se não, não pode absolver sumariamente. Em havendo crime conexo, não se estenda a absolvição, somente para o crime doloso contra a vida. ART. 26 caput CP. ART. 81 CPP. ART. 416 CPP: Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) Sentença que absolve sumariamente: decisão de mérito; faz coisa julgada material; encerra a 1ª fase (iudicium accusationis); coloca fim ao processo. OU SEJA: ainda que surjam novas provas, após o trânsito em julgado, o acusado não poderá ser processado novamente pela mesma imputação. 4) Desclassificação - art. 419 CPP: convencido de que é outro crime, diverso do apresentado pelo MP, não sendo juiz competente para julgamento, deve remeterao juízo competente. a) Homicídio desclassificação para latrocínio; b) Juiz entende que o crime é de infanticídio e não de homicídio, a decisão não será desclassificação, mas de pronúncia pois o infanticídio também é de competência do Tribunal do Júri. c) Em caso de conflito de dolo/culpa, a desclassificação deve ser feita pelo plenário. d) Nova capitulação jurídica na decisão de desclassificação, o juiz deve evitar antecipação de juízo de mérito. Deve limitar-se a dizer que não há crime doloso contra a vida. A tarefa de classificar é do juiz singular que receber os autos. DECISÕES NO JÚRI E RECURSO CABÍVEL: DECISÃO RECURSO CABÍVEL PRONÚNCIA RSE (RECURSO EM SENTIDO ESTRITO) IMPRONÚNCIA APELAÇÃO ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA APELAÇÃO DESPRONÚNCIA APELAÇÃO DESCLASSIFICAÇÃO RSE (RECURSO EM SENTIDO ESTRITO) INSTRUÇÃO EM PLENÁRIO Art. 473 CPP ART. 473 CPP: Prestado o compromisso pelos jurados, será iniciada a instrução plenária quando o juiz presidente, o Ministério Público, o assistente, o querelante e o defensor do acusado tomarão, sucessiva e diretamente, as declarações do ofendido, se possível, e inquirirão as testemunhas arroladas pela acusação. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) § 1o Para a inquirição das testemunhas arroladas pela defesa, o defensor do acusado formulará as perguntas antes do Ministério Público e do assistente, mantidos no mais a ordem e os critérios estabelecidos neste artigo.(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) § 2o Os jurados poderão formular perguntas ao ofendido e às testemunhas, por intermédio do juiz presidente. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) § 3o As partes e os jurados poderão requerer acareações, reconhecimento de pessoas e coisas e esclarecimento dos peritos, bem como a leitura de peças que se refiram, exclusivamente, às provas colhidas por carta precatória e às provas cautelares, antecipadas ou não repetíveis. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) A) Oitiva do ofendido, se possível; oitiva direta das testemunhas (direct adn across examination) e presidencialista aos jurados (que perguntam ao juiz, que pergunta às partes). B) Realização de acareações, reconhecimento de pessoas e coisas, esclarecimento de peritos; C) Possibilidade de leitura de peças que se refiram, exclusivamente às provas colhidas por carta precatória e às provas cautelares, antecipadas ou irrepetíveis, buscando-se evitar a leitura de peças inúteis; D) Interrogatório do Réu - art. 474 CPP: sem algemas, como regra, salvo quando absolutamente necessário para ordem dos trabalhos; E) Debates orais - 476 + 477 CPP; a) Acusação: 1h30 (se + de um réu = 2h30); b) Defesa: 1h30 (se + de um réu = 2h30); c) Réplica acusação: 1h (se + de um réu = 2h); d) Réplica defesa: 1h (se + de um réu = 2h); e) Tréplica acusação: 1h (se + de um réu = 2h); f) Tréplica defesa: 1h (se + de um réu = 2h); g) Assistente de acusação: divide tempo que é da acusação. ART. 479 CPP: 3 dias para juntar aos autos documentos ou objetos utilizados em plenário. F) Leitura da explicação dos quesitos - 484 CPP G) Recolhimento a sala especial (onde ocorre a votação dos quesitos) - 485 CPP a) 2 cédulas: sim e não H) Ordem dos quesitos: a) Materialidade do fato; b) Autoria ou participação; c) Se o acusado deve ser absolvido; d) Se existe causa de diminuição de pena alegada; e) Se existe circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena reconhecida na pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram admissíveis a acusação. OBS. SOBRE OS QUESITOS: 1) Constatando o juiz que a maioria atingida na resposta de um quesito é 4, não deve prosseguir. Forma de preservação dos jurados (princípio do sigilo das votações, art. 483, §1º e 2º CPP); 2) Havendo mais de um crime ou mais de um acusado, os quesitos serão formulados em séries distintas - art. 483, §6º CPP; 3) Haverá sentença condenatória ou absolutória pelo juiz presidente do Júri de acordo com o que foi decidido pelos jurados - art. 492 CPP e lavratura de ata 494 CPP. Sentença: a) condenatória (492, I CPP) ou b) absolutória (492, II CPP) Art. 59 CP 1ª fase da dosimetria da pena PROCEDIMENTO SUMÁRIO Quase todo igual ao ordinário DIFERENÇAS: 