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ANATOMIA BÁSICA

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Aula 1.1 - Introdução à anatomia: Terminologia anatômica e níveis de organização
- O conhecimento da anatomia humana é imprescindível para o desenvolvimento integral do profissional da área da saúde. Você deve estudar o corpo humano através das várias abordagens anatômicas, considerando os níveis de organização do corpo e a nomenclatura específica aplicada a esse estudo. 
- Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai compreender a importância do conhecimento da anatomia humana e suas especialidades, além de conhecer a linguagem que descreve a abordagem inicial para o estudo do corpo humano e de suas partes.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
· Identificar os principais níveis de organização do corpo humano.
· Definir as especialidades em anatomia humana.
· Utilizar termos anatômicos para descrever planos de secção, regiões do corpo, posições relativas e a posição anatômica.
Desafio: escrever para cada imagem sua legenda, referindo os planos tangenciais e seccionais (se a estrutura estiver cortada), regiões do corpo, direções e os lados (direito ou esquerdo). Em cada imagem, será indicado o que terá que ser acrescentado. Este exercício é importante para que você treine o raciocínio espacial em anatomia.
 
Resposta: Figura 1: Plano seccional transversal.
Figura 2: Plano seccional transversal (ou horizontal) e plano seccional frontal (ou coronal).
Figura 3: Mão direita, plano seccional transversal (ou horizontal), plano tangencial superior (lembrando que a mão está em posição anatômica). Na maioria das vezes é usado "vista interna da mão em um plano seccional transversal".
Figura 4: Pé direito, plano seccional frontal ou coronal (lembrando que o pé está em posição anatômica), plano tangencial posterior. Ao invés de ser mencionado plano tangencial posterior, a forma usual é "vista interna do pé no plano seccional frontal".
Figura 5: Plano tangencial lateral esquerdo ou vista lateral esquerda.
Observação: Sobre as imagens com cortes, note que, quando um corpo é seccionado, a parte resultante que está sendo estudada é considerada novamente como um corpo no espaço (e em posição anatômica) e continuará tendo os planos tangenciais anterior, posterior, laterais, superior e inferior, para limitá-lo nas três dimensões espaciais.
Infográfico: Em anatomia, usa-se a divisão abdominopélvica através de linhas que definem quadrantes. Essa separação em regiões torna mais fácil identificar as referências anatômicas e definir a localização dos órgãos e estruturas internas. Confira, na imagem a seguir, os dois tipos de divisão: em 4 e 9 quadrantes.
- Níveis de organização do corpo: 
· Nível químico: inclui os átomos e as moléculas, como o hidrogênio, o oxigênio, o carbono e o nitrogênio. Os átomos interagem entre si para formar compostos tridimensionais com propriedades específicas. 
· Nível celular: as moléculas se combinam para formar estruturas do nível celular. As células são as unidades básicas funcionais e estruturais do corpo e podem ser, por exemplo, as células sanguíneas, cardíacas, musculares, hepáticas e nervosas. 
· Nível tecidual: as células, por sua vez, compõem os tecidos e trabalham para realizar uma determinada função ou funções. Os tecidos existentes no corpo são o conectivo, o nervoso, o muscular e o epitelial.
· Nível orgânico: os órgãos são compostos por diferentes tipos de tecidos que interagem para desempenhar determinadas funções, como, por exemplo, os intestinos, que desempenham diversas funções digestórias.
· Nível sistêmico: um sistema é composto por órgãos relacionados entre si.
- Duas categorias gerais do estudo anatômico são amplamente consideradas: a anatomia microscópica e a anatomia macroscópica. 
· A anatomia microscópica estuda estruturas que não podem ser visualizadas a olho nu.
· A anatomia macroscópica, considera as estruturas visíveis a olho nu e que se vale de formas de estudo como a anatomia de superfície, a anatomia topográfica (ou regional) e a anatomia sistêmica.
Anatomia de superfície: considera os pontos ou regiões superficiais do corpo, sem usar métodos de dissecção, através da palpação ou observação. 
- Existem formas não invasivas para avaliar aspectos estruturais e funcionais do corpo humano, como, por exemplo a palpação, na qual o profissional usa as mãos para identificar aspectos anatômicos da superfície do corpo. Outro exemplo é a auscultação, em que o profissional usa um estetoscópio para avaliar os sons corporais; e a percussão, que é usada pelo examinador para avaliar a presença anormal de líquidos, a consistência de tecidos e as respostas reflexas, por meio das próprias mãos ou usando instrumentos como martelos de percussão.
Anatomia topográfica: estuda as características internas e externas de uma determinada região do corpo, como tórax, abdome e membros superiores e inferiores. 
Anatomia sistêmica: estudo por sistemas corporais; por exemplo, sistema ósseo, muscular, nervoso e digestório. Considera as características anatômicas de um grupo de órgãos que funcionam integrados para produzir efeitos coordenados.
- Além das abordagens descritas anteriormente, ainda podem ser aplicadas as seguintes formas de estudo: Anatomia do desenvolvimento ou embriologia: acompanha o desenvolvimento do ser humano desde sua concepção até a maturidade física; 
Anatomia clínica: compreende as características anatômicas encontradas nas patologias. 
Anatomia comparada: relaciona a anatomia de outros animais que apresentam um processo de desenvolvimento semelhante ao do ser humano; 
Anatomia por imagem ou anatomia radiológica: gera o conhecimento anatômico por meio da visualização e da interpretação de imagens radiológicas, como as da radiografia, da tomografia computadorizada, da ressonância magnética. As imagens geradas pelo aparelho de ultrassom (ecografia) também estão incluídas.
- Para que possamos limitar um corpo no espaço, temos que traçar planos que tangenciem esse corpo em seus limites físicos. Para isso, são empregados os planos tangenciais chamados de anterior ou ventral, posterior ou dorsal, superior, inferior e laterais direito e esquerdo.
- Terminologia das orientações anatômicas: o plano anterior ou ventral será a frente, onde temos o rosto e o ventre. O plano posterior ou dorsal limitará o corpo na parte de trás, onde está o dorso. O plano superior limitará a porção mais externa em cima do corpo, na calota craniana, e o plano inferior limitará o corpo na planta dos pés. Os planos laterais limitam os lados direito e esquerdo, e essa lateralidade será sempre do objeto estudado e não do observador. 
- Direções anatômicas: Direção crânio-caudal: refere-se à proximidade no sentido do crânio ou no sentido da porção final da coluna vertebral ou da região inferior do corpo. Direção lateral-medial: para empregar estes termos, é preciso traçar uma linha imaginária ao longo e bem no meio do corpo. As referências que estiverem mais próximas dessa linha serão consideradas mediais e as que estiverem afastadas ou opostas a essa linha serão laterais (lateral, aqui, significa para fora). Por exemplo: as clavículas possuem duas extremidades, uma que se articula ao osso esterno, que é a extremidade medial, e outra que se articula à escápula, que é a extremidade lateral. Direção proximal-distal: este termo é aplicado quando a referência é a coluna vertebral, em qualquer uma de suas porções. Então, seguindo a linha das articulações até chegar na coluna vertebral, uma estrutura será proximal ou distal à coluna vertebral. Por exemplo, se compararmos a tíbia com o fêmur, a tíbia é distal em relação ao fêmur, pois está mais distante da coluna quando comparada ao fêmur.
- Você pode estudar a anatomia do corpo humano de várias formas. Um delas é através da anatomia radiológica. Os exames de raios X, tomografia computadorizada, ressonância magnética e ultrassom são excelentes instrumentos para o estudo não invasivo do corpo. A área que estuda a interpretação dessas imagens é a Imaginonologia.
- Anatomia palpatória,ou investigação manual de superfície (IMS), é um método extremamente importante na análise de estruturas anatômicas em condições normais ou patológicas. É um método não invasivo de observação e de palpação de estruturas como ossos, ligamentos, tendões, corpos musculares, elementos vasculares e nervosos.
- Este tipo de abordagem também é usado no posicionamento do paciente para o exame radiológico, em que o profissional necessita encontrar os pontos de referência para cada tipo de incidência. Por exemplo, para a radiografia da porção sacral da coluna vertebral (incidência AP axial de sacro), um dos pontos de referência usados é as espinhas ilíacas anterossuperiores (EIAS). O profissional pode identificar as EIAS através da palpação e traçar uma linha imaginária entre elas, para posicionar o paciente antes do exame.
Exercícios: 
1.  Identifique a alternativa que apresenta os termos de direção correspondentes aos planos ventral, posterior, superior e inferior, respectivamente:
A. Anterior, dorsal, cefálico, caudal.
- Em anatomia, convencionam-se os planos de direção, que possuem seus respectivos planos. Os planos de direção correspondentes aos planos ventral, posterior, superior e inferior são: anterior, dorsal, cefálico e caudal.
B. Dorsal, anterior, caudal, cefálico.
C. Caudal, cefálico, anterior, posterior.
D. Cefálico, caudal, posterior, anterior.
E. Posterior, inguinal, poplíteo, anterior.
2. Realizar uma secção sagital implica em dividir o corpo em quais porções?
A. Anterior e posterior
- A secção sagital divide em porções de igual tamanho, direita e esquerda. Alguns autores denominam essa secção de plano sagital mediano, para enfatizar o corte bem no meio de um corpo ou estrutura.
A secção coronal divide em porções anterior, ou ventral, e posterior, ou dorsal.
A secção transversal, ou horizontal, divide em porções inferior e superior.
B. Superior e inferior
C. Dorsal e ventral
D. Direita e esquerda
- Em anatomia, convencionam-se os planos de direção, que possuem seus respectivos planos. Os planos de direção correspondentes aos planos ventral, posterior, superior e inferior são: anterior, dorsal, cefálico e caudal.
E. Inferior e anterior
3. Qual das seguintes alternativas inclui somente estruturas contidas no mediastino?
A. Pulmões, esôfago e coração.
B. Coração, porção final da traqueia e pulmões.
C. Esôfago, porção final da traqueia e timo.
- Estão contidos no mediastino o esôfago, a porção final da traqueia, o timo e o coração.
