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Toxicologia @juju_medresumos 1 Toxicologia do Doping Introdução “Utilização de substâncias ou métodos capazes de aumentar artificialmente o desempenho esportivo, sejam eles potencialmente prejudiciais à saúde do atleta ou a de seus adversários, ou contrário ao espírito do jogo” (AMA – Agência Mundial Antidoping). FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O DOPING ➢ Frequência, duração e intensidade dos treinos e competições ➢ Período de recuperação insuficiente ➢ Condições atmosféricas desfavoráveis ➢ Pressão por parte do público, treinadores e patrocinadores Controle laboratorial da dopagem TIPOS DE CONTROLES ANTIDOPING: 1. Em competição: • Realizado imediatamente após a competição 2. Fora de competição: • A qualquer momento 3. Controle de saúde: • Antes da competição: ciclismo, esqui e patinação de velocidade MATRIZES BIOLÓGICAS ➢ Urina é a matriz mais empregada: • Coleta não invasiva • Substâncias inalteradas ou metabólitos ➢ Sangue também é utilizado em alguns casos • Coleta invasiva • Matriz mais complexa CONCENTRAÇÃO BAIXA ➢ Necessidade de técnicas analíticas com alta sensibilidade: CG/EM, CLAE/EM, CG- CG bidimensional AMA - Agência Mundial Antidoping ➢ 3 meses antes ➢ Ausência ⇒ 3 ocasiões ⇒ considera-se uma violação às regras antidoping e ele é punido Passaporte biológico do atleta ➢ 2008 ➢ Células vermelhas ➢ Volume corpuscular ➢ Hematócrito Toxicologia @juju_medresumos 2 ➢ Hemoglobina ➢ Hemoglobina corpuscular ➢ Concentração média de hemoglobina corpuscular ➢ Leucócitos ➢ Plaquetas ➢ Porcentagem de reticulócitos Programa de testes antidoping ➢ Seleção ➢ Notificação ➢ Coleta da amostra ➢ Análise da amostra ➢ Controle de resultados COLETA DE AMOSTRA - ABCD ➢ Envio das amostras ao laboratório credenciado pela WADA ➢ A maior parte das organizações esportivas adotam a lista de substâncias proibidas da WADA LABORATÓRIO CREDENCIADO ➢ No Brasil o laboratório credenciado é o Laboratório de Controle de Dopagem do Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LABDOP – LADETEC/IQ - UFRJ) Toxicologia @juju_medresumos 3 CONTROLE DOS RESULTADOS ➢ Os resultados são enviados a organização do evento, uma cópia a WADA e outra a federação internacional ➢ Em caso de resultados adversos, a equipe pode solicitar reanálise da amostra B, sendo que se for confirmado o resultado, o custo desta análise é repassado a equipe/atleta ➢ O Superior Tribunal de Justiça Desportiva é o responsável pelo julgamento ISENÇÃO PARA USO TERAPÊUTICO ➢ Preenchimento de formulário com laudo do médico que indicou o medicamento justificando a sua necessidade terapêutica Substâncias químicas CRITÉRIOS DE INCLUSÃO 1. Risco à saúde do atleta 2. Aumento artificial do desempenho 3. Violação do espírito esportivo ➢ Quando dois critérios são atendidos, a substância é incluída na lista de proibidas S1. AGENTES ANABÓLICOS ➢ Substâncias endógenas e exógenas ➢ Aumento de massa muscular e força ➢ Substâncias mais constantes em EAA (esteróides androgênicos anabólicos) Toxicologia @juju_medresumos 4 ➢ Método analítico • Matriz: urina • Técnica: CG/EM • Preparo de amostra: extração em fase sólida, seguida de derivatização S2. HORMÔNIOS PEPTÍDICOS ➢ Eritropoietina (EPO), insulina, hormônio de crescimento (GH), gonadotrofina coriônica humana (hCG) e hormônio luteinizante (LH), etc ➢ Diversas finalidades: • Eritropoietina (EPO): aumenta eritrócitos, aumenta desempenho atlético (resistência) • Gonadotrofinas: estimula a síntese de testosterona • Insulina: administrado junto com glicose ➢ Substâncias naturalmente presentes no organismo humano S3. BETA-2 - AGONISTAS ➢ Broncodilatadores ➢ Asma e doença pulmonar obstrutiva ➢ Redução da massa adiposa ➢ Métodos analíticos • Como são substâncias exclusivamente exógenas, são mais fáceis de serem determinadas • Técnicas: CG/EM, CLAE/UV, CLAE/EM S4. MODULADORES HORMONAIS E METABÓLITOS ➢ Substâncias que aumentam a testosterona por inibirem sua conversão estrogênios (inibidores da aromatase), inibir a conversão de androgênios a estrogênios, Toxicologia @juju_medresumos 5 inibir o feedback negativo (moduladores seletivos de estrogênio) ➢ Aumento da [ ] plasmática da testosterona ➢ Minimizar os efeitos colaterais: ginecomastia ➢ Métodos analíticos: CG/EM, CLAE/UV, CLAE/EM S5. DIURÉTICOS E OUTROS MASCARANTES ➢ Furosemida e hidroclorotiazida são os mais encontrados ➢ Redução de peso ➢ Diluição da urina ➢ Redução de edema causado pelos esteroides anabolizantes ➢ Método analítico • Matriz: urina • Técnica: CLAE/UV (Arranjos de Diodo) • Preparo de amostra: extração líquido- líquido (ELL) DEMAIS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS ➢ S6. Estimulantes (anfetaminas, cocaína, efedrina, etc) ➢ S7. Canabinóides (Cannabis sativa) ➢ S8. Narcóticos (analgésicos sintéticos opióides, etc) ➢ S9. Glicocorticoides ➢ P1. β-bloqueadores ➢ P2. Etanol ➔ Substâncias exclusivamente exógenas ➔ Métodos analíticos seletivos Métodos proibidos ➢ M1. Aumento da transferência de oxigênio 1. Dopagem sanguínea 2. Aumento da captação, transferência, aporte com produtos a base de hemoglobina Toxicologia @juju_medresumos 6 ➢ M2. Manipulação química e física 1. Diluição ou adulteração da urina 2. Substituição do material biológico ➢ M3. Doping genético 1. Transferência de ácidos nucleicos 2. Uso de células geneticamente modificadas ➔ Proibidos em competição e fora de competição Doping Genético ➢ “É o uso não-terapêutico de células, genes e elementos genéticos, ou a modulação da expressão gênica, que tenham a capacidade de aumentar o desempenho esportivo” COMO FUNCIONA O DOPING GENÉTICO ➢ Genes modificados são implantados em "vetores" - vírus inofensivos, alterados para não transmitir doenças ➢ Os vetores são injetados no corpo do atleta e levam o gene modificado para o lugar correto nas células ➢ As células com o novo gene passam a produzir quantidades maiores de substâncias que melhoram o desempenho esportivo por exemplo, a eritropoetina (EPO) MÉTODOS DIRETOS 1. Identificação do vetor 2. Avaliação do material genético modificado 3. Avaliação da proteína modificada MÉTODOS INDIRETOS 1. Avaliação de parâmetros hematológicos/ imunológicos alterados
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