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DOENÇAS 
EXANTEMÁTICAS
MFC - USF VILA VERDE
PROFª: DRA GÉSSICA e DRA PATRÍCIA
INTERNOS: CARLOS DANIEL, CAROLINE
LOPES e LARISSA VASCONCELOS.
Doença exantemática é um conjunto
de doenças infecciosas que cursam
com manifestações cutâneas e
sistêmicas.
Muito comuns, principalmente na
infância, e sua principal importância
é que algumas delas apresentam
alto risco de contágio e de
complicações.
PRINCIPAIS DOENÇAS EXANTEMÁTICAS 
• SARAMPO
• RUBÉOLA
• ARBOVIROSES
• EXANTEMA SÚBITO - ROSÉOLA
• ERITEMA INFECCIOSO
• MONONUCLEOSE INFECCIOSA
• VARICELA
• MONKEYPOX
• ESCARLATINA
EXANTEMAS
EXANTEMAS/RASH CUTÂNEO:
• Erupções cutâneas eritematosas
• Disseminadas
• Estando ou não em associação com: prurido, descamação, bolhas e crostas.
PADRÕES DE EXANTEMAS:
• Maculopapular
Mais comum em: sarampo, rubéola, eritema infeccioso, exantema súbito.
• Papulovesicular
Comum em: varicela, herpes zoster, doença mão-pé-boca e herpangina.
• Petequial
Mais comum em: doenças infecciosas bacterianas invasivas (meningococo).
VIRAL
Morbilivirus, Rubivírus, Herpes
vírus, Parvovírus B19, varicela-
zoster, Coxsackie, Epstein-Barr. BACTERIANA
Streptococcus pyogenes
OUTROS AGENTES INFECCIOSOS
Fungos e protozoários.
CAUSAS NÃO INFECCIOSAS
Reações medicamentosas,
doenças autoimunes e
neoplasias.
EXANTEMAS
EPIDEMIOLOGIA
Sarampo e Rubéola nas regiões brasileiras (2010-2014)
2%
Norte
8%
Sudeste
87%
Nordeste
1%
Centro-Oeste
Sul
2%
EPIDEMIOLOGIA
Sarampo e Rubéola (2018-2020)
2018: SURTO DE 
SARAMPO NA VENEZUELA Hesitação vacinal com relação à
Tríplice viral e outras vacinas.
(MACHADO et al, 2018)
MOVIMENTO 
ANTIVACINA
Boletim epidemiológico 2019: a
meta de vacinação contra
Sarampo e Rubéola não foi
atingida.
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO 
DO SARAMPO:
Estado do Pará: 65,1% dos casos.
Registro de óbitos. (BRASIL, 2020)
FALHA DE IMUNIZAÇÃO 
NACIONAL
Vinda de imigrantes para o
Brasil neste período.
Vetorial Gotículas 
respiratórias
Contato com secreções, 
fluidos, objetos contaminados.
TRANSMISSÃO
Vertical
FASES CLÍNICAS
INCUBAÇÃO Sem sintomas
PRODRÔMICA Sintomas inespecíficos: febre baixa, coriza, cefaleia, conjuntivite.
EXANTEMÁTICA Nesta fase, as características do exantema nos permitem presumir o diagnóstico.
COVALESCENÇA Melhora do quadro.
QUADRO CLÍNICO
Cefaleia
Febre
Mialgia
Exantema
Mal-estar geral
Tosse
DIAGNÓSTICO
CLÍNICO
TESTES RÁPIDOS
RT- PCR
SOROLÓGICOS
Boa alimentação, hidratação, repouso, higiene das 
lesões, suporte hospitalar se necessário.
Suporte
Analgésicos, anti-inflamatórios, antibióticos, loções 
tópicas.
Vacina tríplice viral: Sarampo, Rubéola.
Varicela
Higiene pessoasl, manter lesões limpas e secas.
Sintomáticos
Medidas de higiene
Imunização – quando houver
TRATAMENTO
Higiene das mãos Higiene do 
ambiente
Uso de máscara 
nas unidades de 
saúde
Evitar contato próximo 
com pessoas infectadas
Evitar o contato direto 
com secreções
Repelente
1 2
3 4
PREVENÇÃO
SARAMPO
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
Doença viral, infecciosa aguda, potencialmente grave, transmissível, contagiosa.