D. Faringe, timo e grandes vasos.
E. Fígado, pâncreas e estômago.
- A região central da cavidade torácica é o mediastino (Figura 9), um espaço que contém todas as estruturas torácicas, exceto os pulmões. No mediastino localizam-se, por exemplo, o coração, os vasos da base do coração, a porção terminal da traqueia, o esôfago e o timo.
4. Um plano que passa perpendicularmente ao eixo longitudinal da parte do corpo em estudo é o plano:
A. Sagital
B. Coronal ou frontal
C. Transversal
- O plano que divide um corpo em porções superior e inferior é chamado de transversal, ou horizontal. Em radiologia, é chamado de plano axial.
D. Oblíquo
E. Parassagital
- Os planos seccionais são os seguintes; 
Plano transverso (corte transversal ou horizontal): forma um ângulo reto com o eixo longitudinal da região ou parte do corpo que está sendo estudada e a divide em porções superior e inferior. Na área radiológica, este plano é chamado de axial. 
Plano frontal (corte coronal ou frontal): divide o corpo ou região em porções anterior e posterior. 
Plano sagital (corte sagital ou sagital mediano): divide o corpo em porções iguais, direita e esquerda, isto é, bem ao longo da linha mediana, gerando metades de igual tamanho. Os cortes parassagitais são secções que passam por linhas paralelas à linha mediana e dividem o corpo no mesmo sentido longitudinal, mas em tamanhos diferentes.
5. Qual é o termo anatômico referente à região posterior da perna?
A. Crural
B. Sural
- Sural refere-se à região posterior da perna, popularmente chamada de região da panturrilha.
Crural é o termo referente à região anterior da perna.
Braquial é o termo referente à região do braço, isto é, da porção do ombro até o cotovelo.
Femoral é o termo que se refere à região da coxa, do quadril até o joelho.
Cubital é o termo referente à região do cotovelo.
C. Braquial
D. Femoral
E. Cubital
 
Aula 1.2 - Tecido ósseo e estrutura do esqueleto
- O sistema ósseo é responsável por uma série de funções extremamente importante em nosso organismo, como sustentação do corpo, proteção, armazenamento de sais minerais e hematopoese. Para realizar de maneira adequada cada uma destas funções, o sistema ósseo é organizado em um conjunto de ossos, chamado de esqueleto.
- O esqueleto apendicular (formado pelos membros superiores e inferiores) e o esqueleto axial (formado pelo crânio, coluna vertebral e caixa torácica) são o conjunto de diversos ossos, das mais diversas categorias, formas e funções, como, por exemplo, os ossos longos, como o fêmur, os ossos curtos, como os ossos do carpo, entre outras. 
- Os 206 ossos que compõem o esqueleto humano possuem uma grande diversidade em sua anatomia e fisiologia, sendo que existem ossos que devido ao ser formato anatômico possuem a capacidade de absorção de impactos paralelos a eles, como, por exemplo, realizar a aterrisagem de um salto sem grandes complicações a saúde óssea; existem ainda, ossos que possuem um formato anatômico que permite a eles ocuparem uma área maior, funcionando praticamente como um “escudo” de órgãos vitais e extremamente sensíveis, como o cérebro. 
- O educador físico trabalha tradicionalmente com o corpo em movimento, por isto, por maiores que sejam os cuidados deste profissional, ele sempre está sujeito a testemunhar alguns acidentes durante sua prática profissional. Considerando o sistema ósseo, a principal consequência de um acidente é a fratura óssea, que se caracteriza como uma lesão onde ocorre a descontinuidade óssea, trazendo diversos prejuízos ao indivíduo acometido.
- O osso, ou tecido ósseo, é um dos tecidos conectivos de sustentação. Os ossos são estruturas irrigadas, inervadas e com características próprias teciduais, de desenvolvimento e de respostas a injúrias. O tecido ósseo encontra-se continuamente em crescimento, remodelagem e autorreparação. Ainda, contribui para a homeostasia do organismo por meio do fornecimento de suporte, proteção, produção de células sanguíneas e armazenamento. 
- As funções dos ossos do corpo vão além de suporte físico para órgãos e músculos, eles sustentam o peso do corpo e trabalham com os músculos para produzir movimentos controlados e precisos
- O sistema esquelético realiza várias funções básicas, como: 
· Suporte: o esqueleto fornece uma estrutura para o corpo, sustentando os tecidos moles e proporcionando pontos de fixação para os tendões dos músculos esqueléticos. 
· Proteção: os ossos protegem os órgãos que envolvem, como os ossos do crânio protegem o encéfalo e a caixa torácica protege o coração e os pulmões. 
· Movimento: a contração dos músculos esqueléticos movimenta os ossos, produzindo os movimentos corporais, o que é possível porque os tendões unem os músculos e os ossos. Além disso, as articulações, que são formadas onde dois ou mais ossos se unem, permitem movimentos entre os ossos, mas previnem amplitudes excessivas. 
· Armazenamento: os ossos captam do sangue e armazenam minerais, como o cálcio e o fosfato, os quais são essenciais para a ocorrência de diversos processos fisiológicos. O tecido adiposo também é armazenado na cavidade medular dos ossos, sendo utilizado por outros tecidos como fonte de energia e constituindo a medula óssea amarela. 
· Produção de células sanguíneas: os ossos contêm cavidades preenchidas com medula óssea vermelha, que origina as células sanguíneas e as plaquetas (VANPUTTE; REGAN; RUSSO, 2016).
- o tecido ósseo é rico em matriz extracelular que envolve células amplamente separadas. A matriz extracelular é composta por aproximadamente25% de água, 25% de fibras colágenas e 50% de sais minerais cristalizados. Quando esses sais minerais são depositados no arcabouço formado pelas fibras colágenas da matriz extracelular, eles se cristalizam e o tecido enrijece. Esse processo de calcificação é iniciado pelos osteoblastos, as células formadoras de osso. Embora a resistência do osso dependa dos sais minerais inorgânicos, a flexibilidade do osso depende de suas fibras colágenas. A células presentes no tecido ósseo são as células osteoprogenitoras, os osteoblastos, os osteócitos e os osteoclastos.
- Os ossos não são completamente sólidos, uma vez que têm espaços entre as células e a matriz extracelular. Adicionalmente, têm espaços que são canais para a passagem dos vasos sanguíneos ou para o armazenamento da medula óssea vermelha. Com base no tamanho e na distribuição dos espaços, as regiões de um osso podem ser classificadas como compactas ou esponjosas. Em geral, 80% do esqueleto é osso compacto e 20% é osso esponjoso.
- Formação dos ossos : A ossificação é um processo pelo qual os ossos são formados. Ocorre em quatro situações principais: (1) a formação inicial de ossos no embrião e no feto, (2) o crescimento dos ossos durante a infância e a adolescência até seu tamanho adulto ser alcançado, (3) a remodelação do osso (substituição do tecido ósseo velho por tecido ósseo novo durante toda a vida) e (4) o reparo de fraturas durante toda a vida.
- A massa óssea está no seu máximo por volta dos 30 anos de idade. Homens geralmente têm ossos mais densos do que mulheres em razão dos efeitos da testosterona e do maior peso corpóreo. Após 35 anos de idade, tanto o homem quanto a mulher sofrem perda óssea a uma taxa de 0,3 a 0,5% ao ano. No entanto, após a menopausa, essa perda pode aumentar em até 10 vezes nas mulheres. De forma geral, a forma mais efetiva de medida preventiva contra os efeitos do envelhecimento no sistema esquelético é a combinação de aumento na atividade física com suplementos dietéticos de cálcio e vitamina D.
 
Desafio: Imagine a seguinte situação: seu colega de academia (25 anos) sempre comenta que está tomando suplementos energéticos, vitaminas e proteína desidratada para ficar mais forte e musculoso. Na última vez que o viu, ele lhe disse que foi a uma loja de suplementos energéticos e o comerciante lhe vendeu hormônio de crescimento, dizendo que, além de ter um aumento extraordinário da massa muscular, ele cresceria de um a dois centímetros em estatura!
A partir dessa situação:​​​​​​​
1 - O comerciante está falando a verdade, isto é, é possível um indivíduo adulto crescer em estatura tomando hormônio de crescimento?
2 - Qual a relação entre a ossificação endocondral e a cessação do processo de crescimento em estatura nos ossos longos?
3 - Quais são os efeitos colaterais da ingestão contínua de hormônio de crescimento para o organismo?
Resposta: 1. O comerciante não está falando a verdade, pois o indivíduo adulto não cresce mais em estatura tomando hormônio de crescimento.
2. Na idade adulta, a cartilagem da epífise do osso desaparece, e não ocorre mais o crescimento ósseo em comprimento. Esse evento é denominado de fechamento epifisial.
3. O uso crônico do hormônio de crescimento está relacionado ao aparecimento de cálculo nos rins, diabetes, insuficiência cardíaca, câncer, disfunção erétil (impotência sexual), entre outros.
Exercícios:
1. A substância esponjosa do tecido ósseo, também conhecida como trabecular, contém em seu interior a medula óssea, onde estão localizadas células adiposas (adipócitos), células sanguíneas vermelhas ou brancas e células tronco. Essa porção do tecido ósseo é formada por: 
A. Osteonas.
- As osteonas não formam a substância esponjosa.
B. Traves e placas.
- O osso esponjoso é formado por traves de sustentação paralelas ou em placas ramificadas espessas, as trabéculas.
C. Lamelas concêntricas.
- As lamelas concêntricas não formam a substância esponjosa.
D. Apenas espículas.
- Apenas as espículas não formam a substância esponjosa.
E. Medula óssea.
- A medula óssea não forma substância esponjosa.
