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PUNÇÃO VENOSA O QUE É PUNÇÃO VENOSA? A punção venosa periférica é um dos procedimentos mais utilizados na assistência de enfermagem. Consiste na inserção de um cateter intravenoso em veia periférica, pelo método de punção. OBJETIVOS: Fornecer via de acesso venoso para a administração de sangue e hemoderivados. Administração de medicamentos e soluções; Coletar sangue venoso. INDICAÇÃO: Clientes em atendimento ambulatorial ou hospitalar que necessitam de infusão de medicamentos ou soluções pela via intravenosa; Clientes que necessitam coletar amostras de sangue. CONTRAINDICAÇÕES: Mastectomia Veia esclerosada relativa Braço ou mão edemaciados ou que apresentem algum tipo de comprometimento Plegias no membro a ser puncionado Fístula arteriovenosa Presença de queimaduras LOCAIS DE PUNÇÃO LOCAIS DE PUNÇÃO LOCAIS DE PUNÇÃO Em adultos, as veias de escolha periférica são as das superfícies dorsal e ventral dos antebraços. As veias de membros inferiores não devem ser utilizadas a menos que seja absolutamente necessário, em virtude do risco de embolias e tromboflebites. TIPOS DE DISPOSITIVOS PARA PUNÇÃO: A técnica para a realização do acesso venoso periférico pode ser realizada, principalmente, com a utilização de dois tipos de dispositivos endovenosos. O primeiro deles, o scalp ou “butterfly” é indicado para a infusão de baixos volumes e realização de medicações. Possui calibres variados que vão do 19 (maior calibre) ao 27 G (menor calibre). Indica-se a utilização deste quando não há a necessidade de manter-se o paciente com infusão contínua, já que este tipo de dispositivo favorece a transfixação da veia pelo cateter, bem como apresenta maior risco de infiltração no espaço extravascular. TIPOS DE DISPOSITIVOS PARA PUNÇÃO: Os outros dispositivos, são conhecidos como “abocath” ou “Jelco” possuem um tempo de permanência maior, permitindo também a infusão de grandes volumes de forma rápida. Outra vantagem deste dispositivos é a possibilidade de retirada do mandril metálico, permanecendo no espaço apenas o dispositivo maleável, o que impede a perda do cateter por transfixação e também favorece a movimentação do membro. Os jelcos são dispositivos flexíveis onde a agulha é envolvida por um mandril flexível, após a punção, a agulha é retirada ficando na luz da veia apenas o mandril. São numerados em números pares do 14 (maior e mais calibroso) até o 24(menor e mais fino). TIPOS DE DISPOSITIVOS PARA PUNÇÃO: Jelco 14 e 16: Adolescentes e Adultos, cirurgias importantes, sempre que se devem infundir grandes quantidades de líquidos. Inserção mais dolorosa exige veia calibrosa. Jelco 18: Crianças mais velhas, adolescentes e adultos. Administrar sangue, hemoderivados e outras infusões viscosas. Inserção mais dolorosa exige veia calibrosa. Jelco 20: Crianças, adolescentes e adultos. Adequado para a maioria das infusões venosas de sangue e outras infusões venosas (hemoderivados). Jelco 22: Bebês, crianças, adolescentes e adultos (em especial, idosos). Adequado para a maioria das infusões. É mais fácil de inserir em veias pequenas e frágeis, deve ser mantida uma velocidade de infusão menor. Inserção difícil, no caso de pele resistente. Jelco 24: RN’s, bebês, crianças, adolescentes e adultos (em especial, idosos). Adequado para a maioria das infusões, mas a velocidade de infusão deve ser menor. É ideal para veias muito estreitas INDICAÇÕES PARA VIA ENDOVENOSA Grandes volumes de medicações; Substancias irritantes que poderia causar necroses por outra via; Ação imediata da droga; Infusão rápida de soluções. Não ha limite de volume a ser administrado por esta via, exceto nos casos de patologias ou indicação clínica. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS Luva de procedimento. Álcool 70%. Gaze. Garrote de látex. Cateter periférico (JELCO). Esparadrapo antialérgico. Dispositivo de duas vias (polifix). Soro fisiológico 0,9%. Seringa. Cuba rim DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO Explicar o procedimento ao paciente. Realizar a higienização das mãos. Reunir todo o material em uma cuba rim. Calçar as luvas de procedimento. Preencher o dispositivo de duas vias com soro fisiológico 0,9%. Selecionar o local para a punção Aplicar o garrote 5 a 10 cm acima do local da punção desejado. Solicitar que o paciente abra e feche a mão várias vezes. Realizar antissepsia do local a ser puncionado com gaze e álcool 70%. Retirar a proteção do cateter periférico flexível. Segurar o braço do paciente de forma que a veia selecionada fique bem visível e tracionada. Posicionar o cateter ao nível da pele para penetrar a veia. Introduzir a agulha com o bisel voltado para cima através da pele com movimento lento e contínuo. Visualizar o refluxo do sangue pelo cateter para certificação de que o mesmo se encontra dentro do vaso. Soltar o garrote. Puxar a agulha para trás a fim de separar a agulha do cateter, e avançar apenas o cateter para dentro do vaso. Pressionar a veia acima da extremidade do cateter com o dedo, a fim de evitar refluxo do sangue e remover lentamente a agulha, mantendo apenas o cateter inserido no paciente. Acoplar o dispositivo de duas vias ao cateter e injetar o soro fisiológico a fim de certificar-se da perviedade do acesso venoso, observando hiperemia, obstrução, infiltração ou desconforto. Aplicar o curativo com esparadrapo antialérgico para fixar o acesso venoso. Registrar na cobertura do curativo a data, o calibre do cateter e o nome do profissional que realizou o procedimento. Substituir a seringa conectada ao dispositivo de duas vias por uma tampinha contida na embalagem do dispositivo. Registrar o procedimento na folha de evolução do paciente. OBSERVAÇÃO O dispositivo periférico deve ser trocado a cada 72 horas ou sempre que houver necessidade. Atenção para sinais de flebite, neste caso, o acesso deve ser retirado imediatamente e repuncionado em local diferente. COMPLICAÇÕES A principal complicação que pode causar uma punção venosa sem a técnica asséptica adequada é a Flebite uma inflamação que ocorre nos locais de punção venosa tendo como sinais e sintomas iniciais a dor na área, pele hiperemiada, rubor e edema local podendo agravar se não for diagnosticada a tempo. Outras complicações que podem ocorrer em decorrência de uma punção venosa são: ruptura da veia, que obrigará a procurar outra, mudando de local e reação alérgica a medicação que está sendo administrada; as complicações tardias dizem respeito à infiltração, que ocorrerá por má conservação do local e a Flebite provocada pela quantidade de líquidos administrados na mesma via, ou por reação ao material utilizado na punção. COLETA A VÁCUO Os exames de sangue fazem parte da rotina médica e são fundamentais para acompanhamento das nossas condições de saúde. Por meio de investigações no sangue é possível diagnosticar desde problemas comum até doenças mais graves. Por isso, a coleta de sangue é um procedimento comum e realizado com bastante frequência em laboratórios de análises clínicas, hospitais e outros ambientes médicos. Podemos dizer que existem três tipos de coleta de sangue: por meio de seringa e agulha, coleta de sangue a vácuo e punção digital CUIDADOS DE ENFERMAGEM PUNÇÃO VENOSA Higienizar as mãos. Separar o material necessário. Orientar o paciente sobre o procedimento a ser realizado. Higienizar as mãos e calçar as luvas. Avaliar as condições da rede venosa do paciente, identificando o melhor local a ser puncionado. Garrotear o membro aproximadamente 5 cm acima do local a ser puncionado CUIDADOS DE ENFERMAGEM ACESSO VENOSO PERIFÉRICO • Manter uma boa estabilização desse cateter; (para evitar a perda do mesmo) • Manter curativo sempre limpo e seco; (com data e turno da troca) • Trocar equipo de medicação a cada 72 horas; • Realizar o flushinge aspiração para verificar o retorno de sangue antes de cada infusão; (para garantir o funcionamento e a manutenção do cateter) • Observar presença de sinais flogísticos (como edema, dor, rubor e calor); • Salinizar o cateter quando não estiver em uso. • O acesso venoso periférico deverá ser trocado a cada 72 horas (isso dependerá do protocolo institucional, pois algumas instituições realizam a troca a cada 96 horas) OBRIGADA !
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