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Processo Penal - Infrações e Procedimentos Criminais Especiais

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Processo Penal - Infrações e Procedimentos Criminais Especiais 
 
INQUÉRITO POLICIAL Indiciamento (indícios de autoria e prova da 
materialidade 
Prov. 188/2018 delitiva): MP + Juiz (ou) Não indiciamento: MP + 
Juiz para 
arquivar. 
 
Provimento 188/2018 autoriza atividade de investigação a ser realizada pelo advogado 
criminalista, na esfera da vida privada, para apurar irregularidades na investigação em 
curso. 
O advogado pode entregar só o que beneficia o seu cliente, ao Delegado. Se busca 
elementos que possam trazer benefícios. 
 
● Arquivamento não se dá por deliberação do Delegado de Polícia, mas sim por 
determinação do juiz. Se, após o arquivamento, surgirem novas provas, se autoriza a 
abertura de ação penal. 
 
Nomenclaturas da fase pré-processual: 
- Suspeito; 
- Investigado; 
- Não-indiciado; 
- Indiciado. 
 
Linha do Tempo - Processo Penal 
1) MP: Oferecimento da Denúncia com indícios de: a) Autoria + b) Materialidade (direta 
ou indireta) = acusado; 
2) Juiz: Recebimento da Denúncia reconhecendo haver indícios de: a) Autoria + b) 
Materialidade = réu; art. 93, IX CF/88: dever funcional do juiz; 
3) Defesa: Prazo para resposta à acusação (10 dias) - pode alegar tudo a respeito da 
sua defesa, requerer a realização de diligências, provas e apresentar as 
testemunhas; 
4) Juiz: designa audiência de instrução processual; 
5) Audiência = procedimento uno, com garantia do réu da ordem para exercício da 
ampla defesa: 1) testemunhas acusação; 2) testemunha defesa; 3) interrogatório do 
réu; 
ENCERRADA A INSTRUÇÃO 
A) Defesa: apresenta memoriais Orais (5 dias) - que podem ser convertidos para 
memoriais escritos, se o juiz determinar, pela complexidade da causa e/ou 
diversidade de réus; 
B) Sentença; 
C) Recursos; 
D) Revisão Criminal. 
 
Quantas audiência no processo penal? O ideal é UMA. Unicidade característica. 
 
Revisão Criminal: Prova (testemunha e/ou documento) Ação de justificação 
para depois entrar com a Revisão Criminal. Se não envolver prova, pode entrar direto com 
pedido de revisão criminal. 
 
Abuso sexual 
Ex.: 5 anos - IP + AÇÃO CAUTELAR + AÇÃO PENAL. 
 
Audiência de custódia: casos de prisão em flagrante para atestar que a) Crime autoriza 
prisão; b) Inocorrência de tortura. 
 
PROCEDIMENTO 
Art. 394 CPP 
 
É garantia das regras que serão adotadas no processo. 
Procedimento não se confunde com processo, pois são situações distintas. 
1) O ​procedimento é uma sucessão de atos que fornecem regularidade ao andamento 
processual. 
2) O processo trata de trazer ​formas com as quais o procedimento será utilizado, 
garantindo-se o contraditório judicial. 
 
O procedimento será ​comum ​ou ​especial (Parte especial do CPP ou Lei Especial - 
extravagante. Ex.: Lei de drogas/lavagem de $ etc) 
 
● O procedimento comum será: 
a) Ordinário; 
b) Sumário; 
c) Sumaríssimo Lei n. 9.099/95 (JEC’s e JECrim’s) 
 
Como realizar a identificação de um procedimento? 
Através do “​quantum​” de uma pena abstratamente cominada ao delito. 
 
# Art. 394, CPP informa qual o procedimento que deve ser utilizado. 
Regra: o procedimento será comum ordinário, porque a maioria dos crimes praticados no 
Brasil tem pena = ou > 4 anos. 
Exceção:​ o procedimento será sumário, sumaríssimo ou procedimento de lei especial. 
 
OBS.: Nestes casos, aplica-se o procedimento comum ordinário subsidiariamente. 
 
 
ART. 394, §1º CPP: 
I - Pena igual ou superior a 4 anos: procedimento ordinário; 
II - Pena inferior a 4 anos: procedimento sumário; 
III - Crimes de menor potencial ofensivo: Sumaríssimo. 
 
 
ART. 394 CPP: ​O procedimento será comum ou especial. (Redação dada pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
§ 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: (Incluído pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou 
superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior 
a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 
2008). 
III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da 
lei. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 2o Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário 
deste Código ou de lei especial. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 3o Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o procedimento observará as 
disposições estabelecidas nos arts. 406 a 497 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 
2008). 
§ 4o As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos 
penais de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, 
de 2008). 
§ 5o Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as 
disposições do procedimento ordinário. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
ART. 394-A CPP: Os processos que apurem a prática de crime hediondo terão prioridade 
de tramitação em todas as instâncias. (Incluído pela Lei nº 13.285, de 2016). 
 
Ex.: Art. 213 CP - Pena máxima: 10 anos = Rito ordinário 
Ex.: Art. 306 CTB - Pena máxima: 3 anos = Rito sumário Lei Especial: verificar 
se há procedimento especial Instrução processual 
Ex.: Art. 33 da Lei 11.343/06 - Pena: 15 anos Lei Especial: procedimento 
determinado pela Lei de Drogas e, subsidiariamente, onde a Lei de Drogas for omissa ou 
não for benéfica para o réu, o CPP no que couber. 
Se o procedimento prejudicar o agente, subsidiariamente, eu utilizo o procedimento comum 
ordinário. 
Ex.: Art. 129 CP - Pena: 1 ano Lei 9.099/95 
 
 
Violência doméstica Lei Especial determina o procedimento 
# Gênero 
# Violência doméstica 
 
Lei 11.340/06 c/c art. 394, §1º, I CPP + §5º 
Subsidiariamente ordinário - cuidar qual a instrução processual. 
 
CRIMES HEDIONDOS 
# Cuidado: Alteração legislativa (Lei n. 13.285/16) - art. 394-A CPP 
Atenção: nos casos de crimes hediondos, o processo terá uma tramitação especial (pra 
ontem). 
Lei n. 8.072/90 Lei dos Crimes Hediondos (diz quais são hediondos e quais 
são equiparados) 
 
A inclusão do art. 394-A ao CPP segue a regra do art. 2º do CPP, “​tempus regit actum​”, 
devendo ser aplicado imediatamente a todos os processos em andamento. 
Posso aplicar aos delitos equiparados a hediondo? 
Por interpretação extensiva, aplica-se a regra contida no art. 3º do CPP, autorizando que os 
efeitos da tramitação especial possam ser aplicados aos crimes equiparados aos hediondos. 
 
3T: 
1. Tráfico 
2. Terrorismo 
3. Tortura 
 
OBS.: É possível aplicar o art. 394-A do CPP no caso de ações autônomas de impugnação, 
quais sejam: 
- Habeas Corpus; 
- Revisão Criminal; 
- Mandado de Segurança Quando há negativa de acesso aos autos do 
IP. 
 
OFERECIMENTO DA DENÚNCIA 
O MP pode, com o recebimento do IP, fazer: 
I - Oferecer denúncia/queixa, havendo indícios de autoria e prova da materialidade; 
II - Não oferecer a denúncia/queixa mas requerer o arquivamento com base no art. 28 CPP; 
III - Requerer que novas diligência sejam realizadas pela autoridade policial. 
 
 
ART. 28 CPP: Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos 
informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao 
investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisãoministerial para fins de homologação, na forma da lei. (Redação dada pela Lei nº 13.964, 
de 2019) 
§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do 
inquérito policial, poderá, no prazo de 30 (trinta) dias do recebimento da comunicação, 
submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme 
dispuser a respectiva lei orgânica. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, Estados e 
Municípios, a revisão do arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada pela 
chefia do órgão a quem couber a sua representação judicial. (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
 
PROVA NOVA 
Se o IP for arquivado e sobrevier prova nova, a autoridade policial deve “solicitar” ao juiz a 
reabertura do IP. O juiz é quem vai decidir se o IP será reaberto. O Promotor de Justiça é 
quem “requer” a reabertura do IP. 
 