2. O tecido ósseo é composto por duas substâncias ósseas: A substância compacta ou densa e a substância esponjosa ou trabecular. A substância compacta é mais densa e solida, formando as paredes de ossos típicos do esqueleto, como o úmero e o fêmur. Esse tecido ósseo compacto, responsável pela rigidez do osso é formado a partir de qual unidade funcional básica?  
A. A osteona.
- A osteona cilíndrica ou sistema de Havers é a unidade funcional básica da substância óssea compacta madura.
B. O canalículo.
- O canalículo não é a unidade funcional básica da substância óssea compacta madura.
C. A lamela.
- A lamela não é a unidade funcional básica da substância óssea compacta madura.
D. O canal central.
- O canal central não é a unidade funcional básica da substância óssea compacta madura.
E. A medula flavra.
- A medula flavra não é a unidade funcional básica da substância óssea compacta madura.
3. No processo de crescimento e desenvolvimento do feto, a ossificação ocorre de diferentes formas, isto é, ocorre a substituição de outros tecidos por um tecido ósseo. Esse processo ocorre de duas formas diferentes, como a ossificação intramembranosa, isso é, ocorre a substituição de um tecido conectivo fibroso por tecido ósseo. Já na ossificação endocondral, inicia-se a formação óssea a partir de qual estrutura base? 
A. Tecido conectivo fibroso.
- A ossificação endocondral não se inicia com a formação de um modelo de tecido conectivo fibroso.
B. De cartilagem hialina.
- O início do processo de ossificação ocorre a partir da formação de um modelo de cartilagem hialina.
C. Membrana sinovial.
- A ossificação endocondral não se inicia com a formação de um modelo de membrana sinovial.
D. Osso calcificado.
- A ossificação endocondral não se inicia com a formação de um modelo de osso calcificado.
E. Tecido areolar.
- A ossificação endocondral não se inicia com a formação de um modelo de tecido areolar.
4. O tecido ósseo sofre diversas remodelações ao longo da vida, tendo esse remodelamento controlado de forma multifatorial, isto é, é influenciada por aspectos biológicos, comportamentais e ambientais; A idade avançada, por exemplo, é um fator responsável por um destes remodelamentos, ondo ocorre uma significativa redução da massa óssea. Essa alteração de remodelamento ósseo que ocorre no envelhecimento é denominada: 
A. Osteopenia.
- A osteopenia é a redução da massa óssea, que ocorre aproximadamente a partir dos 30 anos de idade.
B. Osteomielite.
- A osteomielite não é uma alteração do processo de ossificação que ocorre no envelhecimento.
C. Osteíte.
- A osteíte não é uma alteração do processo de ossificação que ocorre no envelhecimento.
D. Osteocondrite.
- A osteocondrite não é uma alteração do processo de ossificação que ocorre no envelhecimento.
E. Espondilolistese.
- A espondilolistese não é uma alteração do processo de ossificação que ocorre no envelhecimento.
5. O osso é um tecido remodelavel e que teu seu crescimento de diferentes maneiras para acompanhar o crescimento e desenvolvimento do indivíduo ao longo da vida. Esse crescimento pode ocorrer tanto em comprimento, a partir das placas epifisárias, que tornará o osso mais longo, mas, também pode ocorrer em largura, tornando o osso com maior diâmetro; Esse processo de ampliação em diâmetro de um osso em desenvolvimento é denominado de: 
A. Crescimento aposicional da superfície externa.
- Nesse tipo de crescimento, as células osteoprogenitoras da camada interna do periósteo se diferenciam em osteoblastos e adicionam matriz óssea à superfície.
B. Crescimento intersticial dentro da matriz.
- O crescimento intersticial dentro da matriz não é o processo de ampliação em diâmetro de um osso em desenvolvimento.
C. Crescimento lamelar.
- O crescimento lamelar não é o processo de ampliação em diâmetro de um osso em desenvolvimento.
D. Crescimento haversiano.
- O crescimento haversiano não é o processo de ampliação em diâmetrode um osso em desenvolvimento.
E. Pinocitose.
- A pinocitose não é o processo de ampliação em diâmetro de um osso em desenvolvimento.
Aula 2.1 - Sistema Muscular: Tecido e organização
- Você sabe o que uma caminhada, um batimento cardíaco e os movimentos peristálticos do seu intestino têm em comum? Todos eles ocorrem graças ao tecido muscular que está presente em seu corpo, garantindo o funcionamento adequado de todo este organismo.
- O corpo humano é composto de mais de 700 músculos, que representam aproximadamente 42% da massa corporal de um indivíduo do sexo masculino padrão, podendo chegar até 50% da massa corporal em fisiculturistas. Esse tecido muscular através de suas propriedades básicas é capaz de desempenhar diversas funções extremamente importantes do ponto de vista fisiológico, contribuindo para a produção de movimentos do corpo e no corpo, manutenção da postura corporal, regulação da entrada e saída de materiais do corpo humano e regulação da temperatura corporal, entre outras funções em nosso organismo.
- Quando pensamos no sistema muscular, tradicionalmente pensamos nos músculos estriados/esqueléticos, que estão fortemente associados ao movimento do corpo, como realizar um gesto esportivo, por exemplo; No entanto, o corpo humano possui três tipos de tecido muscular, cada um com diferentes características histológicas e funcionais, que atuam em conjunto para o funcionamento adequado do organismo.
 
- Os músculos esqueléticos são compostos por centenas ou milhares de células denominadas fibras musculares, em virtude de seu formato alongado, que são envoltas por tecidos conjuntivos e supridas por vasos sanguíneos e nervos que penetram nos músculos (TORTORA; DERRICKSON, 2017). O tecido conjuntivo envolve e protege o tecido muscular, ou seja, no músculo intacto, as fibras musculares individuais são envolvidas e mantidas unidas por várias bainhas de tecido conjuntivo. Juntas, essas bainhas de tecido conjuntivo sustentam as células e reforçam o músculo como um todo, impedindo rompimentos durante contrações muito fortes (MARIEB; HOEHN, 2009).
- Tipos de fibras musculares: As fibras musculares esqueléticas podem ser classificadas em dois tipos, as vermelhas ou de contração lenta, e as brancas ou de contração rápida. Essa classificação é plausível, uma vez que nem todos os músculos esqueléticos têm capacidades funcionais idênticas.
- Composição da unidade motora: Uma unidade motora é composta por um único neurônio motor juntamente com todas as fibras musculares estriadas esqueléticas que são estimuladas pelo sinal elétrico (potencial de ação muscular), que é transmitido por esse neurônio (TORTORA; DERRICKSON, 2017). Quando um neurônio motor é estimulado, ele promove a contração de todas as fibras musculares nessa unidade motora ao mesmo tempo. Um músculo estriado esquelético típico contém milhares de fibras musculares.
 
- temos vários fascículos -> cada fascículo, envolvido por um perimísio, composto por fibras musculares 
 
 
 
Desafio: Atualmente, alguns países adotaram a prática de realizar biópsias de músculos do membro inferior em atletas de pista (corridas de longa e de curta distância).
Você é profissional da área da saúde e tem um paciente que foi submetido a esse exame. O resultado apresentou 70% de fibras brancas na constituição do músculo vasto lateral.
O que isso significa? Esse exame é eficaz? Pode ser importante para o atleta? A genética do atleta tem a ver com seu desempenho? O que são fibras brancas e vermelhas? São a mesma coisa do que fibras rápidas e lentas?
Pesquise e elabore um texto respondendo os questionamentos.
Resposta: O resultado significa que as fibras musculares da coxa do atleta são predominantemente de contração rápida.
O exame é eficaz, pois, ao microscópio óptico, as fibras são visualizadas claramente e classificadas.
O exame pode ser importante para a tomada de decisões quanto a que tipo de modalidade esportiva é a mais vantajosa para o atleta.
A genética influencia fortemente na quantidade e nos tipos de fibras lentas.
Exercícios:
1. As fibras musculares individuais são envoltas e mantidas unidas por algumas bainhas de tecido conjuntivo. O tecido conjuntivo envolve e protege o tecido muscular. Neste sentido, no músculo intacto as bainhas de tecido conjuntivo sustentam as células e reforçam o músculo como um todo, impedindo rompimentos durante as fortes contrações musculares. Em relação as bainhas de tecido conjuntivo temos: hipoderme, fáscia, epimísio, perimísio e endomísio. 
Neste contexto, em relação a fáscia é correto afirmar:
A. É composto de tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo e separa o músculo da pele, fornecendo uma via para nervos, vasos sanguíneos e linfáticos adentrarem e saírem dos músculos
B. É uma camada de tecido conjuntivo denso não modelado que circunda o músculo inteiro
C. É uma bainha composta por tecido conjuntivo denso não modelado que reveste a parede do corpo e dos membros e que envolve os músculos e outros órgãos do corpo servindo também para transportar nervos, vasos sanguíneos e linfáticos.
- A Fáscia: é uma bainha composta por tecido conjuntivo denso não modelado que reveste a parede do corpo e dos membros e que envolve os músculos e outros órgãos do corpo. Além disso, a fáscia transporta nervos, vasos sanguíneos e vasos linfáticos. Já a Tela subcutânea ou hipoderme é composta por tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo. Além de separar o músculo da pele, fornece uma via para os nervos, os vasos sanguíneos e os vasos linfáticos entrarem e saírem dos músculos. O tecido adiposo da tela subcutânea atua como isolante térmico e protege os músculos contra traumas. No músculo esquelético, as fibras musculares envolvidas pelo endomísio são agrupadas em fascículos, circundados por uma camada de tecido conjuntivo fibroso denominado perimísio. O epimísio caracterizado como uma camada de tecido conjuntivo denso não modelado que circunda o músculo inteiro. Outra bainha de tecido conjuntivo é o Endomísio caracterizado como uma fina bainha de tecido conjuntivo formado por fibras reticulares que envolvem individualmente cada fibra muscular
D. É uma camada de tecido conjuntivo fibroso e no musculo esquelético agrupa os fascículos
E. É uma fina bainha de tecido conjuntivo formado por fibras reticulares que envolvem individualmente cada fibra muscular
- Fáscia: é uma bainha composta por tecido conjuntivo denso não modelado que reveste a parede do corpo e dos membros e que envolve os músculos e outros órgãos do corpo. Além disso, a fáscia transporta nervos, vasos sanguíneos e vasos linfáticos (TORTORA; DERRICKSON, 2017).
