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CIRURGIA GERAL HÉRNIA INGUINAL (CHECK-LIST + ANATOMIA) 1) Diagnosticou 2) Definiu a) Protrusão anormal de um órgão ou tecido através de um defeito em suas paredes adjacentes 3) Classificou se é direta, indireta ou oblíqua a) Direta: saco herniário sofre protrusão para fora e para frente, medialmente ao anel inguinal interno e vasos epigástricos inferiores. Resumindo: "sai diretamente da parede". b) Indireta (oblíqua externa): saco herniário passa obliquamente pelo anel inguinal interno em direção ao anel inguinal externo, lateralmente aos vasos epigástricos. Resumindo: "passa indiretamente pelo canal inguinal". c) Oblíqua interna: é extremamente rara, pois a região é fortalecida pelo músculo reto abdominal e sua bainha. Surge quando esse músculo está mal formado. Também chamada hérnia supravesical. Associado a extrofia de bexiga, nos casos de malformação do reto abdominal. 4) Fatores etiológicos a) Hérnia inguinal indireta ou oblíqua externa: i) Persistência do conduto peritônio vaginal ii) Fragilidade da parede abdominal: fraqueza do colágeno e fibras elásticas que compõem a borda medial do anel inguinal interno. b) Hérnia direta: i) Fatores anatômicos: musculatura frágil, não revestida ii) Fatores adquiridos: fragilidade da parede abdominal. 5) Mencionou o tabagismo como principal fator de risco de complicações cirúrgicas e possibilidade de recidiva 6) Orientou sobre a conduta pré-operatória a) Abstenção do tabagismo por pelo menos 3 semanas antes b) Interconsulta com o pneumologista c) Avaliação de doença prostática 7) Indicou tratamento cirúrgico 8) Indicou a técnica e explicou adequadamente Lichtenstein - “hernioplastia isenta de tensão”. Padrão-ouro da hérnia inguinal. infecção. reduz os elementos. Técnica: a) Reduz os elementos herniados b) Resseca saco herniário e coloca uma tela por baixo c) Fixa tela no ligamento inguinal com ponto contínuo d) Fixa no oblíquo interno com ponto separado ( tela suturada sobre a fáscia transversal). 9) Explicou o que é tela 10) Complicações a) Recidiva b) Infecção c) Orquite isquêmica d) Hidrocele e) Lesão do ducto deferente DOENÇA CALCULOSA DA VESÍCULA E VIAS BILIARES OSCE 2015: “Eram apresentadas folhas impressas com uma parte da anamnese da paciente e alguns exames séricos e um de imagem (USG de abdome) com diagnóstico de colelitíase. O aluno deveria completar a anamnese e explicar o resultado dos exames apresentados. Era indagado sobre a indicação de realização ou não da cirurgia da colelitíase; no entanto, o aluno deveria fazer o diagnóstico de cirrose hepática na paciente e explicar sobre a gravidade de seu caso (cursava já com vários sinais e sintomas que corroboravam para um quadro grave da doença), o qual, pelas condições clínicas, não propiciavam a indicação do procedimento cirúrgico (seria uma cirurgia de alto risco). Ademais, o avaliador analisou a capacidade de comunicação com o paciente e a relação médico-paciente. Muito cobrado: saber pedir os exames, saber interpretar os exames, saber as indicações para cada opção de tratamento e saber indicar o tratamento. A estação de cirurgia geral gosta muito de anatomia e de exame físico.” 1) Fatores de risco a) Mulheres de meia idade b) Obesos c) Hepatopatas d) Anemias hemolíticas e) Hormônios e gestação f) Vagotomia troncular (a vesícula deixa de contrair) g) Hemólise crônica h) Nutrição parenteral total, i) Cirrose hepática j) Diabetes mellitus k) Hiperlipidemia (...) 2) Colelitíase a) Maioria dos casos é assintomática (se tiver sintoma o mais prevalente é a cólica biliar, que costuma surgir depois de 30 minutos das refeições, devido liberação de CCK e contração da vesícula. Geralmente melhora com antiespasmódico. b) O exame de escolha é USG de abdome para diagnóstico de colelitíase. c) RNM é melhor do que TC, permite avaliação de vias biliares acima da vesícula. d) Os diabéticos mesmo que assintomáticos têm indicação cirúrgica, pois, complicações de uma colecistite é muito grave e) Pacientes imunossuprimidos possuem maior risco de choque séptico, se desenvolverem colecistite aguda, por isso tem indicação de colecistectomia profilática f) De modo geral, nos pacientes sintomáticos está indicado a colecistectomia Complicações da colelitíase: 1) Colecistite aguda calculosa a) Cólica biliar > 6h b) Taquicardia, febre e reação de defesa do QSD c) Sinal de Murphy positivo d) Para confirmar o diagnóstico pede-se também USG e) TC não é um bom exame para colecistite aguda f) Tratamento é colecistectomia 2) Coledocolitíase a) Quadro clínico i) Dor em QSD muito semelhante a dor da colelitíase ii) Vômitos iii) Icterícia obstrutiva iv) Colangite b) Exames complementares i) Enzimas canaliculares (FA e GGT), transaminases, bilirrubina total