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CARACTERÍSTICAS DO DISCURSO FILOSÓFICO 
O discurso filosófico tem como marca criticar a fundamentação sobre o saber firmado, pelo questionamento sucessivo. O método que a filosofia utiliza é racional, o filósofo deve usar sua critica razão, com a argumentação lógico-racional. Exemplo: O texto abaixo tem características do discurso filosófico; 
“ Toda a arte e toda investigação, bem como toda ação e toda a escolha, visam a um bem qualquer; e por isso foi dito, não se razão, que o bem é aquilo a que as coisas tendem. Mas entre os fins observa-se uma certa diversidade: Alguns são atividades, outros são produtos distintos das atividades das quais resultam; e onde há fins distintos as ações, tais fins são, por natureza, mais excelentes do que as últimas. Mas como muitas são as ações, artes e ciências, muitas também são as finalidades. O fim da medicina é a saúde, o da construção naval de navios (...). Se existe, então para as coisas, algum fim, que desejamos por si mesmo e tudo mais é desejado por causa dele; e se nem toda coisa escolhermos visando à outra (porque se fosse assim, o processo se repetiria até o infinito, e inútil e vazio seria o nossa desejar), evidentemente tal fim deve ser o bem, ou melhor, o sumo bem.” (ARISTÓTELES , 2006, p.17).
 Percebe-se no texto a argumentação lógico-racional, onde é proposto pelo autor uma tese de centro, n este caso a busca do sumo bem, usando alguns argumentos secundários, a construção naval de navios, e o fato de todas as coisas terem uma finalidade, para servir de reforço a sua teoria.
Filosofia e argumentação Em linhas gerais, o argumento é a apresentação de razões, ou seja, um conjunto de ideias estruturadas e ordenadas (coerentes). Da mesma forma que uma pessoa é diferente da outra, os pontos de vista também podem ser. Algumas conclusões podem ser defendidas com motivos bem fortes e outras insustentáveis, porém não sabemos n a maioria das vezes qual é a melhor e mais certa. Para isso não acontecer, o melhor é expor os argumentos, analisá -los minuciosamente e só após isso definir se ele é um argumento forte ou insustentável nesse contexto. Argumento é uma investigação que fazemos de nós mesmos para chegarmos a uma conclusão agregada com a razão. Após chegarmos às devidas respostas usando os argumentos fortes, explicamos e defendemos nossas teses, argumentar não é repetir sua conclusão, m as sim fazer com que outras pessoas se baseiem n a sua tese e formem uma opinião própria. Muitos confundem argumentação com discussão, pois nela são expostos os argumentos de uma nova forma, entretanto a argumentação não está relacionada à discussão, muitas pessoas a acham inútil. Argumentar é expor motivos para chegar a uma conclusão, não é uma afirmação de um ponto de vista e n em uma discussão, os argumentos são formas de sustentar um a tese com a razão, pensando assim, eles não são nem um pouco inúteis, mas sim essenciais.
 COMPARAÇÃO COM O DISCURSO CIENTÍFICO 
 O que torna a filosofia diferente da ciência é a sua maneira de explicar a realidade e a sua linguagem. O objetivo do discurso filosófico é provocar o questionamento e a reflexão do leitor, por outro lado, o discurso científico se baseia por meio de dados probatórios, sendo passível de discordância, a ciência deve ser contraditória. Uma teoria que não pode se contrariada não possui discordância, e com isso não é científica. 
 CONCLUSÃO
 Foi entendido que no discurso filosófico, o método que a filosofia utiliza é racional, o filósofo deve usar sua razão- crítica, com a argumentação lógico-racional.(Derivado da junção de lógica e razão). Que o argumento é a apresentação de razões, um conjunto de ideias estruturadas e ordenadas, ou seja, que fazem sentido. Muitas pessoas o acham sem utilidade, m as na verdade, ele é muito útil na nossa vida. E por fim, que enquanto o discurso filosófico quer provocar questionamento e reflexão, o cientifico tem base em dados probatórios, que podem ser discordados. 