2. O músculo esquelético é composto milhares de células com características circulares alongadas, chamadas de fibras musculares, que estão dispostas de maneira paralela em relação umas às outras. As fibras do músculo estriado esquelético em geral são muito longas podendo por exemplo, em um músculo do membro inferior apresentar comprimento igual ao comprimento total do músculo.  Existem algumas importantes estruturas relacionadas às fibras musculares para que as mesmas possam desempenhar sua função contrátil, entre estas estruturas encontra-se uma rede de túbulos envolvidos por membrana e preenchidos por líquido, que armazena íons cálcio requeridos para a contração muscular. Neste sentido, responda como é denominada esta estrutura?​​​​​​​ 
A. Túbulos transversos
-Túbulos transversos ou túbulos T: formam uma tubulação que parte da superfície em direção ao centro de cada fibra muscular.
B. Sarcolema
-Sarcolema: é a membrana plasmática das fibras musculares. Núcleos múltiplos se situam na periferia da fibra abaixo do sarcolema.
C. Retículo sarcoplasmático
- Retículo sarcoplasmático: uma rede de túbulos envolvidos por membrana e preenchidos por líquido, que armazena íons cálcio requeridos para a contração muscular e estende-se por todo o sarcoplasma.
- Esta rede de túbulos envolvidos por membrana e preenchidos por líquido, que armazena íons cálcio requeridos para a contração muscular e que se estende por todoo sarcoplasma é denominado reticulo sarcoplasmático. Já os túbulos transversos ou túbulos T, formam uma tubulação que parte da superfície em direção ao centro de cada fibra muscular. O sarcolema é a membrana plasmática das fibras musculares e o sarcoplasma  é o citoplasma da fibra muscular, que contém muitas mitocôndrias que produzem grande quantidade de ATP durante a contração muscular. As miofribilias estão presentes ao longo de todo o comprimento da fibra muscular e são compostas por dois tipos de filamentos proteicos, chamados de filamentos finos (proteína actina) e filamentos grossos (proteína miosina), estes filamentos formam os sarcômeros que são considerados as unidades funcionais básicas da fibra muscular estriada esquelética.
D. Sarcoplasma
- Sarcoplasma: é o citoplasma da fibra muscular, que contém muitas mitocôndrias que produzem grande quantidade de ATP durante a contração muscular
E. Miofibrilas
- Miofibrilas: estão presentes ao longo de todo o comprimento da fibra muscular e são compostas por dois tipos de filamentos proteicos, chamados de filamentos finos (proteína actina) e filamentos grossos (proteína miosina). Os filamentos se sobrepõem formando padrões específicos e formam compartimentos, chamados sarcômeros, as unidades funcionais básicas das fibras musculares estriadas. Os sarcômeros estão separados um do outro por zonas de material proteico denso, chamadas de linhas Z. Dentro de cada sarcômero, uma área escura, chamada banda A, se estende por todo o comprimento dos filamentos espessos. No centro de cada banda A, está uma banda H estreita, que contém somente os filamentos espessos. Uma área de coloração mais clara em cada lado da banda A, chamada banda I, contém o resto dos filamentos finos, mas sem filamentos espessos. Cada banda I se estende para dentro de dois sarcômeros, dividida ao meio por uma linha Z. A alternância de bandas A, mais escuras, e bandas I, mais claras, dá à fibra muscular sua aparência estriada (TORTORA; DERRICKSON, 2017).
3. As fibras musculares esqueléticas podem ser classificadas em dois tipos, as vermelhas ou de contração lenta, e as brancas ou de contração rápida. Essa classificação é plausível, uma vez que nem todos os músculos esqueléticos têm capacidades funcionais idênticas. Neste contexto, o que ocorre é que a maioria dos músculos tem os dois tipos de fibras, embora a quantidade de cada possa variar para cada músculo, por exemplo, os grandes músculos posturais contêm mais fibras de contração lenta quando comparados com os músculos dos membros superiores que contêm mais fibras de contração rápida. Neste sentido, quais são as características das fibras vermelhas (contração lenta) e das brancas (contração rápida), respectivamente.​​​​​​​ 
A. Pouca quantidade de mioglobina; grandes quantidades de mioglobina
B. Grandes quantidades de mioglobina; pouca quantidade de mioglobina
- Nas fibras vermelhas (contração lenta) a contração e a fadiga muscular ocorrem de forma mais lenta. Estas fibras apresentam um suprimento sanguíneo bem desenvolvido e abundante presença de mitocôndrias. De maneira geral, essas fibras são chamadas de oxidativas em razão de sua capacidade aumentada de realizar a respiração aeróbia, considerando que a respiração aeróbia requer oxigênio para quebrar a glicose e produzir ATP, dióxido de carbono e água. Neste contexto, apresentam grandes quantidades de mioglobina, um pigmento escuro similar à hemoglobina das hemácias, que se liga ao oxigênio e atua como reservatório deste na fibra muscular quando o sangue não fornece uma quantidade adequada. Assim, a mioglobina aumenta a capacidade das fibras musculares realizarem a respiração aeróbia. Já as fibras brancas (contração rápida) respondem rapidamente à estimulação nervosa e conseguem quebrar o ATP mais rapidamente do que as fibras musculares de contração lenta. Estas fibras apresentam um suprimento sanguíneo menor, pouca mioglobina e mitocôndrias menores e em menor quantidade quando comparados com as fibras vermelhas (contração lenta). No entanto, as fibras de contração rápida têm grandes depósitos de glicogênio e são adaptadas para exercer a respiração anaeróbia, que é a quebra da glicose para produzir ATP e ácido láctico sem a presença do oxigênio.
C. Grandes depósitos de glicogênio; pouca quantidade de mioglobina
D. Pouca quantidade de mioglobina; grandes depósitos de glicogênio
E. Grandes depósitos de glicogênio; grandes quantidades de mioglobina
- Fibras musculares de contração lenta (vermelhas): nessas fibras, a contração e a fadiga muscular ocorrem de forma mais lenta. Além disso, apresentam um suprimento sanguíneo bem desenvolvido e abundante presença de mitocôndrias. De forma geral, essas fibras são chamadas de oxidativas em razão de sua capacidade aumentada de realizar a respiração aeróbia, considerando que a respiração aeróbia requer oxigênio para quebrar a glicose e produzir ATP, dióxido de carbono e água. Além disso, apresentam grandes quantidades de mioglobina, um pigmento escuro similar à hemoglobina das hemácias, que se liga ao oxigênio e atua como reservatório de deste na fibra muscular quando o sangue não fornece uma quantidade adequada. Assim, a mioglobina aumenta a capacidade de as fibras musculares realizarem a respiração aeróbia (VANPUTTE; REGAN; RUSSO, 2016).
- Fibras musculares de contração rápida (brancas): essas fibras respondem rapidamente à estimulação nervosa e conseguem quebrar o ATP mais rapidamente do que as fibras musculares de contração lenta. Além disso, têm um suprimento sanguíneo menor, pouca mioglobina e mitocôndrias menores e em menor quantidade. No entanto, as fibras de contração rápida têm grandes depósitos de glicogênio e são adaptadas para exercer a respiração anaeróbia, que é a quebra da glicose para produzir ATP e ácido láctico sem a presença do oxigênio.
4. O tecido muscular tem papel fundamental em nossa vida, desde sentar, ficar em pé, falar, correr e andar incluindo, o batimento cardíaco e a mecânica ventilatória. Sem os músculos, a vida humana seria impossível, uma vez que muitos de nossos processos fisiológicos, funcionais envolvem o tecido muscular. 
Neste contexto, é correto afirmar que: 
(F) I. O epimísio é uma camada de tecido conjuntivo fibroso não modelado que circunda a fibra muscular. 
(V) II. As fibras do tecido conjuntivo do endomísio e do perimísio são entrelaçadas e aquelas do perimísio misturam-se ao epimísio. 
(F) III. Os sarcômeros estão separados um do outro por zonas de material proteico denso, chamadas de bandas A. 
(F) IV. No músculo relaxado (sem contração muscular), a miosina está impedida de se ligar à actina, porque filamentos de miosina recobrem os sítios de ligação. 
(V) V. A sinapse formada entre os botões terminais sinápticos e a placa motora terminal é conhecida como junção neuromuscular
A. I e II
B. II; III e V
C. II; IV e V
D. II e V
- As fibras do tecido conjuntivo do endomísio e do perimísio são entrelaçadas e aquelas do perimísio misturam-se ao epimísio e a sinapse formada entre os botões terminais sinápticos e a placa motora terminal é denominada de junção neuromuscular. Já o epimísio é uma camada de tecido conjuntivo denso não modelado que circunda o músculo inteiro. Os sarcômeros estão separados um do outro por zonas de material proteico denso, chamadas de linha Z. No músculo relaxado (sem contração muscular), a miosina está impedida de se ligar à actina, porque filamentos de tropomiosina recobrem os sítios de ligação.
E. II; III e IV
I. - Epimísio: é uma camada de tecido conjuntivo denso não modelado que circunda o músculo inteiro
II. - Perimísio: no músculo esquelético, as fibras musculares envolvidas por endomísio são agrupadas em fascículos, circundados por uma camada de tecido conjuntivo fibroso denominado perimísio. Endomísio: é uma fina bainha de tecido conjuntivo formado por fibras reticulares que envolvem individualmente cada fibra muscular
III. - Os sarcômeros estão separados um do outro por zonas de material proteico denso, chamadas de linhas Z. Dentro de cada sarcômero,uma área escura, chamada banda A, se estende por todo o comprimento dos filamentos espessos.
