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APS - DIREITO PREVIDENCIÁRIO (1)

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8
UNIVERSIDADE PAULISTA– UNIP 
CAMPUS DE ARARAQUARA
Curso de direito
APS – ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA DE – 2022/1 ATIVIDADE DO 8° SEMESTRE
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
ALEXANDRE DE OLIVEIRA LOPES R.A: 706066-1
BEATRIZ ALVES COUTO R.A: F1025F-0
MÁRCIA QUEIROZ DE ARANTES R.A: D840AB-1
ARARAQUARA, SP
Outubro / 2.022
O presente trabalho trata-se de elaboração de Atividade Prática Supervisionada proposta pela Coordenação do Curso de Direito, Universidade Paulista - Unip, Araraquara-SP.
A finalidade é promover estratégias que permitam a construção de conhecimento e trabalho em grupo, com intuito de desenvolvimento das atividades de pesquisa, a comunicação de ideias e debate em grupo, colaborando com a aprendizagem do aluno ainda no âmbito acadêmico, que poderá ajudá-lo em sua vida profissional futuramente.
“PROBLEMA APRESENTADO:
Para obtenção de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, o Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS exige o cumprimento de prazo de carência. Para compreender melhor esse importante conceito, o Grupo deverá: 
2.1. Pesquisar o que é carência, qual o período que se aplica ao auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez e, qual a razão da existência desse instituto. 
2.2. Pesquisar, ainda, em que situações a carência não será exigida do segurado. 
2.3. O texto para resposta dos itens anteriores deverá mencionar eventuais obras e portais jurídicos consultados.
O que é carência?
Significado segundo dicionário informal, Falta, ausência, privação, necessidade, também pode ser dada como no período entre recebimento de empréstimo e início de sua amortização, podendo também ser, período de espera para utilização de plano de saúde, de previdência privada, etc.
Na área jurídica, entende-se como tempo que deve ser respeitado após efetivação de um contrato.
Na área previdenciária entende-se como o período mínimo de contribuição por parte do segurado ao INSS para ter direito a um determinado benefício, ou seja, um número mínimo de meses que foram pagos para que o beneficiário ou dependente possam ter direitos a receber um benefício. Fato esse que há necessidade de preocupação por parte do contribuinte para que o período esteja em dia.
Durante o período de carência, o beneficiário ainda não faz jus ao direito à prestação pecuniária.
Na interpretação da lei, período de carência é o número de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências (art. 24 da Lei n. 8.213/91). Mesmo que o segurado tenha iniciado exercício de suas funções no último dia de um determinado mês tem contabilizado, para efeitos de carência, o período todo daquele mês.
Destaca-se que as contribuições recolhidas em atraso devem ser consideradas para efeito de carência, desde que posteriores à primeira paga sem atraso, conforme regra prevista no art. 27, II, da Lei n. 8.213/1991.
	O dia de início de contagem do período de carência é realizado de acordo com as seguintes regras:
· para o segurado empregado, incluindo-se o doméstico, trabalhador avulso e contribuinte individual (este a partir de abril de 2003, quando prestar serviços à empresa, a qual possui a obrigação de retenção e recolhimento): o primeiro dia do mês de filiação ao RGPS, ou seja, desde o primeiro dia do mês em que iniciou-se a execução da atividade remunerada nesta condição, sendo então, presumida a contribuição;
· para o segurado contribuinte individual (observado o disposto no § 4º do art. 26 do Decreto n. 3.048/1999), especial (este enquanto contribuinte individual na forma do disposto no § 2º do art. 200 do mesmo Decreto), e facultativo: da data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas para esse fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores, observado ainda, quanto ao segurado facultativo, o disposto nos §§ 3º e 4º do art. 11 do Decreto n. 3.048/1999.
Período de carência para concessão do auxílio-doença
Para fazer jus ao auxílio-doença o segurado, do Regime Geral de Previdência Social, deverá ter cumprido o tempo de carência equivalente a 12 contribuições mensais.