e frações ii) USG (primeiro exame), Colangiorressonância (pedir caso USG não fechar diagnóstico), Ecoendoscopia (é uma ultrassonografia endoscópica, mais específico para diagnosticar microcálculos) , CPRE , TC c) Tratamento i) Cirúrgica: coledocolitotomia, quando não resolver com CPRE ii) Endoscópica: retirada do cálculo pela papila (papilotomia endoscópica) >>>> tratamento de eleição por CPRE 3) Colangite a) Ocorre quando cálculo obstrui o colédoco e provoca uma estase da bile b) Pode ser aguda ou supurativa aguda (quadro de choque séptico grave) c) Quadro clínico: i) Tríade de Charcot: icterícia + dor em HCD + febre alta com calafrios ii) Pêntade de Reynolds (acontece nos casos de colangite aguda supurativa): tríade de Charcot + hipotensão + rebaixamento neurológico d) Tratamento: i) Antibioticoterapia: cefalosporina de 3ª geração ou quinolona, para gram - e metronidazol para anaeróbios ii) Drenagem biliar: colangite séptica ou colangite tóxica iii) Tratamento da causa: geralmente a causa é coledocolitíase PANCREATITE AGUDA 1) Etiologia a) Litíase biliar (principal causa) e álcool b) Idiopática c) Hiperlipidemia d) Hipercalemia (...) 2) Quadro clínico a) Dor abdominal epigástrica de forte intensidade que se irradia em faixa b) Náuseas e vômitos c) Elevação da amilase e/ou lipase d) Formas graves: dor abdominal pancreática (dor em faixa que irradia pro dorso, que melhora com decúbito ventral); vômitos; SIRS (taquicardia, febre, taquipnéia); se houver lesões de vasos retroperitoneais podem ter sinais de hemorragia retroperitoneal (sinal de Grey-Tunner, Cullen..) 3) Formas clínicas a) Leve (substrato anátomo patológico encontrado = edema) b) Grave (substrato anátomo patológico encontrado = necrose) 4) Critérios diagnósticos (2 dos 3) a) Dor abdominal fortemente sugestiva de pancreatite aguda b) Amilase ou lipase séricas pelo menos três vezes maiores que o limite superior da normalidade c) Achados característicos de pancreatite aguda à USG ou, preferencialmente, à TC com contraste, considerado melhor método de imagem 5) Exames complementares a) Amilase b) Lipase c) Leucocitose, bilirrubinas, FA, GGT, transaminase d) Rx simples (diagnósticos diferenciais) e) TC contrastada i) Indicações: (1) Diagnóstico clínico duvidoso (2) Pancreatite grave (3) Piora clínica com tratamento conservador inicial por 72h (4) Piora clínica aguda após melhora inicia 6) Prognóstico: piora com a obesidade, idade e PCR elevada 7) Tratamento a) Forma leve i) Jejum (até melhora do quadro e peristalse presente) ii) Analgesia: menos morfina, que provoca constrição do esfíncter de Oddi, levando piora da pancreatite iii) Hidratação venosa iv) Controle eletrolítico/ácido-básico (hipocalemia; alcalose metabólica) b) Forma grave i) UTI ii) Dieta VO zero prolongada iii) Analgesia iv) Hidratação venosa vigorosa v) Controle eletrolítico/ácido-básico vi) Aminas vasopressoras: dobutamina, noradrenalina vii) Antibioticoterapia profilática: quando há necrose > 30%. Muitos serviços usam ciprofloxacino + metronidazol como primeira escolha. Depois usam imipenem. viii) Quando há necrose: cirurgia + antibioticoterapia (necrose infectada): necrosectomia APENDICITE AGUDA OSCE 2013: “Você deveria falar que era apendicite (cite antes que é abdome agudo, pramostrar que você pensa sindromicamente) e dar diferenciais. Depois deveria pedir exames complementares. Depois ele pedia pra falar dos sinais sugestivos de apendicite e explicar: Chutro, Lapinski, Lenannder, Markel, Blumberg, Rovisig... Tinha que dizer 3. Depois ele perguntava como tratar – apendicectomia; quais cirurgias possíveis – estéticas e não estéticas (deixava passar sem nome de cada técnica); pontos de incisão – FID, laparotomia infraumbilical mediana, laparotomia xifo púbica. Quais planos deveriam ser incisados e onde terminava a fáscia posterior dos músculos abdominais. Quase terminando ele perguntava das fases da apendicite aguda – catarral, flegmonosa, abcedada, gangrenada e perfurada. Pra terminar, ele perguntava as posições do apêndice vermiforme no 3º, 6º e 8º mês – tem figuras nos livros e na internet que mostram a progressão desta localização.” 