ART. 28, ​segunda parte, ​CPP: ​o juiz pode não concordar com o pedido de arquivamento e: 
a) encaminhar para o PGR, que pode: 1. oferecer a denúncia; 2. encaminhar para outro 
membro do MP; 
b) outro membro do MP oferece a denúncia ou não. 
 
O que o juiz pode fazer quando há indícios de autoria e prova da materialidade delitiva: 
 
- Com o oferecimento da denúncia ou queixa: 
I) Receber a denúncia: art. 396 + 396-A. Cuidado com art. 406 CPP; 
II) Rejeitar a denúncia: art. 395 CPP (injúria, justa-causa ou inépcia da ação - ausência de 
pressupostos processuais); 
III) Não receber a denúncia ou queixa: art. 581, I CPP. 
 
A ação penal inicia com o recebimento da denúncia. 
 
Recebimento da Denúncia Resposta à acusação (art. 396 + 396-A CPP) 
Sempre que aparecer a palavra “recebo”, a peça será resposta à acusação (OAB) com 
fundamento no art. 396 + 396-A CPP. 
Exceção: Júri, fundamento é art. 406 CPP. 
 
PRAZO RESPOSTA À ACUSAÇÃO 
10 dias corridos Quando começa a contar? Da ​citação pessoal​, única e 
exclusivamente. É o que dá início ao movimento processual, impulsiona o início. 
 
OBS.: Ver §1º e §3º do art. 798 CPP. 
Excluir o dia de início e incluir o dia final (​termo​) que precisa ser útil. 
 
ART. 396 CPP: Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o 
juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para 
responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
Parágrafo único​. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir 
a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído. (Redação 
dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
ART. 396-A CPP: Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que 
interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas 
pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando 
necessário. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 1o A exceção será processada em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste 
Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 2o Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não 
constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos 
autos por 10 (dez) dias. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
ART. 406 CPP: O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará a citação do acusado 
para responder a acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei 
nº 11.689, de 2008) 
 
Prorroga mais um dia se o dia final for feriado ou fim de semana 
 
RITO ORDINÁRIO 
Resposta à acusação: ​usa tudo que interesse a defesa 
 
ART. 798, §1º e §3º CPP - ​Prazo: 10 dias (dá início ao processo) 
 
 
ART. 798 CPP: Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremptórios, 
não se interrompendo por férias, domingo ou dia feriado. 
§ 1o Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do 
vencimento. 
§ 2o A terminação dos prazos será certificada nos autos pelo escrivão; será, porém, 
considerado findo o prazo, ainda que omitida aquela formalidade, se feita a prova do 
dia em que começou a correr. 
§ 3o O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se-á prorrogado até o 
dia útil imediato. 
§ 4o Não correrão os prazos, se houver impedimento do juiz, força maior, ou obstáculo 
judicial oposto pela parte contrária. 
§ 5o​ Salvo os casos expressos, os prazos correrão: 
a)​ da intimação; 
b) da audiência ou sessão em que for proferida a decisão, se a ela estiver 
presente a parte; 
c​) do dia em que a parte manifestar nos autos ciência inequívoca da sentença ou 
despacho. 
 
Importa é que o ​primeiro dia do prazo seja útil​. Os feriados intercorrentes no prazo, não são 
considerados porque o prazo é corrido. 
 
ART. 396 + 396-A CPP: 
● DIligência; 
● Prova; 
● Testemunhas - ​o nº de test. se dá pelo nº de fatos​ (entendimento doutrinário); 
○ Rito ordinário: 8 por fato criminoso. Quem não presta compromisso não entra 
na contagem (pessoas abonatórias e informantes) 
● Contraditar oitivas do IP. 
 
- Breve síntese fático-processual; 
- Erros do IP; 
- Esconde estratégia defensiva Todo resto aparece na resposta à 
acusação. 
 
ART. 399 CPP: ​Designação da audiência de instrução - intimação 
 
ART. 399 CPP: ​Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a 
audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se 
for o caso, do querelante e do assistente. ​(Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 1º O acusado preso será requisitado para comparecer ao interrogatório, devendo o 
poder 
público providenciar sua apresentação. ​(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 2º O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença. ​(Incluído pela Lei nº 
11.719, de 
2008). 
 
Ordem de oitivas - art. 400 CPP: 
1º)​ Vítima/ofendido (se houver); 
2º)​ Testemunha da acusação; 
3º)​ Testemunha da defesa; 
4º)​ Interrogatório do Réu. 
 
ORDEM = VINCULADO AO CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA 
 
ART. 400 CPP: ​Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 
60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das 
testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no 
art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao 
reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. ​(Redação 
dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 1º As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as 
consideradas 
irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. ​(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 2º Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das partes. 
(Incluído 
pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
 
JUIZ DAS GARANTIAS 
ART. 3º-A CPP: ​O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na 
fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação. (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
- Julgar o ​habeas corpus ​antes do oferecimento da denúncia (antes era o Tribunal de 
Justiça); 
https://brasil.mylex.net/legislacao/codigo-processo-penal-cpp-art222_25079.html
- Homologação do acordo de não-persecução penal. 
 
ART. 3º-B CPP:​O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da 
investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia tenha sido 
reservada à autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-lhe especialmente: 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
I - receber a comunicação imediata da prisão, nos termos do inciso LXII do caput do 
art. 5º da Constituição Federal; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
II - receber o auto da prisão em flagrante para o controle da legalidade da prisão, 
observado o disposto no art. 310 deste Código; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
III - zelar pela observância dos direitos do preso, podendo determinar que este seja 
conduzido à sua presença, a qualquer tempo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
IV - ser informado sobre a instauração de qualquer investigação criminal; (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) 
V - decidir sobre o requerimento de prisão provisória ou outra medida cautelar, 
observado o disposto no § 1º deste artigo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
VI - prorrogar a prisão provisória ou outra medida cautelar, bem como substituí-las ou 
revogá-las, assegurado, no primeiro caso, o exercício do contraditório em audiência 
pública e oral, na forma do disposto neste Código ou em legislação especial 
pertinente; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
VII - decidir sobre o requerimento de produção antecipada de provas consideradas 
urgentes e não repetíveis, assegurados o contraditório e a ampla defesa em 
audiência pública e oral; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, estando o investigado preso, em 
vista das razões apresentadas pela autoridade policial e observado o disposto no § 
2º deste artigo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
IX - determinar o trancamento do inquérito policial quando não houver fundamento 
razoável para sua instauração ou prosseguimento; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
X - requisitar documentos, laudos e informações ao delegado de polícia sobre o 
andamento da investigação; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
XI​ - decidir sobre os requerimentos de: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
a) interceptação telefônica, do fluxo de comunicações em sistemas de informática 
e telemática ou de outras formas de comunicação; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
b) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de dados e telefônico; (Incluído pela Lei 
nº 13.964, de 2019) 
c​) busca e apreensão domiciliar; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
d​) acesso a informações sigilosas; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
e) outros meios de obtenção da prova que restrinjam direitos fundamentais do 
investigado; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
XII - julgar o habeas corpus impetrado antes do oferecimento da denúncia; (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) 
XIII - determinar a instauração de incidente de insanidade mental; (Incluído pela Lei 
nº 13.964, de 2019) 
XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou queixa, nos termos do art. 399 
deste Código; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
XV - assegurar prontamente, quando se fizer necessário, o direito outorgado ao 
investigado e ao seu defensor de acesso a todos os elementos informativos e provas 
produzidos no âmbito da investigação criminal, salvo no que concerne, estritamente, 
às diligências em andamento; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
XVI - deferir pedido de admissão de assistente técnico para acompanhar a produção 
da perícia; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
XVII - decidir sobre a homologação de acordo de não persecução penal ou os de 
colaboração premiada, quando formalizados durante a investigação; (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019) 
XVIII - outras matérias inerentes às atribuições definidas no caput deste artigo. 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 1º​ (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante 
representação da autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única 
vez, a duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a 
investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada. (Incluído pela Lei 
nº 13.964, de 2019) 
ART. 3º-C CPP: A competência do juiz das garantias abrange todas as infrações penais, 
exceto as de menor potencial ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia ou 
queixa na forma do art. 399 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões pendentes serão decididas pelo juiz 
da instrução e julgamento. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias não vinculam o juiz da instrução e 
julgamento, que, após o recebimento da denúncia ou queixa, deverá reexaminar a 
necessidade das medidas cautelares em curso, no prazo máximo de 10 (dez) dias. 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 3º Os autos que compõem as matérias de competência do juiz das garantias ficarão 
acautelados na secretaria desse juízo, à disposição do Ministério Público e da defesa, e 
não serão apensados aos autos do processo enviados ao juiz da instrução e 
julgamento, ressalvados os documentos relativos às provas irrepetíveis, medidas de 
obtenção de provas ou de antecipação de provas, que deverão ser remetidos para 
apensamento em apartado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso aos autos acautelados na secretaria do 
juízo das garantias. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
ART. 3º-D CPP: O juiz que, na fase de investigação, praticar qualquer ato incluído nas 
competências dos arts. 4º e 5º deste Código ficará impedido de funcionar no processo. 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
Parágrafo único​. Nas comarcas em que funcionar apenas um juiz, os tribunais criarão 
um sistema de rodízio de magistrados, a fim de atender às disposições deste Capítulo. 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
ART. 3º-E CPP: O juiz das garantias será designado conforme as normas de organização 
judiciária da União, dos Estados e do Distrito Federal, observando critérios objetivos a 
serem periodicamente divulgados pelo respectivo tribunal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
ART. 3º-F CPP: O juiz das garantias deverá assegurar o cumprimento das regras para o 
tratamento dos presos, impedindo o acordo ou ajuste de qualquer autoridade com órgãos 
da imprensa para explorar a imagem da pessoa submetida à prisão, sob pena de 
responsabilidade civil, administrativa e penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
Parágrafo único​. Por meio de regulamento, as autoridades deverão disciplinar, em 180 
(cento e oitenta) dias, o modo pelo qual as informações sobre a realização da prisão e 
a identidade do preso serão, de modo padronizado e respeitada a programação 
normativa aludida no caput deste artigo, transmitidas à imprensa, assegurados a 
efetividade da persecução penal, o direito à informação e a dignidade da pessoa 
submetida à prisão. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
ART. 3º-F CPP c/c lei de abuso de autoridade faz viger porque não está suspensa. Norma 
que exige nova leipara considerar crime. 
Orientação n. 1/2020 do MP/RS. 
 