A LEITURA DO TEXTO CIENTÍFICO Objetivos principais: 
 Certificar-se do conteúdo do texto, constatando o que o autor afirma, os dados que apresenta e as informações que oferece; 
 Correlacionar os dados coletados a partir das informações do autor com o problema em pauta; 
 Verificar a validade dessas informações. (Marconi & Lakatos, 2003, p. 22) Tipos/etapas de leitura (como procedimentos didático-metodológicos): 
a) De reconhecimento ou prévia: leitura rápida, cuja finalidade é procurar um assunto de interesse ou verificar a existência de determinadas informações. Faz-se olhando o índice ou sumário, verificando os títulos dos capítulos e suas subdivisões;
 b) Exploratória ou pré-leitura: leitura de sondagem, tendo em vista localizar as informações, uma vez que j á se tem conhecimento de sua existência. Parte-se do princípio de que um capítulo ou tópico trata de assunto que nos interessa, mas pode omitir o aspecto relacionado diretamente com o problema que nos preocupa;
 c) Seletiva: leitura que visa à seleção das informações mais importantes relacionadas com o problema em questão. A seleção consiste na eliminação do supérfluo e concentração em informações verdadeiramente pertinentes ao problema de pesquisa; 
d) Crítica ou analítica: avalia as informações do autor. Implica saber escolher e diferenciar as ideias principais das secundárias, hierarquizando-as pela ordem de importância. Em um primeiro momento, deve-se entender o que o autor quis transmitir e, para tal, a análise e o julgamento das ideias dele devem ser feitos em função de seus próprios propósitos, e não dos do pesquisador. É num segundo momento que devemos, com base na compreensão do quê e do porquê de suas proposições, retificar ou ratificar nossos próprios argumentos e conclusões;
 e) Interpretativa: relaciona as afirmações do autor com os problemas para os quais, através da leitura de textos, está-se buscando uma solução. Se, de um lado, o estudo aprofundado das ideias principais de uma obra é realizado em função dos propósitos que nortearam seu autor, de outro, o aproveitamento integral ou parcial de tais proposições está subordinado às metas de quem estuda ou pesquisa: trata-se de uma associação de ideias, transferência de situações e comparação de propósitos, mediante os quais se seleciona apenas o que é pertinente e útil, o que contribui para resolver os problemas propostos por quem efetua a leitura. Assim, é pertinente e útil tudo aquilo que tem a função de provar, retificar ou negar, definir, delimitar e dividir conceitos, justificar ou desqualificar e auxiliar a interpretação de proposições, questões, métodos, técnicas, resultados ou conclusões. Pode-se, ainda, com esse tipo de leitura, buscar atestar ou contestar o fundamento de proposições do autor. (Adaptado de Marconi & Lakatos, 2003) BIBLIOGRAFIA
Exercícios Leia os textos abaixo e, em seguida: 1) Classifique-os segundo as três categorias de textos científicos discutidas acima; 2) Identifique as estratégias utilizadas pelos autores para conferir “cientificidade” a cada um deles. 
TEXTO 1
 Este estudo traçou o perfil de adolescentes submetidos a medidas socioeducativas em uma cidade do interior de São Paulo, mediante exame de 123 prontuários de atendimento, em 2002. A análise das informações indicou que o fato de o adolescente não frequentar a escola foi associado ao número crescente de reincidências, ao uso de entorpecentes e, também, ao emprego de armas. Adicionalmente, constatou-se que os participantescom nível educacional mais alto viviam com ambos os pais, enquanto aqueles com escolaridade mais baixa viviam e m famílias monoparentais. Considerando que a frequência à escola reduziu a severidade do ato infracional, o uso de armas e o emprego de drogas, muito pode ser feito para enfrentar os desafios de acolher tais adolescentes no sistema educacional, ao invés de expulsá-los.
TEXTO 2 EJA: PERSPECTIVAS DOS JOVENS E DOS ADULTOS EM RELAÇÃO AO CURSO
 A Constituição de 1988 afirma que a educação é um direito de todos e dever do Estado. No entanto, tal benefício não atinge sua universalidade no tempo e espaço devido. Nesse contexto, estão inseridos jovens e adultos que, por diversos motivos, ficaram fora do sistema educacional. Quando percebem ou sentem a necessidade de uma educação formal retornam aos estudos por meio da Educação de Jovens e Adultos/EJA. Esta modalidade de ensino recebe estudantes com históricos variados desde a faixa etária até os objetivos e motivos que os levaram a buscar a escolaridade. Considerando estas peculiaridades, é fundamental que a EJA proporcione acesso, permanência e satisfação das expectativas dos sujeitos envolvidos, de modo que os ofereça a oportunidade de obter uma educação com princípios de igualdade. Assim, percebeu-se a necessidade de uma investigação para conhecer as expectativas dos alunos da EJA II da rede municipal de Barreiras-BA em r elação ao curso, bem como as razões que os levam a ingressar nessa modalidade de ensino. Acredita-se que através da referida pesquisa pode-se, mediante o conhecimento da realidade desta clientela, contribuir para o seu fortalecimento contínuo de modo que esses sujeitos tenham expectativas alcançadas e perspectivas futuras delineadas pela educação. Para concretização do estudo efetivou-se o levantamento e a análise dos pressupostos teóricos que norteiam o entendimento da Educação de Jovens Adultos no país. Dentre esses teóricos pode -se destacar: Freire (2002), Calháu (2007), UNESCO (2004), Lemos (1999), entre outros. Realizou-se, ainda, uma pesquisa de campo para investigação. Foram sorteadas duas escolas da Rede Municipal de Ensino de Barreiras -BA que oferecem a Educação de Jovens e Adultos, estágio II. Utilizou-se como instrumento de coleta de informações, um questionário contendo 10 questões fechadas. O universo da pesquisa de caráter qualitativo foi constituído por 10 alunos, sendo 50% do sexo feminino e o restante masculino. A investigação com aplicação do questionário ocorreu durante um dia. Os questionamentos abordaram as razões que os levaram a ingressar na EJA, suas pretensões ao concluir o Ensino Fundamental, a visão em relação aos conteúdos trabalhados, bem como a metodologia utilizada pelo professor em sal a de aula. Com base nos dados e informações coletados [...], Verificou-se que o público da EJA é formado em sua maior parte por pessoas da classe popular, com renda salarial atingindo no máximo dois salários mínimos. 40% dos alunos afirmaram que estão estudando para ingressar no mercado de trabalho, mesmo sendo a maioria composta por alunos trabalhadores. Na medida em que almejam um emprego mais promissor, o que exige uma escolaridade mais avançada, buscam a escola com o intuito principal de capacitarem-se para o mundo do trabalho, com a perspectiva de possíveis melhorias para a vida pessoal. Constatou-se que uma par te dos al unos pretende dar continuidade aos estudos, as pirando ingressar no ensino superior. Dessa forma, a Educação de Jovens e Adultos não é mais concebida apenas com o uma etapa educacional, mas como ponto de partida para uma atividade escolar contínua e promissora para aqueles que tiveram experiências escolares interrompidas. [...] Disponível em: 
 1- “ Só há ciência onde a discussão é possível, e só pode haver discussão entre mim e outra pessoa na medida em que eu estou em condições de esclarecer, com suficiente exatidão, o significado das expressões que uso e meu interlocutor possa, também, explicar-me o significado das palavras por ele empregadas.” (S. Wolfang. A filosofia Contemporânea. São Paulo: EPU/Edusp, 1977. p. 283). De acordo com o texto, assinale a alternava que apresenta uma das características fundamentais do discurso cientifico.