1) Quadro Clínico a) Anorexia b) Dor epigástrica, mal definida, que localiza-se posteriormente em FID c) Náuseas e vômitos d) Febre baixa 2) Exame Físico a) Palpação dolorosa em FID b) Hipersensibilidades cutânea c) Diminuição de RHA d) Sinais: i) Sinal de Blumberg: dor à descompressão brusca no ponto de McBurney ii) Sinal de Rovsing: palpação do quadrante inferior esquerdo do abdome causa dor no quadrante inferior direito iii) Sinal de Lapinsky: dor a compressão do ceco contra a parede posterior do abdome, enquanto o doente eleva o membro inferior direito estendido iv) Sinal de Aaron: dor referida em epigástrio durante compressão mantida no ponto de McBurney 3) Exames Complementares a) Laboratoriais i) Leucocitose moderada com neutrofilia ii) Leucograma normal, mas com desvio à esquerda iii) Urina normal b) Imagem i) USG: é um excelente método ii) TC: melhor método iii) RX: péssimo 4) Diagnósticos Diferenciais a) Gastroenterite b) Doença inflamatória pélvica c) Cisto ovariano roto d) Gravidez ectópica e) Cálculos ureterais 5) Tratamento a) Apendicectomia i) Apendicite não perfurada (1) ATB profilático (cefoxitina dose única) ii) Apendicite perfurada (1) ATB de amplo espectro (cefalosporina de terceira geração + metronidazol) MEGAESÔFAGO CHAGÁSICO 1) Definição: síndrome de disfagia consequente a redução quantitativa dos neurônios intramurais do esôfago (destruição dos plexos de Auerbach e Meissner), ao nível da musculatura lisa, com alteração motora caracterizada por falta de peristaltismo e acalásia do esfíncter inferior do esôfago. 2) Diagnóstico a) Quadro clínico: disfagia progressiva, regurgitação, odinofagia, dor retroesternal, tosse, pirose, sialose, constipação. b) Sorologia para Chagas c) RX contrastado de esôfago, estômago e duodeno (REED) i) Estase do contraste ii) Afilamento gradual e regular na região de transição esofagogástrica ("em cauda de rato") iii) Ondas terciárias iv) Ausências de bolhas gástricas d) Manometria de esôfago i) Ausência de peristaltismo no corpo esofagiano ii) Relaxamento ausente ou incompleto do EIE iii) Tônus pressórico basal do EIE elevado iv) Pressão intra-esofágica maior que a pressão intra-gástrica e) EDA i) Não é o melhor exame, vê só a mucosa 3) Diagnósticos Diferenciais a) Divertículos do esôfago b) Distúrbios funcionais c) DRGE d) Ingestão de cáusticos e) Estenoses orgânicas por neoplasias 4) Classificação de Rezende com base no estudo radiológico a) Grupo 1: Sem dilatação. Retardo no esvaziamento. b) Grupo 2: Pequena dilatação e ondas terciárias. c) Grupo 3: Dilatação maior e atonia das paredes. d) Grupo 4: Esôfago deita-se sobre o diafragma. Dolicomegaesofago. 5) Tratamento a) Grupo 1 (não avançado) i) Farmacológico: uso de procinéticos ii) Dilatação endoscópica (obs: indicado para pacientes sem condições clínicas de fazer cirurgia ou Grau I) b) Grupos 2 e 3 i) Farmacológico ii) Dilatação endoscópica iii) Toxina botulínica iv) Cirurgia (1) Heller-Pinotti (cardiomiotomia +fundoplicatura parcial): cardiomiotomia (corta a camada muscular da cárdia). O bolo alimentar desce bem dessa forma, mas causa refluxo. Cirurgia de Pinotti: cirurgia de Heller com válvula anti-refluxo (fundoplicatura). c) Grupo 4 i) Cirurgia (1) Serra-Dória (esofagectomia): anastomose látero-lateral entre esôfago distal e fundo gástrico + gastrectomia em Y-de-Roux para evitar refluxo gastroesofágico. CA DE ESÔFAGO 1) Quadro clínico: disfagia progressiva, emagrecimento, odinofagia, tosse crônica, halitose, rouquidão, anemia ferropriva, hemorragia (fístula aorto-esofágica súbita → morte), ascite, derrame pleural (carcinomatose peritoneal), soluços. 2) Diagnóstico: a) Exame radiológico contrastado de esôfago b) EDA c) Exames laboratoriais → não específicos i) Envolvimento hepático - aumento da fosfatase alcalina sérica ou transaminases ii) Desnutrição - diminução da albumina iii) Doença hepática, metástase ou desnutrição - aumento no tempo de protrombina iv) Metástase óssea - hipercalcemia v) Anemia - com ou sem deficiência de ferro pode estar presente assim como aumento na taxa de segmentação eritrocitária (VHS). 3) Classificações a) Adenocarcinoma: i) Esôfago de Barret ii) DRGE iii) Estenose péptica iv) Úlcera v) Divertículo de Zenker vi) HPV 16-18 b) Carcinoma epidermoide: i) Bebidas quentes ii) Lesões cáusticas iii) Acalásia iv) Plummer Vinson (aneis formados em quem tem anemia perniciosa) 4) Tratamento: a) Cirúrgico i) obs: tto dos linfonodos - pode se disseminar para mais linfonodos que o CA de estômago. Cirurgia mais extensa e complexa. CA DE ESTÔMAGO OSCE 2018.1: “Paciente tinha história bastante inespecífica, com perda de peso. Fez uma endoscopia (tinha a imagem do exame), mas perdeu o laudo. Queria viajar, mas não podia deixar porque havia a suspeita de câncer e tinha que esperar o laudo da biópsia.” 