Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1. Hemoglobina glicada A glicose é muito importante para o cérebro, quando ela não chega de maneira adequada as consequências são muito prejudiciais, podendo resultar em : letargia, coma, dano cerebral permanente e morte. Ademais, quando não se produz a insulina de maneira adequada o indivíduo se encontra em um quadro de diabetes, se não tratado os níveis de glicose do sangue pode elevar-se, chegando a dimensões maiores do que as normais. Segundo Lehninger, é possível obter a extensão de glicação da hemoglobina,que é um exame de diabetes, através da extração clínica de sangue na qual a hemoglobina é retirada por separação eletroforética de HbG e da hemoglobina não modificada do grupo amino. O Diabetes mellitus (DM) é uma doença caracterizada pela baixa ou falta de produção de insulina pela pâncreas. Assim, como acontece em humanos, a diabetes pode ser fatal se for diagnosticada ou tratada de forma equivocada. Tem ocorrido com frequência em cães, mesmo tendo elevado casos, não há uma definição exata da dosagem a ser executado no tratamento dos cães, sendo assim na medicina veterinária as metodologias para a determinação da hemoglobina glicada e frutosamina ainda não são utilizadas na rotina e não foram extrapoladas da bioquímica clínica humana. Os valores de referência de hemoglobina glicada e frutosamina para animais sadios e para animais diabéticos são escassos. Sendo assim, o tratamento da doença de diabetes deve ser realizado e monitorado com dosagens de glicose e principalmente hemoglobina glicada e frutosamina. O diagnóstico da doença é realizado através de exames de dosagem de glicose no sangue em jejum ou pela curva glicêmica, mesmo assim são encontradas dificuldades no controle quando se trata da doença e o sucesso do tratamento depende de fatores como o diagnóstico precoce, as ferramentas laboratoriais existentes são insuficientes e a falta de dados técnicos e ocorrem divergências nas dosagens prescritas. O monitoramento do diabetes em cães e gatos, por determinação das concentrações sanguíneas das proteínas glicadas, não é realizado na rotina clínica. Existem poucos relatos de parâmetros de referência para hemoglobina glicada e frutosamina em animais de companhia e nestes, os valores geralmente são discrepantes e variáveis, de acordo com a metodologia adotada. Os parâmetros de referência para a hemoglobina glicada e frutosamina encontrados na literatura foram determinados em de 1983 a 1999, são referências antigas e as metodologias adotadas ainda não eram padronizadas por um método de referência. A hemoglobina glicada ocorre pela ligação não enzimática da hemoglobina A (HbA) à glicose, de forma contínua, lenta e irreversível (SUMITA e ANDRIOLO, 2006). A hemácia é permeável à molécula de glicose, desta forma, a hemoglobina fica exposta às mesmas concentrações da glicose plasmática e a hemoglobina glicada acumula-se dentro das hemácias. A correlação positiva entre glicose, hemoglobina glicada e frutosamina comprova que a utilização destas avaliações para diagnóstico e monitoramento de cães com DM têm relevância na prática clínica e em seu tratamento. A moderada correlação entre a hemoglobina glicada e a frutosamina pode ser explicada porque as duas relacionam-se diretamente com a glicemia sérica e, assim, indiretamente entre si. A glicemia sérica é afetada por diversos fatores, como, por exemplo, variação diurna, exercício, estresse, alimentação e medicação, o que não ocorre com a hemoglobina glicada e a frutosamina, aumentando a margem de confiança para afirmar que o cão está com glicemia elevada e por tempo prolongado. 2. Glicoproteínas e migração de neutrófilos para o local de inflamação tecidual Glicoproteínas fazem parte do grupo dos oligossacarídeos, tais quais são componentes principais para reconhecimento e adesão entre células, migração celular durante o desenvolvimento, coagulação sanguínea, resposta imune, cicatrização de ferimentos e outros processos celular. Desses casos citados, em sua grande maioria o carboidrato que é incumbido com carregar a informação apresenta ligação covalente com uma proteína ou lipídio, resultando em um glicoconjugado - molécula biologicamente ativa. As glicoproteínas apresentam um ou mais oligossacarídeos de diferentes complexidades, unidos covalentemente a uma proteína. Podem ser encontrados no glicocálice, matriz extracelular e no sangue. Na célula, estão presentes no aparelho de Golgi, grânulos de secreção e lisossomos. Células eucarióticas secretam muitas proteínas em forma de glicoproteínas, incluindo a maioria das proteínas do sangue - por exemplo, imunoglobulinas e certos hormônios. Quimiotaxia é o processo de recrutamento e mobilização de neutrófilos na resposta inflamatória. É quando as células se movem para as regiões de dano e promovem uma sequência de ações até a resolução da inflamação. O processo de migração celular é dividido em quatro etapas distintas: rolamento, ativação, adesão e extravasamento. Enquanto ocorre o processo inflamatório, os neutrófilos migram para a região marginal dos vasos na microcirculação, desencadeando o disparo de diversas vias intracelulares por via de contato com os receptores de membrana endotelial. Durante este ocorrido, a interação do neutrófilo com endotélio dispara uma ativação celular basal, induzindo a formação de uma ligação de velcro promovida por selectinas do tipo L - as quais são uma família de glicoproteínas que existem naturalmente de forma inativa na membrana do leucócito que após ativação, promovem a aderência dos neutrófilos no local de inflamação tecidual. FONSECA, Micaella Pereira da. Proteômica abrangente de alta resolução na análise de neutrófilos humanos ativados pelo peptídeo formyl Methyl Leucyl Phenylalanine (fMLP). 2017. Disponível em: http://repositorio.unb.br/handle/10482/24656. Acesso em: 02 Set. 2019. NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger-7. Artmed Editora, 2018. BELTRAME, Olair Carlos. Padronização da metodologia para determinação das concentrações sanguíneas de hemoglobina glicada e frutosamina em cães sadios, diabéticos e sob insulinoterapia. Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, Curitiba-PR, ano 2011, p. 48-63, 3 out. 2019. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/26165. Acesso em: 02 Set. 2019.
Compartilhar