a)Na ciência devem ser usadas expressões subjetivas.
b)As expressões usadas são provenientes do Senso Comum.
c)A objetividade das expressões é uma característica sem importância para a
ciência.
d) Na ciência a linguagem utilizada tem caráter universal.
2-Qual o papel/função da filosofia diante da ciência?
POLÍTICA E PODER: Filosofia 3º ano
Política é, em linhas gerais, a arte de governar ou administrar o lar, a empresa, o clube, a cidade, o estado ou o país”. Onde há grupos humanos, aí há política, mesmo entre os que a detestam (isso também é uma decisão política). Para Aristóteles, o homem era naturalmente, um animal racional e político, destinado a viver em sociedade. Para o pensador político Maquiavel, em seu livro O Príncipe, a política deve valorizar as experiências e os acontecimentos, ao mesmo tempo em que deve ser regulada pelo modo como vivemos e não como deveríamos viver. A descrição do mundo da política descrita por Maquiavel era moral e eticamente reprovável para alguém que quisesse ou queira manter princípios éticos e ao mesmo tempo ser um governante. Maquiavel rechaça a moral cristã como fundamento e finalidade da política. Para ele, o governante, se necessário, deve ser cruel e fraudulento para obter e se manter o poder “Os fins justificam os meios.”. Tratava-se de uma ideologia que pregava o relativismo da ética e da moral. Maquiavel entendia o mundo político e o descreveu como ele realmente é. Não acreditava na existência de um bom governo, encarnada na figura de um governante virtuoso. 
Surgimento do Estado: A política surgiu a partir da necessidade de administrar os interesses e os conflitos da vida em sociedade. Para isso, era necessário que alguém tivesse o poder de comandar outras pessoas. Esse poder, ao longo do tempo, foi evoluindo, até chegar ao ponto em que foi necessária a criação do Estado, o qual, em uma definição simples, significa a instituição constituída de território, povo (e/ou nações), leis, governo (Estado é diferente de Governo), etc. O termo nação difere de Estado, pois significa o povo que possui o mesmo idioma, usos, costumes, religião, etc., ou seja, um Estado pode conter várias nações, como é o caso do Brasil, que abriga diversas nações indígenas. Em relação ao Governo, significa o grupo de pessoas que administra e governa um país, estado ou província, tanto os políticos eleitos como os funcionários diversos tais como policiais, professores, médicos, etc. Ou seja, Estado é permanente, governo é provisório. Na maioria dos países democráticos, o Estado divide-se em três “esferas” (federal, estadual e municipal), no sentido de facilitar a administração.
A QUESTÃO DO PODER: A política tem como base a questão do poder (alguém manda e alguém obedece). Um dos problemas centrais na organização dos poderes soberanos do estado prende-se com a sua legitimidade. De onde é que emanam esses poderes? Quem os outorga? Por que é que se tornam aceitáveis pela sociedade democrática? O que é que os legitima? Para ser aceito, o poder assenta-se em diferentes motivos de acatamento ou legitimação:
a) racional: envolve as questões legais (leis, decretos, portarias, etc. ex: a autoridade do juiz, delegado, policial, funcionários públicos em geral ou a simples obediência às leis. Envolve também as vantagens e desvantagens por parte de quem obedece; ex: a relaçãoentre patrões e empregados, onde a obediência envolve a questão salarial; a relação entre médico e paciente, etc.
b) tradicional: por tradição baseada no costume ou no afeto. ex: a relação entre pais e filhos, avós e netos, etc..
c) carismático: pelo carisma de quem tem o poder das palavras. ex: a autoridade exercida tanto por alguns líderes políticos como alguns líderes religiosos detentores de grande poder de persuasão e domínio das massas.
Há vários tipos de poder que usam a política; dentre estes, destacamos o poder econômico e o ideológico. 
Poder econômico significa basicamente a posse de bens, os quais são usados para obter lucros e vantagens, empregar pessoas, movimentar a economia, expandir o crescimento econômico, etc. Em um Estado, o governante necessita manter a estabilidade econômica, aumentar a oferta de empregos, promover o desenvolvimento, manter a inflação baixa, etc., para que o país cresça e sua reputação aumente. Para alcançar esses objetivos, o governante precisa administrar bem a questão econômica, onde é essencial o apoio da iniciativa privada, a qual é muito mais eficiente em termos de produção de mercadorias e serviços do que as empresas estatais (há exceções, claro). 