1) Epidemiologia: o carcinoma gástrico é o mais comum (90-95%), então se cobrar na hora algo do tipo, chuta esse rs 2) Quadro Clínico: dor epigástrica, perda ponderal, plenitude gástrica, desconforto epigástrico, anorexia, náuseas e vômitos, fadiga, diarreia, constipação, hematêmese/melena 3) Exame Físico: massa abdominal palpável, caquexia, linfonodo supraclavicular esquerdo palpável (linfonodo de Virchow), infiltração tumoral do umbigo (nódulo da Irmã Maria José), metástase peritoneal palpável pelo toque retal (prateleira de Blummer), massa ovariana palpável (tumor de Krukenberg), na região axilar esquerda (nódulo de Irish) hepatomegalia, ascite, icterícia 4) Causas: a) Fatores ambientais e dietéticos: i) Tabagismo ii) Dieta rica em sal, defumadas ou precariamente conservadas, com conteúdo elevado de nitratos, nitritos e aminas secundárias → gastrite atrófica iii) Baixa ingestão de vitamina A e C b) Grupo sanguíneo e fatores genéticos i) Grupo A ii) Consanguinidade iii) Anemia perniciosa iv) História familiar v) CA de cólon retal não polipoide familiar c) Fatores sócio-econômicos i) Condições sanitárias e de higiene precárias ii) Superpopulação, iii) Desnutrição iv) Conservação inadequada de alimentos d) Condições pré-cancerosas i) Gastrite crônica atrófica e metaplasia intestinal ii) Estômago operado iii) Anemia perniciosa iv) Pólipos gástricos e) Infecção pelo H. pylori 5) Diagnóstico a) EDA b) TC (avaliar extensão, acometimento de linfonodos) 6) Tratamento a) Gastrectomia com esvaziamento linfonodal i) Gastrectomia total: CG proximal, cujo prognóstico é pior do que o do distal. ii) Gastrectomia subtotal: CG distal com 5 cm de margens livres (mais vantajosa por apresentar menor índice de complicações e sobrevida em cinco anos similar ao da gastrectomia total) ABDOME AGUDO OSCE 2013: “Acompanhante de paciente que está acamado vem tirar as dúvidas com você. Paciente encontra-se com dor abdominal em toda a região abdominal (sem ponto específico), do tipo cólica e de alta intensidade, há 6 dias. Há 2 dias a dor piorou, e evolui para obstipação intestinal. Paciente apresenta febre, náuseas e vômitos e ao exame físico apresenta tudo normal, exceto boca bastante seca, e abdome dolorido à palpação (sem ponto específico) que não piora à descompressão brusca.Sem qualquer sinal positivo (em abdome) e na história, que não tem qualquer fator de risco extra, informa que há 4 anos se submetera à apendicectomia. A acompanhante começa a te perguntar “o que o paciente tem”. Você faz algum monte de pergunta pra complementar, acaba descobrindo que não tem dados específicos que ocasionaram o início da dor (alimentação, trauma, etc.), e deveria ter evoluído a ideia para algum tipo de abdome agudo. Ela pergunta se tem algum exame pra confirmar, ou se vai solicitar mais algum. Você deveria solicitar RX, hemograma, amilase (afastar pancreatite), função renal (uréia e creatinina). Ela então lhe entregaria os exames. Tinha uma leucocitose com desvio (18.000), hemácias ligeiramente aumentadas, e amilase aumentada (230). O hemograma tinha padrões, os demais não. Ao RX você observava distensão de alça abdominal, principalmente em alças de delgado com grande quantidade de ar em sigmóide. A acompanhante queria saber como o paciente adquiriu a doença. Qual seria seu procedimento (internação imediata para cirurgia), se você demoraria muito a fazer a cirurgia (o mais breve possível), e o que você faria antes de enviá-lo para o CC (reposição hídrica e analgesia para melhora a dor). Ela perguntava se ele iria melhorar depois e se a cirurgia tinha muito risco. CLÍNICA MÉDICA + ANESTESIO AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA 1) Consulta pré-anestésica a) Anamnese i) Doenças pré-existentes ii) Portador de alguma alergia iii) Uso de medicamentos, iv) Já se submeteu anteriormente a alguma cirurgia onde foi necessário a utilização de anestesia e qual a cirurgia (ou procedimento) que este paciente irá realizar e/ou a que será submetido b) Exame Físico i) Sinais vitais: ii) Avaliação da permeabilidade das vias aéreas: a presença de dentes falhos, anômalos e próteses; anormalidades da boca, da cavidade oral, do queixo e do pescoço. Obs1: testes preditivos de intubação orotraqueal (IOT) difícil podem ser citados: teste de Mallampati; distância https://pt.wikipedia.org/wiki/Alergia https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicamento https://pt.wikipedia.org/wiki/Cirurgia esterno-mento (distância igual ou menor que 12,5 cm é considerada sugestiva de intubação difícil); distância tiro-mento; comprimento entre os incisivos durante protrusão voluntária; visibilidade da úvula (Mallampati > 2); forma do palato (muito arqueado ou estreito); e largura do pescoço. Obs2: ventilação difícil: presença de barba; ausência de dentes; IMC > 26 kg.m-2; idade > 55 anos; Mallampati III ou IV; protrusão mandibular limitada e histórico de apneia do sono ou roncos. iii) Exame cardiopulmonar, incluindo a ausculta. 