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CIRURGIA GERAL CATARINA MARTINS CERONI IVO FMSA - 2023 10/02/2023 PANCREATITE AGUDA • Uma das causas de dor abdominal que mais leva as pessoas a procurarem hospital -> dor violenta acompanhada de vômito • Definição: processo inflamatório agudo do pâncreas decorrente de autodigestão com presença de dor abdominal com aumento de níveis enzimáticos no sangue e urina -> pode ser reversível • Classificação de Atlanta revisada: p. aguda edematosa ou necrótica Nível de gravidade: o P. Aguda leve ▪ Sem falência orgânica ▪ Sem complicações locais ou sistêmicas o P. Aguda moderadamente grave ▪ Falência orgânica transitória (resolve em 48h) o P. Aguda grave ▪ Complicações locais ou sistêmicas se persistência da falência orgânica (comorbidades) ▪ Falência orgânica persistente (única ou múltipla) • Classificações e coleções associadas • Epidemiologia o Representa 3% dos casos de dor abdominal admitidos em hospitais no UK o Acomete 2-28/cada 100000 hab. o EUA: 80-100/100000 hab. o Brasil: 19/100000 hab. (DATASUS e IBGE 2014) o Acomete mais mulheres que homens, porém homens tem mais crises recorrentes • Etiologia o 80% decorrentes de cálculos biliares e álcool o 20% são causados: ▪ Congênitas: Pâncreas Divisum ▪ Metabólicas: dislipidemias, hipercalemia ▪ Toxicas: escorpião, cobras ▪ Infecciosas: caxumba, coxsackie B, EBV, HIV, CMV e COVID ▪ Drogas: esteroides, tiazidas, estrógenos, sinvastatina etc. ▪ Vascular: isquemia, vasculites (SLE, PAN) ▪ Autoimunes, pancreatite hereditária ▪ Traumáticas, CPRE ▪ Parasitárias (Áscaris, Schistosoma) e idiopáticas ▪ Miscelâneas: TU periampular, hipotermia PANCREATITE BIL IAR • Teoria do canal comum • Incompetência de Esfincter de Oddi • Obstrução do ducto pancreático -> mais aceita PANCRATITE ALCOOLICA • Efeito toxico direto nas células acinares • Estimulação da secreção pancreática • Constrição do esfíncter de Oddi QUADRO CLÍNICO • Sintomatologia o Dor no abdome superior de inicio súbito, severa, continua com irradiação dorsal, fazendo com que o paciente fique com o corpo arqueado para frente -> dor em faixa (dor típica -> 1/3 dos casos) o Pode ser de caráter generalizado acompanhada de náuseas e vômitos o Anorexia, febre, fraqueza e icterícia podem estar presentes • Sinais o Distensão abdominal o Íleo paralítico: sem ruido hidroaéreo o Rigidez o Descompressão dolorosa (DB+) o Sinal de Grey-Turner (3%), Cullen (3%), Fox e Paniculite Grey-Turner Cullen • Diagnóstico diferencial o Perfuração de víscera oca, AAO o Cólica biliar, colecistite aguda o Rotura esofágica o Abdome agudo vascular: trombose mesentérica ou embolia que leva à isquemia o Cólica renal o IAM, pneumonia basal, cetoacidose diabética • Investigação o Diagnóstico de P.A está correto? o Severidade do quadro o Qual é a etiologia? • Exames laboratoriais o Hemograma completo/Coagulograma o Amilase e lipase sérica: >3x o limite superior do normal ▪ Amilase: sensibilidade 72% e especificidade 99% • Aumenta 6-12h e desaparece em 3-5 dias • Significante quando elevação é 3x valor ▪ Lipase: sensibilidade 100% e especificidade 96% • Demora mais para se elevar ▪ IL 6 e 8: citocinas: aumentam em lesões teciduais ▪ TAP (tryosinogen activation peptide): tripsina ▪ Milasuria: pode realizar até o 10º dia; amilase e lipase normais, mas paciente com história típica de que teve p.a o PCR/Procalcitonina o Eletrólitos o Glicemia o Cálcio o Função hepática e renal o Gasometria arterial • Exames de imagem o RX de tórax: derrame pleural, infiltrada alveolar difuso o RX de abdome: alça sentinela, colon cutoff, calcificações pancreáticas, íleo o US de abdome: para avaliação da vesícula quando se suspeita que a causa é cálculos em vesículas e via biliar o TC de abdome: exame padrão na vigência de P.A, mas não indica em todos os casos devido a possível desproporção clínico radiológico o RM o US endoscópico: Usado quando há bile litíase (cálculos menores de 3mm) o CPRM: RM da via biliar e pancreática; técnica de diagnóstico o CPRE: terapia, não diagnóstico CRITÉRIOS E CLASSIF ICAÇÕES CLASSIF ICAÇÃO DE BALTHAZAR Grupo A TC normal 0 pontos Grupo B Aumento focal ou difuso do pâncreas 1 ponto Grupo C Alterações pancreáticas com inflamação peripancreáticas 2 pontos Grupo D Uma coleção líquida 3 pontos Grupo E Duas ou mais coleções ou bolhas de gás adjacente ao pâncreas 4 pontos CT SEVERITY INDEX = BALTHAZAR + NECROSE % de necrose Pontos Sem necrose 0 pontos 0-30% 2 pontos 30-50% 4 pontos >50% 6 pontos 0-1: 0% de mortalidade 2-3: 3% de mortalidade 4-6: 6% de mortalidade 7-10%: 17% de mortalidade CRITÉRIOS DE RANSON • Avaliar evolução do paciente o Causa alcoólica ou outra Na admissão ▪ Idade >55 anos ▪ GB >16000/mm3 ▪ DHL 