A visão marxista sobre poder econômico: segundo Karl Marx, ao estudarmos determinada sociedade, devemos partir da forma como a mesma produz os bens necessários à sua vida, pois daí é que descobriremos como ela produz e divulga suas ideias. Para Marx, a economia está na base estrutural de qualquer país, ou seja, faz parte da infraestrutura (estrutura material da sociedade). A economia determina o modo de vida, a moral e as ideias de uma sociedade. Ex: na idade média, a atividade bancária e a cobrança de juros eram tidas como ilegais e imorais, porém, com o nascimento da burguesia, houve a necessidade de legalizar os juros e os bancos, fato que exigiu a revisão das restrições morais aos empréstimos. Até os reis passaram a necessitar dos banqueiros.
A visão de Max Weber: O sociólogo Max Weber discordava dessa visão marxista. Para ele, havia uma interdependência das esferas políticas (busca de poder), econômicas (busca de renda), social (busca de status) e religiosa (busca de salvação). Para Weber, cada esfera tinha sua autonomia relativa, onde uma esfera pode influenciar a outra. Mesmo assim, Weber afirmava que a esfera política, de maneira geral, dava rumo à sociedade. Segundo Weber, o ser humano transita em várias esferas ao mesmo tempo: o mesmo homem que vai à missa em busca da salvação é aquele que abre seu comércio em busca de renda, participa de um partido político, sindicato ou associação (defendendo uma ideia de poder ou em busca dele) ao mesmo tempo em que frequenta clubes, compra sua casa de praia ou viaja ao exterior (em busca de status ou para mantê-lo).
Poder ideológico: Na visão marxista, a ideologia faz parte da superestrutura, juntamente com a estrutura jurídico-política(estruturas que sujeitam a classe dominada, cuja cultura e modo de vida refletem as ideias e os valores da classe dominante). Para o governante, é mais fácil e barato governar através das ideias do que pela violência. Através das ideias, o governante pode dominar manipular, convencer, doutrinar, alienar, etc.
Comparando a ideologia entre democracias e ditaduras:
Democracia: não há restrições à livre circulação de ideias, sejam elas favoráveis ou não à democracia, ou seja, há liberdade de opinião, expressão, imprensa, etc.
Ditadura: Toda ideia e manifestação contrária à do governo é perseguida, assim como seus seguidores, ou seja, não há liberdade de opinião, expressão, imprensa, etc.
Na maioria dos Estados democráticos, o poder está dividido em três: executivo, legislativo e judiciário. Esta divisão visa manter o equilíbrio do poder.
Poder Legislativo: exerce a função de criar normas jurídicas para regular a vida em sociedade, embora o poder Executivo também tenha o direito de enviar projeto de lei ou medida provisória ao parlamento. Esse poder também pode derrubar um veto do Executivo a alguma norma já aprovada. No Brasil, esse poder é representado pelo Congresso Nacional (Deputados e Senadores), Assembleia Legislativa (esfera estadual) e Câmara municipal (esfera municipal).
Poder Executivo: executa as leis e administrar os negócios públicos, envia ao Legislativo seus projetos de lei, veta toda ou parte de uma norma aprovada pelo Legislativo, cumprir o que manda o Poder Judiciário, etc. No Brasil, esse poder é representado pelo Presidente da república (esfera federal), governadores (esfera estadual) e prefeitos (esfera municipal).
Poder Judiciário: administra a justiça mediante aplicação das leis aos conflitos de interesses. Pode também declarar a inconstitucionalidade das leis que foram aprovadas pelo legislativo e/ou executivo. No Brasil, na esfera federal, esse poder é representado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunal Superior do Trabalho (TST),Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Superior Tribunal Militar (STM). Na esfera estadual, há os diversos Tribunais de Justiça.
Formas de Governo: são em geral duas: Monarquia e República.
1 - Monarquia: é um sistema dinástico e hereditário tradicional de governo; divide-se em dois tipos:
1a- Monarquia absolutista: o monarca governa com seus conselheiros, sem constituição nem parlamento, tendo poderes quase ilimitados. Países como França e Reino Unido já foram absolutistas. Ainda existem países assim (Arábia Saudita, Suazilândia, Qatar, Omã, Vaticano).
1b- Monarquia constitucional ou parlamentarista: os monarcas apenas representam ou simbolizam o Estado (protegendo a Constituição e defendendo o povo de projetos de leis prejudiciais, por exemplo). Dependendo do país, podem ter o poder de indicar ou demitir o premiê e tentar resolver impasses políticos. Nesta monarquia, quem governa é o premiê, o qual, dependendo do país, é indicado pelo monarca ou eleito pelo parlamento (congresso). O premiê governa juntamente com seu ministério (chamado de gabinete). Em caso de um mau governo, o premiê e seu gabinete podem ser destituídos pelo parlamento, através de uma moção de censura, sendo imediatamente substituídos. A maioria das atuais monarquias são parlamentares. Ex: Inglaterra, Japão, Holanda, Suécia, Espanha, Bélgica, Canadá, etc.
2 - República: O governante é escolhido ou indicado para governar durante determinado período (dependendo do país, pode ser vitalício). Atenção: não confunda república com democracia. Uma república pode ser democrática ou ditatorial.Ao longo de sua história, a república serviu aos interesses, tanto dos que queriam democracia como dos que não a queriam, ou seja, foi usada tanto por democratas como por ditadores. Um exemplo disso foi a implantação da república no Brasil, oriunda de uma ação antidemocrática (um golpe de Estado). Além disso, uma das primeiras medidas adotadas pelo governo de Deodoro da Fonseca foi censurar os jornais da época e punir todo e qualquer manifestante contrário ao novo regime implantado no Brasil.