1) Audiência una, realizada até 30 dias após o recebimento da denúncia (não justificação plausível para não ser una; 2) Testemunhas: máximo de 5 testemunhas - 531 e 532 CPP; 3) Não tem diligências; 4) Os debates são orais, não podem ser escritos; 5) A sentença é oral; 6) Apelação não passa pelo revisor, é direto ao Relator para julgamento. OBS.: 394, II CPP - Pena inferior a 4 anos. PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO Lei n. 9.099/95 (Lei híbrida: cível + penal) ART. 60 da Lei n. 9.099/95 Começa o crime ART. 61 da Lei 9.099/95: Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. ART. 77 a 81 da Lei n. 9.099/95 Aplicação da Lei às infrações de menor potencial ofensivo com pena de até 2 anos. A) Fase preliminar - audiência preliminar (art. 69 da Lei 9.099/95) a) Lavratura do Termo Circunstanciado (TC) - encaminhado ao juízo; b) Audiência preliminar (art. 70 + 72 da Lei 9.099/95) - presentes: i) Autor do fato; ii) Vítima; iii) Advogados; iv) MP; v) Juiz. - Pode ser feita (art. 73 da Lei 9.099/95): a) Composição dos danos - caráter pecuniário ($) Autor e Vítima; b) Transação penal - acordo entre Autor e MP (negócio jurídico); c) Não havendo conciliação na audiência preliminar, será facultado ao titular da ação oferecer a inicial oral. OBS.: Testemunhas - até 5 testemunhas: alguns juízes entendem que devemos usar a previsão de até 5 testemunhas das contravenções penais; na maioria dos casos, são 3 testemunhas. B) Audiência de Instrução e Julgamento: a) Nova tentativa de composição cível + transação penal; b) Defesa preliminar oral: antecede o recebimento; c) Reconhecimento ou rejeição da inicial; d) Oitiva da vítima e testemunhas de acusação e defesa; e) Interrogatório do Autor; f) Debates Orais; g) Sentença Oral. TC Audiência Preliminar (composição + transação) Audiência de Instrução e Julgamento (nova tentativa composição + transação) ETAPAS IMPORTANTES DA FASE PRELIMINAR A) Composição civil - art. 74 da Lei n. 9.099/95: homologação por sentença irrecorrível, que faz título executivo cível; a) Crime de ação penal privada: homologação de acordo extingue a punibilidade (consequências) - renúncia ao direito de queixa; i) não sendo homologado o acordo, pode-se ingressar com queixa oral: há divergência se feita a queixa oral pode-se oferecer a transação. Prevalece que sim, pode ser oferecida transação. b) Crime de ação penal pública condicionada à representação: homologado o acordo, há renúncia ao direito de representação. i) Art. 75, §ú: em não sendo homologado, pode representar de forma oral. Decai em 6 meses o direito de ação. c) Crime de ação penal pública incondicionada: homologação de acordo não extingue a punibilidade (não impede a propositura de uma transação e oferecimento de denúncia pelo MP) Ex.: Art. 130, 135 e 136 CP. Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. § 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia:Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. § 2º - Somente se procede mediante representação. Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte. Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina: Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa. § 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Pena - reclusão, de um a quatro anos. § 2º - Se resulta a morte: Pena - reclusão, de quatro a doze anos. § 3º - Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (catorze) anos. TRANSAÇÃO PENAL - Art. 76, Lei n. 9.099/95 Instituto despenalizador = pré-processual Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. § 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade. § 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado: I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva; II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida. * Se não for caso de arquivamento, MP verifica se é caso de oferecimento da denúncia. * É uma troca. Réu abre mão de se defender. STJ entende ser possível a transação em ação privada, mas seria entre querelante e querelado, e não com Réu e MP. ● Não cabe a proposta pelo MP se ficar provado - art. 76, §2º lei n 9.099/95 Quando não pode - §2º, 76: Súmula 536/STJ: A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha. 1) Casos em que o agente já foi condenado por crime com pena privativa de liberdade, com sentença definitiva; 2) Casos em que o agente já foi beneficiado pela transação ou não antes, no prazo de 5 anos; 3) Os antecedentes, personalidade, conduta social, motivos e circunstâncias não condizem. https://scon.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc.jsp?livre=(sumula%20adj1%20%27536%27).sub.