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Semiologia Respiratória 1 🫁 Semiologia Respiratória Exame do tórax Avaliação dos pulmões e do coração, das mamas e das estruturas componentes da caixa toracica→pele, tecido celular subcutaneo, linfonodos, panículo adiposo, musculatura, sistema vascular superficial, ossos e cartilagens. Revisão de Anatomia e Fisiologia Principais pontos de referência anatômicos: costelas, espaços intercostais, ângulo esternal, 7ªvértebra cervical, clavículas, articulação xifoesternal, incisura supraesternal e ângulo infraesternal Ângulo esternal (Louis): é formado pela junção do manúbrio com o corpo esternal. Referência para a localização do segundo espaço intercostal e localização das costelas adjacentes Ângulo infraesternal (Charpy): é formado pelo cruzamento das últimas costelas inferiores, tendo como vértice a base do apêndice xifoide. Biotipo do paciente Extremidade inferior da escápula: ponto de referência posterior em geral, no nível da 7ª costela ou do espaço intercostal Semiologia Respiratória 2 Localização É feita com base na contagem das costelas e espaços intercostais Usa-se o ângulo de louis (ângulo do esterno), crista óssea horizontal que une o manúbrio ao corpo do esterno, ncontrada 5 cm abaixo da incisura jugular A partir daí parte o segundo par de costelas e é possível ir descendo com os dois dedos e contando os espaços intercostais Marcos anatômicos importantes: 2º EIC: onde a agulha dever ser inserida em caso de pneumotórax hipertensivo 4º EIC: onde é inserido o dreno torácico Quarta vértebra torácica TIV: onde dever ser vista a a margem inferior do tubo endotraqueal 7º EIC: ponto de referência para toracocentese→ agulha deve ser inserida na margem superior da VIII costela Obs.: a inserção de tubos e agulhas sempre deve ser feita na margem superior das costelas, pois é na margem inferior que passam estruturas neurovasculares Semiologia Respiratória 3 7 primeiras costelas→ articulam-se com o esterno. VII, IX e X→ articulam-se com as cartilagens costais logo acima delas XI e XII→ “costelas flutuantes”: na face lateral do tórax, palpa-se a extremidade cartilaginosa da XI e a XII é palpada na região posterior. Obs.: cartilagens costais e costelas são idênticas à palpação. Circunferência do Tórax Linha hemiclavicular (medioclavicular)→ vertical, parte do ponto médio da clavícula. Linha axilar anterior e posterior→ verticais, inicia nas pregas axilares anterior e posterior (massas que flanqueiam a axila). Linha axilar média→ inicia no ápice da axila. Semiologia Respiratória 4 Linha vertebral se sobrepõe aos processos espinhosos Linha escapular→ traçada a partir do ângulo inferior da escápula Pulmões, fissuras e lobos: Cada um dos pulmões é dividido aprox. na metade pela fissura oblíqua (maior). Pulmão direito: lobos superior, médio em inferior Pulmão esquerdo: apenas dois lobos, superior e inferior Pulmões recebem sangue não oxigenado de sua artéria pulmonar e o sangue oxigenado volta para o átrio esquedo pelas veias pulmonares Semiologia Respiratória 5 Semiologia Respiratória 6 Sinais no campo pulmonar médio direito, na região lateral, podem vir de qualquer um dos 3 lobos Traqueia e brônquios principais: Sons mais “rudes” do que os auscutados sobre o parênquima pulmonar mais denso. Traqueia bifurca-se em brônquios na altura do ângulo do esterno na região anterior e, posteriormente, na altura do processo espinho de T IV. Semiologia Respiratória 7 Brônquio principal direito→ mais largo, curto e mais vertical do que o esquerdo. Penetra diretamente no hilo do pulmão. Brônquio principal esquerdo→ estende-se inferiolateralmente desde o arco aórtico e anterior ao esôfago e parte torácia da aorta e penetra o hilo pulmonar. Em seguida, cada brônquio se divise em brônquios lobares, depois em segmentares e bronquíolos e, terminando em alvéolos pulmonares, nos quais ocorrem trocas gasosas. Pleuras: Separam os pulmões da parede torácica→ superfícies pleurais/seorsas Pleura