A república se divide em dois sistemas:
2a) República presidencialista: O presidente acumula as funções de chefe de Estado e de governo. Foi criado pelos EUA e é usado por diversos países, sejam democráticos ou ditatoriais. Ex: EUA, Brasil, Cuba, Coreia do Norte, Egito, Líbia, Argentina, etc.
2b) República parlamentarista: O presidente é apenas o chefe de Estado. Quem governa é o primeiro ministro, juntamente com seu gabinete. Principais países que usam este modelo: Alemanha, Itália, Portugal, Grécia, etc. presidente no lugar do monarca, como chefe de Estado, com funções muito parecidas. Quem governa de fato é o premiê.
Qual é o melhor: presidencialismo ou parlamentarismo?
-Vantagens do parlamentarismo: É mais flexível à opinião pública, pois prevê a rápida troca do premiê e seu gabinete em caso de governo incompetente, corrupto, crise, etc. o medidor de seu desempenho é a opinião pública e a liberdade de imprensa. Até mesmo o próprio parlamento pode ser desfeito, seguindo-se novas eleições legislativas,sem ruptura política; Atualmente, as mais estáveis democracias do mundo são parlamentaristas, seja ela monarquia ou república. Ex: Inglaterra, Alemanha, Itália, Espanha, Suécia, Japão, Canadá, etc.
Desvantagem: para os que gostam de votar diretamente no governante, não há essa opção, pois o premiê é eleito pelo Congresso. O parlamentarismo requer mais consciência política do povo; no caso do Brasil, seria preciso uma ampla reforma política que mudasse completamente o modelo vigente no Brasil, com ampla transparência para o povo e a imprensa. Além disso, o povo deveria passar a escolher muito bem os parlamentares (deputados e senadores), pois deles é que sairiam os governantes.
Vantagem do presidencialismo: A população elege diretamente o seu governante, onde nele deposita suas esperanças nas mãos de apenas um candidato).
Desvantagem: O modelo concentra muito poder nas mãos do presidente ( é chefe de Estado e chefe de Governo), onde o mesmo, aqui no Brasil, edita medidas provisórias, as quais tem preferência para ser discutidas e votadas pelo Congresso. Outra desvantagem é a tentação do cargo, onde a maioria do povo, alienada, o vê como o herói, o messias, pai dos pobres, etc. o cargo é convidativo à implantação de ditaduras, algo bastante comum na América Latina; o mais recente exemplo é o da Venezuela
TIPOS DE GOVERNO:
Democracia: O poder reside na vontade da maioria do povo e no princípio dos direitos humanos (vida, liberdade, julgamento justo), civis (liberdade de pensamento e expressão, direito a propriedade, privacidade, protesto pacífico, investigação e julgamento justos, direito ao voto, direito de ir e vir, habeas corpus, direito de permanecer em silêncio, ter acesso às contas públicas, etc.), políticos (direito de votar e ser votado, direito de iniciativa popular, de organizar e participar de partidos políticos, etc.). e sociais (saúde, educação, segurança, emprego, moradia, salário digno, etc.). Numa democracia, os direitos devem ser garantidos em uma constituição. Mesmo respeitando a vontade da maioria, a democracia deve respeitar, ouvir e garantir os direitos das minorias. A democracia surgiu na Grécia Antiga (era uma democracia direta, onde todos os eleitores votavam, discutiam, aprovavam ou reprovavam as propostas de leis). Esse modelo exigia muito tempo para se conseguir votar um único projeto de lei, por isso, ele evoluiu para a democracia indireta (representativa), ou seja, elegemos os representantes que legislarão ou governarão por nós (para alguns críticos, isso deixa de ser a verdadeira democracia, já que apenas um pequeno grupo decide pela maioria). Outro problema da democracia é a questão da eleição de pessoas não qualificadas para os quadros do legislativo e do executivo, ou seja, pessoas com outros interesses que não são os do povo.
Aristocracia: No sentido original, significava o governo dos sábios, os quais seriam os mais qualificados para governar. Para Platão e Aristóteles, seria o governo ideal (embora não haja garantia de que os sábios não se deixariam corromper ou sucumbir às tentações do poder). Hoje, o significado desse termo foi ampliado: virou sinônimo de riqueza, nobreza e elite cultural e econômica.
Oligarquia: É o governo onde o poder é exercido por um pequeno grupo de pessoas, pertencentes ao mesmo partido, classe ou família. O Brasil tem forte tradição oligárquica, desde os primórdios de sua história. Exemplos: oligarquias econômicas (cafeeira, açucareira, banqueira, etc.), familiar (ex: a maranhense Sarney, as alagoanas Collor e Calheiros, a potiguar Alves, a mineira Neves, a paranaense Richa, a pernambucana Arraes, etc.), militar (Brasil da ditadura militar), política (ex: um partido que ocupa diversos cargos no governo). A oligarquia trabalha em causa própria para tentar manter-se no poder indefinidamente. A oligarquia não atenta para os problemas da maioria, pois seus interesses são particulares, mesquinhos, voltados para seu próprio grupo ou família, ou seja, o nepotismo é outro efeito devastador da oligarquia.
Plutocracia: Governo dos ricos, os quais podem governar nos bastidores, através de seus representantes políticos. Para alguns críticos, o Brasil seria uma plutocracia bancária (Não seria o Estado que controla o Capital, mas o Capital que controlaria o Estado).