ART. 14-A CPP: ​Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no art. 
144 da Constituição Federal figurarem como investigados em inquéritos policiais, inquéritos 
policiais militares e demais procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de 
fatos relacionados ao uso da força letal praticados no exercício profissional, de forma 
consumada ou tentada, incluindo as situações dispostas no ​art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, 
de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), o indiciado poderá constituir defensor. (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado deverá ser citado da 
instauração do procedimento investigatório, podendo constituir defensor no prazo de 
até 48 (quarenta e oito) horas a contar do recebimento da citação. (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com ausência de nomeação de 
defensor pelo investigado, a autoridade responsável pela investigação deverá intimar a 
instituição a que estava vinculado o investigado à época da ocorrência dos fatos, para 
que essa, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, indique defensor para a 
representação do investigado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 6º As disposições constantes deste artigo se aplicam aos servidores militares 
vinculados às instituições dispostas no art. 142 da Constituição Federal, desde que os 
fatos investigados digam respeito a missões para a Garantia da Lei e da Ordem. 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
ART. 23 CP - ​Excludente de ilicitude. 
ART. 28 CPP: ​Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos 
informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao 
investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão 
ministerial para fins de homologação, na forma da lei. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
 
O artigo 28 CPP continua surtindo efeitos. MP requer arquivamento, juiz pode: I) Determinar 
o arquivamento ou II) Insistir no oferecimento. Neste caso, deve encaminhar para o PGR, 
que pode a) oferecer a denúncia/queixa; b) Insistir no arquivamento; c) Encaminhar para 
outro Membro do MP oferecer a denúncia. 
 
Art. 28 CPP do Pacote Anti-crime está suspenso por determinação do Min. Fux desde 
fevereiro. 
 
ART. 2º CPP: Lei processual penal possui aplicação imediata. Princípio da aplicação 
imediata. 
 
- Lei anti-crime: atos já praticados serão considerados válidos; 
- Réu citado sob vigência de lei anterior, continua valendo, aplica-se a lei nova de 
imediato. 
 
LEI HÍBRIDA/MISTA 
Exceção à regra do art. 2º CPP 
Alteração legislativa que possui direito material + processual. 
Pacote anti-crime é híbrido. 
STF: Lei híbrida - a retroatividade benéfica deve ser aplicada. 
 
MP: Percebe não ser caso de arquivamento, portanto, caberia oferecimento da denúncia. 
Ocorre que, ao invés de oferecer a denúncia, opta, segundo art. 28-A do CPP (que está 
valendo) pelo acordo de não-persecução penal. 
 
ACORDO DE NÃO-PERSECUÇÃO PENAL: 
a) Confissão; 
b) Crime cometido sem violência ou grave ameaça; 
c) Pena mínima 
 
RECORRER: 
Justiça Estadual PGE 
Justiça Federal 2ª Câmara Criminal Revisional do MPF 
 
§9º - Vítima é intimada da homologação do acordo. 
 
ART. 28-A CPP 
A proposta de acordo precisa ser formalizada por escrito. 
Realizada a proposta direcionada ao investigado ao seu defensor. 
OBS.: As partes que verificam o acordo (MP + Investigado/Defensor) 
 
Juiz realiza audiência, nesta audiÊncia aquilo que foi dito pelo investigado durante o IP 
(verificar a confissão) será checado pelo juiz. 
 
REQUISITOS PARA O ACORDO - ART. 28-A CPP 
Juiz precisa decidir sobre a proposta de acordo: 
a) Requisitos do art. 28-A CPP; 
b) Se o acordo está dentro dos parâmetros legais (se o acordo não é ​abusivo​, 
insuficiente​ e/ou ​inadequado​) 
 
O acordo poderá ser homologado: 
1) Com homologação, inicia a execução penal (Vara de Execuções Criminais). O 
acordo gera a extinção da punibilidade do agente. 
2) Não realizada a homologação ou não realizado acordo o MP pode: 
a) Requisitar diligências no IP; 
b) Oferecer a denúncia/queixa. 
 
§12º - Não gera antecedentes criminais. 
 