visceral→ cobre superfície externa dos pulmões Pleura parietal→ reveste a cavidade pleural ao longo da parte interna da caixa torácoca e da superfície superior do diafragma. Semiologia Respiratória 8 Espaço pleural→ entre as pleuras. Contém líquido pleural seroso que mantém o pulmão em contato com a parede torácica pela tensão superficial, possibilitando a expansão e contração do pulmão durante a respiração. Pleura visceral→ não apresenta inervação sensitiva Pleura parietal→ rica em nervos→ N. frênico e Nn. intercostais. Respiração: Automática, controlada por centros respiratórios no tronco encefálico. Diafragma→ princ. músculo respiratório da inspiração Contrai-se durante a inspiração, desce e expande a cavidade torácica, comprimindo o conteúdo abdominal e empurrando para fora a parede abdominal. Músculos da caixa torácica também expandem o tórax, princ. escalenos (das vertebras cervicais até as duas primeiras costelas) e os intercostais paraesternais ( trajeto oblíquo desde o esterno até as costelas). À medida que o tórax se expande, a pressão torácica diminui, “puxando” o ar da árvore bronquica para os alveolos, preenchendo os pulmões. O oxigênio vai para os capilares pulmonares adjacentes, enquanto o dióxido de carbono se difunde do sangue para os alvéolos. Expiração: Parede torácica e pulmões se retraem, diafragma relaxa e se eleva passivamente. Músculos abdominais auxiliam. A medida que o ar flui para fora, o tórax e abdome retornam a posição de repouso. Semiologia Respiratória 9 Anamnese Sinais/sintomas comuns: Dor torácica: dupla investigação, causas cardíacas e torácicas Desconforto no tórax? Solicite para apontar o local da dor. Fique atento aos movimentos realizados pelo paciente enquanto ele descreve a dor, 7 aspectos da dor torácica 💡 Punho cerrado sobre o esterno sugere angina de peito Semiologia Respiratória 10 💡 Dedo apontado para uma região de hipersensibilidade na parede torácia sugere dor musculoesquelética 💡 Movimento da mão na direção do pescoço para o epigástrico sugere pirose Tecido pulmonar não possui fibras álgicas→ dor em situações como pneumonia e infarto pulmonar é devido a inflamação da pleura parietal adjacente. Esforço muscular excessivo→ tosse recorrente de longa duração ou inflamação costocondral→ dor Pericárdio também tem poucas fibras álgicas Dispneia e sibilos Ver avaliação da dispneia Dificuldade para respirar? Em repouso ou ao esforço físico? Variação da idade, atividades diárias do paciente Sibilos→ sons respiratórios musicais audíveis tanto pelo paciente como por outras pessoas Tosse: Resposta reflexa a estímulos que irritam receptores na laringe, na traqueia ou nos brônquios calibrosos. Estímulos: muco, pus e sangue, alergênios, poeira, ar extremamente quente ou frio. Inflamação da mucosa respiratória, pneumia, tumor. Avaliar a duração da tosse: Semiologia Respiratória 11 Aguda: menos de 3 semanas Subaguda: 3 a 8 semanas Crônica: mais de 8 semanas Perguntar se é seca ou produtiva. A cor da expectoração, odor, consistência e volume. Hemoptise: Pode variar em raias de sangue a sangue vivo. Avaliar o volume de sangue eliminado, a atividade, circunstâncias do episódio e sintomas associados, Verificar se o sangue não veio do nariz, da boca, da faringe ou do TGI→ sangue do TGI geralmente é mais escuro. Sonolência diurna ou ronco: Pergunte sobre ronco, apneias, despertar com sensação de asfixia ou cefaleia matinal. Semiologia Respiratória 12 Exame Clínico dos Pulmões Inspeção Forma do tórax e biotipo Expansibilidade Alterações da parede Ritmo dos movimentos Inspeção estática: Observar a forma do tórax, descrever ciatrizes, manchas, retrações e abaulamentos, atrofias musculares. Semiologia Respiratória 13 Inspeção dinâmica: Tipo respiratório, ritmo, frequência da respiração, a ampliturde dos movimentos respiratórios, presença ou nãode tiragem e a expansibilidade dos pulmões. Padrão respiratório: baseado no volume de ar que se movimentapor unidade de tempo→ volume corrente e