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1 RECURSO ESPECIAL E RECURSO EXTRAORDINÁRIO REsp: dirigido ao STJ RE: dirigido ao STF → Não se destinam a discutir prova, mas sim a legalidade desta → STJ e STF não funcionam como 3ª instância → Funcionam para analisar se a decisão observou a CF → NÃO SERVEM PARA REANÁLISE DE PROVA! Conceito de RE e REsp → São meios de impugnação de natureza extraordinária, pois os Tribunais Superiores (STJ e STF), não reexaminam todo o julgamento, limitando-se aos aspectos jurídicos da decisão (não se discute os fatos). Assim, é vedado a utilização de qualquer desses recursos para simples reexame de prova Súmula 7, STJ: a pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial Súmula 279, STF: para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário → O QUE SE VEDA É A REDISCUSSÃO PROBATÓRIA, SENDO POSSÍVEL A DISCUSSÃO DA LEGALIDADE/LICITUDE DA PROVA (ex: busca/apreensão no- turna) → A interposição se dá no Tribunal Estadual e será endereçada ao Presidente do Tribunal, que fará o juízo de admissibilidade → Violação à Lei + CF: RE + REsp Art. 1.029, CPC: O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tri- bunal recorrido, em petições distintas que conterão: I - a exposição do fato e do direito; II - a demonstração do cabimento do recurso interposto; III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida. Prazo 15 dias (a contar da intimação do advogado) – interposição + razões 2 EXCEÇÃO Súmula 728, STF: É de TRÊS DIAS o prazo para a interposição de recurso extraordi- nário contra decisão do TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL, contado, quando for o caso, a partir da publicação do acórdão, na própria sessão de julgamento, nos termos do art. 12 da Lei 6.055/74, que não foi revogado pela Lei 8.950/94. Preparo → Exigido na ação penal privada, tanto para REsp como para RE, salvo se a parte recor- rente é beneficiária da AJG Súmula 187, STJ: É deserto o recurso interposto para o Superior Tribunal de Justiça, quando o recorrente não recolhe, na origem, a importância das despesas de remessa e retorno dos autos. Legitimidade MP Assistente – caráter subsidiário/residual Querelante Defensor Prequestionamento → Trata-se de provocar as instâncias ordinárias acerca de questão de direito controver- tido, visando obter um pronunciamento judicial Súmula 281, STF: É inadmissível o recurso extraordinário, quando couber na justiça de origem, recurso ordinário da decisão impugnada Súmula 386, STF: O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do pre- questionamento. Pode ser: a) Explícito: quando o acórdão recorrido expressamente/claramente enfrenta questão constitucional ou federal arguida. O STF só aceita prequestionamento explícito b) Implícito: quando o Tribunal recorrido decide sem enfrentar claramente a matéria ar- guida. O STJ admite tanto o prequestionamento explícito, quanto o implícito 3 Demonstração da repercussão geral → SÓ É NECESSÁRIO NO RE! → Cabe ao recorrente demonstrar → É um requisito de admissibilidade Finalidades → Firmar o papel do STF como corte constitucional (NÃO É INSTÂNCIA RECURSAL) → Fazer com que o STF somente analise questões relevantes para o interesse geral, não só das partes → Fazer com que o STF decida UMA única vez cada questão constitucional, não se pro- nunciando em outros processos com idêntica matéria → A demonstração da repercussão geral deve vir como preliminar no recurso – o TJ vê se tem o requisito (para fins de admissibilidade), mas não analisa se realmente é relevante, pois essa questão cabe ao STF. Portanto, A verificação da existência dessa preliminar é concorrente (??) (do Tribunal e do STF), mas a apreciação é EXCLUSIVA do STF → Da análise da repercussão geral será observada a existência ou não de questão rele- vante no que tange ao aspecto econômico, político, social, jurídico, que ultrapassar o in- teresse subjetivo do processo Art. 1.035, CPC: O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver reper- cussão geral, nos termos deste artigo. § 1o Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo. § 2o O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para apreciação exclusiva pelo Supremo Tribunal Federal. A) CABIMENTO - RECURSO ESPECIAL → A interposição é para o Presidente do Tribunal recorrido, mas o julgamento é pelo STJ → A interposição é perante o Presidente do Tribunal recorrido, e as razões endereçadas ao STJ, mas juntadas em anexo a interposição (??) → Cabe ao STJ julgá-lo, a fim de fazer o controle da legislação infraconstitucional (art. 105, III, CF) → Decisão em única instância diz respeito aos casos em que os Tribunais possuem a competência originária (réu com prerrogativa de função). 4 → Decisão em última instância significa que o processo foi julgado em 1° grau e após foram esgotados os recursos ordinários. Art. 105, CF. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Terri- tórios, quando a decisão recorrida: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal (ex: TJ/RS x TJ/SP)* *Alínea C do art. 105, III da CF: trata-se de controle de uniformização da jurisprudência, a fim de que se faça valer o entendimento da corte responsável pela última palavra sobre a interpretação da lei infraconstitucional. Independe se o outro Tribunal é Regional ou Federal. Para divergência entre Câmaras de um mesmo Tribunal não é aplicável. Ex: TJ/SP diverge na interpretação dada por outro em relação ao mesmo dispositivo legal SE A DIVERGÊNCIA SE DER NO MESMO TRIBUNAL NÃO CABE REsp (súmula 13, STJ) Súmulas do STJ sobre REsp Súmula 13: a divergência entre julgados do mesmo Tribunal não enseja recurso especial. Súmula 83: não se conhece do recurso especial pela divergência, quando a orientação do Tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida. Súmula 86: cabe recurso especial contra acórdão proferido no julgamento de agravo de instrumento. Súmula 126: é inadmissível recurso especial, quando o acórdão recorrido assenta em fundamentos constitucional e infraconstitucional, qualquer deles suficiente, por si só, para mantê-lo, e a parte vencida não manifesta recurso extraordinário. Súmula 203: não cabe recurso especial contra decisão proferida por órgão de segundo grau dos juizados especiais. Súmula 211: inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito da oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada pelo Tribunal a quo. Súmula 418 STJ: é inadmissível o recurso especial interposto antes da publicação do acórdão dos embargos de declaração, sem posterior ratificação. 5 Essa súmula foi CANCELADA pelo informativo 481 do STJ. Agora aplica-se a sú- mula 579 A Turma acolheu embargos de declaração para afastar, na espécie, a aplicabilidade da Súmula n° 418 do STJ sob o argumento de que a parte ora embargante não pode serprejudicada pela reiteração na interposição dos aclaratórios por um dos coacusados, prin- cipalmente se houver indícios de que eles foram interpostos com finalidade protelatória, visto que não se pode prejudicar aquele que, de forma diligente, visando à celeridade processual, após a publicação do acórdão que julgou anteriores embargos de declaração interpostos por ele e demais corréus, interpôs, diretamente e dentro do prazo legal, o re- curso especial a fim de que suas teses defensivas fossem devidamente analisadas por este Superior Tribunal. Isso porque, na esfera do procedimento penal, o que está em discussão não são apenas relações jurídicas privadas, e sim a própria liberdade de locomoção do acusado, bem como o exercício pleno do contraditório e da ampla defesa. Ademais, exi- gir-se ratificação do recurso especial, após julgamento de embargos de declaração rejei- tados pela Corte local, em que não houve modificação de nada na situação jurídica dos sentenciados, afigura-se um excesso de formalismo, à luz dos princípios da celeridade processual e instrumentalidade das formas, principalmente no âmbito do Direito Proces- sual Penal, em que se busca a maior aproximação possível com a verdade dos fatos (ver- dade real) e o máximo de efetivação da Justiça social. O Min. Relator também ressaltou, em seu voto, que a intenção da Turma não é negar a aplicabilidade da mencionada súmula ao Direito Processual Penal, e sim aplicá-la com ressalvas, a fim de conciliá-la com os modernos princípios do Direito Penal. Súmula 579: Não é necessário ratificar o recurso especial interposto na pendência do julgamento dos embargos de declaração quando inalterado o julgamento anterior B) CABIMENTO - RECURSO EXTRAORDINÁRIO Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constitui- ção, cabendo-lhe: III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última ins- tância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; → Em relação à alínea b, quando algum Tribunal (inclusive STJ) declarar a inconstituci- onalidade de lei federal é cabível também o recurso extraordinário. → Não se vislumbra a aplicação das alíneas “c” e “d” na esfera penal Súmula 640, STF: É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal de juizado especial cível e criminal. → Trata-se de um recurso com cabimento no art. 102, pár. 3º, CF, a ser julgado pelo STF Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constitui- ção, cabendo-lhe: § 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal 6 examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004). Obs: → De uma análise rasa TODAS as causas teriam como fundamento uma norma constitu- cional ou princípio constitucional, logo: a) A ofensa à CF de que trata o art. 102, III, alínea “a”, deve ser DIRETA e FRONTAL b) Sempre que um Tribunal (STJ, TJ, TRF) declarar a inconstitucionalidade de uma lei federal é cabível controle por parte do STF através do RE Interposição → Ao Presidente do Tribunal recorrido, com as razões anexas e dirigidas ao STF Julgamento → STF Legitimidade → Qualquer das partes LEMBRAR → Repercussão geral: deve-se trazer um tópico específico para dentro do recurso, pois é um pré-requisito → O Tribunal recorrido analisa se há esse requisito, porém somente o STF verifica se realmente é questão de repercussão geral OBS: UMA VEZ INTERPOSTOS CONJUNTAMENTE, O RESP E O RE SERÃO RE- METIDOS PRIMEIRAMENTE AO STJ (ART. 1.031, CPC). DEPOIS DE ANALI- SADO O RESP, SERÁ REMETIDO AO STF QUE ANALISARÁ O RE
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