 
ART. 28-A CPP: Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal 
e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com 
pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não 
persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do 
crime, mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente: (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) 
I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de fazê-lo; 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério Público 
como instrumentos, produto ou proveito do crime; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período 
correspondente à pena mínima cominada ao delito diminuída de um a dois terços, 
em local a ser indicado pelo juízo da execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº 
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do 
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a entidade pública 
ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo da execução, que tenha, 
preferencialmente, como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos 
aparentemente lesados pelo delito; ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público, 
desde que proporcional e compatível com a infração penal imputada. (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito a que se refere o caput deste 
artigo, serão consideradas as causas de aumento e diminuição aplicáveis ao caso 
concreto. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 2º O disposto no caput deste artigo não se aplica nas seguintes hipóteses: (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) 
I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais Criminais, 
nos termos da lei; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos probatórios que indiquem 
conduta criminal habitual, reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as 
infrações penais pretéritas; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento da 
infração, em acordo de não persecução penal, transação penal ou suspensão 
condicional do processo; e (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
IV - nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou 
praticados contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, em favor do 
agressor.(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 3º O acordo de não persecução penal será formalizado por escrito e será firmado 
pelo membro do Ministério Público, pelo investigado e por seu defensor. (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 4º Para a homologação do acordo de não persecução penal, será realizada audiência 
na qual o juiz deverá verificar a sua voluntariedade, por meio da oitiva do investigado 
na presença do seu defensor, e sua legalidade. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 5º Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes ou abusivas as condições 
dispostas no acordo de não persecução penal, devolverá os autos ao Ministério Público 
para que seja reformulada a proposta de acordo, com concordância do investigado e 
seu defensor. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 6º Homologado judicialmente o acordo de não persecução penal, o juiz devolverá os 
autos ao Ministério Público para que inicie sua execução perante o juízo de execução 
penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 7º O juiz poderá recusar homologação à proposta que não atender aos requisitos 
legais ou quando não for realizada a adequação a que se refere o § 5º deste artigo. 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 8º Recusada a homologação, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para a 
análise da necessidade de complementação das investigações ou o oferecimento da 
denúncia. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 9º A vítima será intimada da homologação do acordo de não persecução penal e de 
seu descumprimento. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 10. Descumpridas quaisquer das condições estipuladas no acordo de não 
persecução penal, o Ministério Público deverá comunicar ao juízo, para fins de sua 
rescisão e posterior oferecimento de denúncia. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 11. O descumprimento do acordo de não persecução penal pelo investigado também 
poderá ser utilizado pelo Ministério Público como justificativa para o eventual não 
oferecimento de suspensão condicional do processo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
§ 12. A celebração e o cumprimento do acordo de não persecução penal não constarão 
de certidão de antecedentes criminais, exceto para os fins previstos no inciso III do § 2º 
deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 13. Cumprido integralmente o acordo de não persecução penal, o juízo competente 
decretará a extinção de punibilidade. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 14. No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em propor o acordo de não 
persecução penal, o investigado poderá requerer a remessa dos autos a órgão 
superior, na forma do art. 28 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
Juiz pode: 
1) Homologar acordo; 
2) Readequar o acordo: a) ausência dos requisitos do art. 28-A; b) abusivo, inadequado 
ou insuficiente; 
3) Recusar-se a homologar o acordo. 
 
Cabe recurso em sentido estrito (RSE) - art. 581, XXV CPP (5 dias + 2 dias) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTES X DEPOIS PACOTE ANTI-CRIME (ART. 28 CPP) 
 
ART. 28 CPP (ANTES DO PACOTE) ART. 28 CPP (COM PACOTE) 
- MP não oferece a denúncia; 
- Juiz pode remeter ao PGeral; 
- PGeral pode: a) Requisitar outro 
membro do MP; b) Oferecer a 
denúncia; c) Insistir no 
arquivamento; 
- Juiz é quem determina o 
arquivamento. 
- MP determina o arquivamento para 
instância ministerial homologar o 
arquivamento. 
SUSPENSO ATÉ O JULGAMENTO 
DA AÇÃO 6305/STF 
 
Não existe mais controle judicial sobre o arquivamento, pois o controle fica a cargo do MP. 
 
OBS.: MP decide sobre arquivamento do Inquérito e essa manifestação pelo arquivamento 
passa a ser restrita ao MP. 
OBS.: O juiz, por necessidade de imparcialidade, não decide mais sobre o arquivamento. 
Enunciado 8/2020: CNPG e GNCCRIM - A nova redação do artigo 28 do Código de 
Processo Penal, em harmonia com o princípio acusatório, dispõe que o arquivamento do 
inquérito policial não se reveste mais de um mero pedido, requerimento ou promoção, mas 
de verdadeira decisão de não acusar, isto é, o promotor natural decide não proceder à ação 
penal pública, de acordo com critérios de legalidade e oportunidade, tendo em vista o 
interesse público e as diretrizes de política criminal definidas pelo próprio Ministério Público. 
 
Juiz pode: 
1) Receber a denúncia: resposta à acusação (581 CPP - Ordinário e Sumário | 406 - 
Procedimento do Trib. do Jurí); 
2) Rejeitar a denúncia: art. 395 CPP - ver art. 41 CPP; 
3) Não receber a denúncia: art. 581, I CPP - MP faz aditamento da denúncia. 
 
ART. 395 CPP: A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Redação dada pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
I​ - for manifestamente inepta; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou 
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 
2008). 
 
ART. 41 CPP: A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as 
suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa 
identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. 
 
ART. 581 CPP:​ Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: 
I​ - que ​não receber​ ​a denúncia ou a queixa; 
II​ - que concluir pela incompetência do juízo; 
III​ - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição; 
IV​ - que pronunciar ou impronunciar o réu; 
(Revogado) 
IV​ – que pronunciar o réu; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
V – que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, ou indeferir 
requerimento de prisão preventiva, no caso do artigo 312; 
(Revogado) 
V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir 
requerimento de prisão preventiva, ou relaxar prisão em flagrante. (Redação dada 
pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) 
(Revogado) 
V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir 
requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou 
relaxar a prisão em flagrante; (Redação dada pela Lei nº 7.780, de 22.6.1989) 
VI​ - que absolver o réu, nos casos do art. 411; 
(Revogado pela Lei nº 11.689, de 2008) 
VII​ - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor; 
VIII​ - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade; 
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa 
extintiva da punibilidade; 
X​ - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus; 
XI​ - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena; 
XII​ - que conceder, negar ou revogar livramento condicional; 
XIII​ - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte; 
XIV​ - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir; 
XV​ - que denegar a apelação ou a julgar deserta; 
XVI​ - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial; 
XVII​ - que decidir sobre a unificação de penas; 
XVIII​ - que decidir o incidente de falsidade; 
XIX​ - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado; 
XX​ - que impuser medida de segurança por transgressão de outra; 
XXI​ - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774; 
XXII​ - que revogar a medida de segurança; 
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que alei admita 
a revogação; 
XXIV​ - que converter a multa em detenção ou em prisão simples. 
XXV - que recusar homologação à proposta de acordo de não persecução penal, 
previsto no art. 28-A desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
NÃO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA 
Art. 395 CPP 
I. Inépcia: ​a importância reside na descrição fática narrada pelo MP. Tipificação 
errada: art. 383 “​emendatio libelli​”. Juiz terá até a fase da sentença para modificar o 
tipo penal errado. Na inépcia o que importa é que tenha um erro na descrição do fato 
criminoso. 
II. Pressuposto processual ou condições da ação: ​legitimidade etc.; 
III. Falta de justa-causa. 
 
● Prova mínima Requisito (inciso III, 395) 
 
Havendo hipótese do art. 395 - Rito ordinário ou sumário Majoritariamente 
cabe RSE (581 CPP - 5 dias + 2 dias) 
 
Lei n. 9.099/95 Rito Sumaríssimo 
art. 82 Cabe apelação 
 
 
PROCEDIMENTO ORDINÁRIO 
 
INSTRUÇÃO PROCESSUAL 
 
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA - ART. 397 CPP 
ART. 397 CPP: Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, 
o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: (Redação dada pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; (Incluído pela Lei 
nº 11.719, de 2008). 
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo 
inimputabilidade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou (Incluído pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
IV​ - extinta a punibilidade do agente. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
ART. 399 CPP: Recebida a denúncia ou queixa, o juiz ​designará dia e hora para a 
audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se 
for o caso, do querelante e do assistente. ​(Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 1º O acusado preso será requisitado para comparecer ao interrogatório, devendo o poder 
público providenciar sua apresentação. ​(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 2º O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença. ​(Incluído pela Lei nº 11.719, 
de 2008). 
 
Designada audiência de instrução Ordena intimação das partes 
O juiz que presidir a instrução, deve proferir a sentença, pois foi quem teve contato com as 
provas do processo 
Exceções: licenças etc. 
Juízes distintos (audiência de instrução e sentenciante) enseja nulidade processual em 
atenção ao princípio do juiz natural. 
 
ART. 400 CPP Prazo máximo: 60 dias 
 
● Nesta ordem: a) Declaração do ofendido; 
 b) Inquirição das testemunhas de acusação e após defesa; 
 c) Peritos para esclarecimentos; 
 d) Acareação e reconhecimento de pessoas e coisas; 
 e) Interrogatório do réu. 
 