frequência respiratória Padrões patológicos Frequência respiratória Semiologia Respiratória 14 Palpação Expansibilidade Frêmito toracovocal Sensibilidade Alterações da parede Linfonodos Expansibilidade torácica: Semiologia Respiratória 15 Indica o volume de ar mobilizado pela respiração Solicita-se inspirações e expirações profundas, que provocam um deslocamento da mãos. Deve ser idêntico em ambos os hemitórax Alterados→ uni ou bilateralmente Frêmito toracovocal: Sensação vibratória pela palma da mão do examinador quando o paciente emite um som→ 33 Sons transmitidos para parede torácica através da árvore brônquica aberta, possuem maior transmissibilidade em meio sólido (consolidação/preenchimento alveolar) Presença de um terceiro meio, extrapulmonar, como em doenças pleurais→ redução da transmissibilidade do som, com frêmito reduzido ou abolido Percussão Densidades diferentes→ sons diferentes Semiologia Respiratória 16 Percussão do tórax não é uniforme. Limite inferior à direita pela percussão do parênquima hepático→ macicez hepática. À esquerda, pela percussão da bolsa gasosa do estômago (zona de traube-timpânico) e do baço→macicez esplênica. Semiologia Respiratória 17 Sinal de Signorelli: presença de macicez à percussão da coluna dorsal, em decorrência da presença de derrame pleural. Ressonância skódica: presença de hipersonoridade nas áreas situadas ao redor de uma consolidação ou acima de uma derrame pleural. Ausculta Sons respiratórios Ruídos adventícios Broncofonia e pectoriloquia afônica Ouvir sons gerados pela respiração, pesquisar os ruídos adventícios e, suspeitando de anormalidade, auscular os sons da voz falada ou sussurrada. Paciente deve respirar pausadamente em incursões de média amplitude, com a boca entreaberta. Colocar campânula sobre a superfície do tórax desnuda. Ausculta de pontos siméticos das linhas convencionais, sempre comparando os lados, do ápice para as bases pulmonares. Semiologia Respiratória 18 Sons respiratórios normais: Som bronquial (traqueal): alto e agudo Componente inspiratório→ ruído soproso mais ou menos rude. Há um curto período de pausa Componente expiratório um pouco mais forte e prolongado. É audível na região anterolateral do pescoço e na fúrcula esternal, área de projeção da traqueia e brônquios principais. Obs.: Áreas de consolidação pulmonar, atelectasia ou regiões prox, cavernas superficiais→ ouve-se respiração brônquica no lugar de som vesicular→ Sopro tubário Murmúrio vesicular: suave e grave Audível em campos inferiores e médios dos pulmões Componente inspiratório→ mais intenso, duradouro e mais alto Não há pausa Componente expiratório Pode estar abolido ou diminuído→ afecções pleurais ou pulmonares Som broncovesicular: Intermediário ao som vesicular e ao som bronquial Fase inspiratóriam e expiratória de igual intensidade, magnitude e duração, às vezes separados por pequena pausa. Auscultado nas regiões esternal superior, interescapulovertebral direita e ao nível da 3ª e da 4º vértebras dorsais. Semiologia Respiratória 19 Ruídos adventícios: Devem ser descritos quanto à frequência, localização, momento de ocorrência no ciclo respiratório, persistência do padrão entre um ciclo respiratório e outro Sons nítidos, descontínuos e explosivos: Estertores finos (crepitações): suaves, frequência aguda, breves Geralmente no final da inspiração, sem alteração com a tosse. Gerados pela abertura sequencial de vias respiratórias anteriormente fechadas em razão da pressão exercida pela presença de líquido ou exsudato no parênquima pulmonar ou por alteração no tecido de suporte das paredes brônquicas. Estertores grossos: Mais intenso, frequências mais graves, breves, duração maior que os finos Nitida alteração com a tosse Audiveis no inicio da inspiração e durante toda a expiração Origem na abertura e fechamento de vias aéreas com secreção espessa, bem como pelo afrouxamento da estrutura de suporte das paredes brônquicas. Atrito Pleural: Ruído grave, de baixa frequência, irregular