AGENTE ETIOLÓGICO:
Morbillivirus - RNA vírus
MODO DE TRANSMISSÃO:
Direta  secreções nasofaríngeas expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar.
Pela alta contagiosidade, 9 em cada 10 pessoas suscetíveis com contato próximo a uma pessoa com sarampo
desenvolverão a doença.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO:
7 e 21 dias.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE:
O período de maior transmissibilidade ocorre 4 dias antes e 4 dias após o início do exantema.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Febre alta, acima de 38,5°C, exantema maculopapular morbiliforme, cefalocaudal, tosse seca, coriza, conjuntivite não
purulenta e manchas de Koplik antecedendo o exantema.
SARAMPO
DIAGNÓSTICO:
 Clínico
 Laboratorial: Sorologia – ELISA, PCR
 Suspeita: Notificação compulsória
COMPLICAÇÕES:
Maior chance em crianças <5 anos, gestantes, imunodeprimidos, pessoas desnutridas ou com
deficiência de vitamina A, e pessoas que residem em situações de grandes aglomerados.
TRATAMENTO:
 Não existe tratamento específico para a infecção por sarampo
 Sintomáticos
 Manter a hidratação e o suporte nutricional, e diminuir a hipertermia
 Recomenda-se a administração do palmitato de retinol (vitamina A)
 Antibiótico  contraindicado.
PREVENÇÃO:
Vacina – contida na Tríplice viral 
Contraindicada em gestantes
RUBÉOLA
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
Doença exantemática aguda, de etiologia viral, que apresenta alta contagiosidade. Doença leve e
autolimitada.
OBS: Risco de abortos, natimortos e síndrome da rubéola congênita.**
AGENTE ETIOLÓGICO:
Rubivirus - Vírus RNA
MODO DE TRANSMISSÃO:
Direta secreções nasofaríngea, gotículas respiratórias, contato direto com pessoas infectadas.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO:
12 e 23 dias.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE:
7 dias antes e 7 dias após início do exantema.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Febre < 39°C, mal-estar, conjuntivite leve, linfadenopatia retroauricular/occipital/cervical posterior,
exantema maculopapular, eritematoso e frequentemente pruriginoso, com início na face, couro
cabeludo e pescoço, espalhando-se posteriormente para o tronco e os membros, com duração de 1 a 3
dias.
RUBÉOLA
DIAGNÓSTICO:
 Clínico
 Laboratorial: Sorologia – ELISA, PCR
 Suspeita: Notificação compulsória
COMPLICAÇÕES:
• Encefalite pós-infecciosa
• A infecção por rubéola ocorrendo 12 dias antes da concepção e durante as primeiras 10 semanas de
gestação muitas vezes resulta em aborto espontâneo, morte fetal ou infantil precoce e defeitos
congênitos de múltiplos órgãos.
TRATAMENTO:
 Sintomáticos
 Hidratação, suporte nutricional, controle da hipertermia.
 Antibiótico  contraindicado.
PREVENÇÃO:
Vacina de vírus vivo atenuado – contida na Tríplice viral
Contraindicada em gestantes
É recomendado que mulheres se vacinem pelo menos 30 dias antes de engravidar.
SÍNDROME DA RUBÉOLA CONGÊNITA
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
 Mulher infectada com rubéola no início da gravidez tem 90% de chance de transmitir ao feto.
 Maior risco: 1º trimestre. > 18 semanas o risco de SRC é baixo.
 Notificação compulsória
MANIFESTAÇÕES:
 IRC: assintomático OU
 SRC: pode afetar olhos, ouvido e sistemas cardíaco, neurológico, hepático e hematológico.
 Período neonatal: baixo peso ao nascer, púrpura trombocitopênica, anemia hemolítica,
hepatoesplenomegalia e meningoencefalite (manifestações geralmente transitórias).
 Outras manifestações: retinopatia, glaucoma, anormalidades cardíacas, retardo psicomotor e
microcefalia, surdez, doenças autoimunes (DM1, tireoidite).