Teocracia: governo baseado ou orientado em princípios e valores teológicos ou religiosos. Algumas teocracias não possuem constituição e seu governo é baseado em textos considerados sagrados ou na interpretação que o governante faz a respeito dos mesmos. Em outras, a constituição é baseada em textos considerados sagrados. Os maiores exemplos atuais estão em alguns países árabes, onde as leis são baseadas (com ou sem constituição) na sharia (código de leis do islamismo). Em vários países árabes não há separação entre a religião e o direito, todas as leis são baseadas em princípios islâmicos ou na opinião de seus líderes. Na visão democrática ocidental, esses países são antidemocráticos, intolerantes e reacionários. Ex: o Irã, Sudão, Arábia Saudita, etc.
Ditadura/Tirania- No sentido original grego, significava o modelo de governo usado em situações excepcionais (ex: guerras ou catástrofes), onde era necessário entregar o poder a apenas um governante, como forma de agilizar as ações emergenciais. Na atualidade, os termos referem-se aos regimes antidemocráticos, onde grande parte dos direitos são anulados. As ditaduras podem ser teocráticas, ou repúblicas monopartidaristas (ex: China, Cuba, a extinta URSS, etc), ou até bipartidarista (o Brasil da ditadura militar). Ela também pode também não ter partido, como era a ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas. O maior problema das ditaduras, sejam elas capitalistas ou socialistas, é a perseguição aos que pensam diferente. Numa ditadura, não há liberdade de expressão nem de pensamento; greves e passeatas contra o regime, nem pensar. Não há garantias constitucionais em relação aos direitos individuais(as pessoas podem ser presas sem qualquer acusação formal), os direitos humanos, civis e políticos são eliminados em sua maioria. Além disso, jornais, filmes, revistas, livros e programas de rádio, tv e a internet são censurados. Em ditaduras socialistas (geralmente ateístas), só existem jornais, tv e rádio oficiais (empresas de comunicação privadas são proibidas), ou seja, pratica-se o monopólio oficial da informação. Até a liberdade religiosa é restringida.
A tortura faz parte da rotina dos cárceres dos países ditatoriais, além da execução sumária e sumiço do corpo (como ocorreu na ditadura brasileira, argentina e chilena).
Autocracia: É Forma de governo na qual um único homem detém o poder supremo. Ele tem controle absoluto em todos os níveis de governo, sem o consentimento dos governados. Na realidade, é quase impossível. O termo acaba sendo englobado pelas ditaduras.
Populismo: Estilo de governo onde o governante usa seu poder carismático, mobilizando as massas e usando a máquina pública para se perpetuar no poder concedendo benefícios aos trabalhadores e à classe média.
Anarquismo: No sentido literal, o termo significa "sem governante ou sem governo". Para o anarquismo, o Estado é um mal, assim como a propriedade privada e o capitalismo. A proposta anarquista está muito mais no campo da utopia, devido aos seus ideais baseados na autodisciplina e cooperação voluntária da comunidade e não na autoridade hierárquica do Estado. Para os principais pensadores anarquistas (Godwin, Thoreau, Proudhon, Bakunin, Stirner, Kropotkin, etc.) o homem é um ser bom, que por natureza gosta de cooperar, respeitar e viver em paz com seus semelhantes, mas o Estado acaba inibindo ou impedindo esta tendência humana de cooperar com o resto da sociedade. No anarquismo, a sociedade não seria uma estrutura e sim um organismo vivo que cresce em função da natureza. Os anarquistas defendem a extinção da pirâmide hierárquica de poder, o que levaria a formar uma sociedade descentralizada que procura estabelecer um relação de forma mais direta possível. A responsabilidade começanos núcleos vitais de civilização, onde também são tomadas as decisões, local de trabalho, bairros, etc. Na realidade, o anarquismo não deixa de ser semelhante ao ideal comunista referente ao fim do Estado e do capitalismo. O anarquismo confia na convivência pacífica dos seres humanos, numa estrutura de autogestão, isto é, sem regras, autoridades e hierarquias. Valorizando apenas e, sobretudo a liberdade natural de cada indivíduo.
EXERCÍCIOS:
1º) “Toda cidade [polis], portanto, existe naturalmente, da mesma forma que as primeiras comunidades; aquela é o estágio final destas, pois a natureza de uma coisa é seu estágio final. (...) Estas considerações deixam claro que a cidade é uma criação natural, e que o homem é por natureza um animal social, e um homem que por natureza, e não por mero acidente, não fizesse parte de cidade alguma, seria desprezível ou estaria acima da humanidade.” (ARISTÓTELES. Política. 3. ed. Trad. De Mário da Gama Kuri. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1997. p. 15.) De acordo com o texto de Aristóteles, é correto afirmar que a polis:
a) É instituída por uma convenção entre os homens.
b) Existe por natureza e é da natureza humana buscar a vida em sociedade. 
c) Passa a existir por um ato de vontade dos deuses, alheia à vontade humana.
d) É estabelecida pela vontade arbitrária de um déspota.
e) É fundada na razão, que estabelece as leis que a ordenam.
2°) “Todavia, como é meu intento escrever coisa útil para os que se interessam, pareceu-me mais conveniente procurar a verdade pelo efeito das coisas, do que pelo que delas se possa imaginar. E muita gente imaginou repúblicas e principados que nunca serviram nem jamais foram reconhecidos como verdadeiros. Vai tanta diferença entre como se vive e o modo por que se deveria viver, que quem se preocupar com o que se deveria fazer em vez do que se faz aprende antes a ruína própria, do que o modo de se preservar.” (O Príncipe, de Maquiavel.) Nessa passagem, Maquiavel mostra que o domínio das ações humanas, no qual está incluída a política, deve ser concebido sob uma perspectiva realista. 