IV. - no músculo relaxado, a miosina está impedida de se ligar à actina, porque filamentos de tropomiosina recobrem os sítios de ligação.
5. O tecido muscular esquelético é estriado, voluntário e está fixado aos ossos, movimentando, dessa forma, partes do esqueleto. Neste sentido, a unidade motora joga um papel fundamental para a realização dos movimentos. Em relação a unidade motora assinale verdadeiro (V) ou falso (F): 
(V  )A unidade motora é composta por um único neurônio motor juntamente com todas as fibras musculares estriadas esqueléticas que são estimuladas pelo sinal elétrico (potencial de ação muscular). 
(V  )Quando um neurônio motor é estimulado, ele promove a contração de todas as fibras musculares nessa unidade motora ao mesmo tempo.
(F  )O músculo esquelético se contrai quando suas unidades motoras são estimuladas. No entanto, a intensidade da contração produzida não é dependente da frequência do estímulo ou do número de unidades motoras envolvidas. 
(V  )O espaço entre o botão terminal sináptico e a placa motora terminal é a fenda sináptica. 
(F  )O funcionamento da junção neuromuscular não pode ser afetado por diversas toxinas e fármacos 
(F  )A região do sarcolema, distante do terminal axônico, é chamada placa motora terminal.
A. V;V;F;V;F;F
- A unidade motora é composta por um único neurônio motor juntamente com todas as fibras musculares estriadas esqueléticas que são estimuladas pelo sinal elétrico (potencial de ação muscular). Quando um neurônio motor é estimulado, ele promove a contração de todas as fibras musculares nessa unidade motora ao mesmo tempo. O espaço entre o botão terminal sináptico e a placa motora terminal é a fenda sináptica. Já o músculo esquelético se contrai quando suas unidades motoras são estimuladas. No entanto, a intensidade da contração produzida depende da frequência do estímulo ou do número de unidades motoras envolvidas. A região do sarcolema, proximal do terminal axônico, é chamada placa motora terminal e O funcionamento da junção neuromuscular pode ser afetado por diversas toxinas e fármacos como por exemplo a toxina botulínica produzida pela bactéria Clostridium botulinum
B. F;V;V;V;F;F
C. V;V;V;V;F;F
D. V;V;F;V;F;V
E. V;V;F;F;V;F
- músculo esquelético se contrai quando suas unidades motoras são estimuladas. No entanto, a intensidade da contração produzida depende da frequência do estímulo e do número de unidades motoras envolvidas
- O funcionamento da junção neuromuscular pode ser afetado por diversas toxinas e fármacos.
- A região do sarcolema, próxima do terminal axônico, é chamada placa motora terminal.
Aula 2.2 - Sistema muscular: Musculatura axial
- O sistema muscular esquelético é classificado em duas divisões: axial e apendicular. A musculatura axial fica localizada no esqueleto axial. Tem como principal função posicionar a cabeça e a coluna vertebral, além de contribuir nos movimentos respiratórios por meio dos movimentos torácicos. Os músculos axiais não agem na estabilização ou movimentação dos ossos que ligam o esqueleto apendicular ao esqueleto axial, nem dos próprios membros superiores e inferiores. A maior parte dos músculos esqueléticos do corpo, em torno de 60%, são músculos axiais.
Infográfico: Quando um músculo contrai e encurta, uma de suas extremidades geralmente permanece fixa, enquanto a outra extremidade (mais móvel) é puxada em direção a ele, resultando em movimento.
Essas extremidades são descritas como origem e inserção.
O infográfico a seguir apresenta as suas definições, facilitando sua compreensão.
- O surgimento de hérnias abdominais é uma doença bastante comum. Cerca de 3% das pessoas têm esse tipo problema. Qualquer pessoa pode ter hérnia: de recém-nascidos a idosos. Ocorre, entretanto, mais nos recém-nascidos por um defeito congênito e nos idosos por enfraquecimento dos músculos da parede abdominal.
As hérnias são muito mais comuns nos homens do que nas mulheres. Elas ocorrem com maior frequência em pessoas com alguns problemas, como constipação intestinal, tabagismo e doenças da próstata, pulmão, coração ou fígado. Essas situações geralmente aumentam a pressão dentro do abdômen e facilitam sua ocorrência.
 
- A musculatura axial está relacionada aos movimentos da cabeça e da coluna vertebral.
Os músculos axiais são divididos em 4 grupos de acordo com sua função ou localização, e às vezes não apresentam limites anatômicos claramente distintos. Por exemplo, uma função como a extensão da coluna vertebral envolve músculos ao longo de todo o seu comprimento. 
· Os 4 grupos são: 
· Músculos da cabeça e do pescoço que não estão associados com a coluna vertebral: aqui estão os músculos que movimentam a face, a língua e a laringe. São responsáveis pela comunicação verbal e não verbal (rir, falar, franzir as sobrancelhas, sorrir e assobiar). Eles executam movimentos associados à alimentação (como sugar, mastigar e engolir), bem como contrações dos músculos dos olhos (que nos ajudam a procurar alguma coisa a mais para comer). 
· Músculos da coluna vertebral: aqui inclui numerosos músculos flexores e extensores do esqueleto axial. 
· Músculos oblíquos e retos: são os que formam as paredes musculares das cavidades torácica, abdominal e pélvica, abrangendo a primeira vértebra torácica até a pelve. Na região torácica, esses músculos são divididos em seções pelas costelas, porém, na superfície abdominal, formam largas faixas musculares. Aqui, também estão incluídos os músculos retos e oblíquos no pescoço. Ainda que não constituam uma parede muscular completa, estão inclusos neste grupo por compartilharem uma origem comum de desenvolvimento. O músculo diafragma também está incluído neste grupo, pois seu desenvolvimento está relacionado ao de outros músculos da parede do tórax. 
· Músculos do períneo e do diafragma da pelve: estes estendem-se entre o sacro e o cíngulo do membro inferior, ocluindo a abertura pélvica.
- Os músculos da cabeça e do pescoço podem ser subdivididos em vários grupos. São eles: músculos da face (expressão facial); músculos extrínsecos do bulbo do olho; músculos da mastigação; músculos da língua; músculos da faringe originados no crânio ou no osso hioide.
- Outros músculos envolvidos com a visão e a audição originam-se no crânio. Os músculos anteriores do pescoço estão principalmente relacionados à modificação de posição da laringe, do osso hioide e do soalho da boca.
- Os músculos extrínsecos do bulbo do olho apresentam-se em seis músculos, algumas vezes chamados de oculomotores. São originados na superfície da órbita e controlam a posição do olho. Esses músculos são: músculo reto inferior do bulbo do olho; músculo reto medial do bulbo do olho; músculo reto superior do bulbo do olho; músculo reto lateral do bulbo do olho; músculo oblíquo inferior do bulbo do olho; músculo oblíquo superior do bulbo do olho.
- O diafragma é o músculo que separa a cavidade abdominal da torácica. Está presente em todos os mamíferos e em algumas aves, e é o principal responsável pela respiração nos seres humanos.
 
Desafio: Você está caminhando pela rua após uma aula de anatomia sobre os músculos da face. Eis que você enxerga ao longe, vindo em sua direção, um antigo conhecido, o João. Ao se aproximar de João, você contrai seus músculos frontal e prócero.
A expressão facial dada pela movimentação desses músculos denota que você está feliz em ver João?
Justifique e explique sua resposta, citando também a origem, inserção e ação desses dois músculos.
Resposta: Você não está feliz em ver João, pois a contração dos músculos frontal e prócero faz com que a testa se enrugue, demonstrando assim um sentimento de aversão.
Músculo frontal
Origem: margem supraorbital.
Inserção: gálea aponeurótica.
Ação: movimenta o couro cabeludo, enruga a fronte e eleva os supercílios e a pele do nariz.
É o músculo da atenção, surpresa, horror, medo.
Músculo prócero
Origem: porção inferior do osso nasal, parte superior da cartilagem nasal lateral.Inserção: pele entre os supercílios.
Ação: enruga a pele entre os supercílios.
Exercícios:
1. Os músculos axiais da coluna vertebral controlam a posição da: 
A. cabeça, pescoço e cíngulo do membro superior.
B. cabeça, pescoço e coluna vertebral.
- Os músculos axiais da coluna vertebral controlam a posição da cabeça, pescoço e coluna vertebral, além de contribuir nos movimentos respiratórios por meio dos movimentos torácicos.
C. coluna vertebral.
D. coluna vertebral e cíngulos dos membros superior e inferior.
E. coluna vertebral e cabeça.
2. A musculatura axial subdivide-se em quatro grupos: músculos da cabeça e do pescoço que não estão associados com a coluna vertebral, músculos da coluna vertebral, músculos oblíquos e retos músculos do períneo e do diafragma da pelve. Indique a alternativa correta em relação aos músculos da coluna vertebral:
A. Estendem-se entre o sacro e o cíngulo do membro inferior, ocluindo a abertura pélvica.
- Os músculos do períneo e do diafragma da pelve estendem-se entre o sacro e o cíngulo do membro inferior, ocluindo a abertura pélvica.
B. Fazem parte deste grupo os músculos intrínsecos do dorso, divididos em músculos da camada superficial, média e profunda.
- Esses músculos estão dispostos em três camadas distintas: superficial, média e profunda. Os músculos das camadas superficial e média são chamados de músculos extrínsecos do dorso. Os músculos mais profundos do dorso são os músculos intrínsecos (ou verdadeiros) do dorso. Os músculos intrínsecos do dorso são inervados pelos ramos posteriores dos nervos espinais.
- Fazem parte do grupo dos músculos da coluna os músculos intrínsecos do dorso, divididos em músculos da camada superficial, média e profunda.
C. Fazem parte deste grupo os músculos intercostais externos e internos.
- Os músculos intercostais externos e internos pertencem ao grupo dos músculos oblíquos e retos.