 Bebês com SRC podem transmitir o vírus nos 4 primeiros meses de vida (alta carga viral nas
secreções corporais) e por até 1 ano  cuidadores.
DIAGNÓSTICO:
 Sorologia IgM/IgG – ELISA (IgM pode ser identificado até os 12 meses)
 IgM rubéola no sangue do RN = infecção congênita (IgM não ultrapassa barreira placentária)
 Swab (nasofaringe, orofaringe) e Urina  RT-PCR
TRATAMENTO:
 Sintomáticos e Manejo clínico das anormalidades congênitas
ARBOVIROSES 
DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA
 Constituem um dos principais problemas de saúde pública no mundo.
 Vírus transmitidos por artrópodes, em que parte de seu ciclo replicativo ocorre nesses insetos.
 Principais vetores envolvidos: Aedes aegypti (Brasil) e Aedes albopictus (Ásia).
 O vetor se infecta ao picar uma pessoa no período virêmico  há um período de incubação (PIE)
até o surgimento do vírus na saliva do inseto: 8-14 dias para DENV e ZIKV e 3-7 dias para CHIKV.
Após esse tempo, o mosquito permanece infectante até 6-8 semanas.
 Apresentam quadro clínico semelhante  dificuldade de diagnóstica inicial pelo profissional de
saúde  dificultar a adoção de manejo clínico adequado  predispor à ocorrência de formas
graves, levando eventualmente a óbitos (CALVO et al., 2016).
 Manifestações neurológicas relacionadas a infecção viral prévia por arbovírus: encefalite,
meningoencefalite, mielite e síndrome de Guillain-Barré (SGB).
PREVENÇÃO
 Acabar com o mosquito: manter o domicílio sempre limpo, eliminando os possíveis criadouros.Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia  proteção às picadas
 Repelentes e inseticidas também podem ser usados
 Mosquiteiros proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia (por exemplo:
bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos).
ARBOVIROSES: DENGUE
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
Arbovirose mais prevalente no Brasil. Em geral debilitante e autolimitada (maioria se recupera).
A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, que pode apresentar um amplo espectro
clínico, variando de casos assintomáticos a graves (até óbitos).
AGENTE ETIOLÓGICO:
Vírus DENV – 4 sorotipos
MODO DE TRANSMISSÃO:
Fêmeas infectadas do mosquito Aedes aegypti
PERÍODO DE INCUBAÇÃO:
4 – 10 dias
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE:
1 dia antes da febre e até o 5º dia da doença.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
 Assintomático OU
 Fase febril: Febre >38, mal-estar geral, astenia, mialgia, dor retro-orbitária, náuseas, vômitos.4
Exantema maculopapular em face, tronco e membros, não poupa regiões palmares e plantares e com ou
sem prurido. (MAIORIA SE RECUPERA AQUI).
 Fase crítica: Maior risco  crianças mais novas, idosos, DM, Asma, AF, HAS, infecções prévias.
 Fase de recuperação
DENGUE: Fase crítica
SINAIS DE ALARME NO PACIENTE COM DENGUE:
 Dor abdominal intensa
 Vômitos persistentes
 Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico).
 Hipotensão postural ou lipotímia.
 Sonolência ou irritabilidade
 Hepatomegalia dolorosa
 Sangramento de mucosa, hematêmese e/ou melena
 Queda de plaquetas, aumento repentino do hematócrito
DENGUE HEMORRÁGICA*
 Esses casos são caracterizados por sangramento grave, disfunção de órgãos ou extravasamento
importante de plasma.
 O choque ocorre entre o 4-5 dia, precedido pelos sinais de alarme.
 Curta duração: pode levar ao óbito em um intervalo de 12 a 24 horas ou à recuperação rápida.
 Fase de recuperação: ocorre após as 24-48 horas da fase crítica  melhora do estado geral, do
apetite, redução de sintomas gastrointestinais, estabilização hemodinâmica e melhora do débito
urinário. Alguns pacientes podem apresentar um exantema, com ou sem prurido generalizado.
Bradicardia e alterações no ECG são comuns.