Sobre essa maneira de conceber a política, é possível afirmar:
I. A política deve sempre ser pensada a partir de modelos ideais e da busca de soluções definitivas.
II. A política deve valorizar as experiências e os acontecimentos.
III. Concebe-se que a política deve se regular pelo modo como vivemos e não como deveríamos viver.
IV. Defende-se que a política deve ser orientada por valores universais e crenças sobre como deveria ser a vida em sociedade.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
a) I e II apenas. 
b) I, II e II apenas. 
c) II e III apenas. 
d) III e IV apenas. 
e) IV apenas.
3º) No poder tradicional, o motivo da obediência é a crença na sacralidade da pessoa do soberano; no poder legal ou racional, o motivo da obediência deriva da crença na racionalidade do comportamento conforme a lei; no poder carismático, deriva da crença nos dotes extraordinários do chefe. O texto apresenta três tipos de poder que podem ser identificados em momentos históricos distintos. Identifique o período em que a obediência esteve associada predominantemente ao poder carismático: 
a) República Federalista Norte-Americana.
b) Repúblicas Fascista e Nazista no século XX.
c) Monarquia brasileira do Segundo reinado.
d) Monarquia Absoluta Francesa no século XVII.
e) Monarquia Constitucional inglesa da era vitoriana.
4º) "A Democracia é dar aos piolhos o poder de comer o leão" (Barão de Itararé). Sobre a citação lida podemos concluir que a democracia: 
a) Restringe a participação popular e privilegia apenas uma minoria, relegando à periferia a grande maioria dos cidadãos.
b) Pode ser considerado uma ferramenta eficaz para a garantia dos direitos das minorias sociais.
c) Não existe de fato, apenas de direito.
d) É uma regra do jogo político, que deve ser restrita apenas ao ato de votar.
e) Dá poderes em excesso ao governante, através de golpes de Estado legitimados pela democracia.
5º) Associe corretamente as colunas de letras com as numeradas:
a) Populismo. 
b) Democracia 
c) Oligarquia 
d) Aristocracia 
e) Anarquismo 
1 – o poder reside em um pequeno grupo
2 – o governante usa seus talentos carismáticos para perpetuar-se no poder.
A alternativa correta é:
3 - o poder reside na vontade da maioria do povo 
4 - estrutura de autogestão, sem regras, nem autoridades e hierarquias
5 – governo dos mais qualificados para governar.
Assinale a alternativa que tem a associação correta:
a) a3, b2, c1, d5, e4 
b) a2, b3, c1, d5, e4 
 c) a2, b3, c1, d4, e5 
d) a1, b3, c2, d5, e4 
e) a2, b4, c1, d5, e3
6º) “- Chama-se “gato” ou “macaco” uma ligação elétrica clandestina. Considerando a teoria política do filósofo Thomas Hobbes, que afirma: “Onde não há propriedade não pode haver injustiça e onde não foi estabelecido um poder coercitivo, isto é, onde não há Estado, não há propriedade, pois todos os homens têm direito a todas as coisas”. Assim, a prática dos “macacos”, uma vez que vivemos sob o regime de um Estado, implica uma: 
I. injustiça porque lesa o direito à propriedade privada. 
II. injustiça porque as ligações clandestinas representam um perigo para os que as usam. 
III. ilegalidade por desobedecer à legislação do Estado sobre a propriedade privada. 
Está(ão) correta(s): 
a) apenas I. 
b) apenas II.
c) apenas III. 
d) apenas I e II.
e) apenas I e III.
7º) “Poder é a posse dos meios que levam à produção de efeitos desejados.”. Em relação a esta afirmação, assinale a alternativa correta:
A) a afirmação está incorreta pois ter poder não significa ter posses;
B) a afirmação procede, pois quem detém o poder detém os meios para realizar seus objetivos.
C) a afirmação não procede, pois os efeitos podem ou não ser resultados do uso do poder.
D) todas estão corretas, com exceção da alternativa A.
8º) São considerados direitos sociais, exceto:
a) ( ) a saúde.
b) ( ) habitação.
c) ( ) educação.
d) ( ) direito de ir e vir.
e) ( ) previdência social. 
9º) Um dos exemplos abaixo não condiz com um comportamento cidadão:
a) respeitar o sinal vermelho ;
b) não jogar lixo fora da lixeira;
c) não pichar placas de sinalização ;
d) não pagar impostos 
e) não danificar cadeiras escolares; 
10º) “...nos países que mais violam os direitos humanos, nas sociedades que marcadas pela discriminação e intolerância, a ideia de direitos humanos permanece ambígua e deturpada...” Em relação ao texto acima, assinale a alternativa correta: 
A ) O texto refere-se aos países onde há sólido alicerce democrático. 
B ) O texto argumenta favoravelmente sobre a ideia de exclusão da discriminação. 
C ) O texto critica o princípio de inclusão social dos direitos humanos para todos.
D ) O texto critica a deturpação a respeito do conceito sobre direitos humanos. 
