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Resenha Sobre o Liberalismo clássico e a valorização do ensino privado

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RESENHA CRÍTICA 
 
SANTANA, Luiz Carlos. Liberalismo e Educação em debate: O liberalismo 
clássico e a valorização do ensino privado. Breves: Autores Associados, 2007. 
 
George Melo de ARAÚJO 
João Pedro REIS 
Robson Soares FIGUEIREDO 
 
O trabalho em questão, se trata de uma resenha crítica a respeito do tema 
liberalismo clássico e a valorização do ensino privado, este assunto é referente 
ao capítulo três do livro liberalismo e educação em debate. 
O texto deixa claro que desenvolve algumas ideias no âmbito do liberalismo 
clássico e tem como embasamento basilar a posição de Adam Smith exposta 
em sua obra “investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das 
nações” de 1776. Já que, o neoliberalismo pode ser considerado como a 
ideologia que serve de sustentação e organização das sociedades capitalistas. 
Assim como o texto deixa evidente a relação de causa e consequência entre o 
liberalismo e o capitalismo, mostrando a relação intrínseca que existe entre um 
e outro. Tanta é a paridade entre o capitalismo e o liberalismo que até mesmo 
as mudanças que ocorrem ao longo dos anos são perceptíveis em ambos. 
Um ponto exposto pelo texto que corrobora a ligação entre o capitalismo e o 
liberalismo se encontra quando se faz menção à pluralidade do liberalismo 
exemplificado por suas denominações como o liberalismo clássico, 
neocapitalismo e neoliberalismo. Embasados em princípios como o a 
propriedade privada e o individualismo. 
O liberalismo clássico sendo visto da ótica de Adam Smith deixa evidente a sua 
relação com a teoria econômica do autor, pois estabelece uma relação em que 
a ordem natural requer maior liberdade individual. 
Importante ressaltar que, Adam Smith aponta que para se ter de fato liberdade 
individual existe a condição da não interferência da legislação ou mesmo a não 
imposição de práticas exclusivistas na esfera das relações econômicas. 
A ideia de estado mínimo, está claramente exposta e corroborada por Adam 
Smith, já que são apontados como deveres do estado apenas três que são: 
proteger a sociedade contra e a invasão de outros países independentes, 
assim como, como proteger a sociedade contra a injustiça e opressão e ainda 
criar e manter certas obras. 
Desta forma, fica clara a ideia de que o estado deve ser mínimo, contudo não 
deve ser inexistente, pois seus deveres estarão além do econômico e são 
importantes para a construção e manutenção de obras e bens que não seriam 
economicamente interessantes para um grupo de indivíduos. 
Diante disso, o pensamento liberal sendo analisado do ponto de vista de Adam 
Smith, sugere que em ambientes como os educacionais, observe-se a mesma 
sistemática de estado mínimo e que o aluno seja responsável pela 
remuneração do professor, levantando a bandeira da instituição privada de 
ensino, como forma de corrigir as mazelas deixadas pela educação 
principalmente na corrente monetária. 
Seguindo o pensamento de Adam Smith, o ensino se ocorrido sem a 
interferência do estado, teria melhores resultados sempre na busca do bem-
estar para todos os indivíduos da sociedade e visando os interesses 
individuais. 
Isso por que, Adam Smith se espelhava na educação grega que priorizava a 
instrução tradicional da escrita, leitura e calculo que, eram atividades 
disponibilizadas para pessoas com recursos para financiar, ou seja, para as 
pessoas ricas. Assim sem a interferência do estado, pois o estado não 
assumiria inspeção ou supervisão. 
 A forte opção de Adam Smith pela educação privada é compreensível, 
principalmente quando se olha pelo lado do capital e da valorização do serviço 
prestado pelo professor, reforça a importância do labor docente, assim como 
possibilita o mercado entre os que querem pagar pelo serviço do professor. 
Interessante o apontamento de que a não competição seja em qualquer ramo, 
pode levar a corrupção, isso para justificar a livre concorrência na profissão, 
pois o empenho da maior parte dos que a exercem é sempre proporcional a 
necessidade que eles têm de demostrar tal empenho. Dando assim a ideia de 
que a competição gera melhores resultados e a livre concorrência beneficia 
não só o usuário do serviço como o prestador que melhor se destacar. 
A necessidade é apontada como um estimulo para o profissional, e a 
intervenção do estado reduz a necessidade de o profissional buscar melhorar e 
se esforçar para obter melhores resultados provem do pensamento de que o 
homem por natureza deseja vier o mais tranquilo possível. Sendo assim, 
causaria o relaxamento das atividades desempenhadas pelo profissional o 
sentimento de que o estado ira cuidar da sua manutenção e preservação no 
serviço regularmente. 
Não se pode negligenciar o potencial que cada indivíduo pode manifestar, 
principalmente nas áreas que costuma estar ativo e manifestar sua potencial 
inventividade por estar diretamente engajado e diariamente produzindo, como 
era o caso dos caçadores e guerreiros que evoluem a partir da prática e suas 
respectivas áreas de atuação. Adam Smith, contudo, traz uma ressalva de que 
na sociedade civilizada o homem pouco desenvolve suas potencialidades e 
isso segundo o autor se dá por conta do avanço da divisão do trabalho, fato 
concordado (em parte) por Marx em sua obra “O capital”. 
A divisão do trabalho seria de acordo com Adam Smith uma das causadoras do 
entorpecimento e da barreira no desenvolvimento intelectual do indivíduo, uma 
vez que seu desenvolvimento estaria limitado às atividades laborais que o 
sujeito estivesse realizando regularmente. 
Logo, pode-se constar a predileção de Adam Smith pela escola privada, pois 
segundo ele seria esse o ambiente para que as pessoas com recursos para 
financiar o conhecimento mais aprofundado poderiam ter suas necessidades 
educacionais e intelectuais satisfeitas, em quanto que para as pessoas sem 
recurso, seria suficiente um conhecimento de disciplinas não profundadas. 
Embora, todos os apontamentos sejam embasados em estudos relacionados 
com a economia e sociedade, princípios capitalistas e de afastamento do 
estado. As ideias apontadas menosprezam o lado social da função escolar, 
assim como o pensamento crítico das camadas mais baixas. Como se fosse 
importante que os menos afortunados economicamente continuasse com 
acesso limitado às informações conhecimentos. 
Relacionando com o contexto do século XXI, não seria risível ter no mesmo 
ideal, liberalismo clássico e inclusão, por exemplo. Mas, no que se refere o 
pensamento literário da época é possível perceber que havia uma predileção 
em qual classe o ensino estava com mais qualidade e como as classes mais 
baixas deveriam ser tratadas. 
 
16 de Novembro de 2022.

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