A regra é que ocorra somente UMA audiência (unicidade de julgamento). 
Em regra, o réu deve estar presente em todos os atos processuais. 
Se uma pergunta da defesa for indeferida, pedir para consignar em ata explicando que ela é 
fundamental para a tese defensiva (ampla defesa fica prejudicada) mas não dizer qual é a 
pergunta. Verificar ao final da audiência se constou na ata e só depois assinar. 
 
- Testemunhas: máximo de 8 por fato criminoso (entendimento doutrinário). 
Se houver desistência de testemunha a parte pode desistir. O juiz nem 
o MP podem interferir na desistência. Se interferir, precisa fundamentar porque 
indeferiu a desistência (209 CPP) 
 
- Testemunha referida. 
 
Uma vez produzidas as provas em audiência, MP/querelante/acusado podem solicitar novas 
diligências. 
 
Caso a defesa realize o requerimento de diligências e o juiz indeferir o pedido defensivo, 
caberá impetração de ​habeas corpus ​com fundamento no cerceamento de defesa. 
Há, neste caso, possibilidade de correição parcial que é feita no Tribunal (peça atípica) 
na hipótese do juiz agir ​contra legem​. Juiz não gosta de correição parcial, mas 
a lei autoriza, réu tem direito. 
Caberá correição parcial quando o juiz decidir ​contra legem ​do que a lei disser um direito do 
réu. 
Correição parcial varia de estado para estado. 
 
Lei n. 5.010/66 - Organização da Justiça Federal: 
- Art. 6º, inc. I; 
Lei n. 8.625/93 - Lei Orgânica do MP: 
- Art. 32, inc. I 
Regimento Interno do TJRS: 
- Art. 251. 
 
ALEGAÇÕES FINAIS ORAIS 
A oralidade é a regra. Exceção: escrito. 
 
MP Prazo: 20 minutos 
Defesa Prazo: 20 minutos 
 
● Prorrogáveis por mais 10 minutos. 
 
Após: juiz profere a sentença. Ou, se houver hipótese do art. 403, §3º CPP, pode determinar 
que seja por escrito. 
 
ART. 403 CPP: Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão 
oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e 
pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença. (Redação 
dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 3o O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, 
conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de 
memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença. (Incluído 
pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
Memoriais escritos quando: 
I. Multiplicidade de réus; 
II. Demanda complexa; 
 
- Assistente de acusação (10min + 10min em prorrogação para defesa) 
 
ALEGAÇÕES FINAIS ORAIS 
 
Sem Assistente de Acusação Com Assistente de Acusação 
- 20 min para acusação; 
- 20 min para defesa; 
- Prorrogáveis por +10 min/cada. 
- 20 min para acusação; 
- 10 min p/ assistente de acusação; 
- 20 min para defesa; 
- 10 min para defesa (prorrogação 
oriunda da figura do assistente) 
 
ART. 403, §1º CPP: ​Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão 
oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e 
pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença. (Redação 
dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 1o Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será 
individual. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
Há individualização no tempo de cada réu - não é dividido o tempo. 
 
- Se os memoriais forem apresentados escritos, sentença deve ser escrita. 
 
ART. 403, §3º CPP: Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão 
oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e 
pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença. (Redação 
dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 1o Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será 
individual. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 2o Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação desse, serão concedidos 
10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da 
defesa. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 3o O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, 
conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de 
memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença. (Incluído 
pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
● Prazo memoriais 5 dias 
● Prazo sentença 10 dias 
 
Se o prazo for desrespeitado: 
a) Petição requerendo a soltura ao juízo de 1º grau (obrigatoriamente); 
b) Habeas corpus ​ao Tribunal . 
 
FIM CONTEÚDO A1 
 
 
RITO DO TRIBUNAL DO JÚRI 
ProcedimentoBifásico 
 
1ª fase = 8 testemunhas 
2ª fase = 5 testemunhas 
 
Não há absolvição sumária no Rito do Tribunal do Júri, nos termos do art. 397 CPP 
 
A doutrina entende que mesmo que o CPP tenha silenciado sobre absolvição sumária, 
pode-se ter esse fenômeno. 
 
ART. 406 CPP ​- RESPOSTA À ACUSAÇÃO: 10 dias 
ART. 406, §2º CPP ​- Nº DE TESTEMUNHAS DA 1ª FASE (8) 
ART. 408 CPP ​- NOMEAÇÃO DE DEFENSOR PÚBLICO 
ART. 422 CPP ​- Nº DE TESTEMUNHAS DA 2ª FASE (5) 
 
ART. 406 CPP: ​O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará a citação do acusado 
para responder a acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei 
nº 11.689, de 2008) 
§ 1o O prazo previsto no caput deste artigo será contado a partir do efetivo cumprimento do 
mandado ou do comparecimento, em juízo, do acusado ou de defensor constituído, no caso 
de citação inválida ou por edital. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 2o A acusação deverá arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), na denúncia ou na 
queixa. 
§ 3o Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo que interesse a sua 
defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar 
testemunhas, até o máximo de 8 (oito), qualificando-as e requerendo sua intimação, quando 
necessário. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 
ART. 408 CPP: ​Não apresentada a resposta no prazo legal, o juiz nomeará defensor para 
oferecê-la em até 10 (dez) dias, concedendo-lhe vista dos autos. (Redação dada pela Lei nº 
11.689, de 2008) 
ART. 422 CPP: ​Ao receber os autos, o presidente do Tribunal do Júri determinará a 
intimação do órgão do Ministério Público ou do querelante, no caso de queixa, e do 
defensor, para, no prazo de 5 (cinco) dias, apresentarem rol de testemunhas que irão depor 
em plenário, até o máximo de 5 (cinco), oportunidade em que poderão juntar documentos e 
requerer diligência. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008). 
 
PRINCÍPIO DA PLENITUDE DE DEFESA 
ART. 5º, XXXVIII, “a” + 5º, LV CF/88 
- Assegura ao réu que haja julgamento em plenário e pleno julgamento; 
- Argumentos extrajurídicos/metajurídicos (sociológicos, antropológicos, políticos, 
religiosos, psicológicos etc) podem ser trazidos ao plenário; 
- Também é possível saber mais sobre os jurados. 
 
PRINCÍPIO DO SIGILO DAS VOTAÇÕES 
Convicção íntima 
- Vedação a unicidade de votação: se dá de forma silenciosa; 
- Sala especial (sigilosa). 
 
PRINCÍPIO DA SOBERANIA DOS VEREDITOS 
- Impossibilidade de reformar em instância superior (salvo revisão criminal, após 
trânsito em julgado ou anulação do plenário); 
- O mérito é exclusivo dos jurados, não podendo ser reformado por juiz. 
 
● Protesto por novo Júri - art. 593 (revogado) 
 
COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI 
Crimes Dolosos contra a Vida (tentados, consumados e conexos) 
Bem jurídico tutelado VIDA 
 
Crimes: Homicídio (Feminicídio, infanticídio e auxílio/instigação/induzimento ao suicídio) e 
aborto. 
 
CRIMES CONEXOS 
OBS.: Serão julgados também pelo Tribunal do Júri outros delitos - competência em razão 
da matéria. 
 
Sentença pode ser: a) Pronúncia; b) Impronúncia; ou c) Desclassificação. 
- Pronúncia: quando o juiz entende que a acusação do MP convenceu. 
- Limitar-se-á: art. 413, §1º CPP - indícios de autoria e prova da materialidade 
delitiva. 
Limites a imputação em plenário ​in dubio pro societate (na dúvida, a sociedade 
decide) 
OBS.: In dubio pro societate é invenção dos magistrados, não tendo nenhum amparo legal 
ou constitucional que justifique. É um desvirtuamento das premissas básicas. 
 
- Impronúncia: falta de um dos elementos quais sejam a) indícios de autoria; b) prova 
da materialidade delitiva. 
- Não levo a Júri - Remete ao juiz singular. 
- Absolvição: art. 415 CPP. 
 
JÚRI - PROCEDIMENTO BIFÁSICO 
O procedimento do Júri deverá ser concluído em 90 (noventa) dias - art. 412 CPP. 
 