350/L ▪ AST 150/L ▪ Glicemia >200mg/dL Depois de 48h ▪ Queda de Ht >10% ▪ Aumento do BUN >5mg/dL ▪ Cálcio <8mg/dL ▪ PO2 <60mmHg ▪ Déficit de bases >4mEq/L ▪ Perda de fluidos >6L -> prognóstico reservado quando >3 o Biliar para paciente >70 anos Na admissão ▪ GB >18000/mm3 ▪ DHL >250/L ▪ AST >150/L ▪ Glicemia >220mg/dL Depois de 48h ▪ Queda do Ht >10% ▪ Aumento do BUN >2mg/dL ▪ Cálcio <8mg/dL ▪ PO2 <60mmHg ▪ Deficit de bases >5mEq/L ▪ Perda de fluídos >4L BISAP SCORE • Primeiras 24h: mortalidade U>25mg% 1 (0,7%) Piora do estado mental (Glasgow <15) 2 (2%) SIRS 3 (5-8%) Idade >60 anos 4 (19%) Derrame pleural 5 (27%) • Falência orgânica persistente (48h) = fator de risco independente para mortalidade TERAPIA ALVO • Suporte de tratamento intensivo • Diminuir inflamação • Controlar a infecção • Identificar e tratar as complicações • Tratar a causa se possível TRATAMENTO CONSERVADOR/MULTIDISCIPLINAR • Acesso venoso, amostra de sangue, ressuscitação volêmica e equilíbrio eletrolítico • Analgesia • Antieméticos • Nada VO -> até cessar dor 2-3 dias • SNG/SNE/NPT • Sonda urinária • Monitorar sinais vitais • Inibidor de bomba de prótons • Somatostatina ou octreotida • Suporte ventilatório ANTIBIÓTICOS NA P.A • Justifica-se quando o Presença de gás retroperitônio o Aspiração de material necrótico com infecção o Sepse o PCR>120mg/L o Disfunção orgânica o APACHEII >6 ▪ >8 = mau prognóstico • Profilaxia antibiótica não tem diminuído a mortalidade na pancreatite severa TRATAMENTO CIRÚRGICO • Não operar de imediato: só opera quando não responde e o paciente apresentar icterícia com colangite associada • Necrosectomia extensa deve ser realizada se confirmar necrose infectada o Step up approach: iniciar com medidas menos invasivas • Ideal após 3ª/4ª semana: drenagem percutânea/endoscópica, necrosectomia endoscópica, necrosectomia percutânea, vídeo-assistida, laparotomia o Necrosectomia percutânea: vídeo endoscópica ▪ Prótese autoexpansiva posicionado no retroperitônio pelo local do dreno túbulo laminar • Síndrome compartimental abdominal: distensão abdominal que leva à aumento da PA abdominal >25mmHg, faz com que retorno venoso diminua, DC abaixe, falência renal, ventilação fique prejudicada -> abrir e deixar abdome aberto terapia por pressão negativa • Colangite associada: tratar a colangite primeiro • Pseudocistos: operar se houver complicações o Complicações ▪ Infecção ▪ Dor ▪ Rotura ▪ Compressões de vísceras adjacentes ▪ Hemorragias • Hemorragia alta: hemorragia dentro do cisto que extravasa pela papila e vai para o duodeno, compressão extrínseca de alguma úlcera, compressão da esplênica que faz com que o sague que veio do baço vá para colateral tendo fuga para os vasos breves o Tratamento das complicações ▪ Cirurgia convencional ▪ Videolaparoscopia ▪ Punção transparietal ▪ Tratamento endoscópico: método menos invasivo e quemais resolve 17/02/2023 e 17/03/2023 ABDOME AGUDO • Síndrome caracterizada por dor na região abdominal, de aparecimento súbito e intensidade variável associada ou não a outros sintomas • Geralmente com duração de horas, não ultrapassando 7 dias • Em geral, necessita de intervenção média imediata, clínica ou cirúrgica • Nem todo abdome agudo é cirúrgico • Síndromes o Inflamatório: apendicite, colecistite aguda, pancreatite aguda, diverticulite o Perfurativo: úlcera péptica, neoplasia gastrointestinal perfurada, divertículos do cólon o Obstrutivo: aderências intestinais, hernias estranguladas, fecaloma, obstrução pilórica, volvo, intussuscepção o Vascular: isquemia intestinal, trombose mesentérica, torção do omento o Hemorrágico: gravidez ectópica rota, ruptura de aneurisma de aorta abdominal INFLAMATÓRIO • Anamnese o Dor: difusa, inespecífica, moderada intensidade, tende a migrar e começa a ser bem localizada, específica e piora de intensidade o Febre, náuseas, vômitos, inapetência associados • Exame físico: DB+ localizado • Exames complementares: laboratórios e imagem o Laboratório: hemograma, urina I (descartar diagnósticos diferenciais), amilase (>1000=pancreatite), proteína C reativa (prova inflamatória), beta hcg para mulheres em idade fértil, ureia e creatinina (função renal; candidato a TC; problemas pré-renais), sódio e potássio (análise de eletrólitos) o Imagem: Rx de abdome em pé, deitado e tórax, USG (depende da etiologia), TC, vídeo laparoscopia diagnóstica (dependendo da situação, já faz tratamento) APENDICITE • Epidemiologia: primeiro pico de incidência é escolar e adolescente; segundo pico são os idosos; terceiro, adultos jovens o Principal causa de abdome agudo • Apêndice: faz parte do sistema imunológico no TGI; se ativar muito o sistema imune por alguma outra doença, leva a apendicite; em crianças a resposta