DIAGNÓSTICO:
 Detecção de antigeno NS1 (Teste rápido ou ELISA) – sangue – (< 6ºdia)
 RT-PCR – amostra de sangue (1º ao 5º dia de sintoma)
 IgM – ELISA (> 6º dia)
 Notificação compulsória!
TRATAMENTO:
 Sintomáticos e suporte
 Monitorar hematócrito, plaquetas e albumina auxiliam na avaliação e no monitoramento dos
pacientes com suspeita ou diagnóstico confirmado de dengue.
ARBOVIROSES: CHIKUNGUNYA
AGENTE ETIOLÓGICO:
Vírus Chikungunya (CHIKV)
MODO DE TRANSMISSÃO:
Picada dos mosquitos vetores: Aedes aegypti.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO:
1 e 12 dias.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE:
2 dias antes e 10 dias após início do exantema.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
3 fases:
1. Fase aguda
2. Fase pós-aguda
3. Fase crônica
ARBOVIROSES: CHIKUNGUNYA
1. FASE AGUDA:
 Febre alta de início súbito (>38,5oC) e intensa poliartralgia, geralmente acompanhada de dorsalgia,
exantema, cefaleia, mialgia e fadiga, com duração variável.
 Poliartralgia: >90% dos pacientes. Dor poliarticular, bilateral e simétrica, pode haver assimetria de
intensidade. Acomete grandes e pequenas articulações (mais distais). Pode haver edema
(associado à tenossinovite), dor ligamentar, mialgia (leve a moderada), rigidez articular matinal e
limitação para realizar atividades cotidianas.
 Exantema: 50% dos pacientes. Macular ou maculopapular, surge do 2-5º dia após febre. Afeta
tronco e as extremidades (incluindo palmas das mãos e plantas dos pés), pode atingir face. Com ou
sem prurido.
 Dermatite esfoliativa, lesões vesiculobolhosas (principalmente nas crianças), hiperpigmentação,
lesões simulando eritema nodoso e úlceras orais, dor retro-ocular, calafrios, conjuntivite não
purulenta, náusea, vômitos, faringite, diarreia, dor abdominal, neurite.
ARBOVIROSES: CHIKUNGUNYA
2. FASE PÓS AGUDA:
 Geralmente não tem febre (mas pode ter!)
 Artralgia: pode melhorar, persistir ou agravar.
 Pode ter: poliartrite distal, tenossinovite hipertrófica pós-aguda nas mãos (mais frequentemente
nas falanges e nos punhos) e nos tornozelos.
 Síndrome do túnel do carpo pode ocorrer como consequência da tenossinovite hipertrófica.
 Edema em articulações, astenia, recorrência do prurido generalizado e exantema maculopapular,
além do surgimento de lesões purpúricas.
 Alguns pacientes podem desenvolver doença vascular periférica, fadiga, alopecia e sintomas
depressivos.
ARBOVIROSES: CHIKUNGUNYA
3. FASE CRÔNICA: sintomas por > 3 meses. Cerca de 50% dos pacientes. Pode durar anos.
Fatores de risco para a cronificação: >45 anos, artropatia preexistente e maior intensidade do quadro
na fase aguda.
 Dor articular, musculoesquelética e neuropática. Geralmente nas mesmas articulações atingidas
durante a fase aguda, caracterizando-se por dor com ou sem edema, limitação de movimento e
rigidez articular matinal, podendo levar à deformidade ao longo dos anos.
 Acometimento poliarticular simétrico, embora possa ser assimétrico e monoarticular.
 Também há relatos de dores nas regiões sacro ilíaca, lombossacra e cervical.
 Articulações incomuns: ATM e esterno-claviculares.
 Também pode ter manifestações decorrentes da síndrome do túnel do carpo como: dormência e
formigamento das áreas inervadas pelo nervo mediano, fascite plantar.
 Alguns pacientes poderão evoluir com artropatia destrutiva, semelhante à artrite psoriática ou
reumatoide.
 Outras: fadiga, cefaleia, prurido, alopecia, exantema, bursite, tenossinovite, disestesias, parestesias,
fenômeno de Raynaud, alterações cerebelares, distúrbios do sono, alterações da memória, déficit
de atenção, alterações do humor, turvação visual e depressão.