A primeira fase é ​iudicium accusationis 
- Sumário da culpa ou juízo da acusação. 
- Juiz sumariante = juiz togado 
- Dura 90 dias. 
 
A segunda fase é ​iudicium causae 
- Juízo da causa. 
 
 
DECISÃO DA 1ª FASE 
1) Pronúncia ​- encerra o juízo de admissibilidade de um crime doloso contra a vida. 
Juízo de prelibação. 
a) Limite de imputação: limitar-se-á apontar existência de indícios de autoria e 
prova da materialidade delitiva ​fumus boni iuris, ​sem fazer valor de mérito. 
b) Exige prova mínima; 
c) Linha tênue entre o “fez” e “não fez” = resta dúvida; 
d) Além da dúvida razoável; 
e) Em caso de dúvida sobre provas = ​in dubio pro reu 
NULIDADES devem ser arguidas na 1ª fase até as alegações finais orais, antes da 
sentença. Se não alegadas, consideram-se sanadas. Obviamente, aqui trata-se de nulidade 
relativa, pois nulidade absoluta pode ser alegada a qualquer tempo. 
2) Impronúncia ​- havendo dúvida sobre a existência de crime, ou da presença de 
indícios suficientes, o juiz deve impronunciar o réu, aplicando o princípio do ​in dubio 
pro reu. 
a) STF​: Dúvida em relação a prova + contradição IMPRONÚNCIA 
b) Decisão interlocutória mista terminativa não aprecia o mérito - 
faz coisa julgada formal; põe fim a fase procedimental; terminativa porque 
acarreta a extinção do processo antes do final do procedimento. 
c) Prova nova: pode reabrir o procedimento - autoriza o oferecimento de nova 
peça acusatória; 
d) OBS.: DESPRONÚNCIA - Vai acontecer quando tiver decisão anterior de 
pronúncia, defesa apresenta RSE face a pronúncia, que é provido e altera a 
decisão, a nova decisão chama-se DESPRONÚNCIA. 
e) Despronúncia pode ser feita por duas vias: I) juiz sumariante através do juízo 
de retratação (589 ​caput ​CPP) ou II) Tribunal. Não pode-se recorrer por mera 
petição dessa decisão. O MP pode interpor ​apelação ​(416 CPP) 
 
ART. 589 CPP: ​Com a resposta do recorrido ou sem ela, será o recurso concluso ao juiz, 
que, dentro de dois dias, reformará ou sustentará o seu despacho, mandando instruir o 
recurso com os traslados que Ihe parecerem necessários. 
Parágrafo único. Se o juiz reformar o despacho recorrido, a parte contrária, por simples 
petição, poderá recorrer da nova decisão, se couber recurso, não sendo mais lícito ao 
juiz modificá-la. Neste caso, independentemente de novos arrazoados, subirá o recurso 
nos próprios autos ou em traslado. 
 
3) Absolvição Sumária ​- exige um ​juízo de certeza​ do juiz sumariante (416 CPP) 
a) Provada inexistência do fato; 
b) Provado não ser o acusado autor do delito; 
c) O fato não constituir infração penal; 
d) Demonstrado causa de isenção da pena ou exclusão de crime. 
ATENÇÃO: Se a doença mental (inimputabilidade) for a única tese defensiva, pode absolver 
sumariamente. Se não, não pode absolver sumariamente. 
Em havendo crime conexo, não se estenda a absolvição, somente para o crime doloso 
contra a vida. 
ART. 26 ​caput ​CP. 
ART. 81 CPP. 
ART. 416 CPP: ​Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá 
apelação. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
Sentença que absolve sumariamente: ​decisão de mérito; faz coisa julgada material; 
encerra a 1ª fase (​iudicium accusationis​); coloca fim ao processo. 
OU SEJA: ainda que surjam novas provas, após o trânsito em julgado, o acusado não 
poderá ser processado novamente pela mesma imputação. 
 
4) Desclassificação ​- art. 419 CPP: convencido de que é outro crime, diverso do 
apresentado pelo MP, não sendo juiz competente para julgamento, deve remeterao 
juízo competente. 
a) Homicídio desclassificação para latrocínio; 
b) Juiz entende que o crime é de infanticídio e não de homicídio, a ​decisão não 
será desclassificação, mas de pronúncia pois o infanticídio também é de 
competência do Tribunal do Júri. 
c) Em caso de conflito de dolo/culpa, a desclassificação deve ser feita pelo 
plenário. 
d) Nova capitulação jurídica na decisão de desclassificação, o juiz 
deve evitar antecipação de juízo de mérito. Deve limitar-se a dizer que não há 
crime doloso contra a vida. A tarefa de classificar é do juiz singular que 
receber os autos. 
 
DECISÕES NO JÚRI E RECURSO CABÍVEL: 
 
DECISÃO RECURSO CABÍVEL 
PRONÚNCIA RSE (RECURSO EM SENTIDO ESTRITO) 
IMPRONÚNCIA APELAÇÃO 
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA APELAÇÃO 
DESPRONÚNCIA APELAÇÃO 
DESCLASSIFICAÇÃO RSE (RECURSO EM SENTIDO ESTRITO) 
 
 
 
INSTRUÇÃO EM PLENÁRIO 
Art. 473 CPP 
 
ART. 473 CPP: ​Prestado o compromisso pelos jurados, será iniciada a instrução plenária 
quando o juiz presidente, o Ministério Público, o assistente, o querelante e o defensor do 
acusado tomarão, sucessiva e diretamente, as declarações do ofendido, se possível, e 
inquirirão as testemunhas arroladas pela acusação. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 
2008) 
§ 1o Para a inquirição das testemunhas arroladas pela defesa, o defensor do acusado 
formulará as perguntas antes do Ministério Público e do assistente, mantidos no mais a 
ordem e os critérios estabelecidos neste artigo.(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 2o Os jurados poderão formular perguntas ao ofendido e às testemunhas, por 
intermédio do juiz presidente. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 3o As partes e os jurados poderão requerer acareações, reconhecimento de pessoas 
e coisas e esclarecimento dos peritos, bem como a leitura de peças que se refiram, 
exclusivamente, às provas colhidas por carta precatória e às provas cautelares, 
antecipadas ou não repetíveis. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 
A) Oitiva do ofendido, se possível; oitiva direta das testemunhas (​direct adn across 
examination​) e presidencialista aos jurados (que perguntam ao juiz, que pergunta às 
partes). 
B) Realização de acareações, reconhecimento de pessoas e coisas, esclarecimento de 
peritos; 
C) Possibilidade de leitura de peças que se refiram, exclusivamente às provas colhidas 
por carta precatória e às provas cautelares, antecipadas ou irrepetíveis, buscando-se 
evitar a leitura de peças inúteis; 
D) Interrogatório do Réu - art. 474 CPP: sem algemas, como regra, salvo quando 
absolutamente necessário para ordem dos trabalhos; 
E) Debates orais - 476 + 477 CPP; 
a) Acusação: 1h30 (se + de um réu = 2h30); 
b) Defesa: 1h30 (se + de um réu = 2h30); 
c) Réplica acusação: 1h (se + de um réu = 2h); 
d) Réplica defesa: 1h (se + de um réu = 2h); 
e) Tréplica acusação: 1h (se + de um réu = 2h); 
f) Tréplica defesa: 1h (se + de um réu = 2h); 
g) Assistente de acusação: divide tempo que é da acusação. 
ART. 479 CPP:​ 3 dias para juntar aos autos documentos ou objetos utilizados em plenário. 
F) Leitura da explicação dos quesitos - 484 CPP 
G) Recolhimento a sala especial (onde ocorre a votação dos quesitos) - 485 CPP 
a) 2 cédulas: sim e não 
H) Ordem dos quesitos: 
a) Materialidade do fato; 
b) Autoria ou participação; 
c) Se o acusado deve ser absolvido; 
d) Se existe causa de diminuição de pena alegada; 
e) Se existe circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena 
reconhecida na pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram 
admissíveis a acusação. 
 