imune é mais intensa • Começa com obstrução intrabdominal (luz do apêndice), principalmente por alta liberação de secreção muco linfoide devido à alta ativação do sistema imune ou por fecalito • Diagnóstico clínico e tratamento é a cirurgia o Muitas vezes pode ser utilizado exames complementares, principalmente em mulheres em idade fértil o Sempre que abrir na fossa ilíaca direita (incisão local clássica) - > tirar apêndice • Ao aumentar a pressão dentro de um órgão oco (apêndice) -> edema -> compressão -> colaba os vasos sanguíneos, primeiro os venosos -> estase sanguínea -> flegmão -> começa a compressão nos arteriais, se não diminuir pressão -> isquemia -> necrose = gangrena -> perfuração o 4 fases da apendicite: edematosa, flegmatosa, gangrenosa e perfurativa • Sinais propedêuticos -> história boa + Rovsing é suficiente para diagnóstico o Nenhum sinal é patognomõnico o + sinal do obturador, sinal do psoas, sinal de aaron o Não faz mais Lenander, Ten Horn o Há alteração no diagnóstico em mulheres -> diversos outros diagnósticos diferenciais, principalmente quando estão em idade fértil • Rx de abdome em pé, deitado e tórax o Alça sentinela: apêndice inflamou -> alças do delgado migram para tentar formar um bloqueio ao redor do apêndice -> corpo faz isso para tentar conter; geralmente demora para estabelecer -> quadros mais avançados ar no delgado não é normal, indica alguma alteração o Fecalito: calcificação na FID -> raro aparecer no Rx; comum na TC o Escoliose antálgica o Velamento do psoas linha de um lado e do outro não o Nível hidroaéreo o Pneumoperitônio • Considerações terapêuticas o Quadro de apendicite = apendicectomia vídeo ou aberta o Antibiótico profilático na fase edematosa e flegmonosa: EV por 24-48h o Antibiótico terapêutico na fase gangrenosa e perfurativa: paciente vai para casa com antibiótico por 7 dias ▪ Cefalosporina de 3ª geração e metronidazol ▪ Alternativa para VO em casa: ciprofloxacina e ceftriaxona • Complicações o Principal geral: infecção da ferida operatória -> acontecem normalmente 7 dias pós procedimento o Principal intrabdominal: coleção intracavitária -> pus dentro da barrica -> entre 1ª e 2ª semana pós procedimento ▪ Pode ser tratado com atb EV, punção ou necessidade de abrir, depende da quantidade de pus DIVERT ICULITE • Diverticulose: achado de exame, divertículo, (normalmente na colonoscopia) em paciente assintomático • Doença diverticular dos cólons não complicada: achado de exame + alguns sintomas simples, inespecíficos o Pode complicar com diverticulite, perfuração, hemorragia • Diverticulite: achado de exames + sintomas característicos e intensos que levam paciente ao hospital • Doença de idoso, mas aumenta de frequência de jovens • Herniação da mucosa por todas as camadas (submucosa, muscular e serosa) -> pseudo divertículo o Normalmente acontece no sigmoide • Diagnóstico -> TC com contraste EV • História e exame físico importantes, mas não fecha diagnóstico • Exames laboratoriais de todos os inflamatórios • Fisiopatologia: facalito obstrui o divertículo o Dieta tem que conter fibras e muita água • Não pede colonoscopia para pacientes com diverticulite ou suspeita o Quando coloca ar -> perfura • Classificação de Hinchey -> clássico o I: abcesso pericolico o II: abcesso na pelve o III: peritonite generalizada purulenta o IV: peritonite generalizada fecal (coco livre no abdome) • Classificação de Hinchey modificada por Kaiser (2005) o Ib = I de Hinchey • Tratamento o I: ATB VO, analgésicos, dieta laxativa, para casa ▪ Metronidazol e ciprofloxacina o II: internação, jejum, ATB EV, drenagem percutânea guiada e ATB VO em casa ▪ Ceftriaxona e metronidazol o III: internação, jejum, ATB EV, cirurgia vídeo ou aberta retossigmoidectomia + anastomose primária (colorretoanastomose) o IV: internação, jejum, ATB EV, cirurgia aberta com retirada do conteúdo fecal e retossigmoidectomia, e em pacientes em coque, sem anastomose ▪ Cirurgia de Hartmann = retossigmoidectomia com colostomia e sepultamento do reto PERFURATIVO DOENÇA ULCEROSA PÉPT ICA • Principal causa de perfurativo • Úlcera no estomago ou duodeno • Ácido araquidônico -> inflamação leva a quebra desse ácido que gera alguns produtos, como a prostaglandina, que agem na inflamação e na proteção do estomago aos ácidos -> antinflamatórios bloqueiam enzima que forma prostaglandina -> úlcera • Fatores de risco o Uso contínuo de antinflamatórios -> a partir de 1 semana já é risco ▪ Usar antinflamatórios seletivos ou associar com protetor gástrico o Tabagismo o H. pylori o Estresse o Ansiedade o Má alimentação • Exame físico o Abdome em tábua o DB difuso -> rigidez o Paciente instável -> normalmente chega em choque séptico • Exames de imagem o Rx