2) Risco anestésico-cirúrgico a) Classificação do estado físico de acordo com a escala da ASA (American Society of Anesthesiologists): i) ASA I – Paciente saudável; ii) ASA II – Paciente com doença sistêmica leve ou moderada, sem limitação funcional; iii) ASA III - Paciente com doença sistêmica severa, com limitação funcional; iv) ASA IV - Paciente com doença sistêmica severa, representa risco de vida constante; v) ASA V - Paciente moribundo com perspectiva de óbito em 24 horas, com ou sem cirurgia; vi) ASA VI - Paciente com morte cerebral, mantido em ventilação controlada e perfusão, para doação de órgãos (transplante); OBS.: Quando o procedimento é considerado de emergência, acrescentar "E" à classificação ASA. b) INTUBAÇÃO TRAQUEAL 1) Colocou os equipamentos de proteção individual (luva, máscara, óculos, gorro, capote/jaleco) 2) Monitorização adequada? (monitor cardíaco, pressão arterial não invasiva, oxímetro de pulso) 3) Solicitou (aspirador, acesso venoso, oxigênio, máscara e ambu) 4) Montou o laringoscópio corretamente e escolheu a lâmina adequada? Escolheu o tubo orotraqueal adequado? 5) Realizou a pré-oxigenação de forma adequada por 3 a 5 min e com FiO2 = 100% 6) Hipnótico (etomidato, midazolam), Opióide (fentanil) e bloqueador neuromuscular (succinilcolina) 7) Realizou a técnica de intubação com laringoscopia (segurando o laringoscópio com mão esquerda, entrando pela comissura labial direita, centralizando, visualizando a epiglote,posicionando a extremidade do https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_sist%C3%AAmica laringoscópio na valécula, elevando a epiglote, visualizando a corda vocal e introduzindo o tubo orotraqueal) 8) Orientou ou insuflou o balonete do tubo orotraqueal 9) Identificou o correto posicionamento do tubo orotraqueal (auscultou o epigástrio, bases e ápices de ambos os pulmões, Rx de Tórax) 10) Monitor de Capnografia (capnógrafo). Colocação de EPI + equipamentos + pré-oxigenação + intubação + insuflar o balonete (insuflar até a pressão máxima, entre 25 e 30 cmH2O). - https://www.youtube.com/watch?v=UuIus1mluSY Monitorização cardíaca Vermelho – RA – 2ª espaço intercostal direito (braço direito) – right arm Amarelo – LA – 2º espaço intercostal esquerdo (braço esquerdo) – left arm Preto – RL – torácica inferior direita – right leg Verde – LL – torácica inferior esquerda – left leg Branco – C – 4º espaço esternal direito – chest GASTRO + COLOPROCTO https://www.youtube.com/watch?v=UuIus1mluSY DRGE 1) Cumprimentou o paciente e se apresentou 2) Reconheceu o diagnóstico de DRGE a) Clínico: pirose ascendente, regurgitação, alívio com uso de antiácidos, mais frequente pós-prandiais, em decúbito dorsal horizontal e decúbito lateral direito (melhora com o esquerdo). b) Exames complementares: EDA (baixa sensibilidade para o diagnóstico de DRGE (sensibilidade ao redor de 50%), mas é importante no diagnóstico diferencial com outras enfermidades, particularmente o câncer de esôfago. Além disso através dela é possível ver lesões que podem ser consideradas conseqüências do refluxo gastroesofágico, tais como erosões, úlceras, estenose péptica e esôfago de Barrett. A pHmetria de 24 horas também pode ser indicada a depender do resultado da endoscopia e apesar de não ser mais considerada o padrão de referência para a DRGE, este ainda é o melhor método disponível para caracterizar o refluxo gastroesofágico e permitir a correlação dos sintomas com os episódios de refluxo. 3) Interpretou o laudo histopatológico 4) Comunicou o diagnóstico de BARRETT a) É uma doença na qual há uma mudança anormal (metaplasia) nas células da porção inferior do esôfago. Acredita-se que seja causada por uma exposição prolongada ao conteúdo ácido proveniente do estômago (esofagite de refluxo). Na EDA pode ser notada uma lesão de "cor salmão" ou "cor vermelho-róseo". O médico que realiza o exame endoscópico recolhe amostras da lesão esofágica. Na biópsia vê-se a presença de epitélio colunar na porção inferior do esôfago, substituindo o epitélio escamoso normal do esôfago. Esta transformação do epitélio é um exemplo de metaplasia. Apesar de o epitélio colunar ser capaz de suportar melhor a ação erosiva das secreções do estômago; esta metaplasia confere um risco aumentado de câncer no esôfago do tipo adenocarcinoma. As células colunares metaplásicas podem ser de dois tipos: gástricas (similares às do estômago, que não são tecnicamente um esôfago de Barrett) ou intestinais (similares às células dos intestinos). Uma biópsia da área afetada geralmente irá apresentar uma mistura de ambos os tipos. A metaplasia intestinal confere um risco maior de malignidade. b) Conduta no esôfago de Barrett i) Endoscopia para todos de 2 em 2 anos ii) Endoscopia com biópsia verificou displasia de baixo grau: EDA de 6 em 6 meses https://pt.wikipedia.org/wiki/Metaplasia https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula https://pt.wikipedia.org/wiki/Es%C3%B4fago https://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%B4mago https://pt.wikipedia.org/wiki/Esofagite_de_refluxo https://pt.wikipedia.org/wiki/Epit%C3%A9lio_colunar https://pt.wikipedia.org/wiki/Epit%C3%A9lio_escamoso https://pt.wikipedia.org/wiki/Metaplasia https://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%B4mago https://pt.wikipedia.org/wiki/Adenocarcinoma https://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%B4mago https://pt.wikipedia.org/wiki/Intestino iii) Endoscopia com biópsia verificou displasia de alto grau:repetir e confirmar o anatomopatológico e tratar como CA in situ do esôfago. 