OBS. SOBRE OS QUESITOS: 
1) Constatando o juiz que a maioria atingida na resposta de um quesito é 4, não deve 
prosseguir. Forma de preservação dos jurados (princípio do sigilo das votações, art. 
483, §1º e 2º CPP); 
2) Havendo mais de um crime ou mais de um acusado, os quesitos serão formulados 
em séries distintas - art. 483, §6º CPP; 
3) Haverá sentença condenatória ou absolutória pelo juiz presidente do Júri de acordo 
com o que foi decidido pelos jurados - art. 492 CPP e lavratura de ata 494 CPP. 
Sentença: a) condenatória (492, I CPP) ou b) absolutória (492, II CPP) 
 
Art. 59 CP 1ª fase da dosimetria da pena 
 
PROCEDIMENTO SUMÁRIO 
Quase todo igual ao ordinário 
 
DIFERENÇAS: 
1) Audiência una, realizada ​até 30 dias após o recebimento da denúncia​ (não 
justificação plausível para não ser una; 
2) Testemunhas: máximo de 5 testemunhas - 531 e 532 CPP; 
3) Não tem diligências; 
4) Os debates são orais, não podem ser escritos; 
5) A sentença é oral; 
6) Apelação não passa pelo revisor, é direto ao Relator para julgamento. 
 
OBS.: 394, II CPP - Pena inferior a 4 anos. 
 
PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO 
Lei n. 9.099/95 (Lei híbrida: cível + penal) 
 
ART. 60 da Lei n. 9.099/95​ Começa o crime 
 
ART. 61 da Lei 9.099/95: Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, 
para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena 
máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. 
 
ART. 77 a 81 da Lei n. 9.099/95​ Aplicação da Lei às infrações de menor 
potencial ofensivo com pena de até 2 anos. 
 
A) Fase preliminar - audiência preliminar (art. 69 da Lei 9.099/95) 
a) Lavratura do Termo Circunstanciado (TC) - encaminhado ao juízo; 
b) Audiência preliminar (art. 70 + 72 da Lei 9.099/95) - presentes: 
i) Autor do fato; 
ii) Vítima; 
iii) Advogados; 
iv) MP; 
v) Juiz. 
- Pode ser feita (art. 73 da Lei 9.099/95): 
a) Composição dos danos - caráter pecuniário ($) Autor e Vítima; 
b) Transação penal - acordo entre Autor e MP (negócio jurídico); 
 
c) Não havendo conciliação na audiência preliminar, será facultado ao titular 
da ação oferecer a ​inicial oral​. 
OBS.: Testemunhas - até 5 testemunhas: alguns juízes entendem que devemos usar a 
previsão de até 5 testemunhas das contravenções penais; na maioria dos casos, são 3 
testemunhas. 
 
B) Audiência de Instrução e Julgamento: 
a) Nova tentativa de composição cível + transação penal; 
b) Defesa preliminar oral: antecede o recebimento; 
c) Reconhecimento ou rejeição da inicial; 
d) Oitiva da vítima e testemunhas de acusação e defesa; 
e) Interrogatório do Autor; 
f) Debates Orais; 
g) Sentença Oral. 
 
TC Audiência Preliminar (composição + transação) Audiência de 
Instrução e Julgamento (nova tentativa composição + transação) 
 
ETAPAS IMPORTANTES DA FASE PRELIMINAR 
A) Composição civil ​- art. 74 da Lei n. 9.099/95: homologação por sentença 
irrecorrível, que faz título executivo cível; 
a) Crime de ação penal privada: ​homologação de acordo extingue a 
punibilidade (consequências) - renúncia ao direito de queixa; 
i) não sendo homologado o acordo, pode-se ingressar com queixa oral: 
há divergência se feita a queixa oral pode-se oferecer a transação. 
Prevalece que sim, pode ser oferecida transação. 
b) Crime de ação penal pública condicionada à representação: ​homologado 
o acordo, há renúncia ao direito de representação. 
i) Art. 75, §ú: em não sendo homologado, pode representar de forma 
oral. Decai em 6 meses o direito de ação. 
c) Crime de ação penal pública incondicionada: ​homologação de acordo não 
extingue a punibilidade (não impede a propositura de uma transação e 
oferecimento de denúncia pelo MP) 
Ex.: Art. 130, 135 e 136 CP. 
 
 
Art. 130 ​- Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a 
contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
 § 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia:Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 § 2º - Somente se procede mediante representação. 
 
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à 
criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em 
grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: 
 Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
 Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão 
corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte. 
 
Art. 136 - ​Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou 
vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de 
alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou 
inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina: 
 Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa. 
 § 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
 § 2º - Se resulta a morte: 
 Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
§ 3º - Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de 
14 (catorze) anos. 
 
 
TRANSAÇÃO PENAL​ - Art. 76, Lei n. 9.099/95 
 
Instituto despenalizador = pré-processual 
 
Art. 76. ​Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública 
incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a 
aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. 
 § 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la 
até a metade. 
 § 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado: 
 I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de 
liberdade, por sentença definitiva; 
 II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela 
aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; 
 III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, 
bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida. 
 
 
* Se não for caso de arquivamento, MP verifica se é caso de oferecimento da denúncia. 
* É uma troca. Réu abre mão de se defender. 
 
STJ entende ser possível a transação em ação privada, mas seria entre querelante e 
querelado, e não com Réu e MP. 
 
● Não cabe a proposta pelo MP se ficar provado - art. 76, §2º lei n 9.099/95 
 
Quando não pode - §2º, 76: 
 
Súmula 536/STJ: ​A suspensão condicional do processo e a transaçã​o penal não se aplicam 
na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha. 
 
1) Casos em que o agente já foi condenado por crime com pena privativa de liberdade, 
com sentença definitiva; 
2) Casos em que o agente já foi beneficiado pela transação ou não antes, no prazo de 5 
anos; 
3) Os antecedentes, personalidade, conduta social, motivos e circunstâncias não 
condizem. 
 
https://scon.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc.jsp?livre=(sumula%20adj1%20%27536%27).sub.#TIT1TEMA0
 
 
HOMOLOGAÇÃO DA TRANSAÇÃO PENAL 
- Não gera reincidência nem antecedentes; 
- Não gera efeito civil, a parte lesada pode processar civilmente o Réu. 
 
Uma vez cumprida a transação penal, extingue-se a punibilidade na seara penal. 
 
Súmula Vinculante nº 35: ​A homologação da transação penal prevista no artigo ​76 da Lei 
9.099​/1995 não faz coisa julgada material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a 
situação anterior, possibilitando-se ao Ministério Público a continuidade da persecução penal 
mediante oferecimento de denúncia ou requisição de inquérito policial. 
 
 
 
PARTICULARIDADES DA FASE PROCESSUAL DO RITO SUMARÍSSIMO 
Art. 77 da Lei n. 9.099/95 
 
Art. 77. ​Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver aplicação de pena, pela 
ausência do autor do fato, ou pela não ocorrência da hipótese prevista no art. 76 desta Lei, o 
Ministério Público oferecerá ao Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver necessidade 
de diligências imprescindíveis. 
§ 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base no termo de ocorrência 
referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do exame do 
corpo de delito quando a materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova 
equivalente. 
§ 2º Se a complexidade ou circunstâncias do caso não permitirem a formulação da 
denúncia, o Ministério Público poderá requerer ao Juiz o encaminhamento das peças 
existentes, na forma do parágrafo único do art. 66 desta Lei. 
§ 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido poderá ser oferecida queixa oral, cabendo ao 
Juiz verificar se a complexidade e as circunstâncias do caso determinam a adoção das 
providências previstas no parágrafo único do art. 66 desta Lei. 
 
Defesa preliminar - acontece antes do recebimento da denúncia. 
 