é o primeiro exame de imagem a ser pedido presença de ar na cavidade -> pneumoperitônio -> cirurgia • Mortalidade: 30%; morbidade: 50% • Tratamento é cirúrgico • Tratamento conservador -> alça sentinela efetiva -> drenagem guiada e ATB EV -> em paciente hemodinamicamente estável e com perfuração pequena e localizada, sem presença de abdome em tábua OBSTRUTIVO • Dor difusa, sem DB, abdome distendido, hipertimpanismo, associado a vômitos, ausência ou diminuição de flatos e fezes • Rx muito importante o Imagens clássicas em pé -> níveis hidroaéreos -> sinal clássico de obstrução deitado -> empilhamento de moeda BRIDAS OU ADERENCIAS • História de cirurgia prévia: pode acontecer a qualquer momento da vida após a cirurgia • Nenhum exame vê • Achado intraoperatório ou suspeita pela história • Tratamento clínico: 24-72h -> 60-70% de sucesso o Interna, jejum, soro EV, remédios pró cinéticos, analgésicos, hidratação, sonda nasogástrica e andar (estimula deambulação) • Tratamento cirúrgico: se falhar o clínico -> 30-40% dos casos o Ciclo vicioso -> bridas só acontecemdevido a cirurgia VOLVO • Termo para o cólon ou estomago o Cólon: geralmente já tem doença prévia • Torção sob seu próprio eixo • Rx: sinal do grão de café • Tratamento descompressivo: tirar da urgência -> colonoscopia descompressiva; só tira da obstrução o Normalmente já terem muita comorbidades • Tratamento cirúrgico: normalmente é a retossigmoidectomia + colorretoanastomose ou Hartmann o Normalmente quem roda é o sigmoide o Se o paciente tolerar o risco cirúrgico SÍNDROME DE OGLIVE • Pseudo obstrução dos cólons -> não tem obstrução mecânica • Obstrução funcional -> metabólica, hidroeletrolítica ou por medicamento • Quadro clínico: • Tratamento clínico: pró cinético, jejum, colonoscopia descompressiva*, analgesia, hidratação e anticolinesterásico* o Cirúrgico só nos raros casos em que acontece perfuração dos cólons o Sistema parassimpático -> acetil colina -> medicação neoestigmina que bloqueia a enzima acetilcolinesterase (anticolinesterásico) SÍNDROME DA ALÇA FECHADA • Válvula íleo cecal • Obstrução no sigmoide -> bolo fecal volta • Válvula competente impede o refluxo: obstrui e cria sistema fechado -> pressão aumenta -> explode o cólon • Válvula incompetente: não há obstrução, nem pressão -> vomito fecaloide • Uma das maiores urgências • Cirurgia para retirar totalmente o cólon -> colectomia total VASCULAR ISQUEMIA MESENTERICA • 3 diagnósticos possíveis o Embolia da artéria mesentérica superior ou inferior: 50% o Trombose da artéria mesentérica superior ou inferior: 20% o Trombose venosa da veia mesentérica superior ou inferior • Dissociação do exame físico e intensidade da dor • Investigação de vasculopatia o Idade, arritmia, neoplasia, IC, IAM e aterosclerose • Quadro clínico o Doença arterial ▪ Idoso ▪ Emagrecido ▪ Angina abdominal: come e começa a dor, para de comer e para de dor -> “medo de comer” ▪ Tabagismo ▪ Vômitos e diarreia o Doença venosa ▪ Mulher ▪ Jovem ▪ Mesmo riscos de doenças vasculares • Exames o Laboratório: leucocitose, acidose metabólica, PCR, DHL, lactato arterial o Rx abdome: sem aplicação, não deve ser solicitado o AngioTC: 93,3% S e 95,9% E HEMORRÁGICO • Gravidez ectópica: principal causa de toda a população de 0-100 anos • Aneurisma aorta abdominal: principal causa da população idosa 24/02/2023 CIRURGIA BARIÁTRICA E METABÓLICA • Doença complexa, influenciada por interação genética, endócrina, metabólica, ambiental e emocional • Doenças pré-existentes ou que podem vir a aparecer devido a obesidade: DM, hipertensão arterial, câncer, síndrome metabólica, doenças pulmonares, ósseas e cardíacas • Tratamento clínico: desapontador o Futuro: genética -> leptina (glicoproteína reguladora do metabolismo) • EUA: 97 milhões de americanos são obesos • Brasil: 30% da população é obesa, sendo 6 milhões de obesos mórbidos • Em todo o mundo houve aumento brutal da obesidade • Índice de massa corpórea (IMC) - P/A2 o 20-24.9: normal o 25-29.9: sobrepeso o 30-34.9: obesidade grau I o 35-39.9: obesidade grau II o 40-49.9: obeso mórbido o >50 super obeso • Pacientes devem ser bem informados e motivados: mostrar e explicar outras opções que não apresentem riscos, como a cirurgia • Avaliação pré-operatória pela equipe multidisciplinar: nutricionistas, clínicos, psicólogos ou psiquiatras, cirurgiões e fisioterapeutas o Todos os profissionais precisam estar de acordo e o doente de forma aceitável (DM compensada, psicológico bom) para diminuir os riscos T IPOS DE CIRURGIA • Banda Gástrica (restritiva) • Balão intragástrico (restritivo): funciona por 3-4 meses e depois disso o paciente volta a engordar ▪ Favorável para pacientes que o risco para bariátrica for muito grande -> depois de 3-4 meses os riscos diminuem devido ao processo de emagrecimento e depois é feito a cirurgia bariátrica definitiva • Gastrectomia vertical o Diminui a quantidade de comida que cabe dentro do estômago o Grelina (hormônio da fome) é produzida no fundo do estomago, ao retirá-la o paciente irá comer menos devido à baixa quantidade de hormônio e, consequentemente, pouca fome • Derivação Gástrica em Y de Roux: gastroplastia o Não é retirado pedaço do estômago, apenas modifica-se o formato o Diminui capacidade de armazenar alimento e absorção ▪ Necessidade de repor algumas vitaminas, mas nada muito significativo COMORBIDADES • Hipertensão arterial: 56% • DM: 33% (>40% mortalidade) • Insuficiência pulmonar: 90% o Não consegue andar 50m, subir escada • Colelitíase (3x), amenorreia (célula gordurosa produz estrogênio, funcionando como ac), artrite generativa, ICC, deterioração do esqueleto, > produção de estrogênio, > incidência de diversos tipos de câncer (causada devido a inflamação), esteatose hepática, esteatohepatite, DRGE INDICAÇÃO DE CIRURGIA • IMC >40 • IMC >35 e com comorbidades • IMC >30 e diabético (CFM) • Insucesso no tratamento clínico • Não ter menos de 16 anos • Querer ser operado: as vezes quem deseja que o paciente opere é o companheiro/companheira ou membro da família e não propriamente o paciente • Fazer acompanhamento vitalício • Inteligência para entender o procedimento • Não ser viciado em álcool ou drogas RESULTADOS • Perda de 40-50% do peso em até 18 meses • Melhora do DM o 91% deixam de ser diabéticos após a cirurgia o Maioria tem a glicemia controlada com medicamento 10 dias após a cirurgia • Melhora da hipertensão o Queda de 59% para 14% no número de pacientes hipertensos após a cirurgia • Volta ao trabalho • Relacionamento com a sociedade • Autoestima e autoconfiança • Cirurgia plástica 12-18 meses após a cirurgia: antes pode ser que emagreça mais e terá que refazer a cirurgia • Cura da esteatose hepática: muitas vezes o paciente descobre que estava com fígado cirrótico na cirurgia • Diminuição da incidência de câncer e doenças cardíacas • Melhora da esofagite e Barret • Diminuição da gordura visceral • Melhoras evidentes na capacidade cardiopulmonar • Diminuição da artrite • Aumento da fertilidade devido ao melhor equilíbrio hormonal • Queda acentuada de todas as comorbidades quando ocorrem perdas de 10-20% do peso corporal após a cirurgia C IRURGIA METABÓLCIA • Desaparecimento de algumas das comorbidades deu inicio a se pensar em cirurgia metabólica para não obesos o GLP1: dá saciedade ▪ Remédios, como ozempic, funcionam como este hormônio o Estômago digere os carboidratos (saliva) e o inicio do jejuno absorve ▪ Pão integral mantem a digestão constante, sem pico de glicemia o Cirurgia: alteração de todos os hormônios visando a diminuição da fome, aumento da saciedade e diminuição da quantidade de alimento que é armazenado/absorvido • Qualquer alimento com gás -> estimula grelina = fome • IMC não é o ideal o Não se aplica a quem tem muita massa magra o Existe pacientes também que tem barriga (gordura visceral = individuo metabólico) mas o restante do corpo é magro CONCLUSÃO • Atualmente, cirurgia bariátrica, é o único meio eficiente e seguro para tratamento da obesidade mórbida e suas comorbidades quando o tratamento clínico se mostra ineficiente • Cirurgia metabólica está se mostrando viável inclusive para não obesos 03/03/2023 HÉRNIAS DA PAREDE ABDOMINAL • Protusão anormal de órgãos ou estruturas através de um defeito na parede, congênito ou adquirido • Significa ruptura • Hérnia diagnostica = hérnia operada Hérnias Frequência Inguinais 75-80% Incisionais 10% Femorais 3-5% Umbilicais 3% Outras 2% • Hérnia epigástrica: costumam ser múltiplas; encarceram pouco • Hérnia umbilical: ligadas ao canal umbilical; fisiológicas até 2 anos, mas há casos que perduram até 4-5 anos; junto com as femorais são as que mais encarceram • Hernia de Spiegel: semilunar; transiçãoentre a linha arqueada de Douglas e progressão lateral do reto abdominal • Hérnia de Richter: o que passa pela borda anterior é apenas uma alça; protrusão antimesentérica intestinal • Hérnia inguinal: • Hérnia diagnosticada = hérnia operada • Hérnia redutível x irredutível: capacidade de retornar ou não ao sítio de origem por pressão manual, relaxa ou se deita o Hérnia irredutível encarceradas: começa a ter edema, mas não apresenta falha de perfusão -> urgência ▪ Pode virar estrangulada porque o próprio edema pode começar a dificultar a perfusão o Hérnia irredutível estrangulada: há falha de perfusão -> emergência • Hérnia habitada por perda de domicílio com ou sem deslizamento: saiu da cavidade abdominal para hérnia • Hérnia direta: adquirida o Trígono de Hasselbach: limite medial progressão lateral do musculo reto abdominal, inferior ligamento inguinal, superior vasos epigástricos ▪ Região de maior instabilidade do canal inguinal ANATOMIA • Pele e subcutâneo (aponeurose -> envolver o reto abdominal -> parede anterior) • Fáscias de Camper e Scarpa o Tecidos fibróticos que dividem o subcutâneo em diversa camadas • Camadas musculares: orientações dos músculos dá a resistência ao corpo sem necessidade de osso o M. obliquo externo: orientação mão no bolso do casaco; aponeurose mais externa o M. oblíquo interno: orientação mão na cintura o M. transverso abdominal: orientação transversa (reta) o M. reto abdominal: 2 faixas de musculo que recobrem toda a parede anterior; aponeurose passa anterior e posteriormente; abaixo do umbigo (linha arqueada) a aponeurose é mais firme e resistente, passando apenas pela frente • Canal inguinal o Anel inguinal externo e interno: buracos na aponeurose do MOE e MTA onde passa um canal o Limites: anterior aponeurose do MOE, posterior aponeurose do MTA, superior MOI e inferior ligamento inguinal • Camadas retromusculares o Fáscia endoabdominal/tecido células pré-peritoneal/peritônio • Elementos do cordão o M. cremaster o Aa. testicular e cremastérica o Plexo pampiniforme o Nn. ílio-hipogástrico o Nn. ílio-inguinal o Ramo do genitofemoral do n. genial o Ducto deferente (ducto espermático), túnica vaginal ▪ Mulher: ligamento redondo -> suspensão do útero • Termina no grande lábio • Ducto de nuck: dilatação peritonial que acompanha o l. redondo e se estende do canal inguinal até a vulva • Conduto peritônio vaginal obliterado o Conduto peritônio vaginal patente: patológico; hérnias inguinais indiretas, independe do alargamento do canal • Trígono de Hasselbach: medialmente delimitado pela projeção lateral do músculo reto abdominal (limite medial) + limite superior são os vasos epigástricos + ligamento inguinal (inferior) -> área de maior sensibilidade o Passa pelo trígono = hérnia direta o Não passa pelo trígono = hérnia indireta CLASSIF ICAÇÃO DE NYHUS • Tipo I: hérnia inguinal indireta (anel inguinal interno normal) • Tipo II: hérnia inguinal indireta (anel inguinal interno dilatado) • Tipo III: defeitos da parede posterior o A: Hérnia inguinal direta o B: hérnia inguinal indireta (“mistas”, inguinoescrotais, deslizamento) o C: Hérnia femoral • Tipo IV: hérnias recidivadas o A: direta o B: indireta o C: femoral o D: combinada HÉRNIAS INGUINO-FEMORAIS • Cirurgia mais realizada pelo cirurgião geral • Relegada aos menos experientes (R1) • Incidência: 25% masculino e 5% feminino QUADRO CLÍNICO • Sinais e sintomas o Dor inguinal o Abaulamentos intermitente ou contínuo o Esforço físico • Diagnóstico: exame físico o Ortostática e decúbito o Inspeção o Palpação: se bate na ponta do dedo é indireta, se bate lateral do dedo é direta o Ausculta o Manobra de valsava: tudo que é possível pedir ao paciente para que altere a pressão intra abdominal ▪ Sobrar a mão sem que o ar saia • Diagnósticos diferenciais o Hidrocele: defeito do fechamento não é grande suficiente para entrar nada além de líquido o Varicocele: sangue não consegue voltar do testículo; fica quente; causa esterilidade o Lipoma de corda espermático o Adenite inguinal/femoral: linfonodo grande o Testículo ectópico: testículo adicional o Abcessos de psoas: psoas é o limite lateral o Tumores o Aneurisma/pseudoaneurisma femoral • Tratamento o Princípios gerais ▪ Informações ao paciente ▪ Preparo pré-operatório: clínico e nutricional ▪ Escolha da vida de acesso • Anterior sem prótese: Shouldice*, Bassini, McVay (envolvendo femoral) • Anterior com prótese: técnica de Lichtenstein*; enxertos autólogos ou homólogos, próteses metálicas ou sintéticas • Posterior convencional: técnica de Stoppa • Posterior laparoscopia: TEP e TAPP ▪ Avalição intraoperatória ▪ Escolha técnica mais adequada ▪ Reforço assoalho inguinal ▪ Fechamento anel inguinal interno -> sem tensão 10/03/2023 FÍGADO • Maior glândula do corpo • Secreção exócrina -> bile (≈1L/dia) -> armazenada na vesícula (50mL) • Armazena Fe, glicogênio, vitamina A, D, E, K e B12 ANATOMIA • Face visceral: estomago, rim direto, colón direito e transverso • Face diafragmática: vesícula, omento menor, área renal/suprarrenal e arco duodenal • Divisão dos lobos hepáticos -> funcional Cada segmento é formado por artéria, veia e ducto o I: envolve veia porta, artéria hepática, ductos biliares o II: envolve as veias hepáticas LE: I, II, III, IV LD: V, VI, VII, VIII • Posição dos segmentos o I: não visível na face diafragmática; Segmento de Spigel; face posterior do fígado, abraçado pela veia cava o II: posterior lateral esquerdo o III: anterior lateral