O auxílio-doença é um benefício concedido ao segurado com incapacidade de trabalhar por motivo de doença ou acidente, ou por orientação médica ultrapassando o período estabelecido em lei como sendo responsabilidade do empregador e também nos casos que iniciem incapacidade temporária. Tal benefício será concedido aos segurados enquadrados como empregados urbanos e rurais, trabalhadores avulsos e segurados especiais, pois segundo a interpretação, até então predominante, em razão do art. N. 19 da Lei de Benefícios da Previdência Social (LBPS).
	Todavia, corre-se o risco de não ter o benefício deferido por ausência de carência pois, dentro dos primeiros 12 meses de filiação ao RGPS, ter sido acometido por doença ou ter sido submetido a cirurgias de urgência, inclusive com risco de vida.
Exemplo de caso no julgado exposto:
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA. APENDICITE. CARÊNCIA. NÃO PREENCHIDA. 1. O autor não cumpriu o período de carência de doze meses, previsto no art. 25, inc. I, da Lei nº 8.213/91, para a obtenção de auxílio--doença. Recurso não provido (TRF da 4ª Região, AC 2001.71.12.000113-2, 5ª Turma, Rel. Juiz Federal Luiz Antônio Bonat, DE de 3.9.2007).
O benefício não será concedido caso o segurado já seja portador da enfermidade incapacitante antes de sua filiação do Regime Geral, salvo o agravamento ou caso de progressão após o início da atividade laboral que o vinculou ao Regime
Aposentadoria por invalidez
O período de carência para concessão da aposentadoria por invalidez é de 12 contribuições mensais. 
“Aposentadoria por invalidez é o benefício decorrente da incapacidade do segurado para o trabalho, sem a perspectiva de reabilitação para o exercício de atividade capaz de lhe assegurar a subsistência.” (RUSSOMANO, Mozart Victor).
Igualmente ao auxílio-doença, a aposentadoria por invalidez é um benefício de pagamento continuado, de risco imprevisível, devido à capacidade para o trabalho. Será deferida quando o segurado - e somente ao segurado empregado, inclusive o doméstico, o trabalhador avulso e o segurado especial. - estiver incapacitado de trabalhar e sem condições de reabilitação par a atividade que garante sua subsistência. Tem caráter provisório, todavia, nada obsta que seja definitivo e geralmente será concedida após a cessação do auxílio-doença.
Será suspenso o contrato de trabalho com a concessão do benefício, e cessará com a recuperação da capacidade para o trabalho.
Não será concedido o benefício, caso o segurado já seja portador da enfermidade incapacitante antes de sua filiação ao RGPS, salvo em caso de progressão ou agravamento desta após o início da atividade laboral que o vinculou ao Regime, assim como o auxílio-doença.
Inexigibilidade do período de carência
Não será exigido o período de carência, tanto para percepção do auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, se o beneficiário ficar inválido em razão de acidente de qualquer natureza ou causa (ligado inclusive ao trabalho), ou ser acometido por doença ocupacional ou algumas das doenças elencadas no art. n. 151 da Lei n. 8.213/91, como graves, contagiosas ou incuráveis.
LBPS - Lei nº 8.213 de 24 de Julho de 1991
Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências.
Art. 151. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada no inciso II do art. 26, independe de carência a concessão de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológicaadquirida (aids) ou contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)”.
É devido o benefício, mesmo que a enfermidade seja diagnosticada durante o
período de graça de que trata o art. 15 da Lei n.º 8.213/1991.
O período de graça é o tempo definido em lei, qual o segurado deixa de recolher a contribuição para o INSS, mas que ainda mantém a sua qualidade de segurado. Esse período poderá variar entre 6 e 12 meses, dependendo da qualidade do segurado, se obrigatório (12 meses), se for facultativo (6 meses), e se ingressar no serviço mil, além das prorrogações previstas:
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio-acidente;
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;
III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória;
IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;
V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar;
VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.