1) Inicial é oral - 77 da lei: se não houver necessidade de diligência fundamental. 
2) Pode ser dispensado o exame de corpo de delito se a materialidade puder ser 
substituída de outro modo. Ex.: BO, exame médico particular ou algo equivalente que 
possa provar (§2º, 77). 
3) Não sendo encontrado o autor para ser citado pessoalmente, ou sendo complexa a 
causa, haverá encaminhamento ao juízo comum (rito sumário) - §3º, 77 + §ú, 66 = 
citação; §2º, 77 = complexidade. 
4) A defesa no rito sumaríssimo é preliminar, ou seja, ocorre antes do recebimento da 
denúncia (81 da Lei). 
5) Da rejeição da inicial, caberá apelação a ser interposta no prazo de 10 dias (tanto 
MP como querelante); 
6) Na sentença, será dispensado relatório (§3º, 65 + §3º, 81 - elementos da convicção 
do juiz - ambos da mesma lei) - fundamentação + dispositivo somente. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11305427/artigo-76-da-lei-n-9099-de-26-de-setembro-de-1995
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103497/lei-dos-juizados-especiais-lei-9099-95
 
 
Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor para responder à acusação, 
após o que o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou queixa; havendo recebimento, serão 
ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa, interrogando-se a seguir o 
acusado, se presente, passando-se imediatamente aos debates orais e à prolação da 
sentença. 
§ 1º Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, podendo o 
Juiz limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias. 
§ 2º De todo o ocorrido na audiência será lavrado termo, assinado pelo Juiz e pelas partes, 
contendo breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência e a sentença. 
§ 3º A sentença, dispensado o relatório, mencionará os elementos de convicção do Juiz. 
 
 
SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO 
 
Art. 89 da lei 9.099/95 
Art. 89. ​Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, 
abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor 
a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo 
processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos 
que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal). 
§ 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, 
recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado aperíodo de 
prova, sob as seguintes condições: 
 I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; 
 II - proibição de freqüentar determinados lugares; 
 III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz; 
IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e 
justificar suas atividades. 
§ 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, 
desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado. 
§ 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser 
processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano. 
§ 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso 
do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta. 
 § 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade. 
 § 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo. 
§ 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo prosseguirá 
em seus ulteriores termos. 
 
1) Pena mínima cominada ≥ 1 ano, abrangidas ou não por esta lei. Ou seja, qualquer 
crime. TODO E QUALQUER CRIME. Transcende a própria lei. 
Suspensão do processo pode ser de 2 a 4 anos. 
 
Súmula 723/STF: ​Não se admite a suspensão condicional do processo por crime 
continuado, se a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de 
um sexto for superior a um ano. 
 
2) Não confundir com suspensão da pena. Na suspensão condicional da pena, 
aplica-se o art. 77 do CP, pois nela haverá sentença e pena aplicada, mas será 
suspensa, enquanto que, na suspensão do processo, não há sentença, não há pena, 
o que se suspende é o processo. 
 
CONCEITO: ​Trata-se de uma proposta a ser efetuada pelo MP ao Autor do fato, quando 
presentes certos requisitos, que suspende temporariamente o processo ao mesmo tempo 
em que impõe determinadas condições do indivíduo. 
 
MOMENTO: ​Ocorre no oferecimento da denúncia. 
 
REQUISITOS: 
A) Pena mínima de até 1 ano (CUIDADO: não se aplica apenas as infrações de menor 
potencial ofensivo, mas sim a TODO E QUALQUER crime que preencha o tempo de 
1 ano); 
B) O autor do fato não pode estar sendo processado, nem já ter sido condenado; 
C) Culpabilidade, antecedentes, conduta social, personalidade do agente, motivos e 
circunstâncias precisam estar adequadas. (Ex.: Não pode ser contumaz no crime); 
D) Período de suspensão: 2 a 4 anos (chamado de período de prova); 
E) Aceitação da proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do juiz, este pode 
receber a denúncia e suspender o processo, submetendo o autor do fato ao período 
de prova, sob observância de condições. 
F) O juiz pode especificar outras condições, desde que adequadas (§1º e incisos do 89) 
G) A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser 
processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do 
dano. 
H) A suspensão pode ser revogada se processado por contravenção, ou descumprir as 
condições; 
I) Gera extinção da punibilidade quando expirado o prazo e não tiver ocorrido a 
revogação da suspensão; 
J) Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo; 
K) Acusado não aceita a proposta: precisa se defender, porque o processo seguirá. 
L) Caso o MP não ofereça a proposta, o juiz pode, por analogia ao 28 do CPP, ao caso 
e súmula 696/STF, remeter ao órgão de cúpula da instituição (ao Procurador Geral 
de Justiça) 
 
Súmula 696/STF: Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensão condicional 
do processo, mas se recusando o promotor de justiça a propô-la, o juiz, dissentindo, 
remeterá a questão ao Procurador-Geral, aplicando-se por analogia o art. 28 do Código de 
Processo Penal. 
 
 
CITAÇÃO 
 
Marco processual importante. Via de regra, é feita por Oficial de Justiça 
 
Réu preso = só pode ser citado por OJ 
Réu solto = Oficial de Justiça 
● Citação por carta precatória: citando em local certo e sabido, mas em outra comarca, 
que não a processante. Comarca deprecante = onde corre o processo; comarca 
deprecada = onde mora o citando; 
● Citação por carta rogatória: fora do país, em local certo e sabido. 
● Citação por hora certa: pessoal por OJ (remição ao CPC, arts. 238/259 + 362 CPP) - 
quando citando se esconde. 
● Citação por edital: quando citando está em local incerto e não sabido. Influencia no 
prazo prescricional (361 CPP). Se a citação inválida, é preliminar a ser arguida. 
○ Súmula 415/STJ - art. 109, CP: Prescrição em abstrato. 
 
Súmula 415/STJ: O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo 
da pena cominada. 
 
Art. 312 CPP: A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da 
ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da 
lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. 
 
 
NULIDADES 
 
Tipicidade processual: o ato processual tem que ser praticado em consonância com a 
CF/88. 
Juízo de subsunção = encaixe da conduta ao tipo penal (tipicidade penal) 
Função: assegurar a existência de um processo penal justo e de acordo com o devido 
processo legal. 
Processo é uma atividade típica - atos essenciais definidos em lei. 
Objetivo imediato = segurança jurídica aos sujeitos processuais 
Objetivo mediato/final = preparação para um provimento final justo 
 
Respeito à tipicidade: Ordenamento jurídico precisa dispor de um instrumento coercitivo 
para obrigar os sujeitos do processo a respeitar os modelos previstos na CF e lei processual 
 
Conceito de nulidade: ​sanção aplicada ao ato processual defeituoso, retirando-lhe a 
aptidão de produzir os seus efeitos regulares. 
Leva-se em conta a gravidade do defeito - consequências variam. 
 
 
 
1) Classificação conforme a gravidade: 
a) Defeitos sem consequência alguma: meras irregularidades. Ex.: utilização de 
abreviaturas. 
b) Defeitos que acarretam sanção extraprocessual: não invalidam os atos, mas 
trazem consequências externas. Ex.: Perito atrasa na entrega do laudo. 
c) Defeitos que acarretam invalidade processual: sujeito à declaração de 
nulidade. Pode ser absoluta ou relativa. 
d) Defeitos que acarretam a inexistência: violação que é tão grave que o ato 
sequer existe pra o Direito. Ex.: Sentença assinada por Oficial de Justiça. 
2) Classificação da perspectiva dos atos: 
a) Atos perfeitos - fiel à observância do modelo típico. 
b) Atos irregulares - não geram perda de efeitos processuais (só 
extraprocessual). 
c) Atos nulos - nulidade absoluta ou relativa. 
d) Atos inexistentes - não-ato. 
 
NULIDADES - DOIS SIGNIFICADOS: 
A) Sanção processual - nulidade como espécie de sanção aplicada ao ato processual 
defeituoso, retirando-se seus efeitos regulares. 
B) Defeito processual - nulidade como qualidade ou característica do ato processual. 
Nulidade como sinônimo de defeito, vício ou imperfeição. 
 
 
ESPÉCIES DE NULIDADES 
A) Nulidade absoluta: violação do interesse público, normalmente relacionada às 
garantias da CF. Prejuízo presumido (presunção ​iuris tantum - que admite prova em 
contrário). Arguição a qualquer momento: inocorrência de preclusão. ​No caso de 
uma sentença absolutória​, o trânsito em julgado convalida todas as nulidades. Se 
for uma ​sentença condenatória​,

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