D. O músculo quadrado do lombo tem a sua inserção terminal na crista ilíaca e no ligamento iliolombar.
- O músculo quadrado do lombo tem a sua inserção terminal na última costela e processos transversos das vértebras lombares.
E. Os músculos profundos transverso- espinais são inervados por nervos torácicos.
- Os músculos profundos transverso- espinais são inervados por nervos cervicais.
3. Ao realizar uma cirurgia abdominal, um cirurgião faz uma incisão no músculo que se localiza limitado medial e longitudinalmente por uma partição mediana de colágeno, a linha alba. De qual músculo se trata? 
A. Músculo digástrico.
B. Músculo escaleno.
C. Músculo oblíquo externo do abdômen.
D. Reto abdominal.
- No abdome, o mesmo padrão básico de musculatura se estende de forma contínua pela parede abdominopélvica. A disposição cruzada da direção das fibras musculares nesses músculos fortalece a parede do abdome. Esses músculos são:oblíquos externo e interno do abdome, transverso do abdome e reto do abdome. Uma excelente forma de você compreender a relação entre esses músculos é observá-los em secção transversal. O músculo reto do abdome insere-se no processo xifoide do esterno e estende-se até a proximidade da sínfise púbica. Esse músculo é limitado medial e longitudinalmente por uma partição mediana de colágeno, a linha alba.
- A linha alba é uma linha branca e robusta, que se localiza entre os dois músculos retos do abdômen.
O músculo reto do abdômen insere-se no processo xifoide do esterno e estende-se até a proximidade da sínfise púbica.
E. Músculos intercostais esternos.
4. Indique a alternativa correta em relação aos músculos da face e do pescoço:​​​​​​​ 
A. A inserção terminal no músculo levantador do ângulo da boca é na fossa incisiva da mandíbula.
B. Nervo abducente (VI) inerva o músculo bucinador.
C. Os músculos zigomático maior e zigomático menor elevam comprimem as bochechas.
D. A inserção terminal do músculo platisma é na fáscia do tórax, região superior, entre a cartilagem da segunda costela e o acrômio da escápula.
E. O músculo corrugador do supercílio tem sua origem a margem orbital do osso frontal próximo à sutura fronto nasal.
- O músculo corrugador do supercílio tem sua origem a margem orbital do osso frontal próximo à sutura fronto nasal. A inserção terminal no músculo levantador do ângulo da boca é na pele do mento. O nervo facial (VII) inerva o músculo bucinador.  Os músculos zigomático maior e zigomático menor retraem e levantam o ângulo da boca e retraem e levantam o lábio inferior, respectivamente. A inserção terminal do músculo platisma é na mandíbula e pele da bochecha
5. Os músculos da coluna vertebral estão dispostos em três camadas distintas: superficial, média e profunda. Os músculos das camadas superficial e média são chamados de ___________________.
Eles são inervados pelos _______________ dos nervos espinais associados e se estendem desde o esqueleto axial até o ____________ ou a caixa torácica.
Marque a alternativa que melhor completa as lacunas:
A. Músculos intrínsecos do dorso, ramos anteriores, membro superior.
B. Músculos extrínsecos do dorso, ramos posteriores, membro superior.
C. Músculos intrínsecos do dorso, ramos anteriores, membro inferior.
D. Músculos intrínsecos do dorso, ramos mediais, membro superior.
E. Músculos extrínsecos do dorso, ramos anteriores, membro superior.
- Os músculos da coluna vertebral estão dispostos em três camadas distintas: superficial, média e profunda. Os músculos das camadas superficial e média são chamados de músculos extrínsecos do dorso. Eles são inervados pelos ramos anteriores dos nervos espinhais associados e se estendem desde o esqueleto axial até o membro superior ou a caixa torácica.
Aula 3.1 - Orientação da fibra muscular
- A orientação da fibra muscular influencia diretamente em aspectos como geração de força, tipo de movimento e desempenho do músculo esquelético. Cada músculo tem uma orientação de fibras de acordo com a função ou funções que desempenha. 
Infográfico: Veja, os fatores que estão relacionados à arquitetura e à orientação da fibra muscular. 
Dor muscular de início retardado (DMIR)* e que apresenta características bastante interessantes: 
• A DMIR é diferente da dor experimentada imediatamente após a cessação do exercício. A dor inicial a curto prazo tem uma provável associação com eventos bioquímicos relacionados à fadiga muscular. 
• A DMIR geralmente se inicia algumas horas após o término do período de exercícios e pode permanecer por três ou quatro dias. 
• A intensidade da DMIR é maior quando a atividade envolve contrações excêntricas. Atividades com predomínio de contrações concêntricas ou isométricas produzem menos dor. 
• Os níveis de CPK e mioglobina estão elevados no sangue, indicando dano ao sarcolema muscular. A natureza da atividade (excêntrica, concêntrica ou isométrica) não interfere nesses níveis, os quais também não podem ser utilizados para prever o grau de dor experimentado. 
Três mecanismos foram propostos para explicar a DMIR: 
1. Pequenas lacerações podem ocorrer no tecido muscular, lesando a membrana das fibras. O sarcolema de cada fibra muscular lesada permite a perda de enzimas, mioglobina e outras substâncias químicas que podem estimular receptores da dor em regiões adjacentes. 
2. A dor pode resultar de espasmos musculares nos músculos afetados. Em alguns estudos, o alongamento dos músculos envolvidos, após o exercício, reduziu o grau de intensidade da dor. 
3. A dor pode resultar de lacerações na rede de tecido conectivo e nos tendões do músculo esquelético.
 
- A marcha, ou o andar, é uma das atividades mais funcionais do ser humano e envolve a utilização de 200 músculos, do total de quase 700 descritos no corpo todo. É uma tarefa motora que envolve um padrão complexo de contrações musculares em diversos segmentos do corpo. A marcha pode ser vista como o deslocamento do corpo através do espaço com o menor consumo de energia possível. Para que a marcha individual possa ser realizada dentro dos padrões considerados normais, é necessário que haja integração das funções e integridadedo sistema musculoesquelético, como músculos, envoltórios, fáscia, tendões, articulações e o sistema nervoso.
Desafio: Neste desafio você deverá descrever a arquitetura muscular dos músculos citados e diferenciar suas características.
Caso clínico
Ana e Maurício sofreram lesões musculoesqueléticas recentemente. Ela teve o membro superior direito imobilizado e Maurício, o membro inferior esquerdo. No momento da avaliação fisioterapêutica, constatou-se que Ana estava com importante diminuição de força no músculo bíceps braquial. No caso de Maurício, a diminuição era significativa no músculo reto femoral.
Relacionando a arquitetura muscular com a produção de força no processo de recuperação da lesão, qual dos dois músculos terá capacidade de produzir mais força?
Resposta: No caso de Ana, o músculo bíceps braquial, em sua arquitetura muscular, é definido como fusiforme. O arranjo das fibras fusiformes ocorre de forma paralela à linha de tração do músculo, de modo que a força da fibra é na mesma direção das fibras musculares. Esse arranjo oferece o potencial para grandes quantidades de encurtamento e movimentos de alta velocidade. O músculo reto femoral é definido como peniforme. As fibras peniformes correm diagonalmente em relação a um tendão que atravessa o músculo. A forma geral do músculo peniforme é de pena, já que os fascículos são curtos e correm em ângulo relativo com a linha de tração do músculo, de modo que a força da fibra é em uma direção diferente da força muscular. As fibras peniformes criam movimentos mais lentos e não são capazes de produzir movimentos de grande amplitude. A vantagem é a secção transversa fisiológica do músculo, que pode, geralmente, produzir mais força.
Exercícios: 1. Quanto à arquitetura muscular, é correto afirmar que: 
A. Nos músculos peniformes, o fascículo forma um ângulo oblíquo em relação ao tendão.
- No músculo peniforme, um ou mais tendões passam através do corpo do músculo, e os fascículos formam um ângulo oblíquo em relação ao tendão. 
Como a tração é exercida obliquamente, a contração destes músculos não movimenta seus tendões tão amplamente quanto os músculos paralelos o fazem.
B. Um músculo peniforme é subdividido em paralelo e triangular.
- Os músculos peniformes são subdivididos em semipeniformes, peniforme e multipeniformes.
C. Em um músculo circular, as fibras são dispostas de forma divergente em relação a uma abertura ou um recesso.
- Em um músculo circular, as fibras estão dispostas concentricamente em relação a uma abertura ou um recesso, como a boca.
D. Em um músculo convergente, as fibras encontram-se espalhadas, ligando dois pontos distantes.
- Em um músculo convergente, as fibras têm uma distribuição em uma área ampla, mas todas convergem para um mesmo local de ligação.
E. A maioria dos músculos do corpo humano é peniforme.
- A maior parte do corpo humano é formada por músculos paralelos.
2. João está com uma paralisia do músculo orbicular do olho e não consegue fechar a pálpebra. Quanto à localização e à orientação das fibras musculares desse músculo, podemos dizer que ele é: 
A. Peniforme.
- É um músculo circular.
B. Circular.
- O músculo em questão é um músculo circular, ou esfincter, as fibras estão dispostas concentricamente, ao redor de uma abertura ou recesso. Quando o músculo se contrai, o diâmetro da abertura diminui
C. Paralelo.
- É um músculo circular.
D. Triangular.
- É um músculo circular.
E. Multipeniforme.
- É um músculo circular.
3. O músculo peitoral maior é classificado como: 
A. Músculo paralelo.
- Sua fibras não se dispõem de forma paralela.
B. Músculo peniforme.
- Suas fibras não se dispõem de forma oblíqua.
C. Músculo convergente.
- Em um músculo convergente, as fibras musculares muitas vezes se apresentam abertas como um leque ou em um amplo triângulo, com um tendão na extremidade. O músculo peitoral maior apresenta este formato
- É considerado convergente, pois tem formato de leque e suas fibras convergem para um mesmo local de fixação.
D. Músculo circular.
- Suas fibras não se localizam ao redor de uma abertura ou recesso.