DIAGNÓSTICO:
 Teste rápido – Triagem
 RT-PCR – amostra de sangue (< 5º dia)
 Sorologias IgM e IgG – ELISA (> 6º dia)
 Hemograma: Leucopenia com linfopenia. Trombocitopenia. VHS e PC-R elevadas.
 O diagnóstico laboratorial na fase crônica é feito por meio da sorologia.
 Diagnóstico diferencial com outras doenças de acometimento articular, razão pela qual se deve
investigar marcadores de atividade inflamatória e imunológica.
TRATAMENTO:
 Repouso, ingestão de líquidos, sintomáticos, suporte
 Fase aguda: AINES e corticoides não devem ser utilizados. AAS também é contraindicado pelo
risco de Síndrome de Reye e de sangramento.
 Considerando a necessidade de prescrição de corticoides e AINES na fase pós-aguda, os
seguintes exames devem ser solicitados: ureia, creatinina, TGO, TGP, eletrólitos, glicemia de
jejum e hemograma.
 Na fase crônica: Metotrexato e hidroxicloroquina Artrite
Antes é importante afastar a TB ativa e as hepatites virais (metotrexato) e as retinopatias
(hidroxicloroquina). Solicitar: HBsAg, anti-HCV, anti-HIV, PPD, raio-X de tórax, fundoscopia.
 Fisioterapia
ARBOVIROSES: ZIKA
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
Arbovirose que caracteriza-se, mais frequentemente, por manifestações clínicas brandas e
autolimitadas. QP: exantema pruriginoso.
A infecção por Zika vírus é associada a casos graves de malformações congênitas (microcefalia).
AGENTE ETIOLÓGICO:
Vírus Zika (ZIKV)
MODO DE TRANSMISSÃO:
Vetorial pelo Aedes aegypti, via sexual, pós-transfusional e vertical (transplacentária)
PERÍODO DE INCUBAÇÃO:
2-7 dias.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE:
Até 5º dia do início dos sintomas.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
 Assintomática OU
 Sintomas leves e autolimitados: febre baixa ou ausente, exantema maculopapular craniocaudal
pruriginoso de início precoce. O prurido é importante, podendo afetar suas atividades cotidianas e
o sono.
 Conjuntivite, cefaleia, astenia, mialgia e artralgia. A artralgia é menos intensa que a da
Chikungunya e pode durar até 30 dias.
DIAGNÓSTICO:
 RT-PCR – amostra de sangue, saliva, sêmen, urina... (Até o 5º dia)
 IgM – ELISA (> 6º dia) – Muita chance de reação cruzada (flavivírus, vacina febre amarela recente)
 Notificação compulsória
COMPLICAÇÕES: Gestantes infectadas, mesmo as assintomáticas, podem transmitir o vírus ao feto  aborto
espontâneo, óbito fetal ou malformações congênitas (microcefalia) - SCZ.
 Neurotrópico: distúrbios neurológicos (encefalites, mielites, neurite óptica), incluindo a síndrome de
Guillain-Barré (SGB).
TRATAMENTO:
 Repouso relativo, enquanto durar a febre. Ingestão de líquidos.
 Paracetamol ou dipirona em caso de dor ou febre.
 AAS é contraindicado
 Administração de anti-histamínicos.
 Orientar ao paciente para que retorne imediatamente ao serviço de saúde, em casos de sensação de
formigamento de membros ou alterações do nível de consciência (para investigação de SGB e de
outros quadros neurológicos).
 Se queixa de alteração visual encaminhamento ao oftalmologista para avaliação e tratamento.
Imagem: site FIOCRUZ
EXANTEMA SÚBITO – ROSÉOLA
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
Doença viral de evolução benigna. Ocorre tipicamente na infância, em especial nos menores de
quatro anos.
AGENTE ETIOLÓGICO:
Herpes-Vírus tipo 6 e 7
MODO DE TRANSMISSÃO:
Secreção oral do portador sadio para contatos próximos.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Início súbito, febre alta (39º/40ºC) e extrema irritabilidade.
O exantema é do tipo maculopapular, com lesões discretas de 2 a 3 cm de diâmetro, não
coalescentes. Em geral, acomete inicialmente o tronco e em seguida a face, a região cervical e a raíz
dos membros, sendo de curta duração (24 a 72 horas sem descamação).