5) Redação da receita: Nome do paciente, data, assinatura 6) Redação da receita: Nome do medicamento e dose adequada. Posologia adequada 7) Redação da receita: Letra legível e formatação adequada 8) Esclareceu o mecanismo de ação do antiácido a) Os antiácidos são medicamentos que aumentam o pH gástrico, neutralizando o ácido clorídrico (HCl) liberado pelas células gástricas (células parietais). 9) Esclareceu mecanismo de ação do IBP ou AH2 a) Eles são pró-farmacos que são ativados em meios ácidos. Após a sua absorção na circulação sistêmica, o pró-farmaco difunde-se nas células parietais do estômago e acumula-se nos canalículos secretores ácidos, sendo aí ativado e retido. Ele inibe irreversivelmente a bomba prótons, ou H+/K+ ATPase, na membrana das células parietais gástricas. A diminuição da atividade dessa proteína diminui a concentração de H+ no lúmen gástrico, e portanto aumenta o pH, tornando-o menos ácido. Assim, o fármaco não pode difundir-se novamente através da membrana canalicular. A secreção de ácido só retorna após a síntese de novas moléculas da bomba e sua inserção na membrana luminal, proporcionando, assim, uma supressão prolongada da secreção ácida (de até 24-48 h). 10) Esclareceu sobre efeitos adversos: cefaléia, diarréia, alterações de microbiota, pólipos gástricos, absorção de cálcio e B12 (pelo menos 2). obs: Indicações do tratamento cirúrgico (consenso brasileiro de DRGE): impossibilidade de continuidade do tratamento, exigência de uso contínuo de IBP em pacientes < 40 anos, estenose, úlcera e adenocarcinoma. OSCE 2010: “Tratamento de DRGE com medidas comportamentais, fazer a receita do omeprazol e falar outros tratamento possíveis (antiácido e tal) e efeitos colaterais do omeprazol.” ● Medidas comportamentais: Elevar a cabeceira da cama; moderar a ingestão dos seguintes alimentos, na dependência da correlação com os sintomas: gorduras, cítricos, bebidas alcoólicas, bebidas gasosas, menta, molho de tomate, chocolate, condimentos em excesso; evitar deitar-se logo após as refeições; evitar refeições copiosas, procurando fracionar a dieta; suspender o consumo de tabaco; evitar líquidos durante a refeição; cuidados especiais para medicamentos potencialmente “de risco”, anticolinérgicos, teofilina, antidepressivos tricíclicos, bloqueadores de canais de cálcio, agonistas beta-adrenérgicos, alendronato; e redução do peso corpóreo. OSCE 2012: esofagite erosiva + hérnia hiatal. O paciente trazia o resultado de uma EDA que mostrava esofagite erosiva + hérnia hiatal. Era preciso explicar o resultado do exame, fazer a prescrição (IBP + pró-cinético), e falar para o paciente as medidas gerais para o controle da doença (elevar cabeceira da cama, não fazer refeições copiosas, não comer à noite, etc.). Cirurgia. ● Hérnia de hiato: IBP + domperidona 30mg ● Indicação cirúrgica ○ HH por deslizamento: sobe parte da cárdia. Não estrangula nem encarcera. Não tem indicação cirúrgica. ○ HH paraesofagiana/rolamento: sobe o fundo gástrico. Pode encarcerar e estrangular. Tem indicação cirúrgica. ○ HH mista: sobe cardia + fundo gástrico ● A intervenção cirúrgica consiste na recolocação do esôfago na cavidade abdominal, na aproximação dos pilares do hilo diafragmático https://pt.wikipedia.org/wiki/PH (hiatoplastia) e no envolvimento do esôfago distal pelo fundo gástrico (fundoplicatura) - Fundoplicatura de Nissen ICTERÍCIA (COLESTASE) 1) Questionou o tempo e modo de evolução da icterícia 2) Questionou a presença de colúria, acolia e prurido 3) Questionou sobre dor abdominal: localização e intensidade 4) Questionou sobre presença de febre, náuseas/vômitos 5) Questionou sobre perda de peso 6) Antecedentes pessoais: álcool, medicamentos, transfusão de sangue 7) Doenças prévias: hepatites, doenças familiares 8) Solicitou BT(BD e BI), TGO, TGP 9) Solicitou FA, GGT, albumina, atividade de protrombina a) Aumento da fosfatase alcalina Aumento da gama-GT Aumento das transaminases (TGO e TGP) Aumento da bilirrubina (principalmente BD) Atividade de protrombina normal ou abaixada 10) Indicou hipóteses diagnósticas: síndrome colestática que se instalou recentemente após episódio de cólica biliar. Obs: lembrar que colangiografia mais sensível para cálculos no colédoco e USG para cálculos na vesícula. A conduta mais adequada, em ambos os achados, é a retirada do cálculo responsável pela obstrução do ducto e ressecção cirúrgica do órgão no caso de haver mais pedras dentro da vesícula. OSCE 2009: “Tinha uns exames tgo, tgp, fa e ggt e um exame contrastado. Tinha que falar que era uma coledocolitíase obstruindo o colédoco e por isso as enzimas canaliculares estavam aumentadas”. ÚLCERA PÉPTICA + H. PYLORI OSCE 2011: “Paciente traz a endoscopia com teste de urease positivo e úlcera duodenal. Explicar diagnóstico e fazer receita. Lembrar que endoscopia deverá ser refeita em 8 semanas.” 