e descontínuo Audível na inspiração e na expiração, em decorrência do deslizamento dos folhetos pleurais inflamados (pleurite seca). Derrame pleural→ desaparece o atrito Sons contínuos e musicais Roncos: Sons graves, de baixa frequência e qualidade de um ressonar. São gerados pela vibração das paredes brônquicas e do conteúdo de ar quando há estreitamento da luz das vias aéreas, seja por espasmo ou edemea da parede, ou presença de secreção. Aparecem na inspiração e expiração→ fugazes, mutáveis Surgem e desaparecem em curto período ou após manobra de tosse Sibilos: Semiologia Respiratória 20 Agudos, alta frequência, com qualidade sussurante, Ocorrem devido a reabertura de vias aéreas distais previamente ocluídas, quando são atingidas por fluxo aéreo em alta velocidade, Aparecem na expiração e inspiração Difusos ou localizados Estridor ou cornagem: Sibilo total ou predominantemente inspiratório, mais audível nas regiões centrais e superiores do tórax e superiores do tórax Indicam obstrução de via aérea central→ laringe ou traqueia Grasnido (squeake): Som inspiratório, agudo, “piado de gaivota” Ocorre na presença de bronquiolite, com reabertura súbita de vias aéreas distais. Ausculta da voz: Voz falada e sussurada Condições normais→ sons incompreensíveis Consolidação do parênquima pulmonar→ a transmissão é facilitada e as palabras ficam nitidas. Pectoriloquia afônica e fônica: Ausculta da voz falada (fônica) ou sussurada (afônica) com nitidez, transmitida através do parênquima pulmonar consolidado Broncofonia: Aumento da ressonância vocal em decorrência de facilitação da transmissão das ondas sonoras, na presença de consolidação pulmonar Síndromes Pleuropulmonares Síndromes brônquicas, pulmonares e pleurais. Semiologia Respiratória 21 Semiologia Respiratória 22 Síndromes Pulmonares Síndromes Parenquimatosas Consolidação: Acometimento do parênquima→ alteraçãod a densidade Alvéolos cheio de exsudato, passagem de ar aberta Ocupação dos espaços alveolares por células ou exsudatos Causas: Pneumonias Tuberculoses Infarto pulmonar Tumores Exame Físico Inspeção: expansibilidade diminuída no local afetado Palpação: FTV aumentado. Expansibilidade diminuída Percussão: submacicez a macicez no local afetados Ausculta: estertores finos, respiração bronquiovesicular, ressonância vocal aumentada. Pectorilóquia (pneumonia lobar) Sintomas Dispneia Tosse Hemoptise Desconforto retroesternal Dor pleurítica Semiologia Respiratória 23 Atelectasia: Desaparecimento de ar dos alvéolos sem preenchimento por células ou exsudato Causas: Neoplasias Corpos estranhos ocluindo o lúmem dos brônquis Quando maior a área comprometida, mais intensos os sintomas Sintomas: Semiologia Respiratória 24 Dispneia Sensação de desconforto Tosse seca Exame físico: Inspeção: retração do hemitórax e tiragem intercostal Palpação: expansibilidade diminuída e FTV diminuído ou abolido Percussão: submacicez ou macicez Ausculta: respiração bronquiovesicular e ressonância vocal diminuída Semiologia Respiratória 25 Enfisema Pulmonar: Destruição/deformidade dos alvéolos Sintomas: Dispneia e dispneia aos esforços com piora gradativa Pode culminar em insuficiência respiratória Sinais: Hiperinsuflação do tórax Respiração com lábios semicerrados Uso da musculatura acessória Raio X Hiperaeração: Aumetno anormal dos espaços aéreos distais nos bronquíolos terminais Modificações estruturais das paredes alveolares Exame físico: Inspeção: expansibilidade diminuída Palpação: FTV diminuído Percussão: hipersonoridade Semiologia Respiratória 26 Ausculta: MV diminuído Congestão Passiva: Insuficiência cardíaca congestiva→ líquido acumula-se no interstício Causas: Insuficiência ventricular esquerda Estenose mitral Sintomas Exame Físico: Inspeção: Expansibilidade normal ou diminuída Palpação: FTV normalPercussão: submacicez em bases pulmonares Ausculta: estertores finos em bases pulmonares Escavação ou Caverna Consequência de eliminação de parênquima em uma área que sofreu necrobiose