DIAGNÓSTICO:
 Laboratorial: IgM e IgG para HHV-6 – ELISA.
TRATAMENTO:
 Suporte e administração de medicação sintomática
 Vigilância das complicações
PREVENÇÃO:
Não tem vacina
ERITEMA INFECCIOSO
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
Doença viral de evolução benigna. Acomete preferencialmente crianças de 2 a 14 anos.
AGENTE ETIOLÓGICO:
Parvovírus B19
MODO DE TRANSMISSÃO:
Direta secreções nasofaríngea, gotículas respiratórias, contato direto com pessoas infectadas.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE:
Antes do exantema
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
 Podem surgir sinais inespecíficos, como febrícula, mialgia e cefaleia.
 O exantema inicia-se pela face sob a forma de eritema difuso, com distribuição em “vespertilho”
e edema de bochechas (fácies esbofeteada). As outras regiões da face são poupadas. O exantema
é tipo maculopapular, com palidez central que confere rendilhado à lesão. Acomete o tronco e a
face extensora dos membros, podendo regredir em até 3 semanas.
 Pode haver recorrência da doença pela ação de estímulos como o sol, o estresse e variação de
temperatura.
DIAGNÓSTICO:
 Sorologia para detecção de anticorpos IgM (ELISA)
TRATAMENTO:
 Sintomático
PREVENÇÃO:
 Não há vacina.
MONONUCLEOSE INFECCIOSA
AGENTE ETIOLÓGICO:
Vírus Epstein-Barr (um herpes-vírus)
MODO DE TRANSMISSÃO:
Pessoa-pessoa, por meio de contato com saliva de pessoas infectadas. Crianças pequenas podem
infectar-se por contato com saliva em objetos ou mãos. Em adultos jovens, o beijo facilita a
transmissão.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO:
4-6 semanas.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE:
Prolongado: 1 ano ou mais.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
 Em 50% dos casos a infecção é subclínica ou assintomática.
 Febre, linfoadenopatia, amigdalite membranosa e esplenomegalia.
 Pode apresentar exantema, variável e inconstante que está associado ao uso de antibióticos
(penicilinas, cefalosporinas e seus derivados).
DIAGNÓSTICO:
 Clínica
 Sorologia para detecção de IgM anti-cápside viral (anti-VCA) em sangue coletado em fase aguda
 IgG antiantígeno nuclear (anti-EBNA) em sangue na fase convalescente.
TRATAMENTO:
 Sintomáticos
PREVENÇÃO:
 Não há vacina.
 Orientar aos contatos próximos e minimizar o contato com saliva do indivíduo com mononucleose
VARICELA/CATAPORA
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
 Infecção viral febril, aguda, altamente contagiosa. Em crianças, geralmente é benigna e
autolimitada. Em adolescentes e adultos, em geral, o quadro clínico é mais exuberante.
 Notificação compulsória.
AGENTE ETIOLÓGICO:
Vírus varicela-zoster – Vírus DNA.
MODO DE TRANSMISSÃO:
Direta secreções nasofaríngea, gotículas respiratórias, aerossóis, contato direto com líquido das
lesões cutâneas.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO:
10 e 21 dias.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE:
2 dias antes do exantema e se estende até que todas as lesões estejam em fase de crosta.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
 Febre baixa, cefaleia, anorexia, vômitos.
 Na criança o surgimento do exantema geralmente é o primeiro sinal. Exantema maculopapular e
distribuição centrípeta, que, após algumas horas, torna-se vesicular, evolui rapidamente para
pústulas e crostas secas não infecciosas, em 3 a 7 dias.
 Lesões acompanhadas de prurido.
 Pode acometer mucosas e levar ao aumento de linfonodos.
DIAGNÓSTICO:
 Clínico
 Sorologia IgM e IgG
 PCR no líquido das vesículas
COMPLICAÇÕES:
O quadro costuma ser benigno, com duração de 10 dias, mas pode evoluir com:
 pneumonia pelo próprio vírus
 afecção no sistema nervoso
 infecções bacterianas cutâneas secundárias
 A doença pode ser mais grave em adultos, imunodeprimidos, gestantes ou neonatos.