1) Quadro clínico: dor epigástrica, tipo queimação, com ritmicidade, ou seja, com horário certo para seu aparecimento, guardando íntima relação com o ritmo alimentar, ocorrendo 2 a 3 horas após a alimentação ou à noite (lembrar do clocking - ocorrência de dor noturna, acordando o paciente à noite, entre meia-noite e 3 horas da manhã. Aparece em aproximadamente 2/3 dos ulcerosos duodenais), e cedendo com o uso de alimentos ou alcalino. Perguntar sobre perda de peso e astenia, vômitos (hematêmese) e alteração da cor das fezes (melena). Perguntar também sobre alcoolismo, tabagismo e uso de medicamentos (AINES/corticoides) a) Úlcera gástrica: dói - come - passa b) Úlcera duodenal: não dói - come - dói - passa 2) H. pylori: a) Diagnóstico: i) Invasivos (1) EDA com biópsia gástrica ii) Não-invasivos (1) Cultura, histologia, teste rápido da urease (a bactéria produz ureia), reação em cadeia da polimerase (PCR), teste respiratório com carbono marcado, pesquisa nas fezes, sorologias b) Tratamento: i) Esquema inicial: (1) Inibidor de bomba protônica (IBP) em dose padrão, uma vez ao dia + amoxicilina 1,0 g + claritromicina 500 mg, duas vezes ao dia, durante 7 dias ii) Re-tratamento (1) Substitui Claritromicina (macrolídeo) por Levofloxacina (quinolona) c) Controle da erradicação: EDA oito semanas, no mínimo, após o final da medicação anti-H. pylori 3) Complicações: hemorragia digestiva alta (manifestada por melena, hematêmese ou por perda de sangue oculto nas fezes), perfuração e obstrução piloro-duodenal 4) Tratamento: IBP + dois antibacterianos por um período de 7 a 10 dias EMERGÊNCIA TEP - quadro clínico inespecífico: dor, dispnéia, sinais e sintomas de TVP, tosse, hemoptise Caso 1: “Paciente de 56 anos admitido com dor torácica de intensidade moderada, início súbito, tipo pontada, em hemitórax esquerdo. A dor não irradia. Início dos sintomas há aproximadamente 3h associada à desconforto respiratório. A dor piora ao tossir e respirar profundamente. Refere hipertensão e tabagismo. Está em tratamento para neoplasia de intestino com quimioterapia.” FC: 112 bpm, SaO2 90% Caso 2: “Paciente, sexo masculino, 60 anos, com história de câncer ativo e imobilização prolongada, chega ao PS desacordado, acompanhado de filha. Ela conta que antes de desmaiar, o pai relatou dor no peito, além de ter tossido sangue.” 1- Examine o paciente. 2- Tome as medidas pertinentes ao caso. 3- Tire as duvidas da filha OBS: Como reconhecer o paciente grave? a) Rebaixamento agudo do nível de consciência (queda na escala de coma de Glasgow > 2 pontos). b) Alterações importantes dos sinais vitais: i) Frequência respiratória (FR) > 36 ou < 8 ipm ou uso de musculatura acessória ii) Saturação arterial de oxigênio (Sat O2) < 90% iii) Frequência cardíaca (FC) > 130 ou < 40 bpm iv) Pressão arterial sistólica (PAS) < 90 mmHg v) Enchimento capilar (EC) > 3 segundos c) Pacientes com achados potencialmente emergenciais: i) Precordialgia ou dor torácica ii) Febre com suspeita de neutropenia iii) Suspeita de obstrução de via aérea iv) Alterações neurológicas agudas:déficits motores, afasias, convulsões, delirium v) Intoxicações agudas vi) Hematêmese, enterorragia ou hemoptise vii) Dor intensa 1º passo: se estiver fora do ambiente hospitalar, pedir ajuda! Ligue para o SAMU (192), solicite o desfibrilador. 2º passo: A: checar e permeabilizar vias aéreas (elevar cabeceira 45° e cânula de guedel) B: checar respiração - ver se está presente, se não tiver tem que fazer duas de resgate C: checar pulso carotídeo (não custa checar o radial também rs). Caso não se constate pulso em no máximo 10 segundos, iniciar as compressões torácicas e seguir os protocolos estabelecidos pelo ACLS. Caso se constate presença de pulso, realizar a sequência “M.O.V.”. 