#TIT1TEMA0 HOMOLOGAÇÃO DA TRANSAÇÃO PENAL - Não gera reincidência nem antecedentes; - Não gera efeito civil, a parte lesada pode processar civilmente o Réu. Uma vez cumprida a transação penal, extingue-se a punibilidade na seara penal. Súmula Vinculante nº 35: A homologação da transação penal prevista no artigo 76 da Lei 9.099/1995 não faz coisa julgada material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao Ministério Público a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de denúncia ou requisição de inquérito policial. PARTICULARIDADES DA FASE PROCESSUAL DO RITO SUMARÍSSIMO Art. 77 da Lei n. 9.099/95 Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver aplicação de pena, pela ausência do autor do fato, ou pela não ocorrência da hipótese prevista no art. 76 desta Lei, o Ministério Público oferecerá ao Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver necessidade de diligências imprescindíveis. § 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base no termo de ocorrência referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do exame do corpo de delito quando a materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente. § 2º Se a complexidade ou circunstâncias do caso não permitirem a formulação da denúncia, o Ministério Público poderá requerer ao Juiz o encaminhamento das peças existentes, na forma do parágrafo único do art. 66 desta Lei. § 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido poderá ser oferecida queixa oral, cabendo ao Juiz verificar se a complexidade e as circunstâncias do caso determinam a adoção das providências previstas no parágrafo único do art. 66 desta Lei. Defesa preliminar - acontece antes do recebimento da denúncia. 1) Inicial é oral - 77 da lei: se não houver necessidade de diligência fundamental. 2) Pode ser dispensado o exame de corpo de delito se a materialidade puder ser substituída de outro modo. Ex.: BO, exame médico particular ou algo equivalente que possa provar (§2º, 77). 3) Não sendo encontrado o autor para ser citado pessoalmente, ou sendo complexa a causa, haverá encaminhamento ao juízo comum (rito sumário) - §3º, 77 + §ú, 66 = citação; §2º, 77 = complexidade. 4) A defesa no rito sumaríssimo é preliminar, ou seja, ocorre antes do recebimento da denúncia (81 da Lei). 5) Da rejeição da inicial, caberá apelação a ser interposta no prazo de 10 dias (tanto MP como querelante); 6) Na sentença, será dispensado relatório (§3º, 65 + §3º, 81 - elementos da convicção do juiz - ambos da mesma lei) - fundamentação + dispositivo somente. http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11305427/artigo-76-da-lei-n-9099-de-26-de-setembro-de-1995 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103497/lei-dos-juizados-especiais-lei-9099-95 Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor para responder à acusação, após o que o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou queixa; havendo recebimento, serão ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa, interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente aos debates orais e à prolação da sentença. § 1º Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, podendo o Juiz limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias. § 2º De todo o ocorrido na audiência será lavrado termo, assinado pelo Juiz e pelas partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência e a sentença. § 3º A sentença, dispensado o relatório, mencionará os elementos de convicção do Juiz. SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO Art. 89 da lei 9.099/95 Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal). § 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado aperíodo de prova, sob as seguintes condições: I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; II - proibição de freqüentar determinados lugares; III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz; IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. § 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado. § 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano. § 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta. § 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade. § 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo. § 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo prosseguirá em seus ulteriores termos. 1) Pena mínima cominada ≥ 1 ano, abrangidas ou não por esta lei. Ou seja, qualquer crime. TODO E QUALQUER CRIME. Transcende a própria lei. Suspensão do processo pode ser de 2 a 4 anos. Súmula 723/STF: Não se admite a suspensão condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano. 2) Não confundir com suspensão da pena. Na suspensão condicional da pena, aplica-se o art. 77 do CP, pois nela haverá sentença e pena aplicada, mas será suspensa, enquanto que, na suspensão do processo, não há sentença, não há pena, o que se suspende é o processo. CONCEITO: Trata-se de uma proposta a ser efetuada pelo MP ao Autor do fato, quando presentes certos requisitos, que suspende temporariamente o processo ao mesmo tempo em que impõe determinadas condições do indivíduo. MOMENTO: Ocorre no oferecimento da denúncia. REQUISITOS: A) Pena mínima