E. Músculo semipeniforme.
- Suas fibras não se dispõem obliquamente em relação ao eixo muscular.
4. Quanto à definição de origem e à inserção muscular, podemos afirmar que: ​​​​​​​
A. Origem é definida como ponto móvel do músculo.
- Origem é definida como ponto fixo do músculo.
B. A inserção terminal é definida como ponto fixo do músculo.
- A inserção terminal é definida como ponto móvel do músculo.
C. A inserção de origem é definida como ponto fixo e termina na inserção terminal, que é o ponto móvel. 
- Cada músculo “inicia-se” em uma inserção de origem (ponto fixo) e “termina” em uma inserção terminal (ponto móvel), e contrai-se produzindo uma ação.
- A inserção de origem é definida como ponto fixo e termina na inserção terminal, que é o ponto móvel.
D. A inserção de origem é distal à inserção terminal.
- A inserção de origem é proximal à inserção terminal.
E. A denominação de ponto fixo e ponto móvel não varia, independentemente do movimento.
- A definição de ponto fixo e móvel considera a posição anatômica e pode variar de acordo com o movimento e a ação muscular.
5. Um indivíduo idoso tem alterações musculares relacionadas ao envelhecimento. Uma das principais disfunções é a sarcopenia, ou declínio da massa muscular. Podemos dizer que a sarcopenia afeta diretamente a arquitetura muscular, pois... 
A. Aumenta a área de secção transversa anatômica do músculo.
- Diminui a área de secção transversa anatômica do músculo, juntamente com o volume muscular.
B. Diminui o volume muscular.
- Está relacionada com a diminuição do volume do músculo e da área de secção transversa anatômica.
C. Mantém o ângulo de penação muscular.
- Diminui o ângulo de penação das fibras musculares, juntamente com a diminuição do volume muscular.
D. Mantém a capacidade de produção de força.
- Diminui a capacidade de produção de força, pois diminui a área de secção transversa anatômica.
E. Aumenta a capacidade de produção de força.
- Diminui a capacidade de produção de força, pois diminui a área de secção transversa anatômica.
Aula 3.2 - Sistema nervoso: Estrutura anatômica e tecido nervoso
- O sistema nervoso é o responsável, no organismo, por transmitir os sinais e organizar as ações voluntárias e involuntárias do corpo humano. Para iniciar os estudos sobre o assunto, é importante destacar que, anatomicamente, o sistema nervoso está dividido em sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP). 
- O SNC integra, processa e coordena a chegada de estímulos sensitivos e a saída de estímulos motores. O SNP inclui todos os tecidos nervosos fora do SNC e apresenta duas subdivisões: SNP aferente e SNP eferente. O neurônio e a neuróglia são as células do sistema nervoso. 
- O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP).
-O SNC comanda diversas funções do corpo humano e é responsável pela percepção dos inúmeros estímulos externos por meio dos sentidos, inteligência e memória (É o centro de funções cognitivas, como a inteligência, o raciocínio, a memória, o aprendizado e as emoções).
-O SNP é constituído por nervos cranianos e raquidianos, gânglios nervosos e órgãos terminais, e sua função é conectar o SNC às outras partes do corpo.
-O infográfico a seguir apresenta os tipos de células que fazem parte do sistema nervoso central e do sistema nervoso periférico.
- O SNC integra, processa e coordena a chegada de estímulos sensitivos e a saída de estímulos motores. O SNP inclui todos os tecidos nervosos fora do SNC e apresenta duas subdivisões: SNP aferente e SNP eferente. O neurônio e a neuróglia são as células do sistema nervoso.
- Anatomicamente, este sistema é dividido em sistema nervoso central (SNC), formado pelo encéfalo e pela medula espinal, e em sistema nervoso periférico (SNP), formado pelos nervos espinais e cranianos e pelos gânglios nervosos.
- O encéfalo é a parte do SNC contida no interior da cavidade craniana e a medulaespinal é a parte que continua a partir do encéfalo e se localiza no interior da cavidade vertebral.
- Os principais componentes do SNP são os nervos, que são conjuntos de fibras nervosas encontrados em todas as partes do corpo. Os nervos cranianos e os nervos espinais fazem parte deste sistema. Os nervos espinais se conectam ao SNC a partir de orifícios na coluna vertebral e os nervos cranianos o fazem através de orifícios existentes no crânio. Estas duas classes de nervos podem transmitir informações sensitivas, motoras, viscerais ou somáticas. Existem nervos que conduzem tanto informações sensitivas quanto motoras, sendo chamados de nervos mistos.
- Os nervos cranianos e os nervos espinais compõem a subdivisão do SNP, que é o sistema nervoso somático (SNS), o sistema nervoso autônomo (SNA) e o sistema nervoso entérico (SNE).
- A esclerose múltipla (EM) é uma doença caracterizada por episódios recorrentes de desmielinização que atingem axônios no nervo ótico, no encéfalo e na medula espinal. Em cerca de um terço dos pacientes com EM, a doença é progressiva, e cada episódio leva a um grau maior da deficiência da função.
Mas o que é a mielina e qual seu papel na condução do impulso nervoso?
A mielina é um revestimento (bainha) composto de múltiplas camadas de oligodendrócitos, que se prolongam ao redor dos axônios. Próximo da extremidade de cada prolongamento, a membrana citoplasmática se expande, formando uma placa macia plana que envolve o axônio.
Ela age como um isolante elétrico. Na ausência da mielina, a condução do impulso elétrico é propagada ao longo do axônio por circuitos locais gerados por correntes iônicas que fluem em direção à região ativa da membrana axonal seguinte. Esse impulso despolariza a membrana adjacente, de forma contínua e sequencial.
Nos axônios mielinizados, a membrana axonal excitada é exposta ao meio extracelular somente nos nódulos de Ranvier, pequenas regiões desmielinizadas contendo canais de sódio. Quando a membrana do nódulo é excitada, o circuito local gerado não consegue fluir, devido à alta resistência do revestimento de mielina e, dessa forma, o fluxo passa direto para o próximo nódulo. Ou seja, o impulso elétrico "pula" de um nódulo para o outro, em uma forma de propagação chamada condução saltatória.
Essa situação resulta no aumento da velocidade de condução observada nos axônios mielinizados, como se pode ver na figura a seguir.
 
Desafio: Você faz parte da equipe de um laboratório de pesquisa em Neurociências e seu coordenador, antes de viajar, pediu que você preparasse uma apresentação para que ele a usasse em uma aula sobre Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico, quando retornasse. Ele deixou somente um texto como referência sobre o que seria a aula, e escreveu um bilhete dizendo que você também teria que adicionar imagens.
Eis o texto:
Em 1955, o patologista Thomas Harvey fez a autópsia do corpo de Albert Einstein e, depois, levou o cérebro para casa, onde o manteve pelas quatro décadas seguintes. Durante esse tempo, ele distribuiu pequenas fatias a cientistas de várias universidades de diversos países, que investigaram o tecido em busca de explicações para a genialidade de Einstein. Um dos cientistas não encontrou nada de diferente em relação ao número ou ao tamanho de seus neurônios, mas, no córtex de associação, responsável pelo conhecimento de alto nível, descobriu um número surpreendentemente grande de um tipo de célula. Algumas dessas células envolvem os axônios dos neurônios, permitindo que os impulsos nervosos sejam transmitidos em alta velocidade. A partir desse estudo, evidências cada vez maiores sugerem que essas células desempenham um papel muito mais importante do que se imaginava.
Seu coordenador não disse a que tipo de células o texto estaria se referindo, e você terá que descobrir sozinho.
A partir desta situação, responda:
1- O texto deixado por seu coordenador está se referindo a quais tipos de células?
2- Seu coordenador referiu que a aula seria sobre sistema nervoso central e sistema nervoso periférico. Será que essas células existem nos dois sistemas? E se existirem nesses dois sistemas, são as mesmas células ou são células diferentes? Cite seu(s) nome(s).
3- Pesquise imagens dessas células que você usaria para preparar a aula para seu coordenador.
Resposta: 1- Células da glia ou células gliais.
2. No sistema nervoso central, essas células são os oligodendrócitos. Além de proporcionarem maior rapidez na transmissão do impulso nervoso, oferecem estrutura de sustentação para os neurônios.
No sistema nervoso periférico, são as células de Schwann, que são responsáveis pela mielinização de axônios periféricos e participam do processo de reparação após lesão neural.
3-
Exercícios:
1. Existem vários tipos de células nervosas com características morfológicas distintas que compõem o sistema nervoso. A imagem mostra um neurônio do tipo: 
 Resposta: 
A. Apolar.
Apolares: são neurônios nos quais não se pode distinguir, pelo menos anatomicamente, qual é o axônio e quais são os dendritos.
B. Multipolar.
- Multipolares: possuem vários dendritos e um axônio com uma ou mais ramificações.
- O desenho esquemático mostra um neurônio. Existem vários tipos de neurônios: 
• o neurônio apolar apresenta mais de dois prolongamentos; 
• o neurônio multipolar apresenta mais de dois processos, um único axônio e múltiplos dendritos;
• o neurônio unipolar possui um único prolongamento alongado, com o corpo celular situado em um dos lados;
• o neurônio bipolar apresenta dois prolongamentos separados pelo corpo celular.
C. Unipolar.
Unipolares: apresentam um soma e um axônio, sendo que do axônio partem alguns dendritos. Células da retina e da mucosa olfatório são deste tipo.
D. Bipolar. 
Bipolares: são células que participam das funções de transmissão nos sentidos especiais, como na visão, no olfato e na audição. O soma se localiza entre o dendrito e o axônio. Vários dendritos se unem em um único feixe, partindo do corpo celular
E. Não é um neurônio e sim uma célula de defesa.
2. A imagem mostra um neurônio. O que está sendo indicado pelas letras A e B?
A. A: cone axônico. B: botões sinápticos.
- O axônio de um neurônio apresenta, em geral, as seguintes características: inicia partindo do cone de implantação, que é uma região em forma de cone, no corpo celular; sua porção terminal é chamada de terminal axônico e possui vários botões sinápticos. Estas estruturas contêm vesículas sinápticas que armazenam os neurotransmissores, responsáveis pela comunicação neural.