§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
§ 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social.
§ 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos.
A carência da Previdência - INSS - é um dos requisitos que necessitam ser cumpridos para obtenção de diversos benefícios, e pode se tornar um obstáculo dependendo da situação em que se encontra o segurado.	 
	Por isso, é importante que a contribuição com a Previdência Social esteja em dia e o segurado deve se atentar aos diferentes prazos para requerer auxílios e aposentadorias.
Entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF)
O Supremo Tribunal Federal já firmou entendimento jurisprudencial sobre o tema:
	O tempo de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez não decorrentes de acidente de trabalho só pode ser computado como tempo de contribuição ou para fins de carência quando intercalado entre períodos nos quais houve recolhimento de contribuições para a previdência social. (Súmula 73 da TNU)
	
Tal entendimento foi reforçado no Recurso Extraordinário e no Artigo que passa a expor:
O Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou sua jurisprudência sobre a constitucionalidade da contagem, para fins de carência, do tempo em que o segurado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) recebeu auxílio-doença. Segundo a decisão, é necessário que o período esteja intercalado com atividade laborativa. A matéria foi analisada no Recurso Extraordinário (RE) 1298832, que teve repercussão geral reconhecida (Tema 1125) e mérito apreciado no Plenário Virtual. [...]
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA. PERÍODO DE GOZO DE AUXÍLIO-DOENÇA INTERCALADO COM ATIVIDADE LABORATIVA. CONTAGEM PARA FINS DE CARÊNCIA. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. MULTIPLICIDADE DE RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS. RELEVÂNCIA DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. REAFIRMAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. MANIFESTAÇÃO PELA EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.
(RE 1298832 RG, Relator(a): MINISTRO PRESIDENTE, Tribunal Pleno, julgado em 18/02/2021, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-035 DIVULG 24-02-2021 PUBLIC 25-02-2021)
 Neste mesmo artigo também foi exposto o entendimento da Turma Recursal sobre o Recurso Extraordinário: 
[...] A Turma Recursal se manifestou pela validade da utilização do período do auxílio-doença para efeitos de carência (número mínimo de contribuições efetuadas para que se possa ter direito a um benefício).[...] 
 Este mesmo artigo também foi exposto o entendimento do INSS sobre tema:
No recurso apresentado ao STF, o INSS sustentou que, de acordo com a Lei da Previdência Social (Lei 8.213/1991, artigo 55, inciso II), o período de percepção de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez intercalado é considerado como tempo de contribuição, e não como carência. Argumentou, ainda, que a possibilidade de cômputo do tempo de recebimento desses benefícios, intercalados entre períodos contributivos, como carência pode pôr em risco o equilíbrio financeiro e atuarial do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Segundo a autarquia, o entendimento da Turma Recursal confunde tempo de contribuição com carência, institutos com finalidades diferentes: a carência visa exigir do segurado uma participação mínima no custeio do regime, e o tempo de contribuição busca coibir a concessão de benefícios precocemente.
Portanto este artigo citado a cima mostra que o Supremo deixou claro seu entendimento de que o auxilio doença pode ser computado para o fim de carência, desde que intercalado com atividade laboral. Porém o INSS deixou claro em sua manifestação que estão presentes no artigo e no acórdão da ementa citada a cima, que tal entendimento pode por em risco o equilíbrio financeiro.
Referências:
CASTRO, Carlos Alberto Pereira de; LAZZARI, João Batista. Manual de direito previdenciário – 21. ed., rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2018.
www.gov.br/inss/pt-br
www.jusbrasil.com.br/topicos/11359293/artigo-15-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991
www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm
https://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=460856&ori=1
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search?classeNumeroIncidente=Recurso%20extraordinario%201298832&base=acordaos&pesquisa_inteiro_teor=false&sinonimo=true&plural=true&radicais=false&buscaExata=true&page=1&pageSize=10&queryString=Recurso%20extraordinario%201298832&sort=_score&sortBy=desc&isAdvanced=true

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