de até 1 ano (CUIDADO: não se aplica apenas as infrações de menor potencial ofensivo, mas sim a TODO E QUALQUER crime que preencha o tempo de 1 ano); B) O autor do fato não pode estar sendo processado, nem já ter sido condenado; C) Culpabilidade, antecedentes, conduta social, personalidade do agente, motivos e circunstâncias precisam estar adequadas. (Ex.: Não pode ser contumaz no crime); D) Período de suspensão: 2 a 4 anos (chamado de período de prova); E) Aceitação da proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do juiz, este pode receber a denúncia e suspender o processo, submetendo o autor do fato ao período de prova, sob observância de condições. F) O juiz pode especificar outras condições, desde que adequadas (§1º e incisos do 89) G) A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano. H) A suspensão pode ser revogada se processado por contravenção, ou descumprir as condições; I) Gera extinção da punibilidade quando expirado o prazo e não tiver ocorrido a revogação da suspensão; J) Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo; K) Acusado não aceita a proposta: precisa se defender, porque o processo seguirá. L) Caso o MP não ofereça a proposta, o juiz pode, por analogia ao 28 do CPP, ao caso e súmula 696/STF, remeter ao órgão de cúpula da instituição (ao Procurador Geral de Justiça) Súmula 696/STF: Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensão condicional do processo, mas se recusando o promotor de justiça a propô-la, o juiz, dissentindo, remeterá a questão ao Procurador-Geral, aplicando-se por analogia o art. 28 do Código de Processo Penal. CITAÇÃO Marco processual importante. Via de regra, é feita por Oficial de Justiça Réu preso = só pode ser citado por OJ Réu solto = Oficial de Justiça ● Citação por carta precatória: citando em local certo e sabido, mas em outra comarca, que não a processante. Comarca deprecante = onde corre o processo; comarca deprecada = onde mora o citando; ● Citação por carta rogatória: fora do país, em local certo e sabido. ● Citação por hora certa: pessoal por OJ (remição ao CPC, arts. 238/259 + 362 CPP) - quando citando se esconde. ● Citação por edital: quando citando está em local incerto e não sabido. Influencia no prazo prescricional (361 CPP). Se a citação inválida, é preliminar a ser arguida. ○ Súmula 415/STJ - art. 109, CP: Prescrição em abstrato. Súmula 415/STJ: O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da pena cominada. Art. 312 CPP: A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. NULIDADES Tipicidade processual: o ato processual tem que ser praticado em consonância com a CF/88. Juízo de subsunção = encaixe da conduta ao tipo penal (tipicidade penal) Função: assegurar a existência de um processo penal justo e de acordo com o devido processo legal. Processo é uma atividade típica - atos essenciais definidos em lei. Objetivo imediato = segurança jurídica aos sujeitos processuais Objetivo mediato/final = preparação para um provimento final justo Respeito à tipicidade: Ordenamento jurídico precisa dispor de um instrumento coercitivo para obrigar os sujeitos do processo a respeitar os modelos previstos na CF e lei processual Conceito de nulidade: sanção aplicada ao ato processual defeituoso, retirando-lhe a aptidão de produzir os seus efeitos regulares. Leva-se em conta a gravidade do defeito - consequências variam. 1) Classificação conforme a gravidade: a) Defeitos sem consequência alguma: meras irregularidades. Ex.: utilização de abreviaturas. b) Defeitos que acarretam sanção extraprocessual: não invalidam os atos, mas trazem consequências externas. Ex.: Perito atrasa na entrega do laudo. c) Defeitos que acarretam invalidade processual: sujeito à declaração de nulidade. Pode ser absoluta ou relativa. d) Defeitos que acarretam a inexistência: violação que é tão grave que o ato sequer existe pra o Direito. Ex.: Sentença assinada por Oficial de Justiça. 2) Classificação da perspectiva dos atos: a) Atos perfeitos - fiel à observância do modelo típico. b) Atos irregulares - não geram perda de efeitos processuais (só extraprocessual). c) Atos nulos - nulidade absoluta ou relativa. d) Atos inexistentes - não-ato. NULIDADES - DOIS SIGNIFICADOS: A) Sanção processual - nulidade como espécie de sanção aplicada ao ato processual defeituoso, retirando-se seus efeitos regulares. B) Defeito processual - nulidade como qualidade ou característica do ato processual. Nulidade como sinônimo de defeito, vício ou imperfeição. ESPÉCIES DE NULIDADES A) Nulidade absoluta: violação do interesse público, normalmente relacionada às garantias da CF. Prejuízo presumido (presunção iuris tantum - que admite prova em contrário). Arguição a qualquer momento: inocorrência de preclusão. No caso de uma sentença absolutória, o trânsito em julgado convalida todas as nulidades. Se for uma sentença condenatória,
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