- O cone é uma região especializada na propagação do impulso nervoso, e os botões sinápticos contêm os neurotransmissores.
A espinha dendrítica é um prolongamento do dendrito, e não do corpo do neurônio.
O neurofilamento faz parte do citoesqueleto e está dentro do pericário.
Uma terminação sináptica é o final do axônio, e não o início.
O axoplasma é o citoplasma do neurônio.
B. A: espinha dendrítica. B: neurofilamento.
C. A: terminação sináptica. B: axoplasma.
D. A: espinha dendrítica. B: axoplasma.
E. A: neurofilamento. B: terminação sináptica.
3. Assinale a alternativa correta sobre esta imagem, que representa a interação entre os neurônios e as células da glia na medula espinal.
A. As letras A, B, F e G indicam neurônios.
B. A letra C representa um dendrito do neurônio.
C. A letra E representa um neurônio de associação.
D. As células ependimárias são células de revestimento e não são consideradas da neuróglia.
E. Somente as letras A e F indicam neurônios.
- Esta imagem representa o tecido nervoso na medula espinal, os vasos sanguíneos, os neurônios (letras A e F) e as células da glia.
Portanto, os axônios dos neurônios estão envolvidos por oligodendrócitos (letra E) formando a bainha de mielina (letra D).
Os astrócitos (letras B e C) têm aspecto de estrela, com função protetora e estrutural, e estão em contato com neurônios e com os vasos sanguíneos.
As células ependimárias também são células gliais, com a importante função de revestir as cavidades dosistema nervoso central.
4. Sobre os neurônios mielínicos, pode-se afirmar que:
A. No sistema nervoso central, estão envolvidos por uma bainha de mielina de oligodendrócitos.
- Os axônios da maioria dos neurônios são envolvidos por uma bainha de mielina, um revestimento feito por células gliais, que no SNC são os oligodendrócitos e que no SNP são as células de Schwann.
- Os oligodendrócitos são as células gliais que literalmente se enrolam no axônio dos neurônios que pertencem ao sistema nervoso central. Já os astrócitos são células gliais, mas não têm a função de mielinizar os neurônios.
Os neurônios mielínicos conduzem impulsos nervosos de forma mais rápida do que os neurônios amielínicos, e os nódulos de Ranvier estão sempre presentes nas bainhas de mielina.
B. No sistema nervoso periférico, estão envolvidos por uma bainha de mielina de astrócitos.
no SNP são as células de Schwann.
C. Conduzem impulsos nervosos de forma mais lenta do que os neurônios amielínicos.
Os neurônios que possuem axônios revestidos por bainha de mielina são chamados de mielínicos e os sem este revestimento são chamados de amielínicos
D. Possuem bainha de mielina sem nódulos de Ranvier.
Espaços ou lacunas entre as bainhas de mielina são chamados de nódulos de Ranvier.
E. No sistema nervoso central, estão envolvidos por uma bainha de mielina de células de Schwann.
Os axônios da maioria dos neurônios são envolvidos por uma bainha de mielina, um revestimento feito por células gliais, que no SNC são os oligodendrócitos e que no SNP são as células de Schwann.
5. As células nervosas podem se organizar ou formar arranjos estruturais no sistema nervoso central e no sistema nervoso periférico, como a substância branca, a substância cinzenta, as fibras nervosas e os gânglios. Quanto aos gânglios, pode-se dizer que:
A. São feixes de axônios de neurônios no sistema nervoso periférico.
B. São as células gliais que envolvem os neurônios do sistema nervoso central.
C. São grupos de corpos celulares de neurônios motores ou sensitivos no sistema nervoso periférico.
- As células nervosas podem formar arranjos como: 
• os nervos: feixes de axônios de neurônios no sistema nervoso periférico;
• substância branca: conjuntos de axônios de neurônios no sistema nervoso central;
• gânglios: grupos de somas neuronais motores ou sensitivos no sistema nervoso periférico.
D. São espinhas dendríticas aglomeradas no sistema nervoso central.
E. São feixes de axônios de neurônios no sistema nervoso central.
Aula 4.1 - Sistema nervoso: Sistema nervoso autônomo
- O sistema nervoso autônomo é uma das divisões funcionais do sistema nervoso e tem essa denominação por gerar respostas autônomas, isto é, independentemente da nossa vontade. Ele envolve respostas como o controle da temperatura e as funções cardiovasculares e respiratórias e atua através do sistema nervoso simpático e parassimpático.
- Nossos pensamentos conscientes, planos e ações representam apenas uma pequena fração das atividades do sistema nervoso. Se toda a consciência fosse eliminada, os processos vitais fisiológicos ainda continuariam praticamente inalterados. Além disso, profundos estados de inconsciência não são necessariamente mais perigosos, desde que a nutrição do organismo seja providenciada.
Indivíduos que sofreram graves traumatismos craniencefálicos sobreviveram em coma durante décadas. A sobrevivência nessas circunstâncias é possível porque os ajustes rotineiros nos sistemas fisiológicos são realizados pelo sistema nervoso autônomo, independentemente de nossa percepção consciente.
 
Desafio: Você é um profissional da área da saúde e foi convidado a escrever um capítulo de um livro sobre anatomia clínica. Os capítulos sempre partem de um caso clínico, seguido de algumas perguntas e revisão anatômica relacionada ao caso relatado. O capítulo é sobre sistema nervoso autônomo e o caso clínico é o seguinte:
Um jovem de 14 anos é trazido à emergência com dificuldade de respirar; ao ser examinado, verificou-se dispneia com chiados audíveis. O diagnóstico foi caso agudo de asma e administrou-se ao paciente albuterol, que provoca alívio imediato dos sintomas de falta de ar e dispneia através da broncodilatação. As perguntas são as seguintes:
1. O medicamento albuterol age simulando os efeitos de qual sistema, simpático ou parassimpático?
2. Dependendo da resposta, cite o nome dos gânglios plexos e nervos simpáticos ou parassimpáticos que inervam os pulmões.
3. O efeito desse medicamento será nos brônquios do paciente. Qual o efeito esperado, broncoconstrição ou broncodilatação?
4. Os sistemas simpático e parassimpático possuem neurônios pré-ganglionares e pós-ganglionares. Cite as principais diferenças desses neurônios nos dois sistemas, incluindo os neurotransmissores liberados por eles.
Resposta: 1) O medicamento age simulando os efeitos do sistema nervoso simpático, sendo um simpaticomimético ou agonista (age de forma igual) simpático.
2) No organismo, a resposta do sistema simpático é gerada a partir dos gânglios cervicais simpáticos e segue pelos nervos simpáticos que convergem e formam os plexos cardíaco e pulmonar, que inervam diretamente o coração e os pulmões.
3) Já que é um simulador ou mimetizador do sistema nervoso simpático, o medicamento age nos músculos lisos que envolvem os brônquios, relaxando essa musculatura e facilitando a ventilação pulmonar (ou facilitando a entrada e saída do ar nos pulmões).
4) Sistema nervoso simpático: neurônios pré-ganglionares curtos, que liberam acetilcolina (ACh); neurônios pós-ganglionares longos, que liberam noradrenalina, também chamada de norepinefrina. Sistema nervoso parassimpático: neurônios pré-ganglionares longos, que liberam acetilcolina (ACh); neurônios pós-ganglionares curtos, que também liberam acetilcolina.
Exercícios:
1. Indique a alternativa que tem relação somente com o sistema nervoso simpático:
A. Possui neurônios pré-ganglionares no tronco encefálico.
- O sistema nervoso parassimpático possui neurônios pré-ganglionares no tronco encefálico.
B. Todas as fibras liberam acetilcolina nas junções neuroefetuadoras.
- A maioria da fibras libera noradrenalina (também chamada norepinefrina), nas junções neuroefetuadoras.
C. Possui neurônios pré-ganglionares na coluna lateral dos segmentos espinais T1-L2.
- PARTE SIMPÁTICA (toracolombar) - Neurônios préganglionares na coluna lateral dos segmentos espinais T1-L2
- Os neurônios pré-ganglionares estão localizados nesse segmento da medula espinal, diferentemente do sistema parassimpático, cujos neurônios pré-ganglionares se localizam no tronco encefálico e na região sacral da medula espinal.
D. Efetua respostas de repouso e digestão.
- O sistema nervoso simpático efetua respostas de fuga e luta.
E. É também denominado craniossacral.
- O sistema nervoso simpático é denominado toracolombar, por causa da localização de seus neurônios.
2. A maioria dos órgãos ou estruturas do corpo sofrem inervação tanto do sistema nervoso simpático quanto do parassimpático. Indique a alternativa que contém uma estrutura que sofre inervação simpática, mas não parassimpática.
A. Pulmões.
- Os pulmões sofrem inervação dos dois sistemas, simpático e parassimpático.
B. Rins.
- Os rins sofrem inervação dos dois sistemas, simpático e parassimpático.
C. Bexiga.
- A bexiga sofre inervação dos dois sistemas, simpático e parassimpático.
D. Glândulas sudoríparas.
- As glândulas sudoríparas têm inervação somente do sistema nervoso simpático. Mesmo que o indivíduo esteja em repouso, elas serão acionadas se a temperatura do corpo se elevar.
- fibras pós-ganglionares amielínicas abandonam o tronco simpático e seguem para seus alvos periféricos, dentro de nervos espinais e de nervos simpáticos. Fibras pós-ganglionares que inervam estruturas na parede do corpo, como as glândulas sudoríferas da pele ou os músculos lisos nos vasos sangüíneos cutâneos, penetram pelo ramo comunicante cinzento e retornam ao nervo espinal para depois serem distribuídas.
- Geralmente, a parte parassimpática predomina

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