esquerdo o IV: medial esquerdo o V: anterior medial direito o VI: anterior lateral direta o VII: posterior lateral direita o VIII: posterior medial direita; não visível na face visceral • Irrigação hepática o Artéria hepática o Aorta -> tronco celíaco -> mesentérica superior -> mesentérica inferior ▪ Tronco celíaco • Hepática comum o Gastro duodenal o Hepática própria ▪ HE ▪ HD: artéria cística • Esplênica • Gástrica esquerda o 20% irrigação arterial o 80% irrigação -> veia porta ▪ Veia esplênica • Veia mesentérica superior • Veia mesentérica inferior ▪ Formada atras do pâncreas ▪ Sobe anterior à veia cava inferior ▪ Divide-se em ramo direito/esquerdo -> ramificação dentro do fígado ▪ Sangue pouco oxigenado, mas muito rico em nutrientes -> vem direto dos intestinais VESÍCULA BILIAR • Bile: emulsiona gordura -> parte proximal do intestino o Função digestiva do fígado o Liberada quando a gordura chega no duodeno o CCK (colecistoquinina) -> ativada com gordura -> contração da vesícula • Triângulo de Admirand Small Sais Biliares Lecitina Colesterol o Formação de cálculo: alguma alteração no triângulo o 10% da população possui cálculo ▪ 80% assintomáticos -> 10% evoluem mal ▪ 20% sintomáticos = cirurgia • Em caso de tumores: mesmo mecanismo obstrutivo o Se paciente em crise/tríade/pentade -> tirar da crise depois pensar no tumor CLÍNICA DO CÁLCULO BILIAR • História clínica específica de dor após ingestão de gordura • Pode haver dor referida nas costas -> diferente da pancreatite pela história • Dor pode acompanhar náuseas, vômitos e empachamento • Cálculo pode infectar/colonizar -> colecistite aguda -> indicação de cirurgia de urgência o Alguns tentam conduzir clinicamente com ATB -> risco: gangrena • Local de impacto do cálculo o Colelitíase/colecistite o Coledocolitíase/colangite -> pus dentro da via biliar TRÍADE DE CHARCOT • Dor: cálculo na contração da vesícula -> pós refeição gordurosa • Icterícia: bile impactada -> obstrução da via • Febre: infecção vigente -> translocação bacteriana • Pode evoluir para Pentade de Raynold PENTADE DE RAYNOLD • Tríadede Charcot • Hipotensão • Rebaixamento de consciência EXAMES • CPRE (Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica): terapêutica, mas não definitiva o Pode ser diagnóstica em caso de coledocolitíase por justificar cálculo e descartar malignas o Complicações ▪ Pancreatite (10%): manipulação/contrate no Ducto de Virsun ▪ Abdome agudo perfurativo: perfuração acidental ▪ Colangite ascendente: mobilização ascendente de bactérias após ingestão de contraste com muita pressão o Se cálculo muito grande e não possível tirar com balão ▪ Litotripsia endoscópica: SUS não tem/muito caro ▪ Passagem de prótese: literalmente ao cálculo; provisória para tirar da crie • CPRM (Colangiopancreato Ressonância Magnética): padrão outro para vias biliares o Se não está em urgência (assintomático) o Se urgência: CPRE direto Choque séptico!!!! 14/04/2023 CÂNCER DE ESTÔMAGO • Adenocarcinomas correspondem a mais de 95% dos tumores malignos do estomago • Linfomas chegam a 2/3% e os sarcomas/GIST em torno de 1% ADENOCARCINOMA GÁSTRICO • Predominam no sexo masculino, mas nos últimos anos a incidência nas mulheres vem aumentando • Muito mais frequente acima dos 40 anos de idade EPIDEMIOLOGIA • 2º/3º tumor mais frequente e 2ª maior causa de morte por câncer • Declínio incidência nos EUA, Europa Ocidental (exceção: Ca de cárdia) o EUA: ▪ 1950: 23/100.000 ▪ 1980: 9/100.000 ▪ 2001: 10/100.000 • Colômbia e Chile: alta incidência (40-150/100.000) • Brasil: 20-30/100.000 habitantes • Japão o 1968: 78/100.000 o 2001: 55/100.000 • Mortalidade por câncer em ambos os sexos ET IOPATOGENIA • Fatores o Ambientais ▪ Nitrosaminas nos alimentos e na água ▪ Samambaias como alimento do gado e da população ▪ Indústrias de borrachas, cerâmica e minas de carvão o Socio econômicos ▪ Maior incidência nas classes baixas ▪ Trabalhadores em indústrias de carvão, níquel e minérios ▪ Menor acesso a frutas e verduras frestas, má higiene dental o Genéticos o Nutricionais ▪ Alimentos contendo nitrosaminas e benzopireno ▪ Dieta rica em sal ▪ Colesterol e amido ▪ Fator protetor exercido pela vitamina A, C e E ▪ Grãos e frutas oleaginosas ▪ Proteção • Alho, cebola, pimenta e wasabi • Vitamina C • Refrigeração o Geográficos • Outros fatores de risco o Gastrectomia prévia o Gastrite atrófica, anemia perniciosa DIAGNÓSTICO PRECOCE • Se quisermos curar o câncer de estômago, não devemos esperar pelos sintomas, mas procurar cuidadosamente essa doença em grupos de risco o Alimentação e história na família, principalmente S INAIS E S INTOMAS • Emagrecimento, vômitos e melena indicam que já está avançado • Queimação e azia falam a favor de estar no