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Classificação de Cirurgias

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CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS
As cirurgias podem ser classificadas quanto à urgência cirúrgica que engloba:
Cirurgia eletiva: Tratamento cirúrgico proposto, mas cuja realização pode aguardar ocasião mais propícia, ou seja, pode ser programado. Por exemplo: mamoplastia, gastrectomia.
Cirurgia de urgência: Tratamento cirúrgico que requer pronta atenção e deve ser realizado dentro de 24 a 48 horas. Por exemplo: apendicectomia, brida intestinal.
Cirurgia de emergência: Tratamento cirúrgico que requer atenção imediata por se tratar de uma situação crítica. Pode ocorrer por intercorrências no pós-operatório ou ferimentos por arma de fogo, queimaduras de longa extensão e outras lesões que causem sangramento contínuo. 
DIFERENÇAS ENTRE CIRURGIAS ELETIVAS, DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
Cirurgia de emergência é aquela em que há risco de vida ou de perda de membro caso o paciente não seja operado em um curto intervalo de tempo, geralmente < 6 horas. Já na cirurgia de urgência é aquela em que há risco de vida ou de perda de membro caso o paciente não seja operado em um intervalo de tempo, via de regra, entre 6h e 24h. A cirurgia eletiva é aquela que pode ser postergada por até 1 ano sem causar grandes problemas ao paciente. Em síntese, o que as diferencia é o tempo que o paciente pode esperar para se ter a realização do procedimento mediante seu grau de gravidade. 
ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO CME
Por suas características, o CME é reconhecido pela natureza de um trabalho de produção de cuidados indiretos, que instrumentaliza a assistência na área da saúde, oferecendo o suporte necessário para diferentes atividades assistenciais. Entre as principais atribuições da enfermagem no setor, destacam-se o gerenciamento e a coordenação do processo de trabalho do CME; o gerenciamento dos recursos humanos e materiais; a participação em reuniões administrativas e gerenciais que envolvam o CME; o acompanhamento da avaliação de indicadores de qualidade na unidade; o acompanhamento, o planejamento e a realização de treinamentos; e a participação em programas, comissões, cursos e eventos que abranjam a unidade.
ENFERMAGEM NO PERI-OPERATÓRIO
O pré-operatório é o período de tempo que tem início no momento em que se reconhece a necessidade de uma cirurgia e termina no momento em que o paciente chega à sala de operação. Subdivide-se em mediato (desde a indicação para a cirurgia até o dia anterior a ela) e em imediato (corresponde às 24 horas anteriores à cirurgia). 
Entre as principais intervenções de enfermagem estão: atender o paciente conforme suas necessidades psicológicas (esclarecimento de dúvidas); verificar sinais vitais; pesar o paciente; colher material para exames conforme solicitação médica; orientar higiene oral e corporal antes de encaminhar o paciente para o centro cirúrgico; manter o paciente em jejum, conforme rotina; realizar a tricotomia conforme rotina; orientar o paciente a esvaziar a bexiga minutos antes da cirurgia; retirar próteses dentárias, jóias, ornamentos e identificá-los; encaminhar o paciente ao centro cirúrgico.
No trans-operatório que compreende o momento em que o paciente é recebido no CC até o momento em que é encaminhado para a sala pós-anestésica, busca-se avaliar sinais vitais e possíveis intercorrências. 
No intra-operatório que compreende do início até o final da anestesia, busca-se avaliar o quadro de estabilidade do paciente e informa-lo da continuidade dos procedimentos a serem realizados. 
Na recuperação pós-anestésica que compreende do momento da alta do paciente da sala de operação até sua alta da sala de recuperação pós-anestésica, segue-se o guia com as etapas pós-operatórias. 
O pós-operatório compreende o período que se inicia a partir da saída do paciente da sala de cirurgia e perdura até a sua total recuperação. Subdivide -se em imediato: da alta do paciente da sala de recuperação pós anestésica até as primeiras 48 horas pós operatórias; mediato: Após as primeiras 24 horas até a alta; e tardio: até 30 dias após a alta.
Entre as principais intervenções estão: receber e transferir o paciente da maca para o leito com cuidado, observando sondas e soro etc; osicionar o paciente no leito, conforme o tipo de anestesia; verificar sinais vitais; observar o estado de consciência (sonolência); avaliar drenagens e soroterapia; fazer medicações conforme prescrição; orientar movimentos dos membros superiores ou inferiores livres se possível; encorajar a deambulação; controlar a diurese; assistir psicologicamente o paciente e os familiares; observar e relatar as seguintes complicações: pulmonares: (cianose, dispnéia, agitação); urinárias (infecção e retenção urinária); gastrointestinais (náuseas, vômitos, constipação intestinal, sede);vasculares (Cianoses e edemas); e ferida operatória (hemorragia, infecção e deiscência) e choque.

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