Causas: Tuberculose Abscessos Semiologia Respiratória 27 Neoplasias Exame pulmonar: Alterado→ necessário que a caverna esteja próxima à periferia do pulmão e de diâmetro de 4 cm Inspeção: expansibilidade normal ou diminuída Palpação: FTV aumentado se houver secreção Percussão: normal ou hipersonoro Ausculta: Som broncovesicular/brônquico no lugar do MV Ressonância vocal: aumentada ou pectorilóquia Síndrome Pleural Síndrome Pleurítica: Pleuritee: inflamação dos folhetos pleurais Causas: Tuberculose Pneumonias Colagenases Viroses Neoplasias Dor pleurítica→ ventilatório dependente Exame Pulmonar: Inspeção: expansibilidade diminuída Palpação: expansibilidade diminuída e FTV diminuído Percussão: som claro pulmonar ou submacicez Ausculta: atrito pleural Derrame Pleural: Semiologia Respiratória 28 Presença de líquido acumulado no espaço pleural Transudato ou exsudato: Inflamação Infecção Sangue Pus Linfa Deslocamento é para longe do líquido Sintomas: Dor pleurítica Tosse seca Dispneia, dependendo do volume Causas: Plerites Pneumonias Exame Pulmonar Inspeção: desconforto respiratório, esforço, região acometida com expansibildiade diminuída Palpação: expansibilidade diminuída, FTV diminuíDA Percussão: macicez Ausculta: MV abolido no local do derrame Semiologia Respiratória 29 Pneumotórax Acúmulo de ar nos espaços pleurais Pode desviar o mediastino para o lado oposto Sinal mais importante→ expansibilidade diminuída Exame pulmonar: Inspeção: desvio da tranqueia para o lado oposto. EM alguns casos pode haver abaulamento do hemitórax acometido Palpação: expansibilidade diminuída. FTV diminuído ou abolido do lado acometido Percussão: hipersonoridade ou timpanismo Ausculta: MV diminuído ou abolido no hemitórax envolvido Semiologia Respiratória 30 Síndromes Brônquicas Acometem os brônquios e envolvem redução de calibre (broncoconstrição), dilatação ou hipersecreção Sintomas: Dispneia Tosse produtiva Sibilância Opressão torácica Bronquite crônica: Secreção excessiva de muco na árvore brônquica→ tosse produtiva Tosse produtiva crônica ou recorrente por pelo menos 3 meses/ano Excluir outras causas como tuberculose e bronquiectasia Exame Pulmonar: Inspeção: dispneia, inspiração profunda e tiragem intercostal Palpação: expansibilidade normal ou diminuída. FTV normal ou diminuída Percussão: normal ou hipersonoridade Ausculta: estertores grossos (subcreptantes), no início da inspiração e durante toda a expiração Asma Hiper-reatividade brônquica desencadeada por alérgenos em geral. Inflamação das vias aéreas: edema de mucosa, aumento de secreção e broncoconstrição Crises de dispneia, sensação de aperto tórax, sibilância e tosse seca Exame Pulmonar: Inspeção: normal ou tiragem inspiratória, aumento da FR. Aumento da expiração Palpação: expansibilidade normal ou reduzida. FTV normal ou diminuído Percussão: normal ou hipersonoridaade Ausculta: MV diminuído. Sibilos e roncos Semiologia Respiratória 31 Bronquiectasia: Dilatação brônquica e irreversível devido a destruição dos componentes da parede dos ductos Quadro clínico: Tosse produtiva com expectoração mucopurulenta abundante, principalmente pela manhã Episódios de hemoptise Originadas por sequelas de processos infecciosos/inflamatórios Tipos: Adquiridas: sequelas de infeccções/obstrução de pequenas vias aéreas Broncopneumonia Pneumonia aspirativa Tuberculose Obstrução brônquica Neoplasias ou tampão mucoso Congenita Exame pulmonar: Inspeção: normal ou aumento da FR Palpação: Expansibilidade normal ou reduzida FTV normal ou reduzido, devido a bronconstrição Percussão: Normal Hipersonoridade→ broncoconstrição Submacicez em bronquiectasias basais extensas Ausculta Estertores grossos localizados. Roncos e sibilos Semiologia Respiratória 32 Infecções brônquicas Bronquite aguda→ vírus ou bactérias Inspeção, palpação e percussão sem alterações, enquanto na ausculta são encontrados estertores grossos em ambos os pulmões. Em alguns casos são encontrados roncos e sibilos nas vias aéreas superiores