E ) O texto retifica a ideia de que os transgressores da lei estão incluídos nos direitos humanos
Grupo1
Texto: “O poder não necessita de justificação, sendo inerente à própria existência de comunidades políticas; o que realmente necessita é legitimidade. O emprego das duas palavras como sinônimo é tão enganoso e confuso quanto a comum identificação entre obediência e apoio. O poder brota onde quer que as pessoas se unam e atuem de comum acordo, mas obtém sua legitimidade mais do ato inicial de unir-se do que de outras ações que se possam seguir”. Hannah Arendt. Da Violência. Trad. José Volkmann.
Explicação: No texto a autora sublinha a importância da afirmação da legitimidade do poder. Ou seja, para agir sobre a vida dos cidadãos, o poder precisa ter sua origem reconhecida por todos os que vivem numa determinada sociedade. Não basta estar de acordocom as leis, pois essas podem ser derivadas apenas da vontade do governante. A legitimidade nasce da concordância com as leis e com o fato de que essa concordância foi manifestada no momento em que elas foram concebidas. Isso ocorre, por exemplo, quando uma assembleia constituinte eleita por regras claras redige a Constituição de um país. À luz dessas considerações discuta os seguintes problemas:
1. Quando o Estado usa seu poder para praticar alguma forma de violência contra um cidadão, ele pode fazê-lo de forma legítima?
2. Poder e violência sempre andam juntos?
3. Mostre, segundo sua opinião, usando fatos da atualidade, quando o poder está sendo usado corretamente e quando deriva de um abuso.
Texto2
Texto: “Ora Glauco, recordemos os pontos em torno dos quais estamos de acordo para que uma Cidade seja eminentemente bem governada: comunidade das mulheres, comunidade das crianças e de todo o processo educativo; ocupações comuns na guerra como na paz; o governo deve estar nas mãos dos cidadãos, que mostraram ser os melhores tanto na filosofia quanto na guerra.(...). Eis outros pontos sobre os quais estamos de acordo: os chefes, uma vez designados, conduzirão os soldados para instalá-los nas residências sobre as quais falamos anteriormente e onde nenhum deles é proprietário de nada, mas nas quais tudo é comum. Além disso, estamos de acordo, acredito eu, se você se lembra, sobre quais devem ser seus bens mobiliários. – Sim, disse ele, eu me recordo que para nós nenhum desses homens deve possuir bens, que de fato pertencem aos outros, mas que assim como os guerreiros e os guardiões, eles devem receber dos outros, como salário por sua função de guarda, o necessário para a subsistência anual, sendo seu dever velar sobre eles mesmos e sobre a Cidade”. Platão. A República. VIII, 543.
Explicação: Nesse texto, Platão recapitula alguns pontos importantes de sua argumentação a respeito da estrutura da cidade ideal e do lugar que nela devem ocupar os que detém o poder. Deve-se notar que para ele a posse do poder supremo na cidade deve excluir a posse de bens materiais. Os governantes devem saber combinar a força, principalmente na guerra, com a filosofia, realizando o encontro entre saber e poder. A autoridade dos governantes deriva do acordo entre o poder que detém e o poder que exercem.
Questões.
1. Quais dos elementos da descrição da cidade ideal são os mais importantes para sua criação?
2. Como podemos nos servir de Platão para pensarmos a concentração de poder nas mãos dos que detém as riquezas, que observamos em várias sociedades contemporâneas?
3. Quais elementos dentre os expostos nos textos lhe parecem impossíveis de se realizar em sociedades como as nossas?
1.Procure imaginar uma sociedade ideal e analise se seria possível construí-la nos dias de hoje, levando em conta os fatores econômicos, sociais, políticos e morais.
Texto3
Texto: “Devemos dar à noção de ‘bom governo’ um duplo sentido: é de um lado a obediência às leis em vigor, e de outro, a excelência das leis em vigor observadas pelos cidadãos, pois podemos também  obedecer leis que são ruins”. Aristóteles. A Política. IV, 8, 1294 a 1.
“A causa universal e mais importante que cria entre os cidadãos uma disposição de alguma maneira favorável à mudança, deve agora ser estabelecida: é aquela sobre a qual já falamos. De um lado, aqueles que aspiram à igualdade suscitam revoltas, se eles acreditam que são desfavorecidos, quando são iguais dos que possuem vantagens excessivas, e, de outro lado, aqueles que desejam a desigualdade e a superioridade se revoltam também, se eles supõem que apesar de sua desigualdade eles não possuem uma parte maior que os outros, mas uma parte igual ou menor”. Aristóteles. A Política. V,2, 1302 a 20.
Explicação: No primeiro texto o autor faz menção à noção de “bom governo” que terá uma grande influência na maneira como muitos pensadores posteriores pensarão a questão do poder e de seu uso correto. O foco se encontra nas leis e em sua qualidade e não em fatores impossíveis de serem identificados na vida cotidiana dos Estados. No segundo texto, Aristóteles chama a atenção para o papel fundamental que a noção de igualdade tem na vida política. Procedendo dessa maneira, ele descarta também a ideia que as mudanças ocorridas nas cidades são fruto de processos naturais, que não precisam da ação humana para se realizar. Se é natural que os regimes mudem, é possível encontrar razões que nos ajudam a compreender as lutas pelo poder.
Questões e exercícios.
1. Por que é tão importante ser igual aos outros quando se é cidadão da mesma cidade?
2. A seu ver, os regimes descritos pelos pensadores da Antiguidade – realeza, oligarquia, aristocracia, democracia, tirania, etc.. – são todos iguais?
3. Um bom governo pode ser injusto e violento com seus cidadãos e ainda ser legítimo?

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