início ainda (há meses) • Outros sintomas: dor epigástrica, disfagia, sintomas atípicos, diarreia, pirose DIAGNÓSTICO • Clínico • Radiológico o Eficácia de cerca de 20-25% Falha de enchimento da parede Falhas de enchimento da parede; tumor avançado Um tipo que invade e deixa o estomago estreito; normalmente a mucosa é normal o Triagem: depressão na imagem = câncer -> encaminha para endoscopia o Tomografia Computadorizada Estômago com a parede extremamente espessada, presença de líquido e gás Parede gástrica fina com parte espessada (região do tumor), com líquido e gás Tumor altamente vascularizado -> parte branca (contraste) Parede fina com irregularidades (tumor) e presença de metástases no fígado • Endoscópico (biópsias): melhor método diagnóstico o Eficácia de mais de 80% CLASSIF ICAÇÃO HISTOLÓGICA: LAURÉN • Intestinal: formado por estruturas tubulares • Difuso: sem estruturas tubulares MASCROCÓPICA • Precoce: I, II (a, b, c) e III o Acomete apenas na mucosa • Avançado (Borrmann): I, II, III e IV o Quando começa a ficar mais fundo -> passa para a submucosa o Precisa realizar linfanedectomia na região -> quantos mais linfonodos acometidos = pior prognóstico o Presença de pregas = normal Liso = gastrite atrófica -> área predisposta a ter câncer; omeprazol piora o diagnostico; necessário acompanhar o paciente a vida inteira (endoscopia anual) o Se na endoscopia ao insuflar o estomago, alguma região não aumenta -> tumor está dentro da mucosa ▪ Precisa fazer biopsia em cunha: pedaço em V ESTADIAMENTO (TNM) • Profundidade da lesão (T) o T1: mucosa e ou muscular da mucosa (M) ou submucosa (SM) o T2: muscular própria (MP) o T3: penetração da submucosa (MP) o T4a: serosa TX o T4b: estruturas adjacentes (SI) • Extensão das metástases linfonodais: SJCA (N) o N0: ausentes o N1: 1-2 comprometidos o N2: 3-6 comprometidos o N3a: 7-15 comprometidos ▪ Aqui já tem prognostico muito ruim e sem chance de cura o N3b: 16 ou mais • Metástases a distância (M) o M0: ausente o M1: presentes TRATAMENTO • Gastrectomia total ou subtotal (margens de 5-6cm no avanço de 1-2 no precoce), associada a linfadenectomia D2 o Parcial ou subtotal ▪ D2 ▪ Com reconstrução em Y de Roux: parcial + secção de alça duodenojejunal + anastomose da término- terminal gastro-jejunal + anastomose término lateral jejuno-jejunal • Fazer técnica de Y de Roux: vantagem -> não tem bile nem secreção pancreática entrando no estomago = não tem inflamação no estomago o Gastrectomia total: faz o Y de Roux • Casos inextirpáveis pode-se recorrer às gastro êntero anastomoses ou às jejunostomias para alimentação • Linfonodos o Numeração dos linfonodos perigástricos PK,UNISA o Níveis mais distantes PK,UNISA PK, ABCG, 2002 o Aspectos técnicos: linfadenectomia TRATAMENTO COMPLEMENTAR • Tumores >T2 ou T2 com linfonodos suspeitos com tomografia devem fazer quimioterapia pré-operatória (neoadjuvante) • Operados de princípios, mas tiverem linfonodos positivos ou invasão de serosa devem ser tratados com quimio ou quimio+radioterapia pós operatória (adjuvante) CONCLUSÃO • Tratamento cirúrgico com linfadenectomia D2 é o único que possibilita a cura quando a ressecção é R0 HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA (HDA) • Da boca até o ângulo de trás • Manifesta-se por vômitos sanguinolentos (sangue vermelho vivo) ou melena (evacuação de sangue preto com odor ruim, parece borra de café; sangue já digerido) • Paciente chega em hipotensão e choque • História clínica: antinflamatório, alcoolismo • Causas o Úlcera o Varizes de esôfago ▪ Tratamento paliativos: ligadura elástica (borracha pequena que fica em volta do endoscópio e ao ser disparada, estrangula a veia que está sangrando; é um tratamento paliativo, para de sangrar só naquele momento), balão esofágico (pelo nariz até o estomago, infla o balão ao chegar na cladia e quando puxa e ancora, enche outro balão e ao encostar nas parede para de sangrar ao comprimir as veias; medida de urgência, tem que desinsuflar depois de 24-48h e mantem em observação para caso volte a sangrar), Stent nas subhepáticas (entrada pela cava; melhor tratamento paliativo, fica até o paciente fazer o transplante hepático) ▪ Tratamento definitivo: transplante hepático (principal causa de varizes de esôfago é a cirrose) varizes de esôfago varizes esofagianas sangrando o Gastrite hemorrágica o Outros • Diagnóstico o História clínica o EDA: pede depois de estabilizar o paciente hemodinamicamente • Tratamento o Instável hemodinamicamente: estabilizar com reposição volêmica e, se necessário, intubação o Endoscópico: esclerose, clip, ligadura elástica, balão esofágico, Stent nas subhepáticas o Cirúrgico: gastrectomia
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