 Herpes-Zoster: costuma ocorrer anos após a exposição ao VVZ, com vesículas agrupadas sobre
base eritematosa, associada à sensação de dor, queimação e aumento da sensibilidade local,
geralmente seguindo um dermátomo.
TRATAMENTO:
 Prurido: soluções e cremes tópicos, antialérgicos:
 Higiene e cuidado com as lesões
 Antivirais sistêmicos: doença mais grave ou casos de maior risco de complicações.
PREVENÇÃO:
 Vacina - Varicela
MONKEYPOX - VARÍOLA DOS MACACOS
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
Doença zoonótica de etiologia viral.
AGENTE ETIOLÓGICO:
Monkeypox vírus
MODO DE TRANSMISSÃO:
Direta secreções nasofaríngea, gotículas respiratórias, contato direto com pessoas infectadas,
lesões de pele e fluidos corporais. Contato com superfícies e objetos contaminados, roupas de cama
(podem ficar viáveis até 4 dias).
PERÍODO DE INCUBAÇÃO:
5 e 21 dias.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE:
Transmite do início do quadro até as lesões de pele sumirem.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Febre (dias), erupções cutâneas, calafrios, linfadenopatia, odinofagia, cefaleia, mialgia.
Não há caso assintomático!
Lesões cutâneas: lesões eritematosas, pápulas  vesículas e bolhas (com líquido incolor) esse
líquido posteriormente fica amarelado  rompimento das lesões  crostas  cicatriza.
Duram cerca de 2-4 semanas. Essas lesões ocorrem mais em extremidades, face e regiões genitais,
dentro da boca.
DIAGNÓSTICO:
 Clínico
TRATAMENTO:
Sintomático
 Ingestão de líquido
 Boa alimentação
 Manter lesões limpas e secas
PREVENÇÃO:
 Não tem vacina
 Evitar contato direto com pessoas infectadas.
 Higiene das mãos
 Não compartilhar alimentos, objetos pessoais, toalhas, copos, talheres...
ESCARLATINA
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
Doença comete principalmente crianças de 2-10 anos de idade.
AGENTE ETIOLÓGICO:
Bactéria – Streptococos pyogenes – Estreptococo Beta hemolítica do Grupo A.
MODO DE TRANSMISSÃO:
Direta secreções nasofaríngea, gotículas respiratórias, contato direto com pessoas infectadas.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO:
2-5 dias.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE:
10-20 dias em pacientes não tratados.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
 Faringoamigdalite membranosa, febre alta e mal-estar.
 Exantema eritematoso puntiforme (pele áspera como uma lixa), palidez peribucal (Sinal de
Filatov), linhas marcadas nas dobras de flexão (Sinal de Pastia) e língua em framboesa.
 Descamação extensa em mãos e pés (em dedos de luva) após 1 semana.
DIAGNÓSTICO:
 Teste rápido (aglutinação de Látex) em secreção colhida de orofaringe.
COMPLICAÇÕES:
Complicações podem ocorrer dentro de 1-5 semanas e incluem:
 Glomerulonefrite aguda
 Febre reumática aguda.
Complicações tardias incluem:
 Coreia de Sydenham
 Cardiopatia reumática
TRATAMENTO:
 Antibióticos
 Sintomáticos
PREVENÇÃO:
 Não há vacina
 Contactantes portadores devem ser tratados
Cefaleia
It’s the farthest 
planet from the Sun
Febre
Despite being red, is 
actually a cold place
Rinorreia
Earth is the third 
planet from the Sun
● BRAZILIAN JOURNALOF HEALTH REVIEW. 
Incidência das doenças exantemáticas 
infantis nas regiões brasileiras. Curitiba, 
2021.
● MINISTÉRIO DA SAÚDE, Departamento de 
Articulação Estratégica de Vigilância em 
Saúde. Guia de Vigilância em Saúde – 5. 
ed. – Brasília, 2021.
● SILVA JA, FERREIRA R, HAMIDAH AM, PINTO 
JUNIOR VL. Doenças Exantemáticas: 
abordagem diagnóstica. Rev Med Saude
Brasilia, 2012.
REFERÊNCIAS

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