3º passo: Monitorização - solicitar monitorização cardioscópica e aferir pressão arterial. Oxigênio - verificar oximetria de pulso e orientou oxigenioterapia (Caso na monitorização seja encontrada saturação periférica de oxigênio < 90%, oxigênio deve ser ofertado por meio de dispositivos que oferecem maior quantidade de O2, como máscaras de alto fluxo, de Venturi ou de Douglas. Se a saturação for > 90%, cateter nasal de O2 com fluxo de 3 L/min é, muitas vezes, suficiente neste primeiro momento. Avaliar Cianose. Veia - solicitar acesso venoso (dois acessos calibrosos, antecubitais, com jelco 16 ou 18, de preferência nos dois membros) e glicemia capilar (sempre que tiver alteração do nível de consciência) ECG + exames laboratoriais Padrão da embolia pulmonar: S1Q3T3 - presença de S amplo em D1, onda Q em D3 com onda T negativa em D3 obs: RX tem alteração em 70% dos casos (Giba de Hampton e Sinal de Westemark) 4º passo D: Escala de Glasgow (resposta motora, ocular e verbal) e verificar pupila 5º PASSO: anamnese objetiva + exame físico (o que não tiver sido feito durante o MOVE) Obs: Exame físico mínimo em pacientes potencialmente graves ● Exame neurológico mínimo: escala de coma de Glasgow, procura de déficits motores nos quatro membros e simetria, avaliação de pupilas e de sinais de meningismo. ● Exame cardiovascular mínimo: ausculta cardíaca nos quatro focos principais (avaliação do ritmo, de sopros, B3 e de abafamento de bulhas), procura de estase jugular, avaliação da perfusão periférica e dos pulsos periféricos (presença e simetria). ● Exame pulmonar mínimo: ausculta pulmonar pelo menos em quatro campos pulmonares (procura de crepitações, sibilos, derrames, roncos) e inspeção sobre o uso de musculatura acessória. ● Exame abdominal mínimo: sinais de peritonismo, dor e grandes massas e visceromegalias. ● Membros: edemas, sinais de empastamento de panturrilhas. ● Aspecto geral: avaliação de mucosas e do estado geral do paciente, procurando por sinais de desidratação, cianose, icterícia, petéquias ou palidez cutânea. 6º PASSO: diagnóstico de TEP - angio-TC define o diagnóstico definitivo 7º PASSO: explicar fatores de risco para a filha (idade > 50 anos, imobilização, história prévia de TEP, anestesia geral, gravidez, neoplasias, estados de hipercoagulabilidade, anticorpo antifosfolípide, excesso de inibidor do ativador do plasminogênio tecidual, policitemias, cirurgias, trauma tecidual, obesidade, varizes dos membros inferiores e anticoncepcionais) 8º PASSO: tratamento - se estável hemodinamicamente = anticoagulante, se instável = trombólise IAM COM SUPRA DE ST “Homem de 56 anos com dor torácica retroesternal, de forte intensidade. A dor irradia para a região da mandíbula. Não há fatores de melhora ou piora da dor. Início dos sintomas há 4 horas, associados a náuseas e sudorese fria. Antecedentes de hipertensão arterial e tabagismo. PA MSD 176x106 e PA MSE 180x106 mmHg.” DISSECÇÃO AÓRTICA AGUDA 1) Quadro clínico: dor súbita, intensa, rasgando, facada. Irradia para dorso, pescoço ou região epigástrica 2) Fator de risco: HAS 3) Exame físico: diferença de pressão maior que 20mmHg entre os membros, insuficiência aórtica (sopro), alteração de pulso 4) Classificação: tipo A (proximal ou ascendente) e tipo B (descendente) 5) Exames complementares a) ECG: alterações inespecíficas, pode ter alterações isquêmicas ou estar normal b) RX: 90% alterado, alargamento do mediastino c) Angio-TC ou ECO transesofágico: diagnóstico definitivo. 6) Tratamento a) Tipo A: cirurgia de emergência b) Tipo B: manejo clínico se não houver complicações i) Diminuir pressão: nitroprussiato de sódio ii) Diminuir FC: beta-bloqueador (quando contraindicado = bloqueador de canal de cálcio) PERICARDITE 1) Quadro clínico: dor torácica anterior, profunda, de início súbito ou insidioso, que piora com a inspiração e melhora ao sentar ou inclinar o tórax para frente, pode irradiar para o ombro 2) Exame físico: turgência jugular, hipotensão (diminuição da PA), abafamento das bulhas - tríade de Beck. Pode haver também presença de estertores crepitantes finos em base 3) Exames complementares: a) ECG: elevação do segmento ST difusamente, com alternância elétrica (no mesmo traçado tem diferentes morfologias de QRS), QRS com amplitude diminuída (<5mm) b) RX: sinal da moringa PNEUMOTÓRAX 1) Epidemiologia: sexo masculino, jovem, longilíneo. Associação com tabagismo, HIV, TB, FB, DPOC 2) Quadro clínico: dor súbita, pleurítica 3) Exame físico: diminuição do MV, hipertimpanismo, distensão jugular, desvio da traqueia 4) Tratamento: punção na linha HCM, 2EI OSCE 2016 1. Diagnosticou: pneumotórax hipertensivo; TCE grave; choque 2. Pontuou corretamente na escala de Glasgow 3. Citou necessidade de EPI 4. Mencionou proteção da coluna com colar cervical ou selecionou o colar 5. Mencionou manobra (s) de abertura da via aérea: elevação do mento e tração da mandíbula 6. Mencionou necessidade de IOT ou posicionamento de máscara laríngea 7. Mencionou necessidade de monitorização (cardíaca e oximetria) 8. Indicou punção torácica 9. Indicou acesso venoso periférico e reposição volêmica 10.Selecionou materiais adequadamente: 3 jelcos; TOT; colar cervical
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